O documento apresenta as principais evidências da evolução biológica, incluindo evidências taxonômicas, biogeográficas, paleontológicas, embriológicas, anatômicas e bioquímicas. As evidências mostram como as espécies estão relacionadas através de antepassados comuns e como evoluíram ao longo do tempo.
2. OBJETIVOS :
As contribuições da teoria da evolução foram
fundamentais para a compreensão da Biologia.
Hoje em dia, há inúmeras evidências que
demonstram a ocorrência de evolução.
3. PODE-SE COMPROVAR A EVOLUÇÃO?
É difícil observar diretamente como atua a evolução. No
entanto, estudando os seres vivos, observam-se fatos
que apontam com clareza para o processo de evolução
biológica. Esses fatos são conhecidos como evidência
de evolução e são divididos em seis grupos principais.
4. EVIDÊNCIAS TAXONÔMICAS
Taxonomia é a classificação dos seres vivos a
partir de suas características. Cada espécie de
ser vivo é reunida com outras parecidas em
grupos. Por sua vez, esses grupos formam
categorias de maior tamanho; dessa forma,
chega-se ao grupo denominado reino.
5. Esse tipo de classificação surgiu antes do
desenvolvimento da Teoria da Evolução. No entanto, a
visão evolutiva explica que espécies semelhantes
apresentam parentesco e originaram-se de
antepassados comuns. De fato, hoje em dia se fala de
classificações evolutivas; o que reflete a taxonomia são
as relações de parentesco entre todas as espécies de
seres vivos.
7. Os seres vivos podem ser classificados em grupos ou
táxons segundo suas semelhanças.
Nesta árvore da classificação dos mamíferos
carnívoros, pode-se observar que as hienas, por
exemplo, estão mais aparentadas com os felinos do
que com os lobos e as raposas.
8. EVIDÊNCIAS BIOGEOGRÁFICAS
A fauna e a flora de duas regiões são mais
parecidas à medida que estão mais próximas. Essa
relação não teria por que ocorrer se cada espécie
tivesse sido criada de forma isolada. Ao contrário,
explica-se que as espécies estão relacionadas: as
espécies de zonas próximas são parecidas e têm
antepassados comuns. As faunas da América do
Sul e da África são diferentes, mas estão
relacionadas.
9. Por exemplo, existem macacos nos dois continentes. Deve-se
a isso o fato de que estes se separaram há milhões de anos,
mas as faunas atuais evoluíram desde então, a partir desses
antepassados comuns. Em contrapartida, a Austrália tem uma
fauna radicalmente diferente: separou-se muito antes; assim,
os antepassados comuns com o sudeste da América e África
são muito distantes. Nos arquipélagos afastados dos
continentes é frequente encontrar espécies de animais
próprias de cada ilha, mas muito relacionadas entre si. Isso se
deve ao fato de que tais ilhas foram colonizadas por uma
espécie inicial que ocupou todas as ilhas e em cada uma delas
originou uma espécie diferente. É o caso do macaco capuchino
da América Central e o chimpanzé africano.
11. Ao estudar os fósseis, deve-se observar que os seres vivos que
habitaram a Terra modificaram-se e que algumas espécies foram
substituídas por outras. É difícil encontrar uma cadeia de fósseis que
explique perfeitamente o processo evolutivo que leva até uma
determinada espécie atual, pois o registro fóssil não é perfeito; mas
existem algumas séries contínuas que permitem seguir a evolução de
alguma espécie. Um exemplo clássico é o registro fóssil do cavalo,
que permite seguir as alterações anatômicas sofridas desde um
animal do tamanho de um cão com quatro dedos em suas patas até o
atual, de grande estatura e com somente um dedo em cada pata.
Outras vezes, encontram-se fósseis de formas intermediárias entre
dois grupos de seres vivos. O Archaeopteryx é um réptil cujas penas
são perfeitamente visíveis (característica das aves), mas com dentes
em seu bico (característica de répteis).
13. Nas fases iniciais do desenvolvimento embrionário dos animais há
muitas semelhanças, e mais ainda quanto mais próximos são os
animais em termos de parentesco evolutivo. Por exemplo, todos os
embriões de vertebrados possuem cauda e fendas branquiais nas
primeiras fases do desenvolvimento embrionário. A medida que o
desenvolvimento avança, alguns animais conservam essas estruturas,
enquanto outros a perdem. Parece evidente que os embriões que
apresentam características similares têm um antepassado comum.
Veja na figura a comparação dos embriões de um peixe e de uma ave.
Observa-se que as fendas branquiais e os arcos aórticos são
equivalentes.
15. Os órgãos dos animais, em função de sua estrutura interna e de sua
função, podem ser homólogos ou análogos:
• Órgãos homólogos têm a mesma estrutura interna, ainda que sua forma
externa e sua função sejam diferentes. Por exemplo, a nadadeira de
um golfinho, um braço humano e a asa de um morcego têm a mesma
origem e estrutura anatômica. As espécies com esses órgãos
sofreram evolução divergente.
• Órgãos análogos possuem uma mesma função, mas suas estruturas
internas são distintas; por exemplo, a asa de um inseto e a asa de
uma ave têm estruturas internas totalmente distintas, mas com a
mesma função, voar. Nesse caso, falamos de evolução convergente.
16. EVIDÊNCIAS BIOQUÍMICAS
NA FIGURA ESTÁ A ÁRVORE EVOLUTIVA DE ALGUNS VERTEBRADOS, ELABORADA A PARTIR
DO ESTUDO DAS DIFERENÇAS ENTRE AS PROTEÍNAS DOS ORGANISMOS.
17. Quanto mais parecidos são os organismos, mais coincidências existem
entre as moléculas que os formam. As moléculas que costumam ser
estudadas são as proteínas e o DNA. Baseando-se nelas, podem-se
confeccionar árvores filogenéticas entre espécies. Essas árvores, em
geral, confirmam as classificações taxonômicas clássicas, além de
apresentar surpresas. No caso da espécie humana, comprovou-se que o
animal com o qual possui mais semelhanças é o chimpanzé. Isso não
quer dizer que descendemos desse animal, mas, sim, que as pessoas e
os chimpanzés têm um antepassado comum.