Claudio Monteverdi foi um compositor italiano do século XVII que ajudou a desenvolver a ópera. Ele trabalhou em Mantua e Veneza, onde transformou a ópera em um espetáculo público. Suas obras incluem L'Orfeo, Il ritorno d'Ulisse em Patria e L'incoronazione di Poppea.
2. Monteverdi e a escola operática
veneziana
• 1590 – entra ao serviço do duque Vincenzo Gonzaga,
em Mântua, como tocador de viola
• 1603 – a sua crescente importância em Mântua valeu-
lhe o título de mestre de capela
• 1607 – compõe L’Orfeo
• 1613 – ocupa o cargo de Mestre de Capela da Basílica
de São Marcos
3. Monteverdi e a escola operática
veneziana
• Mântua → Monarquia
– A ópera L’Orfeo é destinada a uma elite (musica
reservata)
• Veneza → Oligarquia
– A ópera é transformada num espetáculo público
• 1637 – é inaugurado o Teatro de San Cassiano
4. Monteverdi e a escola operática
veneziana
A ópera passa a obedecer a uma lógica de mercado
– O espetáculo torna-se mais acessível no tratamento do
texto e da música
– Discurso musical estruturado em três níveis: recitativo,
arioso e ária
– Aumentam os recursos musicais que possam ter um
impacte emocional imediato sobre as pessoas com o stile
concitato
– Os temas preferidos são mitológicos ou históricos, sempre
heróicos
– O coro e o corpo de baile estão quase sempre ausentes e a
orquestra é relativamente pequena e nem sempre a
instrumentação é definida
5. Produção operática veneziana de
Monteverdi
• Il Ritorno d’Ulisse in Patria (1640)
– libreto de G. Badoaro
– Teatro de San Cassiano
• L’Incoronazione di Poppea (1642)
– libreto de G.F. Busenello
– Teatros de S. João e S. Paulo
6. Obras sacras e religiosas
Vespro della beata virgine (1610)
Selva morale e spirituale (1640)
Messa a 4 voci e Salmi (1650)
7. Madrigais
Monteverdi publicou com regularidade livros de
madrigais (1º livro de 1587), nos primeiros combina:
– a escrita homofónica e contrapontística, a fidelidade ao
texto e a liberdade no recurso às harmonias e dissonâncias
expressivas
Os seus madrigais venezianos (a partir do 6º livro)
revelam uma certa “modernidade” absorvendo novos
recursos estilísticos
– a monodia acompanhada (solos, duetos …), o estilo
recitativo, o estilo concertante para vozes e instrumentos,
o estilo vocal virtuosístico, ritornelli instrumentais
8. Madrigais
• Últimos três livros
– adquirem uma grande dimensão cénica
– incorporam recursos musicais que encontramos
na ópera
• 8º Livro – Madrigais Guerreiros e Amorosos
– Combattimento di Tancredi e Clorinda
9. Prima pratica e seconda pratica
• Artusi, teórico bolonhês, via em Monteverdi o
principal representante de uma corrente
iconoclasta e negadora da estética renascentista
– Escreve, em 1600, uma carta intitulada “Delle
imperfezioni della moderna musica”
• Monteverdi responde, em 1605, dizendo
existirem um prima pratica e uma seconda
pratica
10. Prima pratica e seconda pratica
Monteverdi
• Prima pratica, defendida por teóricos como
Zarlino e pelos músicos renascentistas
– O texto obedece à música
– Escrita contrapontística
• Seconda pratica, prática na qual Monteverdi se
revê
– a música obedece ao texto (expressio verborum),
permitindo certas liberdades técnicas (monodia
acompanhada