SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  41
Prof. Pedro Filho
 Responsável pelos primeiros estudos que
originaram a medicina;
 Desmitificou a origem das doenças com a sua
teoria;
“ The disease is not caused by the anger of the
Gods, by evil, or by magic, but rather by
impurities in the air.”
Hippocrates
Hippocrates
 Teoria da crise;
“ A point in the progression of disease at
which either the illness would begin to
triumph and the patient would succumb to
death, or the opposite would occur and
natural processes would make the patient
recover.”
“The healing power of nature.”
Nova era da Quimioterapia
 Em 1912, 10% da população francesa, e 6% da
população alemã, havia morrido de sífilis;
 Nesse momento surgiu o primeiro composto
sintético, que combateu eficazmente a sífilis, foi o
Salvarsan. Posteriormente, vários outros
compostos sintéticos surgiram;
Penicilina - 1928
Alexander Fleming (1881 – 1955)
Prêmio Nobel de Fisiologia ou
Medicina - 1945
Drogas antimicrobianas descobertas depois de 1935
Quais os alvos dos
antimicrobianos
Inibição da Síntese de Parede
celular
Inibição da Síntese de Parede
celular
O mais importante mecanismo de atividade dos
antibióticos é a interferência com a síntese de
parede celular bacteriana;
A maioria do antibióticos com esse mecanismo de
ação são classificado com β-Lactâmicos, nessa
classe estão incluídos também, Glicopeptídeos,
Lipopetídeos, Polipeptídeos.
Antibióticos β-Lactâmicos
 Penicilinas
 Cefalosporinas
 Cefamicinas
 Carbapenes
 Monobactâmicos
 Inibidores de β-Lactamases
Antibióticos β-Lactâmicos
 Penicilinas
 Cefalosporinas
 Cefamicinas
 Carbapenes
 Monobactâmicos
 Inibidores de β-Lactamases
Quando bactérias em crescimento são expostas a esses
antibióticos, o antibiótico se liga proteínas ligadoras de
penicilina (PLP) específicas na parede celular bacteriana e
inibi a montagem das cadeias peptidoglicanas.
β-Lactâmicos - Penicilinas
São antibióticos altamente
eficientes com baixa taxa de
toxicidade;
Penicilina G – Menos
resistente, utilizada como
fármaco intravenoso;
Penicilina V – Mais resistente,
utilizada como fármaco oral;
Penicilinas resistentes à
penicilinase, meticilina,
oxacilina, são utilizadas no
tratamento contra Staphylococcus
Penicilinas combinadas com inibidores de β-lactamases
β-Lactâmicos – Cefalosporina e
Cefamicinas
Derivados do ácido 7-
aminocefalosporânico que é
obtido isolado do fungo
Cephalosporium;
São resistentes a várias β-
lactamases e dispõem de
melhores propriedades
farmacocinéticas;
β-Lactâmicos – Cefalosporina e
Cefamicinas
Atividade de espectro
restrito, apresenta atividade
contra Escherichia coli,
Klebsiella, Proteus mirabilis e
coco Gram positivos;
Atividade de espectro
ampliado, apresenta atividade
contra a maioria das
Haemophilus influenza,
Enterobacter, Citrobacter,
Serratia e Pseudomonas
aeruginosa;
β-Lactâmicos
Resistência à β-Lactâmicos
Impedimento da interação entre antibiótico e a PLP-
alvo. Bactérias Gram negativas (p. ex.,
Pseudomonas);
Modificação da ligação do antibiótico com a PLP;
Superprodução de PLP (evento raro);
Aquisição de uma nova PLP;
Modificação de uma PLP existente;
Hidrólise do antibióticos por β-lactamases;
Glicopeptídeos - Vancomicina
Originalmente obtida de
Streptomyces orientalis. A
vancomicina integare com a
terminação D-Alanina-D-
Alanina, impedindo a formação
das pontes entres as cadeias do
peptidoglicano;
É utilizada no tratamento de
infecções causadas por
Staphylococcus resistentes à
oxacilina e para outra bactérias
Gram positivas resistentes a β-
lactâmicos;
Resistência a Vancomicina
A vancomicina é inativa contra bactérias Gram
negativas, devido ser uma molécula muito grande, não
atravessa a membrana externa;
Algumas bactérias naturalmente são resistentes a
vancomicina, porque a terminação do pentapeptídeo é
D-Alanina-D-Lactato (p. ex., Leuconostoc) D-Alanina-
E-Serina (p. ex., Enterococcus gallinarum);
Algumas espécies de entrerococos E. faecium e E.
faecalis, adquiriram um gene de resistência a
vancomicina, que muda as terminações dos
pentapeptídeos;
Inibição de Síntese Proteica
São antibióticos constituídos por
aminoaçúcares, ligados por pontes
glicosídicas a um anel
aminociclitol;
A estreptomicina foi isolada
Streptomyces e a gentamicina
Micromonospora;
Inibição de Síntese Proteica -
Aminoglicosídeos
Inibem a síntese proteica por se
ligarem irreversivelmente às
proteínas da região 30S dos
ribossomos;
São usados para tratamentos de
infecções graves causadas por
bacilos Gram negativos (p. ex.,
Enterobacteriaceae,
Pseudomonas, Actinobacter);
Inibição de Síntese Proteica -
Aminoglicosídeos
Aminoglicosídeos são
antibióticos bactericidas
Resistência à Aminoglicosídeos
Bactérias anaeróbicas são naturalmente
resistentes;
Mutação no sítio de ligação do ribossomo;
Redução da entrada de antibiótico na célula;
Aumento na eliminação do antibiótico de dentro
da célula;
Modificação enzimática do antibiótico;
Tetraciclina - Tetraciclinas
São antibióticos bacteriostáticos de
amplo espectro que inibem a
síntese proteica pela ligação
reversível à subunidade 30S
ribossomal;
São eficientes no tratamento de
infecções causadas por espécies
de Chlamydia, Mycoplasma e
Rickettsia, e outras bactérias
Gram positivas e Gram negativas;
Resistência à Tetraciclinas
Diminuição da penetração do antibiótico para o
interior da célula;
Pelo efluxo do antibiótico do interior da célula;
Por modificação do ribossomo;
Modificação enzimática da tetraciclina;
Cloranfenicol
Apresenta um amplo espectro
bacteriano, similar ao da
tetraciclina, porém seu uso é
limitado;
São eficientes no tratamento de
infecções causadas por espécies
de Chlamydia, Mycoplasma e
Rickettsia, e outras bactérias
Gram positivas e Gram negativas;
Resistência à Cloranfenicol
 Produção da enzima acetiltransferase, que
catalisa a acetilação do grupo 3-hidroxi do
cloranfenicol, tornando-o incapaz de se ligar ao
ribossomo;
Macrolídeos
A eritromicina é o modelo dessa
classe de antibióticos de amplo
espectro;
Exercem sua função se ligando de
forma reversível a subunidade 23S
do ribossomo bacteriano. Têm sido
utilizados no tratamento de
infecções pulmonares causadas
por Mycoplasma, Legionella e
Chlamydia;
Resistência à Macrolídeos
 Ocorre pela metilação da subunidade 23S do
ribossomo impedindo a ligação do antibiótico;
 Inativação enzimática por enzimas estearase,
fosforilase e glicosilases
Inibição da Síntese de Ácidos
Nucleicos
Inibição da Síntese de Ácidos
Nucleicos - Quinolonas
As quinolonas são a classe de
antibióticos mais utilizados;
Exercem sua função inibindo as
enzimas DNA topoisomerases II e
IV, que são necessárias para a
replicação do DNA;
É usado no tratamento de
infecções urinárias;
Resistência às Quinolonas
 É mediada por mutações cromossômicas em
genes estruturais das DNAs topoisomerases II e
IV;
 Superexpressão de bombas que eliminam o
antibiótico do interior da célula
 Mudança na permeabilidade da membrana
Antimetabólitos
Antimetabólitos - Sulfonamidas
São antimetabólitos que impedem
a síntese do ácido fólico;
As sulfonamidas são eficientes
contra uma ampla variedade de
organismos Gram positivos e
Gram negativos, tais como
Nocardia, Chlamydia;
É usado no tratamento de
infecções urinárias;
Resistência à antimetabólitos
 Barreiras de permeabilidade de membrana;
 Redução de afinidade da enzima;
 Adquirir ácido fólico do meio;

Contenu connexe

Tendances

ICSA17 - Resposta Imune a infecções
ICSA17 - Resposta Imune a infecçõesICSA17 - Resposta Imune a infecções
ICSA17 - Resposta Imune a infecçõesRicardo Portela
 
Curso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsander
Curso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsanderCurso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsander
Curso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsanderDouglas Lício
 
ICSA17 - Resposta Imune a infecções PDF
ICSA17 - Resposta Imune a infecções PDFICSA17 - Resposta Imune a infecções PDF
ICSA17 - Resposta Imune a infecções PDFRicardo Portela
 
Antibióticos - mecanismo de ação
Antibióticos - mecanismo de açãoAntibióticos - mecanismo de ação
Antibióticos - mecanismo de açãoSafia Naser
 
Conceitos de Sistema Imune
Conceitos de Sistema ImuneConceitos de Sistema Imune
Conceitos de Sistema ImuneLys Duarte
 
Imunologia - Vacinas
Imunologia - VacinasImunologia - Vacinas
Imunologia - VacinasLABIMUNO UFBA
 
Aula de Parasitologia do dia: 08.09.2016
Aula de Parasitologia do dia: 08.09.2016Aula de Parasitologia do dia: 08.09.2016
Aula de Parasitologia do dia: 08.09.2016Jaqueline Almeida
 
Métodos de detecção de resistência bacteriana aos antimicrobianos em bacilos ...
Métodos de detecção de resistência bacteriana aos antimicrobianos em bacilos ...Métodos de detecção de resistência bacteriana aos antimicrobianos em bacilos ...
Métodos de detecção de resistência bacteriana aos antimicrobianos em bacilos ...João Marcos
 
Introdução à quimioterapia
Introdução à quimioterapiaIntrodução à quimioterapia
Introdução à quimioterapiaCaio Maximino
 
Introdução à imunologia
Introdução à imunologiaIntrodução à imunologia
Introdução à imunologiaMessias Miranda
 
Generos Bacterianos Primeira Prova
Generos Bacterianos Primeira ProvaGeneros Bacterianos Primeira Prova
Generos Bacterianos Primeira Provalidypvh
 
Aula 1 conceitos gerais de parasitologia
Aula 1 conceitos gerais de parasitologiaAula 1 conceitos gerais de parasitologia
Aula 1 conceitos gerais de parasitologiaAdila Trubat
 

Tendances (20)

ICSA17 - Resposta Imune a infecções
ICSA17 - Resposta Imune a infecçõesICSA17 - Resposta Imune a infecções
ICSA17 - Resposta Imune a infecções
 
Patogenicidade Bacteriana
Patogenicidade BacterianaPatogenicidade Bacteriana
Patogenicidade Bacteriana
 
Curso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsander
Curso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsanderCurso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsander
Curso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsander
 
ICSA17 - Resposta Imune a infecções PDF
ICSA17 - Resposta Imune a infecções PDFICSA17 - Resposta Imune a infecções PDF
ICSA17 - Resposta Imune a infecções PDF
 
Slide imuno
Slide imunoSlide imuno
Slide imuno
 
Mapa Sistema Imune.pdf
Mapa Sistema Imune.pdfMapa Sistema Imune.pdf
Mapa Sistema Imune.pdf
 
Aula 2
Aula 2   Aula 2
Aula 2
 
Antibióticos - mecanismo de ação
Antibióticos - mecanismo de açãoAntibióticos - mecanismo de ação
Antibióticos - mecanismo de ação
 
Conceitos de Sistema Imune
Conceitos de Sistema ImuneConceitos de Sistema Imune
Conceitos de Sistema Imune
 
Introdução à microbiologia
Introdução à microbiologiaIntrodução à microbiologia
Introdução à microbiologia
 
Sistema Complemento
Sistema ComplementoSistema Complemento
Sistema Complemento
 
Imunologia - Vacinas
Imunologia - VacinasImunologia - Vacinas
Imunologia - Vacinas
 
Sistema Imunológico
Sistema ImunológicoSistema Imunológico
Sistema Imunológico
 
Aula de Parasitologia do dia: 08.09.2016
Aula de Parasitologia do dia: 08.09.2016Aula de Parasitologia do dia: 08.09.2016
Aula de Parasitologia do dia: 08.09.2016
 
Aula 4 - M
Aula 4 - MAula 4 - M
Aula 4 - M
 
Métodos de detecção de resistência bacteriana aos antimicrobianos em bacilos ...
Métodos de detecção de resistência bacteriana aos antimicrobianos em bacilos ...Métodos de detecção de resistência bacteriana aos antimicrobianos em bacilos ...
Métodos de detecção de resistência bacteriana aos antimicrobianos em bacilos ...
 
Introdução à quimioterapia
Introdução à quimioterapiaIntrodução à quimioterapia
Introdução à quimioterapia
 
Introdução à imunologia
Introdução à imunologiaIntrodução à imunologia
Introdução à imunologia
 
Generos Bacterianos Primeira Prova
Generos Bacterianos Primeira ProvaGeneros Bacterianos Primeira Prova
Generos Bacterianos Primeira Prova
 
Aula 1 conceitos gerais de parasitologia
Aula 1 conceitos gerais de parasitologiaAula 1 conceitos gerais de parasitologia
Aula 1 conceitos gerais de parasitologia
 

En vedette

Drogas antimicrobianas
Drogas antimicrobianasDrogas antimicrobianas
Drogas antimicrobianaslubioq123
 
Introducao Ao Sistema Imune
Introducao Ao Sistema ImuneIntroducao Ao Sistema Imune
Introducao Ao Sistema ImuneLABIMUNO UFBA
 
Mecanismos de patogenia viral
Mecanismos de patogenia viralMecanismos de patogenia viral
Mecanismos de patogenia viralPaula Mesa
 
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.Jaqueline Almeida
 
Sistema imunológico
Sistema imunológicoSistema imunológico
Sistema imunológicoErnesto Silva
 
Mecanismos de la patogenia bacteriana
Mecanismos de la patogenia bacterianaMecanismos de la patogenia bacteriana
Mecanismos de la patogenia bacterianaSusana Gurrola
 
Mecanismo de ação dos antimicrobianos
Mecanismo de ação dos antimicrobianosMecanismo de ação dos antimicrobianos
Mecanismo de ação dos antimicrobianosnanaqueiroz
 

En vedette (12)

Drogas antimicrobianas
Drogas antimicrobianasDrogas antimicrobianas
Drogas antimicrobianas
 
Patogenia
PatogeniaPatogenia
Patogenia
 
Introducao Ao Sistema Imune
Introducao Ao Sistema ImuneIntroducao Ao Sistema Imune
Introducao Ao Sistema Imune
 
Patogenia Microbiana
Patogenia MicrobianaPatogenia Microbiana
Patogenia Microbiana
 
patogenicidad bacteriana
 patogenicidad bacteriana patogenicidad bacteriana
patogenicidad bacteriana
 
Mecanismos de patogenia viral
Mecanismos de patogenia viralMecanismos de patogenia viral
Mecanismos de patogenia viral
 
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.
 
Sistema imunológico
Sistema imunológicoSistema imunológico
Sistema imunológico
 
Aula antimicrobianos
Aula antimicrobianosAula antimicrobianos
Aula antimicrobianos
 
Mecanismos de la patogenia bacteriana
Mecanismos de la patogenia bacterianaMecanismos de la patogenia bacteriana
Mecanismos de la patogenia bacteriana
 
Mecanismo de ação dos antimicrobianos
Mecanismo de ação dos antimicrobianosMecanismo de ação dos antimicrobianos
Mecanismo de ação dos antimicrobianos
 
Imunologia
ImunologiaImunologia
Imunologia
 

Similaire à Agentes antimicrobianos e resistência bacteriana às drogas

O uso de antibiotico na pediatria e consequencias
O uso de antibiotico na pediatria e consequenciasO uso de antibiotico na pediatria e consequencias
O uso de antibiotico na pediatria e consequenciasThiagoHenrick
 
Como escolher antibioticos
Como escolher antibioticosComo escolher antibioticos
Como escolher antibioticosFredericoMMN
 
Penicilinas e cefalosporinas
Penicilinas e cefalosporinasPenicilinas e cefalosporinas
Penicilinas e cefalosporinasElon Freire
 
Antibióticos e Quimioterápicos
Antibióticos e QuimioterápicosAntibióticos e Quimioterápicos
Antibióticos e QuimioterápicosJose Carlos
 
Guia de antimicrobianos_do_hc-ufg
Guia de antimicrobianos_do_hc-ufgGuia de antimicrobianos_do_hc-ufg
Guia de antimicrobianos_do_hc-ufgJardene Diiogenes
 
Antibióticos - Professor Evanízio Roque
Antibióticos - Professor Evanízio RoqueAntibióticos - Professor Evanízio Roque
Antibióticos - Professor Evanízio RoqueGuga Pires
 
Antimicrobianos final-mga
Antimicrobianos final-mgaAntimicrobianos final-mga
Antimicrobianos final-mgaGlauce Trevisan
 
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicosFarmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicosedvandef
 
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicosFarmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicosantoniohenriquedesou2
 
H influenzae e klebsiella
H influenzae e klebsiella   H influenzae e klebsiella
H influenzae e klebsiella Eduarda P.
 
ANTIBACTERIANOS 2022 pós.pptx
ANTIBACTERIANOS 2022 pós.pptxANTIBACTERIANOS 2022 pós.pptx
ANTIBACTERIANOS 2022 pós.pptxchristiancerqc
 
Uso_racional_antibiotico_2008-1.ppt
Uso_racional_antibiotico_2008-1.pptUso_racional_antibiotico_2008-1.ppt
Uso_racional_antibiotico_2008-1.pptDanielleRodriguesdos
 
Macrolidios - Aminoglicosideos - Lincosamidas
Macrolidios - Aminoglicosideos - LincosamidasMacrolidios - Aminoglicosideos - Lincosamidas
Macrolidios - Aminoglicosideos - LincosamidasSafia Naser
 
atenção farma ANTIBACTERIANOS.pptx
atenção farma ANTIBACTERIANOS.pptxatenção farma ANTIBACTERIANOS.pptx
atenção farma ANTIBACTERIANOS.pptxchristiancerqc
 
Fármacos antibacterianos e Resistência antibiótica .pptx
Fármacos antibacterianos e Resistência antibiótica .pptxFármacos antibacterianos e Resistência antibiótica .pptx
Fármacos antibacterianos e Resistência antibiótica .pptxbudjarne abdul
 
Controle de microrganismos por agentes in vivo
Controle de microrganismos por agentes in vivoControle de microrganismos por agentes in vivo
Controle de microrganismos por agentes in vivoMaria Teixiera
 

Similaire à Agentes antimicrobianos e resistência bacteriana às drogas (20)

O uso de antibiotico na pediatria e consequencias
O uso de antibiotico na pediatria e consequenciasO uso de antibiotico na pediatria e consequencias
O uso de antibiotico na pediatria e consequencias
 
Antimicrobianos 2012
Antimicrobianos 2012Antimicrobianos 2012
Antimicrobianos 2012
 
Antibióticos 2
Antibióticos 2Antibióticos 2
Antibióticos 2
 
Como escolher antibioticos
Como escolher antibioticosComo escolher antibioticos
Como escolher antibioticos
 
Penicilinas e cefalosporinas
Penicilinas e cefalosporinasPenicilinas e cefalosporinas
Penicilinas e cefalosporinas
 
Antibióticos e Quimioterápicos
Antibióticos e QuimioterápicosAntibióticos e Quimioterápicos
Antibióticos e Quimioterápicos
 
Guia de antimicrobianos_do_hc-ufg
Guia de antimicrobianos_do_hc-ufgGuia de antimicrobianos_do_hc-ufg
Guia de antimicrobianos_do_hc-ufg
 
Antibióticos - Professor Evanízio Roque
Antibióticos - Professor Evanízio RoqueAntibióticos - Professor Evanízio Roque
Antibióticos - Professor Evanízio Roque
 
Antimicrobianos final-mga
Antimicrobianos final-mgaAntimicrobianos final-mga
Antimicrobianos final-mga
 
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicosFarmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
 
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicosFarmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
 
H influenzae e klebsiella
H influenzae e klebsiella   H influenzae e klebsiella
H influenzae e klebsiella
 
ANTIBACTERIANOS 2022 pós.pptx
ANTIBACTERIANOS 2022 pós.pptxANTIBACTERIANOS 2022 pós.pptx
ANTIBACTERIANOS 2022 pós.pptx
 
Uso_racional_antibiotico_2008-1.ppt
Uso_racional_antibiotico_2008-1.pptUso_racional_antibiotico_2008-1.ppt
Uso_racional_antibiotico_2008-1.ppt
 
Antibióticos
AntibióticosAntibióticos
Antibióticos
 
Antibióticos.pdf
Antibióticos.pdfAntibióticos.pdf
Antibióticos.pdf
 
Macrolidios - Aminoglicosideos - Lincosamidas
Macrolidios - Aminoglicosideos - LincosamidasMacrolidios - Aminoglicosideos - Lincosamidas
Macrolidios - Aminoglicosideos - Lincosamidas
 
atenção farma ANTIBACTERIANOS.pptx
atenção farma ANTIBACTERIANOS.pptxatenção farma ANTIBACTERIANOS.pptx
atenção farma ANTIBACTERIANOS.pptx
 
Fármacos antibacterianos e Resistência antibiótica .pptx
Fármacos antibacterianos e Resistência antibiótica .pptxFármacos antibacterianos e Resistência antibiótica .pptx
Fármacos antibacterianos e Resistência antibiótica .pptx
 
Controle de microrganismos por agentes in vivo
Controle de microrganismos por agentes in vivoControle de microrganismos por agentes in vivo
Controle de microrganismos por agentes in vivo
 

Dernier

ParasitosesDeformaResumida.finalissima.ppt
ParasitosesDeformaResumida.finalissima.pptParasitosesDeformaResumida.finalissima.ppt
ParasitosesDeformaResumida.finalissima.pptAlberto205764
 
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfNelmo Pinto
 
Anatomopatologico HU UFGD sobre CA gástrico
Anatomopatologico HU UFGD sobre CA gástricoAnatomopatologico HU UFGD sobre CA gástrico
Anatomopatologico HU UFGD sobre CA gástricoMarianaAnglicaMirand
 
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgeryCarlos D A Bersot
 
PSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.ppt
PSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.pptPSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.ppt
PSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.pptAlberto205764
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASArtthurPereira2
 
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaPrimeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaCristianodaRosa5
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfGustavoWallaceAlvesd
 

Dernier (9)

Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 
ParasitosesDeformaResumida.finalissima.ppt
ParasitosesDeformaResumida.finalissima.pptParasitosesDeformaResumida.finalissima.ppt
ParasitosesDeformaResumida.finalissima.ppt
 
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
 
Anatomopatologico HU UFGD sobre CA gástrico
Anatomopatologico HU UFGD sobre CA gástricoAnatomopatologico HU UFGD sobre CA gástrico
Anatomopatologico HU UFGD sobre CA gástrico
 
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
 
PSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.ppt
PSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.pptPSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.ppt
PSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.ppt
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
 
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaPrimeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
 

Agentes antimicrobianos e resistência bacteriana às drogas

  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5.  Responsável pelos primeiros estudos que originaram a medicina;  Desmitificou a origem das doenças com a sua teoria; “ The disease is not caused by the anger of the Gods, by evil, or by magic, but rather by impurities in the air.” Hippocrates
  • 6. Hippocrates  Teoria da crise; “ A point in the progression of disease at which either the illness would begin to triumph and the patient would succumb to death, or the opposite would occur and natural processes would make the patient recover.” “The healing power of nature.”
  • 7. Nova era da Quimioterapia  Em 1912, 10% da população francesa, e 6% da população alemã, havia morrido de sífilis;  Nesse momento surgiu o primeiro composto sintético, que combateu eficazmente a sífilis, foi o Salvarsan. Posteriormente, vários outros compostos sintéticos surgiram;
  • 8.
  • 9. Penicilina - 1928 Alexander Fleming (1881 – 1955) Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina - 1945
  • 11. Quais os alvos dos antimicrobianos
  • 12. Inibição da Síntese de Parede celular
  • 13. Inibição da Síntese de Parede celular O mais importante mecanismo de atividade dos antibióticos é a interferência com a síntese de parede celular bacteriana; A maioria do antibióticos com esse mecanismo de ação são classificado com β-Lactâmicos, nessa classe estão incluídos também, Glicopeptídeos, Lipopetídeos, Polipeptídeos.
  • 14. Antibióticos β-Lactâmicos  Penicilinas  Cefalosporinas  Cefamicinas  Carbapenes  Monobactâmicos  Inibidores de β-Lactamases
  • 15. Antibióticos β-Lactâmicos  Penicilinas  Cefalosporinas  Cefamicinas  Carbapenes  Monobactâmicos  Inibidores de β-Lactamases Quando bactérias em crescimento são expostas a esses antibióticos, o antibiótico se liga proteínas ligadoras de penicilina (PLP) específicas na parede celular bacteriana e inibi a montagem das cadeias peptidoglicanas.
  • 16. β-Lactâmicos - Penicilinas São antibióticos altamente eficientes com baixa taxa de toxicidade; Penicilina G – Menos resistente, utilizada como fármaco intravenoso; Penicilina V – Mais resistente, utilizada como fármaco oral; Penicilinas resistentes à penicilinase, meticilina, oxacilina, são utilizadas no tratamento contra Staphylococcus Penicilinas combinadas com inibidores de β-lactamases
  • 17.
  • 18. β-Lactâmicos – Cefalosporina e Cefamicinas Derivados do ácido 7- aminocefalosporânico que é obtido isolado do fungo Cephalosporium; São resistentes a várias β- lactamases e dispõem de melhores propriedades farmacocinéticas;
  • 19. β-Lactâmicos – Cefalosporina e Cefamicinas Atividade de espectro restrito, apresenta atividade contra Escherichia coli, Klebsiella, Proteus mirabilis e coco Gram positivos; Atividade de espectro ampliado, apresenta atividade contra a maioria das Haemophilus influenza, Enterobacter, Citrobacter, Serratia e Pseudomonas aeruginosa;
  • 21. Resistência à β-Lactâmicos Impedimento da interação entre antibiótico e a PLP- alvo. Bactérias Gram negativas (p. ex., Pseudomonas); Modificação da ligação do antibiótico com a PLP; Superprodução de PLP (evento raro); Aquisição de uma nova PLP; Modificação de uma PLP existente; Hidrólise do antibióticos por β-lactamases;
  • 22. Glicopeptídeos - Vancomicina Originalmente obtida de Streptomyces orientalis. A vancomicina integare com a terminação D-Alanina-D- Alanina, impedindo a formação das pontes entres as cadeias do peptidoglicano; É utilizada no tratamento de infecções causadas por Staphylococcus resistentes à oxacilina e para outra bactérias Gram positivas resistentes a β- lactâmicos;
  • 23. Resistência a Vancomicina A vancomicina é inativa contra bactérias Gram negativas, devido ser uma molécula muito grande, não atravessa a membrana externa; Algumas bactérias naturalmente são resistentes a vancomicina, porque a terminação do pentapeptídeo é D-Alanina-D-Lactato (p. ex., Leuconostoc) D-Alanina- E-Serina (p. ex., Enterococcus gallinarum); Algumas espécies de entrerococos E. faecium e E. faecalis, adquiriram um gene de resistência a vancomicina, que muda as terminações dos pentapeptídeos;
  • 24.
  • 26. São antibióticos constituídos por aminoaçúcares, ligados por pontes glicosídicas a um anel aminociclitol; A estreptomicina foi isolada Streptomyces e a gentamicina Micromonospora; Inibição de Síntese Proteica - Aminoglicosídeos
  • 27. Inibem a síntese proteica por se ligarem irreversivelmente às proteínas da região 30S dos ribossomos; São usados para tratamentos de infecções graves causadas por bacilos Gram negativos (p. ex., Enterobacteriaceae, Pseudomonas, Actinobacter); Inibição de Síntese Proteica - Aminoglicosídeos Aminoglicosídeos são antibióticos bactericidas
  • 28. Resistência à Aminoglicosídeos Bactérias anaeróbicas são naturalmente resistentes; Mutação no sítio de ligação do ribossomo; Redução da entrada de antibiótico na célula; Aumento na eliminação do antibiótico de dentro da célula; Modificação enzimática do antibiótico;
  • 29. Tetraciclina - Tetraciclinas São antibióticos bacteriostáticos de amplo espectro que inibem a síntese proteica pela ligação reversível à subunidade 30S ribossomal; São eficientes no tratamento de infecções causadas por espécies de Chlamydia, Mycoplasma e Rickettsia, e outras bactérias Gram positivas e Gram negativas;
  • 30. Resistência à Tetraciclinas Diminuição da penetração do antibiótico para o interior da célula; Pelo efluxo do antibiótico do interior da célula; Por modificação do ribossomo; Modificação enzimática da tetraciclina;
  • 31. Cloranfenicol Apresenta um amplo espectro bacteriano, similar ao da tetraciclina, porém seu uso é limitado; São eficientes no tratamento de infecções causadas por espécies de Chlamydia, Mycoplasma e Rickettsia, e outras bactérias Gram positivas e Gram negativas;
  • 32. Resistência à Cloranfenicol  Produção da enzima acetiltransferase, que catalisa a acetilação do grupo 3-hidroxi do cloranfenicol, tornando-o incapaz de se ligar ao ribossomo;
  • 33. Macrolídeos A eritromicina é o modelo dessa classe de antibióticos de amplo espectro; Exercem sua função se ligando de forma reversível a subunidade 23S do ribossomo bacteriano. Têm sido utilizados no tratamento de infecções pulmonares causadas por Mycoplasma, Legionella e Chlamydia;
  • 34. Resistência à Macrolídeos  Ocorre pela metilação da subunidade 23S do ribossomo impedindo a ligação do antibiótico;  Inativação enzimática por enzimas estearase, fosforilase e glicosilases
  • 35.
  • 36. Inibição da Síntese de Ácidos Nucleicos
  • 37. Inibição da Síntese de Ácidos Nucleicos - Quinolonas As quinolonas são a classe de antibióticos mais utilizados; Exercem sua função inibindo as enzimas DNA topoisomerases II e IV, que são necessárias para a replicação do DNA; É usado no tratamento de infecções urinárias;
  • 38. Resistência às Quinolonas  É mediada por mutações cromossômicas em genes estruturais das DNAs topoisomerases II e IV;  Superexpressão de bombas que eliminam o antibiótico do interior da célula  Mudança na permeabilidade da membrana
  • 40. Antimetabólitos - Sulfonamidas São antimetabólitos que impedem a síntese do ácido fólico; As sulfonamidas são eficientes contra uma ampla variedade de organismos Gram positivos e Gram negativos, tais como Nocardia, Chlamydia; É usado no tratamento de infecções urinárias;
  • 41. Resistência à antimetabólitos  Barreiras de permeabilidade de membrana;  Redução de afinidade da enzima;  Adquirir ácido fólico do meio;