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Oportunidade




32




          MAR/ABR   2010   Fotos: Victor Almeida
Combustível para
a competitividade
Inovação não é apenas mais um item, dentre tantos outros, que deve estar
presente no planejamento estratégico de uma empresa, mas uma ação
constante, que exige o cuidado de observar e a ousadia de executar
Por Lígia Favoretto




A
            té agora pouco se ouviu fa-       “No varejo é tudo muito igual, por esse      O paradigma de que em time que
            lar em inovação no varejo.        motivo o consumidor escolhe aque-         está ganhando não se mexe é uma ar-
            O tema muitas vezes ficou         le que é mais inovador. Não adianta       madilha, afirma Valter Pieracciani, só-
            restrito às novidades tecno-      pensar em crescer repetindo formulas;     cio-diretor da Pieracciani, consultoria
lógicas, mas ele é muito mais amplo.          daqui a cinco anos, meu negócio terá      especializada em gestão de inovação.
A realidade começa a dar sinais de mu-        crescido, mas o concorrente também.       “Ter sucesso hoje não significa que
                                                                                                                                    33
dança e empresas varejistas destacam-se       Fórmulas são muito fáceis de ser co-      terá sucesso amanhã. Por isso, é preci-
como as grandes promessas inovadoras          piadas”, diz Pastore. No seu entender,    so identificar o que pode ser mudado
da economia mundial, o que faz com            as empresas que sobreviveram à crise      e mudar. Quem não se preocupar com
que a competição fique mais agressiva.        econômica mundial utilizaram a ino-       isso está condenado”, diz.
   Inovar no varejo se dá basicamente         vação, pois é mais proveitoso crescer        Dentro desse cenário, a inovação
com a criação de novos conceitos. Con-        expandindo do que cortando custos.        para o pequeno e o médio varejo é
ceitos esses que podem gerar novos for-
matos de lojas, de desenvolvimento de         Inovar no varejo se dá com a criação de conceitos,
                                              que podem gerar novos formatos de lojas,
tecnologia de apoio e atendimento, um
mix de alta qualidade, ou ainda uma nova
forma de liderar a equipe da loja. Tudo       de desenvolvimento de tecnologia de apoio
isso implica mudanças que precisam ser
feitas e que necessitam de investimento.      e atendimento, um mix de alta qualidade, ou
Os resultados podem vir a longo ou curto      ainda uma nova forma de liderar a equipe da loja
prazo, depende do que o varejista estabe-
lecer como prioridade, mas a maior res-         Maurício Morgado, professor do          totalmente possível, já que de acordo
posta que se pode ter é a satisfação que os   Centro de Excelência em Varejo da Es-     com Ricardo Pastore, da ESPM, os
clientes demonstrarão ao vivenciar uma        cola de Administração de Empresas de      grandes são mais rígidos, ou seja, qual-
nova experiência de compra, em ambien-        São Paulo, da Fundação Getulio Vargas     quer tipo de mudança é complexa e
tes pensados e adequados às necessidades      (EAESP-FGV), compartilha da mesma         envolve muitas pessoas, departamentos
específicas de cada um. Esse é o principal    opinião. “Muitas empresas ficam pre-      e processos. “A agilidade do pequeno
caminho a seguir.                             sas ao sucesso que fizeram no passado.    pode ser revertida em inovação e não
   Segundo o coordenador do núcleo            É fácil se acostumar com o que já foi     precisa vir de fora, mas encontrada
de varejo da Escola Superior de Propa-        conquistado e não inovar”, lembra.        dentro de suas próprias características.”
ganda e Marketing (ESPM), Ricardo             Morgado revela que para se tornar         Os resultados devem ser pensados sem-
Pastore, mais do que uma palavra de           uma empresa inovadora a única preo-       pre em curto e longo prazo. Pastore diz
ordem a inovação é uma ação manda-            cupação deve ser a de encontrar cami-     que com equilíbrio o varejista estabele-
tória, uma necessidade para o varejista       nhos que possibilitem uma vida mais       ce o que quer de retorno imediato e o
que pretende continuar no mercado.            cômoda aos consumidores.                  que pode ser mais demorado.
Oportunidade



     Conceitos inovadores
                                            CLIENTE POTENCIAL                        Mais do que uma
                                                                                     palavra de ordem
                                            Um consumidor é diferente do ou-
     O coordenador do núcleo             tro, o que é luxo para um pode não
     de varejo da ESPM, Ricardo          ser para o outro. Conhecer a região do      a inovação é uma
     Pastore, mostra alguns itens        bairro no qual a loja está inserida ajuda
     que podem ser um caminho            e muito a entender os hábitos e costu-
                                                                                     ação mandatória,
     acertado para que uma empresa       mes de seus clientes, explica Valter Pie-   uma necessidade
                                                                                     para o varejista
     comece a ser inovadora:             racciani. “Podemos classificar os consu-
     Construção da marca:                midores de cada região em tribos, ou
     a consolidação do nome              seja, o dono da loja deve saber identi-     que pretende
     do estabelecimento é muito
     importante. Tudo o que for feito
                                         ficar para qual tribo ele vai vender, por   continuar
     pode levar a essa valorização.
                                         isso conversar com os clientes e com
                                         os colaboradores da empresa é sempre        no mercado
     Sustentabilidade: o que             positivo”, explica. Pieracciani diz ain-    a persistência do hábito.” Segundo ele,
     o varejista pode fazer dentro
                                         da que os anseios dos clientes estão em     essa prática ainda não é tão valoriza-
     de sua loja para que ela seja
     sustentável? O primeiro passo
                                         constante mudança e entender o que          da, já que a América Latina tem uma
     pode ser a coleta seletiva de       eles realmente querem é uma ativida-        cultura autoritária. “Os donos gostam
     lixo. Os clientes percebem          de que demanda um longo exercício           mais de impor do que ouvir e, assim,
     quando o estabelecimento tem        de observação.                              as pessoas ficam condicionadas ao que
     esse tipo de preocupação.              De acordo com o gerente de aten-         eles dizem. Somos muito passionais,
     Estratégia multicanal:              dimento a varejistas da Nielsen Brasil,     tudo envolve emoção”, conclui.
     hoje em dia existem diversos        Olegário Araújo, não se pode querer            Valter Pieracciani enfatiza o que
     canais de comunicação. O            vender tudo para todos, pois assim          disse Olegário Araújo e reafirma que
34   empresário pode proporcionar        ninguém fica satisfeito. “Os shoppers       aqueles gestores que possibilitam essa
     uma convivência da loja física      olham a evolução segundo tendências         troca de informações com seus cola-
     com a virtual.                      de consumo. O futuro está aqui hoje,        boradores conseguem obter resulta-
     Comunicação interativa              só não está bem distribuido, ou seja,       dos mais fortes e eficazes, pois o que
     no ponto de venda:                  alguns já têm acesso a ele, outros não.”    acontece no estabelecimento não fi-
     descobrir formas de como               Araújo revela que a inovação no          cará concentrado somente na cabeça
     o consumidor pode obter             varejo depende e muito do estilo de         do dono; os funcionários que estão
     informações dentro da loja          liderança de cada gestor. “Não adian-       no dia a dia com os consumidores
     de maneira que ele entenda e
                                         ta o dono do negócio colocar na loja        precisam ter espaço para levar o que
     tenha acesso a tudo sozinho.
                                         só aquilo que ele gosta. Aproximar-se       ouvem até seu patrão.
     Experiência de compra: o            de sua equipe lhe dá a possibilidade           Muitos varejistas deixam de investir
     varejista oferece a percepção de
                                         de verificar, por exemplo, se há um         em inovação por considerarem uma
     valor que seu consumidor tem.
     Dessa forma, o cliente entende      produto que está no estoque mas não         aplicação de risco. Olegário afirma que
     que ele precisa comprar naquela     chega à área de vendas; juntos, eles        os riscos só existem para aqueles que não
     loja, porque tudo o que acontece    poderão chegar à melhor forma de            conhecem seus clientes e que ser estra-
     lá faz a diferença.                 solucionar os problemas, ou seja, o         tégico não é só saber o que fazer, mas
     Desenvolvimento em                  relacionamento torna-se fundamen-           sobretudo saber o que não fazer. “Não
     redes sociais: mais uma             tal.” O gerente orienta o gestor a fazer    saber o que o cliente quer e investir na-
     opção de relacionamento com         uma agenda e, de tempos em tempos,          quilo que o consumidor nem enxerga
     os clientes, por meio das novas     a conversar com a equipe, definindo o       na loja é gastar dinheiro à toa e esse é
     mídias, que também serão            que a empresa quer comunicar, o que         o principal risco. Quando se investe em
     um canal de divulgação de           precisa ser feito, quais as prioridades,    inovação não se pode almejar lucro ime-
     promoções, novidades e até          quem serão os responsáveis, em quan-        diato, porque isso o empresário já tem
     mesmo inovações.                    to tempo as mudanças precisam ser           de ter normalmente. A empresa que não
     Identificar o que é o novo          feitas, qual o investimento necessário      obtém lucro não garante nem empregos.
     luxo: cada cliente tem uma          e o possível. “Onde a empresa está e        O melhor resultado que ele pode colher
     necessidade específica, é preciso   aonde se quer chegar: essa visão tem        é a satisfação dos clientes”, finaliza.
     saber para quem se vende.
                                         de ser compartilhada. Tal atividade            Assim que o cliente se depara com
                                         deve ser corriqueira, pois a virtude é      uma nova proposta, ele é induzido a

              MAR/ABR     2010
35




Assim que o cliente
                                           dicionador, creme para pentear e de       dessem relaxar ou fazer uma reunião
                                           tratamento, ou, ainda, o varejista pode   de trabalho, por exemplo. Ou seja, os
se depara com uma                          dispor de um espaço onde os clientes      proprietários souberam agregar valor
nova proposta ,                            experimentem os produtos dentro do
                                           ponto de venda. Uma televisão de plas-
                                                                                     ao seu produto, descobriram o que os
                                                                                     clientes valorizavam. Essas sacadas po-
ele é induzido a                           ma aí existente, por exemplo, mostrará    dem levar quem tem uma loja a abrir
aceitá-la. Depois                          como se faz um penteado novo. Isso é
                                           uma possibilidade de inovação”, exem-
                                                                                     duas ou três rapidamente”, conta.

de vivenciar a                             plifica Maurício Morgado, da FGV.
experiência, ele verá                         De acordo com Valter Pieracciani,
                                                                                        Anote na Agenda
se valeu a pena ou não                     a inovação pode transformar um pe-
                                           queno varejista em grande varejista, e       • EAESP-FGV
aceitá-la. Depois de vivenciar a experi-   lembra o caso da Starbucks, uma rede         www.eaesp.fgvsp.br
ência, ele verá se valeu a pena ou não.    de cafeterias americana. “Eles começa-       • ESPM
Dessa forma, passa a ser o maior pro-      ram com uma pequena loja que vendia          www.espm.br
pagador dos conceitos de inovação que      café, mas os donos perceberam que os         • Nielsen
viu e sentiu dentro do estabelecimento.    clientes queriam algo mais. Aos pou-         http://br.nielsen.com
  “Quando um cliente vai até um su-        cos, começaram a reestruturar o ponto        • Pieracciani
permercado procurar um xampu, essa         de venda, oferecendo um ambiente             www.pieracciani.com.br
loja pode oferecer o tratamento com-       tranquilo, confortável, em que, além
pleto para os cabelos, como o con-         de tomar seu cafezinho, as pessoas pu-

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Combustível para a competitividade

  • 1. Oportunidade 32 MAR/ABR 2010 Fotos: Victor Almeida
  • 2. Combustível para a competitividade Inovação não é apenas mais um item, dentre tantos outros, que deve estar presente no planejamento estratégico de uma empresa, mas uma ação constante, que exige o cuidado de observar e a ousadia de executar Por Lígia Favoretto A té agora pouco se ouviu fa- “No varejo é tudo muito igual, por esse O paradigma de que em time que lar em inovação no varejo. motivo o consumidor escolhe aque- está ganhando não se mexe é uma ar- O tema muitas vezes ficou le que é mais inovador. Não adianta madilha, afirma Valter Pieracciani, só- restrito às novidades tecno- pensar em crescer repetindo formulas; cio-diretor da Pieracciani, consultoria lógicas, mas ele é muito mais amplo. daqui a cinco anos, meu negócio terá especializada em gestão de inovação. A realidade começa a dar sinais de mu- crescido, mas o concorrente também. “Ter sucesso hoje não significa que 33 dança e empresas varejistas destacam-se Fórmulas são muito fáceis de ser co- terá sucesso amanhã. Por isso, é preci- como as grandes promessas inovadoras piadas”, diz Pastore. No seu entender, so identificar o que pode ser mudado da economia mundial, o que faz com as empresas que sobreviveram à crise e mudar. Quem não se preocupar com que a competição fique mais agressiva. econômica mundial utilizaram a ino- isso está condenado”, diz. Inovar no varejo se dá basicamente vação, pois é mais proveitoso crescer Dentro desse cenário, a inovação com a criação de novos conceitos. Con- expandindo do que cortando custos. para o pequeno e o médio varejo é ceitos esses que podem gerar novos for- matos de lojas, de desenvolvimento de Inovar no varejo se dá com a criação de conceitos, que podem gerar novos formatos de lojas, tecnologia de apoio e atendimento, um mix de alta qualidade, ou ainda uma nova forma de liderar a equipe da loja. Tudo de desenvolvimento de tecnologia de apoio isso implica mudanças que precisam ser feitas e que necessitam de investimento. e atendimento, um mix de alta qualidade, ou Os resultados podem vir a longo ou curto ainda uma nova forma de liderar a equipe da loja prazo, depende do que o varejista estabe- lecer como prioridade, mas a maior res- Maurício Morgado, professor do totalmente possível, já que de acordo posta que se pode ter é a satisfação que os Centro de Excelência em Varejo da Es- com Ricardo Pastore, da ESPM, os clientes demonstrarão ao vivenciar uma cola de Administração de Empresas de grandes são mais rígidos, ou seja, qual- nova experiência de compra, em ambien- São Paulo, da Fundação Getulio Vargas quer tipo de mudança é complexa e tes pensados e adequados às necessidades (EAESP-FGV), compartilha da mesma envolve muitas pessoas, departamentos específicas de cada um. Esse é o principal opinião. “Muitas empresas ficam pre- e processos. “A agilidade do pequeno caminho a seguir. sas ao sucesso que fizeram no passado. pode ser revertida em inovação e não Segundo o coordenador do núcleo É fácil se acostumar com o que já foi precisa vir de fora, mas encontrada de varejo da Escola Superior de Propa- conquistado e não inovar”, lembra. dentro de suas próprias características.” ganda e Marketing (ESPM), Ricardo Morgado revela que para se tornar Os resultados devem ser pensados sem- Pastore, mais do que uma palavra de uma empresa inovadora a única preo- pre em curto e longo prazo. Pastore diz ordem a inovação é uma ação manda- cupação deve ser a de encontrar cami- que com equilíbrio o varejista estabele- tória, uma necessidade para o varejista nhos que possibilitem uma vida mais ce o que quer de retorno imediato e o que pretende continuar no mercado. cômoda aos consumidores. que pode ser mais demorado.
  • 3. Oportunidade Conceitos inovadores CLIENTE POTENCIAL Mais do que uma palavra de ordem Um consumidor é diferente do ou- O coordenador do núcleo tro, o que é luxo para um pode não de varejo da ESPM, Ricardo ser para o outro. Conhecer a região do a inovação é uma Pastore, mostra alguns itens bairro no qual a loja está inserida ajuda que podem ser um caminho e muito a entender os hábitos e costu- ação mandatória, acertado para que uma empresa mes de seus clientes, explica Valter Pie- uma necessidade para o varejista comece a ser inovadora: racciani. “Podemos classificar os consu- Construção da marca: midores de cada região em tribos, ou a consolidação do nome seja, o dono da loja deve saber identi- que pretende do estabelecimento é muito importante. Tudo o que for feito ficar para qual tribo ele vai vender, por continuar pode levar a essa valorização. isso conversar com os clientes e com os colaboradores da empresa é sempre no mercado Sustentabilidade: o que positivo”, explica. Pieracciani diz ain- a persistência do hábito.” Segundo ele, o varejista pode fazer dentro da que os anseios dos clientes estão em essa prática ainda não é tão valoriza- de sua loja para que ela seja sustentável? O primeiro passo constante mudança e entender o que da, já que a América Latina tem uma pode ser a coleta seletiva de eles realmente querem é uma ativida- cultura autoritária. “Os donos gostam lixo. Os clientes percebem de que demanda um longo exercício mais de impor do que ouvir e, assim, quando o estabelecimento tem de observação. as pessoas ficam condicionadas ao que esse tipo de preocupação. De acordo com o gerente de aten- eles dizem. Somos muito passionais, Estratégia multicanal: dimento a varejistas da Nielsen Brasil, tudo envolve emoção”, conclui. hoje em dia existem diversos Olegário Araújo, não se pode querer Valter Pieracciani enfatiza o que canais de comunicação. O vender tudo para todos, pois assim disse Olegário Araújo e reafirma que 34 empresário pode proporcionar ninguém fica satisfeito. “Os shoppers aqueles gestores que possibilitam essa uma convivência da loja física olham a evolução segundo tendências troca de informações com seus cola- com a virtual. de consumo. O futuro está aqui hoje, boradores conseguem obter resulta- Comunicação interativa só não está bem distribuido, ou seja, dos mais fortes e eficazes, pois o que no ponto de venda: alguns já têm acesso a ele, outros não.” acontece no estabelecimento não fi- descobrir formas de como Araújo revela que a inovação no cará concentrado somente na cabeça o consumidor pode obter varejo depende e muito do estilo de do dono; os funcionários que estão informações dentro da loja liderança de cada gestor. “Não adian- no dia a dia com os consumidores de maneira que ele entenda e ta o dono do negócio colocar na loja precisam ter espaço para levar o que tenha acesso a tudo sozinho. só aquilo que ele gosta. Aproximar-se ouvem até seu patrão. Experiência de compra: o de sua equipe lhe dá a possibilidade Muitos varejistas deixam de investir varejista oferece a percepção de de verificar, por exemplo, se há um em inovação por considerarem uma valor que seu consumidor tem. Dessa forma, o cliente entende produto que está no estoque mas não aplicação de risco. Olegário afirma que que ele precisa comprar naquela chega à área de vendas; juntos, eles os riscos só existem para aqueles que não loja, porque tudo o que acontece poderão chegar à melhor forma de conhecem seus clientes e que ser estra- lá faz a diferença. solucionar os problemas, ou seja, o tégico não é só saber o que fazer, mas Desenvolvimento em relacionamento torna-se fundamen- sobretudo saber o que não fazer. “Não redes sociais: mais uma tal.” O gerente orienta o gestor a fazer saber o que o cliente quer e investir na- opção de relacionamento com uma agenda e, de tempos em tempos, quilo que o consumidor nem enxerga os clientes, por meio das novas a conversar com a equipe, definindo o na loja é gastar dinheiro à toa e esse é mídias, que também serão que a empresa quer comunicar, o que o principal risco. Quando se investe em um canal de divulgação de precisa ser feito, quais as prioridades, inovação não se pode almejar lucro ime- promoções, novidades e até quem serão os responsáveis, em quan- diato, porque isso o empresário já tem mesmo inovações. to tempo as mudanças precisam ser de ter normalmente. A empresa que não Identificar o que é o novo feitas, qual o investimento necessário obtém lucro não garante nem empregos. luxo: cada cliente tem uma e o possível. “Onde a empresa está e O melhor resultado que ele pode colher necessidade específica, é preciso aonde se quer chegar: essa visão tem é a satisfação dos clientes”, finaliza. saber para quem se vende. de ser compartilhada. Tal atividade Assim que o cliente se depara com deve ser corriqueira, pois a virtude é uma nova proposta, ele é induzido a MAR/ABR 2010
  • 4. 35 Assim que o cliente dicionador, creme para pentear e de dessem relaxar ou fazer uma reunião tratamento, ou, ainda, o varejista pode de trabalho, por exemplo. Ou seja, os se depara com uma dispor de um espaço onde os clientes proprietários souberam agregar valor nova proposta , experimentem os produtos dentro do ponto de venda. Uma televisão de plas- ao seu produto, descobriram o que os clientes valorizavam. Essas sacadas po- ele é induzido a ma aí existente, por exemplo, mostrará dem levar quem tem uma loja a abrir aceitá-la. Depois como se faz um penteado novo. Isso é uma possibilidade de inovação”, exem- duas ou três rapidamente”, conta. de vivenciar a plifica Maurício Morgado, da FGV. experiência, ele verá De acordo com Valter Pieracciani, Anote na Agenda se valeu a pena ou não a inovação pode transformar um pe- queno varejista em grande varejista, e • EAESP-FGV aceitá-la. Depois de vivenciar a experi- lembra o caso da Starbucks, uma rede www.eaesp.fgvsp.br ência, ele verá se valeu a pena ou não. de cafeterias americana. “Eles começa- • ESPM Dessa forma, passa a ser o maior pro- ram com uma pequena loja que vendia www.espm.br pagador dos conceitos de inovação que café, mas os donos perceberam que os • Nielsen viu e sentiu dentro do estabelecimento. clientes queriam algo mais. Aos pou- http://br.nielsen.com “Quando um cliente vai até um su- cos, começaram a reestruturar o ponto • Pieracciani permercado procurar um xampu, essa de venda, oferecendo um ambiente www.pieracciani.com.br loja pode oferecer o tratamento com- tranquilo, confortável, em que, além pleto para os cabelos, como o con- de tomar seu cafezinho, as pessoas pu-