SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  68
Télécharger pour lire hors ligne
Transparência Pública E
Democratização das Informações

Educação, Informação e
Tecnologia para Autogestão
2 Dados Abertos

Programa
1) Apresentação
2) Dados Abertos
3) Orçamento
4) Transparência e Participação
5) Uso das informações para a justiça, a
democracia e a construção de alternativas
2
1 Apresentação

Quem somos
A Cooperativa EITA – formada por um coletivo
de desenvolvedores e educadores populares

que possui como missão fortalecer as lutas de
movimentos sociais do campo popular através
da

construção

de

tecnologias

livres

da

informação e metodologias participativas para
seu uso e apropriação.

Educação, Informação e
Tecnologia para Autogestão

33
Quem somos
●

O IMD – coletivo cuja missão é ampliar a
democracia

sobre

participação
governos

e

e

a

vigilância

empresas,

economia,
pública

em

com

sobre

favor

da

distribuição da riqueza e da garantia de
direitos.

4
1 Apresentação

O Ranking dos
Proprietários do Brasil
Em dezembro de 2012 a Cooperativa EITA e o
IMD lançaram o Ranking dos Proprietários do
Brasil
www.proprietariosdobrasil.org.br
55
1 Apresentação

Ranking Proprietários do Brasil
O objetivo pesquisa:
●

renomear os grandes grupos econômicos que atuam no país;

●

mensurar a concentração de poder desses grupos;

●

evidenciar a grande rede de empresas e pessoas envolvidas
nos impactos sociais gerados pelas grandes empresas e;

●

revelar como esta estrutura, concentradora e geradora de
pobreza, não pode existir sem a presença do Estado
brasileiro.

66
1 Apresentação

Ranking dos
Proprietários do BrasiL
O Ranking baseia-se no controle da propriedade por poucas
empresas e pessoas, através de estruturas complexas e
ramificadas de participações societárias;
Revelou os nomes das famílias e pessoas proprietárias últimas
dessas empresas;
Evidenciou a elevada concentração nas 12 primeiras empresas,
que concentram mais de 50% de todo Poder Acumulado (PA)
das 397 empresas listadas.
77
1 Apresentação

A Campanha
●

Em dezembro de 2012 lançamos a Campanha Quem são os
Proprietários do Brasil

●

Financiamento

colaborativo

via

Catarse:

dois

meses

de

mobilização;
●

Criamos a plataforma inicial da campanha; fizemos debates em
diversas cidades e espaços, como universidades e junto a
movimentos socais; produzimos análises de poder sobre algumas
empresas

envolvidas

em

conflitos

sociais,

como

a

Aldeia

Maracanã e o Assentamento Milton Santos;
88
1 Apresentação

A Campanha
●

Ao final da campanha arrecadamos R$ 61.098,00

●

Metas:
●

Reformulação do site da campanha;

●

Elaboração de 10 infográficos de rede de poder:

cinco escolhidos pelo público (votação na seção
debate do portal da campanha)
●

Ampliação da base de dados atual com as redes de

poder das 100 empresas de capital fechado com
maior receita em 2011;

99
1 Apresentação

A Campanha
●

Cruzamento das mais de 5.500 redes de poder dos

proprietários do brasil com os financiamentos do BNDES

entre 2008 e 2012, e com suas doações para as
campanhas eleitorais de 2010 a 2012.
●

Envio das recompensas

●

Produção dos infográficos

●

O curso Transparência
Informação

Pública e Democratização da

10
10
Dados ABERTOS

11
2 Dados Abertos

Dados Abertos
Por David Eaves:
Se o dado não pode ser encontrado e
indexado na Web, ele não existe;de URIs
Uso
Se não estiver aberto e disponível em

formato compreensível por máquina, ele
Uso de URIs
não pode ser reaproveitado;

Se algum dispositivo legal não permitir sua
replicação, ele não é útil.

12
Adaptado de: http://dados.gov.br/dados-abertos/
2 Dados Abertos

Dados Abertos
Por Tim Berners-Lee
Ligados
Uso de URIs

Formato Livre

Estruturado

Licença aberta

Adaptado de: http://5stardata.info/

13
2 Dados Abertos

OpenGovData:

Dados Abertos

1) Completos. Todos os dados públicos são disponibilizados. Dados públicos são dados que não estão sujeitos
a limitações válidas de privacidade, segurança ou controle de acesso, reguladas por estatutos.

Uso granularidade possível, e
2) Primários. Os dados são publicados na forma coletada na fonte, com a mais finade URIs
não de forma agregada ou transformada.
3) Atuais. Os dados são disponibilizados o quão rapidamente seja necessário para preservar o seu valor.
4) Acessíveis. Os dados são disponibilizados para o público mais amplo possível e para os propósitos mais
variados possíveis.
5) Processáveis por máquina. Os dados são razoavelmente estruturados para possibilitar o seu processamento
automatizado.
6) Acesso não discriminatório. Os dados estão disponíveis a todos, sem que seja necessária identificação ou
registro.
7) Formatos não proprietários. Os dados estão disponíveis em um formato sobre o qual nenhum ente tenha
controle exclusivo.
8) Livres de licenças. Os dados não estão sujeitos a regulações de direitos autorais, marcas, patentes ou
segredo industrial. Restrições razoáveis de privacidade, segurança e controle de acesso podem ser permitidas
na forma regulada por estatutos.
Adaptado de: http://dados.gov.br/dados-abertos/

14
2 Dados Abertos

Dados Abertos no Brasil
Portal de Dados Abertos do Governo
95 conjuntos de dados
Governo e Política
Educação

Pessoa, família e sociedade
Equipamentos Públicos
Economia e Finanças
Trabalho
Saúde

Conjuntos de dados em destaque
Indústria

Habitação, Saneamento e Urbanismo

15
2 Dados Abertos

Dados Abertos no Mundo
Estados Unidos
Inglaterra
União Europeia

Uruguai

Lista ampliada:
http://www.data.gov/opendatasites

16
2 Dados Abertos

Dados Abertos Ligados
●

Dados, além de abertos, podem ter um
identificador único na internet

●

Meta-dados universais - ontologias

●

Ligação entre as bases de dados

17
2 Dados Abertos

Dados Abertos Ligados

Nuvem de bases de dados descritas com
meta-dados universais e ligadas entre si

18
2 Dados Abertos

Outras Bases de Dados
●

Doações de campanha

●

Proprietários de Terra

●

Concessões de rádio e TV

●

Trabalho Escravo

●

...

19
2 Dados Abertos

Lei de Acesso à Informação
●

Sigilo é exceção, transparência é regra

●

Lei nº 12.527: Executivo Federal

●

Implementada em 12 estados e 8% dos
municípios

●

e-SIC: http://acessoainformacao.gov.br

●

Judiciário? Legislativo?
20
2 Dados Abertos

Lei de Acesso à Informação
●

Problemas principais:
●

●

●

falta de vontade de abrir
não-existência dos dados consolidados

Ainda assim, 90% dos pedidos até hoje foram
atendidos

●

No caso de pedidos ao MF, o número de
pedidos atendidos é de 86%
21
2 Dados Abertos

Dados Abertos na LAI
Art. 7o O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos
de obter:
§ 2o Para cumprimento do disposto no caput, os órgãos e entidades públicas deverão
utilizar todos os meios e instrumentos legítimos de que dispuserem, sendo obrigatória a
divulgação em sítios oficiais da rede mundial de computadores (internet).
§ 3o Os sítios de que trata o § 2o deverão, na forma de regulamento, atender, entre
outros, aos seguintes requisitos:
I - conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o acesso à informação de
forma objetiva, transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão;
II - possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos
e não proprietários, tais como planilhas e texto, de modo a facilitar a análise das
informações;
III - possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos em formatos abertos,
estruturados e legíveis por máquina;

22
2 Dados Abertos

Classificação de Informações
●

O sistema de classificação de informações tem três níveis –
ultrassecreto, secreto e reservado – com prazos de sigilo de,
respectivamente, 25, 15 e 5 anos. Para a classificação, deve-se
considerar o interesse público, a gravidade do dano à segurança
da sociedade e do Estado e o prazo máximo de restrição,
utilizando o critério menos restritivo possível.

●

O que não é classificado é público, portanto passível requisição

23
2 Dados Abertos

Limites da Lei de Acesso
●

O caso BNDES
●

ausência de uma política pública de informação

●

decisão da Justiça Federal retirando o BNDES do
alcance da Lei de Acesso à Informação,

contrariando o princípio da publicidade no uso do
recurso público
●

acesso aos contratos do Banco com a TKCSA e
Consórcio Norte Energia, por meio da Lei de
Acesso

24
2 Dados Abertos

Proprietários do Brasil
●

Base atual utiliza dados da Comissão de
Valores Mobiliários de 2011

●

Empresas com ações na bolsa de valores são
obrigadas a apresentar sua composição

acionária (ações ordinárias e preferenciais)

25
2 Dados Abertos

Proprietários do Brasil
●

Entretanto, devido à péssima qualidade dos
dados, utilizamos a técnica de raspagem
(scrapping) para obter os dados no portal
Econoinfo.

●

As 703 empresas com ações na bolsa de
valores em 2011 deram origem às 5599
empresas, pessoas e órgãos públicos que
compõe a base
26
2 Dados Abertos

Proprietários do Brasil
●

Briga pela base de dados da composição de
todas as empresas

●

Base já disponível para venda

●

Pedido na LAI negado

●

Recurso negado

●

Aguardando a resposta ao segundo recurso
27
2 Dados Abertos

Governo Aberto
●

Muitas vezes usado como sinônimo de dados
abertos

●

Algumas motivações:
●

Promoção da transparência

●

Luta contra a corrupção

●

Participação social

28
2 Dados Abertos

Parceria para Governo Aberto
(OGP)
●

Parceria multi-lateral iniciada por EUA e Brasil
em 2011

●

Governo Brasileiro já fez dois planos de ação

●

Pedidos relacionadas ao BNDES e à base de
dados das empresas foi negado

29
2 Dados Abertos

Quem Financia a Transparência
●

Hewlett Foundation: http://www.hewlett.org/programs/global-development-andpopulation-program/transparency-and-accountability

●

Open Society (George Soros): "The Open Society Foundations work to build vibrant and
tolerant democracies whose governments are accountable to their citizens."

●

Bill and Melinda Gates: Financia o International Budget Partnerhip (IBP, que por sua vez
financia o OGP), mas não diz isso em seu site; (também financia a revolução verde na
áfrica, entre outros)

●

Omydiar Network: do fundador do e-Bay: "The formation of Omidyar Network was
inspired by Pierre’s experience at eBay, which he founded in 1995 based on his beliefs in
the potential of individuals and the power of markets" (http://www.omidyar.com/about_us)

●

Revenue Watch Institue: financiado principalmente por Bill and Melinda Gates Foundation,
William and Flora Hewlett Foundation, e Open Society Institute
(http://www.revenuewatch.org/about/financials)

●

Ford Foundation

●

Hivos: Fundação Holandesa, financiada por governos e Omydiar e Bill and Melinda Gates 30
Foundation, entre outros
2 Dados Abertos

Outras Iniciativas
●

A pesquisa do ETH Zurich

●

Poderopedia

●

Opencorporates

●

They Rule: http://www.theyrule.net/

●

Donos da Midia
http://www.donosdamidia.com.br/

●

http://www.dams-info.org/pt
31
Orçamento Público
para que serve ?

32
3 Orçamento

Orçamento: Constituição
Federal
Seção II
DOS ORÇAMENTOS
Art. 165 - Leis de iniciativa do Poder Executivo
estabelecerão:
1) o plano plurianual
2) as diretrizes orçamentárias
3) os orçamentos anuais

33
33
3 Orçamento

Orçamento no Brasil
Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964
Estitui Normas Gerais de Direito Financeiro para
elaboração e controle dos orçamentos e
balanços da União, dos Estados, dos Municípios
e do Distrito Federal

Lei geral do orçamento
34
34
3 Orçamento

Orçamento no Brasil
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF
Em 4 de maio de 2000, a LRF foi proclamada como solução para o
equilíbrio das contas públicas e combate à corrupção.
O cenário de crescimento da Dívida Pública, inclusive dos Estados e
Municípios, culminou na elaboração da Lei de Responsabilidade Fiscal LRF, de n.º 101/2000. A LRF introduziu inovações na administração das
finanças públicas, intensificando mecanismos de controle dos gastos

públicos impondo limites e condições, principalmente sobre pessoal e
endividamento.

35
35
3 Orçamento

Orçamento no Brasil

LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF
Na realidade, a criação da LRF foi determinada pelo
acordo firmado com o Fundo Monetário Internacional (FMI)
após a crise financeira de 1998. A preocupação do FMI e
do governo naquela época era a de dar garantias aos
credores. Para tanto, a despesa financeira teria prevalência
sobre qualquer outra função do Estado brasileiro.

36
36
3 Orçamento

Composição Orçamentária
●

Orçamento Fiscal

●

Orçamento da Seguridade Social

●

Orçamento de Investimentos das Empresas Estatais

A economia compreende todas as atividades do país. Mas
nenhuma atividade do país compreende a economia.
Millôr Fernandes
37
37
3 Orçamento

Composição Orçamentária
Orçamento Fiscal
Receitas

Receitas tributárias

Despesas

A previsão de gastos dos Poderes e de
todos os órgãos da administração
pública, direta e indireta, fundos,
autarquias, fundações e as empresas
estatais dependentes (isto é, mantidas
pelo Pode Público)

Empréstimos

Dívida Pública

Outras receitas
orçamentárias tradicionais

38
38
3 Orçamento

Composição Orçamentária
Orçamento Seguridade Social
RECEITAS

DESPESAS

Contribuições Sociais criadas Despesas das áreas de Saúde,
para o financiamento da
Previdência e Assistência Social.
Seguridade Social
Exemplos: todas da Saúde,
Receitas previdenciárias
Aposentadorias e pensões;
(INSS)
Benefícios sociais (Bolsas Família,
etc.)
39
39
3 Orçamento

O que é SEGURIDADE SOCIAL?
É a proteção que a sociedade proporciona a seus membros
mediante uma série de medidas públicas contra as privações
econômicas e sociais que de outra forma derivariam no
desaparecimento ou em forte redução de sua subsistência como
consequência de enfermidade, maternidade, acidente do trabalho ou
enfermidade profissional, invalidez, velhice e morte, e também a
proteção na forma de assistência médica e de ajuda às famílias com
filhos.
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT), 1984
40
40
3 Orçamento

Composição Orçamentária
Orçamento de Investimentos das Empresas
Estatais
●

São os investimentos das empresas
controladas pelo governo

●

Somente das empresas estatais independentes

●

Exemplos: Petrobras, BNDES, Eletrobrás,

Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal

41
41
3 Orçamento

Composição Orçamentária
A influência dos parâmetros consagrados na Lei de
Responsabilidade Social
Receitas Financeiras
(empréstimos)

Despesas Financeiras (juros
e amortizações)

Primárias (tributos,
contribuições e outras)

Primárias (todas as outras
despesas)

Resultado fiscal na LDO

Resultado fiscal, o superávit (déficit) primário.
42
42
3 Orçamento

GERENCIAMENTO E ALTERAÇÃO
Mecanismos de Gerenciamento e de
Alteração do Orçamento Público
●

Contingenciamento

●

Remanejamento
43
43
3 Orçamento

GERENCIAMENTO E ALTERAÇÃO
Créditos adicionais
Instrumento de correção orçamentária para autorizar despesas
não mencionadas ou insuficientemente dotadas na Lei
Orçamentária ou, ainda, a situações emergenciais.
São classificados de três formas (art. 43 da Lei 4320/64),
segundo as finalidades:
●

crédito suplementar

●

crédito especial

●

crédito extraordinário

44
44
3 Orçamento

Execução Orçamentária
TABELA RESUMO
Programa
de
Trabalho

Decreto de Créditos
Suplementares
Dotação
Inicial

XXXXX 10.000

YYYYY

50.000

Contingenciad
o

Dotação
Autorizada Empenhado Liquidado Pago

Acrescimos

Cancelamento
s

3.000

500

1.000

6.500

5.000

2.000

800

15.000

80.000

22.000

93.000

4.500

500

0
45
45
3 Orçamento

Calendário Orçamentário
PPA

Prazo para Encaminhamento 31 de Agosto
Prazo para Votação 31 de Dezembro

LDO

Prazo para Encaminhamento 15 de Abril
Prazo para Votação 30 de Junho

LOA

Prazo para Encaminhamento 31 de Agosto
Prazo para Votação 31 de Dezembro

CONTAS

Prazo para Encaminhamento 15 de Abril
Prazo para Votação Inexiste
46
46
3 Orçamento

Orçamento - Emendas
Constituição Federal de 1988
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos

créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum
§ 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser
aprovadas caso:

I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que
incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis
com o plano plurianual.

47
47
Transparência e Participação

48
4 Transparência e Participação

Áreas orçamentárias fora da
vigilância pública
●

Orçamento das estatais (BNDES, Petrobras, Eletrobras,
Caixa Econômica Federal etc)

●

Contratos da dívida pública (credores, condições,
prazos e taxas)

●

Fundos extra-orçamentários, com destinação específica
(FGTS, FAT, Fundo do Sistema S)

●

Subsídios e renúncias fiscais (volume e destinação)
49
49
4 Transparência e Participação

Importância de incidir
nestas áreas
●

Volume expressivo de recursos operados por tais fundos públicos (Ex.: serviço da
dívida pública, orçamento do BNDES)

●

Áreas em que o Estado se relaciona com agentes econômicos, promovendo
certo padrão de desenvolvimento, ou melhor, de acumulação

●

Incidência sobre a dimensão redistributiva da política, sobre a forma como se

produz a riqueza – não se pode mais tratar “riqueza como assunto econômico e
pobreza como assunto social” (crítica à separação entre economia e política)
●

Esta é uma realidade mundial, inclusive em países considerados com alto grau de
transparência, como no caso dos EUA (Ex.: programa de socorro financeiro para
bancos e empresas após a crise financeira)

50
50
4 Transparência e Participação

Plataforma BNDES
●

Articulação de organizações e movimentos sociais que buscavam
incidir em favor da democratização do Banco
(ww.plataformabndes.org.br)

●

Ponto de partida: diagnóstico sobre a atuação do Banco:
●

financiamento em favor de um padrão de desenvolvimento caracterizado por
uma crescente concentração econômica, oligopolização da economia

●

privilegiamento dos setores de commodities (energia, agronegócio,
mineração e siderurgia, papel e celulose, etanol), com graves impactos
sociais e ambientais

●

ausência de políticas de informação e de contrapartidas econômicas, sociais
e ambientais nos financiamentos
51
51
4 Transparência e Participação

Plataforma BNDES
●

Proposições
●

Política de divulgação de informações (condições do
financiamento, prazos e taxas; classificação de risco ambiental,
critérios de seleção dos projetos etc.)

●

Canais de participação (conselho de administração, auditorias
sociais independentes)

●

Critérios sociais e ambientais nos financiamentos (respeito à
legislação ambiental e ao sistema brasileiro de defesa da
concorrência, geração de emprego, redução de desigualdades
regionais, étnicas, de gênero etc)

●

52
52
Políticas Setoriais (diversificação produtiva e da matriz energética)
4 Transparência e Participação

Plataforma BNDES
●

Mudanças relativas ao BNDES no período
●

Ampliação de debate público sobre o papel do BNDES

●

Movimentos de resistência dos “atingidos” por grandes projetos reconhecendo a
responsabilidade do Banco pelas violações de direitos (Ex.: Santo Antônio – RO;
Belo Monte – PA; Porto do Açu – RJ; e TKCSA – RJ)

●

Adoção pelo Banco do “BNDES Transparente”, ainda muito limitado; da “Política
Sócioambiental do Banco”, sob inspiração e patrocínio do Banco Mundial; e
gestão do Fundo Amazônia como fundo de Redução de Emissões por
Desmatamento e Desflorestamento Evitado (REDD)

●

Direcionamento do Fundo Social do BNDES, não reembolsável, em favor de

projetos da agricultura familiar e economia solidária, mas sem uma definição de
política do Banco para estes setores
53
53
1 Apresentação

Plataforma BNDES
●

Desafios levantados pela experiência da Plataforma BNDES
●

maior resistência à mudança, por se tratar de um “centro de poder” sobre o qual atuam grupos que

concentram imenso poder econômico (“o BNDES está submetido ao fluxo de negócios” – Luciano Coutinho)
●

a responsabilidade do agente financeiro sobre os rumos do desenvolvimento não é algo de fácil
compreensão pela população

●

divisões entre organizações e movimentos sociais sobre a forma de buscar a mudança na atuação do
Banco: diferenças de perspectivas e estratégias sobre a relação entre desenvolvimento e direitos

54
54
Usos da informação como
instrumento de luta para a
justiça, a democracia e a
construção de alternativas

55
5 Usos da informação para a justiça, a
democracia e construção de alternativas

Atores
●

Imprensa

●

Movimentos sociais e sociedade organizada

●

Universidade e centros de pesquisa

●

Escolas

●

Cidadã ou cidadão comuns

●

Desenvolvedores

●

Especuladores e outros agentes econômicos

●

Poder público
56
56
5 Usos da informação para a justiça, a
democracia e construção de alternativas

Finalidades
●

Controle social

●

Respaldo e legitimação de demandas, lutas e ações de
movimentos sociais do campo popular progressista

●

Pesquisa, novos indicadores não capitalistas

●

Planejamento e orçamentos com efetiva participação popular

●

Contramapas: visibilizar e fortalecer alternativas

57
57
5 Usos da informação para a justiça, a
democracia e construção de alternativas

58
58
5 Usos da informação para a justiça, a
democracia e construção de alternativas

59
59
5 Usos da informação para a justiça, a
democracia e construção de alternativas

60
60
5 Usos da informação para a justiça, a
democracia e construção de alternativas

61
61
5 Usos da informação para a justiça, a
democracia e construção de alternativas

62
62
5 Usos da informação para a justiça, a
democracia e construção de alternativas

63
63
5 Usos da informação para a justiça, a
democracia e construção de alternativas

64
64
5 Usos da informação para a justiça, a
democracia e construção de alternativas

65
65
5 Usos da informação para a justiça, a
democracia e construção de alternativas

66
66
5 Usos da informação para a justiça, a
democracia e construção de alternativas

Desafios
●

Comunicabilidade, usabilidade, linguagem popular

●

Compreensão do acesso à informação como direito

●

“Tiro pela culatra” → uso por agentes do poder hegemônico

●

Garantir a atualização e alimentação de dados das alternativas

●

Superar o especialista e ao mesmo tempo valorizar a
construção coletiva (espaços de debates)

●

Gente, ideias e recursos para trabalhar as informações e gerar

conhecimento apropriável e útil ao campo popular progressista
67
67
Educação, Informação e
Tecnologia para Autogestão

contato@proprietariosdobrasil.org.br

68

Contenu connexe

En vedette

Recursos de la empresa y las ventajas competitivas, análisis de ratios y cua...
Recursos de la empresa y las ventajas competitivas, análisis de ratios y cua...Recursos de la empresa y las ventajas competitivas, análisis de ratios y cua...
Recursos de la empresa y las ventajas competitivas, análisis de ratios y cua...Pame Sevilla
 
Recursos o elementos de una empresa
Recursos o elementos de una empresaRecursos o elementos de una empresa
Recursos o elementos de una empresaadmonsena02
 
Mapas conceptuales con Cmap tools
Mapas conceptuales con Cmap toolsMapas conceptuales con Cmap tools
Mapas conceptuales con Cmap toolsVíctor Barbero
 
Recursos de la empresa
Recursos de la empresaRecursos de la empresa
Recursos de la empresaV G
 
RECURSOS DE LA EMPRESA: HUMANOS, MATERIALES, FINANCIEROS Y TECNOLOGICOS
RECURSOS DE LA EMPRESA: HUMANOS, MATERIALES, FINANCIEROS Y TECNOLOGICOSRECURSOS DE LA EMPRESA: HUMANOS, MATERIALES, FINANCIEROS Y TECNOLOGICOS
RECURSOS DE LA EMPRESA: HUMANOS, MATERIALES, FINANCIEROS Y TECNOLOGICOSJose Luis Luyo
 

En vedette (7)

Recursoso de tics
Recursoso de ticsRecursoso de tics
Recursoso de tics
 
Recursos de la empresa y las ventajas competitivas, análisis de ratios y cua...
Recursos de la empresa y las ventajas competitivas, análisis de ratios y cua...Recursos de la empresa y las ventajas competitivas, análisis de ratios y cua...
Recursos de la empresa y las ventajas competitivas, análisis de ratios y cua...
 
Recursos o elementos de una empresa
Recursos o elementos de una empresaRecursos o elementos de una empresa
Recursos o elementos de una empresa
 
Mapas Conceptuales (Hermes)
Mapas Conceptuales (Hermes)Mapas Conceptuales (Hermes)
Mapas Conceptuales (Hermes)
 
Mapas conceptuales con Cmap tools
Mapas conceptuales con Cmap toolsMapas conceptuales con Cmap tools
Mapas conceptuales con Cmap tools
 
Recursos de la empresa
Recursos de la empresaRecursos de la empresa
Recursos de la empresa
 
RECURSOS DE LA EMPRESA: HUMANOS, MATERIALES, FINANCIEROS Y TECNOLOGICOS
RECURSOS DE LA EMPRESA: HUMANOS, MATERIALES, FINANCIEROS Y TECNOLOGICOSRECURSOS DE LA EMPRESA: HUMANOS, MATERIALES, FINANCIEROS Y TECNOLOGICOS
RECURSOS DE LA EMPRESA: HUMANOS, MATERIALES, FINANCIEROS Y TECNOLOGICOS
 

Similaire à Dados Abertos Democratizam Informações

Apresentacao geral opendata
Apresentacao geral opendataApresentacao geral opendata
Apresentacao geral opendataRicardo Poppi
 
Oficina: Dados Abertos, Ciência Aberta - Política de Dados Abertos
Oficina: Dados Abertos, Ciência Aberta - Política de Dados AbertosOficina: Dados Abertos, Ciência Aberta - Política de Dados Abertos
Oficina: Dados Abertos, Ciência Aberta - Política de Dados AbertosAugusto Herrmann Batista
 
Apresentação GT Dados Abertos W3C Brasil
Apresentação GT Dados Abertos W3C BrasilApresentação GT Dados Abertos W3C Brasil
Apresentação GT Dados Abertos W3C BrasilCaroline Burle
 
Apresentação Dados Abertos: cidadania ou oportunidades para empresas?
Apresentação Dados Abertos: cidadania ou oportunidades para empresas?Apresentação Dados Abertos: cidadania ou oportunidades para empresas?
Apresentação Dados Abertos: cidadania ou oportunidades para empresas?Caroline Burle
 
Informação Pública 5.0 - Co-criação, Serviços públicos eficazes, Oportunidade...
Informação Pública 5.0 - Co-criação, Serviços públicos eficazes, Oportunidade...Informação Pública 5.0 - Co-criação, Serviços públicos eficazes, Oportunidade...
Informação Pública 5.0 - Co-criação, Serviços públicos eficazes, Oportunidade...Thiago Avila, Msc
 
Estudo sobre Portais Públicos como fontes confiáveis para emprego em Inteligê...
Estudo sobre Portais Públicos como fontes confiáveis para emprego em Inteligê...Estudo sobre Portais Públicos como fontes confiáveis para emprego em Inteligê...
Estudo sobre Portais Públicos como fontes confiáveis para emprego em Inteligê...Eduardo Moresi
 
A LAI e os Dados Abertos Governamentais: conceitos, princípios e aplicações d...
A LAI e os Dados Abertos Governamentais: conceitos, princípios e aplicações d...A LAI e os Dados Abertos Governamentais: conceitos, princípios e aplicações d...
A LAI e os Dados Abertos Governamentais: conceitos, princípios e aplicações d...Frederico Bortolato
 
Governança digital, interoperabilidade e web semântica - II Seminário Coorte ...
Governança digital, interoperabilidade e web semântica - II Seminário Coorte ...Governança digital, interoperabilidade e web semântica - II Seminário Coorte ...
Governança digital, interoperabilidade e web semântica - II Seminário Coorte ...Augusto Herrmann Batista
 
Apresentação sobre Dados Governamentais Abertos e Web Semântica na I INFOTECH...
Apresentação sobre Dados Governamentais Abertos e Web Semântica na I INFOTECH...Apresentação sobre Dados Governamentais Abertos e Web Semântica na I INFOTECH...
Apresentação sobre Dados Governamentais Abertos e Web Semântica na I INFOTECH...Frederico Bortolato
 
Política de Dados Abertos do poder executivo federal
Política de Dados Abertos do poder executivo federalPolítica de Dados Abertos do poder executivo federal
Política de Dados Abertos do poder executivo federalAugusto Herrmann Batista
 
Planejando dados abertos - novos compromissos para implementar a Estratégia d...
Planejando dados abertos - novos compromissos para implementar a Estratégia d...Planejando dados abertos - novos compromissos para implementar a Estratégia d...
Planejando dados abertos - novos compromissos para implementar a Estratégia d...Augusto Herrmann Batista
 
Estudo de Caso: Utilização de PHP no Serviço Federal de Processamento de Dados
Estudo de Caso: Utilização de PHP no Serviço Federal de Processamento de DadosEstudo de Caso: Utilização de PHP no Serviço Federal de Processamento de Dados
Estudo de Caso: Utilização de PHP no Serviço Federal de Processamento de DadosFlávio Lisboa
 
Política de Dados Abertos - II Fórum de Transferências Voluntárias
Política de Dados Abertos - II Fórum de Transferências VoluntáriasPolítica de Dados Abertos - II Fórum de Transferências Voluntárias
Política de Dados Abertos - II Fórum de Transferências VoluntáriasAugusto Herrmann Batista
 
Lei de acesso a informação do Brasil - Desafios e Oportunidades
Lei de acesso a informação do Brasil - Desafios e OportunidadesLei de acesso a informação do Brasil - Desafios e Oportunidades
Lei de acesso a informação do Brasil - Desafios e OportunidadesThiago Avila, Msc
 
Dados Abertos Governamentais
Dados Abertos GovernamentaisDados Abertos Governamentais
Dados Abertos GovernamentaisRommel Carvalho
 
Lei de Acesso à Informação e Dados Abertos
Lei de Acesso à Informação e Dados Abertos Lei de Acesso à Informação e Dados Abertos
Lei de Acesso à Informação e Dados Abertos Caroline Burle
 
Dados Abertos Governamentais como ferramenta de participação social e aproxim...
Dados Abertos Governamentais como ferramenta de participação social e aproxim...Dados Abertos Governamentais como ferramenta de participação social e aproxim...
Dados Abertos Governamentais como ferramenta de participação social e aproxim...everson lopes de aguiar
 
Uma visão sobre a transparência, dados abertos e acesso a informação nas Inst...
Uma visão sobre a transparência, dados abertos e acesso a informação nas Inst...Uma visão sobre a transparência, dados abertos e acesso a informação nas Inst...
Uma visão sobre a transparência, dados abertos e acesso a informação nas Inst...Thiago Avila, Msc
 

Similaire à Dados Abertos Democratizam Informações (20)

Apresentacao geral opendata
Apresentacao geral opendataApresentacao geral opendata
Apresentacao geral opendata
 
Oficina: Dados Abertos, Ciência Aberta - Política de Dados Abertos
Oficina: Dados Abertos, Ciência Aberta - Política de Dados AbertosOficina: Dados Abertos, Ciência Aberta - Política de Dados Abertos
Oficina: Dados Abertos, Ciência Aberta - Política de Dados Abertos
 
Apresentação GT Dados Abertos W3C Brasil
Apresentação GT Dados Abertos W3C BrasilApresentação GT Dados Abertos W3C Brasil
Apresentação GT Dados Abertos W3C Brasil
 
Apresentação Dados Abertos: cidadania ou oportunidades para empresas?
Apresentação Dados Abertos: cidadania ou oportunidades para empresas?Apresentação Dados Abertos: cidadania ou oportunidades para empresas?
Apresentação Dados Abertos: cidadania ou oportunidades para empresas?
 
Informação Pública 5.0 - Co-criação, Serviços públicos eficazes, Oportunidade...
Informação Pública 5.0 - Co-criação, Serviços públicos eficazes, Oportunidade...Informação Pública 5.0 - Co-criação, Serviços públicos eficazes, Oportunidade...
Informação Pública 5.0 - Co-criação, Serviços públicos eficazes, Oportunidade...
 
Estudo sobre Portais Públicos como fontes confiáveis para emprego em Inteligê...
Estudo sobre Portais Públicos como fontes confiáveis para emprego em Inteligê...Estudo sobre Portais Públicos como fontes confiáveis para emprego em Inteligê...
Estudo sobre Portais Públicos como fontes confiáveis para emprego em Inteligê...
 
A LAI e os Dados Abertos Governamentais: conceitos, princípios e aplicações d...
A LAI e os Dados Abertos Governamentais: conceitos, princípios e aplicações d...A LAI e os Dados Abertos Governamentais: conceitos, princípios e aplicações d...
A LAI e os Dados Abertos Governamentais: conceitos, princípios e aplicações d...
 
Governança digital, interoperabilidade e web semântica - II Seminário Coorte ...
Governança digital, interoperabilidade e web semântica - II Seminário Coorte ...Governança digital, interoperabilidade e web semântica - II Seminário Coorte ...
Governança digital, interoperabilidade e web semântica - II Seminário Coorte ...
 
Apresentação sobre Dados Governamentais Abertos e Web Semântica na I INFOTECH...
Apresentação sobre Dados Governamentais Abertos e Web Semântica na I INFOTECH...Apresentação sobre Dados Governamentais Abertos e Web Semântica na I INFOTECH...
Apresentação sobre Dados Governamentais Abertos e Web Semântica na I INFOTECH...
 
Política de Dados Abertos do poder executivo federal
Política de Dados Abertos do poder executivo federalPolítica de Dados Abertos do poder executivo federal
Política de Dados Abertos do poder executivo federal
 
Políticas de dados abertos
Políticas de dados abertosPolíticas de dados abertos
Políticas de dados abertos
 
Planejando dados abertos - novos compromissos para implementar a Estratégia d...
Planejando dados abertos - novos compromissos para implementar a Estratégia d...Planejando dados abertos - novos compromissos para implementar a Estratégia d...
Planejando dados abertos - novos compromissos para implementar a Estratégia d...
 
Estudo de Caso: Utilização de PHP no Serviço Federal de Processamento de Dados
Estudo de Caso: Utilização de PHP no Serviço Federal de Processamento de DadosEstudo de Caso: Utilização de PHP no Serviço Federal de Processamento de Dados
Estudo de Caso: Utilização de PHP no Serviço Federal de Processamento de Dados
 
Política de Dados Abertos - II Fórum de Transferências Voluntárias
Política de Dados Abertos - II Fórum de Transferências VoluntáriasPolítica de Dados Abertos - II Fórum de Transferências Voluntárias
Política de Dados Abertos - II Fórum de Transferências Voluntárias
 
Lei de acesso a informação do Brasil - Desafios e Oportunidades
Lei de acesso a informação do Brasil - Desafios e OportunidadesLei de acesso a informação do Brasil - Desafios e Oportunidades
Lei de acesso a informação do Brasil - Desafios e Oportunidades
 
Dados Abertos Governamentais
Dados Abertos GovernamentaisDados Abertos Governamentais
Dados Abertos Governamentais
 
Ecossistema e impacto dos dados abertos
Ecossistema e impacto dos dados abertosEcossistema e impacto dos dados abertos
Ecossistema e impacto dos dados abertos
 
Lei de Acesso à Informação e Dados Abertos
Lei de Acesso à Informação e Dados Abertos Lei de Acesso à Informação e Dados Abertos
Lei de Acesso à Informação e Dados Abertos
 
Dados Abertos Governamentais como ferramenta de participação social e aproxim...
Dados Abertos Governamentais como ferramenta de participação social e aproxim...Dados Abertos Governamentais como ferramenta de participação social e aproxim...
Dados Abertos Governamentais como ferramenta de participação social e aproxim...
 
Uma visão sobre a transparência, dados abertos e acesso a informação nas Inst...
Uma visão sobre a transparência, dados abertos e acesso a informação nas Inst...Uma visão sobre a transparência, dados abertos e acesso a informação nas Inst...
Uma visão sobre a transparência, dados abertos e acesso a informação nas Inst...
 

Dados Abertos Democratizam Informações

  • 1. Transparência Pública E Democratização das Informações Educação, Informação e Tecnologia para Autogestão
  • 2. 2 Dados Abertos Programa 1) Apresentação 2) Dados Abertos 3) Orçamento 4) Transparência e Participação 5) Uso das informações para a justiça, a democracia e a construção de alternativas 2
  • 3. 1 Apresentação Quem somos A Cooperativa EITA – formada por um coletivo de desenvolvedores e educadores populares que possui como missão fortalecer as lutas de movimentos sociais do campo popular através da construção de tecnologias livres da informação e metodologias participativas para seu uso e apropriação. Educação, Informação e Tecnologia para Autogestão 33
  • 4. Quem somos ● O IMD – coletivo cuja missão é ampliar a democracia sobre participação governos e e a vigilância empresas, economia, pública em com sobre favor da distribuição da riqueza e da garantia de direitos. 4
  • 5. 1 Apresentação O Ranking dos Proprietários do Brasil Em dezembro de 2012 a Cooperativa EITA e o IMD lançaram o Ranking dos Proprietários do Brasil www.proprietariosdobrasil.org.br 55
  • 6. 1 Apresentação Ranking Proprietários do Brasil O objetivo pesquisa: ● renomear os grandes grupos econômicos que atuam no país; ● mensurar a concentração de poder desses grupos; ● evidenciar a grande rede de empresas e pessoas envolvidas nos impactos sociais gerados pelas grandes empresas e; ● revelar como esta estrutura, concentradora e geradora de pobreza, não pode existir sem a presença do Estado brasileiro. 66
  • 7. 1 Apresentação Ranking dos Proprietários do BrasiL O Ranking baseia-se no controle da propriedade por poucas empresas e pessoas, através de estruturas complexas e ramificadas de participações societárias; Revelou os nomes das famílias e pessoas proprietárias últimas dessas empresas; Evidenciou a elevada concentração nas 12 primeiras empresas, que concentram mais de 50% de todo Poder Acumulado (PA) das 397 empresas listadas. 77
  • 8. 1 Apresentação A Campanha ● Em dezembro de 2012 lançamos a Campanha Quem são os Proprietários do Brasil ● Financiamento colaborativo via Catarse: dois meses de mobilização; ● Criamos a plataforma inicial da campanha; fizemos debates em diversas cidades e espaços, como universidades e junto a movimentos socais; produzimos análises de poder sobre algumas empresas envolvidas em conflitos sociais, como a Aldeia Maracanã e o Assentamento Milton Santos; 88
  • 9. 1 Apresentação A Campanha ● Ao final da campanha arrecadamos R$ 61.098,00 ● Metas: ● Reformulação do site da campanha; ● Elaboração de 10 infográficos de rede de poder: cinco escolhidos pelo público (votação na seção debate do portal da campanha) ● Ampliação da base de dados atual com as redes de poder das 100 empresas de capital fechado com maior receita em 2011; 99
  • 10. 1 Apresentação A Campanha ● Cruzamento das mais de 5.500 redes de poder dos proprietários do brasil com os financiamentos do BNDES entre 2008 e 2012, e com suas doações para as campanhas eleitorais de 2010 a 2012. ● Envio das recompensas ● Produção dos infográficos ● O curso Transparência Informação Pública e Democratização da 10 10
  • 12. 2 Dados Abertos Dados Abertos Por David Eaves: Se o dado não pode ser encontrado e indexado na Web, ele não existe;de URIs Uso Se não estiver aberto e disponível em formato compreensível por máquina, ele Uso de URIs não pode ser reaproveitado; Se algum dispositivo legal não permitir sua replicação, ele não é útil. 12 Adaptado de: http://dados.gov.br/dados-abertos/
  • 13. 2 Dados Abertos Dados Abertos Por Tim Berners-Lee Ligados Uso de URIs Formato Livre Estruturado Licença aberta Adaptado de: http://5stardata.info/ 13
  • 14. 2 Dados Abertos OpenGovData: Dados Abertos 1) Completos. Todos os dados públicos são disponibilizados. Dados públicos são dados que não estão sujeitos a limitações válidas de privacidade, segurança ou controle de acesso, reguladas por estatutos. Uso granularidade possível, e 2) Primários. Os dados são publicados na forma coletada na fonte, com a mais finade URIs não de forma agregada ou transformada. 3) Atuais. Os dados são disponibilizados o quão rapidamente seja necessário para preservar o seu valor. 4) Acessíveis. Os dados são disponibilizados para o público mais amplo possível e para os propósitos mais variados possíveis. 5) Processáveis por máquina. Os dados são razoavelmente estruturados para possibilitar o seu processamento automatizado. 6) Acesso não discriminatório. Os dados estão disponíveis a todos, sem que seja necessária identificação ou registro. 7) Formatos não proprietários. Os dados estão disponíveis em um formato sobre o qual nenhum ente tenha controle exclusivo. 8) Livres de licenças. Os dados não estão sujeitos a regulações de direitos autorais, marcas, patentes ou segredo industrial. Restrições razoáveis de privacidade, segurança e controle de acesso podem ser permitidas na forma regulada por estatutos. Adaptado de: http://dados.gov.br/dados-abertos/ 14
  • 15. 2 Dados Abertos Dados Abertos no Brasil Portal de Dados Abertos do Governo 95 conjuntos de dados Governo e Política Educação Pessoa, família e sociedade Equipamentos Públicos Economia e Finanças Trabalho Saúde Conjuntos de dados em destaque Indústria Habitação, Saneamento e Urbanismo 15
  • 16. 2 Dados Abertos Dados Abertos no Mundo Estados Unidos Inglaterra União Europeia Uruguai Lista ampliada: http://www.data.gov/opendatasites 16
  • 17. 2 Dados Abertos Dados Abertos Ligados ● Dados, além de abertos, podem ter um identificador único na internet ● Meta-dados universais - ontologias ● Ligação entre as bases de dados 17
  • 18. 2 Dados Abertos Dados Abertos Ligados Nuvem de bases de dados descritas com meta-dados universais e ligadas entre si 18
  • 19. 2 Dados Abertos Outras Bases de Dados ● Doações de campanha ● Proprietários de Terra ● Concessões de rádio e TV ● Trabalho Escravo ● ... 19
  • 20. 2 Dados Abertos Lei de Acesso à Informação ● Sigilo é exceção, transparência é regra ● Lei nº 12.527: Executivo Federal ● Implementada em 12 estados e 8% dos municípios ● e-SIC: http://acessoainformacao.gov.br ● Judiciário? Legislativo? 20
  • 21. 2 Dados Abertos Lei de Acesso à Informação ● Problemas principais: ● ● ● falta de vontade de abrir não-existência dos dados consolidados Ainda assim, 90% dos pedidos até hoje foram atendidos ● No caso de pedidos ao MF, o número de pedidos atendidos é de 86% 21
  • 22. 2 Dados Abertos Dados Abertos na LAI Art. 7o O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos de obter: § 2o Para cumprimento do disposto no caput, os órgãos e entidades públicas deverão utilizar todos os meios e instrumentos legítimos de que dispuserem, sendo obrigatória a divulgação em sítios oficiais da rede mundial de computadores (internet). § 3o Os sítios de que trata o § 2o deverão, na forma de regulamento, atender, entre outros, aos seguintes requisitos: I - conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o acesso à informação de forma objetiva, transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão; II - possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas e texto, de modo a facilitar a análise das informações; III - possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos em formatos abertos, estruturados e legíveis por máquina; 22
  • 23. 2 Dados Abertos Classificação de Informações ● O sistema de classificação de informações tem três níveis – ultrassecreto, secreto e reservado – com prazos de sigilo de, respectivamente, 25, 15 e 5 anos. Para a classificação, deve-se considerar o interesse público, a gravidade do dano à segurança da sociedade e do Estado e o prazo máximo de restrição, utilizando o critério menos restritivo possível. ● O que não é classificado é público, portanto passível requisição 23
  • 24. 2 Dados Abertos Limites da Lei de Acesso ● O caso BNDES ● ausência de uma política pública de informação ● decisão da Justiça Federal retirando o BNDES do alcance da Lei de Acesso à Informação, contrariando o princípio da publicidade no uso do recurso público ● acesso aos contratos do Banco com a TKCSA e Consórcio Norte Energia, por meio da Lei de Acesso 24
  • 25. 2 Dados Abertos Proprietários do Brasil ● Base atual utiliza dados da Comissão de Valores Mobiliários de 2011 ● Empresas com ações na bolsa de valores são obrigadas a apresentar sua composição acionária (ações ordinárias e preferenciais) 25
  • 26. 2 Dados Abertos Proprietários do Brasil ● Entretanto, devido à péssima qualidade dos dados, utilizamos a técnica de raspagem (scrapping) para obter os dados no portal Econoinfo. ● As 703 empresas com ações na bolsa de valores em 2011 deram origem às 5599 empresas, pessoas e órgãos públicos que compõe a base 26
  • 27. 2 Dados Abertos Proprietários do Brasil ● Briga pela base de dados da composição de todas as empresas ● Base já disponível para venda ● Pedido na LAI negado ● Recurso negado ● Aguardando a resposta ao segundo recurso 27
  • 28. 2 Dados Abertos Governo Aberto ● Muitas vezes usado como sinônimo de dados abertos ● Algumas motivações: ● Promoção da transparência ● Luta contra a corrupção ● Participação social 28
  • 29. 2 Dados Abertos Parceria para Governo Aberto (OGP) ● Parceria multi-lateral iniciada por EUA e Brasil em 2011 ● Governo Brasileiro já fez dois planos de ação ● Pedidos relacionadas ao BNDES e à base de dados das empresas foi negado 29
  • 30. 2 Dados Abertos Quem Financia a Transparência ● Hewlett Foundation: http://www.hewlett.org/programs/global-development-andpopulation-program/transparency-and-accountability ● Open Society (George Soros): "The Open Society Foundations work to build vibrant and tolerant democracies whose governments are accountable to their citizens." ● Bill and Melinda Gates: Financia o International Budget Partnerhip (IBP, que por sua vez financia o OGP), mas não diz isso em seu site; (também financia a revolução verde na áfrica, entre outros) ● Omydiar Network: do fundador do e-Bay: "The formation of Omidyar Network was inspired by Pierre’s experience at eBay, which he founded in 1995 based on his beliefs in the potential of individuals and the power of markets" (http://www.omidyar.com/about_us) ● Revenue Watch Institue: financiado principalmente por Bill and Melinda Gates Foundation, William and Flora Hewlett Foundation, e Open Society Institute (http://www.revenuewatch.org/about/financials) ● Ford Foundation ● Hivos: Fundação Holandesa, financiada por governos e Omydiar e Bill and Melinda Gates 30 Foundation, entre outros
  • 31. 2 Dados Abertos Outras Iniciativas ● A pesquisa do ETH Zurich ● Poderopedia ● Opencorporates ● They Rule: http://www.theyrule.net/ ● Donos da Midia http://www.donosdamidia.com.br/ ● http://www.dams-info.org/pt 31
  • 33. 3 Orçamento Orçamento: Constituição Federal Seção II DOS ORÇAMENTOS Art. 165 - Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 1) o plano plurianual 2) as diretrizes orçamentárias 3) os orçamentos anuais 33 33
  • 34. 3 Orçamento Orçamento no Brasil Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964 Estitui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal Lei geral do orçamento 34 34
  • 35. 3 Orçamento Orçamento no Brasil LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF Em 4 de maio de 2000, a LRF foi proclamada como solução para o equilíbrio das contas públicas e combate à corrupção. O cenário de crescimento da Dívida Pública, inclusive dos Estados e Municípios, culminou na elaboração da Lei de Responsabilidade Fiscal LRF, de n.º 101/2000. A LRF introduziu inovações na administração das finanças públicas, intensificando mecanismos de controle dos gastos públicos impondo limites e condições, principalmente sobre pessoal e endividamento. 35 35
  • 36. 3 Orçamento Orçamento no Brasil LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF Na realidade, a criação da LRF foi determinada pelo acordo firmado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) após a crise financeira de 1998. A preocupação do FMI e do governo naquela época era a de dar garantias aos credores. Para tanto, a despesa financeira teria prevalência sobre qualquer outra função do Estado brasileiro. 36 36
  • 37. 3 Orçamento Composição Orçamentária ● Orçamento Fiscal ● Orçamento da Seguridade Social ● Orçamento de Investimentos das Empresas Estatais A economia compreende todas as atividades do país. Mas nenhuma atividade do país compreende a economia. Millôr Fernandes 37 37
  • 38. 3 Orçamento Composição Orçamentária Orçamento Fiscal Receitas Receitas tributárias Despesas A previsão de gastos dos Poderes e de todos os órgãos da administração pública, direta e indireta, fundos, autarquias, fundações e as empresas estatais dependentes (isto é, mantidas pelo Pode Público) Empréstimos Dívida Pública Outras receitas orçamentárias tradicionais 38 38
  • 39. 3 Orçamento Composição Orçamentária Orçamento Seguridade Social RECEITAS DESPESAS Contribuições Sociais criadas Despesas das áreas de Saúde, para o financiamento da Previdência e Assistência Social. Seguridade Social Exemplos: todas da Saúde, Receitas previdenciárias Aposentadorias e pensões; (INSS) Benefícios sociais (Bolsas Família, etc.) 39 39
  • 40. 3 Orçamento O que é SEGURIDADE SOCIAL? É a proteção que a sociedade proporciona a seus membros mediante uma série de medidas públicas contra as privações econômicas e sociais que de outra forma derivariam no desaparecimento ou em forte redução de sua subsistência como consequência de enfermidade, maternidade, acidente do trabalho ou enfermidade profissional, invalidez, velhice e morte, e também a proteção na forma de assistência médica e de ajuda às famílias com filhos. ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT), 1984 40 40
  • 41. 3 Orçamento Composição Orçamentária Orçamento de Investimentos das Empresas Estatais ● São os investimentos das empresas controladas pelo governo ● Somente das empresas estatais independentes ● Exemplos: Petrobras, BNDES, Eletrobrás, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal 41 41
  • 42. 3 Orçamento Composição Orçamentária A influência dos parâmetros consagrados na Lei de Responsabilidade Social Receitas Financeiras (empréstimos) Despesas Financeiras (juros e amortizações) Primárias (tributos, contribuições e outras) Primárias (todas as outras despesas) Resultado fiscal na LDO Resultado fiscal, o superávit (déficit) primário. 42 42
  • 43. 3 Orçamento GERENCIAMENTO E ALTERAÇÃO Mecanismos de Gerenciamento e de Alteração do Orçamento Público ● Contingenciamento ● Remanejamento 43 43
  • 44. 3 Orçamento GERENCIAMENTO E ALTERAÇÃO Créditos adicionais Instrumento de correção orçamentária para autorizar despesas não mencionadas ou insuficientemente dotadas na Lei Orçamentária ou, ainda, a situações emergenciais. São classificados de três formas (art. 43 da Lei 4320/64), segundo as finalidades: ● crédito suplementar ● crédito especial ● crédito extraordinário 44 44
  • 45. 3 Orçamento Execução Orçamentária TABELA RESUMO Programa de Trabalho Decreto de Créditos Suplementares Dotação Inicial XXXXX 10.000 YYYYY 50.000 Contingenciad o Dotação Autorizada Empenhado Liquidado Pago Acrescimos Cancelamento s 3.000 500 1.000 6.500 5.000 2.000 800 15.000 80.000 22.000 93.000 4.500 500 0 45 45
  • 46. 3 Orçamento Calendário Orçamentário PPA Prazo para Encaminhamento 31 de Agosto Prazo para Votação 31 de Dezembro LDO Prazo para Encaminhamento 15 de Abril Prazo para Votação 30 de Junho LOA Prazo para Encaminhamento 31 de Agosto Prazo para Votação 31 de Dezembro CONTAS Prazo para Encaminhamento 15 de Abril Prazo para Votação Inexiste 46 46
  • 47. 3 Orçamento Orçamento - Emendas Constituição Federal de 1988 Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum § 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: a) dotações para pessoal e seus encargos; b) serviço da dívida; c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou III - sejam relacionadas: a) com a correção de erros ou omissões; ou b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. § 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual. 47 47
  • 49. 4 Transparência e Participação Áreas orçamentárias fora da vigilância pública ● Orçamento das estatais (BNDES, Petrobras, Eletrobras, Caixa Econômica Federal etc) ● Contratos da dívida pública (credores, condições, prazos e taxas) ● Fundos extra-orçamentários, com destinação específica (FGTS, FAT, Fundo do Sistema S) ● Subsídios e renúncias fiscais (volume e destinação) 49 49
  • 50. 4 Transparência e Participação Importância de incidir nestas áreas ● Volume expressivo de recursos operados por tais fundos públicos (Ex.: serviço da dívida pública, orçamento do BNDES) ● Áreas em que o Estado se relaciona com agentes econômicos, promovendo certo padrão de desenvolvimento, ou melhor, de acumulação ● Incidência sobre a dimensão redistributiva da política, sobre a forma como se produz a riqueza – não se pode mais tratar “riqueza como assunto econômico e pobreza como assunto social” (crítica à separação entre economia e política) ● Esta é uma realidade mundial, inclusive em países considerados com alto grau de transparência, como no caso dos EUA (Ex.: programa de socorro financeiro para bancos e empresas após a crise financeira) 50 50
  • 51. 4 Transparência e Participação Plataforma BNDES ● Articulação de organizações e movimentos sociais que buscavam incidir em favor da democratização do Banco (ww.plataformabndes.org.br) ● Ponto de partida: diagnóstico sobre a atuação do Banco: ● financiamento em favor de um padrão de desenvolvimento caracterizado por uma crescente concentração econômica, oligopolização da economia ● privilegiamento dos setores de commodities (energia, agronegócio, mineração e siderurgia, papel e celulose, etanol), com graves impactos sociais e ambientais ● ausência de políticas de informação e de contrapartidas econômicas, sociais e ambientais nos financiamentos 51 51
  • 52. 4 Transparência e Participação Plataforma BNDES ● Proposições ● Política de divulgação de informações (condições do financiamento, prazos e taxas; classificação de risco ambiental, critérios de seleção dos projetos etc.) ● Canais de participação (conselho de administração, auditorias sociais independentes) ● Critérios sociais e ambientais nos financiamentos (respeito à legislação ambiental e ao sistema brasileiro de defesa da concorrência, geração de emprego, redução de desigualdades regionais, étnicas, de gênero etc) ● 52 52 Políticas Setoriais (diversificação produtiva e da matriz energética)
  • 53. 4 Transparência e Participação Plataforma BNDES ● Mudanças relativas ao BNDES no período ● Ampliação de debate público sobre o papel do BNDES ● Movimentos de resistência dos “atingidos” por grandes projetos reconhecendo a responsabilidade do Banco pelas violações de direitos (Ex.: Santo Antônio – RO; Belo Monte – PA; Porto do Açu – RJ; e TKCSA – RJ) ● Adoção pelo Banco do “BNDES Transparente”, ainda muito limitado; da “Política Sócioambiental do Banco”, sob inspiração e patrocínio do Banco Mundial; e gestão do Fundo Amazônia como fundo de Redução de Emissões por Desmatamento e Desflorestamento Evitado (REDD) ● Direcionamento do Fundo Social do BNDES, não reembolsável, em favor de projetos da agricultura familiar e economia solidária, mas sem uma definição de política do Banco para estes setores 53 53
  • 54. 1 Apresentação Plataforma BNDES ● Desafios levantados pela experiência da Plataforma BNDES ● maior resistência à mudança, por se tratar de um “centro de poder” sobre o qual atuam grupos que concentram imenso poder econômico (“o BNDES está submetido ao fluxo de negócios” – Luciano Coutinho) ● a responsabilidade do agente financeiro sobre os rumos do desenvolvimento não é algo de fácil compreensão pela população ● divisões entre organizações e movimentos sociais sobre a forma de buscar a mudança na atuação do Banco: diferenças de perspectivas e estratégias sobre a relação entre desenvolvimento e direitos 54 54
  • 55. Usos da informação como instrumento de luta para a justiça, a democracia e a construção de alternativas 55
  • 56. 5 Usos da informação para a justiça, a democracia e construção de alternativas Atores ● Imprensa ● Movimentos sociais e sociedade organizada ● Universidade e centros de pesquisa ● Escolas ● Cidadã ou cidadão comuns ● Desenvolvedores ● Especuladores e outros agentes econômicos ● Poder público 56 56
  • 57. 5 Usos da informação para a justiça, a democracia e construção de alternativas Finalidades ● Controle social ● Respaldo e legitimação de demandas, lutas e ações de movimentos sociais do campo popular progressista ● Pesquisa, novos indicadores não capitalistas ● Planejamento e orçamentos com efetiva participação popular ● Contramapas: visibilizar e fortalecer alternativas 57 57
  • 58. 5 Usos da informação para a justiça, a democracia e construção de alternativas 58 58
  • 59. 5 Usos da informação para a justiça, a democracia e construção de alternativas 59 59
  • 60. 5 Usos da informação para a justiça, a democracia e construção de alternativas 60 60
  • 61. 5 Usos da informação para a justiça, a democracia e construção de alternativas 61 61
  • 62. 5 Usos da informação para a justiça, a democracia e construção de alternativas 62 62
  • 63. 5 Usos da informação para a justiça, a democracia e construção de alternativas 63 63
  • 64. 5 Usos da informação para a justiça, a democracia e construção de alternativas 64 64
  • 65. 5 Usos da informação para a justiça, a democracia e construção de alternativas 65 65
  • 66. 5 Usos da informação para a justiça, a democracia e construção de alternativas 66 66
  • 67. 5 Usos da informação para a justiça, a democracia e construção de alternativas Desafios ● Comunicabilidade, usabilidade, linguagem popular ● Compreensão do acesso à informação como direito ● “Tiro pela culatra” → uso por agentes do poder hegemônico ● Garantir a atualização e alimentação de dados das alternativas ● Superar o especialista e ao mesmo tempo valorizar a construção coletiva (espaços de debates) ● Gente, ideias e recursos para trabalhar as informações e gerar conhecimento apropriável e útil ao campo popular progressista 67 67
  • 68. Educação, Informação e Tecnologia para Autogestão contato@proprietariosdobrasil.org.br 68