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PELVE FEMININA II
    OVÁRIOS

MR2 Roberto Corrêa
   20.10.2011
Lesões ovarianas benignas

Afecções benignas como lesões císticas não
neoplásicas e os tumores ovarianos benignos:
maioria das massas ovarianas.

A caracterização por TC ou RM se baseia
classicamente na morfologia interna, tecidos,
vascularização e topografia das lesões.
Lesões císticas não neoplásicas


Cisto ovariano fisiológico
Cisto de inclusão peritoneal
Hyperreactio luteinalis
Síndrome dos ovários policísticos
Cisto endometrióide
Hidrossalpinge
Cisto ovariano fisiológico

Etiologia: falta de rotura ou de regressão de
folículos ovarianos;
Tamanho: 3 a 8 cm, maioria até 5 cm;
Extremamente comuns em idade fértil;
Maioria é assintomática e hormonalmente inativa;
Complicações: rotura, hemorragia e torção;
Cistos foliculares na puberdade: síndrome de
McCune-Albright.
Cisto ovariano fisiológico

RM e TC: uniloculares, exibindo as mesmas
características de imagem dos folículos normais.
Imagem de sinal alto ou intermediário em T1:
hemorragia;
Nestes casos: úteis técnicas de saturação de
gordura para diferenciar entre conteúdo
proteináceo ou hemorrágico e gordura.
T2
               T1 pós contraste




     T1 supressão
Cisto hemorrágico: T1 com supressão
Cisto de inclusão peritoneal

São pseudocistos formados por acúmulos de
líquido produzido pelos ovários que são formados
secundariamente às aderências peritoneais;
Tipicamente encontrados na pré-menopausa com
história de cirurgia, endometriose ou DIP;
Tamanho variável: alguns mm a grandes lesões
císticas;
Sintomas: dor ou desconforto pélvico por efeito de
massa ou assintomáticos.
Cisto de inclusão peritoneal

Nos exames de imagem aparecem como:
• Lesões anexiais císticas uni ou multiloculares;
• Contornos irregulares definidos pelas estruturas
ao redor da lesão;
• Massa anexial cística que contenha o ovário no
centro ou na periferia da lesão: altamente
sugestivo;
• Geralmente densidade e sinal de água;
• Pode conter septações finas, mas não há realce.
Septações junto ao útero, ovário no meio da lesão e parede da lesão sem realce
Hyperreactio luteinalis

Ou Síndrome da Hiperestimulação Ovariana
* Etiologia: transtornos associados a altos níveis de
HcG: mola hidatiforme, coriocarcinoma e,
raramente, em gestações múltiplas ou diabetes.
* Até 65% das pacientes tratadas como
gonadotrofinas para infertilidade;
•Típico: ovários aumentados de volume com
múltiplos cistos teca-luteínicos;
• Casos graves: ↑ovários, ascite e derrame pleural:
Hyperreactio luteinalis

Achados nas imagens:
Ovários     bilateralmente  aumentados de
volume( 10 a 20cm);
 Assemelham-se a tumores multicísticos e
apresentam tamanho uniforme;
 Conteúdo semelhante à água e não há
espessamento mural.
Síndrome dos ovários policísticos

Transtorno endócrino complexo caracterizado
por hiperandrogenismo e anovulação crônica;
 Afeta 5 a 20% das mulheres em idade fértil e
até 50% das mulheres com infertilidade;
 Tríade clássica de amenorreia, hirsutismo e
obesidade ocorrem em metade das pacientes;
 SOP não deve ser diagnosticada apenas por
imagens;
 Papel da RM: complementação da US
Síndrome dos ovários policísticos

RM:       ovários   esféricos,  discretamente
aumentados de volume bilateralmente com
numerosos pequenos folículos em uma localização
subcapsular, rodeando o estroma central
anormalmente largo e com baixa intensidade do
sinal;
Diferentemente dos ovários normais,estes
folículos medem menos de 1,0 cm e tem tamanho
e aspecto uniformes;
Fazer imagens das suprarrenais: descartar
tumor
Cisto endometriótico

 Manifestação mais comum da endometriose;
 Envolvimento bilateral em 33 a 50%;
 Infertilidade: 30-50% das mulheres com
endometriose;
 Causa mais comum de dor pélvica crônica em
mulheres em idade fértil;
 Cistos endometrióticos se apresentam como
lesões hemorrágicas complexas cheias de
derivados do sangue de diferentes idades.
Cisto endometriótico

 Parede do cisto geralmente espessa e fibrótica
e cercada por aderências;
 Maioria: 3 a 6 cm e raramente excede 15 cm;
 Ca-125 pode estar elevado e se correlaciona
com a atividade da doença;
 RM: diagnóstico se baseia na detecção de
derivados do sangue de diferentes idades em
massa anexial uni ou bilateral;
Cisto endometriótico

 Compostas por cistos únicos ou múltiplos,
tipicamente exibindo alta intensidade do sinal em
T1 com e sem supressão de gordura;
 Variável a intensidade de sinal em T2;
 Baixa intensidade em T2(“sombreado”)se deve
ao sangramento crônico e é um sinal específico de
endometriomas;
 Forma irregular e paredes espessas com baixa
intensidade de sinal e que realçam pós contraste.
T2: sombreamento   T1: cistos hiperintensos
Hidrossalpinge

 A salpingite é a causa mais comum de oclusão
da tuba uterina distal, o que resulta em
hidrossalpinge;
 Outras causas: tumores tubários, endometriose
e aderências de cirurgias prévias;
 Líquido seroso, sangue ou pus podem
acumular-se e causar a dilatação da tuba;
 Nas imagens: se apresenta como uma estrutura
tubular cheia de líquido que se origina no fundo
uterino e é separada do ovário ipsilateral;
Hidrossalpinge

 Se grande: devido à proximidade do ovário,
pode simular uma lesão anexial multisseptada;
 No entanto, a hidrossalpinge aparece como
uma estrutura cística tortuosa com septações
murais interdigitadas;
 A parede e os septos são finos e exibem baixa
intensidade de sinal em T2. O realce septal distinto
nas imagens contrastadas ponderadas em T1 ou de
TC podem oferecer o diagnóstico de piossalpingite;
 Habitualmente: alto sinal em T2.
Diagnóstico Diferencial
 RM e TC multiplanares e a opacificação do
intestino na TC facilitam a identificação da origem
ovariana ou extraovariana da lesão;
 Somente os cistos paraovarianos e a
hidrossalpinge representam lesões císticas
extraovarianas;
 Na hidrossalpinge extensa: pode ser difícil
diferenciar de cistadenoma multissepatado, mas a
estrutura serpenginosa e a presença de pregas
murais e de septos incompletos são características
da tuba dilatada;
Diagnóstico Diferencial
 Cistadenoma pode exibir as mesmas
características dos cistos foliculares: geralmente se
realiza seguimento US cistos funcionais
regridem em 2 a 3 ciclos menstruais;
 A falta de realce da parede, os contornos
irregulares e antecedentes de cirurgia ou de
aderências      pélvicas:    cistos     de    inclusão
perioteneais;
 O tamanho uniforme dos cistos e um quadro
clínico típico auxiliam na diferenciação de cistos
teca-luteínicos;
Diagnóstico Diferencial
 A saturação de gordura auxilia em identificar
gordura     nos    dermoides,    que,   como      os
endometriomas, podem exibir alta intensidade de
sinal nas imagens ponderadas em T1;
 Diferentemente dos endometriomas, os cistos
hemorrágicos funcionais geralmente são unilaterais e
não exibem hipossinal nas imagens ponderadas em
T2;
 A falta de componentes sólidos ou de projeções
papilares auxilia em diferenciar endometriomas dos
cânceres de ovário hemorrágicos ou mucinosos.
Tumores ovarianos benignos


 A maioria dos tumores ovarianos é benigna (60-
80%);
 Grande espectro de tumores ovarianos;
 Tipos: teratoma benigno(58%), cistadenomas
(37%), fibromas-fibrotecomas(4%) e tumores de
Brenner(1%).
Teratoma cístico benigno
 Tumores benignos de células germinativas;
 Neoplasia ovariana mais comum em idade
fértil;
 Bilaterais em 10 a 25% dos casos;
 A maioria tem material gorduroso liquefeito e
pêlos no interior da cavidade do cisto ou há tecido
adiposo dentro da parede do cisto ou do tampão
dermoide;
 Tamanho: 60% medem entre 5 e 10cm;
 Complicações: torção, peritonite química e
Teratoma cístico benigno
 Imagens: TC e RM:
 Característica específica: gordura no interior de
uma lesão ovariana unilocular encapsulada;
 Não se recomenda sequência STIR
(endometriomas podem ter supressão de sinal);
 Uso de imagens com desvio químico;
 Cerca de 8-15% tem pouca ou nenhuma
gordura macroscópica;
 TC e RM podem avaliar as complicações.
Cistadenoma
 Maioria dos tumores epiteliais ovarianos;
 Frequência aumenta com a idade: 80% dos
tumores benignos na pós-menopausa;
 Lesões císticas uni ou multiloculadas com
parede fina cheias de conteúdo seroso, mucinoso
e algumas vezes hemorrágico;
 Cistadenomas serosos: 20% é bilateral;
 Rotura de C. mucinoso: pseudomixoma
peritoneal;
 Torção e dor inespecífica por efeito de massa.
Cistadenoma
 Imagens: TC e RM
 Massas císticas de paredes finas e regulares;
 Pode haver septações finas(<3mm) com realce;
 Serosos costumam ser uni ou biloculados;
 Intensidade do sinal e densidade de água;
 Projeções papilares em até 20% dos casos;
 Mucinosos costumam ser grandes(>10)cm;
 Mucinosos tem intensidade variável em T1 e T2
e na TC.
Cistadenofibroma: subtipo de cistadenoma seroso.
Fibroma e fibrotecoma
 Tumores de origem estromal: 3-4% dos
tumores ovarianos;
 Tipicamente unilaterais(90%);
 Mulheres na peri e pós-menopausa;
 Compostos por fibroblastos e células em fuso e
tem abundante conteúdo em colágeno ou células
da teca; pode elevar CA-125;
 Associação com síndrome de Meigs: 1%;
 Tecomas são hormonalmente ativos em 60%
dos casos e câncer de endométrio em 20%.
Fibroma e fibrotecoma


 Imagens: TC e RM:
 Tumores ovarianos sólidos bem delimitados;
T1: baixa a intermediária intensidade do sinal;
 T2: Sinal muito baixo(semelhante leiomiomas);
 Realce leve ou tardio pós contraste(TC e RM);
 Lesões maiores: calcificações amorfas.
T1: isointenso ao
T2 coronal:
                    miométrio
baixo sinal




T1 pós contraste:
homogêneo
Tumor de Brenner
 Raros tumores ovarianos epiteliais(2%);
 Idade média à apresentação: 50 anos;
 Vasta maioria é benigna(98%);
 Incidentaloma;
 Menor de 2 cm em 60% dos casos;
 Imagem: tumor sólido unilateral com baixo sinal
em T2;
 TC: calcificações amorfas;
 Imagem cística: diagnóstico de tumor de fusão.
T2   T1 contraste
Diagnóstico Diferencial
 Alto sinal em T1: dermoides, endometriomas,
cistos hemorrágicos e tumores mucinosos
hemorrágicos;
 T1 com supressão de gordura(↓sinal):
teratoma
 Dermoides sem gordura ou monodérmicos
raros (ex: struma ovarii): indistinguível do câncer
de ovário;
 Controle sequencial;
 Tumores anexiais sólidos de baixo sinal em T2:
fibromas, fibrotecomas ou tumor de Brenner.
Neoplasias Malignas do Ovário
 Neoplasias epiteliais(86%);
 Neoplasias de células germinativas;
 Neoplasias do cordão sexual-estroma;
 Linfoma.

Dependendo das características histológicas e
do comportamento biológico, as lesões epiteliais
podem ser classificadas como invasivas ou
limítrofes.
Câncer de Ovário Epitelial
 Segunda malignidade ginecológica mais
comum(Haaga); 8º. neoplasia em mulheres(Brasil)
 INCA: Estimativa de novos casos: 3.837 (2009);

 Número de mortes: 2.836 (2008)
 Incidência se eleva continuamente entre os 30
e os 70 anos, com pico aos 59 anos;
 Mais letal que o câncer de endométrio e colo
uterino combinados;
 ACS: 22430 novos casos e 15280 mortes em
Câncer de Ovário Epitelial
 Devido à falta de sintomas e disseminação
peritoneal precoce: 70% dos casos com propagação
além da pelve(> ou = estágio III);
 O estágio é o fator mais importante para o
prognóstico;
 Taxas de sobrevida em 5 anos caem de 93% com
doença localizada para 28% nas com metástases;
 Disseminação peritoneal(ascite); drenagem
linfática segue os vasos ováricos até LND ilíacos
comuns e para-aórticos e pelo ligamento largo e os
paramétrios até LND ilíacos externos e obturatórios.
Câncer de Ovário Epitelial
 Divisão histológica:
1)Cistadenocarcinoma seroso(40-65%);
2)Câncer mucinoso(10%);
3)Câncer endometrioide(10%);
4)Câncer de células claras(5%);
5)Tumor de Brenner maligno(2%);
6)Cânceres indiferenciados(5 a 10%).
Câncer de Ovário Epitelial
 Estadiamento: sistema FIGO e TNM:
Baseia-se nos achados durante uma laparotomia
de estadiamento abrangente, que inclui uma
histerectomia     abdominal     total,   salpingo-
ooferectomia bilateral, omentectomia infra-cólica
e linfadenectomia;
Além disso, são colhidas citologia peritoneal e
múltiplas biópsias peritoenais na pelve e abdome
superior;
Subestadiamento: 18-31% dos casos.
Câncer de Ovário Epitelial
 Papel dos exames de imagem:
TCMD é a modalidade de escolha;
RM: papel como modalidade de solução de
problemas;
Precisão do estadiamento: 53-92% TC; 78-88%
RM;
Novos conceitos estão sendo criados tendendo a
um tratamento mais individualizado, abordado por
equipe multidisciplinar e os exames de imagem
desempenham papel fundamental.
Câncer de Ovário Epitelial: TC e RM
 Massa ovariana sólida e cística uni ou bilateral;
 Lesão multiloculada com espessura > 3mm;
 Septações que se contrastam irregularmente;
 Componentes não fibrosos sólidos contrastados
 Excrescências papilares;
 Componentes císticos podem conter líquido
seroso, mucinoso ou hemorrágico(melhor visto em
T2);
 Sinais secundários: ascite, implantes peritoenais
ou aumento de volume dos linfonodos.
Lesão sólida OE e nódulos em FS   Massa predominantemente sólida
                                    Finos cistos e ascite em FS




Asterisco: fibroide uterino
BIBLIOGRAFIA:


1.http://www.slideshare.net/CHIRLEI/tumores-
                  de-ovrio;
                  2. Haaga;
 3. Fundamentos em Radiologia e Diagnóstico
             por Imagem(Brant);
           4. Gamuts in Radiology;
             5. www.inca.gov.br

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Pelve feminina ii 18.10.11 final

  • 1. PELVE FEMININA II OVÁRIOS MR2 Roberto Corrêa 20.10.2011
  • 2. Lesões ovarianas benignas Afecções benignas como lesões císticas não neoplásicas e os tumores ovarianos benignos: maioria das massas ovarianas. A caracterização por TC ou RM se baseia classicamente na morfologia interna, tecidos, vascularização e topografia das lesões.
  • 3. Lesões císticas não neoplásicas Cisto ovariano fisiológico Cisto de inclusão peritoneal Hyperreactio luteinalis Síndrome dos ovários policísticos Cisto endometrióide Hidrossalpinge
  • 4. Cisto ovariano fisiológico Etiologia: falta de rotura ou de regressão de folículos ovarianos; Tamanho: 3 a 8 cm, maioria até 5 cm; Extremamente comuns em idade fértil; Maioria é assintomática e hormonalmente inativa; Complicações: rotura, hemorragia e torção; Cistos foliculares na puberdade: síndrome de McCune-Albright.
  • 5. Cisto ovariano fisiológico RM e TC: uniloculares, exibindo as mesmas características de imagem dos folículos normais. Imagem de sinal alto ou intermediário em T1: hemorragia; Nestes casos: úteis técnicas de saturação de gordura para diferenciar entre conteúdo proteináceo ou hemorrágico e gordura.
  • 6. T2 T1 pós contraste T1 supressão
  • 7. Cisto hemorrágico: T1 com supressão
  • 8. Cisto de inclusão peritoneal São pseudocistos formados por acúmulos de líquido produzido pelos ovários que são formados secundariamente às aderências peritoneais; Tipicamente encontrados na pré-menopausa com história de cirurgia, endometriose ou DIP; Tamanho variável: alguns mm a grandes lesões císticas; Sintomas: dor ou desconforto pélvico por efeito de massa ou assintomáticos.
  • 9. Cisto de inclusão peritoneal Nos exames de imagem aparecem como: • Lesões anexiais císticas uni ou multiloculares; • Contornos irregulares definidos pelas estruturas ao redor da lesão; • Massa anexial cística que contenha o ovário no centro ou na periferia da lesão: altamente sugestivo; • Geralmente densidade e sinal de água; • Pode conter septações finas, mas não há realce.
  • 10. Septações junto ao útero, ovário no meio da lesão e parede da lesão sem realce
  • 11. Hyperreactio luteinalis Ou Síndrome da Hiperestimulação Ovariana * Etiologia: transtornos associados a altos níveis de HcG: mola hidatiforme, coriocarcinoma e, raramente, em gestações múltiplas ou diabetes. * Até 65% das pacientes tratadas como gonadotrofinas para infertilidade; •Típico: ovários aumentados de volume com múltiplos cistos teca-luteínicos; • Casos graves: ↑ovários, ascite e derrame pleural:
  • 12. Hyperreactio luteinalis Achados nas imagens: Ovários bilateralmente aumentados de volume( 10 a 20cm);  Assemelham-se a tumores multicísticos e apresentam tamanho uniforme;  Conteúdo semelhante à água e não há espessamento mural.
  • 13. Síndrome dos ovários policísticos Transtorno endócrino complexo caracterizado por hiperandrogenismo e anovulação crônica;  Afeta 5 a 20% das mulheres em idade fértil e até 50% das mulheres com infertilidade;  Tríade clássica de amenorreia, hirsutismo e obesidade ocorrem em metade das pacientes;  SOP não deve ser diagnosticada apenas por imagens;  Papel da RM: complementação da US
  • 14. Síndrome dos ovários policísticos RM: ovários esféricos, discretamente aumentados de volume bilateralmente com numerosos pequenos folículos em uma localização subcapsular, rodeando o estroma central anormalmente largo e com baixa intensidade do sinal; Diferentemente dos ovários normais,estes folículos medem menos de 1,0 cm e tem tamanho e aspecto uniformes; Fazer imagens das suprarrenais: descartar tumor
  • 15. Cisto endometriótico  Manifestação mais comum da endometriose;  Envolvimento bilateral em 33 a 50%;  Infertilidade: 30-50% das mulheres com endometriose;  Causa mais comum de dor pélvica crônica em mulheres em idade fértil;  Cistos endometrióticos se apresentam como lesões hemorrágicas complexas cheias de derivados do sangue de diferentes idades.
  • 16. Cisto endometriótico  Parede do cisto geralmente espessa e fibrótica e cercada por aderências;  Maioria: 3 a 6 cm e raramente excede 15 cm;  Ca-125 pode estar elevado e se correlaciona com a atividade da doença;  RM: diagnóstico se baseia na detecção de derivados do sangue de diferentes idades em massa anexial uni ou bilateral;
  • 17. Cisto endometriótico  Compostas por cistos únicos ou múltiplos, tipicamente exibindo alta intensidade do sinal em T1 com e sem supressão de gordura;  Variável a intensidade de sinal em T2;  Baixa intensidade em T2(“sombreado”)se deve ao sangramento crônico e é um sinal específico de endometriomas;  Forma irregular e paredes espessas com baixa intensidade de sinal e que realçam pós contraste.
  • 18. T2: sombreamento T1: cistos hiperintensos
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  • 20. Hidrossalpinge  A salpingite é a causa mais comum de oclusão da tuba uterina distal, o que resulta em hidrossalpinge;  Outras causas: tumores tubários, endometriose e aderências de cirurgias prévias;  Líquido seroso, sangue ou pus podem acumular-se e causar a dilatação da tuba;  Nas imagens: se apresenta como uma estrutura tubular cheia de líquido que se origina no fundo uterino e é separada do ovário ipsilateral;
  • 21. Hidrossalpinge  Se grande: devido à proximidade do ovário, pode simular uma lesão anexial multisseptada;  No entanto, a hidrossalpinge aparece como uma estrutura cística tortuosa com septações murais interdigitadas;  A parede e os septos são finos e exibem baixa intensidade de sinal em T2. O realce septal distinto nas imagens contrastadas ponderadas em T1 ou de TC podem oferecer o diagnóstico de piossalpingite;  Habitualmente: alto sinal em T2.
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  • 24. Diagnóstico Diferencial  RM e TC multiplanares e a opacificação do intestino na TC facilitam a identificação da origem ovariana ou extraovariana da lesão;  Somente os cistos paraovarianos e a hidrossalpinge representam lesões císticas extraovarianas;  Na hidrossalpinge extensa: pode ser difícil diferenciar de cistadenoma multissepatado, mas a estrutura serpenginosa e a presença de pregas murais e de septos incompletos são características da tuba dilatada;
  • 25. Diagnóstico Diferencial  Cistadenoma pode exibir as mesmas características dos cistos foliculares: geralmente se realiza seguimento US cistos funcionais regridem em 2 a 3 ciclos menstruais;  A falta de realce da parede, os contornos irregulares e antecedentes de cirurgia ou de aderências pélvicas: cistos de inclusão perioteneais;  O tamanho uniforme dos cistos e um quadro clínico típico auxiliam na diferenciação de cistos teca-luteínicos;
  • 26. Diagnóstico Diferencial  A saturação de gordura auxilia em identificar gordura nos dermoides, que, como os endometriomas, podem exibir alta intensidade de sinal nas imagens ponderadas em T1;  Diferentemente dos endometriomas, os cistos hemorrágicos funcionais geralmente são unilaterais e não exibem hipossinal nas imagens ponderadas em T2;  A falta de componentes sólidos ou de projeções papilares auxilia em diferenciar endometriomas dos cânceres de ovário hemorrágicos ou mucinosos.
  • 27. Tumores ovarianos benignos  A maioria dos tumores ovarianos é benigna (60- 80%);  Grande espectro de tumores ovarianos;  Tipos: teratoma benigno(58%), cistadenomas (37%), fibromas-fibrotecomas(4%) e tumores de Brenner(1%).
  • 28. Teratoma cístico benigno  Tumores benignos de células germinativas;  Neoplasia ovariana mais comum em idade fértil;  Bilaterais em 10 a 25% dos casos;  A maioria tem material gorduroso liquefeito e pêlos no interior da cavidade do cisto ou há tecido adiposo dentro da parede do cisto ou do tampão dermoide;  Tamanho: 60% medem entre 5 e 10cm;  Complicações: torção, peritonite química e
  • 29. Teratoma cístico benigno  Imagens: TC e RM:  Característica específica: gordura no interior de uma lesão ovariana unilocular encapsulada;  Não se recomenda sequência STIR (endometriomas podem ter supressão de sinal);  Uso de imagens com desvio químico;  Cerca de 8-15% tem pouca ou nenhuma gordura macroscópica;  TC e RM podem avaliar as complicações.
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  • 34. Cistadenoma  Maioria dos tumores epiteliais ovarianos;  Frequência aumenta com a idade: 80% dos tumores benignos na pós-menopausa;  Lesões císticas uni ou multiloculadas com parede fina cheias de conteúdo seroso, mucinoso e algumas vezes hemorrágico;  Cistadenomas serosos: 20% é bilateral;  Rotura de C. mucinoso: pseudomixoma peritoneal;  Torção e dor inespecífica por efeito de massa.
  • 35. Cistadenoma  Imagens: TC e RM  Massas císticas de paredes finas e regulares;  Pode haver septações finas(<3mm) com realce;  Serosos costumam ser uni ou biloculados;  Intensidade do sinal e densidade de água;  Projeções papilares em até 20% dos casos;  Mucinosos costumam ser grandes(>10)cm;  Mucinosos tem intensidade variável em T1 e T2 e na TC.
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  • 38. Cistadenofibroma: subtipo de cistadenoma seroso.
  • 39. Fibroma e fibrotecoma  Tumores de origem estromal: 3-4% dos tumores ovarianos;  Tipicamente unilaterais(90%);  Mulheres na peri e pós-menopausa;  Compostos por fibroblastos e células em fuso e tem abundante conteúdo em colágeno ou células da teca; pode elevar CA-125;  Associação com síndrome de Meigs: 1%;  Tecomas são hormonalmente ativos em 60% dos casos e câncer de endométrio em 20%.
  • 40. Fibroma e fibrotecoma  Imagens: TC e RM:  Tumores ovarianos sólidos bem delimitados; T1: baixa a intermediária intensidade do sinal;  T2: Sinal muito baixo(semelhante leiomiomas);  Realce leve ou tardio pós contraste(TC e RM);  Lesões maiores: calcificações amorfas.
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  • 42. T1: isointenso ao T2 coronal: miométrio baixo sinal T1 pós contraste: homogêneo
  • 43. Tumor de Brenner  Raros tumores ovarianos epiteliais(2%);  Idade média à apresentação: 50 anos;  Vasta maioria é benigna(98%);  Incidentaloma;  Menor de 2 cm em 60% dos casos;  Imagem: tumor sólido unilateral com baixo sinal em T2;  TC: calcificações amorfas;  Imagem cística: diagnóstico de tumor de fusão.
  • 44. T2 T1 contraste
  • 45. Diagnóstico Diferencial  Alto sinal em T1: dermoides, endometriomas, cistos hemorrágicos e tumores mucinosos hemorrágicos;  T1 com supressão de gordura(↓sinal): teratoma  Dermoides sem gordura ou monodérmicos raros (ex: struma ovarii): indistinguível do câncer de ovário;  Controle sequencial;  Tumores anexiais sólidos de baixo sinal em T2: fibromas, fibrotecomas ou tumor de Brenner.
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  • 48. Neoplasias Malignas do Ovário  Neoplasias epiteliais(86%);  Neoplasias de células germinativas;  Neoplasias do cordão sexual-estroma;  Linfoma. Dependendo das características histológicas e do comportamento biológico, as lesões epiteliais podem ser classificadas como invasivas ou limítrofes.
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  • 50. Câncer de Ovário Epitelial  Segunda malignidade ginecológica mais comum(Haaga); 8º. neoplasia em mulheres(Brasil)  INCA: Estimativa de novos casos: 3.837 (2009);  Número de mortes: 2.836 (2008)  Incidência se eleva continuamente entre os 30 e os 70 anos, com pico aos 59 anos;  Mais letal que o câncer de endométrio e colo uterino combinados;  ACS: 22430 novos casos e 15280 mortes em
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  • 53. Câncer de Ovário Epitelial  Devido à falta de sintomas e disseminação peritoneal precoce: 70% dos casos com propagação além da pelve(> ou = estágio III);  O estágio é o fator mais importante para o prognóstico;  Taxas de sobrevida em 5 anos caem de 93% com doença localizada para 28% nas com metástases;  Disseminação peritoneal(ascite); drenagem linfática segue os vasos ováricos até LND ilíacos comuns e para-aórticos e pelo ligamento largo e os paramétrios até LND ilíacos externos e obturatórios.
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  • 63. Câncer de Ovário Epitelial  Divisão histológica: 1)Cistadenocarcinoma seroso(40-65%); 2)Câncer mucinoso(10%); 3)Câncer endometrioide(10%); 4)Câncer de células claras(5%); 5)Tumor de Brenner maligno(2%); 6)Cânceres indiferenciados(5 a 10%).
  • 64. Câncer de Ovário Epitelial  Estadiamento: sistema FIGO e TNM: Baseia-se nos achados durante uma laparotomia de estadiamento abrangente, que inclui uma histerectomia abdominal total, salpingo- ooferectomia bilateral, omentectomia infra-cólica e linfadenectomia; Além disso, são colhidas citologia peritoneal e múltiplas biópsias peritoenais na pelve e abdome superior; Subestadiamento: 18-31% dos casos.
  • 65. Câncer de Ovário Epitelial  Papel dos exames de imagem: TCMD é a modalidade de escolha; RM: papel como modalidade de solução de problemas; Precisão do estadiamento: 53-92% TC; 78-88% RM; Novos conceitos estão sendo criados tendendo a um tratamento mais individualizado, abordado por equipe multidisciplinar e os exames de imagem desempenham papel fundamental.
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  • 70. Câncer de Ovário Epitelial: TC e RM  Massa ovariana sólida e cística uni ou bilateral;  Lesão multiloculada com espessura > 3mm;  Septações que se contrastam irregularmente;  Componentes não fibrosos sólidos contrastados  Excrescências papilares;  Componentes císticos podem conter líquido seroso, mucinoso ou hemorrágico(melhor visto em T2);  Sinais secundários: ascite, implantes peritoenais ou aumento de volume dos linfonodos.
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  • 85. Lesão sólida OE e nódulos em FS Massa predominantemente sólida Finos cistos e ascite em FS Asterisco: fibroide uterino
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  • 99. BIBLIOGRAFIA: 1.http://www.slideshare.net/CHIRLEI/tumores- de-ovrio; 2. Haaga; 3. Fundamentos em Radiologia e Diagnóstico por Imagem(Brant); 4. Gamuts in Radiology; 5. www.inca.gov.br