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O método nas Ciências Sociais
Alda Judith Alves-Mazzotti
Introdução
• A visão de uma ciência objetiva, neutra, a-histórica,
capaz de formular leis gerais sobre o funcionamento da
natureza, leis estas cujo valor de verdade seria garantido
pela aplicação criteriosa do método já não se sustenta
• A maioria dos cientistas, hoje, admite que o
conhecimento nunca é inteiramente objetivo, que os
valores do cientista podem interferir no seu trabalho,
que os conhecimentos gerados pela ciência não são
infalíveis e que mesmo os critérios para distinguir o que é
e o que não é ciência variam ao longo da história
Introdução
• Problema ainda mais complexo nas Ciência Sociais
• Discussão gira em torno das possibilidades e vantagens
de se usar um modelo das Ciências Naturais para o
estudo de fenômenos humanos e sociais:
 Alguns defendem que só assim as Ciências Sociais podem
ser propriamente chamadas de “ciências”
 Outros vêm questionando sua eficácia para estudar o
comportamento humano, pois deixaria de lado o que
caracteriza as ações humanas: as intenções, significados e
finalidades que lhe são inerentes
Introdução
• Não há uma maneira única de se produzir conhecimento
nas Ciências Sociais
• Tentativas de demarcação clara do que é ou não ciência
têm sido infrutíferas
• Discutiremos as possibilidades de se construir
conhecimentos confiáveis sobre os fenômenos sociais
• Apesar das várias possibilidades, não “vale tudo”: há
modelos de investigação e critérios para orientar as
pesquisas e para avaliar o rigor de seus procedimentos e a
confiabilidade de suas conclusões
As Ciências Sociais são ciências?
• Era comum a discussão sobre método científico nos livros
de metodologia da pesquisa
• Caracterização do conhecimento científico e distinção
dos outros tipos de conhecimento, ressaltando sua
superioridade (tomando ciência pelo empirismo lógico
ou positivismo)
• Este método deveria ser seguido por todos os ramos do
conhecimento que pretendessem o status de ciência:
objetividade, neutralidade e racionalidade
A crítica radical da crença na ciência: o relativismo
• Críticas dos filósofos da ciência contemporâneos (Popper, Kuhn,
Lakatos e Feyerabend) aos pilares do positivismo: a objetividade
da observação e a legitimidade da indução
• Tese da incomensurabilidade de Kuhn: 3 posições
– Popper e outros argumentaram contra suas teses relativistas e defenderam
a utilização de critérios objetivos na avaliação de teorias
– Lakatos e outros admitem que é sempre possível evitar a refutação de uma
teoria modificando hipóteses auxiliares, mas também acreditam ser
possível usar critérios objetivos para avaliar teorias, com base em seu
potencial heurístico, isto é, sua capacidade de prever fatos novos
– Feyerabend e a Escola de Edimburgo (Barnes, Bloor, Latour e Woolgar)
levam o relativismo às últimas consequências
A crítica radical da crença na ciência: o relativismo
• Feyerabend e o “anarquismo epistemológico”:
– Relativismo radical
– Pressuposto: impossibilidade de decidir racionalmente
entre teorias rivais, defende a proliferação de teorias
e métodos como forma de ampliar os horizontes do
conhecimento.
– Afirma que não há objetivos que nos autorizem
defender a superioridade do conhecimento científico
sobre qualquer outro
– “Vale tudo”
• Escola de Edimburgo (Sociologia do Conhecimento):
– Posição também irracionalista e relativista
– Assumem as teses da incomensurabilidade e da
impregnação dos fatos pela teoria
– Afirmam que o que chamamos de conhecimento
científico, na verdade, é uma construção social
– A aceitação de uma teoria seria determinada pelo status
do cientista ou do grupo que a propõe, pelo prestígio da
revista que a publica, pelos interesses em jogo na
comunidade científica, pelas lutas de poder, entre outros
fatores históricos, culturais, sociais e pessoais
A crítica radical da crença na ciência: o relativismo
A crítica radical da crença na ciência: o relativismo
• Questionamentos ao relativismo radical (Kincaid ,1996):
– Críticas a teses de Kuhn (incomensurabilidade, p. ex.)
– Críticas aos construtivistas sociais:
• Não há dúvida que a ciência é um processo social e que as
crenças da ciência têm origens sociais, mas isto não quer dizer
que esta não possa se basear em evidências, racionalidade e
método
• Também admite que dinheiro e prestígio motivam os cientistas.
Mas, se a comunidade científica recompensa a procura de
evidências e a elaboração de boas teorias, então estas
continuam a orientar a prática científica
• Argumenta que, se o construtivismo social é, como seus adeptos
geralmente consideram, uma atividade científica, suas
afirmações também não passam de construções sociais e,
portanto, segundo sua própria lógica, não temos razão para
aceitar suas conclusões (posição autorrefutadora)
O questionamento ideológico: a Escola de Frankfurt
• Instituto de Pesquisas Sociais de Frankfurt (1923)
• Max Horkheimer passa a dirigir a partir de 1930
• Intelectuais de várias áreas (Sociologia, Economia, Ciência Política,
Filosofia, Psicanálise)
• Referenciados no materialismo histórico-dialético, em diálogo com outros
autores (Max Weber, Georg Wilhelm Friedrich Hegel, Sigmund Freud, etc)
• Membros: Max Hokheimer, Theodor Adorno, Erich Fromm, Ernst Bloch,
Walter Benjamin, Jürgen Habermas,
• Crítica à razão instrumental pois esta não daria conta das transformações
sociais necessárias nem mesmo de explicar a realidade
O questionamento ideológico: a Escola de Frankfurt
• Valor de uma teoria depende de sua relação com a práxis
[atividade livre, universal, criativa e auto criativa, por
meio da qual o homem cria (faz, produz), e transforma
(conforma) seu mundo humano e histórico e a si mesmo]
• Para ser relevante, uma teoria social tem de estar
relacionada às questões nas quais, num dado momento
histórico, as forças sociais mais progressistas estejam
engajadas
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• Razão instrumental:
– Quando o sujeito do conhecimento toma como ponto de
partida que conhecer é dominar e controlar a natureza e os
seres humanos
– Tal razão se hipertrofia em sua função de tratamentos dos
meios, e não na reflexão objetiva dos fins
– Na medida em que razão se torna instrumental, a ciência
vai deixando de ser uma forma de acesso aos
conhecimentos verdadeiros para tornar-se um instrumento
de dominação, poder e exploração, sendo sustentada pela
ideologia cientificista (de que os meios científicos e
técnicos, por si só, dão conta da realidade) que, através da
escola e dos meios de comunicação de massa, engendra
uma mitologia - a religião da ciência - contrária ao espírito
iluminista e à emancipação da humanidade
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• Teoria Tradicional x Teoria Crítica
• Teoria Tradicional: “toda aquela que se produz como válida pela
ciência dominante (positivista), tendo por características: (1) a
abstração conceitual sem vinculação com a realidade concreta, a
partir de modelos que pressupõem a sociedade como algo dado,
sem historicidade; e (2) a neutralidade e a objetividade do
conhecimento na explicação do funcionamento da sociedade”
O questionamento ideológico: a Escola de Frankfurt
• Teoria Tradicional x Teoria Crítica:
• Teoria Crítica: A teoria crítica da sociedade, ao contrário, tem
como objeto os homens como produtores de todas as suas
formas históricas de vida. As situações efetivas, nas quais a
ciência se baseia, não são para ela uma coisa dada, cujo único
problema estaria na mera constatação e previsão segundo as
leis da probabilidade. O que é dado não depende apenas da
natureza, mas também do poder do homem sobre ele. Os
objetos e a espécie de percepção, a formulação de questões e
o sentido da resposta dão provas da atividade humana e do
grau de seu poder." (Horkheimer, Filosofia e Teoria Crítica,
1968b, p. 163)
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• Muitos cientistas sociais passam a adotar o “vale tudo” de Feyerabend
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A crise dos paradigmas
• Hoje, admite-se que todos os critérios de demarcação
propostos para distinguir, inequivocadamente, o que
pode ser e o que não pode ser considerado ciência são
falhos
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A discussão contemporânea
• Muitos ainda defendem que as Ciências Sociais devem
seguir os padrões das Ciências Naturais
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• O que se propõe é um compromisso com certos
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sempre coincidam
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Pesquisas qualitativas x pesquisas quantitativas?
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• Pesquisas quali-quantitativas
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• Relevância da temática (social e para o campo)
• Justificativa
• Coerência com o paradigma escolhido
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• Referencial teórico: autores primários e também recentes;
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• Metodologia: fundamentação e justificativa de metodologia,
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de coleta de dados (triangulação – três fontes para garantir
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• Se for qualitativa:
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Aula O método nas Ciências Sociais

  • 1. O método nas Ciências Sociais Alda Judith Alves-Mazzotti
  • 2. Introdução • A visão de uma ciência objetiva, neutra, a-histórica, capaz de formular leis gerais sobre o funcionamento da natureza, leis estas cujo valor de verdade seria garantido pela aplicação criteriosa do método já não se sustenta • A maioria dos cientistas, hoje, admite que o conhecimento nunca é inteiramente objetivo, que os valores do cientista podem interferir no seu trabalho, que os conhecimentos gerados pela ciência não são infalíveis e que mesmo os critérios para distinguir o que é e o que não é ciência variam ao longo da história
  • 3. Introdução • Problema ainda mais complexo nas Ciência Sociais • Discussão gira em torno das possibilidades e vantagens de se usar um modelo das Ciências Naturais para o estudo de fenômenos humanos e sociais:  Alguns defendem que só assim as Ciências Sociais podem ser propriamente chamadas de “ciências”  Outros vêm questionando sua eficácia para estudar o comportamento humano, pois deixaria de lado o que caracteriza as ações humanas: as intenções, significados e finalidades que lhe são inerentes
  • 4. Introdução • Não há uma maneira única de se produzir conhecimento nas Ciências Sociais • Tentativas de demarcação clara do que é ou não ciência têm sido infrutíferas • Discutiremos as possibilidades de se construir conhecimentos confiáveis sobre os fenômenos sociais • Apesar das várias possibilidades, não “vale tudo”: há modelos de investigação e critérios para orientar as pesquisas e para avaliar o rigor de seus procedimentos e a confiabilidade de suas conclusões
  • 5. As Ciências Sociais são ciências? • Era comum a discussão sobre método científico nos livros de metodologia da pesquisa • Caracterização do conhecimento científico e distinção dos outros tipos de conhecimento, ressaltando sua superioridade (tomando ciência pelo empirismo lógico ou positivismo) • Este método deveria ser seguido por todos os ramos do conhecimento que pretendessem o status de ciência: objetividade, neutralidade e racionalidade
  • 6. A crítica radical da crença na ciência: o relativismo • Críticas dos filósofos da ciência contemporâneos (Popper, Kuhn, Lakatos e Feyerabend) aos pilares do positivismo: a objetividade da observação e a legitimidade da indução • Tese da incomensurabilidade de Kuhn: 3 posições – Popper e outros argumentaram contra suas teses relativistas e defenderam a utilização de critérios objetivos na avaliação de teorias – Lakatos e outros admitem que é sempre possível evitar a refutação de uma teoria modificando hipóteses auxiliares, mas também acreditam ser possível usar critérios objetivos para avaliar teorias, com base em seu potencial heurístico, isto é, sua capacidade de prever fatos novos – Feyerabend e a Escola de Edimburgo (Barnes, Bloor, Latour e Woolgar) levam o relativismo às últimas consequências
  • 7. A crítica radical da crença na ciência: o relativismo • Feyerabend e o “anarquismo epistemológico”: – Relativismo radical – Pressuposto: impossibilidade de decidir racionalmente entre teorias rivais, defende a proliferação de teorias e métodos como forma de ampliar os horizontes do conhecimento. – Afirma que não há objetivos que nos autorizem defender a superioridade do conhecimento científico sobre qualquer outro – “Vale tudo”
  • 8. • Escola de Edimburgo (Sociologia do Conhecimento): – Posição também irracionalista e relativista – Assumem as teses da incomensurabilidade e da impregnação dos fatos pela teoria – Afirmam que o que chamamos de conhecimento científico, na verdade, é uma construção social – A aceitação de uma teoria seria determinada pelo status do cientista ou do grupo que a propõe, pelo prestígio da revista que a publica, pelos interesses em jogo na comunidade científica, pelas lutas de poder, entre outros fatores históricos, culturais, sociais e pessoais A crítica radical da crença na ciência: o relativismo
  • 9. A crítica radical da crença na ciência: o relativismo • Questionamentos ao relativismo radical (Kincaid ,1996): – Críticas a teses de Kuhn (incomensurabilidade, p. ex.) – Críticas aos construtivistas sociais: • Não há dúvida que a ciência é um processo social e que as crenças da ciência têm origens sociais, mas isto não quer dizer que esta não possa se basear em evidências, racionalidade e método • Também admite que dinheiro e prestígio motivam os cientistas. Mas, se a comunidade científica recompensa a procura de evidências e a elaboração de boas teorias, então estas continuam a orientar a prática científica • Argumenta que, se o construtivismo social é, como seus adeptos geralmente consideram, uma atividade científica, suas afirmações também não passam de construções sociais e, portanto, segundo sua própria lógica, não temos razão para aceitar suas conclusões (posição autorrefutadora)
  • 10. O questionamento ideológico: a Escola de Frankfurt • Instituto de Pesquisas Sociais de Frankfurt (1923) • Max Horkheimer passa a dirigir a partir de 1930 • Intelectuais de várias áreas (Sociologia, Economia, Ciência Política, Filosofia, Psicanálise) • Referenciados no materialismo histórico-dialético, em diálogo com outros autores (Max Weber, Georg Wilhelm Friedrich Hegel, Sigmund Freud, etc) • Membros: Max Hokheimer, Theodor Adorno, Erich Fromm, Ernst Bloch, Walter Benjamin, Jürgen Habermas, • Crítica à razão instrumental pois esta não daria conta das transformações sociais necessárias nem mesmo de explicar a realidade
  • 11. O questionamento ideológico: a Escola de Frankfurt • Valor de uma teoria depende de sua relação com a práxis [atividade livre, universal, criativa e auto criativa, por meio da qual o homem cria (faz, produz), e transforma (conforma) seu mundo humano e histórico e a si mesmo] • Para ser relevante, uma teoria social tem de estar relacionada às questões nas quais, num dado momento histórico, as forças sociais mais progressistas estejam engajadas
  • 12. O questionamento ideológico: a Escola de Frankfurt • Razão instrumental: – Quando o sujeito do conhecimento toma como ponto de partida que conhecer é dominar e controlar a natureza e os seres humanos – Tal razão se hipertrofia em sua função de tratamentos dos meios, e não na reflexão objetiva dos fins – Na medida em que razão se torna instrumental, a ciência vai deixando de ser uma forma de acesso aos conhecimentos verdadeiros para tornar-se um instrumento de dominação, poder e exploração, sendo sustentada pela ideologia cientificista (de que os meios científicos e técnicos, por si só, dão conta da realidade) que, através da escola e dos meios de comunicação de massa, engendra uma mitologia - a religião da ciência - contrária ao espírito iluminista e à emancipação da humanidade
  • 13. O questionamento ideológico: a Escola de Frankfurt • Teoria Tradicional x Teoria Crítica • Teoria Tradicional: “toda aquela que se produz como válida pela ciência dominante (positivista), tendo por características: (1) a abstração conceitual sem vinculação com a realidade concreta, a partir de modelos que pressupõem a sociedade como algo dado, sem historicidade; e (2) a neutralidade e a objetividade do conhecimento na explicação do funcionamento da sociedade”
  • 14. O questionamento ideológico: a Escola de Frankfurt • Teoria Tradicional x Teoria Crítica: • Teoria Crítica: A teoria crítica da sociedade, ao contrário, tem como objeto os homens como produtores de todas as suas formas históricas de vida. As situações efetivas, nas quais a ciência se baseia, não são para ela uma coisa dada, cujo único problema estaria na mera constatação e previsão segundo as leis da probabilidade. O que é dado não depende apenas da natureza, mas também do poder do homem sobre ele. Os objetos e a espécie de percepção, a formulação de questões e o sentido da resposta dão provas da atividade humana e do grau de seu poder." (Horkheimer, Filosofia e Teoria Crítica, 1968b, p. 163)
  • 15.
  • 16. A crise dos paradigmas • Ideias relativistas encontraram campo fértil nas Ciências Sociais • Muitos cientistas sociais passam a adotar o “vale tudo” de Feyerabend • Outros defendem a adoção do pós-positivismo nas Ciências Sociais • Década de 1970: paradigma qualitativo, em oposição ao positivismo, identificado com o uso de técnicas quantitativas • Em alguns casos, a rigidez metodológica foi substituída por uma total falta de método, originando pesquisas “frouxas” e com resultados pouco confiáveis
  • 17. Concepção hegemônica de ciência: positivismo/pós-positivismo Teoria do conhecimento Estudo do ser, natureza do ser, a existência e a realidade
  • 18. A crise dos paradigmas • Hoje, admite-se que todos os critérios de demarcação propostos para distinguir, inequivocadamente, o que pode ser e o que não pode ser considerado ciência são falhos • Não há definição consensual do que seja ciência (Chalmers, 1995)
  • 19. A discussão contemporânea • Muitos ainda defendem que as Ciências Sociais devem seguir os padrões das Ciências Naturais • Outros defendem não abandonar métodos próprios das Ciências Sociais • O que se propõe é um compromisso com certos princípios básicos do trabalho científicos, ainda que nem sempre coincidam
  • 20. Concepções alternativas de ciência Estudo do ser, natureza do ser, a existência e a realidade Teoria do conhecimento
  • 21.
  • 22. Pesquisas qualitativas x pesquisas quantitativas? • A realidade não opera sempre assim • Os dois paradigmas são importantes e trazem contribuições • Há perspectivas teóricas, áreas, pesquisadores, etc, que contemplam aspectos dos dois paradigmas • Pesquisas quali-quantitativas
  • 23. Critérios de rigor teórico-metodológico para pesquisas qualitativas • Relevância da temática (social e para o campo) • Justificativa • Coerência com o paradigma escolhido • Quadro teórico consistente (diálogo com os autores da área) • Boa revisão bibliográfica • Escolha de boas fontes documentais (fontes primárias, quando possível) • Triangulação de métodos de análise • Estabelecer relações entre os níveis micro e macro de análise • Reconhecer limites e lacunas • Indicar possíveis desdobramentos para futuras pesquisas
  • 24. Critérios de qualidade gerais • Problemática da pesquisa definida • Justificativa (importância para a Ed. Brasileira; lacunas do conhecimento e originalidade; motivação pessoal/profissional) • Referencial teórico: autores primários e também recentes; paradigma; diálogo com autores • Metodologia: fundamentação e justificativa de metodologia, tipos de estudo, campo empírico, sujeitos do estudo, técnicas de coleta de dados (triangulação – três fontes para garantir rigor) • Análise de dados: reflexão pessoal, evidências, comparação com a teoria • Conclusões: síntese, respostas às questões e aos objetivos, recomendações
  • 25. Critérios de qualidade dependentes do paradigma (além dos critérios gerais) • Paradigma teórico-crítico, marxista, étnico-racial, feminista, teoria queer: ver se estão coerentes com a perspectiva de transformação social e as questões epistemológicas/ontológicas deste paradigma • Paradigma pós-moderno, construtivista social, multicultural, etc: ver se estão coerentes com a perspectiva de relativismo (ou universalismo a posteriori) e com as questões epistemológicas e ontológicas do paradigma
  • 26. Critérios de qualidade de metodologia Além de todos, • Se for qualitativa: – Triangulação, generalização naturalística (não é só o particular) • Se for quantitativa: – Amostra, generalização estatística, controle de variáveis ≠ delimitação/limitação
  • 27.
  • 28.
  • 29. • Autoria bem demarcada (1ª pessoa do singular ou do plural) • Contexto sócio-histórico da pesquisa é apresentado • Caráter subjetivo fica evidenciado (rejeição à ideia de neutralidade do pesquisador) • Estilo de narrativa ou descritivo • Necessidade de compreender os conceitos e categorias centrais • Diversos paradigmas, quadros teóricos e metodologias • Análises qualitativas • Concepções e posicionamentos políticos (intencionalidades) • Maior diversidade na estrutura textual • Abordagem indutiva • Não existem “dados” / resultados são construídos a partir da interação entre sujeito e objeto da pesquisa Características da linguagem de um artigo nas Ciências Humanas e Sociais
  • 30. Paradigma qualitativo de pesquisa (Estudos Sócio-Históricos,Teoria Crítica/Marxismo, Estudos Culturais, Construtivismo Social, Estudos Etnográficos, Teoria Queer, etc) Ciências Sociais e Humanas • Pressupõem a subjetividade (Artigos na primeira pessoa) • Análises, descrições, representações, interpretações e/ou compreensões da realidade • Análises organicistas: real é complexo e todo é mais que a soma das partes • Narrativas, histórias de vida, interpretações • Os elementos básicos da análise são categorias qualitativas • O pesquisador participa do processo • Os resultados dependem do contexto da pesquisa • Gera ideias e questões para pesquisa • O raciocínio é dialético e indutivo • Descreve os significados, descobertas • Busca particularidades • Preocupa-se com a qualidade de informações e respostas
  • 31. Possibilidades teórico-metodológicas de pesquisas qualitativas • Estudos de caso • Pesquisas etnográficas • Pesquisa-Ação/Pesquisa Participante • Representações Sociais • Análise de Conteúdo • Análises de Discurso • Fenomenologia • Hermenêutica • Materialismo Histórico/ Materialismo Dialético • Estruturalismo • Pós-Estruturalismo/Pós-Modernidade • Análises Documentais • Entrevistas • Questionários • Grupos Focais • Pesquisa Bibliográfica