1. Instruções de Uso
Creatinina Enzimática
REF GA 4420 00
Registro ANVISA nº: Uso exclusivo para Diagnóstico in vitro
Método Enzimático-Colorimétrico do Ponto Final para a Determinação
da creatinina no soro ou plasma e urina.
FINALIDADE
Determinação da creatinina em amostras de soro ou plasma e urina por reação enzimática-colorimétrica do ponto final. Somente para uso diagnóstico in vitro.
A creatinina é um produto metabólico formado pela descarboxilação da creatina-fosfato no músculo, tendo, portanto uma relação direta com a massa
muscular. A cretinina elimina-se do organismo quase exclusivamente por filtração renal. Sua determinação em soro assim como a clearance de creatinina endógena
constitui parâmetros importantes para o diagnóstico de variadas doenças renais. Normalmente encontra-se o nível aumentado na insuficiência cardíaca congestiva, na
desidratação, na insuficiência renal por decréscimo da filtração glomerular, obstrução do trato urinário, terapia com metildopa, hidantoína, ácido ascórbico entre outras.
Encontra-se níveis diminuídos nos quadros de desnutrição, na diminuição da massa muscular, em doença hepática severa e gravidez.
PRINCÍPIO DO MÉTODO
O ensaio enzimático da creatinina envolve uma série de reações enzimáticas acopladas incluindo a conversão enzimática da creatinina no produto
creatina(creatininase) onde este mesmo produto será convertido em sarcosina pela amidinohidrolase creatina ( creatinase), seguido pela oxidação da sarcosina pela
sarcosina oxidade (SOD) produzindo peróxido de hidrogênio. Na presença de peroxidase (POD), o peróxido de hidrogênio é determinado a 550nm pela cor formada.
Creatinase
Creatinina + H2O Creatina
Creatininase
Creatina + H2O Sarcosina + Uréia
SOD
Sarcosina + H2O + O2 Formaldeído + Glicina + H2O2
POD
2 H2O2 + 4-AA + Toos 4H2O + Quinona (Max 556nm)
Qualquer creatina endógena presente na amostra será removida pela creatinase e pela sarcosina oxidase durante a pré-incubação.
COMPOSIÇÃO
Reagente líquido A: 1 x 45mL
Tampão 50mmol/L, pH 8.25
Creatinase (50 U/ml), Sarcosina Oxidase (30 U/mL)
Catalase (80 U/mL)
Reagente líquido B: 1 x 15mL
Creatininase (60 U/mL), Peroxidase (20 U/mL)
Padrão Creatinina: 2mL
2mg/dL (177μmol/L)
PREPARO DO REAGENTE DE TRABALHO
Prontos para o Uso.
MATERIAL NECESSÁRIO E NÃO FORNECIDO
Fotômetro, pipeta,cronômetro e local para incubação a 37°C.
CONDIÇÕES ADEQUADAS DE ARMAZENAMENTO
Os reagentes são estáveis até a data de expiração fixada na etiqueta, armazenados a 15-25º C
PRECAUÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS
O Reagente A e o Reagente B contém 0.05% de azida sódica, NaN3 como conservante. Azida de Sódio pode reagir com chumbo e cobre formando uma
azida de metal altamente explosiva. Para impedir a acumulação de azida, lavar com volume grande de água.Os reagentes não são considerados perigosos de
acordo com as ordens oficiais 67/548/EEC e 88/379/EEC sobre classificação, embalagem e rotulagem de substâncias perigosas. Entretanto, os reagentes devem
ser manipulados com cuidado, evitando a ingestão e o contato com os olhos, pele e mucosas. O uso de reagentes laboratoriais deve estar de acordo com as boas
práticas de fabricação (BPF)
Deve-se tomar cuidado para evitar a ingestão e no caso de contato com os olhos, lavar imediatamente com grande quantidade de água e procurar
auxílio médico. E cuidados habituais de segurança na manipulação dos reagentes e amostras, os quais não devem ser pipetados com a boca.
Os reagentes que não forem abertos, quando armazenados em condições indicadas, são estáveis até a data de expiração impressa no rótulo. Durante o
manuseio, os reagentes estão sujeitos a contaminações de natureza química e microbiana que podem provocar a redução da estabilidade.
Para descartar os reagentes e o material biológico, é recomendável a aplicação de normais locais, estaduais ou federais de proteção ambiente.
Edição: 03/03/2008
1
2. Instruções de Uso
AMOSTRA:
Soro, plasma ou urina.
a) Coleta: obter soro fresco ou plasma do modo usual.
Amostras de urina devem ser diluídas 10 vezes com salina .Pode-se utilizar também urina de 2 horas ou de 24 horas.
Sua coleta deve realizar-se num frasco perfeitamente limpo mantendo-o sob refrigeração (2-10oC) durante a coleta. Medir a diurese, tomar uma alíquota
e efetuar uma diluição 1:50 da mesma.
Caso a diurese seja de 2 horas, multiplicar o volume medido por 12 para calcular a quantidade de creatinina eliminada durante 24 horas.
b) Aditivos: caso a amostra a utilizar seja plasma, pode-se utilizar heparina ou EDTA como anticoagulante para sua obtenção.
c) Estabilidade e instruções de armazenamento: o soro ou plasma deve-se separar dos eritrócitos antes das 2 horas da coleta. Esta amostra é
estável 3 dias sob refrigeração (2- 10oC) e mantida ao abrigo da luz. Pode-se manter a urina até 4 dias sob refrigeração (2-10oC) sem conservantes.
Todas as amostras de sangue devem ser consideradas como potencialmente infectantes. Logo, a manipulação destas amostras deve ser realizada de
acordo com normas estabelecidas para biosegurança.
PROCEDIMENTO
Separar o reagente A e o reagente B na temperatura ambiente
Comprimento de onda: 550nm/700nm
Cuveta: 1 cm de trajeto
Temperatura: 37º C
Pipetar em cuvetas disponíveis e bem limpas:
Branco Padrão Amostra
Reagente A 270μL 270μL 270μL
Água DI 8μL - -
Padrão - 8μL -
Amostra - - 8μL
Misturar e incubar por 5 minutos. Realizar a leitura da absorbância (A1) a 550 nm.
Reagente B 90μL 90μL 90μL
Misturar e incubar por 5 minutos. Realizar a leitura da absorbância (A2) a 550 nm.
CÁLCULO DOS RESULTADOS ANALÍTICOS ΔA= A2 - A1
Concentração da creatinina no soro ou plasma:
ΔA amostra - ΔA água x 2 = mg/dL ou ΔA amostra - ΔA água x 177 = μmol/L
ΔA padrão - ΔA água ΔA padrão - ΔA água
Concentração da creatinina na urina:
ΔA amostra - ΔA água x 20 = mg/dL ou ΔA amostra - ΔA água x 1,77 = mmol/L
ΔA padrão - ΔA água ΔA padrão - ΔA água
Clearence Creatinina (mL/min) =
Creatinina(mg) / urina (dL) x urina (mL) 24horas
Creatinina (mg) / soro (dL) a 1440
PROCEDIMENTO DE CALIBRAÇÃO
Para técnicas manuais utilizar o cálculo acima. Para equipamentos automáticos consultar a metodologia para cada equipamento.
CARACTERÍSTICAS NOS DESEMPENHOS ANALÍTICOS
Sensibilidade
O limite de detecção é de 12μM. Foi determinada pelo valor da média de 20 replicatas do padrão + desvio padrão.
Linearidade
O ensaio é linear até 150mg/dL. Se a concentração exceder 150mg/dL no soro ou plasma, ou 10g/L na urina, diluir o soro, plasma ou urina com 0.9%
NaCl antes do ensaio. Multiplicar o resultado com o fator de diluição para o resultado final.
Interferências
Nenhuma interferência significante foi observada nas concentrações de 40 mg/dL de ácido ascórbico, 20mg/dL de bilirrubina, 200mg/dL hemoglobina, 5
% Lipídeos (Intrafat), 20mg/dL Creatina, 50mg/dL Glutationa.
Edição: 03/03/2008
2
3. Instruções de Uso
Precisão
Soro: intra-corrida
Amostra N Média S.D. C.V.%
Soro # 1 80 122 (µM) 1.37 1.1
Soro # 2 80 357 (µM) 2.54 0.7
A precisão da intra-corrida foi avaliada pela analise de duas amostras com concentrações de creatinina diferentes.I
Soro: entre-corrida
Amostra n Média S.D. C.V.%
Soro # 1 80 122 (µM) 2.29 1.9
Soro # 2 80 357 (µM) 5.11 1.4
A precisão da entre-corrida foi avaliada pela analise de duas amostras com concentrações analíticas de creatinina diferentes.I
Urina:
A precisão foi avaliada pela análise de duas amostras de urina em diferentes concentrações de creatinina em corridas analíticas diferentes.
Os resultados obtidos são os seguintes:
Urina: intra-corrida:
Amostra N Média S.D. C.V.%
Urina # 1 80 7711 (µM) 23.6 0.3
Urina # 2 80 17407 (µM) 79.71 0.458
A precisão da intra-corrida foi avaliada pela analise de duas amostras com concentrações de creatinina diferentes.I
Urina: entre-corrida
Amostra n Média S.D. C.V.%
Urina # 1 80 7765 (µM) 59.06 0.76
Urina # 2 80 17265 (µM) 105.3 0.61
A precisão da entre-corrida foi avaliada pela analise de duas amostras com concentrações analíticas de creatinina diferentes.I
Método de Comparação:
A exatidão foi avaliada em 40 amostras de soro e urina no método atual e o método de referência Roche Crea Plus.
Soro: y = 0.9556x – 0.119 r = 0.999
Urina: y = 1.0526x – 209.21 r = 0.979
CONTROLE DE QUALIDADE INTERNO
As Boas Práticas de Laboratório recomendam o uso de materiais do controle. Os usuários devem seguir as normas locais, estaduais e federais
relacionados ao controle de qualidade. Níveis normais e níveis elevados de soros controle são recomendados para o controle de qualidade diário. Os dois níveis de
controle devem ser analisados pelo menos uma vez por dia. Os valores obtidos devem cair dentro de uma faixa específica. Se estes valores estiverem fora da faixa
e a repetição excluir os erros, as seguintes etapas deverão ser realizadas:
1. Verificar as configurações do instrumento e a fonte de luz
2. Verificar a limpeza de todo o equipamento em uso
3. Verificar a água, contaminantes presentes no crescimento bacteriano podem contribuir para resultados imprecisos.
4. Verificar a temperatura reacional
5. Verificar data de expiração dos kits e do material
Pode-se utilizar também outros produtos comerciais para controle de qualidade com concentração conhecida do analito em dois níveis (normal e
patológico). Os controles devem ser analisados após calibração, troca de reagente, manutenção ou correção de um problema.
APRESENTAÇÃO
Catálogo Referência Registro ANVISA no.
GD CAL (calibrador) GD 8577 00 São registrados separadamente
GD NORM (soro controle normal) GD 8580 00 São registrados separadamente
GD PATH (soro controle patológico) GD 8582 00 São registrados separadamente
Edição: 03/03/2008
3
4. Instruções de Uso
INTERVALOS DE REFERÊNCIA
Homem Mulher
Soro 53-123 μmol/L 44-106 μmol/L
0.6-1.4 mg/dL 0.5 – 1.2 mg/dL
Urina 8.84 - 24.7mmol/24hrs 7.9 - 14.1mmol/24hrs
1-2.8 mg / 24hrs 0.9– 1.6 mg/24hrs
Recomenda-se que cada laboratório estabeleça sua própria faixa de valores de referência, na sua população atendida (idade, sexo, dieta e geografia)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1. Cook JGH. Factors influencing the assay of creatinine. Ann. Clin.Biochem. 1975; 12:219-232.
2. Heinegård D, Tiderström G. Determination of serum creatinine by a direct colorimetric method. Clin. Chim. Acta. 1973; 43:305-310.
3. Jaffe M. Ueber den neiderschlag, welchen picrinsäure in normalem harn erzeugt und über eine neue reaction des kreatinins. Z. Physiol. Chem.
1886; 10:391-400.
4. Owen JA, Iggo B, Scandrett FJ, Stewart CP. The determination of creatinine in plasma or serum, and in urine; a critical examination.
Biochem. J. 1954; 58:426-437.
5. Tobias GJ, McLaughlin RF, Hopper J. Endogenous creatinine clearance: a valuable clinical test of glomerular filtration and a
prognostic guide in chronic renal disease. N. Engl. J. Med. 1962; 266:317-323.
6. Centers for Disease Control. Recommendations for prevention of HIV transmission in health-care settings. MMWR 1987;36 (suppl no. 2S):001.
7. Piero Fossati, Lorenzo Prencipe, and Giovanni Bertl. Enzymic Creatinine Assay: A New Colorimetric Method Based on Hydrogen Peroxide
Measurement CLINICAL CHEMISTRY 29/8, 1494-1496 (1983)
8. Tietz NW, ed. Clinical Guide to Laboratory Test, 3rd ed. Philadephia, Pa: WB Saunders Company 1995:186-188
9. NCCLS Document, “Procedures for the collection of arterial blood specimens”, Appr. Std., 3rd Ed. (1999).
10. EU-Dir 1999/11 Commission Directive of 8 March 1999 adapting to technical progress the principles of good laboratory practice as specified in Council
Directive 87/18/EEC…
Edição: 03/03/2008
4
5. Instruções de Uso
INFORMAÇÕES AO CONSUMIDOR
Termos e Condições de Garantia
A B4B Latino América Produtos Hospitalares Ltda garante o desempenho deste produto dentro das especificações até a data de expiração indicada nos
rótulos desde que os cuidados de utilização e armazenamento indicados nos rótulos e nestas instruções sejam seguidos corretamente.
Fabricante
Globe Diagnostics S.r.l.
Via Galileo Galilei, 38
20096 Seggiano di Pioltello (Milão) Itália
Distribuidor:
B4B Latino América produtos Hospitalares Ltda.
CNPJ 08.279.163/0001-67
Avenida Gomes Freire no. 647 sala 605 – Centro – Rio de Janeiro – RJ
Cep: 20231 - 014
Serviço de Atendimento ao Cliente
Telefone: (21) 22249153
Fax: (21) 22249153
e-mail: info@b4bglobe.com
Símbolos usados nas legendas
H Comunidade Européia (exigência lei 98/79/CE ) Fabricante
F Uso exclusivo para Diagnóstico in vitro
C Número do lote
Tamanho
B Número do Catalogo
I Temperatura de Armazenagem
K Data de expiração (ano-mês)
J Consultar documentos anexados
L Consultar instruções de operações
A Risco Biológico
Núbia Regina de Oliveira Marko Helmer Barradas Barbosa
Responsável Técnica Representante Legal
CRF-RJ 5175
Edição: 03/03/2008
5