1. I
Saibam todos quantos acessam este blog cultural que Itapetim foi o segundo
núcleo populacional do Alto Pajeú,depois de Flores; esta urbe,que,quando
distrito,chamara-se Flores da Ribeira do Pajau,começou a povoar-sem em 11
de setembro de 1783.
Nossa cidade,que devido a uma lei de 1758,a distribuição de terras no Sertão
do Pajeú foi fragmentada em pequenas propriedades,devendo haver uma
faixa de uma légua entre estas terras,a fim de usá-las para utilidade pública,já
era habitada por centenas de autóctones. E a tribo Babicos não deve ser
ramificação de nenhuma outra,mas devia ter seus próprios rituais e dialetos.
Uma glória,que merece profunda pesquisa!
Dessas terras devolutas,nascia,em 1788,o Patrimônio de São Pedro das
Lages,nosso amado rincão. Quando meu bisavô paterno,Amâncio
Pereira,vindo de paragens paraibanas,onde nascera,chegou ao Alto Sertão do
Pajeú,com a idéia fixa de fundar o nosso município,à época,Umburanas,hoje
Itapetim,o qual logrou êxito no ano de 1885,o Brasil era um Império,o
chamado Brasil Monárquico,fazia parte do período Regencial (1831-
1840),regido pelo Imperador D. Pedro II,Pedro de Alcântara,aclamado ao
cinco anos de idade para dar continuidade ao regime monárquico.
Segundo o site do IBGE,o Sr.Amâncio Pereira deu início a construção da
primeira residência de alvenaria,onde se encontra,atualmente,a Boate
Casarão. Graças ao seu esforço e espírito progressista organizou-se uma feira
e a primeira casa de comércio,que marcou a evolução do povoado.
Imagino a persistência de bravura indômita de nosso ancestral,pois,escreveu
André Raboni,Bacharel em História pela UFPE,"desbravar as terras de dentro
(Sertões) não era tarefa fácil: diversos desafios se impuseram aos que se
aventuraram nessas jornadas. Outros personagens compunham esta história.
A Natureza sempre esteve presente junto ao Homem: os xiquexiques,as
juremas e os animais,a água e a terra têm sua participação na construção
desse mundo sertanejo”.
Ainda de acordo com Dr. Raboni: “(...) não era tão simples assim viajar até
aquela região. Os Homens dos séculos passados não dispunham de meios
seguros para realizar esse percurso. Além de perigosa,a viagem era longa e
cheia de surpresas. O isolamento da região dificultava as comunicações e o
transporte. O Sertão foi aos poucos revelado. Missionários e bandeirantes
investiram nas regiões mais remotas do território brasileiro. Os acessos eram
poucos e problemáticos. Os rios eram as principais estradas que conduziam
às terras de dentro”.