O documento discute os conceitos de Pedagogia Histórico-Crítica, trabalho alienado e trabalho político-técnico na perspectiva de Marx. A educação unilateral está relacionada ao trabalho alienado e à marginalidade política, enquanto a educação político-técnica está associada ao trabalho político-técnico e à centralidade política.
1. Curso sobre
Fundamentos da Educação
Pedagogia
Histórico-Crítica
Prof. Ms. Adnilson José da Silva
Universidade Estadual do Centro-Oeste, UNICENTRO
Guarapuava - PR
2. O estudo das teorias /
Programa tendências a que se
filiam esses autores
permite compreender
os sentidos das suas
propostas, superando,
Pedagogia Histórico-Crítica assim, a simples
memorização.
Educação, trabalho e
cidadania
Fundamentos político-pedagógicos
Função social da escola
outros...
A abordagem é
embasada também nos
conteúdos constantes
do Edital do Concurso
Público, e ajuda a
entendê-los melhor.
3. Trabalho
latim tripallium
Instrumento de tortura
formado por três paus
4. Modelos de produção industrial
Taylorismo / Toyotismo Volvismo
Fordismo
Sistema Sistema Sistema
MECÂNICO ELÉTRICO ELETRÔNICO
de produção de produção de produção
o trabalhador
os trabalhadores agem em grupos
age sozinho
os trabalhadores dependem os trabalhadores
de um supervisor central tomam decisões
a escola ensina o os currículos incluem relações humanas,
controle do tempo e do criatividade e formação continuada
espaço
HABILIDADES e COMPETÊNCIAS
5. No novo modelo (toyotista e volvista) de produção requer as
seguintes habilidades e competências:
Organizar e dirigir situações de trabalho
Administrar a progressão dos processos
Conceber e fazer evoluir os dispositivos de
diferenciação São também
as “novas
Envolver os demais sujeitos em seu trabalho competências
para ensinar”,
Trabalhar em equipe
segundo
Participar da gestão coletiva PERRENOUD
Utilizar novas tecnologias
Administrar sua própria formação continuada
6. “A procura de homens regula necessariamente a
produção de homens como de qualquer outra
mercadoria. Se a oferta é muito maior que a procura ,
então parte dos trabalhadores cai na miséria ou na
fome. Assim, a existência do trabalhador torna-se
reduzida às mesmas condições que a existência de
qualquer outra mercadoria. O trabalhador transformou-
se numa mercadoria e terá muita sorte se puder
encontrar um comprador. E a procura, à qual está
sujeita a vida do trabalhador, é determinada pelo
capricho dos ricos e dos capitalistas.”
(MARX, 2004, p. 66, com grifos do original)
7.
8. 1. O sistema de produção industrial
caracterizado pelo paradigma
mecânico é o
a) taylorista / fordista
b) toyotista
c) volvista
9. 2. O sistema de produção industrial em
que o trabalhador precisa desenvolver
capacidades para implementar novas
tecnologias e tomar decisões referentes
ao incremento dos processos produtivos
éo
a) taylorista / fordista
b) toyotista
c) volvista
10. 3. No modelo produtivo chamado de
toyotismo, os trabalhadores passaram a
a) desenvolver atividades laborais
individualmente
b) dominar todo o processo produtivo
c) desenvolver atividades laborais
coletivamente
11. 4. Na medida em que se superou o
paradigma mecânico de produção, rumo às
configurações flexíveis dos sistemas
industriais,
a) extrapolou-se o modelo taylorista /
fordista e se exigiu dos trabalhadores novas
habilidades e competências laborais
b) valorizou-se ainda mais as capacidades
de cálculo e de domínio das relações
espaço-temporais nos ambientes fabris
c) a figura do supervisor central se tornou
ainda mais necessária
12. 5. Em relação à evolução dos modelos e
produção industrial, pode-se dizer que a escola
a) foi atualizada, reforçando os conteúdos de
cálculo, classificação e disciplina corporal
b) ficou desatualizada, restrita aos saberes
matemáticos, lingüísticos e de educação física
basilares
c) foi atualizada em seus currículos, mais
direcionada para as capacidades criativas, de
relações humanas e de liderança
empreendedora
13. 6. Considerando que cada grupo que se torna
hegemônico, ocupando e exercendo o poder
político, se vale de intelectuais que disseminam a
sua ideologia, pode-se afirmar que a passagem dos
governos FHC e de Jaime Lerner e a ascensão dos
governos Lula e Requião implicaram
a) na substituição de Saviani por Perrenoud como
referência para as políticas educacionais
b) na substituição de Perrenoud por Saviani como
referência para as políticas educacionais
c) na substituição de Saviani por Marx como
referência para as políticas educacionais
14. A Pedagogia Histórico-Crítica
é uma teoria marxista da Educação
como Marx concebe a educação?
é uma teoria embasada na dialética materialista e no
materialismo histórico/dialético
o que é dialética materialista?
o que é materialismo histórico/dialético?
é uma teoria da Educação filiada às políticas de esquerda
o que são políticas de esquerda?
quais são as tendências pedagógicas de esquerda?
o que são políticas de direita?
quais são as tendências pedagógicas de direita?
15. Modernidade industrial
Revolução industrial (Europa, século XVIII)
incorporação de
tecnologia no
processo produtivo
êxodo rural
formação de
cidades
concentração de
renda
X
aumento da
pobreza
16. Para Marx, o trabalho é uma capacidade exclusivamente humana
O homem planeja antes de executar o trabalho.
O trabalho deve satisfazer o homem.
PORÉM
no sistema capitalista o
trabalho desumaniza o
homem, gerando a
alienação.
17. Nas obras Manuscritos Econômico-fiosóficos, A Sagrada
Família, A Ideologia Alemã e A Miséria da Filosofia,
Marx e Engels testificam que em função “do idiotismo
do ofício, gerado pela divisão do trabalho” o
“indívíduo não vai além de um desenvolvimento
unilateral, mutilado”, sendo “considerado pela
economia política como besta de carga ou peão, um
animal reduzido às mais estritas necessidades
corporais”.
Essa é a tal da alienação.
O sujeito alienado é unilateral, ou seja, tem
desenvolvidas somente as capacidades de produção
industrial, sem que evoluam as suas capacidades
políticas e estéticas.
18. A divisão do trabalho torna o trabalhador “cada vez mais
unilateral e dependente” por exigir especializações sempre
crescentes que têm como objetivo a adaptação dos sujeitos
às máquinas e aos processos industriais. (MARX)
19. Com a automatização
O trabalho
humano foi
substituído pelas
máquinas.
Gerou-se um
grande número de
desempregados.
O homem
continua
perdendo sua
“humanidade”.
“Para qualificar o escravo, Aristóteles emprega a expressão
instrumento animado. (...) O robô é isso: uma máquina que
dispensa o operador, um instrumento que trabalha sozinho e,
portanto, um instrumento animado.”
SAUTET, Marc. Um café para Sócrates. Rio de Janeiro: José Olympio, 1999. p. 262-3
20. Alienação
“Quanto mais o trabalhador produz, menos tem de consumir; quanto
mais valores cria, mais sem valor e desprezível se torna; quanto mais
refinado o seu produto, mais desfigurado o trabalhador; quanto mais
civilizado o produto, mais desumano o trabalhador; quanto mais
poderoso o trabalho, mais impotente se torna o trabalhador; quanto
mais magnífico e pleno de inteligência o trabalho, mais o trabalhador
diminui em inteligência e se torna escravo da natureza.”
(MARX, Manuscritos econômico-
filosóficos. São Paulo: Martin
Claret, 2004. p. 113)
Tempos Modernos. Charles Chaplin
21. A PHC se orienta por um modelo de sujeito que supera o
estado de alienação.
Trata-se da pessoa onilateral, formada pelo princípio da
politecnia.
Mas, o que é
POLITECNIA?
Como antítese à unilateralização, o conceito marxista de
politecnia propõe “(...) a síntese dialética entre formação geral,
formação profissional e formação política, promovendo o
espírito crítico no sentido de uma qualificação individual e do
desenvolvimento autônomo e integral dos sujeitos como
indivíduos e atores sociais, possibilitando não só a sua inserção
mas a compreensão e o questionamento do mundo tecnológico
e do mundo sociocultural que os circundam.” (DELUIZ, 1996)
22. Embora não tenham escrito exclusivamente sobre
educação, Marx e Engels falam de um modelo de
pessoa onilateral.
A pessoa onilateral é o oposto da pessoa unilateral.
A formação unilateral A formação onilateral
(alienadora) (politécnica)
“[...] a ratificação do
“[...] o trabalhador homem como ser
transformou-se numa genérico lúcido”.
mercadoria” (MARX) (MARX)
formado formado para o
exclusivamente trabalho, para a
para a produção política e para as
artes
23.
24. 7. O conceito marxista de alienação nasce da
constatação de que no sistema capitalista de
produção
a) o trabalhador se desenvolve na mesma medida
em que se desenvolve o seu trabalho
b) o trabalhador se beneficia do seu trabalho como
fator de evolução espiritual
c) o trabalhador se caracteriza como mero
instrumento produtivo
25. 8. A divisão do trabalho torna o trabalhador “cada vez mais
unilateral e dependente” por exigir especializações sempre
crescentes que têm como objetivo a adaptação dos sujeitos
às máquinas e aos processos industriais. (MARX) Isso
significa que
a) a unilateralização decorre do processo de alienação e
impede o sujeito de desenvolver sua sensibilidade e sua
capacidade crítica
b) a unilateralização combate a alienação ao exigir do
trabalhador que desenvolva sua sensibilidade e sua
capacidade crítica
c) a unilateralização decorre da alienação ao exigir do
trabalhador que desenvolva sua sensibilidade e sua
capacidade crítica
26. 9. A onilateralização é um processo pelo qual os
sujeitos
a) se tornam dependentes do sistema produtivo
para poderem desenvolver as capacidades de
crítica e a sensibilidade estética
b) superam a alienação e desenvolvem as
capacidades de crítica e a sensibilidade estética
c) cristalizam as relações entre a evolução dos
meios de produção e as suas liberdades individuais
27. 10. É correto afirmar que
a) A politecnia é a base formadora necessária para
proporcionar a superação da unilateralidade em que a
formação voltada exclusivamente para capacitação produtiva
mantém o trabalhador.
b) A politecnia é a base formadora necessária para
proporcionar a superação da onilateralidade em que a
formação voltada exclusivamente para capacitação produtiva
mantém o trabalhador.
c) A politecnia não é a base formadora necessária para
proporcionar a superação da unilateralidade em que a
formação voltada exclusivamente para capacitação produtiva
mantém o trabalhador.
28. 11. O conceito marxista de politecnia pode ser
entendido como
a) a oposição dialética entre formação geral,
formação profissional e formação política
b) a síntese dialética entre formação unilateral,
formação profissional e formação política
c) a síntese dialética entre formação geral,
formação profissional e formação política
29. 12. Respectivamente, a formação unilateral e a
formação onilateral designam as situações em que
o trabalhador
a) “[...] transformou-se numa mercadoria” (MARX)
e é formado para o trabalho, para a política e para
as artes
b) é formado para o trabalho, para a política e
para as artes e “[...] transformou-se numa
mercadoria” (MARX)
c) nda
30. Com base em Marx se explicitam as relações entre
TRABALHO
alienado
EDUCAÇÃO
X
unilateral
politécnico
X
CIDADANIA
onilateral
marginalização
política
X
centralidade
política
31. Relações entre EDUCAÇÃO, TRABALHO e CIDADANIA
O O
TRABALHO alienado TRABALHO politécnico
implica uma implica uma
X
EDUCAÇÃO unilateral EDUCAÇÃO onilateral
que colabora para uma que colabora para uma
CIDADANIA de CIDADANIA de
marginalidade política. centralidade política.
32.
33. 13. Sobre as relações entre educação e trabalho,
pode-se afirmar que
a) a educação onilateral está relacionada ao
trabalho alienado
b) a educação unilateral está relacionada ao
trabalho politécnico
c) a educação unilateral está relacionada ao
trabalho alienado
34. 14. Sobre as relações entre trabalho e educação, é
possível dizer que
a) o trabalho politécnico está relacionado à
educação alienadora
b) o trabalho alienado está relacionado à educação
onilateral
c) o trabalho politécnico está relacionado à
educação onilateral
35. 15. Sobre as relações entre trabalho e cidadania,
diz-se que
a) o trabalho alienado se relaciona à
marginalização política
b) o trabalho politécnico se relaciona à
marginalização política
c) o trabalho alienado se relaciona à centralidade
política
36. 16. Sobre as relações entre trabalho e cidadania, é
correto afirmar que
a) a centralidade política não está para o trabalho
politécnico
b) a centralidade política está para toda forma de
trabalho
c) nda
37. 17. Sobre as relações entre educação e cidadania,
pode-se afirmar que
a) a educação unilateral está para a centralidade
política
b) a educação onilateral está para a centralidade
política
c) a educação onilateral não está para a
centralidade política
38. 18. Sobre as relações entre cidadania e educação,
é correto afirmar que
a) a centralidade política está para o
desenvolvimento da sensibilidade e da capacidade
crítica
b) a marginalidade política está para o
desenvolvimento da sensibilidade e da capacidade
crítica
c) nda
39. A PHC prevê uma ascensão epistemológica, ou
seja, uma evolução no conhecimento.
SOPHÓI Aqui a pessoa sabe diferenciar o BEM e o
MAL e tem CONHECIMENTO para agir no
sabedoria
mundo sem que ninguém a explora, a
engane e a faça sofrer.
EPISTÉME Aqui a pessoa consegue entender o que
acontece no mundo, sem as sombras das
conhecimento dúvidas e do medo. Entende a si mesma e o
científico meio em que vive. Sabe do presente e do
passado. Tem melhores condições de
trabalhar e de apreciar as artes e a cultura.
DOXA Aqui a pessoa aprende muita coisa boa, mas
senso comum ainda está presa a algumas idéias que não
correspondem à realidade. Por exemplo:
pode ter bom coração, mas acredita em
mula-sem-cabeça e deixa que políticos
corruptos a enganem.
40.
41. 19. Aqui a pessoa consegue entender o que
acontece no mundo, sem as sombras das dúvidas
e do medo. Entende a si mesma e o meio em que
vive. Sabe do presente e do passado. Tem
melhores condições de trabalhar e de apreciar as
artes e a cultura.
a) nível doxológico
b) nível epistemológico
c) nível filosófico (sophói)
42. 20. Aqui a pessoa aprende muita coisa boa, mas
ainda está presa a algumas idéias que não
correspondem à realidade. Por exemplo: pode ter
bom coração, mas acredita em mula-sem-cabeça e
deixa que políticos corruptos a enganem.
a) nível doxológico
b) nível epistemológico
c) nível filosófico (sophói)
43. 21. Aqui a pessoa sabe diferenciar o BEM e o MAL
e tem CONHECIMENTO para agir no mundo sem
que ninguém a explore, a engane e a faça sofrer.
a) nível doxológico
b) nível epistemológico
c) nível filosófico (sophói)
44. 22. Entende-se que a evolução epistemológica
ocorre
a) em uma evolução qualitativa ascendente que
dispensa processos de negação
b) em uma evolução qualitativa descendente que
inclui processos de negação
c) em uma evolução qualitativa ascendente que
inclui processos de negação
45. 23. É errado afirmar que
a) o senso comum (epistéme) compreende as
aprendizagens decorrentes de processos
sistemáticos
b) o senso comum (doxa) compreende
aprendizagens decorrentes de processos
assistemáticos
c) nda
46. 24. É correto afirmar que
a) à epistéme corresponde o conhecimento
científico e cultural desenvolvido
assistematicamente
b) o conhecimento científico e cultural
desenvolvido pela humanidade compreende a
sophói
c) nda
47. A dialética é considerada
como a mais elaborada
forma de filosofia.
Dialética
Do grego dialetiké debate
O debate é a arte da negação.
Mas, como ocorre a negação dialética?
48. A dialética se deflagra mediante a
dinâmica entre dois elementos,
implicando em um terceiro, assim:
TESE ANTÍTESE
A TESE é uma A ANTÍTESE
situação dada, nega a TESE.
posta, que
ocupa lugar na
consciência
como verdade, SÍNTESE
crença,
convicção.
A SÍNTESE nega tanto a TESE quanto a
ANTÍTESE, e se constitui como a nova situação
dada, posta, ocupando lugar na consciência
como nova verdade, crença, convicção.
49. A dialética se caracteriza pela
continuidade, assim:
TESE ANTÍTESE
SÍNTESE
TESE ANTÍTESE
SÍNTESE
TESE ANTÍTESE
eternamente...
50.
51. 25. É correto afirmar que
a) a dialética vem do grego dialetiké e significa
diálogo
b) a dialética é considerada como a mais elaborada
forma de filosofia
c) a dialética é a arte da confirmação
52. 26. O elemento que deflagra o processo dialético é
a) a tese
b) a antítese
c) a síntese
53. 27. Uma situação dada, posta, que ocupa lugar na
consciência como verdade, crença, convicção, é
chamada, na dinâmica dialética,
a) de síntese
b) de antítese
c) de tese
54. 28. É correto que a síntese
a) é uma atualização da tese
b) é um aperfeiçoamento da antítese
c) nega tanto a tese quanto a antítese
55. 29. São características da dialética:
a) a provisoriedade, a continuidade e a contradição
b) a contradição, a continuidade e a permanência
c) a permanência e a provisoriedade
56. 30. Há dialética quando se percebe
a) concessão entre os elementos envolvidos no
diálogo
b) contradição entre os elementos envolvidos no
debate
c) concessão entre os elementos envolvidos no
debate
57. A PHC se embasa na dialética MATERIALISTA
e se opõe à dialética IDEALISTA.
dialética dialética
IDEALISTA MATERIALISTA
“(...) a estrutura
econômica da idéia
sociedade é a base
Hegel Marx e Engels
real sobre a qual se
eleva uma
a dinâmica da
superestrutura jurídica p a dinâmica da
dialética seedá qual
e política à a dialética se dá
em plano
correspondem formas = u em plano
mental
sociais determinadas t material
de consciência.” a
(MARX)
tudo ocorre tudo ocorre
antes em nível antes em nível
prática
mental, e material,
social
somente
materialismo histórico, e
depois, em
histórico/dialético somente
nível material depois, em
nível mental
58. A dialética é considerada
como a mais elaborada
forma de filosofia.
Dialética O
Ã
Ç
A
G
E
N
Do grego dialetiké debate
O debate é a arte da negação.
dialética materialista
59. Vamos rever a ascensão epistemológica, dialeticamente.
SOPHÓI Diz respeito às atitudes adotadas pelo
sujeito, com conhecimento e valores, tendo
sabedoria
em vista suas intenções pessoais e políticas.
RELAÇÃO DE NEGAÇÃO
EPISTÉME Compreende o conhecimento científico e
cultural acumulado pela humanidade e
conhecimento ensinados sistematicamente (pela escola).
científico
RELAÇÃO DE NEGAÇÃO
DOXA Compreende as opiniões aprendidas
senso comum assistematicamente.
60.
61. 31. Segundo a dialética idealista
a) de Hegel, a dinâmica da dialética se dá em
plano mental
b) de Marx e Engels, a dinâmica da dialética se dá
em plano mental
c) nda
62. 32. Segundo a dialética materialista
a) de Hegel, a dinâmica da dialética se dá em
plano mental
b) de Marx e Engels, a dinâmica da dialética se dá
em plano mental
c) nda
63. 33. Tudo ocorre antes em nível material, histórico,
e somente depois, em nível mental
a) equivale a afirmar que o desenvolvimento das
idéias precede a prática social
b) equivale a afirmar que o desenvolvimento das
idéias é posterior à prática social
c) equivale a afirmar que o desenvolvimento da
prática social é posterior ao que ocorre no nível
das idéias
64. 34. A “(...) a estrutura econômica da sociedade é a base real
sobre a qual se eleva uma superestrutura jurídica e política e
à qual correspondem formas sociais determinadas de
consciência.” Essa afirmação de Marx
a) a) equivale a afirmar que o desenvolvimento das idéias
precede a prática social
b) equivale a afirmar que o desenvolvimento das idéias é
sempre posterior à prática social
c) equivale a afirmar que o desenvolvimento da prática social
sempre é posterior ao que ocorre no nível das idéias
65. 35. Dialeticamente,
a) a sophói confirma a síntese entre doxa e
epistéme
b) a sophói é um aperfeiçoamento da doxa
c) a doxa é negada pela epistéme e pela sophói
66. 36. Diz respeito às atitudes adotadas pelo sujeito,
com conhecimento e valores, tendo em vista suas
intenções pessoais e políticas:
a) conhecimento doxológico
b) conhecimento filosófico
c) conhecimento científico
67. RELEMBRANDO...
Relações entre EDUCAÇÃO, TRABALHO e CIDADANIA
O O
TRABALHO alienado TRABALHO politécnico
implica uma implica uma
X
EDUCAÇÃO unilateral EDUCAÇÃO onilateral
que colabora para uma que colabora para uma
CIDADANIA de CIDADANIA de
marginalidade política. centralidade política.
O que há de ideológico nisso?
A função social da escola!!!
68. Na introdução de uma antologia de textos de autoria
de Marx e Engels sobre educação e ensino,
organizada por MASPERO (s/d), lê-se que
Talvez exista alguma nostalgia do artesão perdido
nos socialistas utópicos, porém, não em Marx e
Engels. Sua pretensão não é retornar a situações
pré-capitalistas nem criar o oásis do pré-capitalismo
e artesanato na sociedade industrial. (...) Marx e
Engels não pretendem voltar atrás, mas sim ir a
frente, não pretendem voltar ao artesanato mas sim
superar o capitalismo, e essa superação só pode se
realizar a partir do próprio capitalismo, acentuando
suas contradições, desenvolvendo suas
possibilidades. (p. 4)
69. Mas o que há no capitalismo como possibilidades
que poderiam servir à causa da superação do
homem unilateral?
Certamente, o fantástico desenvolvimento científico
e tecnológico do qual o capital de serve que, se
apropriado pela totalidade das pessoas, passaria a
servir à coletividade sem se configurar como
propriedade material privada.
70. A democratização dos conhecimentos produzidos
pela humanidade e dos benefícios proporcionados
por esses conhecimentos em nível material e
espiritual constitui o ambiente do homem onilateral.
Este é
um nexo recíproco pelo qual o indivíduo não pode
desenvolver-se onilateralmente se não há uma
totalidade de forças produtivas, e uma totalidade de
forças produtivas não pode ser dominada a não ser
pela totalidade dos indivíduos livremente
associados; é, em suma, o desenvolvimento original
e livre dos indivíduos na sociedade comunista.
(MANACORDA, op. cit., p. 79)
71. Em forma de conclusão, os tipos humanos
considerados pelo pensamento marxista são
basicamente dois: o homem unilateral e o homem
onilateral. Para se conhecer as qualidades do
primeiro recorre-se aos determinantes históricos de
sua condição e aos mecanismos que garantem a sua
reprodução e permanência; no tocante ao segundo,
se defende uma alteração radical na estrutura
econômica e na superestrutura jurídico-política e
ideológica para a sua realização.
O homem onilateral é o projeto antropológico da
pedagogia marxista.
72. A PHC no quadro das tendências pedagógicas
ESQUERDA DIREITA
socialista capitalista
materialismo neo liberalismo
dialético
positivismo
Crítico-
reprodutivistas Não críticas
Teoria da Escola Dualista Escola Tradicional
Escola Nova
Teoria da Escola como
Violência Simbólica Tecnicismo
Teoria da Escola como Aparelho
Ideológico do Estado
Para além da crítica
Pedagogia Histórico-Crítica
73.
74. 37. As tendências pedagógicas de esquerda
a) não têm orientação socialista e materialista-
dialética
b) têm orientação liberal e positivista
c) nda
75. 38. As tendências pedagógicas de direita
a) têm orientação socialista e materialista-dialética
b) não têm orientação liberal e positivista
c) nda
76. 39. São teorias não-críticas da educação
a) a Escola Tradicional, a PHC e o Tecnicismo
b) a Escola Tradicional, a Escola Nova e o
Tecnicismo
c) a Escola Tradicional, a Escola Nova e a PHC
77. 40. São teorias crítico-reprodutivistas
a) a Teoria da Escola como Aparelho Ideológico do
Estado e a Teoria da Escola como Violência
Simbólica
b) a Teoria da Escola como Violência Simbólica e a
PHC
c) a Teoria da Escola Dualista e a PHC
78. 41. As teorias crítico-reprodutivistas
a) são cinco: de Bourdieu, de Passeron, de
Baudelot, de Stablet e de Althusser
b) são três: de Bourdieu e Passeron, de Baudelot e
Stablet e de Althusser
c) são três: de Marx e Engels, de Saviani e de
Gasparin
79. 42. A PHC
a) faz a crítica do capitalismo e não apresenta PPP
b) faz a apologia do capitalismo e apresenta PPP
c) faz a crítica do capitalismo e apresenta PPP
80. Teorias não críticas
Escola Tradicional
Excluído é o sujeito ignorante de
conhecimento enciclopédico.
Repassa conteúdos em quantidade, estanques, e
sem articulação conceitual que permita a crítica.
81. Teorias não críticas
Escola Nova
Excluído é o sujeito deslocado
socialmente, frente às
instituições democráticas.
Desloca o eixo do conteúdo para os processos
de aprendizagem.
Promete a inclusão total e promove uma pseudo-
inclusão social.
Além de não efetivar o que prometeu, ainda
eliminou o que se tinha antes, ou seja, a
valorização do conteúdo.
82. Teorias não críticas
Tecnicismo
Excluído é o sujeito incompetente para as funções produtivas
sofisticadas.
Enfoca a capacitação instrumental de pensamento e de ação
corporal.
Promove a disciplinarização
do comportamento de acordo
com o modelo industrial.
Destitui a importância dos
conteúdos humanísticos em
favor da hipervalorização ds
ciências exatas.
83. A função social da escola é vista de maneiras
diferentes nas diversas tendências pedagógicas
Teorias não críticas Função social da escola
Escola Tradicional Ensinar conteúdos para
combater a ignorância
enciclopédica.
Escola Nova Ensinar para incluir
socialmente.
Escola Tecnicista Ensinar para capacitar
tecnicamente para o
setor produtivo.
84.
85. 43. Para a Escola Tradicional, segundo SAVIANI,
a) excluído é o sujeito ignorante de conhecimento
enciclopédico
b) excluído é o sujeito deslocado socialmente,
frente às instituições democráticas
c) excluído é o sujeito incompetente para as
funções produtivas sofisticadas
86. 44. De acordo com SAVIANI, a Escola Nova
considera que
a) excluído é o sujeito ignorante de conhecimento
enciclopédico
b) excluído é o sujeito deslocado socialmente,
frente às instituições democráticas
c) excluído é o sujeito incompetente para as
funções produtivas sofisticadas
87. 45. No Tecnicismo,
a) excluído é o sujeito ignorante de conhecimento
enciclopédico
b) excluído é o sujeito deslocado socialmente,
frente às instituições democráticas
c) excluído é o sujeito incompetente para as
funções produtivas sofisticadas
88. 46. É um diferencial da Escola Tradicional
a) promover a disciplinarização do comportamento
de acordo com o modelo industrial
b) deslocar o eixo do conteúdo para os processos
de aprendizagem
c) repassar conteúdos em quantidade, estanques,
e sem articulação conceitual que permita a crítica
89. 47. Caracteriza a Escola Nova
a) a promoção da disciplinarização do
comportamento de acordo com o modelo industrial
b) o deslocamento do eixo do conteúdo para os
processos de aprendizagem
c) o repasse de conteúdos em quantidade,
estanques, e sem articulação conceitual que
permita a crítica
90. 48. O Tecnicismo se destaca por
a) promover a disciplinarização do comportamento
de acordo com o modelo industrial
b) deslocar o eixo do conteúdo para os processos
de aprendizagem
c) repassar conteúdos em quantidade, estanques,
e sem articulação conceitual que permita a crítica
91. Teorias crítico-reprodutivistas
seguem orientação marxista e foram concebidas no campo
da sociologia por teóricos europeus. Descrevem
mecanismos sociais de segregação, de alienação e de
dominação, destacando o papel reprodutivista da educação
na escola: a escola reproduz a segregação em uma
sociedade dividida em classes opostas e caracterizadas pela
posse dos meios de produção pela burguesia dominante e
da força de trabalho pelo proletariado dominado.
São as teorias:
O Sistema de Ensino como Violência Simbólica
A Escola como Aparelho Ideológico do Estado
A Escola Dualista
92. Teorias crítico-reprodutivistas
O Sistema de Ensino como Violência Simbólica
Bourdieu e Passeron.
São marginalizados os membros de grupos ou de classes sociais
dominados.
A marginalização é dupla:
é SOCIAL porque é SIMBÓLICA
não possuem porque não
força material possuem força
(capital axiológica
financeiro) (capital
cultural).
A escola repassa a todos os valores da classe dominante,
negligenciando os valores do proletariado. O efeito é um contingente
de educados pobres financeira e culturalmente, dados a desejar a
condição impossível do dominador.
93. Teorias crítico-reprodutivistas
A Escola como Aparelho Ideológico do Estado
Louis Althusser
São marginalizados os expropriados, a classe trabalhadora.
O Estado mantém aparelhos ideológicos que agem
pela força da ideologia e e também aparelhos repressivos
depois pela repressão que agem antes pela repressão e
(escolas, igrejas, meios de depois pela ideologia (polícia,
comunicação social...) exército...)
Os aparelhos ideológicos do Estado são utilizados pelo Estado a
favor do capital pelo convencimento (ideologia) ou pela força
(repressão) e colaboram para manter (reproduzir) a divisão
social em classes econômicas.
94. Teorias crítico-reprodutivistas
A Escola Dualista
Baudelot e Stablet
São marginalizados os expropriados, a classe trabalhadora.
A escola é organizada em dois níveis básicos:
Secundário Superior (SS): os trabalhadores que
gerenciam
Primário Profissional (PP): os trabalhadores que
executam
Critica a divisão do trabalho, que reproduz na escola e nos
locais de trabalho a mesma estrutura social, dividida em
classes, em que uns mandam e outros obedecem.
95. A função social da escola é vista de maneiras
diferentes nas diversas tendências pedagógicas
Teorias crítico- Função social da escola
reprodutivistas
Teoria da Escola
como Violência Denunciam que a
Simbólica função social da escola
é a de atender ao
Teoria da Escola capitalismo, excluindo
como Aparelho conteúdos críticos,
Ideológico do Estado formando mão-de-obra
especializada e dócil e
reproduzindo a
Teoria da estrutura de classes.
Escola Dualista
96. Comparando:
Teorias não críticas Teorias crítico-reprodutivistas
Escola Tradicional Sistema de Ensino como
Escola Nova Violência Simbólica
Tecnicismo A Escola como Aparelho
Ideológico do Estado
A Escola Dualista
Mantêm a idéia de que a Consideram a escola como
escola é uma instituição uma instituição articulada na
isolada da sociedade. sociedade.
Colaboram para manter a Fazem a crítica do capitalismo
estrutura de classes. e de suas estratégias
educacionais de reprodução
da estrutura de classes.
Apresentam propostas de Apesar de fazerem a crítica,
ação (PPP). não apresentam proposta de
ação (PPP).
97.
98. 49. As teorias crítico-reprodutivistas consideram
que
a) a escola reproduz a segregação em uma
sociedade dividida em classes opostas e
caracterizadas pela posse dos meios de produção
pela burguesia dominante e da força de trabalho
pelo proletariado dominado
b) a escola contradiz a segregação em uma
sociedade dividida em classes opostas e
caracterizadas pela posse dos meios de produção
pela burguesia dominante e da força de trabalho
pelo proletariado dominado
c) a escola é independente e indiferente à a
segregação em uma sociedade dividida em classes
opostas e caracterizadas pela posse dos meios de
produção pela burguesia dominante e da força de
trabalho pelo proletariado dominado
99. 50. É errado afirmar que
a) as teorias crítico-reprodutivistas da educação
seguem orientação marxista e foram concebidas
no campo da sociologia por teóricos europeus
b) as teorias crítico-reprodutivistas da educação
fazem a crítica do capitalismo, todavia, não
apresentam PPP
c) nda
100. 51. Segundo a teoria do Sistema de Ensino como
Violência Simbólica
a) a escola repassa a todos os valores da classe
dominante, negligenciando os valores do
proletariado. O efeito é um contingente de
educados pobres financeira e culturalmente, dados
a desejar a condição impossível do dominador
b) o Estado age em favor do capital pelo
convencimento (ideologia) ou pela força
(repressão) e colaboram para manter (reproduzir)
a divisão social em classes econômicas
c) a divisão do trabalho reproduz na escola e nos
locais de trabalho a mesma estrutura social,
dividida em classes, em que uns mandam e outros
obedecem
101. 52. Para Louis Althusser
a) a escola repassa a todos os valores da classe
dominante, negligenciando os valores do
proletariado. O efeito é um contingente de
educados pobres financeira e culturalmente, dados
a desejar a condição impossível do dominador
b) o Estado age em favor do capital pelo
convencimento (ideologia) ou pela força
(repressão) e colaboram para manter (reproduzir)
a divisão social em classes econômicas
c) a divisão do trabalho reproduz na escola e nos
locais de trabalho a mesma estrutura social,
dividida em classes, em que uns mandam e outros
obedecem
102. 53. De acordo comas teorizações de Baudelot e
Stablet
a) a escola repassa a todos os valores da classe
dominante, negligenciando os valores do
proletariado. O efeito é um contingente de
educados pobres financeira e culturalmente, dados
a desejar a condição impossível do dominador
b) o Estado age em favor do capital pelo
convencimento (ideologia) ou pela força
(repressão) e colaboram para manter (reproduzir)
a divisão social em classes econômicas
c) a divisão do trabalho reproduz na escola e nos
locais de trabalho a mesma estrutura social,
dividida em classes, em que uns mandam e outros
obedecem
103. Prosseguindo:
Teorias não críticas Teorias crítico-reprodutivistas
Escola Tradicional Sistema de Ensino como
Escola Nova Violência Simbólica
Tecnicismo A Escola como Aparelho
Ideológico do Estado
A Escola Dualista
Teoria para além da crítica
Pedagogia Histórico-Crítica
Faz a crítica da Apresenta proposta Considera a escola
educação capitalista de ação (PPP) como instituição
articulada à
sociedade
104. A função social da escola é vista de maneiras
diferentes nas diversas tendências pedagógicas
Teoria para além Função social da escola
da crítica
Ensinar os conteúdos
referentes ao conhecimento
produzido e acumulado pela
humanidade,
Pedagogia articular educação, trabalho e
Histórico-Crítica cidadania em perspectiva
politécnica e onilateral,
proporcionar a ascensão
dialética do senso comum à
consciência filosófica.
105. Não confundir !!!
Para Libâneo:
Tendências liberais Tendências progressistas
Escola Tradicional Libertadora (Paulo Freire)
Escola Nova Libertária (anarquista)
Tecnicismo Crítico-Social dos Conteúdos (PHC)
Libâneo erra:
1. ao colocar a PHC na mesma categoria da Pedagogia
Libertadora (Freireana)
2. ao negligenciar aspectos políticos e econômicos ligados
às teorias pedagógicas; tais aspectos revelas as relações
entre educação, trabalho e cidadania
106. Não confundir !!!
A PHC, de A Pedagogia
Dermeval Saviani, Libertadora, de
é DIALÉTICA. Paulo Freire, é
DIALÓGICA.
DEBATE DIÁLOGO
luta de classes concessão
solidariedade
107. E a prática pedagógica?
São elementos da
prática pedagógica:
PLANEJAMENTO
ENSINO Como esses
AVALIAÇÃO elementos se
articulam na PHC?
DIALETICAMENTE !!!
108. A dialética se caracteriza pela
continuidade, assim:
TESE ANTÍTESE
SÍNTESE
TESE ANTÍTESE
SÍNTESE
TESE ANTÍTESE
eternamente...
109. Para Gasparin:
TESE ANTÍTESE SÍNTESE
Prática Problematização Prática
Social Inicial Social Final
Instrumentalização
Catarse
Condição Espaço de Nova
provisória ação didática condição
provisória
Centro da ação
dialética
senso conhecimento consciência
comum científico filosófica
110.
111. 54. É correto afirmar sobre a PHC, que essa teoria
da educação
a) faz a crítica da educação capitalista, apresenta
proposta de ação (PPP) e considera a escola como
instituição articulada à sociedade
b) faz a crítica da educação capitalista, não
apresenta proposta de ação (PPP) e considera a
escola como instituição articulada à sociedade
c) faz a crítica da educação capitalista, apresenta
proposta de ação (PPP) e não considera a escola
como instituição articulada à sociedade
112. 55. Ensinar os conteúdos referentes ao
conhecimento produzido e acumulado pela
humanidade, articular educação, trabalho e
cidadania em perspectiva politécnica e onilateral e
proporcionar a ascensão dialética do senso comum
à consciência filosófica
a) é função social da escola negada pela PHC
b) denota que a PHC não supera a crítica à escola
capitalista
c) nda
113. 56. Ao propor uma didática para a PHC, Gasparin
considera que a escola deve
a) apresentar a antítese ao senso comum,
considerado como prática social inicial
b) salvaguardar as visões de mundo trazidas pelos
alunos, com cuidados didático-pedagógicos
adequados
c) nda
114. 57. Gasparin considera que a ação didática deve
se constituir como
a) forma de valorizar a doxa
b) prática social final
c) centro da ação dialética
115. 58. São passos que proporcionam a antítese no
processo didático dialético
a) a prática social final, a problematização e a
catarse
b) a prática social final, a problematização e a
instrumentalização
c) nda
116. 59. Pode-se afirmar que a cada nova
aprendizagem os sujeitos são colocados
a) em uma condição provisória de seu
desenvolvimento
b) em uma prática social final absoluta
c) em um nível doxológico sintetizado a partir de
sua prática social inicial
117. 60. É incorreto afirmar que a PHC prevê
a) dialeticamente, uma ascensão do senso comum
ao conhecimento científico
b) dialogicamente, uma ascensão do senso comum
à consciência filosófica passando pelo
conhecimento científico
c) nda
119. Paulo Freire
Pensa a Educação em um contexto político caracterizado
pelo PERSONALISMO e em um contexto existencial
caracterizado pela PSICANÁLISE.
Como é que Personalismo
é?
diálogo
Pensamento
libertador
Freireano
conscientização
Psicanálise
120. DIÁLOGO é contra
Personalismo MANDO COMBATE
condena
o o
INDIVIDUALISMO COLETIVISMO
próprio do próprio do
CAPITALISMO SOCIALISMO
dominação luta de classes
valoriza a solidariedade
a concessão
o diálogo
121. Conflitos modernos:
três golpes no orgulho do homem
Nicolau Charles Sigmund
Copérnico: Darwin: Freud:
“A Terra não “O ser “O homem
é o centro do humano é o não exerce
universo.” resultado de total controle
um processo consciente
de evolução sobre si
natural, tal mesmo e
qual os sobre a
outros cultura.”
animais.”
122. “Acredito que para
um zeloso
trabalhador sempre
haverá um lugar,
por mais modesto
que seja, entre as
fileiras da
humanidade
laboriosa.”
Sigmund Freud
(1856 – 1939)
123. ID
Conceito SENTIDO de vida.
Corresponde a aspectos naturais da existência.
EROS THANATOS
Pulsão de VIDA Pulsão de MORTE
Princípio do PRAZER Princípio de DESTRUIÇÃO
124. SUPEREGO
Conceito APRENDIDO de vida.
Corresponde a aspectos CULTURAIS da existência.
CERTO ERRADO
O que é “moral”. O que é “imoral”.
O que PODE. O que NÃO PODE.
SOCIALMENTE ACEITO. CONDENÁVEL.
125. ID X SUPEREGO
DESEJO X LEI
PRAZER X OBRIGAÇÃO
QUERO!!! X NÃO PODE!!!
-sexo
-bater
Como fica o sujeito neste conflito?
O sujeito nasce deste conflito!
126. ID SUPEREGO
EGO
Conceito PENSADO de vida.
Aspectos RESOLUTÓRIOS da existência.
Aqui surge o EU (ego) em esforço de
busca para resolver os conflitos entre
o ID (desejo de prazer / agressividade)
e o SUPEREGO (lei / proibição).
127. ID SUPEREGO
Eu quero! Não pode!
ENTÃO
EGO
Pensando melhor...
Mas, e quando o conflito não se
resolve assim, pacificamente?
128. NÍVEL CONSCIENTE
pensamento, imaginação, meditação
NÍVEL SUBCONSCIENTE
memórias, conhecimento acumulado
NÍVEL INCONSCIENTE
medos, desejos proibidos, experiências
vergonhosas, necessidades egoístas,
motivações violentas contidas
129. Quando, mediante forte REPRESSÃO ou
RECALQUE, o EGO não consegue resolver
pacificamente o conflito, a fim de aliviar o sofrimento
consciente este mesmo conflito é remetido ao nível
INCONSCIENTE.
Lá, os desejos, medos... não resolvidos permanecem
latentes e chegam mesmo a resultar em neuroses e
psicoses.
Os sintomas mais comuns destes conflitos
recalcados são os sonhos e os atos falhos. É
possível, também, a somatização (percebida através
de dores inexplicadas).
130. A cura psicanalítica criada por Freud prevê três
técnicas:
- associação livre
- interpretação de sonhos
- hipnose
as quais buscam GARIMPAR o inconsciente a fim de
conhecer os objetos de conflito e trazê-los para o nível
consciente para enfrentamento e superação...
Ou seja, para um conflito consciente.
131. CONSCIENTIZAÇÃO
Segundo a Psicanálise Segundo Pedagogia
Freireana
Quando eu conheço os
É no nível da consciência que É pela aprendizagem que
meus problemas e conseguimos conhecer e
conseguimos conhecer e
procuro agir de acordo
resolver os nossos problemas, resolver os nossos problemas,
com a minha necessidade
criticamente. criticamente.
social e pessoal, eu sou
autônomo
Quando eu me deparo claramente Quando eu aprendo claramente
com os meus problemas, eu entro sobre os meus problemas, eu
em crise. entro em crise.
Enquanto eu nãoautonomia
Pedagogia da sou consciente Enquanto eu não aprendo sobre
dos meus problemas, o meu as razões dos meus problemas, o
sofrimento tende a se prolongar; meu sofrimento tende a se
é preciso ter consciência deles prolongar; é preciso aprender
para resolvê-los. para resolver.
133. síncrese análise síntese
todo processo que todo
caótico eu empreendo cosmético
para
realidade que realidade que
compreender
não compreendo
compreendo, e apreender a
que me realidade
interessa e a
qual quero
compreender
A avaliação pedagógica é um trabalho de
verificação dessa evolução
134. A avaliação, na PHC, é DIALÉTICA
TESE ANTÍTESE
A TESE é uma A ANTÍTESE
situação dada, nega a TESE.
posta, que
ocupa lugar na É a minha atitude
consciência de ANÁLISE
como verdade, SÍNTESE inteligente sobre o
crença, objeto.
convicção.
A SÍNTESE nega tanto a TESE quanto a
ANTÍTESE, e se constitui como a nova situação
É a percepção
dada, posta, ocupando lugar na consciência
consciente de
como nova verdade, crença, convicção.
que há algo
SINCRÉTICO, É a minha percepção consciente
caótico, que SINTÉTICA de um todo cosmético.
eu não
compreendo.
135. Nesse caso, além da
A aprendizagem aprendizagem da norma culta, é
preciso verificar a aprendizagem
da linguagem do domínio de diferentes
ocorre entre pessoas linguagens para diversos
em processos interpsicológicos contextos.
e proporciona o desenvolvimento.
a aprendizagem idéia
p p
a a
materialismo u
histórico/dialético = u
t t
a a
o que
ocorre entre pessoas prática
em processos interpsicológicos social
136. Cipriano Luckesi
Avaliação
Classificatória Diagnóstica
as notas são usadas permite conhecer a
para fins de situação e o sentido
classificação de da prática
alunos, de acordo pedagógica para
com os seus reorientá-la de
desempenhos acordo com as
QUANTITATIVOS necessidades
Dialética
instrumento estático
e freador do a avaliação deflagra
processo de um processo
crescimento QUALITATIVO de
alteração de
concepções e de
práticas pedagógicas
137. O centro da teoria de Luckesi é a DIALÉTICA
TESE ANTÍTESE
A TESE é uma A ANTÍTESE
situação dada, nega a TESE.
posta, que
ocupa lugar na É a necessidade de
consciência mudança apontada
como verdade, SÍNTESE pela avaliação da
crença, minha prática.
convicção.
A SÍNTESE nega tanto a TESE quanto a
ANTÍTESE, e se constitui como a nova situação
É a minha
dada, posta, ocupando lugar na consciência
prática
como nova verdade, crença, convicção.
pedagógica!
É a minha NOVA prática pedagógica!
138. FERNANDES, Florestan (org.) MARX e ENGELS: História.
São Paulo: Ática, 1984.
GASPARIN, João Luiz. Um didática para a Pedagogia
Histórico-Crítica. Campinas, SP: Autores Associados, 2001.
MARX, Karl. Manuscritos econômico-filosóficos. Trad. Alex
Martins. São Paulo: Martin Claret, 2003.
SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. Campinas, SP:
Autores Associados, 2002.
SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras
aproximações. Campinas, SP: Autores Associados, 2000.