1. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO do
TRABALHO no BRASIL
INTRODUÇÃO
• Diferentes características regionais do Brasil
• Contínuas mudanças que se processam no
mundo do trabalho:
•
• MÚLTIPLOS EFEITOS SOBRE A SAÚDE
2.
3.
4. HISTÓRICO
• Revolução Industrial e máquinas a vapor não havia
mais necessidade dos moinhos fábricas nos espaços
urbanos movidas a carvão
• Indústria extrativa de carvão ( minas ) mão de obra
infantil ( pequenos e com facilidade para entrar nos
túneis).
• Século XVIII = RAMAZINI ( pai d medicina do
trabalho) descreveu “ As doenças dos
Trabalhadores”
• Condições de trabalho precárias escravidão
• Trabalho = origem ”trapilho”= chicote ( feitores
usavam nos escravos )
5.
6.
7.
8. Mão de José ferida pelo trabalho no pasto
e água que os trabalhadores bebiam
9.
10.
11. HISTÓRICO
Após 2ª guerra mundial( 1945) até meados de
1970 sociedade capitalista=mito da
sociedade salarial (emprego estável, bem pago,
por tempo indeterminado para todos, assim como,
um sistema de proteção a família e a velhice)
• Brasil no final de 70= METALÚRGICOS DO
ABC( com vínculo salarial) esboçaram um
modelo de sociedade salarial com liderança
sindical alto poder de negociação e ganhos
sociais.
12. HISTÓRICO
• Década de 80 modelo salarial se
estendeu a outros trabalhadores: de
escritórios, executivos, profissionais
liberais etc.
• 1990 globalização ruiu o modelo da
sociedade salarial sindicatos perderam
a força e se desestruturaram.
13. HISTÓRICO
GLOBALIZAÇÃO: Internacionalização dos mercados
• Crescente substituição do trabalho humano por
tecnologias inteligentes;
MODIFICAÇÃO das CARACTERÍSTICAS do
TRABALHO;
REPERCUSSÃO na VIDA e SAÚDE
14. HISTÓRICO
• METADE DO SÉCULO XX intensificação
do processo de urbanização crescimento
das populações urbanas
crescimento de disparidades: sociais,
ambientais urbanas
alteração das condições de saúde aumento
de doenças
15. • SOCIEDADE INDUSTRIAL para SOCIEDADE DA
INFORMÁTICA
• Tecnologia de ponta modificou o perfil
da morbi - mortalidade no Brasil
16. PERFIL das DOENÇAS OCUPACIONAIS
• Doenças ocupacionais agravos inerentes a indivíduos que exercem algum tipo
de atividade específica
• DÉCADA DE 60 A 70 predominavam:
• Dermatoses
• Pneumoconioses : SILICOSE( doenças dos mineiros) e ASBESTOSE
• Saturnismo( ceramistas verniz)
• Hidrargirismo (manipuladores de mercúrio)
• Intoxicações por manipulação de solvente e de agrotóxicos
• REVOLUÇÃO INDUSTRIAL siderurgia e metalurgia avançaram
acidentes e intoxicações agudas.
17. PERFIL das DOENÇAS OCUPACIONAIS
ATUALMENTE predominam;
• LER
• Surdez profissional
• Doenças por agentes biológicos
• Asma ocupacional
• Transtornos mentais( pressão em absorver novas
tecnologias, instabilidade no emprego, competição
etc.)
• Doenças osteomusculares = 56% das causas
• Doenças do sistema nervoso e orgãos do sentido =
20,8% das causas
18. PERFIL dos ACIDENTES DE TRABALHO
• 1997 coeficientes de acidentes fatais mais
altos:
1.CONSTRUÇÃO CIVIL ( trabalhadores pouco
experientes e mal treinados, 34% sem
carteira assinada em São Paulo):
• quedas de andaimes
• manipulação de máquinas, de material
explosivo, de gases venenosos
19. PERFIL dos ACIDENTES de TRABALHO
• 2.TRANSPORTE E COMUNICAÇÃO; acidentes
e atropelamentos com veículos a motor são as
principais causas de morte no conjunto de
acidentes de trabalho .
• Moto-boys, condutores de ônibus, de
automóveis, de caminhões são os mais
atingidos por acidentes fatais.
20. PERFIL dos ACIDENTES de TRABALHO
• 3. EMPRESA acidentes fatais ocorrem por
homicídio
• 4. AUMENTO da VIOLÊNCIA URBANA
acidentes fatais no trânsito, homicídios, latrocínios
população trabalhadora
• Conclusão : os acidentes de trabalho continuam sendo
a principal causa de morte entre trabalhadores
a maioria dos dados só se referem a economia formal
21. PERFIL DOS CIDENTES E DOENÇS
OCUPACIONAIS no meio rural
MEIO RURAL = 20% da população economicamente
ativa do país e que se inserem em diferentes
processos produtivo (produtividade em pequenas
propriedades familiares, extrativismo, grandes
empreendimentos agro-industriais)
FATORES CONTRIBUINTES :
1. Trabalho temporário na época das colheitas
((bóias-frias)
2. Crescente processo de modernização aumento
do uso da mecanização e de agrotóxicos.
22. • - agravos ocupacionais devido ao trabalho físico
excessivo
• - acidentes com máquinas
• - acidentes com animais peçonhentos
• -envenenamentos pro agrotóxicos
Brasil é o quinto maior consumidor de agrotóxicos
do mundo e consome 50 % da produção da
América Latina
23. RISCOS E DOENÇAS
• ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO:
•
• IMPACTO
• na vida do trabalhador
•
• na sociedade como um todo
24. CONSEQUÊNCIAS
• 1. para a EMPRESA aumento dos custos de
produção elevação do preço de bens e serviços
interferência na economia
• 2. para o ESTADO --.oneram o sistema de atenção
á saúde e o sistema de previdência.
• 3. para as PESSOAS PRÓXIMAS ao acidentado ou
doente acabam por assumir parte dos custos,
por redução da renda, interrupção do trabalho,
gastos com acomodação no domicílio
25. DADOS ESTATÍSTICOS
Segundo a OIT = Organização Internacional do Trabalho:
• 2 milhões de trabalhadores morrem por ano de acidentes e
doenças ocupacionais
• 270 milhões se envolvem em acidentes ocupacionais/ano
• Agricultura + de 50% de mortes, ferimentos e doenças
acidentes
• Aumento de casos de câncer e hipertensão
26. CUSTOS da MORBIDADE e
MORTALIDADE
• CUSTOS da MORBIDADE e MORTALIDADE
relacionados ao trabalho são estimados em:
2 a 14% do PIB dados internacionais de 1999
BRASIL 20 BILHÕES /ano ( PASTORE, 2000)
OIT : só os acidentes de trabalho 10% do PIB
27. DISTRIBUIÇÃO DO TRABALHO no
BRASIL
IBGE ( 2002) 82.902.480 população
economicamente ativa
• 22.903.311 empregados com carteira
assinada e cobertura da legislação trabalhista
e do seguro de acidentes de trabalho
28. • De 1999 2003 Previdência Social registrou:
• 1.875.190 acidentes de trabalho com 15.293
óbitos
Coeficiente de mortalidade ( MS , 2003)
14,84/ 100.000 trabalhadores no Brasil
Finlândia 2,1/100000 trabalhadores
Canada 7,2/ 100000 trabalhadores
29. • 2003
• Lesões de mão e punho 34,2% dos
acidentes
• Máquinas e equipamentos obsoletos 25%
de acidentes graves e incapacitantes
30. POLÍTICA NACIONAL de SEGURANÇA e
SAÚDE do TRABALHADOR
• PROPOSTAS ou ESTRATÉGIAS para
minimização ou solução do problema
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE E
SEGURANÇA do TRABALHADOR articulada
com os Ministérios da Saúde, Trabalho,
Previdência Social e Meio Ambiente
31. POLÍTICA NACIONAL de SEGURANÇA e
SAÚDE do TRABLHADOR
CONVENÇÃO 155 da OIT:
• Todo país signatário implementar uma
política nacional de segurança ambiente de
trabalho com o objetivo de :
• “ prevenir os acidentes e danos para a saúde
decorrentes do trabalho, reduzindo ao
mínimo, na medida do razoável e factível, as
causas de risco inerentes ao meio ambiente
do trabalho”
32. POLÍTICA NACIONAL de SEGURANÇA
e SAÚDE do TRABALHADOR
• LEI ORGÂNICA da SAÚDE 8080/90 : saúde
dos trabalhadores = conjunto de atividades
que se destina , através das ações de vigilância
epidemiológica e vigilância sanitária, a
promoção e proteção aos trabalhadores,
assim como visa à recuperação e reabilitação
dos trabalhadores submetidos aos riscos e
agravos advindos das condições de trabalho
33. POLÍTICA NACIONAL de SEGURANÇA e SAÚDE
do TRABALHADOR
• OBJETIVO : trabalho que contribua par melhoria da
QUALIDADE de VIDA, para a realização pessoal e
social e sem prejuízo para a saúde, integridade física
e mental do trabalhador
• TRABALHADOR =todo homem ou mulher que exerce
atividades para seu sustento ou de seus dependentes,
qualquer que seja sua forma de inserção no mercado de
trabalho, seja na economia formal ou informal:
• - trabalhador doméstico, avulso ou agrícola
• - autônomos, servidores públicos-
• -proprietários de empresas
• - aprendiz, estagiário
• -aposentados, afastados do trabalho por doença etc.
34. PORTARIA Nº 1.125/GM DE 6 DE
JULHO DE 2005.
• PROPÓSITOS da POLITICA de Saúde do Trabalhador
para o SUS
• Art. 1º Estabelecer que toda política de saúde do
trabalhador para o SUS tenha por propósito a
promoção da saúde e a redução da morbimortalidade
dos trabalhadores, mediante ações integradas, intra e
intersetorialmente, de forma contínua, sobre os
determinantes dos agravos decorrentes dos modelos
de desenvolvimento e processos produtivos, com a
participação de todos os sujeitos sociais envolvidos.
35. PORTARIA Nº 1.125/GM DE 6 DE
JULHO DE 2005.
• Art. 2º Estabelecer que as ações em saúde do trabalhador
desenvolvidas pelo SUS sejam organizadas em todos seus níveis de
atenção, a partir das seguintes diretrizes:
• I - atenção integral da saúde dos trabalhadores, envolvendo a
promoção de ambientes e processos de trabalho saudáveis, o
fortalecimento da vigilância de ambientes, os processos e agravos
relacionados ao trabalho, a assistência integral à saúde dos
trabalhadores e a adequação e ampliação da capacidade
institucional;
• II - Articulação Intra e Intersetorial;
• III - Estruturação de Rede de Informações em Saúde do
Trabalhador;
36. PORTARIA Nº 1.125/GM DE 6 DE
JULHO DE 2005.
• IV - Apoio ao Desenvolvimento de Estudos e
Pesquisas em Saúde do Trabalhador;
• V - Desenvolvimento e Capacitação de
Recursos Humanos;
• VI - Participação da Comunidade na Gestão
das Ações em Saúde do Trabalhador.
37. Portaria nº 2.728/GM de 11 de novembro de
2009
• Regula RENAST= Rede Nacional de Assistência a Saúde do
trabalhador
• Composta por Centros Estaduais e Regionais de Referência em
Saúde do Trabalhador CEREST( em 2009, 178 unidades
espalhadas por todo o País) –
• e por uma rede de 1.000 serviços sentinela de média e alta
complexidade capaz de diagnosticar os agravos à saúde que têm
relação com o trabalho e de registrá-los no Sistema de Informação
de Agravos de Notificação (SINAN-NET).
• Rede Sentinela é composta por unidades de saúde (chamadas de
unidades sentinela) que identificam, investigam e notificam, quando
confirmados, os casos de doenças, agravos e/ou acidentes
relacionados ao trabalho.
Os Cerest recebem recursos financeiros do Fundo Nacional da
Saúde para realizar ações de promoção, prevenção, vigilância,
assistência e reabilitação em saúde dos trabalhadores urbanos e
rurais, independentemente do vínculo empregatício e do tipo de
inserção no mercado de trabalho.
38. PORTARIA nº 1339 de 18/novembro/1999
• Lista de 108 doenças relacionadas ao trabalho
• Doenças relacionadas o trabalho mais
frequentes:
• LER/DORT
• Distúrbios osteomusculares
• Doenças mentais
• Formas de adoecimento mal caracterizadas
39. POLÍTICA NACIONAL de SEGURANÇA e
SÁUDE do TRABALHADOR
• Apesar da legislação relativamente completa ,
os riscos nos ambientes de trabalho mantém-
se no país.
• AVALIAÇÕ DE RISCOS E AGRAVOS de forma
fragmentada no SUS
• Somente 43% dos trabalhadores estão
vinculados ao sistema previdenciário
40. POLÍTICA NACIONAL de SEGURANÇA e
SÁUDE do TRABALHADOR
• Gasto no país com benefícios previdenciários:
• 33 bilhões de reais /ano
• Tempo de trabalho perdido/ano devido aos
acidentes de trabalho 106 milhões de dias
perdidos/ano
41. POLÍTICA de SEGURANÇA e SAÚDE do
TRABALHADOR
• Atividades e ações de saúde do trabalhador
devem estar inseridas numa política com a
definição das atribuições e competência de
cada setor, incluindo, além da saúde, os
responsáveis pela política econômica, da
indústria, do comércio, da agricultura, ciência
e tecnologia, do trabalho, da previdência
social, do meio ambiente, da educação, e da
justiça.
42. CLASSIFICAÇÃO das DOENÇAS X relações
com o TRABALHO( classificação de Shiling)
• I- TRABALHO COMO CAUSA NECESSÁRIA,
direta = doenças ocupacionais e intoxicações
agudas de origem ocupacional.
Exemplos:intoxicação por chumbo, silicoses etc.
• II -TRABLHO COMO FATOR CONTRIBUINTE MAS
NÃO NECESSÁRIO = o trabalho pode ser um fator
de risco, CONTRIBUTIVO, mas não necessário.
Exemplos: doença coronariana,
hipertensão,neoplasias, varizes dos membros
inferiores
43. CLASSIFICAÇÃO das DOENÇAS X relações
com o TRABALHO( classificação de Shiling)
• III -TRABALHO COMO PROVOCADOR DE
DISTÚRBIO LATENTE, OU AGRAVADOR DE
DOENÇA PRÉ-ESTABELECIDA = ou seja o
trabalho é uma CONCAUSA, tipificadas pelas
doenças alérgicas de pele( dermatites) e
respiratórias( asma), distúrbios mentais.