1. Lição 1: O Que Cremos Sobre a Bíblia
Prof: Pr Antonio Neto
Introdução
A Bíblia é o livro mais vendido
de todos os tempos. Muitos homens-dem onst rand o um a prepot ênci a
espantadora--têm profetizado o fim da
sua popularidade, mas ela continua m
a i s p r o c u r a da d o q u e n u n c a . I nu
meráveis inimigos de Deus,
tentando desacreditar a mensagem das
Sagradas Escrituras, se esforçaram
para encontrar inconsistências ou erros
dentro de suas páginas--e tudo em vão.
Nossa Igreja tem a Bíblia como única regra de fé e prática. Por isso, iremos começar este curso com a
bibliologia, ou seja, um estudo sobre a Bíblia. O motivo de começar assim é simples: a Bíblia é fonte
de todo nosso conhecimento a cerca das coisas de Deus. Se não estivermos firmes em que cremos
com respeito à palavra de Deus, dificilmente teremos firmeza em qualquer outro aspecto da fé cristã.
A Necessidade da Bíblia
O homem pecador, por si só, é incapaz de conhecer a Deus (I Coríntios 2:14). Mas Deus, na sua
infinita misericórdia, se revelou ao homem de duas maneiras:
Revelação Geral Através de sua criação, Deus se revela a todos os homens (Salmo 19:1).
Esta revelação é suficiente para que o homem fique sem desculpa perante Deus (Romanos
1:18-20). Porem, esta revelação é insuficiente para levar o homem à salvação (Romanos
10:14-17).
Revelação Especial É necessário, então, que Deus
se revele especificamente aos homens para que sejam
salvos. Nos tempos do Antigo Testamento Deus se revelou
através dos profetas.
Depois, enviou Cristo, que é o
"resplendor da sua glória" e a "expressa imagem do Seu
ser" (Hebreus 1:1-3). Jesus revelou o Pai completamente e
perfeitamente (João 1:18). Hoje, temos a palavra completa
de Deus na forma das escrituras (João 20:31).
"A revelação geral é suficiente para
levar o homem à condenação; a
revelação especial é necessária para
levar o homem à salvação"
2. Conhecendo a Bíblia
No nosso propósito de nos aprofundar na Bíblia, devemos começar pelas questões mais
básicas: quem escreveu, quando foi escrita, e como é composta.
Os Autores
A Bíblia é clara e específica quanto a sua origem divina. II Timóteo 3:16 nos afirma que
as Escrituras foram inspiradas--ou seja, sopradas, por Deus. A palavra usada na língua original-theopneustos--não se encontra em nenhum outro texto grego do período, e traz à lembrança o ato
de Deus "soprar vida" no primeiro homem (Gênesis 2:7).
Mas Deus, na sua infinita sabedoria, usou autores humanos para comunicar a
mensagem que Ele tem para a humanidade. II Pedro 1:21 demonstra tanto a autoria divina quanto
a participação humana. Cremos que os autores humanos usaram de seus próprios estilos e
personalidades para escreveram as palavras de Deus.
Escreveram em três línguas principais: hebraico, aramaico (no Antigo Testamento) e
grego (no Novo Testamento).
O Tempo
Esses quarenta autores levaram mais de 2.000 anos para escrever todos os livros da
Bíblia. O primeiro livro a ser escrito provavelmente foi Jó, cerca de 2.000 anos antes de Cristo,
e o último foi Apocalipse, escrito pelo apóstolo João por volta de 95 d.C.
Suas Divisões
A Bíblia é composta de 66 livros, divididos em duas seções maiores: o Antigo e o Novo
Testamento.
O Antigo Testamento consiste em 39 livros. Estes livros podem ser divididos da seguinte
forma:
*A Lei, também chamado de pentateuco (Gênesis até Deuteronomio)
*Os Livros Históricos (Josué até Ester)
3. *Os Livros Poéticos (Jó até Cantares)
*Os Profetas Maiores (Isaías até Cantares)
*Os Profetas Menores (Oséias até Malaquias)
O Antigo Testamento trata especificamente com a nação de Israel, preparando o caminho
para a vinda de Cristo. Assim, ele forma o alicerce da nossa fé. O estudo do Antigo Testamento é
essencial para nosso entendimento da fé cristã (João 5:34)
O Novo Testamento é composto de 27 livros, divididos da seguinte forma:
*Os Evangelhos (Mateus até João)
*O Livro Histórico (Atos)
*As Epístolas (Romanos até Judas)
*O Livro Profético (Apocalipse)
O Novo Testamento apresenta Cristo, sua encarnação, ministério na terra, morte
ressurreição, a formação da Igreja, e ensinos sobre a vida cristã.
Os 66 livros da Bíblia foram reconhecidos como sendo canônicos (autênticos) num
concílio eclesiástico na cidade de Cartago no ano 397 d.C. A Bíblia usada pela Igreja Católica
Romana contem 14 livros a mais, chamados apócrifos (escondidos), os quais foram
acrescentados oficialmente por essa igreja em 1546, no concílio de Trento. Esses livros nunca
fizeram parte das escrituras hebraicas ou gregas e nenhum ramo da Igreja os aceitou antes de
1546.
Importante: Mesmo com tanta diversidade, a Bíblia é unida, do início ao fim, no seu
propósito e mensagem. A personagem principal da Bíblia é Jesus, e a sua mensagem, a
salvação.
Porque dar ouvidos à Bíblia?
Muitas pessoas concordam que a Bíblia seja um livro singular, porem não acreditam que
ela tenha algo a dizer sobre como devem conduzir suas vidas. O que é que nos faz basear
nossa fé--nosso destino eterno--neste livro tão antigo?
Para responder esta pergunta, iremos examinar as evidências internas e externas que
afirmam que a Bíblia representa a comunicação divina à humanidade.
4. Evidências Internas
A Bíblia não tem vergonha de se declarar a Palavra de Deus (I Timóteo 3:16, II Pedro
1:19-21). Os profetas proclamaram "assim diz o Senhor" (ex. Isaías 44:6), e o próprio Jesus
Cristo afirmou as suas palavras (Mateus 5:17-18). Então existem apenas duas alternativas: ou a
Bíblia é o que diz que é, ou é uma fraude.
Evidências Externas
Há muitas evidências externas (ou seja, fora das páginas da Bíblia) para que a Bíblia seja
aceita como verdadeira. Entre elas são evidências arqueológicas e históricas. Quanto mais
entendemos sobre a história, quanto mais vemos que o que a Bíblia fala bate com que os
arqueólogos desenterram.
Existem mais de 1.400 cópias do Antigo Testamento, e 5.000 cópias do Novo
Testamento. Nos escritos dos pais da igreja primitiva, faltam apenas 11 versículos para que
termos toda a Bíblia. E todos esses manuscritos e citações batem com a Bíblia que temos em
nossas mãos hoje.
O próprio conteúdo da Bíblia aponta também à sua origem divina. Como diz o teólogo
Lewis Sperry Chafer, a Bíblia não é tal livro que o homem queria escrever se pudesse, nem
poderia escrever se quisesse.
Quando chegamos, então, à conclusão que a Bíblia é inspirada por Deus, de autoria
divina, é lógico que ela, na sua forma original, seja completamente sem erros (João 17:17),
confiável (João 10:35), e tem autoridade sobre nossas vidas (Salmo 119:17).
Cabe a nós, então, nos dedicar ao estudo e aplicação desta comunicação divina, "para que
experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus" (Romanos 12:2).
Perguntas
1. Porque é importante para o crente saber o que crê a cerca da Bíblia?
2. Porque foi necessária a revelação especial?
3. Qual a mensagem principal da Bíblia?
4. Dê três exemplos de onde o Antigo Testamento fala de Cristo.
5. Que quer dizer a palavra "inspirada"?