Associated Press Stylebook
História:
• O primeiro Stylebook da AP foi
publicado em 1953.
• Tinha 60 páginas grampeadas, e foi
chamado de “o mais definitivo e
inclusivo trabalho já realizado por um
grupo de jornais.”
• Em 1977, a AP publicou uma grande revisão do Stylebook original, precursor das edições
de hoje.
• Muito mais do que apenas uma coleção de regras, tornou-se meio dicionário, enciclopédia
livro – fonte de informação para os escritores e editores de qualquer publicação.
Propósito:
• Fornecer para publicações que adotam o padrão AP diretrizes em relação a
gramática, ortografia, pontuação e uso da linguagem
• São princípios norteadores do estilo AP: coerência, clareza e precisão.
Associated Press Stylebook
Principais diretrizes:
• Regras específicas para terminologias usadas na
cobertura de esportes e economia
• Um capítulo dedicado às questões jurídicas envolvendo
o trabalho jornalístico, como cuidados em relação a
processos de difamação (“libel”), a neutralidade da
cobertura e a reprodução de falas ofensivas.
• Na cobertura de suicídios (em vez de “cometeu suicídio”
deve-se usar se matou, tirou a própria vida ou morte por
suicídio (exceto quando falado por autoridade, pois
podem resultar em algum processo contra o veículo).
• Aquecimento global pode ser usado como sinônimo de
mudanças climáticas.
• Novos verbetes foram acrescentados ao capítulo Food
(como amaretto), assim como ao capítulo Moda
(Alexander Wang).
Agência Câmara
Missão:
• Informar todos os segmentos da
população sobre as atividades
legislativas, enfatizando o noticiário
em tempo real, com credibilidade,
autonomia, ética e isenção,
contribuindo para a transparência
da instituição.
Plano editorial:
• O principal desafio da comunicação pública é levar à população informações relevantes,
mas que, por não possuírem atratividade mercadológica, são relegadas a segundo plano pela
mídia de mercado.
• Dar destaque às atividades das comissões técnicas e divulgar o passo-a-passo da
tramitação das propostas antes que sejam votadas.
• Em contraposição a interesses corporativos, comerciais, político-partidários, particulares ou
individuais, a Agência não promove assessoria de imprensa dos parlamentares.
Agência de Notícias das Favelas
Missão:
• Estimular a integração e a troca de
informações entre as favelas, com a
finalidade de melhorar, por meio de
formação de uma grande rede de
colaboradores, a qualidade de vida
do povo.
Plano editorial:
• Atender a demanda da imprensa e da sociedade sobre o que acontece no contexto das
favelas do Rio de Janeiro.
• Fundada pelo jornalista André Fernandes, em janeiro de 2001.
• A ANF dispõe de um site, mídias sociais e do jornal “A Voz da Favela”, com 50 mil
exemplares mensais
Infomoney
Missão:
• Trazer informações financeiras de
forma simples e agradável de ler.
Abordamos assuntos relacionados a
economia, investimentos, finanças
pessoais, política, consumo, carreira
e negócios.
Plano editorial:
• Notícias, entrevistas, análises e dicas apuradas por uma equipe própria de jornalistas.
• O conteúdo é disponibilizado gratuitamente em formato de textos, vídeos e diversas
ferramentas – cotações em tempo real, comparador de fundos, gráficos interativos,
calculadoras financeiras e de controle orçamentário.
• Oferece guias educacionais, cursos, palestras on-line e glossário de termos técnicos.
• Desde 2011, faz parte do grupo XP Investimentos.
• Parceria de conteúdo com a agência Bloomberg.
FNDC
Descritivo:
• Fórum Nacional pela Democratização
da Comunicação reúne entidades da
sociedade para debater a questão da
comunicação no país.
• O FNDC foi criado em 1991 como um
movimento social e transformou-se em
entidade em 1995.
• Defende teses como a universalização da banda larga e a garantia de neutralidade de
internet (e privacidade para os usuários).
• Apoia coletivos de comunicação, blogueiros e jornalistas independentes, e movimentos
sociais não ligados à comunicação (sindicatos, mulheres, movimento negro, LGBTT,
trabalhadores do campo, etc.)
• Funciona como Fórum de Debates dos principais temas e produz um compilado de notícias
diário (produzido por esses outros atores / parceiros).
Jornalismo de agências de notícias (EUA):
• “A ideologia do jornalismo americano é de que o repórter de
notícias deve reportar, não interpretar. O falso tempo
presente das manchetes é simbólico disso; sugere que a
reportagem é um flagrante fotográfico, uma imagem perfeita
(...). O tempo pretérito na notícia, ao mesmo tempo, dá ao
leitor a sensação de que tudo que ele lê é história; pode ser
documentado, pode ser confirmado ou ser provado falso.
Não é especulação. Não é opinião.”
(Carlos E. Lins da Silva, “O Adiantado da Hora”)
Jornalismo de agências de notícias (EUA):
• As bases fundamentais do estilo americano são:
– Notícias escritas no modo indicativo
– Ordem direta
– Pirâmide invertida
– Lead com resposta às perguntas fundamentais (quem, o que,
quando, onde, como e por quê)
– Frases curtas
– Vocabulário simples
(C. E. Lins da Silva, “O Adiantado da Hora”)
Novo site de notícias (Londres) – lançado em nov/12
Plataforma “sustentável” para o jornalismo investigativo
Proposta: jornalismo aprofundado que usa a web como suporte para
“cobrir” temas sem a limitação de espaço
Matérias longas e investigativas
sobre os temas ciência e tecnologia
Editores experientes:
o Jim Giles e Bobbie Johnson
Uma matéria produzida por mês
Cada matéria custa US$ 0,99
Dá acesso também a versões para ebook e audiobook das matérias
Campanha de “arrecadação” lançada em fevereiro/2012, pela
incubadora Kickstarter
Meta era conseguir US$ 50 mil até Nov 12.
Conseguiram US$ 140 mil dos “membros”
Vantagens do assinante (“Membro”):
Acesso ao conteúdo do site
Participação do Conselho Editorial “virtual” (na nuvem)
Esse "Conselho" usa uma ferramenta de código aberto
desenvolvida na Univ. Princeton
Os membros podem utilizar esse
sistema para sugerir ideias para
matérias, filtrar e refinar as
sugestões feitas por outros, e votar
nas pautas que querem ler
•Nov 2014: “Sex is sex. But money
is money”
•A “nova economia” no mundo das
garotas de programa
Bobbie Joohnson:
“Há pessoas dispostas a pagar por conteúdos nos quais elas vejam
valor; basta que você cumpra a promessa feita a eles”
https://youtu.be/udRj5T9oO6Y
Brio
•Nova plataforma de reportagens multimídia
feita por jornalistas independentes.
•“No momento em que o jornalismo passa
por transformações e incertezas, nosso
grupo de repórteres, editores, designers,
desenvolvedores e engenheiros… lança um
projeto que pretende ser uma janela de
oportunidades” (Fernando Mello)
•O Brio publica matérias narrativas e divide
os lucros (US$3,99 por artigo) com o autor.
Brio
•Plataforma de reportagens multimídia feita por
jornalistas independentes.
•“Acreditamos que grandes histórias têm mais poder de informar e
engajar leitores ávidos por prazer e conhecimento do que a urgência
do jornalismo diário, e as informações curtas e rápidas em sites de
notícias e nas redes sociais.”
•Nosso negócio é jornalismo, aqui não tem ficção, muito menos
publicidade. Nós acreditamos que independência é feita de leitores,
de um lado, e jornalistas, de outro. Cada vez que um leitor compra
uma reportagem, nós dividimos o dinheiro: 55% vai para o jornalista;
45% fica para a nossa plataforma.
Brio
•“No momento em que o jornalismo passa por transformações e
incertezas, nosso grupo de repórteres, editores, designers,
desenvolvedores e engenheiros… lança um projeto que pretende ser
uma janela de oportunidades” (Fernando Mello, criador)
•Os primeiros três artigos trataram de roubo de arte internacional,
comunidades tibetanas na China e na Índia, e a ditadura militar.
Brio Storytelling Code
•Hoje o que se aponta como tendência
do mundo informativo são formatos
curtos, de leitura instantânea: listas,
posts, tweets...
•Mas esse ambiente limita a
possibilidade real de repórteres
investirem em reportagens profundas e
críticas, que sobrevivam ao curto prazo.
•Acreditamos na utilização das
ferramentas do longform journalism
para produzir conteúdo que impacte o
leitor, transformando a história em algo
"social".
Marketing Editorial
• “A estratégia de mercado posta em andamento pela
imprensa está firmemente ancorada na estrutura
ideológica da notícia (qualquer notícia) e na relação de
solidariedade objetiva entre imprensa e público.
• Em outras palavras, não é a imprensa burguesa quem
institui um público sujeito à estratégia de mercado e às
manipulações que dela decorrem.”
• É o caráter mercadológico da notícia quem institui,
numa ponta, a imprensa burguesa, na outra o público
burguês, e entre ambos uma simbiose de interesses
complementares.”
(“Vampiros de Papel”, Otavio Frias Filho, Folha de S.Paulo, 5/08/1984)
• De tempos em tempos, o "negativismo" da imprensa se volta
contra ela própria. Foi assim sempre que o advento de mudanças
tecnológicas veio afetar o modo de transmissão de informações:
o telégrafo, o cinema, o rádio, a TV e agora a internet.
• Por décadas, o jornalismo dito de qualidade – que cultiva
compromissos com a exatidão do que publica, com a relevância
dos temas que aborda, com a manutenção do debate público –
foi sustentado por um modelo econômico hoje em risco. Talvez
jornais, revistas e livros impressos desapareçam, talvez não. O
papel impresso tem o carisma da credibilidade e da duração.
• A fotografia não suprimiu as artes plásticas, nem a TV liquidou o
cinema...
(Sete vidas do jornalismo, Otavio Frias Filho, 2010)
• Mas é pouco provável que o jornalismo de qualidade desapareça.
• Conforme mais pessoas imergem no oceano de dados na rede,
maior a demanda por um veículo que apure melhor, selecione,
resume, analise e hierarquize.
• Esse veículo, no papel ou na tela, se chama jornal.
• Um jornalismo de qualidade é dispendioso. Continuará a valer
seu preço para aquela parcela crescente de pessoas
interessadas em saber mais e melhor.
• Mas, para tanto, é preciso ter a humildade de aprender.
Reconhecer que os jornais são muitas vezes cansativos,
previsíveis, prolixos, distantes, redundantes, parciais – cifrados
para o leigo e superficiais para o especialista.
(Sete vidas do jornalismo, Otavio Frias Filho, 2010)
• Ruy Mesquita gostava de chamar o jornal de "indústria do
desperdício", porque exige investimentos altíssimos, em recursos
materiais e humanos, para produzir dez vezes mais conteúdo do
que seria capaz de publicar.
• A produção abundante cria opções e, com alternativas, é mais
fácil optar pela qualidade, que ele defendia, para desespero dos
gestores, para quem abundância é custo.
• Sempre lutou, nas trincheiras a seu alcance, contra cortes
indiscriminados nas redações, porque aos poucos eles minam a
qualidade do jornal. Mas, como a divisão clássica da família entre
jornalistas e gestores não lhe deixava espaço, nem paciência,
nem habilidade para prestar muita atenção em questões de
custos e de administração.
Detrás das dunas do Estadão, Sandro Vaia (Piauí, 2007)
Opinião:
• “Acho a opinião do jornal o mais importante. A objetividade é
essencial, na medida humana possível, no noticiário...
• Fala-se muito da imparcialidade na imprensa. Imparcialidade sim,
na apresentação da notícia, agora isso não significa neutralidade.
• No caso ‘Estadão’, o que o caracteriza e o deu força durante toda a
sua existência foi o fato dele assumir sistematicamente posições
quando há confronto de ideias e de concepções políticas.
• A grande força do jornal sempre foi a página 3 e mais do que nunca
agora, quando o comprador, o assinante já sabe o que ele vai ler
no jornal do dia seguinte quando ele compra ou quando o recebe
em sua casa.”
(Ruy Mesquita, entrevista ao Observatório da Imprensa, 2005)
Outros exemplos de jornalismo empreendedor:
Think Olga
Ponte
Jota Torcedores
F451 Porvir Papo de homem
Hypeness
Ada.vc
• O Adiantado da Hora, Carlos E. Lins da Silva. São Paulo: Summus, 1991.
• Associated Press Stylebook (2015)
• Vampiros de Papel, Otavio Frias Filho (1984)
• O Jornal em Duas Velocidades, Melchiades Filho e Massimo Gentile (2006)
• Sete Vidas do Jornalismo, Otavio Frias Filho (2010)
• O papel (sempre renovado) dos jornais, entrevista de Ruy Mesquita (2005)
• Detrás das dunas do Estadão, Sandro Vaia (Piauí, 2007)
• Brio – Storytelling Code (2015)
• Brio – Quem somos (2015)
• Matter.com – vídeo de lançamento da campanha de crowdfunding (2012)
• Como o jornalismo empreendedor está decolando no Brasil, Kiratiana Freelon
(2015)