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Aula Jornalismo Empreendedor 2015

  1. Jornalismo Empreendedor Prof. Renato Delmanto renato.delmanto@gmail.com
  2. Associated Press Stylebook História: • O primeiro Stylebook da AP foi publicado em 1953. • Tinha 60 páginas grampeadas, e foi chamado de “o mais definitivo e inclusivo trabalho já realizado por um grupo de jornais.” • Em 1977, a AP publicou uma grande revisão do Stylebook original, precursor das edições de hoje. • Muito mais do que apenas uma coleção de regras, tornou-se meio dicionário, enciclopédia livro – fonte de informação para os escritores e editores de qualquer publicação. Propósito: • Fornecer para publicações que adotam o padrão AP diretrizes em relação a gramática, ortografia, pontuação e uso da linguagem • São princípios norteadores do estilo AP: coerência, clareza e precisão.
  3. Associated Press Stylebook Principais diretrizes: • Regras específicas para terminologias usadas na cobertura de esportes e economia • Um capítulo dedicado às questões jurídicas envolvendo o trabalho jornalístico, como cuidados em relação a processos de difamação (“libel”), a neutralidade da cobertura e a reprodução de falas ofensivas. • Na cobertura de suicídios (em vez de “cometeu suicídio” deve-se usar se matou, tirou a própria vida ou morte por suicídio (exceto quando falado por autoridade, pois podem resultar em algum processo contra o veículo). • Aquecimento global pode ser usado como sinônimo de mudanças climáticas. • Novos verbetes foram acrescentados ao capítulo Food (como amaretto), assim como ao capítulo Moda (Alexander Wang).
  4. Agência Câmara Missão: • Informar todos os segmentos da população sobre as atividades legislativas, enfatizando o noticiário em tempo real, com credibilidade, autonomia, ética e isenção, contribuindo para a transparência da instituição. Plano editorial: • O principal desafio da comunicação pública é levar à população informações relevantes, mas que, por não possuírem atratividade mercadológica, são relegadas a segundo plano pela mídia de mercado. • Dar destaque às atividades das comissões técnicas e divulgar o passo-a-passo da tramitação das propostas antes que sejam votadas. • Em contraposição a interesses corporativos, comerciais, político-partidários, particulares ou individuais, a Agência não promove assessoria de imprensa dos parlamentares.
  5. Agência de Notícias das Favelas Missão: • Estimular a integração e a troca de informações entre as favelas, com a finalidade de melhorar, por meio de formação de uma grande rede de colaboradores, a qualidade de vida do povo. Plano editorial: • Atender a demanda da imprensa e da sociedade sobre o que acontece no contexto das favelas do Rio de Janeiro. • Fundada pelo jornalista André Fernandes, em janeiro de 2001. • A ANF dispõe de um site, mídias sociais e do jornal “A Voz da Favela”, com 50 mil exemplares mensais
  6. Infomoney Missão: • Trazer informações financeiras de forma simples e agradável de ler. Abordamos assuntos relacionados a economia, investimentos, finanças pessoais, política, consumo, carreira e negócios. Plano editorial: • Notícias, entrevistas, análises e dicas apuradas por uma equipe própria de jornalistas. • O conteúdo é disponibilizado gratuitamente em formato de textos, vídeos e diversas ferramentas – cotações em tempo real, comparador de fundos, gráficos interativos, calculadoras financeiras e de controle orçamentário. • Oferece guias educacionais, cursos, palestras on-line e glossário de termos técnicos. • Desde 2011, faz parte do grupo XP Investimentos. • Parceria de conteúdo com a agência Bloomberg.
  7. FNDC Descritivo: • Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação reúne entidades da sociedade para debater a questão da comunicação no país. • O FNDC foi criado em 1991 como um movimento social e transformou-se em entidade em 1995. • Defende teses como a universalização da banda larga e a garantia de neutralidade de internet (e privacidade para os usuários). • Apoia coletivos de comunicação, blogueiros e jornalistas independentes, e movimentos sociais não ligados à comunicação (sindicatos, mulheres, movimento negro, LGBTT, trabalhadores do campo, etc.) • Funciona como Fórum de Debates dos principais temas e produz um compilado de notícias diário (produzido por esses outros atores / parceiros).
  8. Jornalismo de agências de notícias (EUA): • “A ideologia do jornalismo americano é de que o repórter de notícias deve reportar, não interpretar. O falso tempo presente das manchetes é simbólico disso; sugere que a reportagem é um flagrante fotográfico, uma imagem perfeita (...). O tempo pretérito na notícia, ao mesmo tempo, dá ao leitor a sensação de que tudo que ele lê é história; pode ser documentado, pode ser confirmado ou ser provado falso. Não é especulação. Não é opinião.” (Carlos E. Lins da Silva, “O Adiantado da Hora”)
  9. Jornalismo de agências de notícias (EUA): • As bases fundamentais do estilo americano são: – Notícias escritas no modo indicativo – Ordem direta – Pirâmide invertida – Lead com resposta às perguntas fundamentais (quem, o que, quando, onde, como e por quê) – Frases curtas – Vocabulário simples (C. E. Lins da Silva, “O Adiantado da Hora”)
  10. Jornalismo empreendedor
  11. Novo site de notícias (Londres) – lançado em nov/12 Plataforma “sustentável” para o jornalismo investigativo Proposta: jornalismo aprofundado que usa a web como suporte para “cobrir” temas sem a limitação de espaço Matérias longas e investigativas sobre os temas ciência e tecnologia Editores experientes: o Jim Giles e Bobbie Johnson Uma matéria produzida por mês Cada matéria custa US$ 0,99 Dá acesso também a versões para ebook e audiobook das matérias
  12. Campanha de “arrecadação” lançada em fevereiro/2012, pela incubadora Kickstarter Meta era conseguir US$ 50 mil até Nov 12. Conseguiram US$ 140 mil dos “membros”
  13. Vantagens do assinante (“Membro”): Acesso ao conteúdo do site Participação do Conselho Editorial “virtual” (na nuvem) Esse "Conselho" usa uma ferramenta de código aberto desenvolvida na Univ. Princeton Os membros podem utilizar esse sistema para sugerir ideias para matérias, filtrar e refinar as sugestões feitas por outros, e votar nas pautas que querem ler •Nov 2014: “Sex is sex. But money is money” •A “nova economia” no mundo das garotas de programa
  14. Bobbie Joohnson: “Há pessoas dispostas a pagar por conteúdos nos quais elas vejam valor; basta que você cumpra a promessa feita a eles” https://youtu.be/udRj5T9oO6Y
  15. Brio •Nova plataforma de reportagens multimídia feita por jornalistas independentes. •“No momento em que o jornalismo passa por transformações e incertezas, nosso grupo de repórteres, editores, designers, desenvolvedores e engenheiros… lança um projeto que pretende ser uma janela de oportunidades” (Fernando Mello) •O Brio publica matérias narrativas e divide os lucros (US$3,99 por artigo) com o autor.
  16. Brio •Plataforma de reportagens multimídia feita por jornalistas independentes. •“Acreditamos que grandes histórias têm mais poder de informar e engajar leitores ávidos por prazer e conhecimento do que a urgência do jornalismo diário, e as informações curtas e rápidas em sites de notícias e nas redes sociais.” •Nosso negócio é jornalismo, aqui não tem ficção, muito menos publicidade. Nós acreditamos que independência é feita de leitores, de um lado, e jornalistas, de outro. Cada vez que um leitor compra uma reportagem, nós dividimos o dinheiro: 55% vai para o jornalista; 45% fica para a nossa plataforma.
  17. Brio •“No momento em que o jornalismo passa por transformações e incertezas, nosso grupo de repórteres, editores, designers, desenvolvedores e engenheiros… lança um projeto que pretende ser uma janela de oportunidades” (Fernando Mello, criador) •Os primeiros três artigos trataram de roubo de arte internacional, comunidades tibetanas na China e na Índia, e a ditadura militar.
  18. Brio Storytelling Code •Hoje o que se aponta como tendência do mundo informativo são formatos curtos, de leitura instantânea: listas, posts, tweets... •Mas esse ambiente limita a possibilidade real de repórteres investirem em reportagens profundas e críticas, que sobrevivam ao curto prazo. •Acreditamos na utilização das ferramentas do longform journalism para produzir conteúdo que impacte o leitor, transformando a história em algo "social".
  19. Marketing Editorial • “A estratégia de mercado posta em andamento pela imprensa está firmemente ancorada na estrutura ideológica da notícia (qualquer notícia) e na relação de solidariedade objetiva entre imprensa e público. • Em outras palavras, não é a imprensa burguesa quem institui um público sujeito à estratégia de mercado e às manipulações que dela decorrem.” • É o caráter mercadológico da notícia quem institui, numa ponta, a imprensa burguesa, na outra o público burguês, e entre ambos uma simbiose de interesses complementares.” (“Vampiros de Papel”, Otavio Frias Filho, Folha de S.Paulo, 5/08/1984)
  20. • De tempos em tempos, o "negativismo" da imprensa se volta contra ela própria. Foi assim sempre que o advento de mudanças tecnológicas veio afetar o modo de transmissão de informações: o telégrafo, o cinema, o rádio, a TV e agora a internet. • Por décadas, o jornalismo dito de qualidade – que cultiva compromissos com a exatidão do que publica, com a relevância dos temas que aborda, com a manutenção do debate público – foi sustentado por um modelo econômico hoje em risco. Talvez jornais, revistas e livros impressos desapareçam, talvez não. O papel impresso tem o carisma da credibilidade e da duração. • A fotografia não suprimiu as artes plásticas, nem a TV liquidou o cinema... (Sete vidas do jornalismo, Otavio Frias Filho, 2010)
  21. • Mas é pouco provável que o jornalismo de qualidade desapareça. • Conforme mais pessoas imergem no oceano de dados na rede, maior a demanda por um veículo que apure melhor, selecione, resume, analise e hierarquize. • Esse veículo, no papel ou na tela, se chama jornal. • Um jornalismo de qualidade é dispendioso. Continuará a valer seu preço para aquela parcela crescente de pessoas interessadas em saber mais e melhor. • Mas, para tanto, é preciso ter a humildade de aprender. Reconhecer que os jornais são muitas vezes cansativos, previsíveis, prolixos, distantes, redundantes, parciais – cifrados para o leigo e superficiais para o especialista. (Sete vidas do jornalismo, Otavio Frias Filho, 2010)
  22. • Ruy Mesquita gostava de chamar o jornal de "indústria do desperdício", porque exige investimentos altíssimos, em recursos materiais e humanos, para produzir dez vezes mais conteúdo do que seria capaz de publicar. • A produção abundante cria opções e, com alternativas, é mais fácil optar pela qualidade, que ele defendia, para desespero dos gestores, para quem abundância é custo. • Sempre lutou, nas trincheiras a seu alcance, contra cortes indiscriminados nas redações, porque aos poucos eles minam a qualidade do jornal. Mas, como a divisão clássica da família entre jornalistas e gestores não lhe deixava espaço, nem paciência, nem habilidade para prestar muita atenção em questões de custos e de administração. Detrás das dunas do Estadão, Sandro Vaia (Piauí, 2007)
  23. Opinião: • “Acho a opinião do jornal o mais importante. A objetividade é essencial, na medida humana possível, no noticiário... • Fala-se muito da imparcialidade na imprensa. Imparcialidade sim, na apresentação da notícia, agora isso não significa neutralidade. • No caso ‘Estadão’, o que o caracteriza e o deu força durante toda a sua existência foi o fato dele assumir sistematicamente posições quando há confronto de ideias e de concepções políticas. • A grande força do jornal sempre foi a página 3 e mais do que nunca agora, quando o comprador, o assinante já sabe o que ele vai ler no jornal do dia seguinte quando ele compra ou quando o recebe em sua casa.” (Ruy Mesquita, entrevista ao Observatório da Imprensa, 2005)
  24. Outros exemplos de jornalismo empreendedor: Think Olga Ponte Jota Torcedores F451 Porvir Papo de homem Hypeness Ada.vc
  25. • O Adiantado da Hora, Carlos E. Lins da Silva. São Paulo: Summus, 1991. • Associated Press Stylebook (2015) • Vampiros de Papel, Otavio Frias Filho (1984) • O Jornal em Duas Velocidades, Melchiades Filho e Massimo Gentile (2006) • Sete Vidas do Jornalismo, Otavio Frias Filho (2010) • O papel (sempre renovado) dos jornais, entrevista de Ruy Mesquita (2005) • Detrás das dunas do Estadão, Sandro Vaia (Piauí, 2007) • Brio – Storytelling Code (2015) • Brio – Quem somos (2015) • Matter.com – vídeo de lançamento da campanha de crowdfunding (2012) • Como o jornalismo empreendedor está decolando no Brasil, Kiratiana Freelon (2015)
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