Propedeutica das hemorragias digestivas

P
Paulo AlambertAssistente de Reumatologia na Unimes - Universidade Metropolitana de Santos à Unimes - Universidade Metropolitana de Santos
Propedêutica das
Hemorragias Digestivas
Prof. Dr. Virgílio Aguiar-2015
Hemorragias Digestivas
Hemorragias Digestivas Altas (HDA)
Hemorragias Digestivas Baixas (HDB)
LIGAMENTO DE TREITZ - estrutura fibrosa que fixa a junção
duodenojejunal à parede posterior do abdomen.
ângulo DUODENO JEJUNAL
Hemorragia Digestiva Alta
Sangramentos proximais ao ligamento de
Treitz, ou flexura duodeno-jejunal que marca
a junção entre o duodeno e o jejuno.
Localizadas no esôfago, estômago e duodeno:
85% das hemorragias digestivas são altas
Hemorragia Digestiva Alta:
Sintomas mais frequentes:
Hematêmese – vômitos com sangue vivo ou em borra de café
Melena - fezes enegrecidas, com aspecto de piche, que aderem
ao vaso sanitário e têm odor fétido.
Em torno de 50 a 100 ml de sangue são suficientes para surgir melena.
A melena poderá persistir até por 48-72 horas após cessar o sangramento.
Eventualmente, pode ser encontrada em sangramentos do delgado
e de cólon direito, quando o trânsito intestinal está lento.
Sangramento oculto - detectado pela pesquisa de sangue
nas fezes ou por anemia persistente
Propedeutica das hemorragias digestivas
Hemorragias Digestivas Altas - HDA
Confirmação de HDA
Sondagem nasogástrica:
Poderá auxiliar da seguinte forma: a presença no aspirado de
sangue vivo ou em borra-de-café confirma HDA.
A aspiração negativa não afasta totalmente HDA, pois pode se
tratar de sangramento duodenal com manutenção do piloro
fechado (pode representar até 10% das HDAs).
Se no aspirado gástrico vem líquido biliar, sem sangue, mostra
que houve aspiração também de conteúdo duodenal e não há
HDA
A presença no aspirado de sangue rutilante traduz hemorragia
ativa e um prognóstico mais grave
Hemorragia Digestiva Baixa
Sangramentos distais ao ligamento de
Treitz
Localizadas no restante do tubo digestivo:
Jejuno, íleo, ceco, colon e reto
15% das hemorragias digestivas são
baixas
95 a 97% das hemorragias digestivas
baixas são do intestino grosso
Sintomas mais frequentes:
Hematoquezia - sangue vivo nas fezes
Em geral proveniente do reto ou ânus
O sangue fica em torno das fezes, mas não se mistura com elas
Pode gotejar, após evacuação em pequena quantidade
Enterorragia – maior volume e as fezes são constituídas do próprio sangue,
podendo haver coágulos
Em 10% das vezes ocorrem sangramentos maciços, > 1.000 ml, os quais cursam
com instabilidade hemodinâmica, frequentemente
◦
Sangramento Oculto – detectado pela pesquisa de sangue
nas fezes ou por anemia persistente
Hemorragia Digestiva Baixa:
Hemorragias Digestivas Altas
Pode confundir com:
Vômitos decorrentes de estase gástrica;
Fezes avermelhadas por ingestão de beterraba;
Fezes enegrecidas por ingestão de sais de ferro ou
bismuto,
Alimento contendo sangue animal,
Sangramento da cavidade oral,
Epistaxe ou hemoptise.
Nesses casos, não há as demais características
da melena, tais como o odor característico e
aderência ao vaso sanitário.
Hemorragias Digestivas
Em ambas pode haver:
Sintomas e sinais de perda volêmica:
- Fraqueza
- Dispnéia
- Lipotimia
- Sudorese
- Hipotensão e taquicardia
- Choque – podem preceder a exteriorização
Hemorragias Digestivas
A propedêutica visa responder 3 importantes
questões:
- Volume de sangue perdido
- Local do sangramento
- Causa do sangramento (etiopatogenia)
AVALIAÇÃO DE GRAVIDADE
Critérios Clínicos de Alto Risco
• Idade acima de 60 anos
• Doenças graves associadas
• Hospitalizações frequentes
• Hematemese ou
enterorragia de vulto
• Melena persistente
• Hipotensão ortostática
• Pressão sistólica < 100 mm
Hg
• Pulso > 100 bpm
• Ressangramento
• Transfusões - >4U nas
primeiras 24h e acima de 8
após ressangramento
Sinais de alerta na história clínica:
Uso corriqueiro de AINES, AAS e bebida alcoólica
Cirurgias prévias do trato gastrointestinal
Procedência de área endêmica de esquistossomose
Histórico de dispepsia e epigastralgia
História de vômitos repetitivos
Quadro consumptivo
História de hematêmese, melena, hematoquezia
Achados no exame físico:
Sinais de hipertensão porta: hepatoesplenomegalia,
icterícia, ascite, circulação colateral, aranhas vasculares
Discrasias sanguíneas: petéquias, púrpura
Neoplasias: Massa abdominal, linfonodo supraclavicular
Sinais de perda sanguínea: palidez, síncope, dispnéia,
taquicardias
Dor abdominal
HDB - Achados na história clínica:
Hematoquezia – pequenos sangramentos
Diarréia persistente
Obstipação persistente, por x alternando com diarréia
Emagrecimento
Dor abdominal de repetição sem causa definida
Queixas anais
ABORDAGEM DIAGNÓSTICA
Historia e exame físico
Anuscopia / toque retal
retossigmoidoscopia flexível
HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA
TESTES DIAGNÓSTICOS
1 – Endoscopia
2 – Enema opaco
3 – Imagens
radionucleares
4 – Angiografia
5 – Outros
EDA
Enteroscopia
Colonoscopia
Cápsula
1 – Endoscopia
2 – Enema opaco
3 – Imagens radionucleares
4 – Angiografia
5 – Outros
EDA
Colangio PRE
Enteroscopia
Colonoscopia
Capsula
TESTES DIAGNÓSTICOS
1 – Endoscopia
2 – Enema opaco
3 – Imagens
radionucleares
4 – Angiografia
5 – Outros
EDA
CPRE
Enteroscopia
Colonoscopia
Capsula
TESTES DIAGNÓSTICOS
1 – Endoscopia
2 – Enema opaco
3 – Imagens radionucleares
4 – Angiografia
5 – Outros
EDA
CPRE
Enteroscopia
Colonoscopia
Cápsula
TESTES DIAGNÓSTICOS
CAPSULA ENDOSCÓPICA
1 – Endoscopia
2 – Enema opaco
3 – Imagens radionucleares
4 – Angiografia
5 – Outros
EDA
CPRE
Enteroscopia
Colonoscopia
Capsula
TESTES DIAGNÓSTICOS
1 – Endoscopia
2 – Enema opaco
3 – Imagens
radionucleares
4 – Angiografia
5 – Outros
EDA
CPRE
Enteroscopia
Colonoscopia
Capsula
TESTES DIAGNÓSTICOS
1 – Endoscopia
2 – Enema opaco
3 – Imagens
radionucleares
4 – Angiografia
5 – Outros
EDA
CPGE
Enteroscopia
Colonoscopia
Capsula
TESTES DIAGNÓSTICOS
HDA - ETIOLOGIA
•Úlcera gástrica
•Úlcera duodenal
•Varizes de esôfago
• Mallory-Weiss
Menos freqüentes
•Esofagite
•Neoplasias
•Gastrite erosiva
•Dieulafoy
• Ectasias vasculares
• Gastropatia hipertensiva
Raras
•Úlcera de esôfago
•Duodenite erosiva
•Fistula aorto/
entérica
•Hemobilia
•Crohn
•Não identificada
Freqüentes
Longstreth GF
Epidemiology of upper GI bleeding
Am J Gastroenterol 90:206 1995
OS SINTOMAS LIGADOS A CADA AGENTE
ETIOLÓGICO VÃO AJUDAR NO DIAGNÓSTICO
DIFERENCIAL
HDA - ETIOLOGIA
Luna e cols.
Sobed – Terceira edição – 2000
Estudou 5.345 pacientes
Hospital do Andarai, 75-88 RJ
Úlcera duodenal 31.4 %
Varizes esofágicas 24.3 %
Ulcera gástrica 15,0 %
Lesão aguda de Muc. Gas. 12.2 %
Mallory Weiss 3.4 %
Blastomas 3.3 %
Esofagite 2.8 %
Ulcera de anastomose 1.3 %
Outras 1.7 %
Não determinadas 4.6 %
Patologia Incidência %
VARIZES ESOFÁGICAS
CAUSAS ESPECĺFICAS DE HDA
ESOFAGITE
Responde por 3% das HDAs
Sangramento discreto
Tratamento com IBP e medidas
anti-refluxo
Poucas opções endoscópicas de
tratamento
Checar medicamentos – anlodipina,
alendronato.
DRGE – Hernia de Hiato
VARIZES
•Responde por 24% das HDAs
•Variável conforme a região
•Grandes perdas
•Imediata abordagem endoscópica
•Opção de tratamento:
Balão de Sengstaken-Blackmore
CAUSAS ESPECĺFICAS DE HDA
VARIZES GÁSTRICAS
ÚLCERAS GASTRODUODENAIS
ÚLCERAS
GASTRITES
Etanol
AAS
Antiinflamatórios
Stress
Sangramento discreto
Boa resposta aos IBPs
CAUSAS ESPECĺFICAS DE HDA
Pólipos e neoplasias
MALLORY WEISS
Responde por 5-10% das HDA
Apenas 30% tem história de vômito
Para espontaneamente em 80-90% xs
Tratamento:
Endoscópico
Cirurgia
CAUSAS ESPECĺFICAS DE HDA
HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA
 Varia de moderada a severa (choque)
 Na maioria da vezes auto-limitada
 Hospitalizações correspondem a 1/3 das HDs
 Incidência > em homens (diverticulose /d. vascular)
 Abordagem inicial é semelhante a HDA
HDB – ETIOLOGIA
COMUNS
 Diverticulose
 Hemorróidas
 Ectasias vasculares
COMUNS
•Diverticulose
•Hemorroidas
•Ectasias vasculares
Internas
Externas
HDB – ETIOLOGIA
COMUNS
Diverticulose
Hemorróidas
Ectasias vasculares
HDB – ETIOLOGIA
POUCO FREQUENTE
•Neoplasia – Pólipos
•D.I.I.
•Delgado
• Angiodisplasias
• D. Meckel
• Crohn
• Fístula
HDB – ETIOLOGIA
POUCO FREQUENTE
•Neoplasia – Pólipos
•D.I.I.
•Delgado
Angiodisplasias
D. Meckel
Crohn
Fístula
Crohn
R.C.U. I.
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•Úlceras de colon
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  • 2. Hemorragias Digestivas Hemorragias Digestivas Altas (HDA) Hemorragias Digestivas Baixas (HDB) LIGAMENTO DE TREITZ - estrutura fibrosa que fixa a junção duodenojejunal à parede posterior do abdomen. ângulo DUODENO JEJUNAL
  • 3. Hemorragia Digestiva Alta Sangramentos proximais ao ligamento de Treitz, ou flexura duodeno-jejunal que marca a junção entre o duodeno e o jejuno. Localizadas no esôfago, estômago e duodeno: 85% das hemorragias digestivas são altas
  • 4. Hemorragia Digestiva Alta: Sintomas mais frequentes: Hematêmese – vômitos com sangue vivo ou em borra de café Melena - fezes enegrecidas, com aspecto de piche, que aderem ao vaso sanitário e têm odor fétido. Em torno de 50 a 100 ml de sangue são suficientes para surgir melena. A melena poderá persistir até por 48-72 horas após cessar o sangramento. Eventualmente, pode ser encontrada em sangramentos do delgado e de cólon direito, quando o trânsito intestinal está lento. Sangramento oculto - detectado pela pesquisa de sangue nas fezes ou por anemia persistente
  • 6. Hemorragias Digestivas Altas - HDA Confirmação de HDA Sondagem nasogástrica: Poderá auxiliar da seguinte forma: a presença no aspirado de sangue vivo ou em borra-de-café confirma HDA. A aspiração negativa não afasta totalmente HDA, pois pode se tratar de sangramento duodenal com manutenção do piloro fechado (pode representar até 10% das HDAs). Se no aspirado gástrico vem líquido biliar, sem sangue, mostra que houve aspiração também de conteúdo duodenal e não há HDA A presença no aspirado de sangue rutilante traduz hemorragia ativa e um prognóstico mais grave
  • 7. Hemorragia Digestiva Baixa Sangramentos distais ao ligamento de Treitz Localizadas no restante do tubo digestivo: Jejuno, íleo, ceco, colon e reto 15% das hemorragias digestivas são baixas 95 a 97% das hemorragias digestivas baixas são do intestino grosso
  • 8. Sintomas mais frequentes: Hematoquezia - sangue vivo nas fezes Em geral proveniente do reto ou ânus O sangue fica em torno das fezes, mas não se mistura com elas Pode gotejar, após evacuação em pequena quantidade Enterorragia – maior volume e as fezes são constituídas do próprio sangue, podendo haver coágulos Em 10% das vezes ocorrem sangramentos maciços, > 1.000 ml, os quais cursam com instabilidade hemodinâmica, frequentemente ◦ Sangramento Oculto – detectado pela pesquisa de sangue nas fezes ou por anemia persistente Hemorragia Digestiva Baixa:
  • 9. Hemorragias Digestivas Altas Pode confundir com: Vômitos decorrentes de estase gástrica; Fezes avermelhadas por ingestão de beterraba; Fezes enegrecidas por ingestão de sais de ferro ou bismuto, Alimento contendo sangue animal, Sangramento da cavidade oral, Epistaxe ou hemoptise. Nesses casos, não há as demais características da melena, tais como o odor característico e aderência ao vaso sanitário.
  • 10. Hemorragias Digestivas Em ambas pode haver: Sintomas e sinais de perda volêmica: - Fraqueza - Dispnéia - Lipotimia - Sudorese - Hipotensão e taquicardia - Choque – podem preceder a exteriorização
  • 11. Hemorragias Digestivas A propedêutica visa responder 3 importantes questões: - Volume de sangue perdido - Local do sangramento - Causa do sangramento (etiopatogenia)
  • 13. Critérios Clínicos de Alto Risco • Idade acima de 60 anos • Doenças graves associadas • Hospitalizações frequentes • Hematemese ou enterorragia de vulto • Melena persistente • Hipotensão ortostática • Pressão sistólica < 100 mm Hg • Pulso > 100 bpm • Ressangramento • Transfusões - >4U nas primeiras 24h e acima de 8 após ressangramento
  • 14. Sinais de alerta na história clínica: Uso corriqueiro de AINES, AAS e bebida alcoólica Cirurgias prévias do trato gastrointestinal Procedência de área endêmica de esquistossomose Histórico de dispepsia e epigastralgia História de vômitos repetitivos Quadro consumptivo História de hematêmese, melena, hematoquezia
  • 15. Achados no exame físico: Sinais de hipertensão porta: hepatoesplenomegalia, icterícia, ascite, circulação colateral, aranhas vasculares Discrasias sanguíneas: petéquias, púrpura Neoplasias: Massa abdominal, linfonodo supraclavicular Sinais de perda sanguínea: palidez, síncope, dispnéia, taquicardias Dor abdominal
  • 16. HDB - Achados na história clínica: Hematoquezia – pequenos sangramentos Diarréia persistente Obstipação persistente, por x alternando com diarréia Emagrecimento Dor abdominal de repetição sem causa definida Queixas anais
  • 17. ABORDAGEM DIAGNÓSTICA Historia e exame físico Anuscopia / toque retal retossigmoidoscopia flexível HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA
  • 18. TESTES DIAGNÓSTICOS 1 – Endoscopia 2 – Enema opaco 3 – Imagens radionucleares 4 – Angiografia 5 – Outros EDA Enteroscopia Colonoscopia Cápsula
  • 19. 1 – Endoscopia 2 – Enema opaco 3 – Imagens radionucleares 4 – Angiografia 5 – Outros EDA Colangio PRE Enteroscopia Colonoscopia Capsula TESTES DIAGNÓSTICOS
  • 20. 1 – Endoscopia 2 – Enema opaco 3 – Imagens radionucleares 4 – Angiografia 5 – Outros EDA CPRE Enteroscopia Colonoscopia Capsula TESTES DIAGNÓSTICOS
  • 21. 1 – Endoscopia 2 – Enema opaco 3 – Imagens radionucleares 4 – Angiografia 5 – Outros EDA CPRE Enteroscopia Colonoscopia Cápsula TESTES DIAGNÓSTICOS
  • 23. 1 – Endoscopia 2 – Enema opaco 3 – Imagens radionucleares 4 – Angiografia 5 – Outros EDA CPRE Enteroscopia Colonoscopia Capsula TESTES DIAGNÓSTICOS
  • 24. 1 – Endoscopia 2 – Enema opaco 3 – Imagens radionucleares 4 – Angiografia 5 – Outros EDA CPRE Enteroscopia Colonoscopia Capsula TESTES DIAGNÓSTICOS
  • 25. 1 – Endoscopia 2 – Enema opaco 3 – Imagens radionucleares 4 – Angiografia 5 – Outros EDA CPGE Enteroscopia Colonoscopia Capsula TESTES DIAGNÓSTICOS
  • 26. HDA - ETIOLOGIA •Úlcera gástrica •Úlcera duodenal •Varizes de esôfago • Mallory-Weiss Menos freqüentes •Esofagite •Neoplasias •Gastrite erosiva •Dieulafoy • Ectasias vasculares • Gastropatia hipertensiva Raras •Úlcera de esôfago •Duodenite erosiva •Fistula aorto/ entérica •Hemobilia •Crohn •Não identificada Freqüentes Longstreth GF Epidemiology of upper GI bleeding Am J Gastroenterol 90:206 1995 OS SINTOMAS LIGADOS A CADA AGENTE ETIOLÓGICO VÃO AJUDAR NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
  • 27. HDA - ETIOLOGIA Luna e cols. Sobed – Terceira edição – 2000 Estudou 5.345 pacientes Hospital do Andarai, 75-88 RJ Úlcera duodenal 31.4 % Varizes esofágicas 24.3 % Ulcera gástrica 15,0 % Lesão aguda de Muc. Gas. 12.2 % Mallory Weiss 3.4 % Blastomas 3.3 % Esofagite 2.8 % Ulcera de anastomose 1.3 % Outras 1.7 % Não determinadas 4.6 % Patologia Incidência %
  • 29. CAUSAS ESPECĺFICAS DE HDA ESOFAGITE Responde por 3% das HDAs Sangramento discreto Tratamento com IBP e medidas anti-refluxo Poucas opções endoscópicas de tratamento Checar medicamentos – anlodipina, alendronato.
  • 30. DRGE – Hernia de Hiato
  • 31. VARIZES •Responde por 24% das HDAs •Variável conforme a região •Grandes perdas •Imediata abordagem endoscópica •Opção de tratamento: Balão de Sengstaken-Blackmore CAUSAS ESPECĺFICAS DE HDA
  • 36. MALLORY WEISS Responde por 5-10% das HDA Apenas 30% tem história de vômito Para espontaneamente em 80-90% xs Tratamento: Endoscópico Cirurgia CAUSAS ESPECĺFICAS DE HDA
  • 37. HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA  Varia de moderada a severa (choque)  Na maioria da vezes auto-limitada  Hospitalizações correspondem a 1/3 das HDs  Incidência > em homens (diverticulose /d. vascular)  Abordagem inicial é semelhante a HDA
  • 38. HDB – ETIOLOGIA COMUNS  Diverticulose  Hemorróidas  Ectasias vasculares
  • 41. POUCO FREQUENTE •Neoplasia – Pólipos •D.I.I. •Delgado • Angiodisplasias • D. Meckel • Crohn • Fístula HDB – ETIOLOGIA
  • 42. POUCO FREQUENTE •Neoplasia – Pólipos •D.I.I. •Delgado Angiodisplasias D. Meckel Crohn Fístula Crohn R.C.U. I. HDB – ETIOLOGIA
  • 43. HDB – ETIOLOGIA RARAS •Úlceras de colon •Varizes de reto