2. CONCEITO:
American Thoracic Society (Consenso 2012)
“ Termo usado para caracterizar uma experiência
subjetiva de desconforto respiratório que inclui
sensações qualitativamente distintas que variam de
intensidade.
Essa experiência se origina de interações entre
fatores fisiológicos , psicológicos, sociais e
ambientais, podendo induzir respostas secundárias
fisiológicas e comportamentais.”
Parshall MB, Schwartzstein RM, Adams L, et al.
3. DISPNÉIA – SIGNIFICADO DO TERMO:
Dispnéia = respiração ruim (do grego dys + pnoia)
A respiração é um ato em geral inconsciente
O ATO DE RESPIRAR TORNA-SE CONSCIENTE EM MUITAS
SITUAÇÕES, PRINCIPALMENTE DE DOENÇA .
QUANDO O ATO DE RESPIRAR DESPERTA SENSAÇÕES
DESAGRADÁVEIS , ESTÁ PRESENTE DISPNÉIA
4. DISPNÉIA
Compreende dois componentes:
Uma “sensação” (ativação neural resultando do
estímulo de um receptor) e
uma “percepção” ( a reação do indivíduo a essa
sensação)
Sensação de dispnéia: respiração “desagradável”
Percepção da dispnéia: intensidade do desagrado
Tipos diferentes de estímulo despertam sensações
diferentes (?).
A percepção (intensidade) também varia
com o tipo de estímulo
5. TERMOS ALTERNATIVOS :
Engloba sensações qualitativamente distintas
Respiração difícil / cansada / trabalhosa / pesada
Abafamento / Sufocação
Fome de ar
Aperto no peito / Aperto na garganta
A quantidade de ar que entra não é suficiente
O termo dispnéia não é usado pelos pacientes
7. DISPNÉIA:
A sensação de dispnéia é mais percebido num contexto de
doença e repouso do que após exercício intenso em indivíduo
normal
Falha em detectar cargas mecânicas ou alterações nas trocas
gasosas é fator de risco para mortalidade em asma
Aumento na sensibilidade está presente na crise de ansiedade e
no desconforto respiratório do sedentário
9. FISIOPATOLOGIA
O sistema respiratório tem como função principal as
trocas gasosas.
É fácil entender que prejuízo à oxigenação ,
bem como acidose respiratória causem dispnéia.
Porém trata-se de fenômeno mais complexo, com
participação de vários estímulos não só químicos, como
mecânicos a partir das vias aéreas superiores e parede
torácica, além dos pulmões, com resposta modulada pelo
sistema nervoso central
14. DISPNÉIA: Sintoma e sinal (?)
Queixa comum
Frequentemente relacionada com doenças graves
preditor de mortalidade e necessidade de internação
Associada com limitações importantes das atividades
físicas e sociais
Associada com má qualidade de vida
Também ligada ao condicionamento físico e ao estado
emocional
15. DISPNÉIA:
Avaliação:
História detalhada é necessária
O relato do paciente pode ser muito subjetivo
Usar o termo dispnéia implica em observar o paciente
Não há biomarcador para dispnéia
Não há teste diagnóstico específico para dispnéia
16. DISPNÉIA :
Avaliação:
Início – quando e em que hora
Modo de instalação e Intensidade
Duração
Fatores desencadeantes
Número de crises e periodicidade
Sintomas paralelos
Fatores de melhora
17. SINAIS ASSOCIADOS A DISPNÉIASINAIS ASSOCIADOS A DISPNÉIA
OBSTRUÇÃO COMPLETA DAS VIAS AÉREAS SUPERIORESOBSTRUÇÃO COMPLETA DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES
• AgitaçãoAgitação
• Mãos no pescoçoMãos no pescoço
• Ausência de ventilaçãoAusência de ventilação
• Incapacidade de falarIncapacidade de falar
• Incapacidade de tossirIncapacidade de tossir
• Cianose rapidamenteCianose rapidamente
progressivaprogressiva
• Perda de consciênciaPerda de consciência
• Várias causasVárias causas
18. SINAIS E SINTOMAS ASSOCIADOS A DISPNÉIA
Sintomas e Sinais de Hipoxemia
Achados Leve a moderada Grave
Respiratórios Taquipnéia
Dispnéia
Sudorese
Taquipnéia
Dispnéia
Cianose
Cardiovasculares Taquicardia
HAS leve
Vasoconstrição periférica
Taquicardia / bradicardia
Arritmias
Hipertensão / hipotensão
Neurológicos Inquietude
Ansiedade
Desorientação
Cefaléia
Sonolência, confusão
Visão borrada
Perda da coordenação motora
Convulsões
Coma
19. SINAIS E SINTOMAS ASSOCIADOS A DISPNÉIA
Sintomas e
Sinais de Hipercapnia
Achados Leve a moderada Grave
Respiratórios Taquipnéia
Dispnéia
Taquipnéia
Bradipnéia
Cardiovasculares Taquicardia
Hipertensão
Vasodilatação
Taquicardia
Hipertensão
Hipotensão
Neurológicos Sonolência
Letargia
Inquietude
Tremor
Fala arrastada
Cefaléia
Halucinações
Asterixis
Edema de papila
Convulsões
Coma
Outros Sudorese
Vermelhidão da pele
20. Sinais Associados a Dispnéia
Uso da
musculatura
acessória da
respiração
Tiragem
Respiração
com os
lábios semi-
fechados
Cianose
30. INVESTIGAÇÃO DE DISPNÉIA
- História e exame físico
- Oximetria / Gasometria arterial
- Radiologia simples do tórax
- Tomo Computadorizada do tórax de alta resolução
- Espirometria
- Hemograma
- Eletrocardiograma/Ecocardiograma/Teste
ergométrico/Holter 24 h/ Estudo hemodinâmico
- BNP ou NT-proBNP
- TSH, T4livre, T3
- Teste cardiopulmonar de exercício
- Cintilografia pulmonar / Arteriografia pulmonar
31. CONDUTA NA DISPNÉIA
-Tratar a causa ou causas
-Oxigenoterapia
-Opióides / benzodiazepínicos
-Reabilitação respiratória
-Vibração na parede torácica
- Heliox
- Furosemida inalatória
32. CONDUTA não farmacológica NA DISPNÉIA
-Posicionar confortavelmente o paciente: elevar o tronco
ou deitar sobre o lado doente
-Utilizar umidificador em caso de umidade baixa do ar (ar
condicionado)
-Reduzir a temperatura ambiente
-Eliminar irritantes, como fumaça ou Alérgenos
-Abrir janela par criar perspectiva de amplitude e
tranquilidade
-Brisa no rosto criada por janela aberta ou ventilador
-Respiração com os lábios semicerrados (assobiando)
-Técnicas de conservação de energia
-Períodos de ventilação não invasiva