BIOGRÁFIA
Poeta, Compositor, Letrista, Músico e Produtor
Artistico. Atuou em grupos de rock, como:Inhumanos
(BA), Madrasta-Mãe (SP) e hoje segue carreira solo.
No meio literário participou de Antologias pelas
Editoras:Physis, Andross (SP) e Lítteris (RJ),Diretor
da APACESP (Associação de Produtores e Agentes
Culturais do Estado de São Paulo), e recém eleito
Membro Correspondente da Academia de Artes de
Cabo Frio-RJ (ArtPop).
Contatos :
Josane Peer
(11)8255-2390
MSN e Orkut:
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ww.myspace.com/josanepeer
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Agradecimentos Especiais:
Ao Universo, á Minha Mãe Rosália e sobrinhas,W.T.Tede
Silva, Hélio Braz, Prof.Ediney Santana, os irmãos
Ydelmar e Lindomar de Oliveira e Jussiê ,Héliomar e
Hélio, Eliciane Alves, Preto Paulo, Juliana Gimenes,
Josane Tonello, Moacir Barbosa (Bicho Raro) á poetisa
e escritora Sílvia Mendonça, aos poetas e escritores de
Pontes Culturais por Izabelle Valladares (em especial),
De Luna Freire, Sra.Lúcia Pio e Bia, Renata Viana,
Luana Lima, Regina Galdino e todos os meus amigos e
pessoas que me apoiaram e também aos críticos.
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1a edicao - 1a impressão
Direção Geral: Josane Peer
Revisão: Josane Peer
Capa: Anjo Produções Gráficas
Projeto Gráfico/ diagramação: Anjo Produções
Gráficas
DIREITOS RESERVADOS É proibida a reprodução total ou
parcial da obra, de qualquer forma ou por qualquer meio sem
a autorização prévia e por escrito do autor. A violação dos
Direitos Autorais (Lei nº 9610/98) é crime estabelecido pelo
artigo 48 do Código Penal.
ISBN :
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
2010
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A Poesia do Submundo
Por: Ediney Santana*
A poética de Josane Peer não nasceu com a escrita,
nasceu no canto, na música. Poucos são os letristas de
canções que merecem o epitáfio de poeta, Peer merece.
Autor de verbos cortantes e imagens aterradoras sobre
nossa cambaleante humanidade Peer se insere no
contexto máximo de quem faz da arte confissão e fé de
ser.
É quase impossível separar Peer da música ou
literatura, sabemos o quanto é a música sua paixão
primeira, no entanto a palavra sempre lhe foi mais
generosa; como foi também com Renato Russo, Jim
Morrison, Cazuza ou John Lennon.
O fazer poética de Josane Peer se insere na bem
sucedida mistura entre o Romantismo e Simbolismo o
que não raro nos oferece uma deliciosa seleta de versos
repletos de imagens e mergulhos profundos na alma
humana.
Cada verso de Peer é urbanamente hermético, não
é uma leitura fácil sua escrita, embora seja um sujeito
forjado na essência da cultura pop, Peer é dado os
hermetismos clássicos. Pop sim, mas impiedosamente
clássico no trato com a língua portuguesa.
Tive o prazer de conhecê-lo e conviver com ele
durante anos, pude acompanhar seu incansável trabalho
artístico o qual a Bahia não soube reconhecer, pude velo
nas escadarias do Centro Educacional Teodoro Sampaio,
em Santo Amaro-Ba, compondo instantaneamente
inúmeras canções, como se estivesse em profundo
transe artístico. Seu talento era inegável tanto quanto
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seu sofrimento por não se reconhecido ou ao menos
respeitado como artista.
É com alegria que vivo esses novos tempos em que
as tecnologias felicitam a produção artística de inúmeros
músicos e escritores, com alegria vejo o império dos
“donos” da cultura desabar.
Um novo mapa cultural vai aos poucos se
desenhando no país, novas e antigas vozes antes
ignoradas ganham as ruas sem o carimbo das poderosas
corporações empresariais, escritores publicam e são
lidos sem constar nas listas pré-fabricas “dos mais lidos
da semana”, é com alegria que tudo isso eu presencio.
Cultura e Educação andam juntas, mas no nosso país
no qual políticas públicas são remendos sociais para
maquiar a degradação do próprio Estado Brasileiro
e milhões de pessoas são mantidas por esse mesmo
Estado artificialmente na ignorância pelos processos de
desarticulação da escola pública, publicar um livro é
algo a ser celebrado.
Celebremos então Josane Peer por ter vivo sua
vida em favor da arte e nunca ter machucado ninguém,
celebremos suas palavras, palavras coloridas quando
falam de juventude, amizade, infância, sonho e alma;
palavras cinzas quando falam de injustiça, dor, tristeza,
solidão e política.
Celebro a você meu amigo poeta da urbanidade,
da busca constante por si mesmo, pelo amor, pelo
submundo que tantas vezes juntos andamos em busca de
paz e respeito, celebro tua vida que é arte e construção
honesta de uma Utopia a qual teu canto nunca desistiu de
buscar.
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Poeta a navegar entre os sonhos da juventude e o
mundo impiedoso da maturidade, da concreta realidade
ao lúdico, da não aceitação da derrota a solidão longe da
família, da voz acidamente delirante a compaixão pelo
próximo, da palavra em favor da vida a busca pela tão
sonhada paz de espírito.
Das guitarras distorcidas a sempre e necessária
rebeldia, do fazer solidário de poemas repletos de
delicados encontros consigo ao mundo desejado. Assim
se faz o letrista, poeta e inegavelmente artista passageiro
do tempo: Josane Peer.
* Ediney Santana é escritor, autor de diversos
livros, escreve regularmente em http://cartasmentirosas.
blogspot.com
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Viver é se expressar. Quem não faz um filme,
escreve um livro. O cinema é uma industria, a musica
é um vicio, o teatro é a arte do desespero, a poesia é o
ultimo refugio da dignidade, da identidade, da expressão
da sensibilidade humana. As midias mudam, o vinil
volta, o CD acaba, todo mundo pirateia, os artistas
lutam para sobreviver como nunca. Apenas a poesia
é eterna, não precisa de super produção, nem casas de
exibição, nem suportes fisicos elaborados, apenas a
força das palavras no exercicio triunfal do que de melhor
pode fazer a lingua. Assim Josane Peer, carregando toda
a sensibilidade de uma geração, se expressa na poesia
para seguir vivendo, ele que é um multiartista, musico,
cantor, ator. Não sabemos aonde vamos, quando e onde
parar, como ele diz em um de seus inspirados versos. A
estrada que seguimos é mais perigosa do que cala nosso
coração, garante ele. Mas a certeza, e o poeta insiste, é
que sabemos que o grande momento esta na liberdade de
se amar. Se amar. Quando estamos cercados, ou tentam
nos paralisar, ou tentam nos reduzir à rotina do come e
dorme, eis que uma rajada de poesias desperta-nos do
marasmo e mostra que "a virtude não esta contida na
verdade de quem vai contar" mas sim "esta expressa no
misterio que tentamos buscar." Grande Josane Peer! Que
a Poesia continue tendo em você um guerreiro, pois tudo
o resto é descartável mas ela é essencial!
Tede Silva
Diretor,Ator,Compositor,Escritor,Artista Multimídia
Atualmente reside na França
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A casa torta
Prisioneiros do abismo solidão
Repletos de vazio
Estranha multidão
A mesa posta sem resposta
Alma sem lar a casa torta
A cama é quente
O riso é frio
Indiferente amor servil
São fantasmas que nos vestem
De loucas fantasias
Á procura da saída sem sair da escuridão
Escuridão
Prisioneiros do abismo solidão
Repleto de vazio
Estranha multidão
A cor da Rosa
A cor da Rosa é Mistério
A cor da Rosa de infinito Ton
Tom de arco-íris do olhar
Que desperta o verdadeiro Som
Desperta a Pétala Flor -Mulher
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A cor da Rosa é essência Real
A cor da Rosa
De fragrância Natural
De um jeito terno
Que é só teu...teu...teu
Sublime de Ser
A cor da Rosa
È bam mais que Arte de estar
Que se quer descobrir
Ao recôndito Prazer de se Dar
De revelar-se em Rara beleza
A Deusa-Mulher
A Deusa-Mulher
A Deusa-Mulher!
VIDAS
Vidas se prostituem
Em busca de outras vidas
Tentando se encontrar
Perdida consciência
De luz...ausência
É o que há
Na pálidez espectral do olhar
Falange de seuisos corpos
Sedentos de ser
Cobertos de amores vãos
Onde outrora beleza exposta
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Jaz agora corrompida
No sempre vazio de ter o que não é
Nem nunca virá a ser em Vida
Restará apenas o passado
Como companhia
No disfarce do porvir
Que do futuro irá se fartar
Com tua dor como conselheira
Ao amanhecer por fim estando inerte
Se ainda o destino quiser e estar
Achar-se ao seu lado para acordar
A Paulicéia
Cidade de tantas vertentes
Igualitária em suas desigualdades
Tênue e soberba
Tua louca densidade
E diversidade tamanha
Concreto e aço
Teu coração
De arranha-céus
E cores profusas nos outdoors
E adjacentes vias tuas
Certeiras e marginais
Nas horas (in) certas
Do caos á pressa
De se encontrar
Nos desencontros
Das múltiplas estações
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Leste,Oeste,Norte e Sul,
De contigentes
Das trilhas do Metrô
Que não se pode parar
Nem separar
Cosmopolita multidão
Cidade de sonhos dispersos
E tão diversos
Gritante solidão
Transgredindo a inocência
Perdida nos semáforos e cruzamentos
Nos viadutos
Em dias e noites
De inteira progressão
Despe contagem regressiva
Correndo o tempo no Ar
São Paulo meu louco amor
Aqui estou de braços abertos
A te abraçar
Alma Blue
Vestida para amar devora-me
Devora minha solidão
Me cubra com os lençóis secretos
Misteriosos do teu coração
Desnuda minha alma em transe
Me vista com tua presença
Me envolva com os teus sorrisos
Encantados da tua essência
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Dispa-se dos teus segredos
Iluminado sob o sol das noites
Faz-me sonhar e amar sem medo
Imaginando o paraíso em flores
Vamos inventar o infinito outra vez
E vestir de nudez a nossa plenitude
Alma blue
Alma blue
Alma blue
Alma blue
Amor Maior
Busque se tocar em Arte intensamente
Transcendendo amores e paixões incandescentes
Para transformar e brilhar no palco dos nossos corações
Onde aceleram pulsantes
No reino dos nossos sonhos
Na incessante procura do nosso outro lado amante
Na incessante procura do nosso outro lado amante
Tão constante quanto é a eternidade
Majestosa e infinita é a brevidade
Enquanto dure o encanto
Do nosso amor maior
Enquanto dure o encanto
Do nosso louco amor maior
Maior amor maior amor maior amor maior
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Aqui Jaz
Cidade cinza
Vermelho tinto e luto
Sangue e vinto tinto,
Branco a cor do riso sujo
Degradê,neôn e lusco-fusco
Verdejante teu grito que busca
De rarefeito Ar
Insípido,incolor e inodora dor do paladar
Uma dança sem par
Rosto sem lar
Trafego sem rumo
Sem ter como voltar
Sem ter como voar
Bailado
Na magistral arte de bailar
Tu evocas encantos
Que se manifestam
Nos recônditos da alma
Que sonha liberdade
E se despe de tamanha vontade
De plenitude presente
E rege teu mundo
Teu universo interior
De rara beleza e explendor
Transcendendo desejos e fantasias mil
Que extasiam
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Os olhos famintos
Ante a tua força
Ante a tua feminilidade inocente
Inocentemente transgressora
Pronta pra nos hipnotizar
Através do teu sorriso
Através dos teus gestos
Através de tua nudez
Da tua grandeza
De ser o que és
Na busca incessante de prazer
Na busca incessante de sonhar
Ser livre
Ser livre para ser eterna
Ser eterna para amar!
Beatinik Sputinik
Seus olhos arco-íris
Mergulhara por sob almas além
Suas mãos mecanizadas
Teciam flores de plásticos
Envoltas sob bombas de chocolate
Adocicando com canções tuas
Corações metálicos
Caminhava ele por destinos
Que não tinha fins nem meios
Era apenas re-começo
De sí mesmo a surgir
Em meios as tramas do medo
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Perdidas através das areias dos tempos
Onde escorriam os sonhos
Através dos muitos dedos
Por entre as chaves do mistério
Escondia-se do Universo
Todos os segredos
Beatinik Sputinik
Bela Mulher
Tua voz sensualmente rouca
Nos convida a sonhar
Soa como doce melodia
Adentrando nossos ouvidos
E se transformando
Em bela e harmoniosa canção
Viajando até nosso desarmado espírito
Embevecido á exaustão
No compasso mais que perfeito da emoção
Faz-nos pulsar mais forte
Ao sabor de indescritíveis desejos
O nosso hipnotizado coração
Que imaginas querer desvendar
Teus mistérios e segredos
De bela mulher que tu és
Independente do teu estado civil
Quer intensamente vivenciar
E sentir o teu querer, o teu pulsar,
O teu olhar,te sentir ,te tocar
E por ti te fazer delirar
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De desmedido e incomensurável prazer,
Prazer proibido
Adentrar o teu universo de feminino ser
E chegar juntamente contigo
Na plenitude de intermináveis gozos divinais
Às portas do teu íntimo paraíso...
Blue Baby
Leve voa pousa e repousa
Suave canta trança e encanta
Nada é mais distante agora
Só resta o infinito
Gôtas de silêncio afloram
E tecem o grito
Dos momentos
Loucos pensamentos germem
Se perdem no espaço
E que se transformam belos
Em laços e abraços
Dos momentos
Dos meus olhos rubros
Que procuram silêncio
Impressos gritos no escuro
Alma dor sentimento
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Blues da solidão
As vezes a dor tão suave
Quanto sonhar amor
Um só amar é perigoso
Melhor sonhar a dois
Blues da solidão que me consola
Inconsolável fúria atroz
Alma inacabada
Enlouquecida
Refém do ser
Algoz que sou
Boneco de Louça
Vem me carregar sou teu big baby
Compor uma canção
Fúnebre de ninar
fúnebre de ninar
fúnebre de ninar
Quer me carregar e me jogar ao chão
Porta fora aberta do sagrado coração de sangue
Sangue maternal,sangue maternal
Sou teu bebê (sou teu bebê)
Quero respirar
Sou frágil,
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frágil,
frágil bebê
Boneco de louça
Guardado na estante
Esquecido em qualquer lugar
Parte de um todo
Da memória viva
De um berço tumular
De um berço tumular
De um berço tumular
Botão em flor
Pequenina feita em flor botão
Teu sorriso de menina-mulher
Me diz quantos segredos tem teu coração?
Me diz destino afinal
O que essa moça quer?
Cabelos
Pelos pêlos capilares
Ondalejantes cacheados e suaves
Crespos,lisos entrelaçados
Em muitas ramagens
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Vestem-se e despem-se aos milhares
As cabeças em seus cortes
Adereços e recortes
E retoques
Secos & Molhados
Fios aos montes
Retos...curtos...curvos...longos
Pelas pontas...soltas presas,
Vem de monta
Para brilhar,molhar,alisar,massagear,secar,remodelar
Tipo trançado,channel
E tudo mais que for possível
Pelo bem da ética e da estética
Todos os penteados todos os estilos
Variados pelos pêlos capilares
Molduram faces, decoram modelos e tipos
Criam moda da terra,ao mar, ao céu
Sugerem dos cabelos outros e novos arquétipos
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Cavaleiros da Ordem
Somos Cavaleiros da Ordem
E vimos em Missão de Paz
Irradiar Amor na Terra
Honradamente Apraz
Preservar a Natureza-Mãe
Amar à Deus e ao Semelhantes
E fazer o Bem
Sem olhar a quem
Nem mesmo o Tempo e à Morte
Pode nos vencer
Somos Eternos em Irmandade
Nada temos à temer
Avante Cavaleiros...Avante Cavaleiras...
Na comunhão da Luz
O Amor é o Caminho
Que assim sejas!
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Cenário
Neste cenário imperfeito de desilusão
Quero partir
Pegar carona
Pela estrada afora
Do teu beijo
E me perder
No infinito
Teus abraços
Nos delírios
Teus desejos...
Conformismo
Conformismo
Vem com o exílio
Que se farta e me devora
E me derrota com a fome
Que assola e arrebenta a consciência
De todo o ser
E a morte trás o caos que se avizinha
Sem demora
Com o mal que sempre entorta
Os caminhos do nascer
Hipocrisia é poesia
Que arrota ignorância
Sacra ,sangra e espanca toda a forma de viver
E explode e enriquece o egoísmo que empobrece
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E apodrece a nossa espécie
Em toda forma de poder
Nos privando de sobreviver
Sempre dispostos a matar
E não morrer
Nos privando de sobreviver
Sempre dispostos a matar
E não morrer
Desejo
Desejos conhecer-te na profundidade
Do teu ser mais pleno
Na serenidade do teu sentir
Na magnetude do teu pulsar
Na tua ânsia saudável de viver
No teu desejo intimo e recôndito de amar
Te adoro
Na tríade sublimal simbiose
Do corpo, da alma e do coração
Desplugar
Minha alma desplugada está
Da minha mente a se desligar
Repleta de solidão
Deste vazio a vagar
Enquanto não( des) cançar
Nada ainda vai restar
O que desta será feito
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Por obra do destino
Só o caso por sí mesmo
A predestinar
O que almejas agarrar
E teima em pensar
No impedimento de sonhar
Onde não há mais lugar
Por onde possa escoar e ecoar
Se há muito pouco
(Por efeito parafuso ou desuso)
Minha alma desplugada está...
Ecos
Minha voz ecoa
Em acordes densos e cortantes
Emitindo díspares emoções constantes
Em imersas ebulições adiante
E só eu sei
O quanto isso me é gratificante
Deveras inspirativa
Vital e importante
Expulsar os meus demônios interiores
Meus medos, mitos, dores e rancores
Combustível plenamente essencial
Para estar de mãos dadas
O Bem com o Mal
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Do além cantar
Canto para o espaço infinito
Canto para a noite sonhar
Canto para a minha morte
Canto para a vida sem par
Canto para o riso do pranto
Canto para a tristeza espantar
Canto para os excluídos de liberdade
Canto para os sinos dobrar
Canto para os caminhantes
Canto para os tortos a vagar
Canto para os que no trem partiram
Canto para os que estão por chegar
r
Canto para o Silêncio
Canto para o tempo a bailar
Canto para a dor dos ais que persiste
Canto pra quando a morte chegar
Canto para o meu torto canto
Canto para o Além do voar
Ensinar e aprender... Amando
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Aprender contigo
E incomensuravelmente
Mesmo que distraídamente
Em fantasias ter-te
Serias sublimal
Querer-te em Arte
Destarte ensinar-me
Os mistérios
Dos desejos inconscientes
Na maestral pureza
Do teu Feminino dom de sê-la
A ensinar-me
Nos meandros de "proibidas"
Sensações que a paixão
Despertas
E incontinente sob a epiderme
Com aguçada sagacidade e perspicácia
E de desejos febris me invades...
Tomam-me de assalto solene
Debalde tão somente... Amar-te!
Esperanças
Tudo o que passou
Vou deixar pra trás
Nasce um novo tempo
Pra re-começar
Agora é hora de sorrir
O sol brilha por nós dois
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E as nuvens se dissipam
Com o pulsar das horas
Vou seguir em frente
Pela estrada a fora
E nas curvas do destino vou
Trilhar o meu caminho
Não desistir jamais
Até chegar ao fim
Não desistir jamais
Até chegar ao fim
Fecho as cortinas do passado
E deixo atrás da porta
O presente aqui e agora
É o que me importa
Meu amor
Esvair-se
P/estevão in memorian
Qual o real sentido da vida?
Por que sofrer tanto
Perante a inexorável ventura da morte?
Qual o verdadeiro sentido da existência?
Por que tristeza,dor e pranto?
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Por que em uma fração de segundo
Se esvai todo e qualquer resquício
De consciência?
Quando parecíamos estar vivos?
Por que se autoanular
E se entregar no vazio negando toda essência?
Por que desistir?
No meio do caminho?
Por que subtrair-se e quedar-se ante aos desafios?
Que nos impõe o destino
Por que fraquejamos?
Por que?
Quais as respostas pra tantas questões?
Por que após muito lutarmos caímos
Como vencidos?
Vencidos pelo cansaço e fechamos os olhos
Para sempre?por que?por que?
Por que ?finalmente?
Por que ,perecer,fenecer, morrer
Eternidade
In memorian:Cássia Eller
Vou pegar estrada
Para algum ponto de partida p’ro final
Interminável de mim mesmo
No sorriso da tristeza da aurora
A esperança plena se veste
De tons imaginários
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Uma sonora viagem
Silenciosa
Que agora grita
Eternidade!
Uma sonora viagem
silenciosa
Que agora grita
Eternidade!
Exato êxtase
Quando me inspirar
Na tua expiração
Não sei se vai caber ou não
Do senso a sensação
Ao explodir mil gestos nús
De ti profana erupção
Primaveril floral estão
Tua densa relva em profusão
De intensa seiva o pulsar
Da ação
Íntimo cosmo em expansão
De sermos uno aos turbilhões
No exato êxtase de estar então
No exato êxtase de estar então
30
F...
Da noite és perfeita dama
Entre furtivas paixões
Que clama alcova e foge
Por entre lençois teus sonhos em chamas
A realidade amanhece em suas tramas
Tecem feroz...
Avida já não é mais
Um mar de rosas
Nem tamouco de estrelas é coberto teu chão
Onde lá no fundo suplica tua alma
Reinvindica a calma
Faminta de amor e completa afeição
Quem pensas que tú és mera aventura
Redondamente se enganas
Choras ao cair da cama
Inútilmente se trae para fazer tua fama
Pois eles não sabem que do teu sagrado seio
Divinamente repousa
A mãe – menina-mulher
Que sonha esperança
A heroína que és
Quase que semi-deusa
Tão pura , tão nua
F...
31
Filhos do vício
Há um grave preconceito
Que nos foi imposto
Quando saímos da ilusão
Invadimos sem licença
O adulto mundo da razão
Não somos culpados
Sim, somos vítimas
Da incompreensão
Que vem da criminosa dúvida
Dívida de ser vida
Neste mundo cão
Nós hoje somos jovens
Com pressa de chegar
A algum lugar
Que o destino aponta
Mas...queremos retornar
Somos só filhos
Filhos do vício
Do vício da existência
Que as vezes nos impede
E nos mata de sonhar
Que as vezes nos impede
E nos mata de sonhar
32
Flor da liberdade
Sonho acordado
E viajo em um mundo imaginário
Rico em miragens flutuam
No instante do horizonte de um espaço
Vôo e vejo a clara percepção
Dos olhos nús
Gritam em lembranças vivas
Que ocultam gotas
De silêncio frágil
Fragmento belo
De silêncio frágil
Fragmento belo
Onde me perco e me acho
Na eternidade plena de um abraço
Dessas noites que emergem como pássaros
Cantam inspirações e poesias e delírios, sonhos
Infinitos como a flor da liberdade
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Flor Marginal
A Flor Marginal exala o perfume ocre
Em poesias acídas de Tons atonais
Em suas cores Piscodélicas e Dissonantemente
Desconcertantes a despojar as carapaças
De nossos inconscientes e despertando
Para a delicada crueza da realidade Nua
Que se finge de ilusão
Flor Marginal Perpétua sejas
Nos teus jardins do Esperançar
Conjugando o verbo Liberdade
E desconstruindo o caos da hipocrísia
Reinante que teima com seus subterfúgios
O verdadeiro sentido de SER do humano ser
Eclipsar
Que teu perfume aguce todas as narinas
E fossas nassais
Que tuas cores despertem e façam toda a íris
Contida no semblante a enxergar
Que tua acída poesia possas enfim
E dissonante canção atonal
Fazer todo consiciente espirito que jaz
Na orbe terrestre
Para o Por Vir de uma nova consciência
Igualitária e despida de egos
Se fazer ser ouvida a todos grotões
E Nações do mundo
E se fazer de vez o todo amâgo nascente
Inssurgir-se na forma de advérbio crescente
Dessa eterna busca
Revolucionar
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Florescência
Arvores,ramagens,frutos,folhas e flores
Verdes miragens,paisagens e cores
Coloridos ramalhetes de serena plenitude
Seiva...sementes... de aromas tão doces
Ginoceu...androceu...
Pairam vicejantes e amigas
De germinante botão desperta a pétala
Sublimes sonhos de clorofila
Hão de preencher de Vida a Terra!
Fuga
Os confins do mundo
São só meras imagens
Que povoam e flutuam os espaços
Falidos da minha cabeça
Não importa agora se o tempo
Retrocede ou avança
Não levará nada a nenhum lugar
Os pensamentos se perdem
Nas vagas lembranças
Nos momentos de serenidade
Que o instinto da fuga estraçalham junto
Com as fantasias
O brusco e o angustiante vôo para o nada
Se confundem em seus próprios instintos
E não haverá um único sentimento pressentido
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Que venha a resgatar-me
Da misericórdia de Deus
E agora o que será da vida?
O que será do meu último instante?
E agora o que será da vida?
O que será do meu último instante?
Gritos do silêncio
É violenta e cruel a dor que trago em mim
Deixou marcas no meu corpo
É o preço pago pelo progresso nocivo
Em trocada nossa liberdade
A nossa falsa liberdade
A nossa falsa liberdade
O vento corta o meu rosto
Silencia suspeito ao grito que ecoa na cidade
O vento corta o meu rosto
Silencia suspeito ao grito que ecoa na cidade
É só a fúria que se desenha nas palavras
É só a noite cujo o desejo se retrata
E voa alto rumo ao céus sem asas
E voa alto rumo aos céus sem asas
É como a droga que entorpece os nossos sonhos
Entrega-nos a vida a escuridão
Turva-nos a voz e cala o nosso próprio mundo
Não há chance de voltar mais o perdão
Não há chance de voltar mais o perdão
Não há chance de voltar mais perdão
Que sobrevoa os quatro cantos da cidade
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Me violentam me jogam aos pés dessa cidade
E me arranca alma sob o sol dessa cidade
Cujo grito ecoa os quatro cantos da cidade
É como a droga que entorpece os nossos sonhos
Entrega-nos vida a escuridão
Turva-nos a voz e cala o nosso próprio mundo
Não há chance de voltar mais o perdão
Não há chance de voltar mais o perdão
Não há chance de voltar mais o perdão
Grupos de exterminio
Grupos de extermínio fuzilam nossos sonhos
Nos matam o futuro e assassinam crianças
Famintas, perdidas de amor sem perdão
Em troca do escuro seqüestram nossos dias
E as noites que talvez nunca virão
E as noites que talvez nunca virão
Semeiam com sangue a revolta e a miséria
Com derrubam toda uma nação
Não haverá nunca a chance de vida
Será se houver sangue nas faces ,nas mãos
Quem escreverá a poesia
O que será destes pobres inocentes
Condenados a não ver mais a luz do dia?
Estendi a mão
Dá-me violência
Recebi o ódio
Como gratidão
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Abri meu coração
Não obtive clemência
Quando quis a paz
Nos deram a morte
E das guerras nos deram ilusão
Ilusão...ilusão...
O que será do futuro?o que será de nós?
Se provocaram da vida um aborto
E mataram os nossos sonhos
Nossos pais,nossa pátria,nossos heróis
O que será do futuro? O que será de nós
Se provocaram da vida um aborto?
E mataram os nossos sonhos
Nossos pais ,nossa pátria, nossos anjos
E assassinaram os heróis tudo pela dor
La Fêmme Passion
Como definir teus estágios e encantos?
Como definir tua intuiva beleza
Que enobrece e conquistas
Por onde passas?
Encantos de menina
Menina em flor
Feito mulher
Na fragrancia cristalina
Que seduz e domina
Nossos instintos
Ainda que possas parecer
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Que não se quer
Sutil paixão e explendor
Que feminal e plena personificas
Na sensualidade premente
Que instigas
E convidas a bailar
Mil sonhos e noites
De prazer
Prazer entre Pétalas e Botões
No paraíso dos Gineceus
E no Phoênis das muitas Dianas
E Deusas de Elfos e Afrodites
Renascidas
Na virtude do desabrochar-se
Ante ao toque feminal de Ser
Deste belo e divino SER
Natural e tão cósmico
Tão intímo
Tão leve e marcante
La Femme Passion
Que nos convida
A infinitasmente
No Amor Platônico
Se inspirar
Da inspiração
De desnudamente
Teu mistérios desvendar
La Femme Passional
Um indescritível
Cheiro da Prefeita Fragrância
De sensual liberdade no AR
39
Lua Rubra
Meu corpo sofreu amputação do tempo
Levou consigo as lembranças perdidas
Ao vento
Por um instante eu pensei
Ter achado a liberdade
Que se encontrava entre prisões
De conscientes crueldades
E a paz que eu tinha em mim guardada
Nos lábios traíam um gosto de guerra
A viajar por momentos sóbrios
De inebriadas solidões eternas
Há de extinguir a vida
Companheira minha morte
O que será do futuro de um passado
Ao inferno me devolve
Ao fim...
Aos caos da tua língua
Cujo o corpo quero esquecer
Esquecer que eu existo
Da indiferença me refazer
Refugiar-me do meu nada
Compreender o quanto fui tudo
Pedir ao sol pra que se apague
E voltarmos para o escuro
40
Há de extinguir a vida
Companheira minha morte
O que será do futuro
De um passado
Ao inferno me devolve
Ao fim...
Da lua rubra
Luz
Vou dar a luz a tua luz, a meia-luz
Por inteiro grávido de Amor
Na gravidade do espaço-coração
Um novo ser
Chamado sentimento
Na aurora virginal dos tempos
Leve soprar da Eternidade
Claro alvorecer
O grito libertário do sonho igual
A bordo da esperança plena
Serena plenitude
De um novo plano astral
A bordo da esperança plena
Serena plenitude
De um novo plano astral
41
Magia do existir
Descortinar horizontes
É adentrar o âmago dos teus olhos
É partilhar dos teus sonhos
É compor uma canção
É ser mais veloz que o tempo
Nos permitir aos pensamentos
Se desvelar na emoção
E não me importa nada além
O que me importa agora é tudo
Que vem de tí meu bem
É enxergar o mais profundo
Com o saber da inocência do sentir
Perpetuar tesouros do amor
Na magia do existir
Mary Hellen Blues
Além dos limites dos sonhos
Nas linhas do coração
Se desenham os momentos futuros
Palco para a imaginação
Uma nova realidade
Para a transformação
Do nosso ser humanidade
Do infinito o soprar
42
Vem me abraçar com teu olhar de luz
Pintam as cores dos dias
Nos conduz a trafegar
Na eternidade por quase um segundo
Invencível ao tempo superas a morte
Nos brinda ávida em felicidade
Na flor de uma canção
Brotar a semente mais lindo do amor
Universal do coração
Oh! Mary Hellen Blues
Do nosso coração
Mistérios
Quão silentes Mistérios
Tomam-me de assalto a alma
E meu corpo invades?
Tão intensa e Proibida
Que me excitas e evocas
E impele-mes a convidar-te
A querer contigo
Banhar-se de nuas sensações
E fazer-te Amor com Arte?
Mutações
Não precisam de dentifrícios
43
Os uivantes caninos
Antissépsia sem artificialismos
A antissépsia
Não usam molas
Os saltos dos felinos
Que traçam sete vidas teus destinos
De garras siamesas
E as aranhas tuas teias tecem
Multiplicam lares com tuas próprias vestes
Pós borboletas
Bichos-da-seda
Despertam vidas em sombras tamanhas
Luz se revela oculta na penumbra
E o Criador criava as criaturas
Que brincavam de ser
O construtor
Nazista infernal
Quando nasceu alijado do céu
Teve um destino ruim
De tão mal foi cruel
Sua mãe viveu na prostituição
Seu pai era tido como um ladrão
Seu brinquedo a violência
Sua virtude a maldição
Estuprava virgens
Seu indecente!
Não tinha alma nem coração
44
Matava por prazer e sem justiça
Condenado pela polícia
Era um psicopata terrorista
Dizimou tantas culturas
Genocida!
Já não tenho palavras para explicar
Já não tenho meios para conceber
Um crime uma vida um filme sem final
De um nazista infernal
No meu 4º
As palavras se transformam em silêncio
E os pensamentos belas fantasias
Travestidas nas paredes do meu quarto
E os sentimentos sempre serão os mesmos
Os mesmos caminhos que sempre percorremos
Em busca de solidão
Travestida nas paredes do meu quarto
E me consumem atrás de alguma explicação
Confusões criadas pelo próprio mundo
Qual a razão ?
O que será da razão?
Traços riscados, desenhos coloridos
Logotipos eróticos colados na parede
Discos, fotos de jornais olhar em preto e branco
Nas janelas as imagens que sempre as mesmas
Nem tudo isso tem explicação
45
Na mesa de um bar...Blues
Quero uma dose de uísque
Para esquentar meu coração
Congelar minha eterna dor
Minha companheira solidão
Quero viver sob as sombras do infinito
Do que morrer sob as luzes da ilusão
Quero o beijo azul mais que proibido
Voar nas asas dessa canção
Quero você estagnada
Cantando comigo
E ser até apedrejada por tua falsa consciência
Por tua falsa consciência
O nosso amor acabou ele jamais começou
És página virada destacada e descartada
Que o vento levou
Meu amor
Meu amor
Pra encerrar agora quero outra dose de uísque
E o vinho etílico da transgressão
Me embriagar nas esquinas
Da companheira solidão
Da companheira solidão
46
O Deus que vejo
O Deus que vejo
Não pertence as classes
E elites dominantes
Não é aquele cuja a plebe
Se curva e diz amém
A espera de migalhas da salvação
Não é o Deus do armagedom
E do juízo final
Está acima do bem e do mal
Não é o Deus das ditas religiões
Com seus profetas e suas vãs filosofias
O Deus que vejo não pertence a ninguém
Não é o Deus ateu dos suicídas
Não é o Deus do pranto,das guerras,das pestes
Da fome,dos dizímos,das ceitas, da cismas
O Deus que vejo resplandece
No regaço atemporal do Infinito
Em forma de natureza,revolução, canção e poesia!
Acreditar
Acredite em você e vença
Lute e não se deixe quedar
Á primeira dificuldade
Você pode superar
Se olhas no espelho e digas a ti mesmo
47
Eu me tenho eu me amo de verdade
Nada podes me abalar
Nós somos o que pensamos
Calcados no insconsciente
Se positivo ou negativo no ser
Produzidos pelos padrões da mente
Liberte-se deste casulo
Você quer, você é mais forte
Só o Amor constrói
Superas a própria Morte...
Nós somos o que pensamos
Calcados no inconsciente
Se positivo ou negativo no ser
Produzidos pelos padrões da mente
Amor de Três
Vamos brincar,vamos brincar de ser
E tingir o arco-íris
Com as cores do som e da luz
Inventar um páis
Sami fazer sorrir linda “tekinha” de luz feliz
Nos jardins da inspiração brotou
A mais bela fina flor canção de amor
De céu ornamentou-se o coração
E fez morada felicidade ali
Como mágica mil borboletas
48
Passeiam pelo ar
Bailam e flutuam nos convidas a dançar
Pra brincar e amar
Pra brincar pra dançar e amar...
Amor Incondicional
Não tenha pressa de viver
Não tenhas medo de se descobrir
Com as doze dicas de motivação
O importante é ser Feliz
Prosperidade é cuidar de si mesmo
É amar você
É ajudar o outro
É ter um relacionamento sustentável
É cuidar da Natureza
Preservar nosso Planeta
É ter riqueza com espiritualidade
É Motivação (ter motivos para praticar ações)
É amar o próximo
É voltarmos para o Pai
Melhor do que nós viemos
O Amor Incondicional
É o maior dos ensinamentos
O Amor Incondicional
É o mais belo dos ensinamentos
49
As Maravilhas da Criação
Sorria para a Vida
E deixe a Luz entrar
Deixe aberta as portas
Do teu coração
Vêm e dê a mão
Fazendo o Bem
Siga á direção
Sem olhar a quem
O que importa é ser feliz
Com Paz e Amor
É querer alguém
Sem cobrança e rancor
É saciar a fome
É matar a sede
É agasalhar de carinho o irmão
É gostar de si mesmo
É poder conquistar
É realizar muitos sonhos
É ter brilho no olhar
É ter plenitude
Em constante evolução
Espalhar Amor e Harmonia
Faz bem ao coração
E poder contemplar as maravilhas do Criador e sua
Criação
50
Basta um pouco de tí...
Basta um pouco de ti
Para alegrar meu coração
Guiam-me os pensamentos
Rumo à tua direção
Todas as palavras do mundo
Ainda não são suficientes
Pra traduzir
Este grande sentimento por ti
És tão fascinante
És tão onipresente
Ainda que fisicamente distantes
Penso em ti tão somente
Unicamente te quero
Constantemente te sinto
Hei de te encontrar
Absolutamente hei de te Amar
Infinitasmente
Junto a mi corazon...
Hei de te amar
Pra sempre!
51
Fantástico ter você
Fantástico ter você comigo
Fantástico ter você aqui
Fantástico sermos amigos
Fantástico ser e servir
Fantástico ver você sorrindo
Fantástico ver nascer o Amor
Fantástico você evoluindo
Fantástico que Deus criou
Fantástico a tua presença
Fantástico sermos irmãos
Sem dogmas e respeitando crenças
E amarmos sem distinção
Fantástico ter você conosco
Fantástico a Vida fluir
Fantástico fazer o bem
Fantástico é ser Feliz
Fantástico estar entre amigos
Fantástico ajudar o irmão
Fantástico ser Cavaleiro
Fantástico nossa Missão
52
Deusa Hera
Como Descrever tamanha formosura
Que de tua beleza
Como jóia rara emanas
Misteriosa e enigmática Femina
Vem consagrar aos Deuses perpétuos de Hera
Tamanho Amor vívido que em teu regaço perduras
Na alcova cintilante dos nossos dias
Hão de contemplar adjacentes maravilhas
Que saltam do teu profundo olhar
Que fulguras majestosa
Qual explendor de Rainha tua luz explana
Veneranda de prazer pontificas
Ao elo que tecem encantadora carícia
Dulcissima e perfeita que és
Na tua nobre grandeza de Linda Mulher-Menina
Querer-te desvendar teus segredos
Em desvelado Amor
É de todos homens de paixão
Acrisolados nos caminho se destinas do coração
Do labirinto ato de sentir-se e inssurgir
Acorrentada e enfeitiçada sina
Femina Flor
Na síntese do desejo e extase
Que nossa fantasia instigas e prescrutas
Quão doces mistérios e sabores hão de se conter no
Universo oculto Deste belo ser Feminino da qual
ostentas perfumada Flor de delicada Vulva?
53
Libertação do Amor
Liberte sua mente
Dos teus velhos vícios
Incorpore novos hábitos
E abras um sorriso
Dê um novo colorido
Para a tua vida
A si mesmo uma nova chance
Comece bem o dia
Ame-se a vontade
Que sem esperar
Um outro alguém irá surgir
Querendo te amar
Partilhes alegria as 4 cantos
Do mundo
Você é forte
Você pode
Tudo muda em um segundo
Se permitas para a vida
O agora é aqui
Esquece o que passou pra traz
E venha ser livre
Lindamente Demoníaca
Lindamente Demôniaca
Fazes me ajoelhar
54
Ante ao tronos
Dos teus desejos
Desejos que me fazem descer
Aos intermináveis umbrais
Do insconsciente
Dos nossos instintos
Despe-mes ...
Escraviza-me ante as labaredas
Dos teus puros anseios
Meu corpo arde
De dolorido gozo
Espasmódico e perfeito
Ante ao teu enlace
Que debalde
Me fazes tomar de assalto
E sobressaltante lúxuria
No derradeiro osculo envolvente
Da tua celestial
Ternura
Mergulhado e infenso
Na tua beleza angelical de azul delirio constante
No contraste cósmorgasmico feminal presente
Lindamente demôniaca e excitante...
Luz da Motivação
Você pode mudar a tua vida
P’ra melhor
Você é especial
Você pode vencer
Com muita fé ,energia e Amor
55
O Universo conspira a teu favor
É tua chance de crescer com garra e Motivação
(Você é especial)
Você pode muda sua vida
P’ra melhor
Você é especial
Você pode vencer
Com muita fé energia e Amor
O Universo conspira a teu favor
É preciso ser feliz
Para alcançar a Vitória
Faça por Bem
Que o Criador te cobrirás
De Paz e Glórias
Faça a tua parte
O Cosmos te recompensarás
Recomece nunca é tarde
Acredite e vencerás
Você podes mudar a tua vida
P’ra melhor
Você é especial
Você pode vencer
Com muita fé , energia e Amor
O Universo conspira a teu favor
56
O Dia do Chacal
Máquinas de almas
Estatizando vícios
Privatizando mentes
Socializando egoísmos
Mas Deus não estava em casa
Universo de férias coletivas
Estados falimentares
Das causas primeiras dessa vida
Vidas que custam a passar
Corre que o tempo está por findar
Santo burgos
Chacal dos sete umbrais
De passagem para o caos
Teus vis metais
Letais
Mentais
O Louco
Taxam-me por louco
Insano
Débil
Demente
Mormente não sabem eles
Quão preciosa e régia
É ter sensibilidade
57
Mas querem-me ou tem-me por joguete
Ou quem sabe por tolo ou marionetes
Esquecem eles que a Natureza-Mãe
Outorgou-me Ser
Primo-irmão da poesia em Arte
Onde quiça serei perene
Mesmo na morte
E quanto a eles restarão
Ser-lhes fadados ao limbo do esquecimento precoce
debalde!
O mais belo morrer
Choro delírios e versos
Que aflorescem a dor
Angustiada fantasia
Me decomponho aos poucos
Aborta-me o silêncio
Em falsas alegrias
Traço e desfecho um ato
Desenlace os laços
E partos em guerras
Suprir de existência ternura
Renegar o amanhã
Abstratas quimeras
Reagem em cadeia
Tracejam-me as teias
Corroem-me as veias
Apagam as a centelhas
Do que foi meu ser
58
De braços abertos
Despida traduz
Louca eternidade
O mais belo morrer
O manto
O manto negro do meu cantar
É a solidão solidária
Solidária com a dor do desatino
Que desagua em minha vida sem vida
Minha alegria tristonha
Melancolia vestem fantasias
Tortos caminhos meus passos
Em lenta agonia sem fim
Vem me sorrir a morte
Em eternos desvários
Eu sigo infinito cantando a dor deste Blues
E eu sigo infinito cantando a dor deste Blues
Minha alegria tristonha
Melancolia vestem fantasias
59
O nada
Sinais dispersos
Nos detém aos teus
Exatos apelos anexos
Retratis olhares
Universos aos pares
Díspares sonhos
Em vários disfarces
Sutis reticências de cores milenares
Que nos refletem por todos os lugares
Vazios repletos de silêncio
De braços abertos pro nada
Vazios repletos de silêncio
De braços abertos
De braços abertos
De braços abertos
Pro nada
O outro lado da vaidade
Rasgaram a liberdade
No olhar não está presente
Rasgaram a liberdade
No olhar não está presente
Estragado da noite
Estragado da noite
Onde vomitamos sangue fruto
60
Dos nossos sonhos e ambições
Sob o asfalto as incertezas
Sob os corpos longínquos de tédio marcados
Pelas veias as drogas
Subjugando as almas de outroras manhãs
Das manhãs das manhãs
Das manhãs das manhãs
Dos condenados a se viciar
Pelo rol da cobiça se definhar
Em muitas injustiças e traições
Nos olhares tristonhos
E suas tortas lembranças
Que vos confere a desilusão
Na face o gosto amargo da decepção
Lhes sobrevêm da fraqueza
E a impotente servidão
A nua e crua realidade
Que se lhes impõe por herança
A “nossa” democrática sociedade
O desfecho inapelável
O advérbio:Negação!!!
O poeta
O poeta é tão celére
Quanto a velocidade da luz
Tão espantoso quanto a precisão
Do tempo
Que este se eterniza
61
Na lembrança memorial da História
Contramão ao largo do silencioso esquecimento
O “X” da Questão
Não desista mesmo que caias
Você podes levantar
Há muitas glórias
Para te esperar
Mesmo que chores
Ainda é tempo de sorrir
A vida agora apenas começou
É hora de seguir
O que é a dor
Perante a Evolução?
O que é o mal
Perante o Amor
Que aqueces o coração?
O Criador te esperas
De braços abertos
Ele é luz, é força e inspiração
É o caminho mais certo
Você foi feito para brilhar
Você tem tudo p’ra evoluir
Você tem o coração para amar
Você tem tudo para ser feliz
62
Olhar Blues
Livre navega em silêncio
Tua alma primavera
De sonhos e luz
Blues são teus olhos
Tão profundo e infinitos
Dos teus desejos nus
Dos teus desejos nus
Dos teu desejos nus
Dos teus desejos nus
(sentimento)
Eternizada que sejas
Em tua bela realeza de amor
Fruto de um grito verdadeiro
Em poesia e rock n roll
Dos teus desejos nus
Dos teus desejos nus
Dos teus desejo nus
Dos teus desejos nus
(sentimento)
63
Olhos que sentem
Olhar em flor amanhecem
Em noites a sonhar teus segredos
Despertar mistérios
Revelar-se por teus olhos
Me carregue nos abraços
Infinitos teus
E vem ficar comigo
Me carregue no teu seio
Adentrar teu coração
Me leve ao Paraíso
Pinta a alma em flor
Os mais nobres sentimentos
Descobrindo o universo do Amor
Como se fosse um beijo sem fim
Me carregue nos abraços
Infinitos teus
E vem ficar comigo
Me carregue nos teu seio
Adentrar teu coração
Me leve ao Paraíso
64
Os Sete Véus
Passado vivificado em cera
Evocando tempos remotos
Trazendo á tira colo
Retrovisor espelho futuro
De eólicas sensações
Mumificantes lembranças
Nos braços do Coletivo Insconsciente
Dormitas
Os Sete Véus
Do Grande Enigma
Por entremeios que nos destinas
Do Além regaço
Despojos e Traças
Despem-se Tesouros e Sete Taças
Com Quem estão guardadas
As Sete Chaves do Mistério?
Na ofuscante forma nossa de pensar
Tão fugaz e Disforme
Que nos distorce
E no Ápice do desenlace
Verteremo-nos tão somente a Pó
Na contramão da História
A contagem regressiva
Escandantes areias da Ampulheta
Como Maestro Regente o Tempo
E Orquestra de Não Nascidos
E Sepulcrais côro de vozes
Por onde o Silêncio é teu Par!
65
Passageiros do Tempo
A verdade não está nos livros
Da mentira escrita a mão
Nossa vida é uma eterna História
Página rasgada olha sem visão
Somos Passageiros do tempo
E andamos pela contramão
A estrada que seguimos é mais perigosa
Do que cala o nosso coração
Somos passageiros do tempo
Não sabemos aonde vamos
Quando e onde parar
Só sabemos que o grande momento está
Na liberdade de se amar
A virtude não está contida
Na verdade de quem vai contar
Está expressa no concreto
Que se encerra no mistério
Que tentamos buscar
A chance de uma palavra
Amiga do coração
Mais densa que o silêncio
Mais breve que a solidão
Estamos acompanhados
Por sociedades que ditam tortas leis
Mas elas já nascem mortas
Das mãos inconscientes de quem as fez
E desfaz-se o ser humano
Que compõe a sua decomposição
E se torna a lembrança
66
Que esquece o tempo
Seca as lágrimas da razão
E transita ante a loucura
E da simples criação
E se torna mais complexa
Ante a extensa imensidão
Se não fogem os seus erros
E segredos irracionais
Somos só passageiros do tempo
Por entre estranhos carnavais
Pequena notável
És pureza do inocente desejo?
Ou desejo de ser pura
No divino ato de pecar?
Tantos mistérios
Residem em ti
Quem ousará por fim desvendar?
Pequena notável
De grande e sensível
Rara beleza ímpar
Quantos segredos escondidos
Por trás do teu sorriso
De menina-mulher
Há de guardar?
67
Pérola Janis
Quando a lua dos teus olhos
Banhar-se em sangue
E o sol da tua alma
Estiver fora de sí
Longe de tudo
Longe de mim mesmo
Meu eu meu corpo em fogo
Como canção
Serei sempre teu eternamente azul
De infinitos sonhos beijo em blues
Serei sempre teu eternamente azul
De infinitos sonhos beijo em blues
Pérola Janis
Pérola Janis joplin
Pérola Janis
For ever Janis Joplin
Até libertra minh’alma
Em uma explosão interior
Lúcida loucamente Amor
Rasgar o céu de som em som
Sombra e luz girar o mundo cinza
Pedir a cor em par com dor
Dos nossos corpos nus
Pérola Janis,Pérola Janis Joplin
Pérola Janis,For Ever Janis joplin
Voando intensamente
Em um beijo azul
De infinitos sonhos blues
Voando intensamente
68
Em um beijo azul
De infinitos sonhos blues
Pérola Janis,Perola Janis Joplin
Pérola Janis,For ever Janis Joplin
Pescador de ilusão
Já cruzei tantos mares
Nunca dantes navegados
Muitos caminhos que andei
Pelo destino traçados
Mas perdi a direção
Sou um barco á deriva
À procura de uma ilha
Porto seguro pra atracar
É forte a tormenta
Tempestade me arrebenta
Nestes dias frios
Minha vista cansada
Alma nublada
Repleto deste vazio
Procurando encontrar
Tesouros do coração
Apesar do eterno risco
De navegar sempre na contramão
69
Procurando encontrar
Tesouros do coração
Apesar do eterno risco
Sou pescador de ilusão
Poesia do Submundo
Moramos em um país
Somos vistos como marginais
Derrotados pelo conflito entre o trabalho
E os donos dos capitais
Não sabemos nossos nomes
Se vivemos ou se morremos
De fome ou de doença
Por crime ou violência
Moramos em um país
Onde nós somos culpados
De rasgarmos o futuro
Pros nossos filhos abortados
Massacrados pelos homens
Que estão cegos de poder
Não sabemos como vamos
Sobreviver
Há tantas injustiças que convêm
A nos partir
O nosso ego é ilimitado
Não sabemos como definir
Neste país de marginais
70
Marginais corrompidos
Pelo dinheiro sujo de sangue
Drogas ou homicídio
Essa música é para aqueles
Que não se deixam conduzir
De carregar nas costas
O castigo do passado
E se destruir
Pelas garras do poder
Das cegueiras da ilusão
Que se presta a julgar a Humanidade
Ou tal país pelo crime de omissão!
Poetizando...
Poetizando é o desnudar da tua alma
Devassar tua vastidão de mistérios femininos
É partilhar contigo desejos incontidos
É mergulhar na profundidade dos teu oceano
De encantos e quedar-se ante teu intenso brilho
É cingir-se de tua aura cristalina
E banhar-se na tua plenitude
De luz que enebrias a todos a olhos vistos
É achar-se no horizonte dos teus aconchegos
É eternecer-se com tamanha meiguice
Que emanas
Tal qual acesa chama de Paixão
Que em teu cerne latente estás
E que com certeza poderosa e repleta
De imensidão há de reverberás
71
Poetizando me sinto como se estivesse
A querer desvendar
Quanta magia estás oculta
No teu nobre coração
Sedentas de querer ser amada e
Infinitamente Amar!
Pôr do sol
Por detrás do pôr do sol
Adormece o girassol
Por detrás do pôr do sol
Adormece o girassol
No silêncio da amplitude
Vibra a flor da quietude
No silêncio da amplitude
Vibra a flor da quietude
Infinito horizonte
Pequeno grande coração
Um porto mistério
Infinito segredo
Um porto mistério
Infinito segredo
Crepuscular silêncio
Tecem contemplação
A vida a envolver
As mãos em luz
Sol!
72
Por entrelinhas
Nas curvas do destino
Sob meus passos
Entrelinhas
Minhas mãos
Meu caminho a direção
Por onde seguir?
Para me encontrar
O sentido
Que tanto busco a procurar
Um trago de felicidade
Para me realizar
Nas taças da imaginária
E fugidia liberdade
Que sonho um dia degustar
Para adocicar
O meu amargo pa-la-dar
Por que
Qual o sentido da interrogação?
Qual a razão do por que?
E o por que da razão?
Qual o limite?
Até onde vai a loucura?
Fragmentada e diluída ?
Em um traço indivisível
73
De dúvidas e de incertezas?
Sem respostas pras perguntas
De tudo que sem o ser
Determinante o fator crer
De ter e acontecer racionando
O que ninguém pode saber
E ainda que desconfie
E pergunte o que é
E mesmo que sem saber
Qual a razão do porque
Se mesmo na realidade
Nada é definível
Possível de se prever
Qual a razão do por que?
Por todas as eras
Não me importas o teu nome
Nem onde moras
Me importas o que sentes
O que pensas quando ris ou choras
Apesar dessa distância
Dos desencontros e das circunstâncias
Estou contigo
Você é meu porto seguro
Pro meu perdido espírito
De poeta ,solitário
E quase louco...anjo decaído
74
Convertido no que agora sou
Entre incertezas e imperfeições
E se possível fosse que o tempo congelasse
Toda amaldade ao derredor
Ao derredor de nós dois
Para o bem de nós dois
Ainda assim te espero
Para sonharmos juntos
O sonho de liberdade e de amor sincero
Você estará comigo na memória do meu espírito
Por toda a Eternidade nos braços da saudade
Até que um dia tudo isso passe
Até que todas as eras se acabem
Por um segundo
Por um segundo
No contratempo
De sobressalto
Passos na contramão
Inventam espaço
Em velozes pensamentos
Entrelaços e caminhos
Carregam aos braços
O SER
Instinto decerto
75
Que sonha liberdade
Por certo destino
(in) certo!
Primeira infância
Vamos viver
Viemos para vencer
E mudar
Toda a questão de ser
Sem perder a razão
E a emoção da alegria de sorrir
Na primeira instância
Paralela a circunstância
De crescer e lutar
Sem perder a infância
Sem perder a ternura
Sem perder a inocência
Da primeira infância
E a simplicidade
De estar e ser sincero
Neste nosso mundo
Tão adulto e tão complexo
Sem adulterar a pureza do coração
Quem irá nos traduzir?
76
In memorian:
Renato Russo (Legião Urbana)
Quem sabe o porto dos sentidos?
Os sete dias e os varões
Se fez palavra o silêncio derradeiro
Abertas as portas da percepção
Diário em canção
Renega a vida em nome das paixões
Foi tão difícil viver sob as próprias vontades
Voz da minha juventude
Em tristezas me fizestes feliz
Voz da minha juventude
Em tristezas me fizestes feliz
A tua dor voz amiga faz me sentir teu silêncio
E ver que o mundo é uma simples passagem
Face marcada sofrimento
Tua luz a verdade de uma vida
Rara essência do coração
Que conduz a liberdade em poesia
E eterniza o infinito da canção
Vais amigo descance em paz
Pois a saudades que deixas-tes não foi em vão
Vais amigo segues em frente
Livremente tomar carona
Rumo á outra Legião...
77
Quisera
Quisera eu ser diafano
Tal qual os nobres faunos
Quisera eu ser leve
E sábio como os ascetas
Quisera eu ser reto
De caráter férreo
Como uma certeira flexa
Quisera eu ser tão casto
Quanto a nascente erva
Quisera eu não descender de Adão
E sim ser fruto
Do divino pecado de Eva
78
Reflexões
No bojo da ignorante sapiência
De todo o mistério que se reveste a Vida
É não ter nenhum segredo que seja
Por ser desvendado
Porém nossa razão embotada
Não nos permite licença para descobri-la
Por isso mister que se diga
Que desejaria eu me encontra além
No além de mim mesmo
Em outras estratosferas
Por outras plagas siderais e eras
Do cosmo universal indizível
No íntimo atímo do ápice
Do verbo não-existir
Porém infinitamente conjugando em Poesia
O verso Ser, sentir!
79