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LicenciaturaemCiênciasSociais
ProgramaInstitucionaldeBolsasdeIniciaçãoàDocência-PIBID
CIÊNCIAS HUMANAS
SOCIOLOGIA E FILOSOFIA
PARÂMETROS
CURRICULARES NACIONAIS
Bolsistas: Bruna Jardim, Francine Bordin,
Giliane de Oliveira, Sandra Feijó e Tainá
Melo.
Porque Ensinar Ciências Sociais?
Objetivo geral: introduzir o aluno nas principais questões conceituais e
metodológicas das disciplinas de Sociologia, Antropologia e Política.
• [...] a grande preocupação é promover
uma reflexão em torno da permanência
dessas questões até hoje, inclusive
avaliando a operacionalidade dos
conceitos e categorias utilizados por cada
um desses autores, no que se refere à
compreensão da complexidade do
mundo atual. (PCN, p.36)
A partir dos
clássicos
Marx, Weber
e Durkheim:
Porque Ensinar Ciências Sociais?
Eixos Decodificar
Postura
reflexiva e
crítica
Mundialização
do capital
Porque Ensinar Ciências Sociais?
Instituições sociais, como família e estado, novos
agentes políticos (ongs), relações tradicionais e
formais de emprego X outras formas de
organização do trabalho, desemprego, etc., são
alguns dos elementos sociais que podem e
devem ser problematizados pela sociologia no
processo de ensino-aprendizagem.
O que e como ensinar em
Ciências Sociais?
Relação
Social
Rede de
relações
sociais
Interação
Social
O que e como ensinar em
Ciências Sociais?
Sistema
social
Desigualdades
Sociais
Exclusão
Concentração
de poder e de
renda
Estrutura
O que e como ensinar em
Ciências Sociais?
Construção
cultural das
regras
Cultura
Observação
participante
Sociedade de
massas
Dimensão
tecnológica
Representações
simbólicas
O que e como ensinar em
Ciências Sociais?
Sendo assim, proporcionaríamos ao aluno a possibilidade de
transpor uma postura etnocêntrica (que produz atitudes
preconceituosas e discriminatórias, sobretudo ao lidar com
as diferenças e com as minorias sociais), tendo como
referência a prática de relativizar a realidade social. Nesse
sentido, o saber antropológico nos fornece instrumentais de
suma importância que possibilitam modificar as relações
interpessoais cotidianas. Em suma, relativizar significa
conviver com a diversidade de forma plena e positiva. Isso
implica compreender que o “alter” tem uma lógica própria
de percepção da realidade, que não pode ser desqualificada
ou vista como “superior” ou “inferior”, num mundo ainda
marcado pela intolerância. E este relativizar seria, dentro de
nosso entendimento, um dos caminhos de construção e
consolidação da cidadania plena. (PCN, p.38-39)
O que e como ensinar em
Ciências Sociais?
Sociedadescomplexas
Experiências culturais
Rede de relações
Papéis sociais
Identidades Sociais
O que e como ensinar em
Ciências Sociais?
Ideologia
Indústria cultural
Meios de comunicação
Alienação
Ordem Social
Relações de poder
Sistemas Econômicos
O que e como ensinar em
Ciências Sociais?
Ampliar a noção de política, enquanto um processo de tomada
de decisões sobre os problemas sociais que afetam a
coletividade, permite ao aluno, por um lado, perceber como o
poder se evidencia também nas relações sociais cotidianas e nos
vários grupos sociais com os quais ele próprio se depara: a
escola, a família, a fábrica etc.. E por outro, dimensionar o erro
de assumir uma postura que negue a política enquanto uma
prática socialmente válida, uma vez que no discurso do senso
comum ela é vista apenas como mera enganação. Até mesmo
porque negar a política seria contrariar a lógica da cidadania,
que supõe a participação nos diversos espaços da sociedade.
Neste aspecto, as Ciências Sociais contribuem para uma reflexão
que tenta identificar práticas políticas mais éticas, muito embora
o contexto brasileiro seja profundamente marcado por práticas
paternalistas, clientelísticas, fisiológicas etc.. (PCN, p.41)
O que e como ensinar em
Ciências Sociais?
Soberania Estrutura de
funcionamento
Sistemas de
poder Formas de
governo
Regimes
políticos
Relação entre
o público e o
privado
Centralização e
descentralização
do poder
O que e como ensinar em
Ciências Sociais?
Legalidade e legitimidade do poder
Direitos
Participação política
Movimentos sociais
Poder público
O que e como ensinar em
Ciências Sociais?
Outra categoria significativa no Ensino Médio é a de
cotidiano, uma vez que uma das premissas fundamentais a
ser considerada é o partir das experiências culturais dos
alunos para construir o conhecimento científico,
entendendo-se porém que este tem uma naturez diversa da
explicação do senso comum, pois a análise da realidade
encontra-se fundamentad em princípios teóricos e
metodológicos. De acordo com a abordagem de Berger e
Luckmann a produção de conhecimento é um processo que
deve considerar a vida cotidiana, tendo como objetivo
elaborar modelos teóricos de explicação da realidade social:
“A vida cotidiana apresenta-se como uma realidade
interpretada pelos homens e subjetivamente dotada de
sentido para eles, na medida em que forma um mundo
coerente.” (PCN, p.42)
O que e como ensinar em
Ciências Sociais?
Os Parâmetros Curriculares Nacionais
mostram exemplos sobre o que ensinar em
sociologia, mas não mostram metodologias
de ensino para isso. Portanto a pergunta
“COMO ENSINAR?” fica sem resposta e
necessita ser trabalhada pelos professores,
visto que a disciplina ainda está nascendo
na rede pública de ensino e necessita de
aprimoramento.
COMPETÊNCIASE HABILIDADESA SEREM
DESENVOLVIDASEM SOCIOLOGIA,
ANTROPOLOGIAE POLÍTICA.
As competências e habilidades a serem
desenvolvidas em Sociologia,
Antropologia e Política, revelam as
premissas ideológicas dos autores
PCNEM, concernentes à disciplina e são
divididas em “REPRESENTAÇÃO E
COMUNICAÇÃO”, “INVESTIGAÇÃO E
COMPREENSÃO”, “CONTEXTUALIZAÇÃO
SÓCIO-CULTURAL”.
COMO DEVE ESTAR O ALUNO NO
FINAL DO ENSINO MÉDIO?
Apto a identificar, analisar e comparar os
diferentes discursos sobre a realidade,
construindo instrumento para uma melhor
compreensão da vida cotidiana e ampliando a
sua visão de mundo. Isso significa desenvolver
uma visão crítica da indústria cultural e da
comunicação de massa, valorizando as
diferentes manifestações culturais de etnias e
segmentos sociais, preservando e respeitando
a diversidade. Dessa forma, será capaz de
construir uma identidade social e política de
modo a viabilizar o exercício da cidadania no
contexto do Estado de Direito,
compreendendo as transformações no mundo
do trabalho e adaptando-se as novas
qualificações exigidas.
CONCLUÍMOS:
A competência implica uma mobilização
dos conhecimentos e esquemas que se
possui para desenvolver respostas inéditas,
criativos, eficazes para problemas novos.
As habilidades são consideradas como algo
menos amplo do que as competências.
Assim, a competência estaria constituída
por várias habilidades.
Filosofia
Conhecimentos de Filosofia
Normalmente os professores de Filosofia são
questionados pelos educandos quanto à
necessidade deste aprendizado, por vezes não
compreendem a razão de estudar esta disciplina,
Kant já dizia que: “Filosofia não
se ensina, ensina-se a filosofar”.
Conhecimentos de Filosofia
Podemos explicar esse estranhamento pela forma com a qual a
educação brasileira vinha sendo desenvolvida, privilegiando um
conhecimento técnico – cientifico, visando à formação de um
mercado de trabalho técnico-especialista, a fim de atender a
demanda do cenário industrial e tecnológico que se fortalecia.
Isso nós ajuda a compreender o estranhamento do aluno frente
não apenas a Filosofia, mas às humanidades. É precisamos ir um
pouco além para que consigamos compreender que mesmo
estando a vinte anos sendo implantada gradativamente nos
currículos escolares a matéria precisa ser legitimada, os alunos
necessitam deslumbrar uma razão de ser aos conhecimentos
filosóficos, a Filosofia vêem contribuir para formação geral e
humanizada do individuo.
Conhecimentos de Filosofia
A LDB/ 96 trás em seu trigésimo quinto artigo, a
necessidade “a preparação básica para o trabalho e a
cidadania do educando, para continuar aprendendo”
(inciso II); “o aprimoramento do educando, incluindo a
formação ética e o desenvolvimento da autonomia
intelectual e do pensamento crítico” (inciso III). Assim
como no trigésimo sexto § 1o destaca-se: “o domínio
dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia
necessários ao exercício da cidadania” (inciso III).
Demonstrando a importância da disciplina para auxiliar
na formação do espírito de cidadania dos educandos.
Conhecimentos de Filosofia
A Filosofia está também muito atrelada à questão da interdisciplinaridade
uma vez que mesmo classificada entre as humanidades a filosofia
consegue conectar-se com todas as outras áreas.
Se, de um lado, a Filosofia não é uma ciência, ao menos não no sentido
em que se usa a palavra para designar tradições empíricas de pesquisa
voltadas para a construção de modelos abstratos dos fenômenos, e se
não é, também, uma das belas artes, no sentido poético de ser uma
atividade voltada especificamente para a criação de objetos concretos,
de outro lado, a Filosofia sempre teve conexões íntimas e duradouras
com os resultados das ciências e das artes e, no esforço de pensar seus
fundamentos, muitas vezes foi além delas, abrindo campos para novos
saberes e novas experiências. (PCN)
Conhecimentos de Filosofia
Assim como as Ciências Sociais a Filosofia
também tem como objetivo a formação do
cidadão que consiste na Lei 9394/96,
conforme dispostos na Resolução No 03/98: I
- os fundamentais ao interesse social, aos
direitos e deveres dos cidadãos, ao respeito
ao bem comum e à ordem democrática; II -
os que fortaleçam os vínculos de família, os
laços de solidariedade humana e de tolerância
recíproca.
Competências e habilidades a
serem desenvolvidas em Filosofia
Leitura de textos filosóficos de modo significativo;
Capacidade de problematização;
Pensamento autônomo;
Leitura filosófica, textos de diferentes estruturas e registros.
• “Esse zelo metodológico se justifica na medida em que
nem se pode ter a veleidade de pretender formar
filósofos profissionais e nem se deve banalizar o
conhecimento filosófico. Ambos os equívocos esvaziam
o sentido e invalidam a pertinência da Filosofia no
Ensino Médio.”
Filosofia
Uma vez que toda vida humana- no que de especificamente humano- está
constituída no medium do trabalho e no da comunicação linguística, acredita-se
que a capacidade de “compreender os elementos cognitivos, afetivos, sociais e
culturais que constituem a identidade própria e dos outros” (Parecer n° 15/98,
Resolução n° 3/98) só pode ser produtivamente efetivada a partir do
desenvolvimento de uma competência comunicativo- linguística. Por sua vez,
essa competência supõe a capacidade de decodificação dos significados pelos
quais construímos a vida em comum e, ao recodificá-los, ressignificá-los ,
construir uma vida própria, que se constitui simbolicamente numa identidade
própria( a qual, por sua vez, está sempre referida à dos outros). A essa
capacidade de decodificação/ recodificação poder-se-ia designar,
genericamente como leitura. Uma vez que todo aluno, na própria medida do
seu social-simbólico, já possui uma competência de leitura previamente
construída, uma pratica de ensino metódica e sistematicamente orientada e
conduzida deve favorecer o desenvolvimento dessa competência de realizar
tanto uma leitura significativa - filosófica - de textos filosóficos quanto ler,
filosoficamente, textos estruturados a partir das configurações discursivas
próprias das diferentes esferas culturais. Além disso, essa competência de
leitura e análise, deve poder ser aplicada aos mais variados registros ou
suportes textuais.
Filosofia
É indispensável, nesse processo, aprender a respeitar a especificidade de cada
estrutura discursiva (cientifica, narrativa, filosófica, moral, artística, etc) e
considerar, com igual cuidado, o registro ou o suporte textual especifico em que
essa estrutura se apresenta (discursos teóricos, técnicos, vídeos, filmes, peças
teatrais, músicas, obras plásticas, jornais, discursos políticos. A competência de
leitura filosófica de outros discursos significa, por certo, a capacidade de
problematizar e refletir a partir das estruturas e registros específicos desses
discursos, isto é, lê-los com um olhar crítico. Isto pode ser traduzido também,
mas não necessária ou unicamente, no exercício do reconhecimento de
orientações filosóficas, refletidas ou não, originais ou não, que, eventualmente,
possam habitar neles. De qualquer modo, o desenvolvimento dessa
competência supõe a capacidade de articular referências culturais em geral e,
mais especificamente, a capacidade de articular diferentes referências
filosóficas e diferentes discursos. Uma prática, portanto, comprometida com o
pressuposto de uma leitura transdisciplinar do mundo, a qual deve poder ser
fomentada pela escola na medida em que os diversos conhecimentos
disponíveis se interliguem numa rede.
Articularconhecimentosfilosóficosediferentes
conteúdosemodosdiscursivosnasCiênciasnaturaise
humanas,nasarteseemoutrasproduçõesculturais.
A modernidade cultural, portanto, caracteriza-se, em princípio, pela
ruptura e pela fragmentação daquilo que antes estava reunido em
uma visão do mundo unificada, sob a tutela das verdades
“reveladas”. A dessacralização do mundo e a racionalização do
sistema produtivo, para retomar Weber, levaram o processo de
modernização social ao estado em que nos encontramos hoje, a
saber: que não podemos mais reunificar esses domínios autônomos
sem enfrentar grandes dificuldades de mediação teórica. Além
disso, na realidade cotidiana, experimentamos o enorme
desconforto que resulta da contradição entre as diferentes
interpretações cognitivas, expectativas morais, possibilidades
expressivas, valorações e a necessidade de interpenetrar todos
esses aspectos num projeto de vida significativo.
Articularconhecimentosfilosóficosediferentes
conteúdosemodosdiscursivosnasCiênciasnaturaise
humanas,nasarteseemoutrasproduçõesculturais.
No intuito de minorar esse desconforto, emergiram respostas
oriundas de todos os domínios em que a modernidade se
compartimentalizou. Uma delas, destacada pelas Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio como eixo privilegiado,
é a concepção de interdisciplinaridade. O termo remonta, como se
sabe, à problemática instaurada pela pesquisa científica, quando da
tentativa de delimitação de domínios de investigação que recaem,
por assim dizer, num “entre disciplinas”, como, por exemplo, a
físico-química, a bioquímica, a psicolinguística etc. Mais
recentemente, entretanto, o conceito de interdisciplinar passou a
apontar para a necessidade de se ir além de uma prática científica
meramente disciplinar, buscar as conexões existentes entre todos
os saberes e tentar abrir os canais de diálogo entre todas as
comunidades especializadas.
Articularconhecimentosfilosóficosediferentes
conteúdosemodosdiscursivosnasCiênciasnaturaise
humanas,nasarteseemoutrasproduçõesculturais.
Sendo a escola o espaço institucional por excelência da difusão do conhecimento, nossos
currículos escolares estão, naturalmente, decalcados desse pano de fundo cultural
fragmentador, isto é, nossa prática escolar ainda se ancora no ensino de disciplinas
isoladas, para não dizer desconexas. O resultado já conhecido é a falência e a insuficiência
de nossos modelos educacionais, do ponto de vista de seus mais altos objetivos, os quais
exigem a formação de competências gerais e básicas nos planos cognitivo, instrumental,
moral, político e estético. A reforma curricular que ora se apresenta visa, expressamente, a
tentar corrigir essa distorção. Assim como na formação das outras competências referidas,
também nesta a iniciativa em questão deve partir do professor. Nesse sentido, cada
docente está convocado a um esforço de superação da tendência cultural a uma óptica
reducionista, isolacionista. É necessário, mais do que nunca, levar o aluno a ampliar seu
campo de visão até a inteira latitude do real, no sentido de apreendê-lo, não como um
amontoado caótico de coisas independentes e que apenas se sucedem
desordenadamente, mas, sim, como um conjunto de relações entre todos os seus
elementos, como uma trama que supõe a costura e o entrelaçamento dos fios: é preciso
tomar o real como uma totalidade inter-relacionada. A consequência de uma opção pela
interdisciplinaridade deve ser, portanto, a formação de cidadãos dotados de uma visão de
conjunto que lhes permita, de um lado, integrar os elementos da cultura, apropriados
como fragmentos desconexos, numa identidade autônoma e, de outro, agir
responsavelmente tanto em relação à natureza quanto em relação à sociedade.
Articularconhecimentosfilosóficosediferentes
conteúdosemodosdiscursivosnasCiênciasnaturaise
humanas,nasarteseemoutrasproduçõesculturais.
Como de fato, a vida de cada um se passa sempre num dado entorno
sócio histórico- cultural, saber ler esse entorno com um olhar filosófico
é de fundamental importância para quem quer que seja. Nesse sentido,
para além de apenas fornecer referências culturais, a Filosofia serve
ainda mais quando o aluno a contextualiza no seu tempo e espaço
sociais. É possível, assim: identificar com clareza sua posição de classe;
lidar melhor com a complexidade e a pluralidade de discursos, valores e
coisas que parecem se amontoar desordenadamente; reconhecer o
trabalho social como esforço comum necessário para a construção da
vida compartilhada, além de reconhecer a injustiça e a inumanidade na
distribuição dos frutos desse esforço histórico coletivo; trazer à tona e
apontar o arsenal da crítica filosófica contra toda contextura de
interesses apoiados em normas morais injustas; na medida em que
sejam reconhecidos, desmascarar comportamentos inautênticos.
Articularconhecimentosfilosóficosediferentes
conteúdosemodosdiscursivosnasCiênciasnaturaise
humanas,nasarteseemoutrasproduçõesculturais.
Pode ajudá-lo a identificar distorções na dimensão política em seus vários níveis (e
opor-se a elas, na medida de sua coragem), desde a sala de aula, passando pelo
bairro/condomínio, cidade, estado, até a esfera nacional; também a rastrear seus
próprios impulsos autoritários, totalitários, e que raízes esses impulsos deitam em
seu contexto sóciovital. Sobretudo, pode auxiliá-lo a compreender a dimensão
preeminentemente social que tem sua própria vida e a descobrir que seu projeto de
vida se torna tanto mais pessoal e significativo quanto mais se aprofunda no
contexto da comunidade em que se projeta, seja ela entendida local, regional ou
universalmente. Por fim, quando contextualizados no horizonte de uma sociedade
que se reproduz sistemicamente por meio da ciência e da tecnologia, os
conhecimentos de Filosofia podem levar o aluno a descobrir, por exemplo, no
contexto de que estruturas discursivas, sistemas de representação e movimentos
ideológicos foram plasmadas, historicamente, essas forças produtivas; que
características apresentam; que importância e poder possuem; que papel concreto
desempenham; que relações têm com o atual estado de coisas em casa, na escola,
no bairro, na cidade, no país, no mundo; que impacto produzem nas relações sociais
e na afetividade, na escolha profissional e na própria garantia de vida, tornada
problemática com a alteração globalizada das relações entre capital e trabalho; que
conexões podem eventualmente possuir com interesses econômico-políticos
inconfessáveis.
Articularconhecimentosfilosóficosediferentes
conteúdosemodosdiscursivosnasCiênciasnaturaise
humanas,nasarteseemoutrasproduçõesculturais.
Uma contextualização bem feita, no rumo proposto, pode
facilitar a desmistificação de muitas lendas e a derrubada
de uma grande quantidade de preconceitos infundados a
esse respeito, mas pode, também e essencialmente,
ajudar a explicitar os fundamentos críticos de um número
ainda mais de opiniões absolutamente justificadas.
Filosofia
"Quem não sabe escrever não aprendeu a ler." (Paulo Freire)
(...) É razoável admitir que o aluno desenvolva capacidades de escrita
que lhe permitam elaborar, de forma própria, os resultados de sua
aprendizagem, partir de suas pesquisas, leituras, análises individuais,
discussões em grupos de trabalho, e inclusive, de apontamentos e
conteúdos "fornecidos" pelo professor. Para se apropriar mais
completamente de toda riqueza possível de um texto, o aluno tem
que desenvolver alguns procedimentos analíticos e, ao fazê-lo, ele já
precisa ir registrando, de algum modo, suas impressões,
interpretações, observações parciais etc, até que consiga reconstruir
a estrutura textual e efetuar as críticas que julga pertinentes.
Filosofia
- A filosofia, nasceu no espaço social que constitui a democracia grega, um espaço-
praça criado em função do debate público acerca da vida comum. (...) Vale dizer,
elaborado conscientemente e decididamente posicionado, o aluno deve poder
participar, em igualdade de condições, em qualquer debate, sistemático ou não, intra
e/ou extra-escolar. Uma vez que se trata de construir conhecimento e vida em
comum, ele está imediatamente convocado a participar no debate, a começar pelo
espaço escolar: só será possível desenvolver a capacidade de uma tomada de posição
refletida se, durante a exposição do professor, em sua própria exposição oral, na
discussão em pequenos grupos ou num debate generalizado em sua turma, ele tiver
e atribuir de modo simétrico aos interlocutores a oportunidade de, com toda
liberdade, perguntar, responder, solicitas e fazer esclarecimentos, interpretações etc
e, em especial, mudar de posição quando estiver convencido de que a sua pode não
ser necessariamente a melhor. (...) Participar significativamente num debate é
sempre aprender com ele. (...) No caso do aluno de Filosofia do Ensino Médio, o grau
mínimo que assinala a construção das competências previstas deve poder ser
medido, em último caso, através da constituição dessa autonomia discursiva ou da
construção de uma competência de participação democrática.
Competências e habilidades a serem
desenvolvidas em Filosofia.
Representação e comunicação
• Ler textos filosóficos de modo significativo.
• Ler, de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros.
• Elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo.
• Debater, tomando uma posição, defendendo-a argumentativamente e mudando
de posição face a argumentos mais consistentes.
Investigação e compreensão
• Articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos discursivos
nas Ciências Naturais e Humanas, nas Artes e em outras produções culturais.
Contextualização sócio-cultural
• Contextualizar conhecimentos filosóficos, tanto no plano de sua origem
específica, quanto em outros planos: o pessoal-biográfico; o entorno sócio-
político, histórico e cultural; o horizonte da sociedade científico-tecnológica.
Rumos e Desafios
Uma vez que os conhecimentos da área
trabalhados neste documento já se encontram
nele articulados e consolidados, cabe lançar a
possibilidade do desenvolvimento de outros
conhecimentos das Ciências Humanas que se
acham sugeridos, implícita ou explicitamente,
tais como a Economia, o Direito e a Psicologia.
Rumos e Desafios
Em Economia, caberia ampliar a compreensão e avaliação do funcionamento de uma
economia de mercado, referindo-se os fatores de produção, os agentes econômico, os
aspectos institucionais, a formação dos preços e os direitos do consumidor. (...)
Tradicionalmente trabalhado pela Geografia, diz respeito á dimensão nacional e
internacional da economia, abrangendo os agregados econômicos, como o PIB e o PNB
(...). Algumas noções de Direito, tais como o entendimento das leis, códigos processos
jurídicos e acordos internacionais, como regras concebidas para regular o convívio entre
os indivíduos e os Estados, assegurando direitos e deveres individuais coletivos. O
desenvolvimento de competências de leitura e interpretação de documentos legais, a
compreensão de conceitos neles expressos e a contextualização da produção jurídica
constitui um dado importante para o exercício da cidadania plena. A Psicologia, cujo
desenvolvimento histórico alcançou grande significação no século XX, construiu um
conhecimento sistematizado, a partir de conceitos e procedimentos, que vem tendo um
impacto significativo sobre o pensamento contemporâneo, articulando-se com a
Semiologia, a Linguística, a Antropologia, a Sociologia, a Historia, a Medicina e a Educação.
No Ensino Médio, além da compreensão dos aspectos acima mencionados, cabe
desenvolver conhecimentos que expliquem os processos por meio dos quais o indivíduo
constrói sua identidade no convívio social, subentendendo-se o emergir da consciência e a
compreensão dos mecanismos subjacentes ás diferentes formas de conduta. (...) Assim
sendo, tais conhecimentos podem contribuir para a constituição de personalidades
referidas a valores estéticos, políticos e éticos, que assegurem a sensibilidade para a
diversidade, o respeito á alteridade, a autonomia e a construção das competências
requeridas para atuar com segurança a vida adulta.

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Sociologia e filosofia

  • 1. Universidade FederaldePelotas InstitutodeFilosofia,SociologiaePolítica LicenciaturaemCiênciasSociais ProgramaInstitucionaldeBolsasdeIniciaçãoàDocência-PIBID CIÊNCIAS HUMANAS SOCIOLOGIA E FILOSOFIA PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS Bolsistas: Bruna Jardim, Francine Bordin, Giliane de Oliveira, Sandra Feijó e Tainá Melo.
  • 2. Porque Ensinar Ciências Sociais? Objetivo geral: introduzir o aluno nas principais questões conceituais e metodológicas das disciplinas de Sociologia, Antropologia e Política. • [...] a grande preocupação é promover uma reflexão em torno da permanência dessas questões até hoje, inclusive avaliando a operacionalidade dos conceitos e categorias utilizados por cada um desses autores, no que se refere à compreensão da complexidade do mundo atual. (PCN, p.36) A partir dos clássicos Marx, Weber e Durkheim:
  • 3. Porque Ensinar Ciências Sociais? Eixos Decodificar Postura reflexiva e crítica Mundialização do capital
  • 4. Porque Ensinar Ciências Sociais? Instituições sociais, como família e estado, novos agentes políticos (ongs), relações tradicionais e formais de emprego X outras formas de organização do trabalho, desemprego, etc., são alguns dos elementos sociais que podem e devem ser problematizados pela sociologia no processo de ensino-aprendizagem.
  • 5. O que e como ensinar em Ciências Sociais? Relação Social Rede de relações sociais Interação Social
  • 6. O que e como ensinar em Ciências Sociais? Sistema social Desigualdades Sociais Exclusão Concentração de poder e de renda Estrutura
  • 7. O que e como ensinar em Ciências Sociais? Construção cultural das regras Cultura Observação participante Sociedade de massas Dimensão tecnológica Representações simbólicas
  • 8. O que e como ensinar em Ciências Sociais? Sendo assim, proporcionaríamos ao aluno a possibilidade de transpor uma postura etnocêntrica (que produz atitudes preconceituosas e discriminatórias, sobretudo ao lidar com as diferenças e com as minorias sociais), tendo como referência a prática de relativizar a realidade social. Nesse sentido, o saber antropológico nos fornece instrumentais de suma importância que possibilitam modificar as relações interpessoais cotidianas. Em suma, relativizar significa conviver com a diversidade de forma plena e positiva. Isso implica compreender que o “alter” tem uma lógica própria de percepção da realidade, que não pode ser desqualificada ou vista como “superior” ou “inferior”, num mundo ainda marcado pela intolerância. E este relativizar seria, dentro de nosso entendimento, um dos caminhos de construção e consolidação da cidadania plena. (PCN, p.38-39)
  • 9. O que e como ensinar em Ciências Sociais? Sociedadescomplexas Experiências culturais Rede de relações Papéis sociais Identidades Sociais
  • 10. O que e como ensinar em Ciências Sociais? Ideologia Indústria cultural Meios de comunicação Alienação Ordem Social Relações de poder Sistemas Econômicos
  • 11. O que e como ensinar em Ciências Sociais? Ampliar a noção de política, enquanto um processo de tomada de decisões sobre os problemas sociais que afetam a coletividade, permite ao aluno, por um lado, perceber como o poder se evidencia também nas relações sociais cotidianas e nos vários grupos sociais com os quais ele próprio se depara: a escola, a família, a fábrica etc.. E por outro, dimensionar o erro de assumir uma postura que negue a política enquanto uma prática socialmente válida, uma vez que no discurso do senso comum ela é vista apenas como mera enganação. Até mesmo porque negar a política seria contrariar a lógica da cidadania, que supõe a participação nos diversos espaços da sociedade. Neste aspecto, as Ciências Sociais contribuem para uma reflexão que tenta identificar práticas políticas mais éticas, muito embora o contexto brasileiro seja profundamente marcado por práticas paternalistas, clientelísticas, fisiológicas etc.. (PCN, p.41)
  • 12. O que e como ensinar em Ciências Sociais? Soberania Estrutura de funcionamento Sistemas de poder Formas de governo Regimes políticos Relação entre o público e o privado Centralização e descentralização do poder
  • 13. O que e como ensinar em Ciências Sociais? Legalidade e legitimidade do poder Direitos Participação política Movimentos sociais Poder público
  • 14. O que e como ensinar em Ciências Sociais? Outra categoria significativa no Ensino Médio é a de cotidiano, uma vez que uma das premissas fundamentais a ser considerada é o partir das experiências culturais dos alunos para construir o conhecimento científico, entendendo-se porém que este tem uma naturez diversa da explicação do senso comum, pois a análise da realidade encontra-se fundamentad em princípios teóricos e metodológicos. De acordo com a abordagem de Berger e Luckmann a produção de conhecimento é um processo que deve considerar a vida cotidiana, tendo como objetivo elaborar modelos teóricos de explicação da realidade social: “A vida cotidiana apresenta-se como uma realidade interpretada pelos homens e subjetivamente dotada de sentido para eles, na medida em que forma um mundo coerente.” (PCN, p.42)
  • 15. O que e como ensinar em Ciências Sociais? Os Parâmetros Curriculares Nacionais mostram exemplos sobre o que ensinar em sociologia, mas não mostram metodologias de ensino para isso. Portanto a pergunta “COMO ENSINAR?” fica sem resposta e necessita ser trabalhada pelos professores, visto que a disciplina ainda está nascendo na rede pública de ensino e necessita de aprimoramento.
  • 16. COMPETÊNCIASE HABILIDADESA SEREM DESENVOLVIDASEM SOCIOLOGIA, ANTROPOLOGIAE POLÍTICA. As competências e habilidades a serem desenvolvidas em Sociologia, Antropologia e Política, revelam as premissas ideológicas dos autores PCNEM, concernentes à disciplina e são divididas em “REPRESENTAÇÃO E COMUNICAÇÃO”, “INVESTIGAÇÃO E COMPREENSÃO”, “CONTEXTUALIZAÇÃO SÓCIO-CULTURAL”.
  • 17. COMO DEVE ESTAR O ALUNO NO FINAL DO ENSINO MÉDIO? Apto a identificar, analisar e comparar os diferentes discursos sobre a realidade, construindo instrumento para uma melhor compreensão da vida cotidiana e ampliando a sua visão de mundo. Isso significa desenvolver uma visão crítica da indústria cultural e da comunicação de massa, valorizando as diferentes manifestações culturais de etnias e segmentos sociais, preservando e respeitando a diversidade. Dessa forma, será capaz de construir uma identidade social e política de modo a viabilizar o exercício da cidadania no contexto do Estado de Direito, compreendendo as transformações no mundo do trabalho e adaptando-se as novas qualificações exigidas.
  • 18. CONCLUÍMOS: A competência implica uma mobilização dos conhecimentos e esquemas que se possui para desenvolver respostas inéditas, criativos, eficazes para problemas novos. As habilidades são consideradas como algo menos amplo do que as competências. Assim, a competência estaria constituída por várias habilidades.
  • 20. Conhecimentos de Filosofia Normalmente os professores de Filosofia são questionados pelos educandos quanto à necessidade deste aprendizado, por vezes não compreendem a razão de estudar esta disciplina, Kant já dizia que: “Filosofia não se ensina, ensina-se a filosofar”.
  • 21. Conhecimentos de Filosofia Podemos explicar esse estranhamento pela forma com a qual a educação brasileira vinha sendo desenvolvida, privilegiando um conhecimento técnico – cientifico, visando à formação de um mercado de trabalho técnico-especialista, a fim de atender a demanda do cenário industrial e tecnológico que se fortalecia. Isso nós ajuda a compreender o estranhamento do aluno frente não apenas a Filosofia, mas às humanidades. É precisamos ir um pouco além para que consigamos compreender que mesmo estando a vinte anos sendo implantada gradativamente nos currículos escolares a matéria precisa ser legitimada, os alunos necessitam deslumbrar uma razão de ser aos conhecimentos filosóficos, a Filosofia vêem contribuir para formação geral e humanizada do individuo.
  • 22. Conhecimentos de Filosofia A LDB/ 96 trás em seu trigésimo quinto artigo, a necessidade “a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo” (inciso II); “o aprimoramento do educando, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico” (inciso III). Assim como no trigésimo sexto § 1o destaca-se: “o domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício da cidadania” (inciso III). Demonstrando a importância da disciplina para auxiliar na formação do espírito de cidadania dos educandos.
  • 23. Conhecimentos de Filosofia A Filosofia está também muito atrelada à questão da interdisciplinaridade uma vez que mesmo classificada entre as humanidades a filosofia consegue conectar-se com todas as outras áreas. Se, de um lado, a Filosofia não é uma ciência, ao menos não no sentido em que se usa a palavra para designar tradições empíricas de pesquisa voltadas para a construção de modelos abstratos dos fenômenos, e se não é, também, uma das belas artes, no sentido poético de ser uma atividade voltada especificamente para a criação de objetos concretos, de outro lado, a Filosofia sempre teve conexões íntimas e duradouras com os resultados das ciências e das artes e, no esforço de pensar seus fundamentos, muitas vezes foi além delas, abrindo campos para novos saberes e novas experiências. (PCN)
  • 24. Conhecimentos de Filosofia Assim como as Ciências Sociais a Filosofia também tem como objetivo a formação do cidadão que consiste na Lei 9394/96, conforme dispostos na Resolução No 03/98: I - os fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, ao respeito ao bem comum e à ordem democrática; II - os que fortaleçam os vínculos de família, os laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca.
  • 25. Competências e habilidades a serem desenvolvidas em Filosofia Leitura de textos filosóficos de modo significativo; Capacidade de problematização; Pensamento autônomo; Leitura filosófica, textos de diferentes estruturas e registros. • “Esse zelo metodológico se justifica na medida em que nem se pode ter a veleidade de pretender formar filósofos profissionais e nem se deve banalizar o conhecimento filosófico. Ambos os equívocos esvaziam o sentido e invalidam a pertinência da Filosofia no Ensino Médio.”
  • 26. Filosofia Uma vez que toda vida humana- no que de especificamente humano- está constituída no medium do trabalho e no da comunicação linguística, acredita-se que a capacidade de “compreender os elementos cognitivos, afetivos, sociais e culturais que constituem a identidade própria e dos outros” (Parecer n° 15/98, Resolução n° 3/98) só pode ser produtivamente efetivada a partir do desenvolvimento de uma competência comunicativo- linguística. Por sua vez, essa competência supõe a capacidade de decodificação dos significados pelos quais construímos a vida em comum e, ao recodificá-los, ressignificá-los , construir uma vida própria, que se constitui simbolicamente numa identidade própria( a qual, por sua vez, está sempre referida à dos outros). A essa capacidade de decodificação/ recodificação poder-se-ia designar, genericamente como leitura. Uma vez que todo aluno, na própria medida do seu social-simbólico, já possui uma competência de leitura previamente construída, uma pratica de ensino metódica e sistematicamente orientada e conduzida deve favorecer o desenvolvimento dessa competência de realizar tanto uma leitura significativa - filosófica - de textos filosóficos quanto ler, filosoficamente, textos estruturados a partir das configurações discursivas próprias das diferentes esferas culturais. Além disso, essa competência de leitura e análise, deve poder ser aplicada aos mais variados registros ou suportes textuais.
  • 27. Filosofia É indispensável, nesse processo, aprender a respeitar a especificidade de cada estrutura discursiva (cientifica, narrativa, filosófica, moral, artística, etc) e considerar, com igual cuidado, o registro ou o suporte textual especifico em que essa estrutura se apresenta (discursos teóricos, técnicos, vídeos, filmes, peças teatrais, músicas, obras plásticas, jornais, discursos políticos. A competência de leitura filosófica de outros discursos significa, por certo, a capacidade de problematizar e refletir a partir das estruturas e registros específicos desses discursos, isto é, lê-los com um olhar crítico. Isto pode ser traduzido também, mas não necessária ou unicamente, no exercício do reconhecimento de orientações filosóficas, refletidas ou não, originais ou não, que, eventualmente, possam habitar neles. De qualquer modo, o desenvolvimento dessa competência supõe a capacidade de articular referências culturais em geral e, mais especificamente, a capacidade de articular diferentes referências filosóficas e diferentes discursos. Uma prática, portanto, comprometida com o pressuposto de uma leitura transdisciplinar do mundo, a qual deve poder ser fomentada pela escola na medida em que os diversos conhecimentos disponíveis se interliguem numa rede.
  • 28. Articularconhecimentosfilosóficosediferentes conteúdosemodosdiscursivosnasCiênciasnaturaise humanas,nasarteseemoutrasproduçõesculturais. A modernidade cultural, portanto, caracteriza-se, em princípio, pela ruptura e pela fragmentação daquilo que antes estava reunido em uma visão do mundo unificada, sob a tutela das verdades “reveladas”. A dessacralização do mundo e a racionalização do sistema produtivo, para retomar Weber, levaram o processo de modernização social ao estado em que nos encontramos hoje, a saber: que não podemos mais reunificar esses domínios autônomos sem enfrentar grandes dificuldades de mediação teórica. Além disso, na realidade cotidiana, experimentamos o enorme desconforto que resulta da contradição entre as diferentes interpretações cognitivas, expectativas morais, possibilidades expressivas, valorações e a necessidade de interpenetrar todos esses aspectos num projeto de vida significativo.
  • 29. Articularconhecimentosfilosóficosediferentes conteúdosemodosdiscursivosnasCiênciasnaturaise humanas,nasarteseemoutrasproduçõesculturais. No intuito de minorar esse desconforto, emergiram respostas oriundas de todos os domínios em que a modernidade se compartimentalizou. Uma delas, destacada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio como eixo privilegiado, é a concepção de interdisciplinaridade. O termo remonta, como se sabe, à problemática instaurada pela pesquisa científica, quando da tentativa de delimitação de domínios de investigação que recaem, por assim dizer, num “entre disciplinas”, como, por exemplo, a físico-química, a bioquímica, a psicolinguística etc. Mais recentemente, entretanto, o conceito de interdisciplinar passou a apontar para a necessidade de se ir além de uma prática científica meramente disciplinar, buscar as conexões existentes entre todos os saberes e tentar abrir os canais de diálogo entre todas as comunidades especializadas.
  • 30. Articularconhecimentosfilosóficosediferentes conteúdosemodosdiscursivosnasCiênciasnaturaise humanas,nasarteseemoutrasproduçõesculturais. Sendo a escola o espaço institucional por excelência da difusão do conhecimento, nossos currículos escolares estão, naturalmente, decalcados desse pano de fundo cultural fragmentador, isto é, nossa prática escolar ainda se ancora no ensino de disciplinas isoladas, para não dizer desconexas. O resultado já conhecido é a falência e a insuficiência de nossos modelos educacionais, do ponto de vista de seus mais altos objetivos, os quais exigem a formação de competências gerais e básicas nos planos cognitivo, instrumental, moral, político e estético. A reforma curricular que ora se apresenta visa, expressamente, a tentar corrigir essa distorção. Assim como na formação das outras competências referidas, também nesta a iniciativa em questão deve partir do professor. Nesse sentido, cada docente está convocado a um esforço de superação da tendência cultural a uma óptica reducionista, isolacionista. É necessário, mais do que nunca, levar o aluno a ampliar seu campo de visão até a inteira latitude do real, no sentido de apreendê-lo, não como um amontoado caótico de coisas independentes e que apenas se sucedem desordenadamente, mas, sim, como um conjunto de relações entre todos os seus elementos, como uma trama que supõe a costura e o entrelaçamento dos fios: é preciso tomar o real como uma totalidade inter-relacionada. A consequência de uma opção pela interdisciplinaridade deve ser, portanto, a formação de cidadãos dotados de uma visão de conjunto que lhes permita, de um lado, integrar os elementos da cultura, apropriados como fragmentos desconexos, numa identidade autônoma e, de outro, agir responsavelmente tanto em relação à natureza quanto em relação à sociedade.
  • 31. Articularconhecimentosfilosóficosediferentes conteúdosemodosdiscursivosnasCiênciasnaturaise humanas,nasarteseemoutrasproduçõesculturais. Como de fato, a vida de cada um se passa sempre num dado entorno sócio histórico- cultural, saber ler esse entorno com um olhar filosófico é de fundamental importância para quem quer que seja. Nesse sentido, para além de apenas fornecer referências culturais, a Filosofia serve ainda mais quando o aluno a contextualiza no seu tempo e espaço sociais. É possível, assim: identificar com clareza sua posição de classe; lidar melhor com a complexidade e a pluralidade de discursos, valores e coisas que parecem se amontoar desordenadamente; reconhecer o trabalho social como esforço comum necessário para a construção da vida compartilhada, além de reconhecer a injustiça e a inumanidade na distribuição dos frutos desse esforço histórico coletivo; trazer à tona e apontar o arsenal da crítica filosófica contra toda contextura de interesses apoiados em normas morais injustas; na medida em que sejam reconhecidos, desmascarar comportamentos inautênticos.
  • 32. Articularconhecimentosfilosóficosediferentes conteúdosemodosdiscursivosnasCiênciasnaturaise humanas,nasarteseemoutrasproduçõesculturais. Pode ajudá-lo a identificar distorções na dimensão política em seus vários níveis (e opor-se a elas, na medida de sua coragem), desde a sala de aula, passando pelo bairro/condomínio, cidade, estado, até a esfera nacional; também a rastrear seus próprios impulsos autoritários, totalitários, e que raízes esses impulsos deitam em seu contexto sóciovital. Sobretudo, pode auxiliá-lo a compreender a dimensão preeminentemente social que tem sua própria vida e a descobrir que seu projeto de vida se torna tanto mais pessoal e significativo quanto mais se aprofunda no contexto da comunidade em que se projeta, seja ela entendida local, regional ou universalmente. Por fim, quando contextualizados no horizonte de uma sociedade que se reproduz sistemicamente por meio da ciência e da tecnologia, os conhecimentos de Filosofia podem levar o aluno a descobrir, por exemplo, no contexto de que estruturas discursivas, sistemas de representação e movimentos ideológicos foram plasmadas, historicamente, essas forças produtivas; que características apresentam; que importância e poder possuem; que papel concreto desempenham; que relações têm com o atual estado de coisas em casa, na escola, no bairro, na cidade, no país, no mundo; que impacto produzem nas relações sociais e na afetividade, na escolha profissional e na própria garantia de vida, tornada problemática com a alteração globalizada das relações entre capital e trabalho; que conexões podem eventualmente possuir com interesses econômico-políticos inconfessáveis.
  • 33. Articularconhecimentosfilosóficosediferentes conteúdosemodosdiscursivosnasCiênciasnaturaise humanas,nasarteseemoutrasproduçõesculturais. Uma contextualização bem feita, no rumo proposto, pode facilitar a desmistificação de muitas lendas e a derrubada de uma grande quantidade de preconceitos infundados a esse respeito, mas pode, também e essencialmente, ajudar a explicitar os fundamentos críticos de um número ainda mais de opiniões absolutamente justificadas.
  • 34. Filosofia "Quem não sabe escrever não aprendeu a ler." (Paulo Freire) (...) É razoável admitir que o aluno desenvolva capacidades de escrita que lhe permitam elaborar, de forma própria, os resultados de sua aprendizagem, partir de suas pesquisas, leituras, análises individuais, discussões em grupos de trabalho, e inclusive, de apontamentos e conteúdos "fornecidos" pelo professor. Para se apropriar mais completamente de toda riqueza possível de um texto, o aluno tem que desenvolver alguns procedimentos analíticos e, ao fazê-lo, ele já precisa ir registrando, de algum modo, suas impressões, interpretações, observações parciais etc, até que consiga reconstruir a estrutura textual e efetuar as críticas que julga pertinentes.
  • 35. Filosofia - A filosofia, nasceu no espaço social que constitui a democracia grega, um espaço- praça criado em função do debate público acerca da vida comum. (...) Vale dizer, elaborado conscientemente e decididamente posicionado, o aluno deve poder participar, em igualdade de condições, em qualquer debate, sistemático ou não, intra e/ou extra-escolar. Uma vez que se trata de construir conhecimento e vida em comum, ele está imediatamente convocado a participar no debate, a começar pelo espaço escolar: só será possível desenvolver a capacidade de uma tomada de posição refletida se, durante a exposição do professor, em sua própria exposição oral, na discussão em pequenos grupos ou num debate generalizado em sua turma, ele tiver e atribuir de modo simétrico aos interlocutores a oportunidade de, com toda liberdade, perguntar, responder, solicitas e fazer esclarecimentos, interpretações etc e, em especial, mudar de posição quando estiver convencido de que a sua pode não ser necessariamente a melhor. (...) Participar significativamente num debate é sempre aprender com ele. (...) No caso do aluno de Filosofia do Ensino Médio, o grau mínimo que assinala a construção das competências previstas deve poder ser medido, em último caso, através da constituição dessa autonomia discursiva ou da construção de uma competência de participação democrática.
  • 36. Competências e habilidades a serem desenvolvidas em Filosofia. Representação e comunicação • Ler textos filosóficos de modo significativo. • Ler, de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros. • Elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo. • Debater, tomando uma posição, defendendo-a argumentativamente e mudando de posição face a argumentos mais consistentes. Investigação e compreensão • Articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos discursivos nas Ciências Naturais e Humanas, nas Artes e em outras produções culturais. Contextualização sócio-cultural • Contextualizar conhecimentos filosóficos, tanto no plano de sua origem específica, quanto em outros planos: o pessoal-biográfico; o entorno sócio- político, histórico e cultural; o horizonte da sociedade científico-tecnológica.
  • 37. Rumos e Desafios Uma vez que os conhecimentos da área trabalhados neste documento já se encontram nele articulados e consolidados, cabe lançar a possibilidade do desenvolvimento de outros conhecimentos das Ciências Humanas que se acham sugeridos, implícita ou explicitamente, tais como a Economia, o Direito e a Psicologia.
  • 38. Rumos e Desafios Em Economia, caberia ampliar a compreensão e avaliação do funcionamento de uma economia de mercado, referindo-se os fatores de produção, os agentes econômico, os aspectos institucionais, a formação dos preços e os direitos do consumidor. (...) Tradicionalmente trabalhado pela Geografia, diz respeito á dimensão nacional e internacional da economia, abrangendo os agregados econômicos, como o PIB e o PNB (...). Algumas noções de Direito, tais como o entendimento das leis, códigos processos jurídicos e acordos internacionais, como regras concebidas para regular o convívio entre os indivíduos e os Estados, assegurando direitos e deveres individuais coletivos. O desenvolvimento de competências de leitura e interpretação de documentos legais, a compreensão de conceitos neles expressos e a contextualização da produção jurídica constitui um dado importante para o exercício da cidadania plena. A Psicologia, cujo desenvolvimento histórico alcançou grande significação no século XX, construiu um conhecimento sistematizado, a partir de conceitos e procedimentos, que vem tendo um impacto significativo sobre o pensamento contemporâneo, articulando-se com a Semiologia, a Linguística, a Antropologia, a Sociologia, a Historia, a Medicina e a Educação. No Ensino Médio, além da compreensão dos aspectos acima mencionados, cabe desenvolver conhecimentos que expliquem os processos por meio dos quais o indivíduo constrói sua identidade no convívio social, subentendendo-se o emergir da consciência e a compreensão dos mecanismos subjacentes ás diferentes formas de conduta. (...) Assim sendo, tais conhecimentos podem contribuir para a constituição de personalidades referidas a valores estéticos, políticos e éticos, que assegurem a sensibilidade para a diversidade, o respeito á alteridade, a autonomia e a construção das competências requeridas para atuar com segurança a vida adulta.