O documento discute a Idade Média na Europa, incluindo sua divisão em Alta e Baixa Idade Média, a queda do Império Romano e a formação de reinos germânicos, o surgimento e expansão do Império Carolíngio sob Carlos Magno, e o estabelecimento das relações de suserania e vassalagem.
4. Postura pagã: aceitava a existência de um tempo
cíclico. Mito do eterno retorno. Exemplo: festa de
Ano Novo.
Postura judaico-cristã: intervenção de Deus na
História. Caráter linear, com ponto de partida
(Gênese) e de chegada (Juízo Final). Também
recebeu, contudo a influência do tempo cíclico,
quando da cristianização das camadas populares.
Repetição de eventos como Natividade, Paixão,
Ressureição.
Como os homens da idade média
compreendiam seu próprio tempo?
5. ALTA IDADE MÉDIA: século V ao X
Baixa densidade demográfica
Epidemias de malária e varíola
Controle da natalidade (aborto, contraceptivos, infanticídio)
Muitos viúvos e celibatários
BAIXA IDADE MÉDIA: século XI ao XV
Inovações nas técnicas agrícolas
Suavização do clima;
Crescimento da população urbana
As guerras não eram devastadoras, não envolvia grande número de
pessoas;
Migrações diversas.
A idade média é dividida em
períodos
6. Crise do Império
Romano;
Esvaziamento das
cidades;
O centro da vida social e
econômica passou a ser
o campo (Ruralização);
Colono: O trabalhador
cultivava um lote de terra
do proprietário e, como
pagamento pelo uso do
lote, entregava a ele
parte da colheita.
A formação da Europa medieval
10. O esvaziamento das cidades e a
migração para o campo
A maioria dos moradores das cidades não
encontrava trabalho e não conseguia mais
comprar nem pagar aluguel, pois os preços
haviam aumentado muito;
Os povos germânicos passaram a atacar e
saquear as cidades do Império;
Algumas cidades foram destruídas pelos
germanos e perderam seus habitantes por doença
ou morte;
12. Ruralização do Império
O medo tomou conta das pessoas,
e milhares delas fugiram para o campo
em busca de trabalho e segurança.
Assim, o centro da vida social deixou de
ser a cidade e passou a ser o campo.
13. A vida dura no campo: colonato
No campo, as
maiores e melhores
terras estavam nas
mãos de grandes
proprietários. Todos
que ali chegaram
passaram a ter de
trabalhar para eles
como colonos.
14. Quem eram os colonos?
O colono era um
trabalhador que culti-
vava um lote de terra
do proprietário e, co-
mo pagamento pelo u-
so do lote, entregava a
ele parte da colheita. A
essa relação de tra-
balho chamamos de
colonato.
15. Por que temer os germanos?
Os germanos davam importância à guerra,
valorizavam a coragem no campo de batalha, a
morte em combate e a fidelidade entre guerreiros.
16. Os bárbaros germanos
Os jovens guerreiros
formavam um bando
comandado por um
chefe ao qual pres-
tavam juramento de fi-
delidade. Esse bando
era chamado de
comitatus.
17. Leis e costumes
Os germanos não tinham lei escrita. As leis,
como toda cultura germânica, eram transmitidas
oralmente. O direito germânico, por sua vez, era
consuetudinário. Ou seja, baseava-se nos
costumes. Cada comunidade tinha leis e costumes
próprios.
Se alguém fosse acusado de crime podia
provar sua inocência por meio de duelo de espadas.
Se vencesse, era considerado inocente. Pois a
vitória era um sinal de que os deuses estavam com
ele.
19. Odin é o Pai de Todos,
relembrado hoje como o Deus da
guerra e da fúria dos vikings. Odin
é o Deus da sabedoria e do poder
mágico, pois foi ele que resgatou
as runas, o alfabeto que guarda
os mistérios do universo. É
considerado Deus da morte, por
que ele juntamente com Freya,
recebiam os guerreiros que
chegavam em Valhalla. Símbolos:
os corvos: Munin e Hugin, os
lobos: Geri e Freki, o cavalo
Sleipnir, e a lança Gungnir
politeísmo
20. Frigg, mulher de Odin,
sabia do futuro dos
Deuses e dos homens.
Associada à fertilidade,
ela é considerada a
Deusa do casamento, da
família, do destino e das
crianças. Simboliza a
manutenção da ordem,
da harmonia e da paz.
politeísmo
21. Filho de Odin e Jord. O patrono
dos guerreiros e do povo.
Thor é conhecido pelas suas
grandes aventuras e por suas
batalhas contra os gigantes.
Possui uma tremenda força e o
martelo Mjölnir, que foi feito pelos
Anões. Mjölnir é considerado o
maior tesouro dos Deuses por ser
a proteção contra os gigantes.
Thor é associado ao trovão,
também é o Deus da chuva e das
tempestades. Símbolos: o martelo
e a briga.
politeísmo
25. Formação dos Reinos Bárbaros
na Europa
Com o aumento das guerras contra os romanos, os
chefes desses bandos guerreiros foram ganhando riqueza, e
alguns deles tornaram-se reis.
26. Reinos germânicos
Os reinos germânicos, formados ao final do século
V, com o fim do Império Romano, foram:
Reino dos Anglo-saxões
Reino dos Visigodos
Reino dos Suevos
Reino dos Vândalos
Reino dos Ostrogodos
Reino dos Francos
27. Você seria capaz de responder?
1. O texto a seguir é de Tácito, historiador romano, que
viveu entre 55 e 120 d.C. Leia o texto com atenção.
“ Quando vem o combate é vergonhoso para o chefe
que excedam em valor e vergonhoso para os
companheiros não igualar esse valor do chefe. É até
uma infâmia [...] sair de um combate sobrevivendo a seu
chefe: primeiro dever é defendê-lo, protegê-lo [...]; lutam
os chefes pela vitória, pelo seu chefe [lutam] os
companheiro.”
De acordo com o texto: Quais são os valores cultivados
pelos germanos?
28. Vamos investigar?
As leis dos germanos eram
consuetudinárias. E no Brasil, como são
as leis? Descubra como é o sistema de
leis brasileiro e compare com o sistema
de leis germânico.
Seu trabalho vale 1,0.
30. Os Francos se destacaram
Dentre os reinos
germânicos, os francos,
que se situavam na
Gália, se destacaram.
Formaram um grande
império, que estabilizou
a Europa Central por
um período, e
expandiram o
Cristianismo entre os
bárbaros.
32. Dinastia Merovíngia
Clóvis foi o
primeiro rei franco
daquela que ficou
conhecida como
dinastia Merovíngia.
A dinastia
recebeu esse nome
por causa de um
ancestral de Clóvis,
chamado Meroveu,
que reinara em uma
das tribos francas.
Cena de Batalha contra os Visigodos
33. Dinastia Merovíngia
Clóvis estabeleceu a
capital do seu reino em uma
antiga cidade romana
chamada Lutetia Parisiorum,
mais tarde Paris. Converteu-
se ao catolicismo em 496 e,
com a ajuda da Igreja
Católica, organizou o seu
reino enquanto conquistava
mais terras.
34. Dinastia Merovíngia
CARACTERÍSTICAS:
Os francos não tinham noção de Estado – eles
entendiam o poder e o reino como propriedades
particulares do soberano;
Foi marcada por desordem, violência,
assassinatos e traições constantes,
enfraquecendo a autoridade do rei;
Criação do cargo de prefeito do palácio ou
mordomo do paço: membro da aristocracia que
cuidava da administração do reino.
35. Quem escolhe o rei?
Um dos mais importantes desses prefeitos foi
Carlos Martel, que impediu a conquista da Gália pelos
árabes vindos da Espanha, no século VIII, na Batalha
de Poitiers.
Após a morte de Carlos Martel, seu filho, Pepino,
o Breve (assim chamado pela sua baixa estatura),
assumiu a função do pai.
Carlos Martel
36. Início da Dinastia Carolíngia
Temendo ser chamado
de usurpador em sua
pretensão de ser rei, Pepino
buscou e obteve o apoio do
papa Zacarias. Só então
Pepino afastou Childerico III, o
último rei merovíngio,
iniciando assim uma nova
dinastia. Mais tarde ficou
conhecida como dinastia
carolíngia, por causa de seu
representante mais famoso: o
rei Carlos Magno, filho de
Pepino.
37. Aliança entre reis e papas
A base dos acordos era simples: os reis
bárbaros recebiam apoio político e espiritual da
Igreja Católica, que reconhecia o poder dos reis.
Em troca, os reis reconheciam a autoridade
moral e política da Igreja Católica, pagavam-lhe
tributos e adotavam o catolicismo como religião
oficial e única.
Os acordos eram celebrados com a
conversão dos reis bárbaros e de seus súditos
ao cristianismo.
38. Aliança entre reis e papas
A primeira aliança ocorreu
em o rei carolíngio Pepino, o
Breve. Em troca de favores,
entregaria as terras da Península
Itálica ao Papa Estevão II. Em
troca, o papa reconheceria
Pepino como rei e seus
descendentes como legítimos
herdeiros do trono franco.
39. Coroação de Carlos Magno
pelo Papa Leão III, em Roma
do ano 800. O gesto
simbolizava que o poder vinha
de Deus, reafirmando a
autoridade da Igreja sobre os
homens e os reis.
41. Qual era a extensão do Império
Carolíngio?
Ao longo dos séculos V a IX, a Europa
conheceu uma série de reinos germânicos.
Dentre eles, se fortaleceu o reino dos
Francos. Carlos Magno, no século IX, formou
o chamado Império Carolíngio, que abrangia
boa parte da Europa (atual França, Alemanha,
Bélgica, Holanda, Suíça, Áustria, Hungria,
Eslováquia, República Tcheca, além de parte
da Itália e da Espanha)
42. Atividade 1
Observe a imagem de Carlos
Magno, ao ado. Que
elementos presentes nessa
imagem ajudam a
compreender melhor o
Império Carolíngio? O que
cada um desses elementos
representa?
43. Administração do Império
Carolíngio
Para facilitar a administração do Império,
Carlos Magno, dividiu o território e entregou sua
administração a funcionários de confiança.
Surgiram assim as marcas, territórios
localizados na fronteira do império, controlados
pelos marqueses; os ducados, próximos às
fronteiras, governados pelos duques; e os
condados, os demais territórios, dirigidos pelos
condes. Mais tarde, esses funcionários formaram a
base da nobreza europeia.
45. Fidelidade e Honra
Para evitar as agitações e traições que
marcaram a dinastia merovíngia, os reis carolíngios
estimularam o costume germânico das relações de
fidelidade e honra entre senhor e súditos, criando a
instituição da vassalagem.
Para garantir a fidelidade de seus
comandados, Carlos Magno usou suas conquistas
para doar terras. Com isso o poder real acabou
enfraquecido, pois entre o rei e os súditos surgiram
muitos intermediários – os senhores de terras, com
muitos poderes em suas propriedades.
46. Alianças e Fidelidade
Com base no comitatus, ou seja, na
aliança entre guerreiros em troca de
fidelidade, estabeleceu-se a política de
alianças, conhecida como relação de
suserania e vassalagem.
Esta relação consistia em um nobre
(na maior parte das vezes, o rei) doar
feudos a outro nobre em troca de auxílio
militar, apoio e doação de terras.
47. Suserania e Vassalagem
Suserano era quem
doava feudos em troca de
apoio militar contra
invasores. E vassalo era
quem recebia feudos.
Assim acontecia o
estabelecimento de
alianças entre senhores
feudais e o que estava em
jogo era a proteção, apoio
militar e a doação de
terras.
48. Homenagem e Investidura
O vínculo entre suserano e vassalo era
estabelecido nas cerimônias de Homenagem
e Investidura, que possuíam caráter religioso
devido a realização de juramentos de
fidelidade entre ambos os senhores
perante à Bíblia ou outra relíquia
considerada sagrada pela Igreja Católica da
época. A iluminura, anterior, representa seu
acontecimento.
50. Responda:
A miniatura anterior é francesa e data do século XIII.
Ela mostra a cerimônia de juramento de lealdade do
vassalo a seu suserano.
1. Como identificar o suserano e o vassalo?
2. O que o vassalo recebia nessa cerimônia?
51. Abaixo, vocês poderão ler um trecho de
uma homenagem e uma investidura:
«…quinta-feira, foram prestadas homenagens ao conde. Realizaram-
se segundo as fórmulas estabelecidas, na ordem seguinte: – Em
primeiro lugar fizeram a homenagem assim: – O conde perguntou ao
futuro vassalo se ele queria ser seu verdadeiro homem, e este
respondeu: “Eu quero”. Depois, colocando as mãos entre as do
conde, aliaram-se, beijando-se. Em segundo lugar, o que havia
prestado homenagem, prestou juramento perante o conde, nestes
termos: – “Prometo, por minha honra, ser, a partir deste instante, fiel
ao conde Guilherme, guardar-lhe, contra todos e inteiramente, a
minha homenagem, de boa fé e sem mentira”. E, em terceiro lugar, fez
este juramento sobre as relíquias dos santos. Em seguida, com a vara
que tinha na mão, o conde deu-lhe a investidura, a ele e a todos os
que acabavam de lhe prestar homenagem, de lhe prestar fidelidade e
também de lhe prestar juramento».
Galberto de Bruges - Hist. du meurtre de Charles le Bon, ed. Pirenne.
52. Resumindo...
Os laços de suserania e vassalagem tinham as
seguintes características:
Vitalício (os compromissos cessavam com a morte de
uma das partes);
Alguém se tornava “moço” (vassalus) de um ancião
(senior), como pai e filho;
Relação de respeito e fidelidade;
Um sustentava e outro servia; um liderava e outro lutava;
53. Resumindo...
Enquanto os reis carolíngios
perdiam poder, os nobres se
fortaleciam, ao receber benefícios reais
em troca de auxílio militar. Assim, aos
poucos, o território foi se fragmentando
em diversos feudos. Os reis ao doarem
feudos cediam aos senhores os direitos
sobre a população ali existente.
54. Divisão do Império Carolíngio
Após a morte de Carlos Magno em 814 d.C, o
Império é dividido, já que seu filho e sucessor, Luís,
o Piedoso, teve dificuldade para impor sua
autoridade. E, após sua morte, seus filhos
disputaram e dividiram o trono entre si.
Com a divisão, o poder dos reis enfraqueceu.
Tornou-se difícil combater os vikings, árabes e
húngaros que invadiram a Europa entre os séculos
IX e X. Assim, tiveram que pedir auxílio aos nobres
e, em troca, doaram a eles feudos.
55. Império Carolíngio
Em pouco mais de 40 anos, Carlos Magno conquisto a
maior parte da Europa Central, o norte e o centro da
Península Itálica. As vitórias militares eram sempre
seguidas da imposição da religião cristã.
57. A origem da palavra feudo
Feudo é uma palavra que vem do
germânico vieh e significa bem de
importância. Também pode significar
benefício. Naquela época, este benefício
poderia ser:
uma grande área de terra,
direito de ocupar um cargo,
direito de receber impostos,
direito de cobrar pedágios sobre pontes.
58. Uma combinação de elementos
O feudalismo formou-se por meio de um
longo processo que combinou elementos de
origem romana, como o colonato, com outras
de origem germânica, como o comitatus.
Somente entre os séculos IX e X, o
feudalismo consolidou-se. E por quê?
59. As principais características do
feudalismo:
Relações baseadas na dependência e na
fidelidade (suserania e vassalagem);
Poder político descentralizado (poder
dividido entre diversas pessoas e não
concentrado em um rei);
Predomínio do Cristianismo;
Produção econômica girava em torno da
agricultura e estava voltada para
subsistência.
60. O feudo
O que era o feudo?
Suserania e vassalagem: o feudo como moeda de troca
Quem vivia no feudo?
Como era a vida no feudo?
61. Você lembra o que é feudo?
Feudo é uma palavra que vem do germânico
vieh e significa bem de importância. Também pode
significar benefício. Naquela época, este benefício
poderia ser:
uma grande área de terra,
direito de ocupar um cargo,
direito de receber impostos,
direito de cobrar pedágios sobre pontes.
62. Alianças e Fidelidade: uma troca
por feudo
Em geral, o feudo era dado para um
nobre em caso de estabelecimento de alianças
e pactos de fidelidades. A esta relação
chamamos de suserania e vassalagem.
É importante lembrar que isso só
acontecia entre nobres!
E, mais, na maior parte das vezes, o
feudo era uma extensão de terra concedida a
um vassalo, que passava a ter plenos poderes
sobre o lugar e sobre quem o habitava.
63. Características
O feudo era dividido em 3 partes:
reservas senhoriais,
mansos servis,
terras comunais.
65. Manso senhorial
Reservas (mansos) senhoriais: terras exclusivas do senhor,
cultivadas pelos camponeses durante alguns dias da semana.
Toda produção pertencia ao senhor. No centro, ficava o
Castelo. No caso de ter sido concedido à Igreja, ficava a
abadia.
66. Manso servil
Mansos servis: pequenas
faixas de terras cedidas
aos camponeses. Em
troca, esses
trabalhadores entregavam
ao senhor uma parte da
colheita, ou o equivalente
em dinheiro, ou ainda
trabalhavam alguns dias
do ano para o senhor.
67. Terras comunais
Terras comunais: pastagens, pântanos, bosques. Muitas
vezes, usado para fuga dos camponeses.
69. As principais partes de um
feudo:
Castelo
Campos
Pastos
Moinho de Vento
Aldeia
Igreja
74. Como era a vida no
feudo?
Sociedade, Economia, Cultura
75. Como era a vida no feudo?
O feudo produzia quase tudo de que
necessitavam: alimentos, roupas, ferramentas,
tecidas, etc. Vinha de fora apenas o sal, necessário
para conservar a carne, e o ferro, para fabricar
armas e utensílios. Por isso se diz que a
economia era autossuficiente ou de
subsistência.
.
76. A economia agrária
As principais atividades econômicas dos feudos
medievais eram:
A agricultura: cultivo de trigo, cevada, feijão,, ervilha, uva
A criação de animais: bois, carneiros, cabras e cavalos;
O comércio era restrito. Em geral, as trocas eram feitas de
produto por produto. Quando existia moeda, era cunhada
no próprio feudo. Em geral o que prevalecia era o
escambo;
O artesanato: nas vilas e nos feudos havia a atividade dos
artesãos, que produziam tecidos, móveis, utensílios
domésticos, ferramentas de trabalho (enxadas, foices, etc.)
e vários produtos. A maioria dos artigos destinava-se ao
consumo dos senhores feudais, mas também, em menor
escala, ao uso dos camponeses, que os adquiriam por
escambo.
78. 3 Ordens ou grupos sociais
Na sociedade feudal, a posição social de
uma pessoa dependia de seu nascimento.
Assim, o filho de nobres era nobre por toda
vida. E o filho de camponeses, mesmo
trabalhando duro, não conseguia alterar sua
posição social.
No auge do feudalismo europeu, a
sociedade era dividida em três grupos:
nobreza, o clero e os camponeses.
80. Cada grupo tinha sua função na
sociedade
O clero era responsável pela oração;
Os nobres eram responsáveis pela
defesa do feudo;
Os camponeses eram responsáveis
pelo trabalho que alimentaria o clero e
os nobres.
82. A NOBREZA: LUTAR
A nobreza era composta por reis, duques,
marqueses, condes, viscondes, barões e sua
principal atividade era a guerra.
Os nobres ofereciam proteção e exigiam ser
sustentados e alimentados pelo povo desarmado.
Viviam na ociosidade e consideravam o
trabalho era indigna.
Suas principais ocupações eram a guerra, a
caça e os torneios, por meio do qual participava
para obter ganhos (armas dos perdedores e resgate
para libertá-los)
84. O CLERO: ORAR
O Clero era formado pelo papa, pelos
cardeais, bispos, abades, monges e padres. A
maioria desses religiosos tinha origem nobre e
possuía feudos, muitos deles enormes. Cerca de
um terço das terras da Europa Ocidental
pertencia à Igreja, num tempo em que a terra era
a principal medida de riqueza. A Igreja Católica
era a instituição mais rica e mais importante da
sociedade feudal. Sua obrigação era orar pela
salvação dos pecadores.
87. Imagem de um manuscrito do
século XIV que mostra um bispo
abençoando a feira de St. Denis
(próximo de Paris), realizada todo
ano no mês de junho.
88. Os camponeses: trabalhar
Os camponeses eram em sua maioria servos
da gleba (terra). O servo era assim chamado por se
encontrar preso à terra, isto é, sem liberdade para
deixar o feudo em que vivia e trabalhava.
Porém servo não é o mesmo que escravo! O
servo não podia ser vendido, trocado ou punido,
como se fazia com um escravo. Além disso, era
dono de seus instrumentos de trabalho.
90. Servidão
O camponês tornava-se um
servo em troca de proteção
senhorial e direito de usar a terra
para o próprio sustento. Em troca,
tinham uma série de obrigações
para com o seu senhor. A seguir,
vamos ver algumas delas:
91. Obrigações do servo
Corveia: Obrigação de trabalhar de graça para o
senhor alguns dias da semana. Além de cuidar das
plantações do senhor, deveria construir ou consertar
caminhos, reparar pontes, cortar e carregar madeira,
etc.
Talha: Obrigação de entregar ao senhor parte do que
produzia no lote reservado ao seu uso;
Banalidade: Pagamento em produtos que os servos
deviam aos senhor por usar o forno, o moinho, as
prensas, e outros equipamentos do feudo.
Dízimo: Pagar 10% de tudo que produziam para a
Igreja.
93. Muitas obrigações e pouca
produtividade
O sistema feudal era caracterizado pelas
obrigações (ou impostos) destinadas aos servos,
que não se sentiam estimulados a aumentar a
produção com inovações tecnológicas, pois isso
significava produzir mais. Porém, não para si, mas
para o senhor. Por esse motivo, o desenvolvimento
técnico do período foi irrelevante, de certa maneira,
limitando a produção.
94. Potentes X humiles
A distinção social predominante era entre potentes e
humiles, quer dizer poderosos e fracos. A partir do
século XIII, passou a ser substituída por dives e
pauper, ou seja, ricos e pobres O símbolo de
riqueza até esse período, contudo, não era o
dinheiro (como conhecemos hoje), mas a posse de
terras e homens.
95. Atividade 1:
Observe a imagem
ao lado com atenção:
a) Identifique os
grupos sociais nela
representados.
b) Explique a
ocupação de cada
um desses grupos
na sociedade
medieval.
96. Atividade 2:
O que se pode concluir com base na leitura do trecho
a seguir?
“ Na sociedade feudal, a posição social de uma
pessoa dependia do seu nascimento. Assim, o filho
de nobres era nobre por toda vida. E o filho de
camponeses, mesmo trabalhando duro, não
conseguia alterar sua posição social.”
98. Atividade 4: 5,0
Em grupo, façam uma maquete de um feudo
usando material de sua escolha. Depois, cada grupo
apresentará à turma o seu trabalho. E a professora
fará perguntas sobre a matéria dada.
100. Responda as questões abaixo:
a) O que era feudo?
b) Por que a sociedade feudal é conhecida pelo
termo “sociedade de ordens”? Explique.
c) Cite as principais características do feudalismo e
comente cada uma delas:
d) Dê 2 exemplos de obrigações dos servos e
explique cada uma delas.
e) Explique com suas palavras:
i) A formação do feudalismo
ii) A consolidação do Feudalismo
103. Inovações tecnológicas a partid
do século X
Essas inovações aumentaram a
produção de alimentos e o crescimento
populacional, transformando o
feudalismo europeu.
105. Inovações Tecnológicas
A introdução do sistema
de cultura em três
campos ( ROTAÇÃO
TRIENAL ). Antes, eram
usados apenas dois
campos ( ROTAÇÃO
BIENAL ). A partir do
século XI, cada área
passou a ser dividida
em três campos.
106. Inovações Tecnológicas
c)A utilização do
cavalo para puxar o
arado. O cavalo antes
era atrelado pelo
pescoço, fato que
limitava seu
rendimento e
resistência;
107. Inovações Tecnológicas
d) O aproveitamento e a
difusão dos moinhos
acionados pela força do
vento ou da água
contribuíram para
aumentar a velocidade e
a qualidade da margem
do trigo.
108. Crescimento Populacional
As melhorias técnicas
praticadas a partir do
século X, a redução das
guerras feudais e o fim
das invasões externas
possibilitaram uma
produção maior de
alimentos, originando
assim um excedente
agrícola.
Os efeitos do excedente
agrícola:
Aumento populacional;
Possibilitou o
revigoramento do
comércio e das
cidades.