Contabilidade Internacional - Respostas exercícios
1. CARVALHO
LEMES
Sirlei Lemes é mestre e doutora em
Contabilidade pela Faculdade de Econo- CONTABILIDADE SIRLEI LEMES
mia, Administração e Contabilidade da
Universidade de São Paulo (FEA/USP),
INTERNACIONAL L. NELSON CARVALHO
visiting scholar em Contabilidade e Contro-
PARA GRADUAÇÃO
CONTABILIDADE INTERNACIONAL PARA GRADUAÇÃO
ladoria pela University of Illinois (Urbana-
Champaign, EUA). Professora de Con- A Resolução CNE/CES no 10 de 16-
tabilidade Internacional da Faculdade de 12-2004, que instituiu as Diretrizes
Ciências Contábeis da Universidade Fede-
Texto, Estudos de Casos e Questões de Múltipla Escolha Curriculares Nacionais para o Curso
ral de Uberlândia (UFU) e pesquisadora Esta obra vem comprovar quão profícua está a produção científica em contabilidade finan- de Graduação em Ciências Contábeis,
do CNPq. Coautora do livro Contabilidade
internacional: aplicação das IFRS 2005, publi-
cado pela Atlas.
ceira (internacional) no Brasil. O objetivo do livro é ser uma introdução ao assunto focada
no aluno de graduação e, certamente, terá um papel importante no desenvolvimento de
nosso processo de convergência às normas internacionais de contabilidade.
Os textos foram organizados de forma ampla, porém precisa, focando os principais aspec-
CONTABILIDADE determinou a inclusão da disciplina
Contabilidade Internacional nos cursos
de graduação no Brasil. Este livro, por-
Luiz Nelson Guedes de Carvalho foi
diretor das duas autarquias que regulam
o mercado financeiro no Brasil (Comissão
de Valores Mobiliários e Banco Central do
tos do modelo contábil trazido pelo Comitê de Normas Internacionais de Contabilidade,
com tradução para a expressão original em inglês International Accounting Standards Board
(IASB) e adotado no Brasil.
INTERNACIONAL tanto, cumprirá o papel de oferecer
material didático de fácil entendimen-
to e adoção mesmo para profissionais
que não estão efetivamente atuando
Brasil). É mestre e doutor em Contabilida-
de pela Faculdade de Economia, Adminis-
tração e Contabilidade da Universidade de
Os autores abordaram os temas de forma mais básica, sem discussões mais aprofundadas,
os quais foram complementados com exercícios e estudos de caso, de forma a permitir sua
adoção em todos os cursos de Ciências Contábeis no Brasil. A ausência de alguns temas
PARA GRADUAÇÃO na área.
Adicionalmente, por se tratar de con-
São Paulo (FEA/USP), onde é professor teúdo relativamente novo, vários cur-
não reflete descuido dos autores, mas define forte senso de prioridade, que é essencial na
concursado do Departamento de Conta- sos de especialização em contabilida-
didática contábil.
bilidade e Atuária. Consultor empresarial de, em controladoria e em auditoria
especializado em questões da indústria Atualizada com as Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS) 2009, esta têm oferecido a disciplina Contabilida-
bancária e do mercado de capitais, é um obra diferencia-se de seus similares no mercado por tratar especificamente dos pronun-
de Internacional, tanto pela importância
dos protagonistas da elaboração das Nor- ciamentos do IASB, considerando que esta é a orientação que instituições financeiras e
do tema, quanto em função de muitos
mas Internacionais de Relatórios Finan- companhias de capital aberto deverão seguir no Brasil a partir de 2010.
graduados não terem tido a oportuni-
ceiros (IFRS). Foi presidente do Conselho
Aplicação
TEXTO, ESTUDOS DE CASOS E QUESTÕES dade de ver este conteúdo nos cursos
Consultivo de Normas (Standards Advi-
de graduação, considerando a inclusão
sory Council) do International Accounting Livro-texto para a disciplina Contabilidade Internacional do curso de Ciências Contábeis. Lei- DE MÚLTIPLA ESCOLHA recente nas grades curriculares.
Standards Board, entidade internacional tura relevante para auditores e contadores envolvidos na globalização de normas contábeis
encarregada de estabelecer e divulgar as e para profissionais que lidam com esse tema em outros cursos correlatos, como finanças,
normas de contabilidade internacional. administração, economia das empresas e direito empresarial.
Coautor do livro Contabilidade internacio-
nal: aplicação das IFRS 2005, publicado
pela Atlas.
www.EditoraAtlas.com.br
5824.indd 1 10/3/2010 14:56:03
2. SIRLEI LEMES
L. NELSON CARVALHO
CONTABILIDADE
INTERNACIONAL
PARA GRADUAÇÃO
Respostas das Questões
MATERIAL DE SITE
SÃO PAULO
EDITORA ATLAS S.A. – 2010
3. GABARITO DO LIVRO CONTABILIDADE
INTERNACIONAL PARA GRADUAÇÃO
CAPÍTULO 2
Testes de Múltipla Escolha
1. c
2. e
3. b
4. a
5. b
6. d
CAPÍTULO 3
Estudo de Caso 1
Solução:
Os itens (a), (d), (e), (f) e (g) devem ser utilizados para calcular o custo dos
estoques da Cia. Importacaro. Os itens (b), (c), (h) e (i) devem ser contabilizados
como despesas, pois não compõem o custo dos estoques de acordo com a IAS 2.
Estudo de Caso 2
Solução:
Inicialmente, a perda anormal da madeira deve ser excluída dos cálculos e
reconhecida como despesa.
Assim: $ 75.000 × 10% = $ 7.500,00
Gasto com madeira: $ 750.000 – $ 7.500,00 = $ 67.500,00
Total dos custos comuns: $ 67.500,00 + $ 12.000,00 + $ 6.000,00 +
$ 1.000,00 = $ 86.500,00
4. Gabarito
A alocação dos custos comuns entre os dois produtos pode ser feita com base
no faturamento de cada produto. Dessa forma:
Custo dos móveis: $ 86.500,00 × 80% = $ 69.200,00
$ 69.200,00 + $ 23.000,00 = $ 92.200,00
Custo dos compensados: $ 86.500 × 20% = $ 17.300,00
$ 17.300,00 + $ 3.500,00 = $ 20.800,00
Os gastos administrativos não compõem os custos de fabricação dos produtos.
Assim:
Estoque de Móveis = $ 92.200,00
Estoque de Compensados = $ 20.800,00
Perdas (despesas) =$ 7.500,00
Despesas Administrativas =$ 2.000,00
Total (estoques e despesas) $ 122.500,00
Estudo de Caso 3
Solução:
Data Transação Qde. Valor($) Saldo
Fev. Compra 10.000 40,00 10.000 × 40,00 = 400.000,00
Março Venda (8.000) 40,00 2.000 × 40,00 = 80.000,00
Abril Compra 5.000 42,00 2.000 × 40,00 = 80.000,00
5.000 × 42,00 = 210.000,00
290.000,00
Out. Compra 7.000 41,00 2.000 × 40,00 = 80.000,00
5.000 × 42,00 = 210.000,00
7.000 × 41,00 = 287.000,00
577.000,00
Nov. Venda (9.000) – 5.000 × 41,00 = 205.000,00
Valor dos estoques:
Março = $ 80.000,00
Outubro = $ 577.000,00
Dezembro = $ 205.000,00
5. Contabilidade Internacional para Graduação • Lemes e Carvalho
Estudo de Caso 4
Solução:
Linhas Custo Estoque ao Vr. Realiz. Menor entre
Qde.
de produtos Unit. ($) custo ($) Líquido Unit. ($) custo e V.R.L.
Mesas 500 100,00 50.000,00 130,00 50.000,00
Cadeiras 1.200 80,00 96.000,00 70,00 84.000,00
Luminárias 400 120,00 48.000,00 140,00 48.000,00
Sofás 300 150,00 45.000,00 115,00 34.500,00
Total – – 239.000,00 – 216.500,00
A Cia. Exuberante apresentará como estoque final em 31/12/2004 o valor
de $ 216.500,00.
Testes de Múltipla Escolha
1. b
2. e
3. d
4. a
5. b
O valor realizável líquido deve ser ajustado pelos custos adicionais para co-
locar o estoque em condições de venda, ou seja, $ 60 – $ 15 = $ 45 por unidade.
Como o valor realizável líquido é menor que o custo de fabricação, o estoque
deve ser ajustado, ou seja, $ 70 – $ 45 = $ 25.
6. Gabarito
CAPÍTULO 4
Estudo de Caso 1
Solução:
Cia. Muda Tudo S.A.
Demonstração de Resultados para o ano finalizado em 31/12/2001
2000 ($)
2001 ($)
Restabelecido
Receita 370.000 300.000
(–) CMV (115.000) (95.000)
Lucro Bruto 255.000 205.000
(–) Despesas Gerais e Administrativas (80.000) (70.000)
(–) Despesas de Vendas (30.000) (20.000)
Lucro Líquido do Exercício 145.000 115.000
Explicação: em cada ano, o CVM será reduzido em $ 5.000, em consequên-
cia do aumento dos estoques.
Cia. Muda Tudo S.A.
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados para o ano
finalizado em 31/12/2001
Lucros
Lucros
Acumulados
Acumulados
($) 2001
($) 2001
(pós-mudança)
Saldo em 1º/1/2000 (como originalmente apresentado) 400.000 400.000
Mudanças da política contábil para avaliação de es-
toques 20.000
Saldo em 1º/1/2000, restabelecido 420.000
Lucro Líquido do Exercício (2000), restabelecido 115.000 110.000
Saldo em 31/12/2000 535.000 510.000
Lucro Líquido do Exercício (2001) 145.000 140.000
Saldo em 31/12/2001 680.000 650.000
Explicação: o impacto total nos lucros acumulados em 31/12/2000 é de
$ 25.000 e em 31/12/2001 é de $ 30.000.
7. Contabilidade Internacional para Graduação • Lemes e Carvalho
Estudo de Caso 2
Solução:
Cia. Agnus & Petra S.A.
Demonstração de Resultados para o ano encerrado em 31/12/2002
2001 ($)
2002 ($)
(restabelecido)
Lucro Bruto 550.000 650.000
(–) Despesas Gerais e Administrativas (80.000) (130.000)
(–) Despesas de Vendas (30.000) (40.000)
(–) Despesas de Amortização (40.000) (40.000)
Lucro antes do IR 400.000 440.000
(–) Imposto de Renda (60.000) (66.000)
Lucro Líquido do Exercício 340.000 374.000
Cia. Agnus & Petra S.A.
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados para o ano
finalizado em 31/12/2002
Lucros Lucros Acumulados
Acumulados ($) 2001
($) 2002 (restabelecido)
Saldo inicial (como reportado anteriormente) 458.000 50.000
Correção de erro, líquido do IR (34.000)
Lucros Acumulados restabelecidos 424.000 50.000
Lucro Líquido do Exercício 340.000 374.000
Saldo final 764.000 424.000
Sugestão de nota explicativa:
A companhia omitiu o registro de despesa de amortização no valor de
$ 30.000 em 2001. As demonstrações contábeis de 2001 foram restabelecidas
para corrigir este erro.
8. Gabarito
Testes de Múltipla Escolha
1. e
2. c
3. d
4. d
5. c
6. a
CAPÍTULO 5
Estudo de Caso 1
Solução:
A data de autorização para emissão é 31 de março de 2008, ou seja, a data
de autorização de emissão pela diretoria e não a data de aprovação na AGO.
Assim, todos os eventos ocorridos entre 31 de dezembro de 2007 e 31 de março
de 2008 precisarão ser avaliados pela Global S.A. quanto à necessidade de ajustar
as demonstrações contábeis e/ou divulgar tais fatos de acordo com a IAS 10.
Estudo de Caso 2
Solução:
A data de autorização para emissão é 28 de fevereiro de 2008, ou seja, a data
de autorização de emissão pela administração para o conselho supervisor. Assim,
todos os eventos ocorridos entre 31 de dezembro de 2007 e 28 de fevereiro de
2008 precisarão ser avaliados pela Global S.A. quanto à necessidade de ajustar as
demonstrações contábeis e/ou divulgar tais fatos de acordo com a IAS 10.
Estudo de Caso 3
Solução:
Sim, a Cia. LCato deve ajustar as demonstrações contábeis de 31 de dezem-
bro de 2006, constituindo a provisão adicional de $ 1 milhão, para complementar
o valor determinado pelo órgão fiscal. Caso o julgamento ocorresse em 31 de
março de 2007, por exemplo, nenhum ajuste seria feito, já que o evento teria
9. Contabilidade Internacional para Graduação • Lemes e Carvalho
ocorrido após a data de autorização de emissão das demonstrações contábeis
(25/3/2007).
Estudo de Caso 4
Solução:
Sim, a Cia. VHO deve ajustar suas demonstrações contábeis de 2007, redu-
zindo seus estoques em $ 2 milhões, já que o evento se enquadra na categoria
daqueles que determinam ajustes, além de ter ocorrido antes da data de autori-
zação de emissão das demonstrações contábeis (10 de abril).
Estudo de Caso 5
Solução:
a) Os dividendos foram declarados após a data do balanço mas não de-
verão ser reconhecidos como passivo, pois é um evento que não gera
ajustes após a data do balanço. Se o valor for material, a empresa de-
verá somente divulgar tal fato nas notas explicativas.
b) A Cia. GRM deverá aumentar a provisão para créditos de liquidação
duvidosa em $ 270.000 porque a falência do cliente é indicativo de
uma condição financeira que existia na data do balanço, e portanto, é
um evento que gera ajuste.
c) Este é o caso de um evento que gera ajuste pois se relaciona a um ativo
existente (indenização da seguradora) na data do balanço. Conside-
rando que a seguradora não reconheceu a dívida com a indenização da
Cia. GRM, antes da data de autorização das demonstrações contábeis
(10/3/2007), a Cia. GRM também deverá eliminar, das demonstrações
contábeis, o valor a receber de $ 680.000.
Testes de Múltipla Escolha
1. e
2. c
3. e
4. a
5. d
10. Gabarito
CAPÍTULO 6
Estudo de Caso 1
Solução:
O custo de reposição depreciado, considerando 3 anos de depreciação até a
data da reavaliação, é:
300.000 × 7
= $ 210.000
10
Valor da depreciação = $ 90.000
Na data da reavaliação o valor contábil líquido (sem a depreciação), conside-
rando 3 anos de depreciação, é:
240.000 × 7
= 168.000
10
Valor da depreciação = $ 72.000
Os seguintes lançamentos devem ser efetuados:
D – Máquinas e Equipamentos
($ 300.000 – $ 240.000) $ 60.000
C – Depreciação Acumulada
($ 90.000 – $ 72.000) $ 18.000
C – Reserva de Reavaliação
($ 210.000 – $ 168.000) $ 42.000
Estudo de Caso 2
Solução:
Nº Item Valor ($)
1 Custo do equipamento (custo da compra a valor justo + impostos
não recuperáveis) 3.000.000
3 Gastos iniciais de manutenção e frete 100.000
4 Gastos de preparação da área para instalação do equipamento 600.000
5 Consultoria que orientou a aquisição do equipamento 200.000
7 Gastos de desinstalação e restabelecimento da área a ser incorrido
após 8 anos 80.000
Valor total do equipamento na data da compra 3.980.000
11. Contabilidade Internacional para Graduação • Lemes e Carvalho
Observação: o custo financeiro somente faria parte do valor do equipamento
se este se enquadrasse no conceito de ativo qualificado (para maiores detalhes,
ver Capítulo 9).
Estudo de Caso 3
Solução:
O novo motor irá produzir benefícios econômicos para a Cia. Transport-Rá-
pido e o custo é mensurável. Assim, ele deve ser reconhecido no valor do ativo.
Como a compra inicial não especificava o valor do motor, o custo da substituição –
$ 230.000 – pode ser usado como indicativo do valor a ser baixado.
O valor presente de $ 230.000, pelo prazo de 6 anos, a uma taxa de 5% a.a.
é de $ 171.630 [230.000/(1,05)6] o qual deverá ser baixado do ativo. Assim, o
valor final do ativo será:
$ 500.000 – $ 171.630 + $ 230.000 = $ 558.370
Testes de Múltipla Escolha
1. d
2. b
3. c
4. e
5. a
CAPÍTULO 7
Estudo de Caso 1
Solução:
O lease se caracteriza como operacional. A arrendatária reconhecerá o custo
de instalação de $ 10.000 no primeiro ano do contrato de leasing. O valor total
a ser pago pelo arrendamento ao longo dos 10 anos será de $ 500.000 menos
$ 10.000 de incentivo referentes aos custos de instalação, ou seja, $ 490.000.
Tanto a arrendatária quanto a arrendadora deverão reconhecer o pagamento lí-
quido do arrendamento de $ 490.000 ao longo dos 10 anos.
12. Gabarito
Estudo de Caso 2
Solução:
a) Classificação do lease:
A máquina de carpintaria tem uma vida útil projetada de 7 anos e o período
do lease (incluindo o ano extra de opção do arrendador) compreende uma parte
relevante da vida econômica da máquina; assim, é um lease financeiro.
b) Cálculo do valor presente:
O valor presente da máquina é uma combinação do valor presente do paga-
mento residual garantido de $ 15.000 em 6 anos e o valor presente do fluxo de
pagamentos anuais de $ 16.000 por 6 anos. Usando a taxa de juros de 7%, o valor
presente do valor residual garantido de $ 15.000 em 6 anos é de $ 9.995. Usando
a mesma taxa de juros, o valor presente dos 6 pagamentos anuais de $ 16.000
é de $ 76.264. Portanto, o valor presente total é de $ 86.259. Como este valor
presente das prestações é menor que o valor justo do ativo, o ativo deverá ser
reconhecido, na data do contrato, pelo valor presente total, da seguinte forma:
D – Equipamento Arrendado $ 86.259
C – Lease a pagar $ 86.259
c) Alocação dos pagamentos:
A Cia. Madeira Pronta usa o método de juros efetivo para alocar os pagamen-
tos anuais do lease entre despesa de juros e redução do passivo. O cálculo dos
juros é baseado no saldo do passivo no início do lease. O cálculo do lease para
cada ano será conforme o quadro a seguir.
Pagamentos Despesa de Redução da
Ano Saldo do passivo
anuais juros dívida
0 86.259
1 16.000 6.038 9.962 76.297
2 16.000 5.341 10.659 65.638
3 16.000 4.595 11.405 54.233
4 16.000 3.796 12.204 42.029
5 16.000 2.942 13.058 28.971
6 16.000 2.028 13.972 15.000
13. Contabilidade Internacional para Graduação • Lemes e Carvalho
d) Cálculo da depreciação:
Embora o ativo tenha uma vida útil estimada de 7 anos, o prazo do lease é
de 6 anos, e após esta data o ativo deverá ser devolvido ao arrendador. Conse-
quentemente, o ativo será depreciado somente pelo prazo do contrato, ou seja, 6
anos. Contudo, o valor da depreciação deverá cobrir o valor presente de $ 86.259
menos o valor residual de $ 5.000. Portanto, a depreciação anual será: [(86.259
– $ 5.000)/6 anos] = $ 13.543.
e) Contabilização ao final do lease:
Após completado o lease, o lançamento deverá registrar a remoção do ativo
e de sua depreciação do imobilizado bem como o pagamento para a arrendadora
da diferença entre os $ 15.000 de valor residual garantido e o valor residual de
$ 5.000, ou seja, $ 10.000. O lançamento será:
D – Lease a Pagar 15.000
D – Depreciação Acumulada 81.259
C – Caixa 10.000
C – Equipamento Arrendado 86.259
Estudo de Caso 3
Solução:
O valor de $ 87.472 não inclui o valor residual ($ 4.000). Como a empresa
considera que vai exercer a opção de compra, o valor residual deverá ser incluído
no valor da dívida e do ativo, pelo seu valor presente ($ 2.346). Assim, na assina-
tura do contrato o valor da dívida será $ 87.472 + $ 2.346 – $ 18.000 = $ 71.818,
que será reconhecida como segue:
Pagamentos Despesa de Redução da Saldo do
Semestre
semestrais juros dívida passivo
0 18.000 18.000 71.818
1 18.000 6.679 11.321 60.497
2 18.000 5.626 12.374 48.123
3 18.000 4.475 13.525 34.598
4 18.000 3.218 14.782 19.816
5 18.000 1.843 16.157 3.659
6 4.000 341 3.659 0
Como o valor justo ($ 100.000) é próximo ao valor das parcelas e a empresa
tem interesse em exercer o direito de compra do ativo ao final do contrato, a
14. Gabarito
transação caracteriza-se como um lease financeiro. Como o valor justo do ativo é
maior que o valor presente das parcelas, a empresa deve reconhecer o ativo pelo
valor presente das parcelas, na data do contrato, da seguinte forma:
D – Ativo Arrendado $ 89.818 ($ 87.472 + $ 2.346)*
C – Leasing a Pagar $ 71.818 ($ 69.472 + $ 2.346)
D – Caixa $ 18.000
* ou 2.346 = valor presente de $ 4.000 ao final de 6 períodos
Estudo de Caso 4
Solução:
A IAS 17 determina que a essência do lease deve ser analisada quanto à trans-
ferência substancial de riscos e benefícios relacionadas ao ativo arrendado. Se os
riscos e benefícios são substancialmente transferidos para a arrendatária, o acordo
é um lease financeiro. A Norma determina que terrenos e construções sejam consi-
derados separadamente. Normalmente um lease de terreno se caracteriza como um
lease operacional. Neste caso, o título de propriedade do terreno não passará para a
arrendatária e o valor presente das parcelas do lease é somente 74% do valor justo
do terreno, o que não determina que riscos e benefícios serão substancialmente
transferidos. No caso da construção, o título de propriedade passará após 15 anos
para a arrendatária e o lease se estenderá por toda a vida econômica do ativo, o que
indica um lease financeiro. O valor presente dos pagamentos no começo do lease
representa 94% do valor justo do ativo, percentual que indica que efetivamente é
uma compra e não somente um aluguel, o que reforça a classificação como lease
financeiro. Assim, a empresa reconhecerá um aumento de $ 17 milhões no imobi-
lizado e no passivo. O passivo de longo prazo ($ 17 milhões) será reduzido pelo
pagamento em 30 de junho de 2006 ($ 2 milhões) e aumentará pelos juros de $
1,2 milhões ($ 17.000.000 × 0,07). O terreno não será apresentado no balanço pa-
trimonial da arrendatária e as parcelas de lease serão reconhecidas como despesa.
Estudo de Caso 5
Solução:
A dívida do lease deverá ser reconhecida quando o ativo é recebido e o con-
trato se inicia, ou seja, 1º/7/2006. É um lease financeiro pois os períodos de vida
útil e do contrato são bem próximos e o valor a ser pago corresponde à quase
totalidade (92% = 4,6 milhões/5 milhões) do valor justo do ativo. Durante os 6
primeiros meses antes dos pagamentos se iniciarem, os juros sobre a dívida se-
rão reconhecidos pelo regime de competência, usando a taxa implícita no lease,
correspondendo a 6 meses até 31/12/2006. O pagamento será apropriado como
quitação do passivo e dos juros provisionados. O ativo será depreciado pelo tem-
15. Contabilidade Internacional para Graduação • Lemes e Carvalho
po do contrato (7 anos), se houver dúvida razoável sobre a transferência do ativo
ou pela vida econômica (7,5 anos) se não houver dúvida.
Estudo de Caso 6
Solução:
Muito provavelmente este é o caso de um lease operacional, já que o período
do contrato não é a maior parte da vida útil da máquina e os pagamentos são
baseados nos valores de mercado. Contudo, o preço de venda foi abaixo do valor
contábil e do valor de mercado e estas perdas não serão compensadas pelos re-
cebimentos futuros; portanto, a perda deverá ser reconhecida imediatamente. A
transação será eliminada na consolidação, mas os registros contábeis individuais
serão mantidos. Adicionalmente as entidades são partes relacionadas; contudo,
a essência da transação deverá ser cuidadosamente analisada. Embora a Cia.
não tenha a obrigação de recomprar a máquina, ela poderá exercer o direito por
meio do controle integral da subsidiária, este controle pode até mudar a classi-
ficação do lease.
Testes de Múltipla Escolha
1. a
2. e
3. d
4. b
5. c
6. b
7. a
CAPÍTULO 8
Estudo de Caso 1
Solução:
Todas, conforme análise a seguir.
Alternativa (a)
De acordo com o contrato de venda, a Cia. XYZ tem uma obrigação além da
garantia normal já provisionada. Assim, riscos e benefícios não foram transferi-
dos para a Cia. ABC na data da venda.
16. Gabarito
Alternativa (b)
Riscos e benefícios não foram transferidos ao comprador na data da entrega
do maquinário porque uma parte relevante da transação (isto é, a instalação)
ainda não foi realizada.
Alternativa (c)
Riscos e benefícios não foram transferidos ao comprador devido à ‘incerteza
não especificada’ surgida do contrato de venda (assinado por ambos) que dá ao
comprador o direito de cancelar a venda e o vendedor não tem certeza sobre as
consequências da transação.
Estudo de Caso 2
Solução:
Efetivamente a Cia. Atacadista está financiando a Cia. Bom-de-Negócio por
um período de 6 meses. O preço a vista seria $ 130.000. Assim, a receita deve ser
contabilizada pelo valor da venda realizada ($ 200.000) menos o valor dos juros
de $ 70.000, ou seja, $ 130.000. A diferença ($ 70.000) é receita financeira a ser
apropriada ao longo dos 6 meses.
Estudo de Caso 3
Solução:
Com base em um cálculo proporcional e na análise do mercado, a Cia. Mon-
te Verde projeta que conseguirá realizar a venda de $ 2.265.000 ($ 1.700.000 :
9 × 12) para o cliente até dezembro e que, portanto, ele fará jus ao desconto de
4%. Assim a empresa deverá apropriar o desconto de 4% sobre os $ 1.700.000 e
reconhecer como receita de venda somente o valor de $ 1.632.000.
Estudo de Caso 4
Solução:
Como a Cia. Engenho Novo nunca construiu este tipo de máquina ela não
está em condições de mensurar confiavelmente os custos de retificação de qual-
quer defeito que poderá surgir. Consequentemente, os custos da transação não
podem ser confiavelmente mensurados e nenhuma receita com a venda deverá
ser reconhecida.
17. Contabilidade Internacional para Graduação • Lemes e Carvalho
Estudo de Caso 5
Solução:
A Cia. Serviço Completo deve reconhecer a receita de venda do equipamento
no valor de $ 150.000. O valor de $ 50.000 deverá ser reconhecido ao longo do
tempo de cobertura da garantia (dois anos) como receita de serviços.
Estudo de Caso 6
Solução:
a) Receita de 20X2:
Receita do ano = (400 pontos : 800 pontos) × $ 1.000 = $ 500
A empresa reconhece, em 20X2, $ 500 de receitas.
b) Receita de 20X3:
Total de pontos resgatados (20X2 e 20X3) = 400 + 450 = 850 pontos
Receita acumulada = (850 pontos : 900 pontos) × $ 1.000 = $ 944
Como a empresa já reconheceu, em 20X2, $ 500 de receitas, em 20X3 ela
reconhecerá $ 444 ($ 944 – $ 500).
c) Receita de 20X4:
Total de pontos resgatados (20X2, 20X3 e 20X4) = 400 + 450 + 50 = 900
pontos
Receita acumulada = (900 pontos : 900 pontos) × $ 1.000 = $ 1.000
Como a Rosecravo S.A. já reconheceu, em 20X2 e 20X3, $ 944 de receitas, em
20X4 ela reconhecerá $ 56 ($ 1.000 – $ 944).
Testes de Múltipla Escolha
1. d
2. b
3. d
4. c
18. Gabarito
5. d
6. a
7. c
8. a
CAPÍTULO 9
Estudo de Caso 1
Solução:
Como o condomínio pode ser considerado um ativo qualificado, os seguintes
custos serão capitalizados:
a) Juros sobre debêntures: 5 milhões × 14% = $ 700.000,00
b) Custos dos serviços de emissão das debêntures:
5 milhões × 2% = 100.000 = > 100.000 : 4 = $ 25.000,00
$ 725.000,00
Assim, os custos da construção serão acrescidos de $ 725.000,00 em 2007
referentes aos custos dos empréstimos. O custo de capital da captação por meio
das ações preferenciais emitidas não compõe os custos dos empréstimos, uma vez
que a IAS 23 é aplicável somente aos empréstimos externos e não às participa-
ções acionárias.
Estudo de Caso 2
Solução:
a) Sim, o shopping center pode ser considerado um ativo qualificado pois
tem um tempo de construção relativamente longo antes de ser coloca-
do em condições de uso, condicionado, naturalmente, à projeção de
benefícios futuros para a empresa e à mensuração confiável dos cus-
tos dos empréstimos. Poderão ser capitalizados os juros e a variação
cambial dos empréstimos, além de outras tarifas e comissões cobradas
pelos bancos internacionais.
b) Apesar do alto valor envolvido na aquisição das jóias para revenda,
bem como dos juros e comissões relacionados diretamente com os em-
préstimos, as jóias não poderão ser consideradas como um ativo qua-
lificado pois estão prontas para revenda, quando compradas. Assim os
juros e comissões deverão ser tratados como despesa.
19. Contabilidade Internacional para Graduação • Lemes e Carvalho
Estudo de Caso 3
Solução:
Valor dos juros incorridos:
$ 223.350 × 6 – $ 1.000.000 = $ 340.100,00
Valor final da construção:
$ 3.000.000 + 340.100 = $ 3.340.100
Valor da depreciação anual:
$ 3.340.100 × 5% = $ 167.005,00
O valor a ser acrescido aos custos de produção referente a depreciação no
ano de 2009 é $ 167.005,00.
Estudo de Caso 4
Solução:
A ponte se caracteriza como um ativo qualificado de acordo com a IAS 23 e,
portanto, os custos dos empréstimos deverão compor o valor do ativo. A receita
com a aplicação deverá reduzir os custos dos empréstimos. Para identificação do
valor capitalizado no primeiro ano, será necessário o cálculo da média ponderada
entre as taxas, considerando que somente parte do valor do empréstimo foi utili-
zada na construção. Assim:
= ($ 4.000.000 × 10%) + ($ 5.000.000 × 11%) + ($ 9.000.000 × 12%)/
($ 4.000.000 + $ 5.000.000 + $ 9.000.000)
= $ 2.030.000/$ 18.000.000 = 11,28% a.a.
Custos dos empréstimos destinados a construção da ponte:
= $ 15.000.000 × 11,28% a.a. = $ 1.692.000
Custo dos empréstimos a ser capitalizado = despesa de juros – receita da
aplicação
= $ 1.692.000 – $ 840.000 = $ 852.000,00
20. Gabarito
Testes de Múltipla Escolha
1. e
2. b
3. d
4. e
5. b
CAPÍTULO 10
Estudo de Caso 1
Solução:
Não. O controle tem de ter sido perdido para justificar a não consolidação e
a limitação na capacidade de transferir recursos para a controladora, por si só,
não é razão suficiente para a não consolidação. Contudo, a controladora deverá
divulgar esse fato nas notas explicativas.Outra justificativa para a não consolida-
ção é a classificação do investimento como mantido para venda de acordo com a
IFRS 5, o que não é caso.
Estudo de Caso 2
Solução:
Sim. O grupo deve adotar políticas contábeis uniformes e a subsidiária deve
avaliar seus ativos para fins de reavaliação. Independente de não ser prático, em
alguns casos, não existe exceção na IAS 27.
Estudo de Caso 3
Solução:
a) a Cia. Conglomerado possui 45% das ações com direito a voto e tem o
poder de controlar o acesso à capacidade operacional da Cia. Alfa em
função de acordo com outros acionistas da empresa que possuem 32%
de participação na Cia. Alfa. Existe também a presunção de influência
significativa sobre a Cia. Alfa pela capacidade da Cia. Conglomerado
em efetuar as cobranças do empréstimo realizado para aquela empre-
sa. Assim, a Cia. Conglomerado deverá consolidar a Cia. Alfa em fun-
ção de seu poder de governar as políticas operacionais e financeiras por
acordo e por meio de sua relação com a Cia. Alfa.
21. Contabilidade Internacional para Graduação • Lemes e Carvalho
b) Se a Cia. ACD exercer o seu direito e converter os bônus em ações ela
passará a exercer o controle sobre a Cia. Beta. O fato de a Cia. ACD não
ter a intenção de realizar tal conversão e não dispor de recursos não
deve influenciar a análise da Cia. Conglomerado. Os acionistas da Cia.
ACD poderão mudar de opinião e passar a ter o interesse em converter
os bônus em ações e podem também obter um empréstimo substancial
para realizar essa conversão. Assim, a Cia. ACD e não a Cia. Conglome-
rado deverá consolidar a Cia. Beta.
c) Ao elaborar as demonstrações contábeis de 31/12/2009, a Cia. Conglo-
merado deverá seguir a IFRS 5 para a avaliação do seu investimento na
Cia. Gama. Como a intenção da Cia. Conglomerado é alienar o investi-
mento na Cia. Gama, em 2010 ele deverá ser classificado como ‘manti-
do para venda’ e não deverá ser consolidado pela Cia. Conglomerado.
d) A Cia. Ômega é uma entidade de propósitos especiais (SPE). A Cia.
Ômega, se bem sucedida em seu projeto de pesquisa, fornecerá a maté-
ria-prima essencial às atividades da Cia. Conglomerado. Adicionalmen-
te, a maioria dos lucros oriundos da comercialização do produto em
fase de teste será da Cia. Conglomerado. Considerando a dependência
econômica e a participação nos lucros previstos da Cia. Ômega, esta
deverá ser consolidada pela Cia. Conglomerado.
Testes de Múltipla Escolha
1. d
2. c
3. e
4. d
5. c
6. b
7. b
CAPÍTULO 11
Estudo de Caso 1
Solução:
Sim. Apesar de não ter o percentual mínimo de 20% das ações com direito
a voto, o fato de a Cia. Fado gerar dependência econômica da Cia. Musical pelo
22. Gabarito
fornecimento da matéria-prima e de manutenção especializada leva a crer que a
investidora exerce influência significativa na Cia. Musical.
Estudo de Caso 2
Solução:
Tudo indica que a Cia. Óleofil é incapaz de exercer influência significativa
na Cia. Genius e, neste caso, o método de equivalência não deverá ser usado, ou
seja, o investimento deve ser mantido ao custo.
Estudo de Caso 3
Solução:
a) A Cia. Alfa possui outros investimentos em subsidiárias e, portanto,
está obrigada a apresentar demonstrações consolidadas, e consequen-
temente, adotar o método de equivalência patrimonial, reconhecendo
o seguinte valor:
Valor da receita com MEP: 12 milhões × 30% = $ 3.600.000,00
Valor do investimento: $ 35.000.000 + $ 3.600.000 =$ 38.600.000
O valor de $ 3,6 milhões deverá ser debitado no valor do investimento
e creditado no resultado pela Cia. Alfa.
b) Como o valor do goodwill surgido de aquisições de coligadas não é reco-
nhecido separadamente e a Cia. Alfa tem evidências de que os projetos
previstos não serão realizados, ela deve proceder ao teste de impair-
ment do valor total do investimento, ou seja, $ 38.600.000,00 ($ 35
milhões + $ 3,6 milhões) e se alguma perda for identificada, ela deverá
ser reconhecida em resultados.
Estudo de Caso 4
Solução:
Como a Cia. Sigma exerce o controle sobre outras empresas, ela está obri-
gada a apresentar demonstrações consolidadas e, portanto, a aplicar o MEP nos
investimentos em coligadas.
23. Contabilidade Internacional para Graduação • Lemes e Carvalho
Venda da Cia. Sigma para a Cia. Kappa:
Lucro da transação = $ 40.000 – $ 30.000 = $ 10.000
Lucro não realizado = $ 10.000 × 70% = $ 7.000
Participação da Cia. Kappa = $ 7.000 × 40% = $ 2.800
Lucro reportado pelo grupo (consolidado) = $ 7.000 × 60% = $ 4.200
De acordo com a IAS 28, os lucros ou prejuízos intercompanhias deverão ser
eliminados das demonstrações contábeis do grupo ($ 2.800), sendo apresentada
somente a participação dos investidores não relacionados com a coligada, ou
seja, $ 4.200. Assim, os $ 2.800 deverão ser creditados no valor do investimento
na Cia. Kappa.
Venda da Cia. Kappa para a Cia. Sigma:
Lucro da transação = $ 70.000 – $ 50.000 = $ 20.000
Lucro não realizado = $ 20.000 × 70% = $ 14.000
Participação da Cia. Kappa = $ 14.000 × 40% = $ 5.600
Lucro reportado pelo grupo (consolidado) = $ 14.000 × 60% = $ 8.400
Assim, do resultado da aplicação do método de equivalência patrimonial (lu-
cro ou prejuízo da Cia. Kappa × 40%) ou do valor do investimento, a Cia. Sigma
deverá eliminar o valor de $ 5.600, permanecendo no consolidado somente o
valor do lucro correspondente à participação dos acionistas não relacionados com
a coligada ($ 8.400).
Estudo de Caso 5
Solução:
Na data da aquisição (31/12/2007):
Investimento em coligada = $ 8.000.000 × 35% = 2.800.000
Valor pago: $ 2.000.000
Excesso da participação no valor justo = $ 800.000 (‘goodwill negativo’)
Contabilização:
D – Investimento $ 2.800.000
C – Caixa ou Bancos $ 2.000.000
C – Receita na aquisição $ 800.000 (excesso acima)
24. Gabarito
Na data da aplicação do MEP (31/12/2008):
Investimento na coligada: (35% × $ 9.000.00) = $ 3.150.000
Cálculo alternativo:
Valor de custo: $ 2.000.000
Lucro pós-aquisição: 35% × ($ 4.000.000 – $ 3.000.000) = $ 350.000
Goodwill negativo: (35% × $ 8.000.000) – $ 2.000.000 =$ 800.000
$ 3.150.000
O goodwill negativo deverá ser creditado em resultados, na data da aquisição
do investimento.
Ao fazer o teste de impairment, o investimento deverá ser testado juntamente
com o goodwill. Conclui-se que os ativos da Cia. Regente não deverão ser ajusta-
dos (reduzidos) ao valor recuperável pois:
Valor recuperável: $10.000.000 × 35% = $ 3.500.000
Valor contábil do investimento = $ 3.150.000
Testes de Múltipla Escolha
1. e
2. a
3. b
4. c
5. c
6. b
7. b
CAPÍTULO 12
Estudo de Caso 1
Solução:
A Cia. WCO pagou pelo goodwill em antecipação aos benefícios esperados
que dele surgiria. Os benefícios em termos de economia de custos dos sistemas
de informação ocorreram, mas o aumento de participação no mercado e o suces-
25. Contabilidade Internacional para Graduação • Lemes e Carvalho
so do projeto de pesquisa não ocorreram. Portanto, esses dois eventos indicam
impairment do goodwill.
Estudo de Caso 2
Solução:
O valor recuperável é o maior entre o valor justo do ativo menos os custos para
vendê-lo e seu valor em uso. Neste caso, embora os ativos tenham sido danificados
em 1º/1/2006, as demonstrações contábeis tenham sido autorizadas somente em
20/1/2006 e o valor justo menor represente um evento que gera ajuste após a data
das demonstrações, o valor recuperável corresponde ao valor em uso que era de 6
milhões em 30/11/2005, o qual é maior que o valor contábil (5 milhões). Assim,
os ativos não devem ser reduzidos ao valor recuperável. A informação sobre a da-
nificação deve ser divulgada como evento após a data do balanço, se for material.
Estudo de Caso 3
Solução:
Sim. O benefício da reorganização futura não deve ser considerado no cálcu-
lo do valor em uso. Portanto, os ativos do segmento operacional deverão ser ajus-
tados (reduzidos) em 2 milhões porque seu valor em uso (18 milhões) é menor
que seu valor contábil (20 milhões). O valor em uso, neste caso, pode ser usado
como valor recuperável em função de não haver mercado ativo para a negociação
do segmento.
Estudo de Caso 4
Solução:
A Cia. Cris&Lima não poderá calcular o valor recuperável dos veículos sepa-
radamente porque seus valores não podem ser determinados de forma individual
e também estes valores poderão ser diferentes do valor sucateado. Assim, a Cia
Cris&Lima deverá incorporar os veículos em uma unidade geradora de caixa ao
qual eles pertencem e estimar o valor recuperável da unidade como um todo.
Estudo de Caso 5
Solução:
Cada uma das linhas de negócios – serviço de táxi, empresa de ônibus e
agência de viagem – se constituem em unidades geradoras de caixa, se puderem
26. Gabarito
ter seus valores recuperáveis estimados. Contudo, em função de a empresa ser
obrigada a operar nas dez rotas ferroviárias, o menor nível de fluxos de caixa que
é independente dos fluxos de caixa de outros grupos de ativos é o de fluxos de
caixa gerados pelas dez rotas conjuntamente.
Estudo de Caso 6
Solução:
Valor justo menos os custos da venda: $ 14 milhões ($ 16 milhões – 2 mi-
lhões).
Valor em uso: 14 milhões ($ 24 milhões – $ 10 milhões)
Valor contábil: $ 10 milhões (20 milhões – 10 milhões).
Assim, o valor recuperável da plataforma ($ 14 milhões) excede seu valor
contábil e ela não deverá ser reduzida ao valor recuperável.
Estudo de Caso 7
Solução:
Valor justo menos os custos de venda: $ 19 milhões (20 – 1)
Valor em uso: $ 18 milhões (26 – 8)
Valor contábil: $ 20 milhões (28 – 8)
Assim, o valor recuperável de $ 19 milhões é menor que o valor contábil
($ 20 milhões) e o ativo deve ser reduzido ao valor recuperável, com o reconhe-
cimento de uma perda de $ 1 milhão.
Estudo de Caso 8
Solução:
Goodwill Imóvel Máq. e Equip. Total
($) ($) ($) ($)
Valor Contábil 25 40 100 165
Perda por impairment (25) (4) (11) (40)
Valor contábil após impairment 0 36 89 125
40 = 28,6% de 140 = > 28,6% de 15 = 4
100 = 71,4% de 140 = > 71,4% de 15 = 11
27. Contabilidade Internacional para Graduação • Lemes e Carvalho
Estudo de Caso 9
Solução:
Goodwill Ativos líquidos Total
($ m) da unidade ($ m) ($ m)
Valor contábil em 31/12/2008 – 18.000 18.000
Reversão da perda por Impairment 0 1.800 1.800
Valor contábil após a reversão
(22.000 – 10% × 22.000) 0 19.800 19.800
Observação: Se não houvesse limite para a reversão até o valor depreciado,
o acréscimo no ativo seria de $ 3.000 ($ 21.000 – $ 18.000).
Estudo de Caso 10
Solução:
A B Total
Valor contábil 20 30 50
Alocação do prédio 4 6 10
Valor total da unidade 24 36 60
Valor recuperável 26 28 –
Perda por impairment 0 8 6
Sim. A perda por impairment ($ 8 milhões) será alocada pela proporção de
6/36 ($ 1,3 milhões) contra o valor contábil do prédio e 30/36 ($ 6,7 milhões)
contra o valor dos demais ativos da unidade B. A unidade A não teve nenhuma
perda por impairment.
Testes de Múltipla Escolha
1. b
2. d
3. e
4. e
28. Gabarito
5. b
6. d
7. c
8. a
9. b
10. c
11. d
12. d
13. e
14. b
15. e
16. a
17. a
18. c
CAPÍTULO 13
Estudo de Caso 1
Solução:
O evento que dá origem à obrigação é à comunicação feita aos clientes e
funcionários sobre a reestruturação, que dá origem a uma obrigação implícita na-
quela data, ao criar expectativas válidas de que a linha de negócios será fechada.
A saída de recursos para quitar a obrigação é provável. Assim, uma provisão para
reestruturação deve ser reconhecida pelo valor de $ 1,2 milhões.
Estudo de Caso 2
Solução:
Não existe nenhuma obrigação presente como resultado de eventos passados
pois o treinamento ainda não foi realizado e, assim, nenhuma provisão deve ser
reconhecida. Se a entidade julgar que a saída dos $ 300.000 é provável, ela deve
tratar o item como um passivo contingente e divulgar as informações exigidas
nas notas explicativas. Se considerar que o desembolso é remoto, nada deve ser
informado, nem nas demonstrações contábeis nem nas notas explicativas.
29. Contabilidade Internacional para Graduação • Lemes e Carvalho
Estudo de Caso 3
Solução:
Não existe até as demonstrações contábeis de 20X6 nenhuma obrigação pre-
sente como resultado de um evento passado e nenhuma provisão deverá ser reco-
nhecida. Mesmo a existência de motivos técnicos determinando a substituição do
revestimento não gera um passivo pois a siderúrgica poderá evitar o desembolso
por suas próprias ações, por exemplo, por vender o forno antes de completar os
quatro anos. Se a empresa tem planos de não substituir o revestimento, não ca-
berá nem a divulgação como passivo contingente.
Estudo de Caso 4
Solução:
Neste caso, não existe nenhuma obrigação passada e nenhuma provisão deve
ser reconhecida. Mesmo a existência de exigência legal não gera nenhum passivo
referente aos custos das revisões pois nenhuma obrigação existe, em função das
ações futuras da entidade: ela pode evitar os custos futuros com a revisão, por
exemplo, ao vender as aeronaves. A Cia. Voa-Rápido deve avaliar se é possível
uma saída de recursos, em função de seus planos de evitar ou não a revisão, para
reconhecimento ou não como passivo contingente.
Estudo de Caso 5
Solução:
O evento que gera a obrigação é a venda do produto com garantia (evento
passado), que dá origem a uma obrigação presente (obrigação legal). É provável
uma saída de recursos incorporando benefícios econômicos para liquidação da
dívida com as garantias como um todo. Conclui-se, portanto, que uma provisão
deve ser reconhecida pela melhor estimativa dos custos de reparo e substituição
dos produtos com garantia que foram vendidos antes da data do balanço.
Estudo de Caso 6
Solução:
Sim. A entidade deve reconhecer a provisão, mas não precisa divulgar ne-
nhuma informação exigida pela IAS 37 com relação ao caso. A divulgação poderá
ser feita somente em linhas gerais (quanto à natureza geral da disputa e o fato e
a razão de a informação não ter sido divulgada), como, por exemplo:
30. Gabarito
Existe um litígio em andamento contra a companhia em função de uma dis-
puta com um concorrente que, alegando que a companhia infringiu o direito de
patentes, está requerendo uma indenização de 10 milhões. A informação exigida
pela IAS 37 não é divulgada pois pode prejudicar seriamente o resultado do pro-
cesso. Os diretores são de opinião que o litígio pode ser contestado com sucesso
pela companhia.
Testes de Múltipla Escolha
1. b
2. a
3. e
4. c
5. b
6. c
7. d
CAPÍTULO 14
Estudo de Caso 1
Solução:
Somente os custos de aquisição dos direitos autorais devem ser ativados; os
demais são despesas. Os custos operacionais são incorridos antes que o ativo este-
ja em condições de funcionamento, ou seja, antes da apresentação do espetáculo
e os custos de divulgação não são gastos que podem ser ativados. No estudo de
caso, capitaliza-se somente o valor de $ 20 milhões.
Estudo de Caso 2
Solução:
Devem ser ativados os itens (C), (D), (E), (F) e (G). Estes itens podem ser
capitalizados em função de atender aos critérios de:
a) identificabilidade;
b) probabilidade de que futuros benefícios fluirão para a empresa;
c) mensuração confiável.
31. Contabilidade Internacional para Graduação • Lemes e Carvalho
Devem ser tratados como despesa os itens (A), (B), (H), (I) e (J). O principal
problema dos itens (H) e (I) é que a empresa não possui o controle sobre eles, a
despeito do benefício econômico que geram.
Estudo de Caso 3
Solução:
• A intenção de vender ou usar não foi atendida até março de 2008 quando
ainda foram realizados novos testes com a matéria-prima para assegurar
sua qualidade. A justificativa para realização dos testes é que a empresa
tinha dúvidas se a matéria-prima era compatível com o equipamento e se
precisaria realizar novos testes, caso não fosse adequada.
• Em abril de 2008, a existência de um mercado foi claramente estabele-
cida com o novo produto sendo apresentado.
• A viabilidade financeira e de recursos foi também claramente atendida
porque a empresa obteve recursos e os materiais necessários.
• A Cia. Speedpaper é capaz de mensurar os custos confiavelmente.
• Os custos que poderiam ser ativados são aqueles incorridos a partir de
abril de 2008. Contudo, os custos com treinamento incorridos em maio
de 2008 não podem ser ativados pois são gastos independentes do de-
senvolvimento do produto.
Conclusão: dos custos relacionados no caso, só se ativam os gastos incorri-
dos em junho de 2008 referentes ao registro da patente no valor de $ 440.000,00.
Estudo de Caso 4
Solução:
A patente deve ser ativada pelo valor da aquisição. A amortização deve ser con-
tabilizada pelo período de 6 anos, com um valor residual pelo valor presente de 40%
do valor justo da patente da data de aquisição. A patente também deverá ser testada
por impairment de acordo com a IAS 36, se existir qualquer indicativo de perda.
Estudos de Caso 5
Solução:
D – Amortização Acumulada – Ativos Intangíveis
C – Ativos Intangíveis $ 20.000
D – Ativos Intangíveis
C – Reserva de Reavaliação $ 50.000
32. Gabarito
Mantendo-se o saldo da depreciação acumulada:
D – Ativos Intangíveis $ 62.500 ($ 162.500 – $ 100.000)
C – Amortização Acumulada $ 12.500 ($ 32.500 – $ 20.000)
C – Reserva de Reavaliação $ 50.000
Se $ 130.000 é o valor amortizado, o valor da aquisição há 2 anos atrás era de:
2X
X– = 130.000 = > X = 162.500
10
Estudos de Caso 6
Solução:
Como a empresa tem evidências de que poderá continuar a renovar a auto-
rização para operar a rota aérea entre as duas cidades indefinidamente, o ativo
intangível relacionado à rota deverá ser tratado como tendo vida útil indefinida
e não deverá ser amortizado, até que seja considerada como finita. Anualmente a
empresa deverá fazer o teste de impairment de acordo com a IAS 36.
Estudos de Caso 7
Solução:
Neste caso, como a autorização para operar a rota aérea não será mais reno-
vada e o resultado do leilão é incerto, a Cia. Aérea Atlântida deverá reclassificar
a vida útil da licença de indefinida para finita e amortizá-la pelo período rema-
nescente de 3 anos. A mudança de vida útil indefinida para finita deve ser reco-
nhecida como mudança de estimativas (IAS 8) com efeito somente no resultado
do período. Adicionalmente, a entidade deve realizar o teste de impairment para
verificar se o valor contábil da licença não precisará ser reduzido ao valor recupe-
rável já que a alteração da vida útil é um indicativo de impairment.
Testes de Múltipla Escolha
1. e
2. c
3. e
4. a
33. Contabilidade Internacional para Graduação • Lemes e Carvalho
5. c
6. e
7. d
8. b
9. b
10. a
CAPÍTULO 15
Estudo de Caso 1
Solução:
Tudo indica que a Cia. XYZ adquire a Cia. ABC e não vice-versa. A Cia. XYZ é
muito maior que a Cia. ABC e exerce o controle sobre a diretoria e, provavelmen-
te, irá dominar a combinação das empresas. O fato de as empresas assumirem
o nome Grupo XYZ e de parte da Cia. ABC ser vendida posteriormente pela Cia.
XYZ reforçam que a Cia. XYZ é a adquirente.
Estudo de Caso 2
Solução:
A Cia. Alfa deverá consolidar a Cia. Beta pois aquela exerce o controle sobre
esta por meio do acordo com os acionistas da Cia. Beta, apesar de a Cia. Alfa não
possuir a maioria do capital votante.
Estudo de Caso 3
Solução:
O acordo, se cancelável ou não, atende o critério de contrato legal. Adicio-
nalmente, em função da Cia. Fornecedora estabelecer sua relação com a Cia.
Clientela por meio de um contrato, não somente o acordo em si mas também a
relação com a Cia. Clientela atende o critério de contrato legal. Assim, tanto o
acordo quanto o relacionamento com o cliente deverão ser reconhecidos como
intangíveis pela Cia. Compradora, separadamente do valor do goodwill. Para de-
terminar seus valores justos a Cia. Fornecedora pode considerar suposições como
a expectativa de renovação do contrato.
34. Gabarito
Estudo de Caso 4
Solução:
Os pedidos em atraso dos 60% dos clientes atende o critério de contrato legal,
independente de eles serem canceláveis ou não. Adicionalmente, como a relação
com estes 60% de clientes é estabelecida por meio de contrato, não somente os
pedidos de compras mas também a relação com os clientes da Cia. Lucy atendem
o critério de contrato legal. Como a Cia. Lucy tem a prática de estabelecer con-
tratos com os 40% restantes de seus clientes, sua relação com eles também surge
por meio de direitos contratuais e, portanto, atende o critério de contrato legal,
embora não existam contratos estabelecidos na data da aquisição.
Estudo de Caso 5
Solução:
O reconhecimento da provisão para reestruturação não é permitido pelas
IFRSs. Os ativos intangíveis deverão ser contabilizados e amortizados em 10 anos.
O passivo assumido também deverá ser reconhecido. Os ativos da Cia. Ômega au-
mentaram significativamente, e, portanto, é improvável que aconteça a baixa do
goodwill pelo teste de impairment.
($) Milhão
Custo da aquisição 800
Menos valor justo dos ativos (400)
Menos valor justo de intangíveis (300)
Mais passivo assumido 40
Goodwill 140
Demonstração de Resultado do final do ano
Lucro antes da amortização 350
Amortização dos intangíveis (30)
Perda por impairment do goodwill 0
320
Despesas financeiras (20)
Lucros antes dos impostos 300
35. Contabilidade Internacional para Graduação • Lemes e Carvalho
Testes de Múltipla Escolha
1. d
2. c
3. e
4. a
5. e
6. c
Solução:
Valor da aquisição = $ 200.000
Ativos líquidos = $ 160.000 ($ 200.000 + $ 30.000 – $ 70.000)
Participação dos não controladores = $ 32.000 (20% × $ 160.000)
Goodwill = $ 72.000 ($ 200.000 + $ 32.000 – $ 160.000)
7. b
8. d
9. b
10. e