Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Aula 2 o ambiente da revolução industrial
1. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
O AMBIENTE DA REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL
antecedentes e consolidação
2. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
CONTEXTUALIZAÇÃO
TRANSFORMAÇÕES DOS SÉCULOS XVI E XVII
A cidade mercantilista e as condições para a
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
3. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
CONTEXTUALIZAÇÃO
A bbbbuuuurrrrgggguuuueeeessssiiiiaaaa ccccoooommmmeeeerrrrcccciiiiaaaallll ppppaaaassssssssaaaa a sssseeee ccccoooonnnnssssttttiiiittttuuuuiiiirrrr ccccoooommmmoooo ccccllllaaaasssssssseeee ssssoooocccciiiiaaaallll:
controla o comércio,
desenvolve a capacidade de se organizar dentro da cidade
contra as demais classes,
associa-se a burguesia de outras cidades em um processo
de divisão do trabalho.
OOOOBBBBJJJJEEEETTTTIIIIVVVVOOOO: produzir lucro e acumular riqueza através do
comércio.
PPPPrrrroooocccceeeessssssssoooo ddddeeee ccccoooonnnncccceeeennnnttttrrrraaaaççççããããoooo ddddeeee aaaattttiiiivvvviiiiddddaaaaddddeeeessss eeeeccccoooonnnnôôôômmmmiiiiccccaaaassss nnnnaaaa cccciiiiddddaaaaddddeeee.
Era na CIDADE que se reuniam os comerciantes, trabalhavam os
artesãos, ocupados com a produção necessária a atividade
comercial.
RRRRuuuuppppttttuuuurrrraaaa ddddaaaa eeeeccccoooonnnnoooommmmiiiiaaaa ffffeeeeuuuuddddaaaallll: comercialização do excedente
alimentar, quebra das relações de servidão do feudalismo.
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Piazza Del Campo, Siena – 1293
CONTEXTUALIZAÇÃO
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Piazza Del Campo, Siena – 1293 CONTEXTUALIZAÇÃO
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CONTEXTUALIZAÇÃO
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CONTEXTUALIZAÇÃO
SSSSuuuurrrrggggiiiimmmmeeeennnnttttoooo ddddeeee cccciiiiddddaaaaddddeeeessss aaaauuuuttttôôôônnnnoooommmmaaaassss em pontos estratégicos,
controladas pela burguesia > ponto de atração para os servos que
fugiam dos feudos estimulados pela burguesia.
"O AR DA CIDADE É O AR DA LIBERDADE"
AAAAccccuuuummmmuuuullllaaaaççççããããoooo PPPPrrrriiiimmmmiiiittttiiiivvvvaaaa: Momento descrito por MMMMAAAARRRRXXXX e pelos
historiadores marxistas >> compra por um preço para vender por
um valor mais alto, alterando o objetivo do comércio a base de
trocas.
A UUUUSSSSUUUURRRRAAAA passa a ser largamente praticada > juros
excessivos cobrados por um empréstimo, surgimento dos
banqueiros.
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CONTEXTUALIZAÇÃO
CCCCoooorrrrppppoooorrrraaaaççççõõõõeeeessss ddddeeee OOOOffffíííícccciiiioooo: Monopólio concedido, na maior parte pelo
poder municipal, ao grupo de artesãos que se dedicava a uma
determinada profissão. Exclusivismo e protecionismo, quantidade,
qualidade da produção e preços, com intenção de evitar a
concorrência.
dddduuuuaaaassss BBBBAAAARRRRRRRREEEEIIIIRRRRAAAASSSS ppppaaaarrrraaaa a aaaattttiiiivvvviiiiddddaaaaddddeeee ccccoooommmmeeeerrrrcccciiiiaaaallll ddddaaaa bbbbuuuurrrrgggguuuueeeessssiiiiaaaa:
•Monopólio sobre o eeeexxxxcccceeeeddddeeeennnntttteeee aaaalllliiiimmmmeeeennnnttttaaaarrrr exercido pela
aristocracia feudal
•Monopólio sobre a pppprrrroooodddduuuuççççããããoooo mmmmaaaannnnuuuuffffaaaattttuuuurrrreeeeiiiirrrraaaa, exercido pela
elite corporativa.
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ESTABELECIMENTO DA NOVA CLASSE
BURGUESIA passa a controlar a comercialização do excedente
produzido no campo;
ORGANIZAÇÃO NO CAMPO: fora dos limites da cidade, do
sistema de trabalho a domicílio, os comerciantes passam a
ffffoooorrrrnnnneeeecccceeeerrrr ffffeeeerrrrrrrraaaammmmeeeennnnttttaaaassss, e mmmmaaaattttéééérrrriiiiaaaassss pppprrrriiiimmmmaaaassss às famílias camponesas
liberadas do feudo. Artesãos produzindo em suas casas >>
concorrência com a produção das corporações de ofício.
CONTROLE DE TODAS AS ETAPAS DA PRODUÇÃO de um
determinado bem deixa de existir. A divisão do trabalho fica sob
o controle da burguesia, abrindo caminho para o estabelecimento
do TRABALHO ASSALARIADO.
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CONTEXTUALIZAÇÃO
ESTABELECIMENTO DE UMA ALIANÇA ENTRE A BURGUESIA E O REI
quebra dos privilégios dos senhores feudais e do monopólio das
corporações: as manufaturas passam a se instalar nas cidades.
PROCESSO PARALELO AO RENASCIMENTO
desenvolvimento da técnica e das artes
EXPANSÃO COLONIAL
novos produtos, matérias primas, atividades e mercados
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A CIDADE IDEAL PROJETADA
AAAANNNNTTTTÔÔÔÔNNNNIIIIOOOO AAAAVVVVEEEERRRRLLLLIIIINNNNOOOO FFFFIIIILLLLAAAARRRREEEETTTTEEEE (Florença- nasce em 1400) concepção da cidade
ideal em estrela, tratado redigido serviço do Duque de Milão.
SSSSFFFFOOOORRRRZZZZIIIINNNNDDDDAAAA: a cidade radial estrelada. Dezesseis ruas principais se irradiam a
partir da praça central em direção aos oito portões da cidade e às oito torres
situadas nas pontas da estrela.
Antonio Filarete
Cidade Ideal
(Sforzinda: 1460 -
1464)
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A CIDADE IDEAL PROJETADA
13. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
A CIDADE IDEAL PROJETADA
Francesco di Giorgio FFFrrraaannnccceeessscccooo dddiii GGGiiiooorrrgggiiiooo ::::CCCCiiiiddddaaaaddddeeee PPPPoooolllliiiiggggoooonnnnaaaallll
aaaattttrrrraaaavvvveeeessssssssaaaaddddaaaa ppppoooorrrr uuuummmm rrrriiiioooo.... O curso do rio é direcionado para um canal
estreito e linear, atravessado por pontes e intervalos regulares
matematicamente determinados.
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LLLLeeeeoooonnnnaaaarrrrddddoooo ddddaaaa VVVViiiinnnncccciiii – A cccciiiiddddaaaaddddeeee ddddeeee FFFFlllloooorrrreeeennnnççççaaaa
transformada em uma “cidade ideal”.
Florença é remodelada segundo traçado
em xadrez, e o rio Arno tornase
retilíneo como a corda de um arco.
HIPODAMUS DE MILETO
MALHA RETICULADA - QUADRÍCULA
16. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
A CIDADE IDEAL PROJETADA
A prática efetiva da planificação urbana vai se dar no século
xvi , com a criação de cidades novas, por razões militares ou
de poder, onde se aplicam os princípios urbanísticos
renascentistas.
A dimensão militar conduz a estruturas em forma de estrela
que permitem um melhor controle da cidade.
planos geométricos, radiais ou ortogonais.
17. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | HAU II | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
ALBERTI (Florença 1404): a cidade ideal é um octágono regular, com uma
praça octagonal no centro de onde partem oito ruas cortadas por vias anulares
concêntricas de traçado ortogonal.
PPPPLLLLAAAANNNNEEEEJJJJAAAAMMMMEEEENNNNTTTTOOOO ==== FFFFOOOORRRRMMMMAAAA
Francisco Giorgio Martini (1429)- Siena- Plano da cidade em função do sítio,
cidade ideal é um octágono regular
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SÍNTESE – ASPECTOS DA NOVA CIDADE
CIDADE COMO LUGAR DE PRODUÇÃO DE
MERCADORIAS
CIDADE COMO DA EUROPACENTROS DA VIDA SOCIAL E
POLÍTICA
CIDADE COMO LUGAR DE ACUMULAÇÃO DE RIQUEZA
MONETÁRIA, ARTÍSTICA E CIENTÍFICA
FORMAÇÃO DE UMA REDE URBANA: ligações entre as cidades através
das estradas, rotas fluviais e marítimas e através das ligações comercias
e bancárias.
19. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
CONTEXTUALIZAÇÃO
a ppppaaaarrrrttttiiiirrrr ddddoooo sssséééécccc XXXXVVVVIIII:
•Surgimento do trabalho assalariado
•Generalização do uso do dinheiro
•Decomposição do processo de produção, artesão perdem o
controle sobre o preço do produto, que passa a ser definido pelo
comerciante.
nnnnaaaa sssseeeegggguuuunnnnddddaaaa mmmmeeeettttaaaaddddeeee ddddoooo ssssééééccccuuuulllloooo XXXXVVVVIIIIIIII:
Aperfeiçoamento dos instrumentos de produção: máquinas mais
caras para realizar a produção >> necessário capital.
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Giorgio Vasari - Palazzo PPPaaalllaaazzzzzzooo ddddeeeegggglllliiii UUUUffffffffiiiizzzziiii |||| |Florença: 1560)
25. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
2º metade do SÉCULO XVIII | início do SÉCULO XIX
Um novo rumo para a produção, voltada para a acumulação de
capital.
Antes era possível acumular capital a partir do comércio, agora era
possível REPRODUZIR o capital acumulado, INVESTINDO-O NA
PRODUÇÃO:
•na aquisição dos meios de produção,
•matéria prima,
•máquinas, ferramentas e claro:
•mão de obra.
Embutido no preço do produto estava o lucro, A MAIS-VALIA.
Parte da riqueza produzida pelo trabalhador que seu salário não o
remunera.
26. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
2º metade do SÉCULO XVIII | início do SÉCULO XIX
Incentivo a pesquisa de novas técnicas que aumentassem a
PPPPRRRROOOODDDDUUUUTTTTIIIIVVVVIIIIDDDDAAAADDDDEEEE, que fizessem que com a mesma jornada de
trabalho e o mesmo salário o trabalhador produzisse mais, e
assim, potencializar os ganhos em capital.
EEEE EEEENNNNTTTTÃÃÃÃOOOO............
SURGIMENTO DA MÁQUINA A VAPOR (1769)
TEARES MECÂNICOS DE FIAÇÃO (1767,1768,1801)
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CONTEXTUALIZAÇÃO
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CONTEXTUALIZAÇÃO
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CONTEXTUALIZAÇÃO
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CONTEXTUALIZAÇÃO
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CONTEXTUALIZAÇÃO
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Revolução Industrial para M. Castells
URBANIZAÇÃO ligada a primeira REVOLUÇÃO INDUSTRIAL é
um processo de organização do espaço que repousa sobre dois
conjuntos de fatos fundamentais:
a decomposição prévia das estruturas sociais agrárias,
feudais e a emigração da população para os centros urbanos já
existentes. A Inglaterra é o primeiro teatro deste movimento,
sensível já desde os recenseamentos de 1801, A França e a
Alemanha seguem o mesmo caminho a partir de 1830.
a passagem de uma economia doméstica para uma
economia da manufatura e depois para uma economia de
fábrica, o que quer dizer ao mesmo tempo a CONCENTRAÇÃO
da mão de obra.
“PEOPLE ON THE STREETS...” (Bowie/Mercury)
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AS CIDADES NO PERÍODO
1) o progresso tecnológico > aumento da população, devido a
diminuição da mortalidade;
2) aumento dos bens e serviços > produzidos pela agricultura,
pela indústria e pelas atividades terciárias;
3) REDISTRIBUIÇÃO DOS HABITANTES NO TERRITÓRIO em
conseqüência do aumento demográfico.
4) desenvolvimento das estruturas de comunicação > estradas,
canais navegáveis, e a estrada de ferro (1825), os navios a vapor
o que possibilitou uma maior mobilidades das pessoas e das
mercadorias, e o surgimento de novas cidades.
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AS CIDADES NO PERÍODO
5) ttttrrrraaaannnnssssffffoooorrrrmmmmaaaaççççõõõõeeeessss rrrrááááppppiiiiddddaaaassss,,,, e ddddeeee ccccaaaarrrráááátttteeeerrrr aaaabbbbeeeerrrrttttoooo oooouuuu pppprrrroooovvvviiiissssóóóórrrriiiioooo (um
edifício não mais é considerado uma modificação estável,
incorporada ao terreno, mas um mmmmaaaannnnuuuuffffaaaattttuuuurrrraaaaddddoooo pppprrrroooovvvviiiissssóóóórrrriiiioooo que
pode ser substituído mais tarde por outro manufaturado).
OOOOBBBBSSSSOOOOLLLLEEEESSSSCCCCÊÊÊÊNNNNCCCCIIIIAAAA |||| EEEEFFFFEEEEMMMMEEEERRRRIIIIDDDDAAAADDDDEEEESSSS |||| MMMMUUUUTTTTAAAAÇÇÇÇÕÕÕÕEEEESSSS ||||
VVVVSSSS....
CCCCOOOONNNNTTTTRRRROOOOLLLLEEEE |||| RRRREEEEGGGGRRRRAAAA |||| EEEESSSSTTTTAAAATTTTIIIICCCCIIIIDDDDAAAADDDDEEEE RRRREEEENNNNAAAASSSSCCCCEEEENNNNTTTTIIIISSSSTTTTAAAA
6) aaaassss tttteeeennnnddddêêêênnnncccciiiiaaaassss ddddoooo ppppeeeennnnssssaaaammmmeeeennnnttttoooo ppppoooollllííííttttiiiiccccoooo e o ddddeeeesssseeeennnnvvvvoooollllvvvviiiimmmmeeeennnnttttoooo
ddddoooo lllliiiibbbbeeeerrrraaaalllliiiissssmmmmoooo eeeeccccoooonnnnôôôômmmmiiiiccccoooo >> Adam Smith >> que pregam a
limitação da intervenção pública na vida social, e também no
campo urbanístico, deixando liberdade para a iniciativa privada;
recusa dos planos urbanísticos do passado.
35. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
AS CIDADES NO PERÍODO
LIBERDADE DE AÇÃO DO SETOR IMOBILIÁRIO
PRIVADO NA CIDADE
As propostas de intervenção surgem quando as condições de
insalubridade ameaçam a VIDA DAS CLASSES DOMINANTES, e
quando a desordem urbana passa a causar problemas para o
próprio processo de ACUMULAÇÃO DO CAPITAL.
O QUE MUDOU NA CIDADE
LATINO AMERICANA?
36. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
Bairros pobres e Londres sob os viadutos ferroviários, gravura de Gustave Doré, 1872
37. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
Londres, viaduto de Ludgate Hill,
gravura de Gustave Doré, 1870
39. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
Boulevards des Capucins – Monet, 1873 - Impressionismo
40. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
Estação de Saint Lazare– Monet, 1877 - Impressionismo
41. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
A FORMA URBANA
AAAA CCCCIIIIDDDDAAAADDDDEEEE EEEE AAAASSSS FFFFOOOORRRRMMMMAAAASSSS UUUURRRRBBBBAAAANNNNAAAASSSS DDDDOOOO SSSSÉÉÉÉCCCCUUUULLLLOOOO XXXXVVVVIIIIIIIIIIII EEEE IIIINNNNÍÍÍÍCCCCIIIIOOOO
DDDDOOOO SSSSÉÉÉÉCCCCUUUULLLLOOOO XXXXIIIIXXXX
COMPLEXIDADE: continuidade da cidade clássica e barroca e
pelo aparecimento de novas tipologias urbanas que vão
preparando a cidade moderna.
Período de embate na industrialização e de forte crescimento
demográfico. Modificações sociais importantes determinam
profundas transformações nas cidades e a sua adaptação a
necessidades de infra-estruturas, equipamentos, habitação e
novas exigências espaciais.
42. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
CARACTERÍSTICAS DO PERÍODO
PPPPoooorrrr vvvvoooollllttttaaaa ddddeeee 1111888833330000, a Europa é assolada por uma epidemia de
CÓLERA, só assim os governos tomam consciência da situação
precária das cidades. Mas foram precisos mais alguns anos para
se instituir a pppprrrriiiimmmmeeeeiiiirrrraaaa lllleeeeiiii ssssaaaannnniiiittttaaaarrrriiiissssttttaaaa nnnnaaaa IIIInnnnggggllllaaaatttteeeerrrrrrrraaaa, que foi em
1848, na França só em 1850 e depois nos outros países
europeus.
Começam a surgir propostas políticas e posteriormente
urbanísticas visando MODIFICAÇÕES SOCIAIS E DAS
CONDIÇÕES HABITACIONAIS.
Tentativas de diminuir a dualidade cidade/campo produzida
pela sociedade tradicional, através de uma nova forma de morar
intermediária entre a cidade e o campo.
43. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
REBATIMENTOS NA FORMA URBANA
ccccoooonnnnttttiiiinnnnuuuuiiiiddddaaaaddddeeee ddddoooo uuuurrrrbbbbaaaannnniiiissssmmmmoooo cccclllláááássssssssiiiiccccoooo-bbbbaaaarrrrrrrrooooccccoooo > período
napoleônico em que a utilização do arsenal da composição
barroca é colocado a serviço do poder imperial e dos monarcas
europeus.
tttteeeennnnddddêêêênnnncccciiiiaaaassss ddddoooo ppppeeeerrrrííííooooddddoooo cccclllláááássssssssiiiiccccoooo > utilizando sistemas de
traçados, quadrículas, quarteirões, ruas, avenidas e praças, e
refinando a morfologia do século XVII, com inovações espaciais
que tornam as cidades mais complexas e enriquecem a estrutura
urbana:
•jardins e parques
•alamedas e passeios públicos
•avenidas e boulevards.
44. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
DESENHO URBANO
A quadrícula, a geometria e o traçado regular são
abundantemente utilizados sistematizados e melhorados. O
quarteirão torna-se um processo sistemático servindo para
organizar os novos loteamentos.
Com o desenvolvimento militar e novos armamentos, o teatro da
guerra se desloca para as batalhas de campo. As muralhas
perdem sua utilidade original. Ao mesmo tempo o crescimento
da cidade se espalha para fora das muralhas, elas vão ser assim
destruídas; as áreas liberadas serão usadas para a construção de
anéis viários envolventes. VIENA.
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REBATIMENTOS NA FORMA URBANA
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REBATIMENTOS NA FORMA URBANA
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REBATIMENTOS NA FORMA URBANA
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REBATIMENTOS NA FORMA URBANA
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REBATIMENTOS NA FORMA URBANA
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REBATIMENTOS NA FORMA URBANA
51. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
A CIDADE EXPANDIDA
No século XIX a CIDADE deixa de ser uma entidade física
delimitada para alastrar-se pelo território, dando início ao
aparecimento de OCUPAÇÕES DISPERSAS E A INDEFINIÇÃO DE
PERÍMETROS URBANOS.
Esta é a PRIMEIRA GRANDE RUPTURA NA MORFOLOGIA
TRADICIONAL, que será seguida mais tarde pela ruptura
produzida pela CIDADE MODERNISTA.
NOVA DUALIDADE > NÚCLEO (CENTRO) E PERIFERIA
O núcleo > espaço da cidade medieval, com ruas estreitas, que
dificultam a circulação, casas diminutas e compactas,
insuficientes para abrigar o grande contingente de população.
Classes abastadas vão habitar a periferia, pobres vão habitar nas
velhas casas do centro.
52. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
Ed. residencial parisiense em 1853
as condições dos inquilinos nos
diversos andares:
a família do porteiro no andar térreo, o
casal de ricos burgueses que se
aborrecem no primeiro andar, a família
burguesa média que vive um pouco
mais apertada no segundo andar, os
pequenos burgueses no terceiro andar,
os pobres, os artistas e os velhos no
sótão.
53. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
EXPANSÃO PARA PERIFERIA
A fuga dos males da cidade industrial, as possibilidades
oferecidas pelos transportes e a disponibilidade de espaço vão
permitir a localização de empreendimentos habitacionais de
baixa densidade na periferia da cidade.
A PERIFERIA É UM TERRITÓRIO LIVRE, onde ocorrem várias
iniciativas independentes: bairros de luxo, bairros pobres,
indústrias depósitos, que em determinado momento passam a
constituir um tecido urbano compacto, que não foi planejado
por ninguém. COLCHA DE RETALHOS
54. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
A NOVA DIMÂMICA ESPACIAL
FIM DA HOMOGENEIDADE SOCIAL E ARQUITETÔNICA DA
CIDADE ANTIGA.
A caracterização cuidada do espaço do espaço coletivo é
substituída pela qualificação do espaço privado.
o edifício vai situar-se no meio do lote; ele é individualizado e
envolvido por jardins e deixa de se conectar diretamente com a
rua.
A membrana de separação do espaço público com o espaço
privado deixa de ser a fachada do edifício e passa a ser o muro e
as grades
55. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
ESPECULAÇÃO FUNDIÁRIA sem
DESENHO URBANO
Os bairros mais pobres surgem em lugares desfavoráveis, perto
de indústrias e estradas de ferro, longe das zonas verdes. as
casas operárias são construídas em grupo, com qualidade e
condições de habitabilidade bastante precárias.
O desequilíbrio entre a oferta e a procura de alojamentos abre
caminho para a sobreposição dos interesses econômicos sobre o
desenho urbano.
Os empresários que se dedicam aos loteamentos e a construção
de bairros operários procuram a economizar espaço, e
economizar nos custos das construções, que serão alugadas aos
trabalhadores.
56. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
ESPECULAÇÃO FUNDIÁRIA sem
DESENHO URBANO
Os processos de loteamento se desligam da arte urbana e da
arquitetura e vão tornando-se meros instrumentos de
preparação do solo para o investimento na construção.
A CIDADE LIBERAL se caracteriza assim por um espaço
desordenado, insalubre e inabitável, resultante da superposição
de iniciativas privada e públicas, não-reguladas e não
coordenadas.
A questão da insalubridade e a propagação de epidemias que
atingem indiscriminadamente todos os grupos sociais vai
obrigar os governantes a intervir, pelo menos no que diz
respeito às condições de higiene.
57. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
JUIZ DE FORA HOJE
58. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
JUIZ DE FORA HOJE
59. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
AS UTOPIAS URBANAS
No SÉCULO XIX, o estudo das cidades sob dois aspectos diferentes:
DESCRITIVOS: observa os fatos isoladamente, tentando ordená-los
de modo quantitativo. A estatística é incorporada pela sociologia
nascente. “Uns são inspirados por sentimentos humanitários:
são dirigentes municipais, homens da Igreja, principalmente
médicos e higienistas que denunciam, com apoio de fatos e de
números, o estado de deterioração física e moral em que vive o
proletariado urbano.” (CHOAY, 2005, p.5)
POLÍTICOS: Os pensadores políticos denunciam a higiene física e
deplorável das grandes cidades; o habitat insalubre do
trabalhador e também as péssimas condições de higene moral.
Engels pode ser considerado como um dos fundadores da
sociologia moderna.
60. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
UTOPIAS URBANAS
O NASCIMENTO DAS VERTENTES DO PENSAMENTO
URBANÍSTICO: O CHAMADO “PRÉ-URBANISMO”
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL > marco de origem do pensamento
urbanístico (PRÓXIMO DO QUE ENTENDEMOS HOJE), isto é, de
uma abordagem reflexiva e crítica da cidade a fim de preparar
transformações por meio de projetos urbanísticos abrangentes.
TÔNICA DO PERÍODO: não apenas a reflexão sobre a questão
urbana, mas o surgimento da nova profissão de urbanista;
61. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
UTOPIAS URBANAS
Esse ‘profissional’ surgiu em função de problemas definidos pela
sociedade industrial emergente, que necessitava de cidades
preparadas para garantir O MODO DE PRODUÇÃO APOIADO NA
INDÚSTRIA e, esta, no meio urbano;
A leitura da cidade sob o impacto da industrialização foi, quase
sempre, ‘mascarada’ por POSTURAS IDEALISTAS (UTOPIA) à
exceção de Marx e Engels, a lógica da nova ordem social não
foi entendida, mas interpretada como uma desordem.
62. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
UTOPIAS URBANAS
A desordem da cidade industrial gerou
propostas de “ordenamentos urbanos
livremente construídas por uma reflexão
que se desdobra no imaginário.” (CHOAY,
op. cit., p.7) Impossibilitados de dar uma
forma prática aos problemas, as reflexões
se davam no plano da utopia.
Os modelos do ‘pré-urbanismo’ não são estruturas abstratas, pelo contrário,
são imagens monolíticas, indissociáveis da soma de seus detalhes.
63. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
OS DOIS MODELOS
A. PROGRESSISMO
Para esta vertente, a Revolução Industrial foi o prenúncio de
um novo tempo socialmente positivo. Em sua visão idealista,
situações conflituosas como a realidade urbana européia do
sec. XIX eram desequilíbrios doentios que poderiam ser
regenerados pela indústria, pela técnica e pela ciência,
considerados “remédios” para cidades “doentes”.
Isto implicava, porém, recusar o passado, fonte dos problemas
urbanos, e assumir a modernidade como sinônimo de
desenvolvimento.
64. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
OS DOIS MODELOS
B. CULTURALISMO
O culturalismo observou a Revolução Industrial com
pessimismo, acreditando que a industrialização desintegrou a
unidade orgânica que as cidades tiveram durante sua história.
Por isso, seu idealismo manifestou-se não aceitando o presente
desequilibrado e procurando voltar ao passado.
A essa nostalgia corresponde uma estratégia de reconquista das
qualidades urbanas do passado por meio da IMITAÇÃO das
formas dos antigos espaços, em especial, das regras de
configuração medievais.
65. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
Robert Owen (1771-1858) e sua aldeia de harmonia e cooperação
66. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
O Falanstério de Charles Fourier (1772-1837)
67. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
Red House – Morris, 1859__ vista externa e planta do primeiro pavimento
68. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
Palácio do Parlamento, Londres. PPPaaallláááccciiiooo dddooo PPPaaarrrlllaaammmeeennntttooo,,, LLLooonnndddrrreeesss... BBBBaaaarrrrrrrryyyy,,,, 1111888833336666.... – eeeeddddiiiiffffiiiiccccaaaaççççããããoooo nnnneeeeooooggggóóóóttttiiiiccccaaaa
69. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
Villa em Strawberry Hill. Gloag – 1750; edificação neogótica
70. CES-JF | ARQUITETURA E URBANISMO | EPU I | Prof. Msc. Raphael Rodrigues
A APARENTE “DESORDEM” FOI UM DESAFIO À
PROPOSIÇÃO DE “NOVAS ORDENS”
AO CONTROLE PELO PROJETO > DESENVOLVIMENTO DO
CAMPO DISCIPLINAR DE URBANISMO
Duas correntes filosóficas CONDUZEM a discussão da cidade a
partir da Revolução Industrial: (1) que contempla o futuro com
otimismo, com pretensão científica e aval acadêmico, abrindo
caminho aos métodos quantitativos; (2) a nostálgica: polêmica,
crítica, normativa e política.
REFLEXÃO