3. Na sua produção, preste atenção ao seguinte:
- Deve ter começo meio e fim;
- Cada assunto deve ficar num parágrafo;
- Use sua criatividade.
- Utilize a pontuação adequada.
4. As imagens simples proporcionam aos
alunos refletirem sobre a escrita, em
seus fatores, como:
•Formação de Frases,
•Estruturação de Texto,
•Segmentação de palavras,
•Sequência.
9.
A proposta é boa?
Sem a intervenção do professor o texto sairá bom?
A partir da imagem a criança terá repertório para produzir
um texto?
Qual gênero essa imagem favorece na produção textual?
A criança com a descrição da cena poderá trabalhar suas
habilidades discursivas e textuais?
Essa atividade é necessária para que o aluno tenha o
contato com os gêneros textuais, ajuda na produção de texto
de autoria?
A proposta foi pensado no locutor/ interlocutor
(destinatário)?
Podemos identificar alguma função social deste texto?
11.
De que história se está falando? De um conto de fadas?
De um conto de aventuras? De um conto de ficção
científica? De um conto de acumulação? De uma fábula?
Percebe-se que não há a preocupação de caracterizar os
diferentes tipos de histórias (os gêneros), deixando
parecer que escrever história é sempre a mesma coisa,
qualquer que seja o gênero: escrever um conto de fadas é
o mesmo que produzir um conto policial.
Não existe qualquer orientação a respeito do leitor
pretendido, das finalidades do texto, ou do portador em
que será tornado público.
Então, o que podemos fazer para que essa atividade se
torne mais rica?
12.
-
Ao solicitar que os alunos escrevam deve-se definir os parâmetros
da situação comunicativa (leitor pretendido, das finalidades do
texto, ou do portador em que será tornado público).
Quando não é possível fazer isso de maneira real, é interessante
usarmos a simulação:
“Reescrevam o conto como se estivessem lendo no livro”....
“Escreva a notícia como se você fosse o jornalista da Folhinha de
S. Paulo” (define o leitor (os da Folhinha), o portador (jornal, a
Folhinha), a finalidade (relatar um fato acontecido ou por
acontecer), o gênero (notícia), o lugar enunciativo do escritor
(jornalista da Folhinha).
14.
Nessa atividade não há produção de texto. Há a apresentação
de respostas a um questionário. O conteúdo efetivamente
tematizado, portanto, é saber responder a um questionário, e
não produzir uma história, como indicado na consigna final.
A coesão textual típica de uma história, nesse sentido, não
existe. Dessa forma, o estabelecimento da coesão do texto – e a
decorrente tematização dos recursos verbais que a
estabelecem – não é conteúdo de escrita, deixando de ser
ensinada ao aluno, uma capacidade fundamental de escrita.
Podemos dizer que a atividade ensina que para escrever uma
história basta justapor frases.
16.
Mais uma vez a orientação sobre o contexto de produção está
ausente da orientação oferecida ao aluno para elaborar o seu
texto. Com essa consigna, teria sido possível a produção de
diferentes textos: um poema, um artigo de opinião, um verbete
enciclopédico, um anúncio... qualquer desses gêneros deveria ser
aceito.
Com produções elaboradas em gêneros tão distintos, quais
aspectos o professor poderia focalizar no processo de revisão e
correção, a não ser gramática (incluindo-se ortografia) e coesão
geral, sem considerar as especificidades do gênero? O que seria
possível tomar como objeto de ensino senão esses aspectos?
18.
Sobre esse exemplo, em especial, e outros organizados com
base em quadrinhos de humor, é importante salientar a
dificuldade que existe em escrever textos de humor,
especificamente quando se trata de dizer por escrito textos
gráficos.
Uma coisa é ler o texto gráfico de humor e compreender o seu
sentido; outra coisa é ler o texto verbal de humor e identificar-lhe
a graça; outra coisa muito diferente é apropriar-se de recursos
textuais e estilísticos que possibilitem criar o humor no texto
verbal.
19.
Além disso, é fundamental focalizar que a coesão de um texto
não verbal se dá por recursos não verbais, obviamente. Dessa
maneira, será preciso prever recursos verbais para a organização
do texto escrito, recursos que possibilitem um sequenciamento
que explicite relações temporais, de causalidade etc. para os
quais pode não haver correspondência na tirinha. Além disso, há
toda a localização espacial dos personagens, que apresenta
informações sobre a geografia da história, o tempo dos fatos e,
até mesmo – a exemplo da tirinha a seguir –, pistas
fundamentais para a compreensão da intenção do autor em
provocar o riso.
21.
Quadrinhos produzidos com finalidades didáticas.
Mais uma vez, a coerência e a coesão do texto são ignoradas,
assim como os conhecimentos discursivos e textuais
necessários para estabelecê-las quando se escreve um texto.
Que conceito de texto, então, está subjacente a essa proposta?
Assim como na atividade discutida acima, a ideia presente é a
de que basta juntar uma série de descrições para que o texto se
componha, sem que seja necessário pensar na relação que
essas descrições possam ter entre si e com o tema em
discussão.
22. Então, algumas necessidades se colocam.
Em primeiro lugar, é preciso superar a ideia de que basta o conteúdo
temático para escrever, como se o texto escrito fosse decorrência
direta das informações possuídas, ou como se saber o conteúdo
fosse o mesmo que dizer o conteúdo;
segundo lugar, o professor deve deixar de tomar o texto como objeto
transparente, através do qual se enxergam as ideias; em terceiro, é
preciso que o professor consiga tornar o texto opaco ao seu olhar, de
modo que possa enxergar o processo de textualização e todos os
aspectos nele implicados, dos conceituais às capacidades,
procedimentos e comportamentos;
por último, a qualidade da prática pedagógica – e, portanto, da
proficiência do aluno – só pode melhorar se esses aspectos forem
cuidados na formação do professor.
23. A proposta do trabalho com os gêneros textuais
torna o ambiente escolar um espaço de múltiplas
ocasiões de leitura e escrita, criando contextos de
produção verbal.
Isto é, possibilita aos alunos a compreensão das
noções
e
instrumentos
necessários
ao
desenvolvimento de suas capacidades de
expressão oral e escrita.
24. Produzir um texto é uma atividade motivada, ou seja, os usuários
elaboram um texto para alcançar algum objetivo que têm em
mente.
Para escrever um texto deve ser um objetivo.
A escrita do texto deve ser aprendida; portanto ensinada
sistematicamente;
Para realização das tarefas de produções textuais é necessário:
- organizar um plano geral para a produção textual;
- monitorar suas ações;
- saber quais as finalidades e destinatários .
25. Selecionar o que vai ser dito;
Ativar os conhecimentos;
Observar fontes diversas;
Textualizar, ou seja, criar sequências linguísticas, ( parágrafos
períodos das orações do texto);
Ter ciência do destinatário;
Selecionar vocabulário;
Dividir esse conteúdo dentro do texto, utilizar para organizar em
parágrafos;
Refletir sobre as características dos gêneros textuais e das
esferas de interação em que eles circulam;
Saber o papel da revisão dentro das produções textuais.
27. Oferecer à turma revistas da Turma da Mônica para ler livremente;
Conversar sobre o gênero textual revista em quadrinhos: suas
características, finalidade social, público alvo, etc.;
Apresentar a tirinha e compará-la com a revista em quadrinhos:
características, finalidade, público alvo;
Concluir com a turma que revista em quadrinhos é um gênero
textual e tirinha é outro gênero textual;
Identificar informações explícitas e implícitas de textos não verbais;
Identificar efeito de sentido decorrente de recursos gráficos e
repetições;
Identificar o humor no texto;
Analisar com a turma o significado dos recursos gráficos utilizados
pelo autor do texto: língua pra fora, gotinhas de suor, sinais de
movimento.
28. Escolha a melhor resposta.
Por que o autor repete no primeiro e segundo
quadrinhos da tirinha, o esforço feito por Cebolinha?
1- Para mostrar que Cebolinha era um menino muito
forte.
2- Para que Cascão pudesse tirar a foto de
Cebolinha, sem pressa.
3- Para mostrar que mesmo insistindo, Cebolinha
não conseguiria levantar aquele peso.
4- Para mostrar que Cascão tirou várias fotos de
Cebolinha.
29. O humor da tirinha está:
1- Na solução encontrada pelos meninos, no
último quadrinho.
2- Na tentativa de Cebolinha querer levantar um
peso maior que suas forças.
3- Na decepção de Cebolinha ao perceber que
não conseguiria levantar o peso.
4- Na maldade de Cascão, ao tirar fotos de
Cebolinha não conseguindo levantar o peso.
31.
A produção textual na alfabetização pode ocorrer tanto individual como em
agrupamentos e coletivas.
Na individual: O aluno tem que elaborar sozinho todo o contexto da
produção, todos seus elementos.
No agrupamento: Pode trocar informações, quanto na preocupação: com
que palavras escrever, na sequência, no contexto, na elaboração. Mas o
agrupamento só vale se for produtivo, não adianta colocar alunos que não
possuem afetividade, ou que possuem algum problema de relacionamento,
mas a questão não é o nível de aprendizagem, pois nada impede de fases
diferentes como a pré-silábica estar junto com um alfabético, pois o présilábico pode narrar os fatos e o alfabético registrar. Ambos poderão refletir
sobre a sequência, a formação de frases. Estruturando e organizando o
pensamento.
32.
Na coletiva: A classe inteira reflete sobre o texto, a professora pode mediar
com precisão, atendendo a diversidade de problema apresentado na
produção textual.
O texto coletivo pode ser de diversos contextos, como: correção de um texto
já feito ou individual ou agrupado, ou na elaboração da produção de texto
coletivo.
A correção coletiva permite ao aluno checar a importância da sua produção,
refletir sobre os erros, verificar acertos, solidificando ações. A correção
coletiva potencializa a troca de informações entre todos, incluindo os itens:
ortografia (na ortografia entra a segmentação), estrutura (entra a
importância de parágrafos e pontuação). Deste modo não há necessidade
de fazer uma correção integral, pois se pode dividi-la em etapas: num dia a
correção ortográfica, em outro a estrutural, dependendo dos objetivos a
serem atingidos durante a atividade de produção.
Esses objetivos devem estar claro ao professor, que será o mediador.
Planejar com antecedência, ter material suficiente a todos os alunos.
33. Referência bibliográfica:
BRÄKLING, Kátia L. e GARCIA, Marisa. O AJUSTE DO TEXTO AO CONTEXTO DE
PRODUÇÃO: UM CONTEÚDO ESQUECIDO? In Revista Educação - Especial
Didática. Editora Segmento; São Paulo (SP): agosto 2011 (pp.12-29).