SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  10
O Modelo Romano
O Ensino em Roma
Trabalho de Grupo sobre o modelo educativo romano.




                                              História (A) – 10ºano
                                         Escola Secundária da Maia
                                                         2008/2009
O Modelo Romano Educação


Roma adopta a Educação Grega
Na constituição do Império Romano, ficarão integradas diversas cidades
Gregas. Por esse motivo os Romanos foram influenciados pelos Gregos a
quem foram buscar o alfabeto, bem como técnicas de aprendizagem da leitura
e da escrita.

A influência Helénica não mais parará de crescer, em particular com a invasão
e posterior anexação da Grécia e da Macedónia no século II a.c..

A partir de então, alguns mestres gregos (se não de nascimento, pelo menos
de formação) apoiam a educação familiar dos jovens romanos. Na verdade,
afugentados pelas agitações do Oriente ou atraídos pela rica clientela romana,
muitos gramáticos, retóricos e filósofos atenienses dirigem-se a Roma. Serão
estes os Mestres responsáveis pelo ensino de jovens e de adultos romanos.

Cedo os Políticos de Roma compreenderam que o conhecimento da Retórica
ateniense seria um factor decisivo com vista a melhorar os seus discursos junto
das multidões. Com a Retórica e a formação literária que lhe servia de base,
Roma descortinou a pouco e pouco todos os aspectos encobertos da cultura
Grega


Modelo Grego VS Modelo Romano

No entanto, o ensino em Roma apresenta algumas diferenças significativas
face ao modelo educativo dos gregos e algumas novidades importantes na
institucionalização de um sistema de ensino.

O ensino da música, do canto e da dança, peças chave da educação grega,
tornaram-se objecto de contestação por parte de alguns sectores mais
tradicionais, que apelidaram estas formas de arte como impúdicas, toleráveis
apenas para fins recreativos.

A mesma reacção de oposição surge contra o atletismo.
     2 História (A) – 10ºano
       Escola Secundária da Maia
O Modelo Romano Educação
O Programa educativo romano privilegia assim uma aprendizagem sobretudo
literária, em detrimento da Ciência, da Educação Musical e do Atletismo.




Sistema Educativo

É aos romanos que se deve o primeiro sistema de ensino de que há
conhecimento: um organismo centralizado que coordena uma série de
instituições escolares espalhadas por todas as províncias do Império. O
carácter oficial das escolas e a sua estrita dependência relativamente ao
estado constituem, não apenas uma diferença acentuada relativamente ao
modelo de ensino na Grécia, como também uma novidade importante.

É claro que um tal sistema tende a privilegiar uma minoria que, graças aos
estudos superiores, ascende àquilo que os romanos consideram ser a vida
adulta simultaneamente activa e digna ou seja, uma elite, com uma elevada
formação literária e retórica.

O que não impede que, entre a imensidão de escravos que os romanos
abastados do Império possuíam como resultando das suas conquistas,
houvesse a preocupação de lhes fornecer, em particular aos mais jovens, os
ensinamentos necessários à prática dos seus serviços. Para tal eram reunidos,
nas casas de seus amos, em escolas – as paedagogium - ae entregues a um
ou mais pedagogos que lhes inculcavam as boas maneiras e, em alguns casos,
os iniciavam nas “coisas do espírito”, designadamente na leitura, na escrita e
na aritmética. É sabido que as casas dos grandes senhores de Roma
dispunham de um ou mais escravos letrados que desempenhavam funções
como secretários ou como leitores.

De qualquer forma, na Roma imperial, os Mestres Gregos são protegidos por
Augusto, à semelhança do que César havia já feito. Também a criação de
bibliotecas, como a do Templo de Apolo, no Palatino, e a do Pórtico de Octávio,
é ilustrativa de uma política imperial de cultura.


     3 História (A) – 10ºano
       Escola Secundária da Maia
O Modelo Romano Educação

Difusão da rede escolar

Esta política, inspirada nas tradições gregas, vai no entanto inflectir algumas
práticas anteriores, delineando no estado romano um conjunto de políticas
escolares inovadoras. Uma primeira iniciativa é da autoria de Vespasiano, que
intervém directamente a favor dos professores, ao reconhecer-lhes uma
utilidade social. Com ele se iniciam uma extensa série de retribuições e de
imunidades fiscais, atribuídas a gramáticos e retóricos. Segue-se a criação de
cátedras de Retórica nas grandes cidades, bem como o favorecimento e
promoção da instituição de escolas municipais de gramática e de retórica nas
províncias..




O nascimento das Escolas Latinas

As primeiras escolas latinas são inteiramente, na sua origem, de inspiração
grega. Limitam-se a imitá-las, tanto no que concerne ao programa, como aos
métodos de ensino.

Porém, os romanos vão pouco a pouco organizá-las em três graus distintos e
sucessivos: a instrução primária, o ensino secundário e o ensino superior, aos
quais correspondem três tipos de escolas, confiadas a três tipos de Mestres
especializados. As escolas primárias datam provavelmente dos séculos VII e VI
a.c., as secundárias surgem no século III a.c. e das superiores somente há
conhecimento da sua existência a partir do século I a.c..

E escolas secundárias terão surgido por volta do século III a.c.. Este “atraso”
relativamente às escolas secundárias gregas não é merecedor de espanto, se
reflectirmos sobre a inexistência de uma literatura romana propriamente dita, e
sabendo-se à partida que o ensino secundário clássico na Grécia se baseava
na explicação das obras de grandes poetas, em particular de Homero. No
entanto, é somente no tempo de Augusto (século I a.c.), que o ensino
secundário latino assume a sua forma definitivo.
     4 História (A) – 10ºano
       Escola Secundária da Maia
O Modelo Romano Educação
Um romano culto será doravante aquele que conhecer a obra de Virgílio, da
mesma forma que um grego conhece na íntegra e recita os versos de Homero
sempre que tenha necessidade de exprimir, ressaltar ou afiançar um
sentimento ou uma ideia.

O ensino superior, predominantemente retórico, surge em Roma por volta do
século I a.c.. A primeira escola de retórica latina foi aberta no ano de 93 a.c.
por Plócio Galo, e pouco tempo depois encerrada em virtude da censura
levada a cabo por alguns sectores da aristocracia romana que se inquietavam
perante o “novo espírito” que a animava e que consideravam contrário ao
costume e à tradição dos antepassados.


Instrução Primária

Por volta dos sete anos a criança é confiada a um Mestre Primário – o litterator.

O literator, em Roma, é mal remunerado e pouco conceituado na hierarquia
social.

Tal como na Grécia, também as crianças romanas se faziam acompanhar à
escola por um escravo, designado segundo a terminologia grega por
Paedagogus. Este poderia, em determinadas circunstâncias, ascender ao
papel de explicador . O Paedagogus conduzia o seu pequeno senhor à escola,
designada por ludus litterarius, e aí permanecia até ao final da lição.

O ensino é colectivo, as meninas também frequentavam a escola primária.


A Escola Primária

Cabe ao Mestre providenciar as instalações. Este resguarda os seus alunos
debaixo de um pequeno alpendre protegido por um toldo – pérgula - nas
proximidades de um pórtico ou na varanda de alguma mansão aberta e
acessível a todos.




     5 História (A) – 10ºano
       Escola Secundária da Maia
O Modelo Romano Educação
As aulas são portanto essencialmente ministradas ao ar livre, em local isolado
dos barulhos e das curiosidades da rua ..

As crianças agrupam-se em torno do Mestre que pontifica da sua cadeira – a
cathedra - colocada sobre um estrado. O mestre é muitas vezes assistido por
um ajudante

Sentadas em escabelos sem encosto, as crianças escrevem sobre os joelhos.

A jornada escolar da criança romana tinha início muito cedo e durava até ao
pôr-do-sol. As aulas apenas eram suspensas durante as festas religiosas, nas
férias de Verão (dos finais de Julho a meados de Outubro) .

Além da leitura, o programa compreende a escrita em duas línguas (latim e
grego) e um pouco de cálculo no qual se inclui a aprendizagem do ábaco e do
complexo sistema romano de pesos e medidas. Para a aprendizagem do
cálculo recorria-se vulgarmente à utilização de pequenas pedras - calculi - bem
como à mímica simbólica dos dedos.

A técnica aprofundada do cálculo escapa no entanto à competência do primus
magister, sendo ensinada mais tarde por um especialista, o calculator. Este
distingue-se do primus magister na medida em que o seu papel está mais
próximo do de um especialista, como os calígrafos ou os estenógrafos.

Na aprendizagem da escrita começava-se por se aprender o alfabeto e o nome
das letras, de A a X, antes mesmo de lhes conhecer a forma. O nome das
letras era seguidamente ensinado ao contrário, de X a A e posteriormente aos
pares, primeiro agrupados segundo uma dada ordem e logo após agrupados
de forma aleatória. Seguia-se a aprendizagem das sílabas, em todas as
combinações possíveis e, por fim, dos nomes isolados. Estes .

Antes de passar à redacção de textos era ensaiada a escrita de pequenas
frases bem como máximas morais de um ou dois versos.




     6 História (A) – 10ºano
       Escola Secundária da Maia
O Modelo Romano Educação
O ensino da escrita é simultâneo ao da leitura. A criança escreve em sua
tabuleta as letras, palavras ou textos cuja leitura deverá posteriormente
efectuar.




Quando surgem o pergaminho e o papiro a criança passa a escrever com uma
cana talhada e molhada em tinta.




Os livros são feitos com folhas coladas lateralmente e enroladas à volta de uma
varinha. Para ler, a varinha é mantida na mão direita e com a outra mão
desenrola-se a folha única.

Associada à leitura e à escrita encontra-se a declamação. A criança é
incentivada a memorizar pequenos textos à semelhança do que ocorria na
Grécia.

Recorre-se frequentemente à emulação e mais ainda à coerção, às
reprimendas e aos castigos.

O primus magister apoia a sua autoridade na férula, instrumento a que recorre
para infringir os castigos nas crianças. “Estender a mão à palmatória”, , é na
verdade para os Romanos sinónimo de estudar.

Os alunos são agrupados em classes, de acordo com o seu rendimento
escolar.

A violência no esnico começa a ser questionados por volta do século I, tendo-
se registado desde então uma evolução no sentido de um abrandamento da
disciplina..A rotina pedagógica foi a aligeirada com a introdução de novas
práticas de ensino que ficam a dever-se a Quintiliano, reconhecido Professor
de Eloquência que viveu no século I .




     7 História (A) – 10ºano
       Escola Secundária da Maia
O Modelo Romano Educação
Quintiliano foi o primeiro professor pago pelo estado, no Império de
Vespasiano.

Quintiliano alerta para a necessidade de se identificarem os talentos das
crianças e chama a atenção para a necessidade de reconhecer as diferenças
individuais e de adoptar diferentes formas de procedimento perante elas.
Recomendava que se ensinassem simultaneamente os nomes das letras e as
suas formas

Quintiliano opõe-se aos castigos físicos. Recomenda a competição como
incentivo para o estudo e sugere que o tempo escolar seja periodicamente
interrompido por recreios, já que o descanso é, na sua opinião, favorável à
aprendizagem.


Ensino Secundário

O ensino secundário é bastante menos difundido que a instrução primária. A
maioria das crianças de fraca condição social abandonam a escola no final da
Instrução Primária, passando então a frequentar a casa de um Mestre de
ensino técnico, por exemplo de Geometria, que os preparará para o exercício
de profissões como a carpintaria.

As restantes crianças iniciam por volta dos doze anos de idade um segundo
ciclo de estudos, continuando rapazes e raparigas a estudar lado a lado. No
caso geral de estudos com a duração de três anos, verifica-se a intervenção do
grammaticus, que ensina Gramática e Retórica.

Cecílio Epirota empreende, em finais do século I a.c., o estudo de poetas
latinos seus contemporâneos, assim se estabelecendo uma formação nas duas
línguas que implicará portanto a participação de dois grammaticus: o
grammaticus graecus e o grammaticus latinus. Existiam portanto duas
Instituições paralelas: uma para o estudo da língua e da literatura grega, a
outra para o estudo da língua e literatura romana. A primeira é uma réplica
exacta das escolas gregas, a segunda representava o esforço para
salvaguardar as tradições romanas.
     8 História (A) – 10ºano
       Escola Secundária da Maia
O Modelo Romano Educação
À semelhança do que se observava na Grécia, o grammaticus é bastante mais
conceituado socialmente que o literator. Também ele instala geralmente os
alunos numa pérgula ou numa residência existindo em Roma, no século IV da
nossa era, cerca de vinte estabelecimentos deste tipo. Requer cerca de seis
horas diárias para o ensino da correcção da linguagem, assim como para a
explicação dos poetas. Adopta os princípios da metodologia grega, insistindo
na ortografia e na pronúncia, multiplicando os exercícios de morfologia e
preparando com a escrita de redacções a iniciação à Retórica. O essencial
consiste porém no estudo dos clássicos, e sobretudo dos poetas Virgílio,
Terêncio e Horácio.

Os alunos aprendem também algumas noções básicas de Geografia,
necessárias para a compreensão da Ilíada e da Eneida. Estudam também
Astronomia.


Ensino Superior

O ensino superior, também designado por ensino retórico, tinha início por volta
dos quinze anos de idade, altura em que o jovem recebe a toga viril, sinónimo
da sua entrada na vida adulta. Estes estudos superiores duravam até cerca dos
vinte anos, podendo no entanto prolongar-se por mais tempo. Tinham como
finalidade formar Oradores, já que a carreira política representava o ideal
supremo.

Roma transformou-se num centro excepcional de estudos para os Mestres de
Retórica Gregos.

O futuro orador terá de pleitear um caso em função de textos legais.

Para lá do aperfeiçoamento da eloquência e da retórica, o ensino da Filosofia e
da Medicina é essencialmente feito por Mestres Gregos itenerantes, que
espalham o seu saber de cidade em cidade.




     9 História (A) – 10ºano
       Escola Secundária da Maia
O Modelo Romano Educação
Com muita frequência, os estudantes latinos vão completar os seus estudos
superiores noutras cidades, nomeadamente em Alexandria e sobretudo em
Atenas.

Criam-se cátedras de Retórica que concederam privilégios aos Mestres, dando
assim aos romanos a possibilidade de prosseguirem os estudos na própria
pátria.

No âmbito do Direito, Roma desempenha um papel inovador oferecendo aos
jovens estudantes uma aprendizagem prática pasra além de um ensino
sistemático. A complexidade crescente da produção jurídica romana está na
origem da fundação de duas escolas superiores de direito em Roma no século
II .




       10 História (A) – 10ºano
          Escola Secundária da Maia

Contenu connexe

Tendances

A romanização em portugal helena 5_c (3)
A romanização em portugal helena 5_c (3)A romanização em portugal helena 5_c (3)
A romanização em portugal helena 5_c (3)Mariajosesantos57
 
O Ensino em Roma 10ºAno
O Ensino em Roma 10ºAnoO Ensino em Roma 10ºAno
O Ensino em Roma 10ºAnoLuana Fernandes
 
00 01 preparação_exame_nacional_história_a_2018_módulo_1
00 01 preparação_exame_nacional_história_a_2018_módulo_100 01 preparação_exame_nacional_história_a_2018_módulo_1
00 01 preparação_exame_nacional_história_a_2018_módulo_1Vítor Santos
 
A civilização romana
A civilização romana  A civilização romana
A civilização romana eb23ja
 
Roma apresentação 1
Roma apresentação 1Roma apresentação 1
Roma apresentação 1Vítor Santos
 
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdfVítor Santos
 
A identidade civilizacional da Europa Ocidental - A multiplicidade de poderes
A identidade civilizacional da Europa Ocidental - A multiplicidade de poderesA identidade civilizacional da Europa Ocidental - A multiplicidade de poderes
A identidade civilizacional da Europa Ocidental - A multiplicidade de poderesNúcleo de Estágio ESL 2014-2015
 
4. O Modelo Romano - a progressiva extensão da cidadania; a afirmação imperia...
4. O Modelo Romano - a progressiva extensão da cidadania; a afirmação imperia...4. O Modelo Romano - a progressiva extensão da cidadania; a afirmação imperia...
4. O Modelo Romano - a progressiva extensão da cidadania; a afirmação imperia...Núcleo de Estágio ESL 2014-2015
 
Romanização da Península Ibérica
Romanização da  Península IbéricaRomanização da  Península Ibérica
Romanização da Península IbéricaCarlos Pinheiro
 
País urbano e concelhio
País urbano e concelhioPaís urbano e concelhio
País urbano e concelhioSusana Simões
 
A identidade civilizacional da europa ocidental
A identidade civilizacional da europa ocidentalA identidade civilizacional da europa ocidental
A identidade civilizacional da europa ocidentalVítor Santos
 
Romanização da Península Ibérica
Romanização da Península IbéricaRomanização da Península Ibérica
Romanização da Península IbéricaPatricia .
 
01_02_o_modelo_romano.pdf
01_02_o_modelo_romano.pdf01_02_o_modelo_romano.pdf
01_02_o_modelo_romano.pdfVítor Santos
 
Roma- Resumo de história 10ºano
Roma- Resumo de história 10ºanoRoma- Resumo de história 10ºano
Roma- Resumo de história 10ºanoSusana Grandão
 
O poder político em roma
O poder político em romaO poder político em roma
O poder político em romaCarla Teixeira
 
Origem e difusão do cristianismo
Origem e difusão do cristianismoOrigem e difusão do cristianismo
Origem e difusão do cristianismoCarlos Pinheiro
 
O Modelo Romano - a fixação de modelos artísticos: arquitetura, escultura e...
O Modelo Romano -   a fixação de modelos artísticos: arquitetura, escultura e...O Modelo Romano -   a fixação de modelos artísticos: arquitetura, escultura e...
O Modelo Romano - a fixação de modelos artísticos: arquitetura, escultura e...Núcleo de Estágio ESL 2014-2015
 

Tendances (20)

A romanização em portugal helena 5_c (3)
A romanização em portugal helena 5_c (3)A romanização em portugal helena 5_c (3)
A romanização em portugal helena 5_c (3)
 
O Ensino em Roma 10ºAno
O Ensino em Roma 10ºAnoO Ensino em Roma 10ºAno
O Ensino em Roma 10ºAno
 
00 01 preparação_exame_nacional_história_a_2018_módulo_1
00 01 preparação_exame_nacional_história_a_2018_módulo_100 01 preparação_exame_nacional_história_a_2018_módulo_1
00 01 preparação_exame_nacional_história_a_2018_módulo_1
 
Roma
RomaRoma
Roma
 
A civilização romana
A civilização romana  A civilização romana
A civilização romana
 
Roma apresentação 1
Roma apresentação 1Roma apresentação 1
Roma apresentação 1
 
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf
 
A identidade civilizacional da Europa Ocidental - A multiplicidade de poderes
A identidade civilizacional da Europa Ocidental - A multiplicidade de poderesA identidade civilizacional da Europa Ocidental - A multiplicidade de poderes
A identidade civilizacional da Europa Ocidental - A multiplicidade de poderes
 
4. O Modelo Romano - a progressiva extensão da cidadania; a afirmação imperia...
4. O Modelo Romano - a progressiva extensão da cidadania; a afirmação imperia...4. O Modelo Romano - a progressiva extensão da cidadania; a afirmação imperia...
4. O Modelo Romano - a progressiva extensão da cidadania; a afirmação imperia...
 
Roma
RomaRoma
Roma
 
Romanização da Península Ibérica
Romanização da  Península IbéricaRomanização da  Península Ibérica
Romanização da Península Ibérica
 
Cultura Romana
Cultura RomanaCultura Romana
Cultura Romana
 
País urbano e concelhio
País urbano e concelhioPaís urbano e concelhio
País urbano e concelhio
 
A identidade civilizacional da europa ocidental
A identidade civilizacional da europa ocidentalA identidade civilizacional da europa ocidental
A identidade civilizacional da europa ocidental
 
Romanização da Península Ibérica
Romanização da Península IbéricaRomanização da Península Ibérica
Romanização da Península Ibérica
 
01_02_o_modelo_romano.pdf
01_02_o_modelo_romano.pdf01_02_o_modelo_romano.pdf
01_02_o_modelo_romano.pdf
 
Roma- Resumo de história 10ºano
Roma- Resumo de história 10ºanoRoma- Resumo de história 10ºano
Roma- Resumo de história 10ºano
 
O poder político em roma
O poder político em romaO poder político em roma
O poder político em roma
 
Origem e difusão do cristianismo
Origem e difusão do cristianismoOrigem e difusão do cristianismo
Origem e difusão do cristianismo
 
O Modelo Romano - a fixação de modelos artísticos: arquitetura, escultura e...
O Modelo Romano -   a fixação de modelos artísticos: arquitetura, escultura e...O Modelo Romano -   a fixação de modelos artísticos: arquitetura, escultura e...
O Modelo Romano - a fixação de modelos artísticos: arquitetura, escultura e...
 

Similaire à O modelo educativo romano

Hep aula4-antiguidade-romana-a humanitas.12-03-2012
Hep aula4-antiguidade-romana-a humanitas.12-03-2012Hep aula4-antiguidade-romana-a humanitas.12-03-2012
Hep aula4-antiguidade-romana-a humanitas.12-03-2012Elisa Maria Gomide
 
O Modelo Romano_Educação
O Modelo Romano_EducaçãoO Modelo Romano_Educação
O Modelo Romano_EducaçãoPedro Carvalho
 
História da educação - Roma - Maria e Rosilde
História da educação - Roma - Maria e RosildeHistória da educação - Roma - Maria e Rosilde
História da educação - Roma - Maria e Rosildegeografia
 
Linha Do Tempo
Linha Do TempoLinha Do Tempo
Linha Do Temposilsame
 
EDUCAÇÃO NA ANTIGUIDADE ROMANA
EDUCAÇÃO NA ANTIGUIDADE ROMANAEDUCAÇÃO NA ANTIGUIDADE ROMANA
EDUCAÇÃO NA ANTIGUIDADE ROMANALiany Avila
 
TEXTO 04- ENSINO-COMO-LINGUA-MATERNA Rodolfo Ilari.pdf
TEXTO 04- ENSINO-COMO-LINGUA-MATERNA Rodolfo Ilari.pdfTEXTO 04- ENSINO-COMO-LINGUA-MATERNA Rodolfo Ilari.pdf
TEXTO 04- ENSINO-COMO-LINGUA-MATERNA Rodolfo Ilari.pdfBonfim Queiroz Lima
 
EDUCAÇÃO MEDIEVAL
EDUCAÇÃO MEDIEVAL EDUCAÇÃO MEDIEVAL
EDUCAÇÃO MEDIEVAL Kaires Braga
 
Breve panorama da educação medieval
Breve panorama da educação medievalBreve panorama da educação medieval
Breve panorama da educação medievalPriscila Aristimunha
 
Apresentação o pensamento pedagógico romano
Apresentação o pensamento pedagógico romanoApresentação o pensamento pedagógico romano
Apresentação o pensamento pedagógico romanoPET-PEDAGOGIA2012
 
EDUCAÇÃO MEDIEVAL 1SLIDES.pdf
EDUCAÇÃO MEDIEVAL 1SLIDES.pdfEDUCAÇÃO MEDIEVAL 1SLIDES.pdf
EDUCAÇÃO MEDIEVAL 1SLIDES.pdfCleber Gonçalves
 
APRESENTACAO_DA_DISCIPLINA_HST_EDUCACAO.ppt
APRESENTACAO_DA_DISCIPLINA_HST_EDUCACAO.pptAPRESENTACAO_DA_DISCIPLINA_HST_EDUCACAO.ppt
APRESENTACAO_DA_DISCIPLINA_HST_EDUCACAO.pptDELSOCORREIA
 
Renascimento, Humanismo e Classicismo
Renascimento, Humanismo e ClassicismoRenascimento, Humanismo e Classicismo
Renascimento, Humanismo e ClassicismoTeresa Pombo
 
Caderno do Aluno História 6 série vol 1 2014-2017
Caderno do Aluno História 6 série vol 1 2014-2017Caderno do Aluno História 6 série vol 1 2014-2017
Caderno do Aluno História 6 série vol 1 2014-2017Diogo Santos
 
Importância do latim na aprendizagem do português
Importância do latim na aprendizagem do portuguêsImportância do latim na aprendizagem do português
Importância do latim na aprendizagem do portuguêsNadia Varela
 
Educacao na grécia
Educacao na gréciaEducacao na grécia
Educacao na gréciaheliana cruz
 

Similaire à O modelo educativo romano (20)

Hep aula4-antiguidade-romana-a humanitas.12-03-2012
Hep aula4-antiguidade-romana-a humanitas.12-03-2012Hep aula4-antiguidade-romana-a humanitas.12-03-2012
Hep aula4-antiguidade-romana-a humanitas.12-03-2012
 
O Modelo Romano_Educação
O Modelo Romano_EducaçãoO Modelo Romano_Educação
O Modelo Romano_Educação
 
História da educação - Roma - Maria e Rosilde
História da educação - Roma - Maria e RosildeHistória da educação - Roma - Maria e Rosilde
História da educação - Roma - Maria e Rosilde
 
Educação romana
Educação romanaEducação romana
Educação romana
 
Linha Do Tempo
Linha Do TempoLinha Do Tempo
Linha Do Tempo
 
EDUCAÇÃO NA ANTIGUIDADE ROMANA
EDUCAÇÃO NA ANTIGUIDADE ROMANAEDUCAÇÃO NA ANTIGUIDADE ROMANA
EDUCAÇÃO NA ANTIGUIDADE ROMANA
 
Linhadotempo da filosofia
Linhadotempo da filosofiaLinhadotempo da filosofia
Linhadotempo da filosofia
 
TEXTO 04- ENSINO-COMO-LINGUA-MATERNA Rodolfo Ilari.pdf
TEXTO 04- ENSINO-COMO-LINGUA-MATERNA Rodolfo Ilari.pdfTEXTO 04- ENSINO-COMO-LINGUA-MATERNA Rodolfo Ilari.pdf
TEXTO 04- ENSINO-COMO-LINGUA-MATERNA Rodolfo Ilari.pdf
 
EDUCAÇÃO MEDIEVAL
EDUCAÇÃO MEDIEVAL EDUCAÇÃO MEDIEVAL
EDUCAÇÃO MEDIEVAL
 
Breve panorama da educação medieval
Breve panorama da educação medievalBreve panorama da educação medieval
Breve panorama da educação medieval
 
Apresentação o pensamento pedagógico romano
Apresentação o pensamento pedagógico romanoApresentação o pensamento pedagógico romano
Apresentação o pensamento pedagógico romano
 
EDUCAÇÃO MEDIEVAL 1SLIDES.pdf
EDUCAÇÃO MEDIEVAL 1SLIDES.pdfEDUCAÇÃO MEDIEVAL 1SLIDES.pdf
EDUCAÇÃO MEDIEVAL 1SLIDES.pdf
 
Santos, a.
Santos, a.Santos, a.
Santos, a.
 
Webaula 1
Webaula 1Webaula 1
Webaula 1
 
Latim tardio 2012
Latim tardio 2012Latim tardio 2012
Latim tardio 2012
 
APRESENTACAO_DA_DISCIPLINA_HST_EDUCACAO.ppt
APRESENTACAO_DA_DISCIPLINA_HST_EDUCACAO.pptAPRESENTACAO_DA_DISCIPLINA_HST_EDUCACAO.ppt
APRESENTACAO_DA_DISCIPLINA_HST_EDUCACAO.ppt
 
Renascimento, Humanismo e Classicismo
Renascimento, Humanismo e ClassicismoRenascimento, Humanismo e Classicismo
Renascimento, Humanismo e Classicismo
 
Caderno do Aluno História 6 série vol 1 2014-2017
Caderno do Aluno História 6 série vol 1 2014-2017Caderno do Aluno História 6 série vol 1 2014-2017
Caderno do Aluno História 6 série vol 1 2014-2017
 
Importância do latim na aprendizagem do português
Importância do latim na aprendizagem do portuguêsImportância do latim na aprendizagem do português
Importância do latim na aprendizagem do português
 
Educacao na grécia
Educacao na gréciaEducacao na grécia
Educacao na grécia
 

Plus de Pedro Carvalho

Intervenção PAOD - A.F. Milheirós - 17/12/2015
Intervenção PAOD - A.F. Milheirós - 17/12/2015Intervenção PAOD - A.F. Milheirós - 17/12/2015
Intervenção PAOD - A.F. Milheirós - 17/12/2015Pedro Carvalho
 
Brindes de Cortiça - Natal 2013
Brindes de Cortiça - Natal 2013Brindes de Cortiça - Natal 2013
Brindes de Cortiça - Natal 2013Pedro Carvalho
 
Manifesto jsd maia 2013
Manifesto jsd maia 2013Manifesto jsd maia 2013
Manifesto jsd maia 2013Pedro Carvalho
 
Relatório de Actividades JSD Maia (2011/2013)
Relatório de Actividades JSD Maia (2011/2013)Relatório de Actividades JSD Maia (2011/2013)
Relatório de Actividades JSD Maia (2011/2013)Pedro Carvalho
 
Programa Autárquico - "Uma Visão de Futuro para a Maia, Terra de Oportunidade...
Programa Autárquico - "Uma Visão de Futuro para a Maia, Terra de Oportunidade...Programa Autárquico - "Uma Visão de Futuro para a Maia, Terra de Oportunidade...
Programa Autárquico - "Uma Visão de Futuro para a Maia, Terra de Oportunidade...Pedro Carvalho
 
Vida económica inovacao37
Vida económica inovacao37Vida económica inovacao37
Vida económica inovacao37Pedro Carvalho
 
Jn 29 janeiro o governo recua nas portagens
Jn 29 janeiro   o governo recua nas portagensJn 29 janeiro   o governo recua nas portagens
Jn 29 janeiro o governo recua nas portagensPedro Carvalho
 
Plano de actividades 2013
Plano de actividades 2013Plano de actividades 2013
Plano de actividades 2013Pedro Carvalho
 
Relatório Actividades 2012
Relatório Actividades 2012Relatório Actividades 2012
Relatório Actividades 2012Pedro Carvalho
 
Entrámos nas lojas onde os adolescentes compram drogas de forma legal 2013-0...
Entrámos nas lojas onde os adolescentes compram drogas de forma legal  2013-0...Entrámos nas lojas onde os adolescentes compram drogas de forma legal  2013-0...
Entrámos nas lojas onde os adolescentes compram drogas de forma legal 2013-0...Pedro Carvalho
 
Discurso plenário psd maia - 27 julho2012
Discurso plenário psd maia - 27 julho2012Discurso plenário psd maia - 27 julho2012
Discurso plenário psd maia - 27 julho2012Pedro Carvalho
 
Comunicado Lei 22/2012
Comunicado Lei 22/2012Comunicado Lei 22/2012
Comunicado Lei 22/2012Pedro Carvalho
 
Luciano da Silva Gomes
Luciano da Silva Gomes Luciano da Silva Gomes
Luciano da Silva Gomes Pedro Carvalho
 
José augusto teixeira maia marques
José augusto teixeira maia marquesJosé augusto teixeira maia marques
José augusto teixeira maia marquesPedro Carvalho
 
Nota de Imprensa - Feira das Oportunidades
Nota de Imprensa - Feira das Oportunidades Nota de Imprensa - Feira das Oportunidades
Nota de Imprensa - Feira das Oportunidades Pedro Carvalho
 

Plus de Pedro Carvalho (20)

Jornal "Maia Hoje"
Jornal "Maia Hoje"Jornal "Maia Hoje"
Jornal "Maia Hoje"
 
Intervenção PAOD - A.F. Milheirós - 17/12/2015
Intervenção PAOD - A.F. Milheirós - 17/12/2015Intervenção PAOD - A.F. Milheirós - 17/12/2015
Intervenção PAOD - A.F. Milheirós - 17/12/2015
 
Brindes de Cortiça - Natal 2013
Brindes de Cortiça - Natal 2013Brindes de Cortiça - Natal 2013
Brindes de Cortiça - Natal 2013
 
Manifesto jsd maia 2013
Manifesto jsd maia 2013Manifesto jsd maia 2013
Manifesto jsd maia 2013
 
Relatório de Actividades JSD Maia (2011/2013)
Relatório de Actividades JSD Maia (2011/2013)Relatório de Actividades JSD Maia (2011/2013)
Relatório de Actividades JSD Maia (2011/2013)
 
Programa Autárquico - "Uma Visão de Futuro para a Maia, Terra de Oportunidade...
Programa Autárquico - "Uma Visão de Futuro para a Maia, Terra de Oportunidade...Programa Autárquico - "Uma Visão de Futuro para a Maia, Terra de Oportunidade...
Programa Autárquico - "Uma Visão de Futuro para a Maia, Terra de Oportunidade...
 
Jn maia 1 abril 2013
Jn maia 1 abril 2013Jn maia 1 abril 2013
Jn maia 1 abril 2013
 
GoLocal Maia
GoLocal MaiaGoLocal Maia
GoLocal Maia
 
Vida económica inovacao37
Vida económica inovacao37Vida económica inovacao37
Vida económica inovacao37
 
Jn 29 janeiro o governo recua nas portagens
Jn 29 janeiro   o governo recua nas portagensJn 29 janeiro   o governo recua nas portagens
Jn 29 janeiro o governo recua nas portagens
 
Plano de actividades 2013
Plano de actividades 2013Plano de actividades 2013
Plano de actividades 2013
 
Relatório Actividades 2012
Relatório Actividades 2012Relatório Actividades 2012
Relatório Actividades 2012
 
JN - 23.01.13
JN - 23.01.13JN - 23.01.13
JN - 23.01.13
 
Entrámos nas lojas onde os adolescentes compram drogas de forma legal 2013-0...
Entrámos nas lojas onde os adolescentes compram drogas de forma legal  2013-0...Entrámos nas lojas onde os adolescentes compram drogas de forma legal  2013-0...
Entrámos nas lojas onde os adolescentes compram drogas de forma legal 2013-0...
 
Discurso plenário psd maia - 27 julho2012
Discurso plenário psd maia - 27 julho2012Discurso plenário psd maia - 27 julho2012
Discurso plenário psd maia - 27 julho2012
 
Comunicado Lei 22/2012
Comunicado Lei 22/2012Comunicado Lei 22/2012
Comunicado Lei 22/2012
 
Comunicado
Comunicado Comunicado
Comunicado
 
Luciano da Silva Gomes
Luciano da Silva Gomes Luciano da Silva Gomes
Luciano da Silva Gomes
 
José augusto teixeira maia marques
José augusto teixeira maia marquesJosé augusto teixeira maia marques
José augusto teixeira maia marques
 
Nota de Imprensa - Feira das Oportunidades
Nota de Imprensa - Feira das Oportunidades Nota de Imprensa - Feira das Oportunidades
Nota de Imprensa - Feira das Oportunidades
 

O modelo educativo romano

  • 1. O Modelo Romano O Ensino em Roma Trabalho de Grupo sobre o modelo educativo romano. História (A) – 10ºano Escola Secundária da Maia 2008/2009
  • 2. O Modelo Romano Educação Roma adopta a Educação Grega Na constituição do Império Romano, ficarão integradas diversas cidades Gregas. Por esse motivo os Romanos foram influenciados pelos Gregos a quem foram buscar o alfabeto, bem como técnicas de aprendizagem da leitura e da escrita. A influência Helénica não mais parará de crescer, em particular com a invasão e posterior anexação da Grécia e da Macedónia no século II a.c.. A partir de então, alguns mestres gregos (se não de nascimento, pelo menos de formação) apoiam a educação familiar dos jovens romanos. Na verdade, afugentados pelas agitações do Oriente ou atraídos pela rica clientela romana, muitos gramáticos, retóricos e filósofos atenienses dirigem-se a Roma. Serão estes os Mestres responsáveis pelo ensino de jovens e de adultos romanos. Cedo os Políticos de Roma compreenderam que o conhecimento da Retórica ateniense seria um factor decisivo com vista a melhorar os seus discursos junto das multidões. Com a Retórica e a formação literária que lhe servia de base, Roma descortinou a pouco e pouco todos os aspectos encobertos da cultura Grega Modelo Grego VS Modelo Romano No entanto, o ensino em Roma apresenta algumas diferenças significativas face ao modelo educativo dos gregos e algumas novidades importantes na institucionalização de um sistema de ensino. O ensino da música, do canto e da dança, peças chave da educação grega, tornaram-se objecto de contestação por parte de alguns sectores mais tradicionais, que apelidaram estas formas de arte como impúdicas, toleráveis apenas para fins recreativos. A mesma reacção de oposição surge contra o atletismo. 2 História (A) – 10ºano Escola Secundária da Maia
  • 3. O Modelo Romano Educação O Programa educativo romano privilegia assim uma aprendizagem sobretudo literária, em detrimento da Ciência, da Educação Musical e do Atletismo. Sistema Educativo É aos romanos que se deve o primeiro sistema de ensino de que há conhecimento: um organismo centralizado que coordena uma série de instituições escolares espalhadas por todas as províncias do Império. O carácter oficial das escolas e a sua estrita dependência relativamente ao estado constituem, não apenas uma diferença acentuada relativamente ao modelo de ensino na Grécia, como também uma novidade importante. É claro que um tal sistema tende a privilegiar uma minoria que, graças aos estudos superiores, ascende àquilo que os romanos consideram ser a vida adulta simultaneamente activa e digna ou seja, uma elite, com uma elevada formação literária e retórica. O que não impede que, entre a imensidão de escravos que os romanos abastados do Império possuíam como resultando das suas conquistas, houvesse a preocupação de lhes fornecer, em particular aos mais jovens, os ensinamentos necessários à prática dos seus serviços. Para tal eram reunidos, nas casas de seus amos, em escolas – as paedagogium - ae entregues a um ou mais pedagogos que lhes inculcavam as boas maneiras e, em alguns casos, os iniciavam nas “coisas do espírito”, designadamente na leitura, na escrita e na aritmética. É sabido que as casas dos grandes senhores de Roma dispunham de um ou mais escravos letrados que desempenhavam funções como secretários ou como leitores. De qualquer forma, na Roma imperial, os Mestres Gregos são protegidos por Augusto, à semelhança do que César havia já feito. Também a criação de bibliotecas, como a do Templo de Apolo, no Palatino, e a do Pórtico de Octávio, é ilustrativa de uma política imperial de cultura. 3 História (A) – 10ºano Escola Secundária da Maia
  • 4. O Modelo Romano Educação Difusão da rede escolar Esta política, inspirada nas tradições gregas, vai no entanto inflectir algumas práticas anteriores, delineando no estado romano um conjunto de políticas escolares inovadoras. Uma primeira iniciativa é da autoria de Vespasiano, que intervém directamente a favor dos professores, ao reconhecer-lhes uma utilidade social. Com ele se iniciam uma extensa série de retribuições e de imunidades fiscais, atribuídas a gramáticos e retóricos. Segue-se a criação de cátedras de Retórica nas grandes cidades, bem como o favorecimento e promoção da instituição de escolas municipais de gramática e de retórica nas províncias.. O nascimento das Escolas Latinas As primeiras escolas latinas são inteiramente, na sua origem, de inspiração grega. Limitam-se a imitá-las, tanto no que concerne ao programa, como aos métodos de ensino. Porém, os romanos vão pouco a pouco organizá-las em três graus distintos e sucessivos: a instrução primária, o ensino secundário e o ensino superior, aos quais correspondem três tipos de escolas, confiadas a três tipos de Mestres especializados. As escolas primárias datam provavelmente dos séculos VII e VI a.c., as secundárias surgem no século III a.c. e das superiores somente há conhecimento da sua existência a partir do século I a.c.. E escolas secundárias terão surgido por volta do século III a.c.. Este “atraso” relativamente às escolas secundárias gregas não é merecedor de espanto, se reflectirmos sobre a inexistência de uma literatura romana propriamente dita, e sabendo-se à partida que o ensino secundário clássico na Grécia se baseava na explicação das obras de grandes poetas, em particular de Homero. No entanto, é somente no tempo de Augusto (século I a.c.), que o ensino secundário latino assume a sua forma definitivo. 4 História (A) – 10ºano Escola Secundária da Maia
  • 5. O Modelo Romano Educação Um romano culto será doravante aquele que conhecer a obra de Virgílio, da mesma forma que um grego conhece na íntegra e recita os versos de Homero sempre que tenha necessidade de exprimir, ressaltar ou afiançar um sentimento ou uma ideia. O ensino superior, predominantemente retórico, surge em Roma por volta do século I a.c.. A primeira escola de retórica latina foi aberta no ano de 93 a.c. por Plócio Galo, e pouco tempo depois encerrada em virtude da censura levada a cabo por alguns sectores da aristocracia romana que se inquietavam perante o “novo espírito” que a animava e que consideravam contrário ao costume e à tradição dos antepassados. Instrução Primária Por volta dos sete anos a criança é confiada a um Mestre Primário – o litterator. O literator, em Roma, é mal remunerado e pouco conceituado na hierarquia social. Tal como na Grécia, também as crianças romanas se faziam acompanhar à escola por um escravo, designado segundo a terminologia grega por Paedagogus. Este poderia, em determinadas circunstâncias, ascender ao papel de explicador . O Paedagogus conduzia o seu pequeno senhor à escola, designada por ludus litterarius, e aí permanecia até ao final da lição. O ensino é colectivo, as meninas também frequentavam a escola primária. A Escola Primária Cabe ao Mestre providenciar as instalações. Este resguarda os seus alunos debaixo de um pequeno alpendre protegido por um toldo – pérgula - nas proximidades de um pórtico ou na varanda de alguma mansão aberta e acessível a todos. 5 História (A) – 10ºano Escola Secundária da Maia
  • 6. O Modelo Romano Educação As aulas são portanto essencialmente ministradas ao ar livre, em local isolado dos barulhos e das curiosidades da rua .. As crianças agrupam-se em torno do Mestre que pontifica da sua cadeira – a cathedra - colocada sobre um estrado. O mestre é muitas vezes assistido por um ajudante Sentadas em escabelos sem encosto, as crianças escrevem sobre os joelhos. A jornada escolar da criança romana tinha início muito cedo e durava até ao pôr-do-sol. As aulas apenas eram suspensas durante as festas religiosas, nas férias de Verão (dos finais de Julho a meados de Outubro) . Além da leitura, o programa compreende a escrita em duas línguas (latim e grego) e um pouco de cálculo no qual se inclui a aprendizagem do ábaco e do complexo sistema romano de pesos e medidas. Para a aprendizagem do cálculo recorria-se vulgarmente à utilização de pequenas pedras - calculi - bem como à mímica simbólica dos dedos. A técnica aprofundada do cálculo escapa no entanto à competência do primus magister, sendo ensinada mais tarde por um especialista, o calculator. Este distingue-se do primus magister na medida em que o seu papel está mais próximo do de um especialista, como os calígrafos ou os estenógrafos. Na aprendizagem da escrita começava-se por se aprender o alfabeto e o nome das letras, de A a X, antes mesmo de lhes conhecer a forma. O nome das letras era seguidamente ensinado ao contrário, de X a A e posteriormente aos pares, primeiro agrupados segundo uma dada ordem e logo após agrupados de forma aleatória. Seguia-se a aprendizagem das sílabas, em todas as combinações possíveis e, por fim, dos nomes isolados. Estes . Antes de passar à redacção de textos era ensaiada a escrita de pequenas frases bem como máximas morais de um ou dois versos. 6 História (A) – 10ºano Escola Secundária da Maia
  • 7. O Modelo Romano Educação O ensino da escrita é simultâneo ao da leitura. A criança escreve em sua tabuleta as letras, palavras ou textos cuja leitura deverá posteriormente efectuar. Quando surgem o pergaminho e o papiro a criança passa a escrever com uma cana talhada e molhada em tinta. Os livros são feitos com folhas coladas lateralmente e enroladas à volta de uma varinha. Para ler, a varinha é mantida na mão direita e com a outra mão desenrola-se a folha única. Associada à leitura e à escrita encontra-se a declamação. A criança é incentivada a memorizar pequenos textos à semelhança do que ocorria na Grécia. Recorre-se frequentemente à emulação e mais ainda à coerção, às reprimendas e aos castigos. O primus magister apoia a sua autoridade na férula, instrumento a que recorre para infringir os castigos nas crianças. “Estender a mão à palmatória”, , é na verdade para os Romanos sinónimo de estudar. Os alunos são agrupados em classes, de acordo com o seu rendimento escolar. A violência no esnico começa a ser questionados por volta do século I, tendo- se registado desde então uma evolução no sentido de um abrandamento da disciplina..A rotina pedagógica foi a aligeirada com a introdução de novas práticas de ensino que ficam a dever-se a Quintiliano, reconhecido Professor de Eloquência que viveu no século I . 7 História (A) – 10ºano Escola Secundária da Maia
  • 8. O Modelo Romano Educação Quintiliano foi o primeiro professor pago pelo estado, no Império de Vespasiano. Quintiliano alerta para a necessidade de se identificarem os talentos das crianças e chama a atenção para a necessidade de reconhecer as diferenças individuais e de adoptar diferentes formas de procedimento perante elas. Recomendava que se ensinassem simultaneamente os nomes das letras e as suas formas Quintiliano opõe-se aos castigos físicos. Recomenda a competição como incentivo para o estudo e sugere que o tempo escolar seja periodicamente interrompido por recreios, já que o descanso é, na sua opinião, favorável à aprendizagem. Ensino Secundário O ensino secundário é bastante menos difundido que a instrução primária. A maioria das crianças de fraca condição social abandonam a escola no final da Instrução Primária, passando então a frequentar a casa de um Mestre de ensino técnico, por exemplo de Geometria, que os preparará para o exercício de profissões como a carpintaria. As restantes crianças iniciam por volta dos doze anos de idade um segundo ciclo de estudos, continuando rapazes e raparigas a estudar lado a lado. No caso geral de estudos com a duração de três anos, verifica-se a intervenção do grammaticus, que ensina Gramática e Retórica. Cecílio Epirota empreende, em finais do século I a.c., o estudo de poetas latinos seus contemporâneos, assim se estabelecendo uma formação nas duas línguas que implicará portanto a participação de dois grammaticus: o grammaticus graecus e o grammaticus latinus. Existiam portanto duas Instituições paralelas: uma para o estudo da língua e da literatura grega, a outra para o estudo da língua e literatura romana. A primeira é uma réplica exacta das escolas gregas, a segunda representava o esforço para salvaguardar as tradições romanas. 8 História (A) – 10ºano Escola Secundária da Maia
  • 9. O Modelo Romano Educação À semelhança do que se observava na Grécia, o grammaticus é bastante mais conceituado socialmente que o literator. Também ele instala geralmente os alunos numa pérgula ou numa residência existindo em Roma, no século IV da nossa era, cerca de vinte estabelecimentos deste tipo. Requer cerca de seis horas diárias para o ensino da correcção da linguagem, assim como para a explicação dos poetas. Adopta os princípios da metodologia grega, insistindo na ortografia e na pronúncia, multiplicando os exercícios de morfologia e preparando com a escrita de redacções a iniciação à Retórica. O essencial consiste porém no estudo dos clássicos, e sobretudo dos poetas Virgílio, Terêncio e Horácio. Os alunos aprendem também algumas noções básicas de Geografia, necessárias para a compreensão da Ilíada e da Eneida. Estudam também Astronomia. Ensino Superior O ensino superior, também designado por ensino retórico, tinha início por volta dos quinze anos de idade, altura em que o jovem recebe a toga viril, sinónimo da sua entrada na vida adulta. Estes estudos superiores duravam até cerca dos vinte anos, podendo no entanto prolongar-se por mais tempo. Tinham como finalidade formar Oradores, já que a carreira política representava o ideal supremo. Roma transformou-se num centro excepcional de estudos para os Mestres de Retórica Gregos. O futuro orador terá de pleitear um caso em função de textos legais. Para lá do aperfeiçoamento da eloquência e da retórica, o ensino da Filosofia e da Medicina é essencialmente feito por Mestres Gregos itenerantes, que espalham o seu saber de cidade em cidade. 9 História (A) – 10ºano Escola Secundária da Maia
  • 10. O Modelo Romano Educação Com muita frequência, os estudantes latinos vão completar os seus estudos superiores noutras cidades, nomeadamente em Alexandria e sobretudo em Atenas. Criam-se cátedras de Retórica que concederam privilégios aos Mestres, dando assim aos romanos a possibilidade de prosseguirem os estudos na própria pátria. No âmbito do Direito, Roma desempenha um papel inovador oferecendo aos jovens estudantes uma aprendizagem prática pasra além de um ensino sistemático. A complexidade crescente da produção jurídica romana está na origem da fundação de duas escolas superiores de direito em Roma no século II . 10 História (A) – 10ºano Escola Secundária da Maia