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Negócios de mídia na era da midiatização: uma reflexão sobre os modelos de exposição e interação  II Congresso Internacional de Ciberjornalismo Universidade do Porto, 9 e 10 /12/2010
Como se comporta o negócio do jornalismo  no contexto de uma sociedade midiatizada no patamar das relações sociais em nível 2.0? Ainda em busca da lucratividade clássica? Nossa questão
Nossa hipótese Na era da sociedade midiatizada em nível 2.0 o papel da mídia e do jornalismo  será parte de uma matriz de produtores de conteúdo onde o valor da informação resultará da interação e da experiência que ela estabelecer com seus consumidores.
O modelo de exposição da mídia clássica Desde o surgimento do ciberjornalismo assistimos à eterna busca do “modelo ideal” Equiparação da lucratividade do meio online àquela da mídia clássica Transposição das práticas offline de obtenção de receitas – publicidade, assinaturas e classificados Dinâmica circular da experimentação Auto-sustentação do negócio digital e não integração à cena corporativa
O modelo de exposição garante: Manutenção do status quoda mídia na sociedade Manutenção de sua legitimidade e suposta centralidade social  Manutenção da auto-referencialidade no processo de produção da informação
O modelo de interação da mídia contemporânea A geração de valor não é linear e atrelada à situação de consumo, mas sim à fruição e à experiência com o processo informativo Surge a figura do produser ou do prosumer que convive com o jornalista e é legitimado pela sociedade – um novo fluxo informativo circular
O modelo de interação instiga:  Reconfiguração do papel do jornalismo  na sociedade  Reconfiguração dos formatos organizacionais e da cadeia de valor das empresas informativas  Um novo protagonismo social liderado pela “velha” audiência
Os modelos de exposição Publicidade em múltiplos formatos Assinatura de conteúdo Acesso gratuito parcial- PayWall Patrocínio Freemium Financiamento/mecenato Angel capital Fundos de investimento Cooperativa de profissionais
Em resumo.... Escassez da oferta de conteúdos informativos ante a necessidade/abundância de leitores e espectadores carentes de informação  A empresa informativa compõe seu público/audiência valorizando e capitalizando receita pela venda de seus espaços publicitários e do próprio produto informativo
Modelos de interação Formatos de produção flexível Produção colaborativa Disputa pela atenção do mercado pelo relacionamento centrado no consumidor Crowdsourcing Protagonismo horizontal do público Cadeia de nichos: agregadores jornalísticos, micro-plataformas, robos, websites informativos
Em resumo.... Bens materiais são substituídos por relacionamentos Contexto é mais importante que o conteúdo Mensuração quantitativa é secundária Transações ocorrem em fluxo contínuo Caos se transforma em oportunidade A não-rivalidade (compartilhamento) aumenta o valor da informação A inclusão é indicador importante O efeito-rede é valorizado
Nossa reflexão Seria possível a convivência entre modelos de interação e modelos de exposição no cenário do ciberjornalismo contemporâneo?
O Conteúdo pode ser a conexão Entre o mercado “econômico” Regido pela mensuração Troca de audiência por recursos financeiros E o “mercado social” Trazer uma informação nova (notícia, game, música) para uma comunidade gera prestígio, simpatia, retribuição Elemento crucial é o capital social de uma marca jornalística
Capital social da marca jornalística Medida de sua capacidade em mobilizar pessoas com interesses comuns na troca de informações relacionadas com atividades que envolvam a marca em questão. Co-criação de valor NewsEcosystem – Steven Johnson Ampliação do espectro midiático – Arsenault & Castells
UGC + News Meio de compatibilização entre o modelo de interação e o de exposição Amplia o efeito-rede Promove a inclusão de novos públicos Gera valor pelo compartilhamento Mantém o público no espaço do website, expostos à informação clássica Comentam, compartilham e contribuem com a informação interativa nesse mesmo espaço
Tentativas brasileiras Grupo Estado Reconfiguração do processo organizacional da redação – editorias paralelas Foco na produção visual/infográficos inteligentes Tecnobrega – Música em movimento Cadeia de valor social Descolamento do mainstream
Obrigado! bethsaad@gmail.com bethsaad@usp.br @bethsaad

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  • 1. Negócios de mídia na era da midiatização: uma reflexão sobre os modelos de exposição e interação II Congresso Internacional de Ciberjornalismo Universidade do Porto, 9 e 10 /12/2010
  • 2. Como se comporta o negócio do jornalismo no contexto de uma sociedade midiatizada no patamar das relações sociais em nível 2.0? Ainda em busca da lucratividade clássica? Nossa questão
  • 3. Nossa hipótese Na era da sociedade midiatizada em nível 2.0 o papel da mídia e do jornalismo será parte de uma matriz de produtores de conteúdo onde o valor da informação resultará da interação e da experiência que ela estabelecer com seus consumidores.
  • 4. O modelo de exposição da mídia clássica Desde o surgimento do ciberjornalismo assistimos à eterna busca do “modelo ideal” Equiparação da lucratividade do meio online àquela da mídia clássica Transposição das práticas offline de obtenção de receitas – publicidade, assinaturas e classificados Dinâmica circular da experimentação Auto-sustentação do negócio digital e não integração à cena corporativa
  • 5. O modelo de exposição garante: Manutenção do status quoda mídia na sociedade Manutenção de sua legitimidade e suposta centralidade social Manutenção da auto-referencialidade no processo de produção da informação
  • 6. O modelo de interação da mídia contemporânea A geração de valor não é linear e atrelada à situação de consumo, mas sim à fruição e à experiência com o processo informativo Surge a figura do produser ou do prosumer que convive com o jornalista e é legitimado pela sociedade – um novo fluxo informativo circular
  • 7. O modelo de interação instiga: Reconfiguração do papel do jornalismo na sociedade Reconfiguração dos formatos organizacionais e da cadeia de valor das empresas informativas Um novo protagonismo social liderado pela “velha” audiência
  • 8. Os modelos de exposição Publicidade em múltiplos formatos Assinatura de conteúdo Acesso gratuito parcial- PayWall Patrocínio Freemium Financiamento/mecenato Angel capital Fundos de investimento Cooperativa de profissionais
  • 9. Em resumo.... Escassez da oferta de conteúdos informativos ante a necessidade/abundância de leitores e espectadores carentes de informação A empresa informativa compõe seu público/audiência valorizando e capitalizando receita pela venda de seus espaços publicitários e do próprio produto informativo
  • 10. Modelos de interação Formatos de produção flexível Produção colaborativa Disputa pela atenção do mercado pelo relacionamento centrado no consumidor Crowdsourcing Protagonismo horizontal do público Cadeia de nichos: agregadores jornalísticos, micro-plataformas, robos, websites informativos
  • 11. Em resumo.... Bens materiais são substituídos por relacionamentos Contexto é mais importante que o conteúdo Mensuração quantitativa é secundária Transações ocorrem em fluxo contínuo Caos se transforma em oportunidade A não-rivalidade (compartilhamento) aumenta o valor da informação A inclusão é indicador importante O efeito-rede é valorizado
  • 12. Nossa reflexão Seria possível a convivência entre modelos de interação e modelos de exposição no cenário do ciberjornalismo contemporâneo?
  • 13. O Conteúdo pode ser a conexão Entre o mercado “econômico” Regido pela mensuração Troca de audiência por recursos financeiros E o “mercado social” Trazer uma informação nova (notícia, game, música) para uma comunidade gera prestígio, simpatia, retribuição Elemento crucial é o capital social de uma marca jornalística
  • 14. Capital social da marca jornalística Medida de sua capacidade em mobilizar pessoas com interesses comuns na troca de informações relacionadas com atividades que envolvam a marca em questão. Co-criação de valor NewsEcosystem – Steven Johnson Ampliação do espectro midiático – Arsenault & Castells
  • 15. UGC + News Meio de compatibilização entre o modelo de interação e o de exposição Amplia o efeito-rede Promove a inclusão de novos públicos Gera valor pelo compartilhamento Mantém o público no espaço do website, expostos à informação clássica Comentam, compartilham e contribuem com a informação interativa nesse mesmo espaço
  • 16. Tentativas brasileiras Grupo Estado Reconfiguração do processo organizacional da redação – editorias paralelas Foco na produção visual/infográficos inteligentes Tecnobrega – Música em movimento Cadeia de valor social Descolamento do mainstream