O documento discute o novo perfil do profissional da área científica e tecnológica requerido pelo mercado de trabalho. Ele deve ter habilidades como identificar necessidades de mercado, gerar idéias inovadoras, ter visão sistêmica e conhecimentos em ciências sociais e humanas além de computação ou engenharia. O pensamento empreendedor é importante para gerar riquezas através de produtos inovadores.
1. Metodologia Científica
e Tecnológica
Módulo 1 – Ciência e Conhecimento
Prof. Carlos Fernando Jung
carlosfernandojung@gmail.com
http://lattes.cnpq.br/9620345505433832
Edição 2009
Material para Fins Didáticos – Distribuição Gratuita
1
2. Qual o novo perfil do profissional da
área científica e tecnológica que o
mercado necessita?
2
3. Continuará Sendo Apenas um
Novo Perfil do Profissional
da Área Científica e Excelente Bacharel em Sistemas
Será o proprietário da
Tecnológica de Informação
Inovação quem
possuir a Patente
Excelente Analista e Programador
Conhece tudo de Linguagem de
Programação
Conhece técnicas de geração de
Idéias, sabe identificar necessidades
de mercado, Possui visão sistêmica. Produto Inovador
Tem conhecimentos básicos em Gera Riqueza
Ciências Sociais e Humanas é
graduado e pós-graduado em
computação ou engenharia
Continuará Sendo Apenas um
Excelente Engenheiro
Excelente Engenheiro
Conhece tudo de Física, Química,
Desenho, Cálculo e Processos
TÉCNICO-CIENTÍFICO X TÉCNICO PORQUE SER EMPREENDEDOR? 3
4. O cientista contemporâneo é aquele que possui capacidade
criativa para a geração de idéias a partir da percepção de
problemas contextuais, utilizando o método científico nos
procedimentos necessários à aquisição de novos
conhecimentos destinados a solução destes problemas.
4
6. Instrumentos Utilizados na Técnica
Fonte Figura:
http://www.eciencia.usp.br/site_2005/exposicao/gepeq/com
bustao.htm
A Técnica exige habilidade e percepção de “como” deve ser
feito a partir da experimentação.
Não exige necessariamente entender o “por que”
6
7. O termo “técnica” faz referência a procedimentos, habilidades,
artefatos, desenvolvimentos sem ajuda do conhecimento
científico.
O termo “tecnologia” é utilizado para referir-se àqueles sistemas
desenvolvidos que levam em conta o uso do conhecimento científico
(BAZZO, LINSINGEN e PEREIRA, 2003).
BAZZO, W. A.; LINSINGEN, I. v.; PEREIRA, L. T V. Introdução aos estudos CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade). Madri: OEI, 2003
7
8. Para costurar é necessário saber por que devem ser
costurados de formas diferentes vários tipos de materiais?
ou é necessário apenas saber como devem ser costurados?
Fonte Figura: http://www.overmundo.com.br/overblog/costurando-outros-futuros
Para apenas costurar é necessário
Uso da Técnica de Costura conhecer o índice de elasticidade,
resistência e composição molecular dos
diversos tipos de materiais envolvidos
No entanto, se sabermos o por que poderemos realizar o no processo de costura?
trabalho com mais motivação!
8
9. O domínio do fogo, o cozimento dos alimentos, a domesticação
dos animais, a agricultura, o tear, a cerâmica, a construção de
moradias, a fundição de metais... são somente alguns dos
elementos significativos da longa cadeia de atos técnicos que
caracterizam a evolução cultural dos homens
(BAZZO, LINSINGEN e PEREIRA, 2003).
BAZZO, W. A.; LINSINGEN, I. v.; PEREIRA, L. T V. Introdução aos estudos CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade). Madri: OEI, 2003
9
11. De acordo com a concepção tradicional da ciência, esta é
vista como um empreendimento autônomo, objetivo,
neutro e baseado na aplicação de um código de
racionalidade alheio a qualquer tipo de interferência
externa (BAZZO, LINSINGEN e PEREIRA, 2003).
BAZZO, W. A.; LINSINGEN, I. v.; PEREIRA, L. T V. Introdução aos estudos CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade). Madri: OEI, 2003
11
13. Um argumento que contrapõe esta noção de ciência, que se
apoia num método de caráter indutivo, será ocasionado pela
própria história da ciência.
Em princípio, a história mostra que numerosas ideias científicas
surgem por múltiplas causas, algumas delas vinculadas à
inspiração, à sorte sob contextos internos das teorias, aos
condicionamentos socioeconômicos de uma sociedade, sem que
seja seguido, em todos os casos, um procedimento padrão ou
regulamentado.
13
14. Alexandre Fleming era bacteriologista no St . Mary’s Hospital, em Londres,
Inglaterra, e ambicionava encontrar substâncias que impedissem a infecção das
feridas, preocupação extrapolada dos hospitais de campanha da I Guerra
Mundial, onde havia trabalhado como médico, para o seu laboratório. Após
pequenas descobertas não conclusivas,
Fleming deparou-se com uma situação não prevista.
Em Agosto de 1928, o cientista foi de férias deixando para trás
culturas de estafilococos, de forma imprudente, pois não as
inutilizou nem, pelo contrário, guardou devidamente. Assim,
quando regressou no mês seguinte encontrou as bactérias
contaminadas com mofo, procedendo já à medida mais correta,
indo lavar e esterilizar o material.
A ação não foi concretizada devido à chegada de Dr. Merlin
Pryce , antigo assistente de Fleming, que se mostrou interessado
no desenvolver do seu trabalho.
Fonte Figura:
http://www.territorioscuola.com/wikipedia/pt.wikipedia.php?title=Micologia_m%C3%A9dica Fonte Texto: http://acienciaeofuturo.blogs.sapo.pt/1273.html
14
15. Este último mostrou-lhe as culturas afetadas e foi aí que notou a presença de
uma substância bactericida que parecia impedir o contágio do mofo em certas
zonas da cultura –
O fungo que causara o mofo segregava uma substância que matava as
bactérias.
Após tal verificação, o bacteriologista decidiu então, fazer mais estudos
sobre culturas desse fungo, identificado como Penicillium notatum , de
onde deriva o nome da conhecida Penicilina, por ele produzida.
Os seus efeitos bacteriológicos verificaram-se benéficos, e a descoberta de
Fleming acabou por encontrar gigantesca utilidade, tendo o seu impacto sido
inicialmente sentido na II Guerra Mundial.
Fonte Texto: http://acienciaeofuturo.blogs.sapo.pt/1273.html
DESCOBERTA DA PENICILINA 15
16. Ciência é a atividade que propõe a aquisição sistemática
de conhecimentos sobre a natureza biológica, social e
tecnológica com a finalidade de melhoria da qualidade de
vida, intelectual e material
16
17. Boa ciência se faz aos poucos, peça por peça.
É muito raro que descobertas realmente revolucionárias, com
potencial para mudar a maneira como enxergamos o mundo,
apareçam sem anos de muita dedicação e quebração de cabeça e
experimentos chatos.
Fonte Texto: http://super.abril.com.br/superarquivo/2005/conteudo_109414.shtml
17
18. Fonte Figura: http://www.blogeek.com.br/?p=331
Aplicar os Conhecimentos
Fonte Figura: http://www.wii-
brasil.com/?sec=lercoluna&id=184&pai=17
Melhoria da Qualidade de
Tecnologia Vida Material
Fonte Figura:
http://tec4you.wordpress.com/2007/12/20/nintendo-
Fonte Figura: esta-vendendo-muito-wii-e-enfrenta-problemas/
http://blog.cancaonova.com/podecrer/2008/03/31/cientista-
frances-abre-o-jogo-sobre-pesquisas-geneticas/
Ciência
Melhoria da Qualidade de
Vida Intelectual
Gerar Conhecimentos
Fonte Figura:
http://substantivolatil.com/archives/infancia-em-
paginas.php
OBJETIVOS DA CIÊNCIA 18
19. Gene é ligado a tumor cerebral
28/1/2009
Agência FAPESP – Pessoas com uma variante genética
específica podem estar mais propensas ao desenvolvimento de
tumores cerebrais e mais cedo do que aquelas que não têm o
gene, segundo um novo estudo feito por pesquisadores franceses.
Estudo aponta que presença de A pesquisa foi publicada na edição de terça-feira (27/1/2009)
variante genética pode predispor da revista Neurology, da Academia Norte-Americana de
ao desenvolvimento precoce de
tumores cerebrais Neurologia.
O trabalho envolveu 254 pessoas com tumores no cérebro e 238
sem qualquer tipo de câncer. Os voluntários com tumores
apresentavam glioblastoma multiforme, a forma mais comum de
câncer no cérebro. Pacientes com esse tipo de tumor maligno têm
expectativa de vida média de 12 a 15 meses.
O artigo pode ser lido por assinantes da Neurology em www.neurology.org.
Fonte Texto: http://www.agencia.fapesp.br
RESULTADO DA ATIVIDADE CIENTÍFICA 19
20. Menor célula a combustível
8/1/2009
Agência FAPESP – A menor célula a combustível do mundo
acaba de ser anunciada por um grupo de pesquisadores nos
Estados Unidos. Com apenas 3 milímetros de comprimento por 1
mm de espessura, ela poderá ser usada no desenvolvimento de
minúsculos geradores de eletricidade a partir do hidrogênio que
substituiriam as atuais baterias que alimentam celulares e outros
Grupo constrói dispositivo com 3
aparelhos eletrônicos. milímetros de comprimento que poderá
substituir no futuro as baterias de celular e
mp3 (divulgação)
O dispositivo empregado no estudo, descrito em artigo no Journal of Microelectromechanical Systems, foi capaz de gerar 0,7 volt
em uma corrente de 0,1 miliampere durante 30 horas até que o combustível utilizado acabou.
Uma nova versão obteve uma corrente de 1 miliampere na mesma voltagem. Ainda não dá para fazer funcionar um tocador de
MP3, mas, segundo os pesquisadores, é o suficiente para alimentar microrrobôs.
O artigo Millimeter-scale fuel cell with onboard fuel and passive control system, de Saeed Moghaddam e outros, pode ser lido por
assinantes do Journal of Microelectromechanical Systems (vol. 17, ed. 6) em http://ieeexplore.ieee.org/servlet/opac?punumber=84.
Fonte:Texto: http://www.agencia.fapesp.br/materia/9933/divulgacao-cientifica/menor-celula-a-combustivel.htm
RESULTADO DA ATIVIDADE TECNOLÓGICA 20
21. Humanas Psicologia, Pedagogia, Etc
Sociologia, Antropologia,
Sociais Comunicação, Administração,
Economia, Etc
Geologia, Astronomia,
Física
Engenharia, Computação, Etc.
Naturais Química
Bioquímica, Farmácia,
Biologia
Físico-Química, Etc.
Medicina, Enfermagem,
Botânica, Zoologia,
Veterinária, etc..
COMO SE CLASSIFICA A CIÊNCIA ? 21
23. Comum Eu Acho que...
Obter um Senso Comum
Técnica Qual o Problema?
Resolver o Problema
Quando?
Como?
Por que?
Científica
Por que Não?
Descobrir - Inventar -Inovar
23
FORMAS DE PENSAR
25. Qual a porcentagem dos alunos que ingressam no
Curso de Engenharia de Produção da Faccat que
possuem acesso a microcomputadores para realizar
seus estudos e atividades?
25
QUESTÃO DE PESQUISA
26. Estudo Longitudinal – 2002 a 2008
Realizado com alunos da Engenharia de Produção da Faccat, RS
Situação em 2002/2 Situação em 2008/1
62,0% 82,5%
38,0%
15%
2,5%
Sim Não Sim Não Não respondeu
Você possui acesso a um microcomputador para realizar seus estudos e atividades?
( ) Sim ( ) Não
INSTRUMENTO DE PESQUISA / RESULTADO 26
27. Por que de 2002 a 2008 houve um aumento no número de
alunos que tem acesso a microcomputadores?
Por que em 2008 no primeiro semestre 15% dos alunos ainda
não acesso a microcomputadores?
Quais as variáveis (fatores) que podem ter influenciado
para este resultado?
Econômicas? Sociais?
Tecnológicas? Mercadológicas?
POR QUE? (PODE NECESSITAR NOVA PESQUISA) 27
29. O modelo referencial básico de ciência teve origem nos
séculos XVI e XVII, a partir das contribuições de Descartes,
Bacon, Copérnico, Galileu e Newton (SANTOS, 1988).
A visão do mundo passou a ser mecanicista. Essa visão envolvia
a descrição matemática da natureza e o método de raciocinar
passou a ser analítico.
A idéia de um mundo como um organismo vivo perdeu força,
pois o método empregado por Descartes gerou desenvolvimento
científico e tecnológico, conduzindo os estudiosos a pensar de
forma analítica, racional e linear (ANDRADE, 2007).
SANTOS, Boaventura de S. Um discurso sobre as ciências na transição para uma ciência pós-moderna. Revista Estudos Avançados. v. 2, n. 2. Mai/Ago, 1988.
ANDRADE, Gilberto K. de. Pensamento sistêmico. Disponível em: <www.inf.pucrs.br/~gilberto/tgs/pensamento%20sistemico4.pdf> Acesso em: 20 Set 2007.
29
30. Checkland (1981) apud Kasper (2000) considera a doutrina
reducionista o principal legado de Descartes.
Essa doutrina prevê a possibilidade de descrever o mundo
em termos de “naturezas simples” e “naturezas compostas”,
onde sistemas complexos podem ser entendidos a partir da
compreensão dos simples.
KASPER, Humberto. O processo de pensamento sistêmico: um estudo das principais abordagens a partir de um quadro de referência proposto. Porto Alegre: UFRGS, 2000. Dissertação (Mestrado
em Engenharia de Produção) Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
30
31. Viana (2007) afirma que o pensamento linear é baseado principalmente em
uma experiência anterior, um padrão ou modelo pré-estabelecido pelo
indivíduo ou em um conhecimento específico assimilado. Em processos de
decisão, pensar linearmente significa utilizar a forma seqüencial: avaliar,
julgar e escolher.
Esse modelo de pensar está restrito a situações em que há:
(i) razoável grau de estruturação dos problemas;
(ii) razoável estabilidade do sistema;
(iii) baixo grau de complexidade dinâmica; e
(iv) baixo grau de influência das percepções de diferentes
indivíduos a partir de distintos interesses.
VIANA, Sebastião F. O pensamento criativo. Disponível em: www.infonet.com.br/users/ fviana/didatico/FBC-O%20PENSAMENTO_CRIATIVO.htm. Acesso em: 20 Set 2007.
31
32. Se existe defeito na peça A , sendo as peças B, C, D, E, F,
G do mesmo tipo e lote, logo as peças B, C, D, E, F, G
também possuem o mesmo defeito
A
Fonte Figura: http://www.bpiropo.com.br/fpc20051107.htm
32
33. Se existem defeitos nas peças B, C, D, E, F, G sendo a
peça A do mesmo tipo e lote, logo a peça A também
possui o mesmo defeito
A
Fonte Figura: http://www.bpiropo.com.br/fpc20051107.htm
33
34. O Modelo Linear para P&D, foi proposto por Bush (1945) no final
da Segunda Guerra Mundial. A estrutura desse modelo possui uma
estratégia em linha reta, não apresenta feedbacks entre as etapas ou
aberturas a estímulos externos.
Esta maneira de pensar estabelece que todas as inter-relações entre os fenômenos podem
ser reduzidas a relações de causa-efeito simples, sendo que em todo o universo cada efeito
é visto como uma nova causa para a etapa seguinte (STEWART, 1996).
BUSH, V. Science, the endless frontier. Washington: Government Printing Office, 1945.
STEWART, I. Os números da natureza: a realidade irreal da imaginação matemática. Rio de Janeiro: Roço, 1996.
LINEAR 34
35. Segundo Ackoff (1981) as
principais características do
pensamento analítico que
fundamentam a concepção de
modelos lineares são:
(i) análise,
(ii) reducionismo,
(iii)determinismo, e
(iv)mecanicismo.
No processo de pesquisa, a
utilização da “análise”
requer supor que todos os
fenômenos simples ou
compostos podem ser
entendidos pela verificação
separada das partes que os
integram (CHECKLAND,
1994).
ACKOFF, R.L. Creating de corporate future. John Willey & Sons, 1981.
CHECKLAND, P. Varieties of systems thinking: the case of soft systems methodogy. Systems Dynamic Review, 1994.
LINEAR 35
36. Um fator que pode ter contribuído para a difusão do pensamento linear é o
impacto produzido no processo produtivo pelas mudanças tecnológicas
advindas da Revolução Industrial.
Iniciada na Inglaterra em 1760, a Revolução Industrial
expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX alterando profundamente
as condições sócio-econômicas dos indivíduos.
A progressiva necessidade de um maior número de operários para suprir os
sistemas produtivos ocasionou um importante deslocamento da população das
áreas rurais para as urbanas. A produção em larga escala e dividida em etapas
faria com que o trabalhador se distanciasse cada vez mais do produto final.
O processo produtivo empregado necessitava apenas que cada grupo de
trabalhadores fosse especializado em uma etapa da produção
(HOBSBAWM, 2003).
HOBSBAWM, Eric J. Da revolução industrial inglesa ao imperialismo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003.
36
37. Santos (1996) afirma que a ciência newtoniano-cartesiana
influenciou o pensamento dos seres humanos durante os 400
anos de sua hegemonia.
Essa forma de pensar tem deixado profundas marcas culturais
e comportamentais.
A autora diz que a ciência moderna, de caráter disciplinar,
é à base do reducionismo e da concepção dual da
realidade; um mundo constituído disciplinarmente, por
conceitos, teorias e técnicas que representam um mundo
segmentado e fragmentado.
SANTOS, Akiko. Ciência pós-moderna e educação. Revista Estudos Sociedade e Agricultura. n. 6, Jul, 1996.
37
39. Jordan (1974) afirma que um sistema é um conjunto de elementos unidos
por algum tipo de interação ou interdependência que forma o todo.
Um modelo sistêmico centra-se no comportamento, na dinâmica do
processo e na função do geral do sistema (ALVES, 2007).
Atualmente as atividades humanas se tornaram complexas e é
necessária a interação entre as ciências para a solução de
problemas sociais e tecnológicos.
Andrade (2007) diz que o início da “era dos sistemas” foi marcada pela
incapacidade da ciência especializada e compartimentada manusear
problemas de complexidade crescente, como tráfego caótico, desastres
ambientais e riscos nucleares.
JORDAN, N. Temas de psicologia especulativa. Buenos Aires: Troquel, 1974.
ANDRADE, Gilberto K. de. Pensamento sistêmico. Disponível em: <www.inf.pucrs.br/~gilberto/tgs/pensamento%20sistemico4.pdf> Acesso em: 20 Set 2007.
39
40. Projetista
Pré Desenvolvimento
Desenvolviment
Desenvolvimento
Produto
Pós
Desenvolvimento
Subsistema Ambiente Externo
NÃO-LINEAR / SISTÊMICO 40
41. A utilização do pensamento sistêmico para a compreensão e
solução de problemas científicos e tecnológicos não é nova.
Referências sobre a prática da ciência de forma sistêmica podem
ser encontradas já nos trabalhos realizados por Leonardo Da Vinci
no século XV.
Durante sua vida, Da Vinci atuou
em várias áreas sendo: pintor,
anatomista, engenheiro,
naturalista, arquiteto e escultor.
Escreveu, pintou e desenhou sobre
anatomia, tecnologia, arquitetura e
arte, utilizando uma visão sistêmica
da natureza.
Fonte Figura: http://www.cotidianocronico.blogger.com.br/2007_09_01_archive.html
41
42. A abordagem sistêmica para a descoberta
e compreensão de fenômenos naturais foi
também empregada nos estudos científicos
realizados por Alexander von Humboldt,
no século XVIII.
Este cientista pensava que tudo está em constante interação na
natureza, de modo que os seres vivos e fenômenos nunca
co-existem e se manifestam isoladamente.
42
43. Estudou fenômenos nas áreas de
etnografia, antropologia, física,
geografia, mineralogia, botânica e
geologia e, apesar de ter
pesquisado diversos assuntos
detalhadamente, sempre o fez
com uma visão sistêmica.
Fonte Figura: http://www.loc.gov/rr/geogmap/guide/gmillatl.html
No período de 1799 a 1804, von Humboldt realizou uma viagem
exploratória pela América Central e América do Sul.
Fonte Figura: http://www.anemone-japonica.de/index2.html
As descobertas de Humboldt foram publicadas em 30 volumes de 1805 a 1834
43
45. O conhecimento é um processo que prevê a condição de elaborar e
reelaborar o que vem como um "dado", possibilitando que não sejamos
meros reprodutores; inclui a capacidade de elaborações novas, permitindo
conhecer, trazer à consciência o que ainda é desconhecido e/ou não
compreendido, o que, na sociedade, está ainda mal desenhado, com
contornos desfocados. Para tanto, o conhecimento prevê a construção de
uma visão que totalize os fatos, inter-relacionando todas as esferas da
sociedade, percebendo o que está acontecendo em cada uma delas é
resultado da dinâmica que faz com que todas interajam, dentro das
possibilidades daquele contexto social, naquele momento histórico; permite
perceber, enfim, que os diversos fenômenos da vida natural e social
estabelecem suas relações tendo como referência a sociedade como um todo
(BACEGGA, 2009).
BACCEGA, M. A. Da informação ao conhecimento: ressignificação da escola. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/departam/cca/cultext/comueduc/apresenta/artigo22.htm>. Acesso em: 08 Fev. 2009.
45
O QUE É CONHECIMENTO?
46. Conhecimento Tácito
É o conhecimento pessoal, constituído do know-how subjetivo, dos insights e
intuições que uma pessoa tem depois de estar imersa em uma atividade por um
longo período de tempo.
É o conhecimento implícito usado pelos indivíduos para realizar suas atividades e
dar sentido a seu mundo, é o conhecimento não-codificado e difícil de divulgar .
Expresso por habilidades baseadas na ação (BOTELHO, MONTEIRO e VALLS,
2007).
Conhecimento Explícito
É o conhecimento formal, freqüentemente codificado em fórmulas e equações
matemáticas, regras, especificações, etc.
É aquele conhecimento que pode ser expresso formalmente com a utilização de
um sistema de símbolos e baseando-se em objetos e regras, podendo, portanto,
ser facilmente comunicado ou difundido a vários indivíduos (BOTELHO,
MONTEIRO e VALLS, 2007).
BOTELHO, M. A.; MONTEIRO, A. M.; VALLS, V. A gestão do conhecimento esportivo: a experiência da biblioteca da Seme. Ciência da Informação, Vol. 36, nº 1, 2007.
46
47. Externalização
Converter o Conhecimento Tácito em
Explícito
(Produção de Artigos, Livros , Relatórios etc..)
Socialização Combinação
Compartilhar Experiências Análise e Síntese do Conhecimento
(Palestras, Congressos, Cursos, Bases de Dados, Bancos
(Entre os Indivíduos e Grupos)
de Teses etc..)
Internalização
Incorporar o Conhecimento Explícito ao
Conhecimento Tácito
(Formação da Opinião Individual)
DINÂMICA DA PRODUÇÃO E INCORPORAÇÃO DO CONHECIMENTO 47
49. O tipo de conhecimento produzido é dependente das formas
de aquisição que a pessoa utiliza e pode ser influenciado
pelo contexto em que ela se desenvolveu
49
50. Fonte Figura:
http://gisamaraoliveira.nireblog.com/post/2007/10/
09/veja-a-minha-ideia-e-comente
INTUITIVO = Eu Acho que...
INTUIÇÃO
Tipos EMPÍRICO =
EMPIRISMO
Fonte Figura: http://casa.hsw.uol.com.br/como-
consertar-buracos-em-drywalls1.htm
RACIONAL =
RACIONALISMO
Fonte Figura:
http://www.medtecnica.com.br/microscopio.html
50
FORMAS DE AQUISIÇÃO
51. A intuição é uma função especial da mente humana, que
age pelo pensamento, independente da pessoa ter
formação científica ou técnica.
É um modo onde é considerado o fenômeno psíquico natural:
Que todos os seres humanos possuem, alguns em maior ou
menor grau de obter conhecimentos sem a utilização da
experiência ou da razão.
51
52. O Empirismo significa “experimentação”
(Galileu e Bacon séc. XVII)
É uma doutrina que afirma que a única fonte do conhecimento
é a experiência, ou seja, todo conhecimento somente é obtido
por experimentação
Experimentar = Montar, Construir, Testar, Medir, etc.
52
53. A Razão ou Racionalismo
(Descartes séc. XVII)
Doutrina que afirma que a razão humana, o pensamento
racionalista, é a única fonte do conhecimento.
Ao contrário dos empiristas, os racionalistas afirmam que os nossos
sentidos nos enganam e nunca podem conduzir a um conhecimento
verdadeiro.
Para os racionalistas um conhecimento é verdadeiro somente
quando é logicamente necessário e universalmente aceito.
53
55. A partir de tal afirmação constata-se que tudo aquilo que
compõe a natureza é objeto de observação e experimentação
para se obter novos conhecimentos.
Toda a matéria em qualquer forma e composição molecular pode
ser objeto de estudo.
Assim, pode-se referir que todos os fenômenos relacionados a
natureza social, biológica e tecnológica são objetos da ciência.
55
57. Por Tentativa de Acerto e Erro Por Cálculo
Somente Prática Aplicação da Teoria
Variáveis
Fonte: http://www.cesec.ufpr.br/~tc407/projeto_estrutural.htm
Influenciam no Resultado
+ Material Próximo do Ideal
+ Custo - Custo Ideal = Exato
57
58. A exatidão de um conhecimento sobre um sistema,
produto ou processo nunca é obtido integralmente, mas
sim através de modelos sucessivamente mais próximos
Tanto a Teoria como a Prática são indispensáveis à
construção de modelos mais próximos do ideal
SÍNTESE: CONHECIMENTO TEÓRICO E PRÁTICO 58
59. Fonte Figura:
http://www.cimm.com.br/
portal/noticia/exibir_notic
ia/3340
INTUIÇÃO =
+
Idéias Originais sobre um Novo
Produto ou Processo.
OBSERVAÇÃO Observar; Experimentar, Projetar,
EXPERIMENTAÇÃO = Montar,Construir, Testar, Otimizar.
+ Entender e Explicar Fisicamente
RACIONALIZAÇÃO = porque Funciona; Descrever
Matematicamente
59
SÍNTESE: ELEMENTOS DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO
62. O conhecimento adquirido pelo senso comum, também
denominado conhecimento popular, é um modo espontâneo de
conhecer que não se distingue do conhecimento científico nem
pela veracidade nem pela natureza do objeto conhecido
(LAKATOS E MARCONI, 1986).
O que diferencia o conhecimento comum do científico é a
forma, o método e os instrumentos de “como conhecer”
(LAKATOS E MARCONI, 1986).
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 1986
62
CONHECIMENTO COMUM / POPULAR
63. Uma das formas mais antigas e, ao longo dos séculos, mais
comumente adotada pelo homem, na busca de conhecimento, é o
do apelo à autoridade ou à tradição e aos costumes.
A autoridade estava nas mãos de chefes de tribo, lideres religiosos,
de políticos ou sábios; a verdade seria o que afirmavam os que
detinham o poder (GRESSLER, 2003).
GRESSLER, L A. Introdução à pesquisa. São Paulo: Loyola, 2003.
63
CONHECIMENTO COMUM / POPULAR
64. É um “esforço da razão pura para questionar problemas
humanos e discernir entre certo e errado, sem fazer apelo a
ilusões divinas e recorrendo unicamente às luzes da própria
razão humana”
(RUIZ, 1996, p.111)
A filosofia baseia-se em razão e sabedoria.
Difere do conhecimento científico pela não obrigação de
aplicação direta à realidade
RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. São Paulo: Atlas, 1996.
64
CONHECIMENTO FILOSÓFICO
65. O fundamento reside na fé, na crença.
Não é preciso ver para crer e, muitas vezes, deve-se crer
mesmo que as evidências apontem para o contrário do
que a religião ensina.
As verdades são tidas como definitivas e não permitem
revisão mediante reflexão ou experiência.
Podem ser classificados sob este título os conhecimentos
místicos ou espirituais (MÁTTAR NETO, 2002)
MÁTTAR NETO, João Augusto. Metodologia científica na era da informática. São Paulo: Saraiva, 2002.
65
CONHECIMENTO RELIGIOSO
66. O conhecimento científico é um produto resultante da
investigação científica.
Surge não apenas da necessidade de encontrar soluções para
problemas de ordem prática da vida diária, característica essa do
conhecimento do senso comum, mas do desejo de fornecer
explicações sistemáticas que possam ser testadas e criticadas
através de provas empíricas e da discussão intersubjetiva
CONHECIMENTO CIENTÍFICO 66
67. O conhecimento científico nunca é absoluto ou final, pode ser
sempre modificado ou substituído por um novo
conhecimento
Qualquer conhecimento que vier a ser aceito em função de uma
ampla comprovação pode substituir aquele anterior,
estabelecendo uma nova lei científica
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CONHECIMENTO CIENTÍFICO
68. O conhecimento científico não é somente um dos fatores que
influem na geração e substituição de tecnologia, é também um
dos recursos com que contam as sociedades contemporâneas
para controlar os efeitos não desejados do desenvolvimento
tecnológico (BAZZO, LINSINGEN e PEREIRA, 2003).
BAZZO, W. A.; LINSINGEN, I. v.; PEREIRA, L. T V. Introdução aos estudos CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade). Madri: OEI, 2003
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CONHECIMENTO CIENTÍFICO
69. Conhecimento Conhecimento Conhecimento Conhecimento
Popular Científico Filosófico Religioso
Valorativo Real Valorativo Valorativo
Reflexivo Contingente Racional Inspiracional
Assistemático Sistemático Sistemático Sistemático
Verificável Verificável Não Verificável Não Verificável
Falível Falível Infalível Infalível
Inexato Aproximado Exato Exato
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SÍNTESE: TIPOS DE CONHECIMENTO
71. Para um Trabalho ter Validade
Científica é Necessário:
Utilizar Método Científico
O Resultado Ser
Amplamente Aceito
Sistematizar as
Ações(Etapas)
Descrever como foram
obtidos os resultados Ser Transmissível e
(Procedimentos) Compartilhável
SÍNTESE: VALIDADE DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO 71
72. Como otimizar o processo de aquisição,
transferência e gestão do
conhecimento?
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73. (i) criar repositórios de conhecimento que reúnam tanto conhecimento, quanto
informação, principalmente documentos escritos. Estes repositórios podem ser de três
tipos: conhecimento externo (inteligência competitiva); conhecimento interno estrutural
(relatórios, produtos, procedimentos e técnicas); conhecimento interno tácito ou informal;
(ii) proporcionar ou aumentar o acesso à informação e ao conhecimento, facilitando sua
difusão dentro da organização, enfatizando a conectividade, o acesso e a transferência de
informação e conhecimento, com base nas tecnologias digitais que garantem a
alimentação, o acesso e a transferência em tempo real. O estabelecimento de normas e
padrões é essencial para organizar a memória digital;
(iii) criar um ambiente positivo no qual a criação, transferência e uso do conhecimento
sejam valorizados. Isso envolve visão, valores e comprometimento das lideranças
dispostas a encorajar a criatividade individual e o trabalho em equipes multifuncionais;
(iv) reconhecer o conhecimento como um bem e enfatizar seu valor para a organização.
BOTELHO, M. A.; MONTEIRO, A. M.; VALLS, V. A gestão do conhecimento esportivo: a experiência da biblioteca da Seme. Ciência da Informação, Vol. 36, nº 1, 2007.
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