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AGRISSÊNIOR
NOTICIAS
Pasquim informativo e virtual.
Opiniões, humor e mensagens
EDITORES: Luiz Ferreira da Silva
(luizferreira1937@gmail.com) e
Jefferson Dias (jffercarlos@gmail.com)
Edição 629 – ANO XIII Nº 46 – 18 de julho de 2017
UM APÓLOGO
Machado de Assis
Era uma vez uma agulha, que disse a um
novelo de linha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia
de si, toda enrolada, para fingir que vale
alguma cousa neste mundo?
— Deixe-me, senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por quê?
Porque lhe digo que está com um ar
insuportável? Repito que sim, e falarei sempre
que me der na cabeça.
— Que cabeça, senhora? A senhora não é
alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça.
Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o
ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua
vida e deixe a dos outros.
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e
enfeites de nossa ama, quem é que os cose,
senão eu?
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os
cose? Você ignora que quem os cose sou eu
e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que
coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição
aos babados...
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o
pano, vou adiante, puxando por você, que
vem atrás obedecendo ao que eu faço e
mando...
— Também os batedores vão adiante do
imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você
faz um papel subalterno, indo adiante; vai só
mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho
obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo,
ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à
casa da baronesa. Não sei se disse que isto
se passava em casa de uma baronesa, que
tinha a modista ao pé de si, para não andar
atrás dela. Chegou a costureira, pegou do
pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou
a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e
outra iam andando orgulhosas, pelo pano
adiante, que era a melhor das sedas, entre os
dedos da costureira, ágeis como os galgos de
Diana — para dar a isto uma cor poética. E
dizia a agulha:
— Então, senhora linha, ainda teima no que
dizia há pouco? Não repara que esta distinta
costureira só se importa comigo; eu é que vou
aqui entre os dedos dela, unidinha a eles,
furando abaixo e acima...
A linha não respondia; ia andando. Buraco
aberto pela agulha era logo enchido por ela,
silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz,
e não está para ouvir palavras loucas. A
agulha, vendo que ela não lhe dava resposta,
calou-se também, e foi andando. E era tudo
silêncio na saleta de costura; não se ouvia
mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no
pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a
costura, para o dia seguinte. Continuou ainda
nessa e no outro, até que no quarto acabou a
obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se.
A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava
a agulha espetada no corpinho, para dar
algum ponto necessário. E enquanto
compunha o vestido da bela dama, e puxava
de um lado ou outro, arregaçava daqui ou
dali, alisando, abotoando, acolchetando, a
linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao
baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do
vestido e da elegância? Quem é que vai
dançar com ministros e diplomatas, enquanto
você volta para a caixinha da costureira, antes
de ir para o balaio das mucamas? Vamos,
diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um
alfinete, de cabeça grande e não menor
experiência, murmurou à pobre agulha:
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir
caminho para ela e ela é que vai gozar da
vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura.
Faze como eu, que não abro caminho para
ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de
melancolia, que me disse, abanando a
cabeça:
— Também eu tenho servido de agulha a
muita linha ordinária!
MÚSICAS EMOCIONANTES
O nosso erudito colega, Marcelo Câmara,
nos manda essa sua emoção através do
fado:
E a Música Portuguesa, especialmente o
Fado, triste, telúrico, lírico, me emociona tanto
quanto o Samba de Raiz, o Samba de Roda,
o Samba-Canção, o Samba de Quadra, o
Partido Alto, o Samba-Enredo, a Bossa Nova;
o Dobrado das retretas e a Marchinha de
Carnaval; a Quadrilha e as músicas juninas; a
verdadeira Música Caipira; as músicas
religiosas, vocais ou não, algumas
instrumentais, de procissões da minha
infância; o maravilhoso Choro, o Chorinho; a
Valsa Brasileira e a Valsa-choro; a Seresta e
as Canções; o Coco e o Maracatu,
nordestinos; a Música gauchesca em seus
vários estilos e ritmos; o Calango e a
Rancheira de Rio Claro (RJ); a Ciranda, o
Chiba e os Cantos de Reis da Baía da Ilha
Grande; a Ciranda, o Chiba-Cateretê de
Tarituba, a Cana-Verde, a Canoa, o Arara,
todos de Paraty... , enfim todas as músicas e
danças que ouvi e conheci, cantei, dancei e
amei, que me formaram, me ergueram e me
fizeram amante da Música Brasileira.
E também a vasta, riquíssima, Música Erudita
do Brasil (não digo "Clássica" para não
confundir com a Escola ou o período): Villa-
Lobos, o meu amigo Claudio Santoro,
Mignone, Nepomuceno, Gilberto Mendes,
Alexandre Levy, Bochino, Mário Tavares, Pe.
José Maurício, Aylton Escobar, Edino Krieger,
Carlos Gomes, Brasílio Itiberê, Glauco
Tavares, Radamés, Camargo Guarnieri,
Francisco Braga, Carlos Gomes, Bocchino,
Almeida Prado, Marlos Nobre, Glauco
Velásquez, Juliano Gallet, Frutuoso Viana,
Chiquinha Gonzaga, João Guilherme Ripper,
Henrique Oswald, Koellreutter, Henrique
Alves de Mesquita, Gilberto Mendes, Hekel
Tavares, Nazareth e tantos outros dos quais
de repente, num e-mail, agora, não consigo
listar, uns que estão entre nós, outros que já
partiram, mas que continuam nos ouvidos, na
mente e no coração.
Falo somente dos que mais ouvi e me
encantaram. Dos que retive e vivem comigo.
Registro apenas os brasileiros que
construíram e formaram a minha sensibilidade
e parca cultura musical. outros continuo
ouvindo, sentindo e pensando. Dos
estrangeiros a lista é infinita, pois aprecio da
Música Medieval à Contemporânea, passando
por todas as escolas e períodos, mesmo a
Música Atonal, Dodecafônica, Aleatória,
Serial, Eletrônica, de poucos adeptos.
Preferências maiores: Chopin, Wagner e
Rachmaninoff
DESPEDIDA
Rubem Braga
E no meio dessa confusão alguém partiu sem se
despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida
talvez fosse mais triste, talvez tenha sido melhor
assim, uma separação como às vezes acontece
em um baile de carnaval — uma pessoa se
perde da outra, procura-a por um instante e
depois adere a qualquer cordão. É melhor para
os amantes pensar que a última vez que se
encontraram se amaram muito — depois apenas
aconteceu que não se encontraram mais. Eles
não se despediram, a vida é que os despediu,
cada um para seu lado — sem glória nem
humilhação.
Creio que será permitido guardar uma leve
tristeza, e também uma lembrança boa; que
não será proibido confessar que às vezes se
tem saudades; nem será odioso dizer que a
separação ao mesmo tempo nos traz um
inexplicável sentimento de alívio, e de
sossego; e um indefinível remorso; e um
recôndito despeito.
E que houve momentos perfeitos que
passaram, mas não se perderam, porque
ficaram em nossa vida; que a lembrança
deles nos faz sentir maior a nossa solidão;
mas que essa solidão ficou menos infeliz: que
importa que uma estrela já esteja morta se ela
ainda brilha no fundo de nossa noite e de
nosso confuso sonho?
Talvez não mereçamos imaginar que haverá
outros verões; se eles vierem, nós os
receberemos obedientes como as cigarras e
as paineiras — com flores e cantos. O inverno
— te lembras — nos maltratou; não havia
flores, não havia mar, e fomos sacudidos de
um lado para outro como dois bonecos na
mão de um titeriteiro inábil.
Ah, talvez valesse a pena dizer que houve um
telefonema que não pôde haver; entretanto, é
possível que não adiantasse nada. Para que
explicações? Esqueçamos as pequenas
coisas mortificantes; o silêncio torna tudo
menos penoso; lembremos apenas as coisas
douradas e digamos apenas a pequena
palavra: adeus.
A pequena palavra que se alonga como um
canto de cigarra perdido numa tarde de
domingo.
GELO COMBUSTÍVEL, A PROMISSORA FONTE DE ENERGIA QUE A CHINA
EXTRAIU DO FUNDO DO MAR
Any Karolyne Galdino
Foi extraído do fundo do Mar da China
Meridional uma quantidade considerável de
hidrato de metano, ou mais conhecido como
gelo combustível, que é tido por muitos como
uma das promissoras fontes de energia do
futuro.
A tarefa de extrair este gelo combustível é
extremamente complexa, o Japão e Estados
Unidos já tentaram, mas não obtiveram
sucesso.
“Parecem cristais de gelo, mas quando se
olha mais de perto, a nível molecular, veem-
se as moléculas de metano dentro das
moléculas de água”, explica à BBC Praven
Linga, professor do Departamento de
Engenharia Química e Biomolecular da
Universidade Nacional de Cingapura.
Conhecidos como hidratos de metano,
formam-se a temperaturas muito baixas, em
condições de pressão elevada. São
encontrados em sedimentos do fundo do mar
e ou abaixo do permafrost, a camada de solo
congelada dos polos.
O gás encapsulado dentro do gelo torna os
hidratos inflamáveis, mesmo a baixíssimas
temperaturas. E por isso o apelido “gelo de
fogo”.
Quando se reduz a pressão ou se eleva a
temperatura, os hidratos se decompõem em
água e metano. Um metro cúbico dessa
substância libera cerca de 160 metros cúbicos
de gás – ou seja, trata-se de um combustível
de grande potencial energético.
O problema, no entanto, é que extrair esse
gás é um processo que, por si só, consome
muita energia.
Mas, mesmo assim pesquisadores acreditam
que os hidratos de metano têm o potencial de
se tornar uma fonte de energia revolucionária
que poderia ser fundamental para suprir
necessidades energéticas no futuro.
O grande perigo é se o metano “escapar”, e
isso teria consequências graves para o
aquecimento global, já que se trata de um gás
com um potencial de impacto sobre as
mudanças climáticas muito maior do que o
dióxido de carbono.
http://engenhariae.com.br/meio-ambiente/
HISTÓRIA DO PAPEL HIGIÊNICO
A história do papel higiênico nos mostra que o
produto foi criado pelos chineses, durante a
dinastia Yuan.
A história mais comum a respeito do
surgimento do papel higiênico, produto
essencial para a higiene pessoal de todas as
pessoas, relata que algo bem próximo tenha
sido criado na China, por volta de 875 a.C.
Antes desse período, as pessoas utilizavam
outros artifícios, como folhas de alface, água
e até mesmo sabugos de milho.
De fato, há indícios inclusive de uma
produção em massa do papel higiênico chinês
durante toda a dinastia Yuan. Muito mais
largos (mediam 60 por 90 cm), eram produtos
exclusivos da corte imperial. De qualquer
forma, foi uma coisa que parou por aí, não se
tendo registros de outros povos fazendo uso
de nada parecido. Os gregos, por exemplo,
preferiam usar pedras e argila, enquanto no
império romano a moda era usar uma esponja
comunitária, por mais bizarro que isso possa
parecer.
A história do papel higiênico como
conhecemos hoje se inicia muito mais tarde,
em 1857, por meio do americano Joseph
Gayetty, o qual tentou vender o produto em
pacotes com folhas separadas. Entretanto, o
mesmo se tornou um desastre de vendas,
pois tinha um alto custo, possuía poucas
folhas e era originalmente vendido como um
produto médico anti-hemorroidas.
Já em 1879, os irmãos Edward e Clarence
Scott iniciaram um negócio de objetos
descartáveis, incluindo um papel muito macio
e de fácil desintegração, capítulo que pode
ser considerado a primeira tentativa bem-
sucedida de massificação do uso do papel
higiênico.
http://www.historiadetudo.com/papel-
higienico
FRASES PENSAMENTOS E CITAÇÕES
Liberdade e amor andam juntos. Amor não é
reação. Se eu o amo porque você me ama,
trata-se de mero comércio, algo que pode ser
comprado no mercado. Amar é não pedir
nada em troca, é nem mesmo sentir que se
está oferecendo algo. Somente um amor
assim pode conhecer a liberdade. (...) Quando
vemos uma pedra pontiaguda em um caminho
frequentado por pedestres descalços, nós a
retiramos não porque nos pedem, mas porque
nos preocupamos com os outros, não importa
quem sejam. Plantar uma árvore e cuidar
dela, olhar o rio e desfrutar a plenitude da
terra... para tudo isso é preciso liberdade – e,
para ser livre, é preciso amar “Jiddu
Krishnamurti”
Afirmo que a Verdade é uma terra sem
caminho. O homem não pode atingi-la por
intermédio de nenhuma organização, de
nenhum credo (…) Tem de encontrá-la
através do espelho do relacionamento,
através da compreensão dos conteúdos da
sua própria mente, através da observação.
“Jiddu Krishnamurti”
A POESIA DA SEMANA
Quanto deslise!
Nenita Madeiro Campos
Sentada á beira de uma praia linda,
Olhando o quebra-quebra das marés.
E o marulhar das ondas ressoando,
Molhando-me a alma e me molhando os pés !
É tão bela e sublime
Natureza!
O pôr- do- sol no Ocaso se escondendo.
Dando lugar a linda e meiga lua,
Que vem os faróis da noite acendendo!
Ajoelhada aos pés do Deus Senhor,
E agradecendo-lhe com muito amor,
O que de graça recebi na vida !
E genuflexa com toda a emoção,
Eu lhe digo de todo o coração ,
Que serei sempre, sempre , agradecida !
Em 10 de Julho de 2017
A PIADA DA SEMANA
SE 'RIR' MORRE...
Um americano, um brasileiro e um português
sobreviveram a um naufrágio. Eles nadaram,
nadaram, até que chegaram a uma ilha.
- Ufa! Estamos salvos! - gritaram.
Logo que chegaram a tal ilha, perceberam
que a mesma era habitada por nativos pouco
amigáveis. Então foram tentar conversar com
eles:
- Oi, somos sobreviventes de um naufrágio.
Poderiam nos ajudar?
- Não, vocês não podem ficar aqui (detalhe...
os nativos eram poliglotas)
- Mas, por favor - choramingavam - deixem-
nos ficar...., vamos morrer se não nos
deixarem ficar.... por favor!
- Tudo bem, tudo bem, mas, para ficar aqui,
cada um dos três terá que nos trazer duas
frutas!!!
Então os 3 imbecis foram atrás das frutas. O
primeiro a voltar foi o americano, com uma
ameixa e uma uva. Então o nativo-mor falou:
- Agora você usa as duas frutas como
supositório. Se rir, morre!
O americano colocou a ameixa, beleza,
colocou a uva e riu... Foi decapitado.
Mais tarde veio o brasileiro, com uma maçã e
uma laranja. O nativo-mor falou a mesma
coisa:
- ... se rir, morre!
O brasileiro, no sacrifício, colocou a maçã e
na hora da laranja caiu na gargalhada. Teve o
pescoço cortado.
Os dois se encontraram no céu e o brasileiro
falou para o americano:
- E aí, você riu também, né?
- Pois é, a uva estourou quando eu tava
colocando, fez cosquinha, eu não aguentei e
ri. E você?
- Ah, eu fiz um tremendo sacrifício para
colocar a maçã, e quando tava colocando a
laranja, vi o português chegando com uma
jaca e um abacaxi!!!
oOo
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AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS - Nº 629 an 18 julho_2017

  • 1. AGRISSÊNIOR NOTICIAS Pasquim informativo e virtual. Opiniões, humor e mensagens EDITORES: Luiz Ferreira da Silva (luizferreira1937@gmail.com) e Jefferson Dias (jffercarlos@gmail.com) Edição 629 – ANO XIII Nº 46 – 18 de julho de 2017 UM APÓLOGO Machado de Assis Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha: — Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo? — Deixe-me, senhora. — Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça. — Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros. — Mas você é orgulhosa. — Decerto que sou. — Mas por quê? — É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu? — Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu? — Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados... — Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando... — Também os batedores vão adiante do imperador. — Você é imperador? — Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto... Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha: — Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima... A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no
  • 2. pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile. Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe: — Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá. Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: — Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça: — Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária! MÚSICAS EMOCIONANTES O nosso erudito colega, Marcelo Câmara, nos manda essa sua emoção através do fado: E a Música Portuguesa, especialmente o Fado, triste, telúrico, lírico, me emociona tanto quanto o Samba de Raiz, o Samba de Roda, o Samba-Canção, o Samba de Quadra, o Partido Alto, o Samba-Enredo, a Bossa Nova; o Dobrado das retretas e a Marchinha de Carnaval; a Quadrilha e as músicas juninas; a verdadeira Música Caipira; as músicas religiosas, vocais ou não, algumas instrumentais, de procissões da minha infância; o maravilhoso Choro, o Chorinho; a Valsa Brasileira e a Valsa-choro; a Seresta e as Canções; o Coco e o Maracatu, nordestinos; a Música gauchesca em seus vários estilos e ritmos; o Calango e a Rancheira de Rio Claro (RJ); a Ciranda, o Chiba e os Cantos de Reis da Baía da Ilha Grande; a Ciranda, o Chiba-Cateretê de Tarituba, a Cana-Verde, a Canoa, o Arara, todos de Paraty... , enfim todas as músicas e danças que ouvi e conheci, cantei, dancei e amei, que me formaram, me ergueram e me fizeram amante da Música Brasileira. E também a vasta, riquíssima, Música Erudita do Brasil (não digo "Clássica" para não confundir com a Escola ou o período): Villa- Lobos, o meu amigo Claudio Santoro, Mignone, Nepomuceno, Gilberto Mendes, Alexandre Levy, Bochino, Mário Tavares, Pe. José Maurício, Aylton Escobar, Edino Krieger, Carlos Gomes, Brasílio Itiberê, Glauco Tavares, Radamés, Camargo Guarnieri, Francisco Braga, Carlos Gomes, Bocchino, Almeida Prado, Marlos Nobre, Glauco Velásquez, Juliano Gallet, Frutuoso Viana, Chiquinha Gonzaga, João Guilherme Ripper, Henrique Oswald, Koellreutter, Henrique Alves de Mesquita, Gilberto Mendes, Hekel Tavares, Nazareth e tantos outros dos quais de repente, num e-mail, agora, não consigo listar, uns que estão entre nós, outros que já partiram, mas que continuam nos ouvidos, na mente e no coração. Falo somente dos que mais ouvi e me encantaram. Dos que retive e vivem comigo. Registro apenas os brasileiros que construíram e formaram a minha sensibilidade e parca cultura musical. outros continuo ouvindo, sentindo e pensando. Dos estrangeiros a lista é infinita, pois aprecio da Música Medieval à Contemporânea, passando por todas as escolas e períodos, mesmo a Música Atonal, Dodecafônica, Aleatória, Serial, Eletrônica, de poucos adeptos. Preferências maiores: Chopin, Wagner e Rachmaninoff
  • 3. DESPEDIDA Rubem Braga E no meio dessa confusão alguém partiu sem se despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida talvez fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma separação como às vezes acontece em um baile de carnaval — uma pessoa se perde da outra, procura-a por um instante e depois adere a qualquer cordão. É melhor para os amantes pensar que a última vez que se encontraram se amaram muito — depois apenas aconteceu que não se encontraram mais. Eles não se despediram, a vida é que os despediu, cada um para seu lado — sem glória nem humilhação. Creio que será permitido guardar uma leve tristeza, e também uma lembrança boa; que não será proibido confessar que às vezes se tem saudades; nem será odioso dizer que a separação ao mesmo tempo nos traz um inexplicável sentimento de alívio, e de sossego; e um indefinível remorso; e um recôndito despeito. E que houve momentos perfeitos que passaram, mas não se perderam, porque ficaram em nossa vida; que a lembrança deles nos faz sentir maior a nossa solidão; mas que essa solidão ficou menos infeliz: que importa que uma estrela já esteja morta se ela ainda brilha no fundo de nossa noite e de nosso confuso sonho? Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros verões; se eles vierem, nós os receberemos obedientes como as cigarras e as paineiras — com flores e cantos. O inverno — te lembras — nos maltratou; não havia flores, não havia mar, e fomos sacudidos de um lado para outro como dois bonecos na mão de um titeriteiro inábil. Ah, talvez valesse a pena dizer que houve um telefonema que não pôde haver; entretanto, é possível que não adiantasse nada. Para que explicações? Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes; o silêncio torna tudo menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas e digamos apenas a pequena palavra: adeus. A pequena palavra que se alonga como um canto de cigarra perdido numa tarde de domingo. GELO COMBUSTÍVEL, A PROMISSORA FONTE DE ENERGIA QUE A CHINA EXTRAIU DO FUNDO DO MAR Any Karolyne Galdino Foi extraído do fundo do Mar da China Meridional uma quantidade considerável de hidrato de metano, ou mais conhecido como gelo combustível, que é tido por muitos como uma das promissoras fontes de energia do futuro. A tarefa de extrair este gelo combustível é extremamente complexa, o Japão e Estados Unidos já tentaram, mas não obtiveram sucesso. “Parecem cristais de gelo, mas quando se olha mais de perto, a nível molecular, veem- se as moléculas de metano dentro das moléculas de água”, explica à BBC Praven Linga, professor do Departamento de Engenharia Química e Biomolecular da Universidade Nacional de Cingapura. Conhecidos como hidratos de metano, formam-se a temperaturas muito baixas, em condições de pressão elevada. São encontrados em sedimentos do fundo do mar e ou abaixo do permafrost, a camada de solo congelada dos polos. O gás encapsulado dentro do gelo torna os hidratos inflamáveis, mesmo a baixíssimas
  • 4. temperaturas. E por isso o apelido “gelo de fogo”. Quando se reduz a pressão ou se eleva a temperatura, os hidratos se decompõem em água e metano. Um metro cúbico dessa substância libera cerca de 160 metros cúbicos de gás – ou seja, trata-se de um combustível de grande potencial energético. O problema, no entanto, é que extrair esse gás é um processo que, por si só, consome muita energia. Mas, mesmo assim pesquisadores acreditam que os hidratos de metano têm o potencial de se tornar uma fonte de energia revolucionária que poderia ser fundamental para suprir necessidades energéticas no futuro. O grande perigo é se o metano “escapar”, e isso teria consequências graves para o aquecimento global, já que se trata de um gás com um potencial de impacto sobre as mudanças climáticas muito maior do que o dióxido de carbono. http://engenhariae.com.br/meio-ambiente/ HISTÓRIA DO PAPEL HIGIÊNICO A história do papel higiênico nos mostra que o produto foi criado pelos chineses, durante a dinastia Yuan. A história mais comum a respeito do surgimento do papel higiênico, produto essencial para a higiene pessoal de todas as pessoas, relata que algo bem próximo tenha sido criado na China, por volta de 875 a.C. Antes desse período, as pessoas utilizavam outros artifícios, como folhas de alface, água e até mesmo sabugos de milho. De fato, há indícios inclusive de uma produção em massa do papel higiênico chinês durante toda a dinastia Yuan. Muito mais largos (mediam 60 por 90 cm), eram produtos exclusivos da corte imperial. De qualquer forma, foi uma coisa que parou por aí, não se tendo registros de outros povos fazendo uso de nada parecido. Os gregos, por exemplo, preferiam usar pedras e argila, enquanto no império romano a moda era usar uma esponja comunitária, por mais bizarro que isso possa parecer. A história do papel higiênico como conhecemos hoje se inicia muito mais tarde, em 1857, por meio do americano Joseph Gayetty, o qual tentou vender o produto em pacotes com folhas separadas. Entretanto, o mesmo se tornou um desastre de vendas, pois tinha um alto custo, possuía poucas folhas e era originalmente vendido como um produto médico anti-hemorroidas. Já em 1879, os irmãos Edward e Clarence Scott iniciaram um negócio de objetos descartáveis, incluindo um papel muito macio e de fácil desintegração, capítulo que pode ser considerado a primeira tentativa bem- sucedida de massificação do uso do papel higiênico. http://www.historiadetudo.com/papel- higienico FRASES PENSAMENTOS E CITAÇÕES Liberdade e amor andam juntos. Amor não é reação. Se eu o amo porque você me ama, trata-se de mero comércio, algo que pode ser comprado no mercado. Amar é não pedir nada em troca, é nem mesmo sentir que se está oferecendo algo. Somente um amor assim pode conhecer a liberdade. (...) Quando vemos uma pedra pontiaguda em um caminho frequentado por pedestres descalços, nós a retiramos não porque nos pedem, mas porque nos preocupamos com os outros, não importa quem sejam. Plantar uma árvore e cuidar dela, olhar o rio e desfrutar a plenitude da terra... para tudo isso é preciso liberdade – e,
  • 5. para ser livre, é preciso amar “Jiddu Krishnamurti” Afirmo que a Verdade é uma terra sem caminho. O homem não pode atingi-la por intermédio de nenhuma organização, de nenhum credo (…) Tem de encontrá-la através do espelho do relacionamento, através da compreensão dos conteúdos da sua própria mente, através da observação. “Jiddu Krishnamurti” A POESIA DA SEMANA Quanto deslise! Nenita Madeiro Campos Sentada á beira de uma praia linda, Olhando o quebra-quebra das marés. E o marulhar das ondas ressoando, Molhando-me a alma e me molhando os pés ! É tão bela e sublime Natureza! O pôr- do- sol no Ocaso se escondendo. Dando lugar a linda e meiga lua, Que vem os faróis da noite acendendo! Ajoelhada aos pés do Deus Senhor, E agradecendo-lhe com muito amor, O que de graça recebi na vida ! E genuflexa com toda a emoção, Eu lhe digo de todo o coração , Que serei sempre, sempre , agradecida ! Em 10 de Julho de 2017 A PIADA DA SEMANA SE 'RIR' MORRE... Um americano, um brasileiro e um português sobreviveram a um naufrágio. Eles nadaram, nadaram, até que chegaram a uma ilha. - Ufa! Estamos salvos! - gritaram. Logo que chegaram a tal ilha, perceberam que a mesma era habitada por nativos pouco amigáveis. Então foram tentar conversar com eles: - Oi, somos sobreviventes de um naufrágio. Poderiam nos ajudar? - Não, vocês não podem ficar aqui (detalhe... os nativos eram poliglotas) - Mas, por favor - choramingavam - deixem- nos ficar...., vamos morrer se não nos deixarem ficar.... por favor! - Tudo bem, tudo bem, mas, para ficar aqui, cada um dos três terá que nos trazer duas frutas!!! Então os 3 imbecis foram atrás das frutas. O primeiro a voltar foi o americano, com uma ameixa e uma uva. Então o nativo-mor falou: - Agora você usa as duas frutas como supositório. Se rir, morre! O americano colocou a ameixa, beleza, colocou a uva e riu... Foi decapitado. Mais tarde veio o brasileiro, com uma maçã e uma laranja. O nativo-mor falou a mesma coisa: - ... se rir, morre! O brasileiro, no sacrifício, colocou a maçã e na hora da laranja caiu na gargalhada. Teve o pescoço cortado. Os dois se encontraram no céu e o brasileiro falou para o americano: - E aí, você riu também, né? - Pois é, a uva estourou quando eu tava colocando, fez cosquinha, eu não aguentei e ri. E você? - Ah, eu fiz um tremendo sacrifício para colocar a maçã, e quando tava colocando a laranja, vi o português chegando com uma jaca e um abacaxi!!! oOo Acessar: www.r2cpress.com.br www.facebook.com.br/agrisseniores.57