O documento discute a aplicação da cultura de convergência no contexto de Guimarães como Capital Europeia da Cultura em 2012. Propõe cinco conexões teórico-práticas como criar espaços inteligentes na cidade, promover storytelling interativo sobre memória local, desenvolver um manual de boas práticas, fomentar partilha de conteúdos e criar um observatório da adaptação dos cidadãos às propostas de convergência cultural. O objetivo é atingir um nível aceitável de participação segundo a visão de inteligência colet
Mutantes S.21 - a cultura de convergência aplicada à CEC 2012
1. MUTANTES DO SÉC. XXI a cultura de convergência aplicada à CEC 2012 CULTURA DE CONVERGÊNCIA NOS MEDIA Joana Oliveira
2. » APRESENTAÇÃO DO TEMA MUTANTES DO SÉC. XXI* a cultura de convergência aplicada à CEC 2012 Dentro do marco de Guimarães, Capital Europeia da Cultura 2012, propõe-se analisar as possibilidades da aplicação prática da cultura de convergência nos processos de trabalho, na criação e participação no programa cultural por parte da organização, dos agentes culturais e da “prodiência”**. * Título Inspirado no álbum Mutantes S.21 e sujeito a aprovação pela banda Mão Morta ** seguindo a lógica do prosumer, na gestão cultural o consumidor de um serviço, é designado como audiência ou público - audience em inglês. O termo prodiência ou prodience será talvez mais adequado neste contexto. CULTURA DE CONVERGÊNCIA NOS MEDIA
3. » CEC 2012, O ESPAÇO DAS PRÁTICAS CRIATIVAS CONVERGENTES Convergência é o fluir de conteúdo através de múltiplas plataformas de media onde as audiências têm um comportamento migratório e vão onde for preciso para obter as experiências de entretenimento que desejam. Representa uma mudança cultural, que encoraja os consumidores a procurar informação nova e juntar o conteúdo disperso por vários media . (Jenkins, 2006, p.2 ) A cultura participativa implica interacção entre produtores e consumidores. (Jenkins, 2006, p.3 ). O papel do consumidor não é tanto o da aceitação da convergência, mas sim o da condução do processo. (Jenkins, 2006, p.8 ). A participação é socialmente determinada (Castells, 2002, Livingston, 2003). São necessárias novas literacias para a inclusão digital e redução do fosso de participação. ( digital divide de Jenkins) Segundo Pièrre Levy, a inteligência colectiva emerge da colaboração e a disseminação da rede promove a participação horizontal e permite a distribuição de centros de conhecimento (co-criação de conhecimento). podendo chegar a uma utopia concretizável . CULTURA DE CONVERGÊNCIA NOS MEDIA
4. » CONHECIMENTO ACTUAL RELEVANTE NESTE CAMPO A estrutura Lab For Culture tem três investigações em curso: Publicou recentemente uma série de recomendações às CEC´s em que as alerta para a necessidade de não descurar o tecido socio-cultural local independente, em prol de uma cultura institucional e unilateral; Lançou as bases para a criação de uma mapa interactivo sobre o “o blogging cultural na Europa” , uma iniciativa colaborativa de aglutinação dos blogs culturais europeus, alargando a pesquisa a líderes de opinião e activistas da auto-publicação, sempre disponível a todos através da inserção de conteúdos, participação e consulta. Outra iniciativa de relevo desta estrutura foi a recente série de debates “Convergir caminhos para o novo conhecimento” sobre o futuro do da construção e partilha de conhecimento no marco de uma nova cultura participativa. O Desenvolvimento Cultural Comunitário é uma corrente de acção cultural que vê a cultura e a arte como ferramentas para a transformação social. CULTURA DE CONVERGÊNCIA NOS MEDIA
5. » CONHECIMENTO ACTUAL RELEVANTE NESTE CAMPO No contexto do presente ano europeu da criatividade e da inovação, a Comissão Europeia criou uma plataforma online: o blog Innovation Unlimited , que servirá como base de trabalho na preparação do novo Plano de Inovação para a Europa . Segundo o Professor Ruediger Iden, Vice-Presidente Sénior da Basf: “(…) há uma falha no entendimento da natureza transformadora das novas tecnologias emergentes e como estas interagem com e permitem uma mudança económica e social mais alargada.” Iden defende também que “a Europa tem a obrigação de fazer mais para desbloquear o potencial das novas infraestruturas digitais, encorajando a criatividade e inovação dos consumidores e empreendedores, de modo a criar novos modelos sociais e de negócios e novos padrões de consumo.” O autor aponta também para a necessidade de estimular os serviços emergentes que assentem na multidisciplinaridade, em múltiplos colaboradores e no acesso livre da informação. CULTURA DE CONVERGÊNCIA NOS MEDIA
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7. » CINCO CONEXÕES TEÓRICO-PRÁTICAS 3 Criação de um manual de boas práticas de convergência (associadas às novas literacias dos media ) por parte da organização da CEC 2012. 4. Fomentar a partilha de conteúdos relativos à programação proposta e à experiência vivida (vídeo e fotografias dos eventos) » Trabalho colaborativo com os criadores tendo como finalidade ultrapassar alguns obstáculos previsíveis a nível de direitos de autor. 5 Criação de um observatório em tempo real (durante 2012) da adaptação e adaptabilidade dos cidadãos às propostas de convergência da oferta cultural e seus serviços . CULTURA DE CONVERGÊNCIA NOS MEDIA
8. » CONCLUSÃO Atingir um nível aceitável de participação na utopia concretizável de Levy CULTURA DE CONVERGÊNCIA NOS MEDIA