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A força do cigarro no organismo
O importante é não consumir o primeiro
Por longos e longos anos as pessoas foram ensinadas que o cigarro somente provocaria
reações no organismo após um grande período de uso, porém estudos recentes
desmentem tais ensinamentos e assustadoramente mostram a real força do cigarro no
organismo. Este, composto por tabaco seco enrolado por um fino papel que se queima
após ser aceso, provoca rápidas reações no corpo do homem.
Segundo estudiosos, cerca de 10% dos fumantes que colocam o primeiro cigarro na
boca já apresentam reações significativas no organismo que provocam a dependência
por um período de até dois dias depois, idéia que se aplicava somente aos fumantes de
longa data. O curioso é que um cigarro consegue suprir, em fumantes iniciantes, a
necessidade do organismo em relação à droga por até uma semana, o que não acontece
com fumantes de longa data.
Intrigantemente, a nicotina presente em um só cigarro consegue aumentar a produção de
hormônios receptores no lobo frontal do cérebro, no hipocampo e no cerebelo que
envolve a memória a longo prazo. Dessa forma, dois dias após ter fumado um único
cigarro um indivíduo passa a ter necessidades da droga no organismo. A manifestação
da dependência à droga ocorre por causa das adaptações que o organismo faz para
recebê-la na busca por manter seu equilíbrio químico e funcional.
Com o decorrer do tempo, as pessoas tendem a necessitar de um novo cigarro em um
curto período, ou seja, em um prazo de duas horas o organismo já deixa o indivíduo
inquieto, irritado e ansioso fazendo com que busque a calmaria no cigarro.
Deixar de fumar não é fácil. Segundo pesquisas, somente 3% dos fumantes conseguem
abandonar o vício e o restante pode até conseguir parar durante um período, mas após
esse volta a fumar. Acredita-se que a melhor forma para abandonar o vício é deixá-lo de
uma só vez e não gradualmente como muitos fazem.
Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola
Álcool
Álcool: droga social bastante consumida em todo o mundo.
O principal agente do álcool é o etanol (álcool etílico). O consumo do álcool é antigo,
bebidas como vinho e cerveja possuíam conteúdo alcoólico baixo, uma vez que
passavam pelo processo de fermentação. Outros tipos de bebidas alcoólicas apareceram
depois, com o processo de destilação.
Apesar de o álcool possuir grande aceitação social e seu consumo ser estimulado pela
sociedade, ele é uma droga psicotrópica que atua no sistema nervoso central, podendo
causar dependência e mudança no comportamento.
Quando consumido em excesso, o álcool é visto como um problema de saúde, já que
esse excesso pode estar ligado a acidentes de trânsito, violência e alcoolismo (quadro de
dependência).
Os efeitos do álcool são percebidos em dois períodos, um que estimula e outro que
deprime. No primeiro período pode ocorrer euforia e desinibição. Já no segundo
momento ocorre descontrole, falta de coordenação motora e sono. Os efeitos agudos do
consumo do álcool são sentidos em órgãos como o fígado, coração, vasos e estômago.
Em caso de suspensão do consumo, pode ocorrer também a síndrome da abstinência,
caracterizada por confusão mental, visões, ansiedade, tremores e convulsões.
Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola
Anfetaminas
Anfetaminas: drogas usadas principalmente em regimes de emagrecimento
e como estimulante.
As anfetaminas são drogas estimulantes, ou seja, estimulam o sistema nervoso central,
provocando aumento das capacidades físicas e psíquicas. Os efeitos que podem ser
sentidos no corpo são: dilatação da pupila, aumento da pressão sanguínea, aumento do
número de batimentos cardíacos.
Anfetaminas são drogas sintéticas, fabricadas em laboratório. Foi sintetizada pela
primeira vez em 1887, na Alemanha. Quarenta anos mais tarde começou a ser usada
pelos médicos para aliviar fadiga, alargar as passagens nasais e branquiais e estimular o
sistema nervoso central. Em 1932, a droga foi lançada na França com o nome de
Benzedrine, na forma de inalador indicado como descongestionante nasal. Em 1937, foi
comercializada na forma de comprimido para elevar estados de humor. Durante a
Segunda Guerra Mundial foi utilizada pelas tropas alemãs para reforçar a resistência e
eliminar a fadiga de combate.
O controle da comercialização iniciou por volta do ano de 1970, quando as anfetaminas
passaram a ser consideradas drogas psicotrópicas, por causar um estado de grande
excitação e sensação de poder, dependendo da dosagem. As anfetaminas provocam
dependência física e psíquica, o uso freqüente pode ocasionar tolerância à droga e diante
da suspensão poderá ocorrer também a síndrome de abstinência.
As anfetaminas são facilmente encontradas em farmácias e usadas principalmente em
regimes de emagrecimento e como estimulante, pois inibe a fome e proporciona euforia,
maior resistência e melhor concentração, porém as farmácias são obrigadas a vendê-las
sob prescrição médica.
Por Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola
Ansiolítico
Ansiolítico
Ansiolítico é uma droga sintética utilizada para diminuir a ansiedade e a tensão.
Atingem áreas do cérebro que controlam a ansiedade. Quando recomendado por
médicos, não provocam danos físicos ou mentais.
É um medicamento sedativo, conhecido também como tranqüilizante, que possui o
efeito de diminuir ou extinguir a ansiedade, sem prejudicar excessivamente as funções
psíquicas e motoras.
São utilizados no tratamento de insônia e para reprimir crises convulsivas. Recebem o
nome de drogas hipnóticas, por induzir o sono. Os ansiolíticos mais comuns são as
substâncias chamadas benzodiazepínicos. São utilizados via oral, em forma de
comprimidos ou cápsulas, ou via endovenosa, em forma de injeção.
Devido à facilidade com que este medicamento é disponibilizado em farmácias, seu uso
tornou-se comum. Existem pessoas que ao se sentirem estressadas ou nervosas fazem
uso desse medicamento, mesmo sem recomendação médica.
O ansiolítico é utilizado por usuários de drogas estimulantes, para diminuir a euforia, a
excitação e até mesmo para dormir após o uso prolongado de drogas.
Os ansiolíticos benzodiazepínicos podem causar dependência quando são utilizados por
um longo período.
Os sintomas de abstinência são: irritabilidade, dores no corpo, insônia, em casos
extremos provoca convulsão.
Em mulheres grávidas, o ansiolítico pode provocar má formação fetal.
Os benzodiazepínicos são as drogas mais utilizadas em todo o mundo, e consideradas
um problema de saúde pública nos países mais desenvolvidos.
Por Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola
Boa Noite Cinderela
Boa noite cinderela: um golpe bastante frequente.
O boa noite cinderela, também conhecido por “rape drugs” (drogas de estupro), é o
nome dado a um golpe no qual um sujeito, geralmente simpático e de boa aparência
coloca um coquetel de drogas, como o ácido gama-hidroxibutírico, juntamente à bebida
de outra pessoa.
Encontradas, geralmente, na forma de comprimidos ou gotas; tais drogas depressoras do
sistema nervoso centrall, ao serem ministradas juntamente com bebidas alcoólicas,
alteram o nível de consciência, por até três dias, deixando a vítima vulnerável o
suficiente para ser roubada e/ou violentada. Além disso, podem causar intoxicação ou
morte por desidratação.
Por se dissolverem facilmente; e serem incolores e inodoras, identificar um copo que
recebeu tais doses é tarefa quase impossível.
De ocorrência relativamente frequente, este golpe ocorre geralmente em festas, boates,
bares e praia; fornecendo como efeitos iniciais os mesmos que o álcool proporciona. Em
um segundo momento, o indivíduo sente-se sonolento e com dificuldades de reagir a
ameaças físicas e/ou psicológicas, obedecendo basicamente a todos os comandos
ditados pelo golpista.
Devido ao constrangimento das vítimas e também à falta de clareza quanto à sucessão
dos fatos, poucas são as pessoas que registram queixas relacionadas a este golpe em
delegacias de polícia. Assim, as estatísticas são subestimadas, e a ação da polícia é
restrita.
Para evitar ser vítima deste tipo de crime, tenha cautela: não leve desconhecidos até sua
casa, não aceite bebidas de estranhos, e não descuide de seu copo!
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Cigarro
Cigarro: um problema de saúde pública.
Há pelo menos dez mil anos antes de Cristo, índios da América Central já utilizavam o
tabaco em forma de cigarro em rituais religiosos. Já em nosso país, relatos mais antigos
apontam que, em 1556, o capelão da primeira expedição francesa ao nosso país
observou esta prática entre os tupinambás.
O cigarro começou a ser fabricado a partir de 1840 e, quarenta anos depois, foi criada
uma máquina capaz de enrolar um grande número de cigarros por minuto, propiciando a
sua popularização. Apesar de visível, o fato de que este provoca dependência e seu uso
pode desencadear em uma gama de doenças foi reconhecido somente em meados do
século vinte.
Atualmente, são aproximadamente 1,2 bilhão de fumantes em todo o mundo, sendo que
38 milhões vivem no Brasil.
Uma das mais de 4500 substâncias que um único cigarro contém – a nicotina – interage
com receptores neurais, que liberam substâncias como a dopamina, acetilcolina,
serotonina e betaendorfina, conferindo uma sensação de prazer imediata.
Mais viciante que drogas como álcool, cocaína, crack e morfina; a nicotina atinge o
cérebro em até vinte segundos: tempo bem mais rápido que o princípio ativo de
qualquer outra destas drogas. Assim, a probabilidade de um indivíduo se tornar
dependente da nicotina é muito alta, com crise de abstinência bastante incômoda, que
geralmente se inicia minutos depois do último trago, sendo as grandes responsáveis pela
dificuldade de um fumante em interromper o uso do cigarro. Esta situação é tão séria, e
triste, que não é raro vermos pacientes fumantes em estágio terminal, implorando
desesperadamente por mais um trago.
Gás carbônico, monóxido de carbono, amônia, benzeno, tolueno, alcatrão, ácido
fórmico, ácido acético, chumbo, cádmio, zinco, níquel dentre muitas outras substâncias
são encontradas no cigarro. Estas são responsáveis pelo aumento dos riscos que esses
indivíduos têm de desenvolver problemas de saúde como cânceres, doenças
coronarianas, má circulação sanguínea, enfisema pulmonar, bronquite crônica, derrames
cerebrais, úlceras, osteoporose, impotência, catarata.
Como algumas destas são liberadas no ar, juntamente com a fumaça, pessoas que
convivem com fumantes estão também sujeitas. Há também a tromboangeíte
obliterante, doença de ocorrência única entre fumantes, e que obstrui as artérias das
extremidades e provoca necrose dos tecidos.
Além disso, o cigarro é considerado o maior poluente de ambientes domiciliares; é
responsável pela derrubada de árvores e queimadas em prol do plantio do fumo e
fabricação de lenha para abastecimento de fornalhas para o ressecamento das folhas;
contamina os solos pelo uso de agrotóxicos; e é o causador de inúmeras queimadas,
graças ao descarte indevido de suas bitucas.
Diante destes fatos, não é de se admirar que o cigarro seja considerado um dos maiores
problemas de saúde pública (e ambiental) que nossa sociedade enfrenta na atualidade.
Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Cocaína
Uma das formas de utilização da cocaína é por meio da inalação
A Erythroxylon coca é uma planta encontrada na América Central e América do Sul.
Essas folhas são utilizadas, pelo povo andino, para mascar ou como componente de
chás, com a função de aliviar os sintomas decorrentes das grandes altitudes. Entretanto,
uma substância alcaloide que constitui cerca de 10% desta parte da planta, chamada
benzoilmetilecgonina, é capaz de provocar sérios problemas de saúde e também sociais.
Na primeira fase da extração do alcaloide, as folhas são prensadas em ácido sulfúrico,
querosene ou gasolina, resultando em uma pasta denominada sulfato de cocaína. Na
segunda e última, utiliza-se ácido clorídrico, formando um pó branco. Assim, neste
segundo caso, ela pode ser aspirada, ou dissolvida em água e depois injetada. Já a pasta
é fumada em cachimbos, sendo chamada, neste caso, de crack. Há também a merla, que
é a cocaína em forma de base, cujos usuários fumam-na pura ou juntamente com
maconha.
Atuando no Sistema Nervoso Central, a cocaína provoca euforia, bem estar,
sociabilidade. Pelo fato de que nem sempre as pessoas conseguem ter tais sensações
naturalmente, e de forma intensa, uma pessoa que se permite utilizar esta substância
tende a querer usar novamente, e mais uma vez, e assim sucessivamente.
O coração tende a acelerar, a pressão aumenta e a pupila se dilata. O consumo de
oxigênio aumenta, mas a capacidade de captá-lo, diminui. Este fator, juntamente as com
arritmias que a substância provoca, deixa o usuário pré-disposto a infartos. O uso
frequente também provoca dores musculares, náuseas, calafrios e perda de apetite.
Como a cocaína tende a perder sua eficácia ao longo do tempo de uso, fato este
denominado tolerância à droga, o usuário tende a utilizar progressivamente doses mais
altas buscando obter, de forma incessante e cada vez mais inconsequente, os mesmos
efeitos agradáveis que conseguia no início de seu uso. Dosagens muito frequentes e
excessivas provocam alucinações táteis, visuais e auditivas; ansiedade, delírios,
agressividade, paranoia.
Este ciclo torna-o também cada vez mais dependente, fazendo de tudo para conseguir a
droga, resultando em problemas sérios não só no que tange à sua saúde, mas também
em suas relações interpessoais. Afastamento da família e amigos, e até mesmo
comportamentos condenáveis, como participação de furtos ou assaltos para obter a
droga são comuns.
Além de provocar, em longo prazo, comprometimento dos músculos esqueléticos,
existem ainda os agravantes recorrentes da forma de uso. Cocaína injetável, por
exemplo, pode provocar a contaminação por doenças infecciosas, como hepatite e
AIDS, e infecções locais. No caso daqueles que inalam, comprometimento do olfato,
rompimento do septo nasal e complicações respiratórias, estas últimas também típicas
dos fumantes, incluindo aí bronquite, tosse persistente e disfunções severas. Gestantes
podem ter bebês natimortos, com malformações, ou comprometimento neurológico.
Romper com a droga é difícil, já que o indivíduo tende a se sentir deprimido, irritadiço,
e com insônia. Assim, quando um usuário opta por deixá-la, deve receber bastante
amparo e ser incentivado neste sentido. É necessária ajuda médica, tanto no processo de
desintoxicação quanto tempos depois desta etapa.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola
Cola de sapateiro
O uso da cola de sapateiro é bastante frequente entre jovens.
A cola de sapateiro é uma droga pertencente ao grupo dos inalantes, uma vez que é
utilizada dessa forma, com absorção pulmonar. Segundo pesquisa feita pelo Centro
Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, é a quarta droga mais consumida
em nosso país, depois do tabaco, álcool e maconha.
Composta por diversas substâncias, como o tolueno e n-hexana, proporciona sensações
de excitação, além de alucinações auditivas e visuais que, em contrapartida, são
acompanhadas de tontura, náuseas, espirros, tosse, salivação e fotofobia. Tais efeitos
são bastante rápidos, levando o indivíduo a inalar novamente.
Seu uso constante desencadeia em desorientação, falta de memória, confusão mental,
alucinação, perda de autocontrole, visão dupla, palidez, movimento involuntário do
globo ocular, irritação das mucosas, paralisia, lesões cardíacas, pulmonares e hepáticas,
dentre outros; podendo desencadear em convulsões, inconsciência, e até mesmo morte
súbita. Isso acontece porque tais substâncias provocam a destruição de neurônios e
nervos periféricos, além de ser consideravelmente irritantes.
Sendo facilmente encontrada, também possui baixo custo, facilitando seu uso, por
exemplo, por meninos e meninas de rua e estudantes. Assim, é um sério problema de
saúde pública, inclusive considerando que atos infracionais cometidos por adolescentes
sob efeito desta droga são superiores aos demais.
Diante destes fatos, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu a
Resolução RDC nº 345, de 15 de dezembro de 2005, que proíbe a comercialização de
substâncias inalantes que afetam o sistema nervoso central a menores de idade. Este
órgão também exige, neste documento, que as embalagens de tal produto contenham
número de controle, individual e sequencial; e que o vendedor preencha, no ato da
compra, os dados pessoais do comprador, com sua respectiva assinatura. Além disso,
esta resolução define inscrições relacionadas à toxidade que deve conter em tais
embalagens.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola
Crack
Crack: um sério problema de saúde e também social.
O crack é preparado a partir da extração de uma substância alcaloide da
planta Erythroxylon coca, encontrada na América Central e América do Sul. Chamada
benzoilmetilecgonina, esse alcaloide é retirado das folhas da planta, dando origem a
uma pasta: o sulfato de cocaína. Chamada, popularmente, de crack, tal droga é fumada
em cachimbos.
Cerca de cinco vezes mais potente que a cocaína, sendo também relativamente mais
barata e acessível que outras drogas, o crack tem sido cada vez mais utilizado, e não
somente por pessoas de baixo poder aquisitivo, e carcerários, como há alguns anos. Ele
está, hoje, presente em todas as classes sociais e em diversas cidades do país.
Assustadoramente, cerca de 600.000 pessoas são dependentes, somente no Brasil.
Tal substância faz com que a dopamina, responsável por provocar sensações de prazer,
euforia e excitação, permaneça por mais tempo no organismo. Outra faceta da dopamina
é a capacidade de provocar sintomas paranoicos, quando se encontra em altas
concentrações.
Perseguindo esse prazer, o indivíduo tende a utilizar a droga com maior frequência.
Com o passar do tempo, o organismo vai ficando tolerante à substância, fazendo com
que seja necessário o uso de quantidades maiores da droga para se obter os mesmos
efeitos. Apesar dos efeitos paranoicos, que podem durar de horas a poucos dias e pode
causar problemas irreparáveis, e dos riscos a que está sujeito; o viciado acredita que o
prazer provocado pela droga compensa tudo isso. Em pouco tempo, ele virará seu
escravo e fará de tudo para tê-la sempre em mãos. A relação dessas pessoas com o
crime, por tal motivo, é muito maior do que em relação às outras drogas; e o
comportamento violento é um traço típico.
Neurônios vão sendo destruídos, e a memória, concentração e autocontrole são
nitidamente prejudicados. Cerca de 30% dos usuários perdem a vida em um prazo de
cinco anos – ou pela droga em si ou em consequência de seu uso (suicídio,
envolvimento em brigas, “prestação de contas” com traficantes, comportamento de risco
em busca da droga – como prostituição, etc.). Quanto a este último exemplo, tal
comportamento aumenta os riscos de se contrair AIDS e outras DSTs e, como o sistema
imunológico dos dependentes se encontra cada vez mais debilitado, as consequências
são preocupantes.
Superar o vício não é fácil e requer, além de ajuda profissional, muita força de vontade
por parte da pessoa, e apoio da família. Há pacientes que ficam internados por muitos
meses, mas conseguem se livrar dessa situação.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola
Ecstasy
O ecstasy é uma droga psicoativa que pode levar o indivíduo à morte
Também chamado de droga do amor, o ecstasy é uma droga psicoativa, conhecida
quimicamente como 3,4-metilenodioximetanfetamina e abreviada por MDMA. O
ecstasy foi produzido por uma indústria farmacêutica no ano de 1914 com o intuito de
ser utilizado como supressor do apetite, mas nunca foi utilizado para essa finalidade.
Nos anos 60, começou a ser utilizado por psicoterapeutas para elevar o ânimo de
pacientes; e na década de 70 passou a ser consumido recreativamente, sendo
disseminado principalmente entre estudantes universitários. O uso dessa droga é
proibido em vários países, inclusive no Brasil.
Embora esse modo de utilização não seja mais empregado, o ecstasy pode ser injetado
via intravenosa. Atualmente o consumo ilegal de ecstasy tem sido realizado na forma de
comprimidos via oral.
O efeito do ecstasy pode durar em média oito horas, mas isso varia de acordo com o
organismo. Em pessoas que possuem maiores quantidades de enzimas metabolizadoras,
o efeito do ecstasy pode durar menos tempo. À medida que as enzimas do organismo
metabolizam as toxinas, elas produzem também metabólitos ativos que continuam
exercendo atividade psicoativa, como se fosse a própria droga, mas com efeitos não
muito agradáveis, que podem durar por mais algumas horas.
Os usuários dessa droga sentem aumento do estado de alerta, maior interesse sexual,
sensação de bem-estar, grande capacidade física e mental, euforia e aumento da
sociabilização e extroversão.
Após o uso da droga ocorrem alguns efeitos indesejados, como aumento da tensão
muscular e da atividade motora, aumento da temperatura corporal, enrijecimento e dores
na musculatura dos membros inferiores e coluna lombar, dores de cabeça, náuseas,
perda do apetite, visão borrada, boca seca, insônia, grande oscilação da pressão arterial,
alucinações, agitação, ansiedade, crise de pânico e episódios breves de psicose. O
aumento no estado de alerta pode levar à hiperatividade e à fuga de ideias. Nos dias
seguintes ao uso da droga o usuário pode ficar deprimido, com dificuldade de
concentração, ansioso e fatigado.
O uso a longo prazo do ecstasy causa muitos prejuízos à saúde. O excesso de serotonina
na fenda sináptica provocado pelo uso da droga causa lesões nas células nervosas
irreversíveis. Essas células, quando lesionadas, têm seu funcionamento comprometido, e
só se recuperam quando outros neurônios compensam a função perdida.
Estudos realizados em humanos consumidores dessa droga comprovam a perda da
atividade serotoninérgica, que leva seu usuário a apresentar perturbações mentais e
comportamentais, como dificuldade de memória, tanto verbal como visual, dificuldade
de tomar decisões, ataques de pânico, depressão profunda, paranoias, alucinações,
despersonalização, impulsividade, perda do autocontrole e morte súbita por colapso
cardiovascular.
O uso do ecstasy pode causar lesão no fígado, que fica amolecido, além de aumentar de
tamanho, com tendência a sangramentos. Dependendo do grau de toxicidade, o quadro
evolui para hepatite fulminante, podendo causar a morte caso não haja um transplante
de fígado.
No coração, a aceleração dos ritmos cardíacos e o aumento da pressão arterial podem
levar à ruptura de alguns vasos sanguíneos, causando sangramentos.
O uso de ecstasy ligado à intensa atividade física (dançar por várias horas) pode causar
aumento da temperatura corporal e consequente hemorragia interna, o que pode levar à
morte. O aumento da temperatura corporal tem alguns sintomas como desorientação,
parar de transpirar, vertigens, dores de cabeça, fadiga, câimbras e desmaio.
Ainda não há estudos que comprovem que o ecstasy provoca dependência física, mas
também não podemos afirmar que isso não irá acontecer.
Paula Louredo
Graduada em Biologia
Heroína
A heroína causa dependência física e psíquica.
A heroína é uma droga derivada da papoula, sintetizada a partir da morfina: substância
bastante utilizada no século XIX pelas suas propriedades analgésicas e antidiarreicas.
Como outras drogas originárias desta planta, a heroína atua sobre receptores cerebrais
específicos, provocando um funcionamento mais brando do sistema nervoso e
respiratório.
Descoberta sua potencialidade em causar dependência química e psíquica de forma
bastante rápida, sua comercialização foi proibida na década de vinte. Entretanto,
principalmente no sudeste asiático e Europa, essa substância é produzida e distribuída
para todo o mundo clandestinamente.
Apresentando-se em sua forma pura como um pó branco de coloração esbranquiçada, é
utilizada mais frequentemente de forma injetável, após aquecimento. Além disso, alguns
usuários a inalam ou aspiram.
Seus efeitos duram aproximadamente cinco horas, proporcionando sensações de bem-
estar, euforia e prazer; elevação da autoestima e diminuição do desânimo, dor e
ansiedade.
Como esta droga desenvolve dependência e tolerância de forma bastante rápida, o
usuário passa a consumi-la com mais frequência com o intuito de buscar o mesmo bem-
estar provocado anteriormente, e também de fugir das sensações provocadas pela
abstinência. Essa, que surge aproximadamente vinte e quatro horas após seu uso, pode
provocar diarreia, náuseas, vômitos, dores musculares, pânico, insônia, inquietação e
taquicardia.
Assim, formas de obtê-la passam a ser o foco de suas vidas, gerando consequências
sérias. Constantes vômitos, diarreias e fortes dores abdominais, perda de peso,
depressão, abortos espontâneos, surdez, delírio, descompassos cardíacos, incapacidade
de concentração, depressão do ciclo respiratório, colapso dos vasos sanguíneos; além de
problemas relacionados às interações sociais e familiares são algumas consequências
que o usuário está sujeito, em médio prazo. Além disso, no caso de pessoas que a
utilizam na forma injetável, há chances de ocorrer necrose de tecidos e de se adquirir
diversas doenças, como AIDS, hepatites e pneumonias, em decorrência da utilização de
seringas compartilhadas.
A maioria dos casos de morte por overdose é consequência de paradas respiratórias
decorrentes de seu uso prolongado, ou de uso concomitante com outras drogas.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola
LSD
O LSD, acrônimo de dietilamida ácido lisérgico, produz grandes alterações no cérebro,
atuando diretamente sobre o sistema nervoso e provocando fenômenos psíquicos, como
alucinações, delírios e ilusões. É uma substância sintética, produzida em laboratório,
que adquiriu popularidade na década de 60, quando não era vista como algo prejudicial
à saúde.
Pode ser consumida por via oral, injeção ou inalação, e se apresenta em forma de barras,
cápsulas, tiras de gelatina e líquida; seus efeitos duram de oito a doze horas.
Os efeitos físicos dessa droga são: dilatação das pupilas, sudorese, aumento da
frequência cardíaca e da pressão arterial, aumento da temperatura, náuseas, vômitos. Os
sintomas psíquicos são alucinações auditivas e visuais, sensibilidade sensorial,
confusão, pensamento desordenado, perda do controle emocional, euforia alternada com
angústia, dificuldade de concentração.
É importante destacar que os efeitos do LSD dependem do ambiente, da qualidade da
droga e da personalidade da pessoa.
O LSD é mais usado por adolescentes e jovens, que querem experimentar visões e
sensações novas e coloridas, pois as formas, cheiros, cores e situações se modificam,
levando a pessoa a criar ilusões e delírios, como por exemplo, paredes que escorregam,
mania de grandeza e perseguição. Pode ocorrer também um “flashback”, fenômeno no
qual são sentidos os efeitos da droga após um período de semanas ou meses sem usá-la.
O LSD é conhecido também com outros nomes como doce, ácido, gota, papel e
microponto.
Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola
Maconha
A maconha tem sua origem na Índia
A planta
Planta herbácea de clima quente e úmido, originária da Índia, a maconha (Cannabis
sativa) pertence à família Moraceae e pode atingir até 5 metros de altura. Possui folhas
digitadas e flores pequenas, amarelas e sem perfume. É uma planta dioica que apresenta
talos com flores femininas e talos com flores masculinas. O fato de a planta possuir
talos com flores diferentes influencia na colheita, pois as flores masculinas endurecem
mais rápido, morrendo após a floração, enquanto que as inflorescências femininas
permanecem com uma cor verde-escura até um mês após a floração, quando as
sementes amadurecem. Quando não ocorre fecundação das flores femininas, elas
excretam grandes quantidades de resina pegajosa composta por dezenas de substâncias
diferentes. O fruto da maconha é amarelo-esverdeado, pequeno, ovalado e contém uma
substância ácida que serve de alimento para algumas espécies de aves.
Os primeiros relatos dessa erva no Brasil datam do século XVIII quando era usada para
a produção de fibras chamadas de cânhamos. Tais fibras eram obtidas por meio de
vários processos, incluindo desfolhamento, secagem, esmagamento e agitação que
separam as fibras da madeira. Essas fibras fortes e duráveis foram usadas como velas de
navios por séculos e até hoje são utilizadas em cordas, cabos, esponjas, tecidos e fios.
As sementes com muitas proteínas e carboidratos são utilizadas na alimentação de
pássaros domésticos, e em cereais e granolas. Do óleo extraído das sementes fazem-se
tintas, vernizes, sabões e óleo comestível.
Substâncias da maconha
A planta da maconha contém mais de 400 substâncias químicas, das quais 60 se
classificam na categoria dos canabinoides, de acordo com o Instituto Nacional de
Saúde. O tetra-hidrocarbinol (THC) é um desses canabinoides e é a substância mais
associada aos efeitos que a maconha produz no cérebro. A concentração de THC na
planta depende de alguns fatores, como solo, clima, estação do ano, época da colheita,
tempo decorrido entre a colheita e o uso, condições de plantio, genética da planta,
processamento após a colheita, etc., por isso os efeitos podem variar bastante de uma
planta para outra.
THC ou 6,6,9-trimetil-3-pentil-6H-dibenzo [b,d] piran-1-ol (nome oficial IUPAC)
Marijuana, hashish, charas, ghanja, bhang, kef, orla e dagga são algumas das maneiras
que a cannabispode ser consumida, mas a forma mais comum é através do fumo.
Ao inalar a fumaça da maconha, o THC vai diretamente para os pulmões que são
revestidos pelos alvéolos, responsáveis pelas trocas gasosas. Por possuírem uma
superfície grande, os alvéolos absorvem facilmente o THC e as outras substâncias.
Minutos depois de inalado, o THC cai na corrente sanguínea, chegando até o cérebro.
Em nosso cérebro existem alguns receptores canabinoides que se concentram em
lugares diferentes, como no hipocampo, cerebelo e gânglios basais. Esses receptores
possuem efeitos em algumas atividades mentais e físicas como memória de curto prazo,
coordenação, aprendizado e soluções de problemas.
Os receptores canabinoides são ativados pela anandamida, substância endógena
neurotransmissora que é comparada ao THC, o princípio ativo da maconha. O THC,
também pertencente ao grupo dos canabinoides, copia as ações da anandamida se
ligando aos receptores canabinoides e ativando os neurônios, influenciando de forma
adversa o cérebro. A interação do THC com o cérebro pode causar sentimentos
relaxantes, como sensação de leveza, sendo que outros sentidos também podem se
alterar.
Efeitos em curto e longo prazo
Depois de consumir a cannabis, a pessoa pode apresentar alguns efeitos físicos, como
memória prejudicada, confusão entre passado, presente e futuro, sentidos aguçados, mas
com pouco equilíbrio e força muscular, perda da coordenação, aumento dos batimentos
cardíacos, percepção distorcida, ansiedade, olhos avermelhados por causa da dilatação
dos vasos sanguíneos oculares, boca seca e dificuldade com pensamentos e solução de
problemas.
As pessoas que fumam maconha também estão suscetíveis aos mesmos problemas das
pessoas que fumam tabaco, como asma, enfisema pulmonar, bronquite e câncer.
Dependência
Afinal, a maconha causa ou não dependência?
Muitos estudos estão sendo feitos a respeito desse assunto, mas ainda não se sabe ao
certo se a maconha causa ou não a dependência. Por causa da dificuldade de se
quantificar a maconha que atinge a corrente sanguínea, não há doses formais de THC
que causam dependência. Acredita-se que a dependência aumenta conforme o período
do uso.
Estudos mostram que alguns usuários que fazem uso da maconha diariamente não
desenvolvem o vício, enquanto outros podem desenvolver uma síndrome de uso
compulsivo semelhante à dependência de outras drogas.
Não é possível ainda determinar a natureza dos sintomas de abstinência da maconha.
De acordo com aAgência Americana de Combate às Drogas, o consumo prolongado
de maconha pode causar danos aos pulmões e ao sistema reprodutivo.
Usos medicinais
Nos séculos passados, a maconha era usada, naChina, como anestésico, analgésico,
antidepressivo, antibiótico e sedativo. A erva foi citada na primeira farmacopeia (livro
que reunia fórmulas e receitas de medicamentos) conhecida no mundo, cerca de 2 mil
anos atrás, recomendando o seu uso para prisão de ventre, malária, reumatismo e dores
menstruais. No século XIX, alguns povos começaram a utilizá-la no tratamento da
gonorreia e angina.
Atualmente, muitos acreditam que os efeitos negativos da maconha superam os seus
efeitos positivos, mas muitos efeitos nocivos da maconha permanecem inconclusivos.
Por essa razão, algumas pessoas pedem para que ela seja legalizada a fim de ser
utilizada como medicamento no tratamento de algumas doenças, como câncer e AIDS
(combate as náuseas e estimula o apetite), glaucoma (alivia a pressão ocular), epilepsia
(evita as convulsões) e esclerose múltipla (diminui espasmos musculares).
Em alguns estados norte-americanos, o uso medicinal da maconha já foi legalizado.
Paula Louredo
Graduada em Biologia
Merla
A merla é derivada da cocaína. É uma junção das folhas da coca com alguns produtos
químicos como ácido sulfúrico, querosene, cal virgem entre outros que ao ser misturado
se transforma numa pasta onde se concentra em torno de 40 a 70% de cocaína. É
ingerida pura ou misturada num cigarro normal ou num cigarro de maconha.
É uma droga super perigosa causando dependência física e psíquica ao paciente, além
de danos ao organismo irreparáveis.
É absorvida pela mucosa pulmonar rapidamente e assim como a cocaína é excitante ao
sistema nervoso. Causa euforia, diminuição de fadiga, aumento de energia, diminuição
do sono, do apetite e consequentemente causa perda de peso bastante expressiva e
psicose tóxica como alucinações, delírios e confusões mentais.
Durante o uso da merla, o usuário pode ter convulsões e perda de consciência. As
convulsões podem levar o usuário a ter uma parada respiratória, coma, parada cardíaca e
a morte. Ao passar o efeito da merla, o usuário sente medo, depressão e paranóia de
perseguição que em alguns casos leva o usuário ao suicídio.
O usuário da merla normalmente apresenta a ponta dos dedos amarelada, olhos
avermelhados, lacrimejados e irritados, respiração difícil, tremores nas mãos, irritação e
inquietação. Ao longo do tempo o usuário perde seus dentes pois na merla existe um
composto misturado chamado ácido de bateria que começa a furar os dentes até que a
perda total aconteça.
Ainda nesta aula haverá tempo de realizar uma experiência simples que mostra como
apenas um cigarro deposita grande quantidade de resíduos no organismo. Para isso
construa e utilize um “Fumante Artificial”.
Dica! – É recomendável que o professor faça a experiência como forma de
demonstração, já que irá manipular cigarros. Também é importante que o professor
prepare o material e teste antes de apresentá-lo aos alunos. Realizar a atividade no
laboratório ou em local aberto evitará o mau cheiro na sala de aula.
Para construir o “Fumante Artificial” faça dois furos na tampa de uma garrafa
descartável. Introduza nesses furos dois pedaços de mangueira transparente (um maior e
outro menor) de diâmetro interno quase igual à espessura de um cigarro. Use cola
quente ou de silicone para vedar os locais onde as mangueiras foram colocadas.
Utilizando o “Fumante Artificial”
Introduza na mangueira menor um pequeno pedaço de algodão limpo e empurre um
pouco para dentro. Em seguida encaixe um cigarro nessa mesma mangueira. Acenda o
cigarro. Para simular o fumo segure a garrafa com uma das mãos e a mangueira maior
com a outra. Aperte a garrafa deixando o ar sair pela mangueira maior. Ao soltar a
garrafa tampe com o dedo a entrada da mangueira maior. Isso fará com que o ar seja
aspirado através do cigarro, fazendo com que ele queime. Faça isso repetidas vezes, até
que o cigarro queime por completo. Quando isso ocorrer retire o cigarro, apague e jogue
no lixo.
Finalmente retire o algodão com o auxílio de uma pinça e compare-o com outro pedaço
de algodão limpo. A experiência também pode ser feita queimando dois ou três cigarros,
o que resultará em um acúmulo maior de resíduos. (Veja fotos)
Após a demonstração da experiência promova uma conversa a respeito do resultado
obtido:
• Qual o aspecto do algodão após aspirar um cigarro? E depois de aspirar três
cigarros?
• A que conclusões o experimento nos leva em relação ao uso do cigarro?

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  • 1. A força do cigarro no organismo O importante é não consumir o primeiro Por longos e longos anos as pessoas foram ensinadas que o cigarro somente provocaria reações no organismo após um grande período de uso, porém estudos recentes desmentem tais ensinamentos e assustadoramente mostram a real força do cigarro no organismo. Este, composto por tabaco seco enrolado por um fino papel que se queima após ser aceso, provoca rápidas reações no corpo do homem. Segundo estudiosos, cerca de 10% dos fumantes que colocam o primeiro cigarro na boca já apresentam reações significativas no organismo que provocam a dependência por um período de até dois dias depois, idéia que se aplicava somente aos fumantes de longa data. O curioso é que um cigarro consegue suprir, em fumantes iniciantes, a necessidade do organismo em relação à droga por até uma semana, o que não acontece com fumantes de longa data. Intrigantemente, a nicotina presente em um só cigarro consegue aumentar a produção de hormônios receptores no lobo frontal do cérebro, no hipocampo e no cerebelo que envolve a memória a longo prazo. Dessa forma, dois dias após ter fumado um único cigarro um indivíduo passa a ter necessidades da droga no organismo. A manifestação da dependência à droga ocorre por causa das adaptações que o organismo faz para recebê-la na busca por manter seu equilíbrio químico e funcional. Com o decorrer do tempo, as pessoas tendem a necessitar de um novo cigarro em um curto período, ou seja, em um prazo de duas horas o organismo já deixa o indivíduo inquieto, irritado e ansioso fazendo com que busque a calmaria no cigarro. Deixar de fumar não é fácil. Segundo pesquisas, somente 3% dos fumantes conseguem abandonar o vício e o restante pode até conseguir parar durante um período, mas após esse volta a fumar. Acredita-se que a melhor forma para abandonar o vício é deixá-lo de uma só vez e não gradualmente como muitos fazem. Por Gabriela Cabral Equipe Brasil Escola Álcool Álcool: droga social bastante consumida em todo o mundo. O principal agente do álcool é o etanol (álcool etílico). O consumo do álcool é antigo, bebidas como vinho e cerveja possuíam conteúdo alcoólico baixo, uma vez que
  • 2. passavam pelo processo de fermentação. Outros tipos de bebidas alcoólicas apareceram depois, com o processo de destilação. Apesar de o álcool possuir grande aceitação social e seu consumo ser estimulado pela sociedade, ele é uma droga psicotrópica que atua no sistema nervoso central, podendo causar dependência e mudança no comportamento. Quando consumido em excesso, o álcool é visto como um problema de saúde, já que esse excesso pode estar ligado a acidentes de trânsito, violência e alcoolismo (quadro de dependência). Os efeitos do álcool são percebidos em dois períodos, um que estimula e outro que deprime. No primeiro período pode ocorrer euforia e desinibição. Já no segundo momento ocorre descontrole, falta de coordenação motora e sono. Os efeitos agudos do consumo do álcool são sentidos em órgãos como o fígado, coração, vasos e estômago. Em caso de suspensão do consumo, pode ocorrer também a síndrome da abstinência, caracterizada por confusão mental, visões, ansiedade, tremores e convulsões. Patrícia Lopes Equipe Brasil Escola Anfetaminas Anfetaminas: drogas usadas principalmente em regimes de emagrecimento e como estimulante. As anfetaminas são drogas estimulantes, ou seja, estimulam o sistema nervoso central, provocando aumento das capacidades físicas e psíquicas. Os efeitos que podem ser sentidos no corpo são: dilatação da pupila, aumento da pressão sanguínea, aumento do número de batimentos cardíacos. Anfetaminas são drogas sintéticas, fabricadas em laboratório. Foi sintetizada pela primeira vez em 1887, na Alemanha. Quarenta anos mais tarde começou a ser usada pelos médicos para aliviar fadiga, alargar as passagens nasais e branquiais e estimular o sistema nervoso central. Em 1932, a droga foi lançada na França com o nome de Benzedrine, na forma de inalador indicado como descongestionante nasal. Em 1937, foi
  • 3. comercializada na forma de comprimido para elevar estados de humor. Durante a Segunda Guerra Mundial foi utilizada pelas tropas alemãs para reforçar a resistência e eliminar a fadiga de combate. O controle da comercialização iniciou por volta do ano de 1970, quando as anfetaminas passaram a ser consideradas drogas psicotrópicas, por causar um estado de grande excitação e sensação de poder, dependendo da dosagem. As anfetaminas provocam dependência física e psíquica, o uso freqüente pode ocasionar tolerância à droga e diante da suspensão poderá ocorrer também a síndrome de abstinência. As anfetaminas são facilmente encontradas em farmácias e usadas principalmente em regimes de emagrecimento e como estimulante, pois inibe a fome e proporciona euforia, maior resistência e melhor concentração, porém as farmácias são obrigadas a vendê-las sob prescrição médica. Por Patrícia Lopes Equipe Brasil Escola Ansiolítico Ansiolítico Ansiolítico é uma droga sintética utilizada para diminuir a ansiedade e a tensão. Atingem áreas do cérebro que controlam a ansiedade. Quando recomendado por médicos, não provocam danos físicos ou mentais. É um medicamento sedativo, conhecido também como tranqüilizante, que possui o efeito de diminuir ou extinguir a ansiedade, sem prejudicar excessivamente as funções psíquicas e motoras. São utilizados no tratamento de insônia e para reprimir crises convulsivas. Recebem o nome de drogas hipnóticas, por induzir o sono. Os ansiolíticos mais comuns são as substâncias chamadas benzodiazepínicos. São utilizados via oral, em forma de comprimidos ou cápsulas, ou via endovenosa, em forma de injeção. Devido à facilidade com que este medicamento é disponibilizado em farmácias, seu uso tornou-se comum. Existem pessoas que ao se sentirem estressadas ou nervosas fazem uso desse medicamento, mesmo sem recomendação médica.
  • 4. O ansiolítico é utilizado por usuários de drogas estimulantes, para diminuir a euforia, a excitação e até mesmo para dormir após o uso prolongado de drogas. Os ansiolíticos benzodiazepínicos podem causar dependência quando são utilizados por um longo período. Os sintomas de abstinência são: irritabilidade, dores no corpo, insônia, em casos extremos provoca convulsão. Em mulheres grávidas, o ansiolítico pode provocar má formação fetal. Os benzodiazepínicos são as drogas mais utilizadas em todo o mundo, e consideradas um problema de saúde pública nos países mais desenvolvidos. Por Patrícia Lopes Equipe Brasil Escola Boa Noite Cinderela Boa noite cinderela: um golpe bastante frequente. O boa noite cinderela, também conhecido por “rape drugs” (drogas de estupro), é o nome dado a um golpe no qual um sujeito, geralmente simpático e de boa aparência coloca um coquetel de drogas, como o ácido gama-hidroxibutírico, juntamente à bebida de outra pessoa. Encontradas, geralmente, na forma de comprimidos ou gotas; tais drogas depressoras do sistema nervoso centrall, ao serem ministradas juntamente com bebidas alcoólicas, alteram o nível de consciência, por até três dias, deixando a vítima vulnerável o suficiente para ser roubada e/ou violentada. Além disso, podem causar intoxicação ou morte por desidratação. Por se dissolverem facilmente; e serem incolores e inodoras, identificar um copo que recebeu tais doses é tarefa quase impossível. De ocorrência relativamente frequente, este golpe ocorre geralmente em festas, boates, bares e praia; fornecendo como efeitos iniciais os mesmos que o álcool proporciona. Em um segundo momento, o indivíduo sente-se sonolento e com dificuldades de reagir a ameaças físicas e/ou psicológicas, obedecendo basicamente a todos os comandos
  • 5. ditados pelo golpista. Devido ao constrangimento das vítimas e também à falta de clareza quanto à sucessão dos fatos, poucas são as pessoas que registram queixas relacionadas a este golpe em delegacias de polícia. Assim, as estatísticas são subestimadas, e a ação da polícia é restrita. Para evitar ser vítima deste tipo de crime, tenha cautela: não leve desconhecidos até sua casa, não aceite bebidas de estranhos, e não descuide de seu copo! Por Mariana Araguaia Graduada em Biologia Cigarro Cigarro: um problema de saúde pública. Há pelo menos dez mil anos antes de Cristo, índios da América Central já utilizavam o tabaco em forma de cigarro em rituais religiosos. Já em nosso país, relatos mais antigos apontam que, em 1556, o capelão da primeira expedição francesa ao nosso país observou esta prática entre os tupinambás. O cigarro começou a ser fabricado a partir de 1840 e, quarenta anos depois, foi criada uma máquina capaz de enrolar um grande número de cigarros por minuto, propiciando a sua popularização. Apesar de visível, o fato de que este provoca dependência e seu uso pode desencadear em uma gama de doenças foi reconhecido somente em meados do século vinte. Atualmente, são aproximadamente 1,2 bilhão de fumantes em todo o mundo, sendo que 38 milhões vivem no Brasil. Uma das mais de 4500 substâncias que um único cigarro contém – a nicotina – interage com receptores neurais, que liberam substâncias como a dopamina, acetilcolina, serotonina e betaendorfina, conferindo uma sensação de prazer imediata. Mais viciante que drogas como álcool, cocaína, crack e morfina; a nicotina atinge o cérebro em até vinte segundos: tempo bem mais rápido que o princípio ativo de qualquer outra destas drogas. Assim, a probabilidade de um indivíduo se tornar dependente da nicotina é muito alta, com crise de abstinência bastante incômoda, que
  • 6. geralmente se inicia minutos depois do último trago, sendo as grandes responsáveis pela dificuldade de um fumante em interromper o uso do cigarro. Esta situação é tão séria, e triste, que não é raro vermos pacientes fumantes em estágio terminal, implorando desesperadamente por mais um trago. Gás carbônico, monóxido de carbono, amônia, benzeno, tolueno, alcatrão, ácido fórmico, ácido acético, chumbo, cádmio, zinco, níquel dentre muitas outras substâncias são encontradas no cigarro. Estas são responsáveis pelo aumento dos riscos que esses indivíduos têm de desenvolver problemas de saúde como cânceres, doenças coronarianas, má circulação sanguínea, enfisema pulmonar, bronquite crônica, derrames cerebrais, úlceras, osteoporose, impotência, catarata. Como algumas destas são liberadas no ar, juntamente com a fumaça, pessoas que convivem com fumantes estão também sujeitas. Há também a tromboangeíte obliterante, doença de ocorrência única entre fumantes, e que obstrui as artérias das extremidades e provoca necrose dos tecidos. Além disso, o cigarro é considerado o maior poluente de ambientes domiciliares; é responsável pela derrubada de árvores e queimadas em prol do plantio do fumo e fabricação de lenha para abastecimento de fornalhas para o ressecamento das folhas; contamina os solos pelo uso de agrotóxicos; e é o causador de inúmeras queimadas, graças ao descarte indevido de suas bitucas. Diante destes fatos, não é de se admirar que o cigarro seja considerado um dos maiores problemas de saúde pública (e ambiental) que nossa sociedade enfrenta na atualidade. Mariana Araguaia Graduada em Biologia Cocaína Uma das formas de utilização da cocaína é por meio da inalação A Erythroxylon coca é uma planta encontrada na América Central e América do Sul. Essas folhas são utilizadas, pelo povo andino, para mascar ou como componente de chás, com a função de aliviar os sintomas decorrentes das grandes altitudes. Entretanto, uma substância alcaloide que constitui cerca de 10% desta parte da planta, chamada benzoilmetilecgonina, é capaz de provocar sérios problemas de saúde e também sociais.
  • 7. Na primeira fase da extração do alcaloide, as folhas são prensadas em ácido sulfúrico, querosene ou gasolina, resultando em uma pasta denominada sulfato de cocaína. Na segunda e última, utiliza-se ácido clorídrico, formando um pó branco. Assim, neste segundo caso, ela pode ser aspirada, ou dissolvida em água e depois injetada. Já a pasta é fumada em cachimbos, sendo chamada, neste caso, de crack. Há também a merla, que é a cocaína em forma de base, cujos usuários fumam-na pura ou juntamente com maconha. Atuando no Sistema Nervoso Central, a cocaína provoca euforia, bem estar, sociabilidade. Pelo fato de que nem sempre as pessoas conseguem ter tais sensações naturalmente, e de forma intensa, uma pessoa que se permite utilizar esta substância tende a querer usar novamente, e mais uma vez, e assim sucessivamente. O coração tende a acelerar, a pressão aumenta e a pupila se dilata. O consumo de oxigênio aumenta, mas a capacidade de captá-lo, diminui. Este fator, juntamente as com arritmias que a substância provoca, deixa o usuário pré-disposto a infartos. O uso frequente também provoca dores musculares, náuseas, calafrios e perda de apetite. Como a cocaína tende a perder sua eficácia ao longo do tempo de uso, fato este denominado tolerância à droga, o usuário tende a utilizar progressivamente doses mais altas buscando obter, de forma incessante e cada vez mais inconsequente, os mesmos efeitos agradáveis que conseguia no início de seu uso. Dosagens muito frequentes e excessivas provocam alucinações táteis, visuais e auditivas; ansiedade, delírios, agressividade, paranoia. Este ciclo torna-o também cada vez mais dependente, fazendo de tudo para conseguir a droga, resultando em problemas sérios não só no que tange à sua saúde, mas também em suas relações interpessoais. Afastamento da família e amigos, e até mesmo comportamentos condenáveis, como participação de furtos ou assaltos para obter a droga são comuns. Além de provocar, em longo prazo, comprometimento dos músculos esqueléticos, existem ainda os agravantes recorrentes da forma de uso. Cocaína injetável, por exemplo, pode provocar a contaminação por doenças infecciosas, como hepatite e AIDS, e infecções locais. No caso daqueles que inalam, comprometimento do olfato, rompimento do septo nasal e complicações respiratórias, estas últimas também típicas dos fumantes, incluindo aí bronquite, tosse persistente e disfunções severas. Gestantes podem ter bebês natimortos, com malformações, ou comprometimento neurológico.
  • 8. Romper com a droga é difícil, já que o indivíduo tende a se sentir deprimido, irritadiço, e com insônia. Assim, quando um usuário opta por deixá-la, deve receber bastante amparo e ser incentivado neste sentido. É necessária ajuda médica, tanto no processo de desintoxicação quanto tempos depois desta etapa. Por Mariana Araguaia Graduada em Biologia Equipe Brasil Escola Cola de sapateiro O uso da cola de sapateiro é bastante frequente entre jovens. A cola de sapateiro é uma droga pertencente ao grupo dos inalantes, uma vez que é utilizada dessa forma, com absorção pulmonar. Segundo pesquisa feita pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, é a quarta droga mais consumida em nosso país, depois do tabaco, álcool e maconha. Composta por diversas substâncias, como o tolueno e n-hexana, proporciona sensações de excitação, além de alucinações auditivas e visuais que, em contrapartida, são acompanhadas de tontura, náuseas, espirros, tosse, salivação e fotofobia. Tais efeitos são bastante rápidos, levando o indivíduo a inalar novamente. Seu uso constante desencadeia em desorientação, falta de memória, confusão mental, alucinação, perda de autocontrole, visão dupla, palidez, movimento involuntário do globo ocular, irritação das mucosas, paralisia, lesões cardíacas, pulmonares e hepáticas, dentre outros; podendo desencadear em convulsões, inconsciência, e até mesmo morte súbita. Isso acontece porque tais substâncias provocam a destruição de neurônios e nervos periféricos, além de ser consideravelmente irritantes. Sendo facilmente encontrada, também possui baixo custo, facilitando seu uso, por exemplo, por meninos e meninas de rua e estudantes. Assim, é um sério problema de saúde pública, inclusive considerando que atos infracionais cometidos por adolescentes sob efeito desta droga são superiores aos demais. Diante destes fatos, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu a Resolução RDC nº 345, de 15 de dezembro de 2005, que proíbe a comercialização de substâncias inalantes que afetam o sistema nervoso central a menores de idade. Este órgão também exige, neste documento, que as embalagens de tal produto contenham número de controle, individual e sequencial; e que o vendedor preencha, no ato da compra, os dados pessoais do comprador, com sua respectiva assinatura. Além disso,
  • 9. esta resolução define inscrições relacionadas à toxidade que deve conter em tais embalagens. Por Mariana Araguaia Graduada em Biologia Equipe Brasil Escola Crack Crack: um sério problema de saúde e também social. O crack é preparado a partir da extração de uma substância alcaloide da planta Erythroxylon coca, encontrada na América Central e América do Sul. Chamada benzoilmetilecgonina, esse alcaloide é retirado das folhas da planta, dando origem a uma pasta: o sulfato de cocaína. Chamada, popularmente, de crack, tal droga é fumada em cachimbos. Cerca de cinco vezes mais potente que a cocaína, sendo também relativamente mais barata e acessível que outras drogas, o crack tem sido cada vez mais utilizado, e não somente por pessoas de baixo poder aquisitivo, e carcerários, como há alguns anos. Ele está, hoje, presente em todas as classes sociais e em diversas cidades do país. Assustadoramente, cerca de 600.000 pessoas são dependentes, somente no Brasil. Tal substância faz com que a dopamina, responsável por provocar sensações de prazer, euforia e excitação, permaneça por mais tempo no organismo. Outra faceta da dopamina é a capacidade de provocar sintomas paranoicos, quando se encontra em altas concentrações. Perseguindo esse prazer, o indivíduo tende a utilizar a droga com maior frequência. Com o passar do tempo, o organismo vai ficando tolerante à substância, fazendo com que seja necessário o uso de quantidades maiores da droga para se obter os mesmos efeitos. Apesar dos efeitos paranoicos, que podem durar de horas a poucos dias e pode causar problemas irreparáveis, e dos riscos a que está sujeito; o viciado acredita que o prazer provocado pela droga compensa tudo isso. Em pouco tempo, ele virará seu escravo e fará de tudo para tê-la sempre em mãos. A relação dessas pessoas com o crime, por tal motivo, é muito maior do que em relação às outras drogas; e o comportamento violento é um traço típico. Neurônios vão sendo destruídos, e a memória, concentração e autocontrole são nitidamente prejudicados. Cerca de 30% dos usuários perdem a vida em um prazo de cinco anos – ou pela droga em si ou em consequência de seu uso (suicídio,
  • 10. envolvimento em brigas, “prestação de contas” com traficantes, comportamento de risco em busca da droga – como prostituição, etc.). Quanto a este último exemplo, tal comportamento aumenta os riscos de se contrair AIDS e outras DSTs e, como o sistema imunológico dos dependentes se encontra cada vez mais debilitado, as consequências são preocupantes. Superar o vício não é fácil e requer, além de ajuda profissional, muita força de vontade por parte da pessoa, e apoio da família. Há pacientes que ficam internados por muitos meses, mas conseguem se livrar dessa situação. Por Mariana Araguaia Graduada em Biologia Equipe Brasil Escola Ecstasy O ecstasy é uma droga psicoativa que pode levar o indivíduo à morte Também chamado de droga do amor, o ecstasy é uma droga psicoativa, conhecida quimicamente como 3,4-metilenodioximetanfetamina e abreviada por MDMA. O ecstasy foi produzido por uma indústria farmacêutica no ano de 1914 com o intuito de ser utilizado como supressor do apetite, mas nunca foi utilizado para essa finalidade. Nos anos 60, começou a ser utilizado por psicoterapeutas para elevar o ânimo de pacientes; e na década de 70 passou a ser consumido recreativamente, sendo disseminado principalmente entre estudantes universitários. O uso dessa droga é proibido em vários países, inclusive no Brasil. Embora esse modo de utilização não seja mais empregado, o ecstasy pode ser injetado via intravenosa. Atualmente o consumo ilegal de ecstasy tem sido realizado na forma de comprimidos via oral. O efeito do ecstasy pode durar em média oito horas, mas isso varia de acordo com o organismo. Em pessoas que possuem maiores quantidades de enzimas metabolizadoras, o efeito do ecstasy pode durar menos tempo. À medida que as enzimas do organismo metabolizam as toxinas, elas produzem também metabólitos ativos que continuam exercendo atividade psicoativa, como se fosse a própria droga, mas com efeitos não muito agradáveis, que podem durar por mais algumas horas. Os usuários dessa droga sentem aumento do estado de alerta, maior interesse sexual, sensação de bem-estar, grande capacidade física e mental, euforia e aumento da sociabilização e extroversão.
  • 11. Após o uso da droga ocorrem alguns efeitos indesejados, como aumento da tensão muscular e da atividade motora, aumento da temperatura corporal, enrijecimento e dores na musculatura dos membros inferiores e coluna lombar, dores de cabeça, náuseas, perda do apetite, visão borrada, boca seca, insônia, grande oscilação da pressão arterial, alucinações, agitação, ansiedade, crise de pânico e episódios breves de psicose. O aumento no estado de alerta pode levar à hiperatividade e à fuga de ideias. Nos dias seguintes ao uso da droga o usuário pode ficar deprimido, com dificuldade de concentração, ansioso e fatigado. O uso a longo prazo do ecstasy causa muitos prejuízos à saúde. O excesso de serotonina na fenda sináptica provocado pelo uso da droga causa lesões nas células nervosas irreversíveis. Essas células, quando lesionadas, têm seu funcionamento comprometido, e só se recuperam quando outros neurônios compensam a função perdida. Estudos realizados em humanos consumidores dessa droga comprovam a perda da atividade serotoninérgica, que leva seu usuário a apresentar perturbações mentais e comportamentais, como dificuldade de memória, tanto verbal como visual, dificuldade de tomar decisões, ataques de pânico, depressão profunda, paranoias, alucinações, despersonalização, impulsividade, perda do autocontrole e morte súbita por colapso cardiovascular. O uso do ecstasy pode causar lesão no fígado, que fica amolecido, além de aumentar de tamanho, com tendência a sangramentos. Dependendo do grau de toxicidade, o quadro evolui para hepatite fulminante, podendo causar a morte caso não haja um transplante de fígado. No coração, a aceleração dos ritmos cardíacos e o aumento da pressão arterial podem levar à ruptura de alguns vasos sanguíneos, causando sangramentos. O uso de ecstasy ligado à intensa atividade física (dançar por várias horas) pode causar aumento da temperatura corporal e consequente hemorragia interna, o que pode levar à morte. O aumento da temperatura corporal tem alguns sintomas como desorientação, parar de transpirar, vertigens, dores de cabeça, fadiga, câimbras e desmaio. Ainda não há estudos que comprovem que o ecstasy provoca dependência física, mas também não podemos afirmar que isso não irá acontecer. Paula Louredo Graduada em Biologia
  • 12. Heroína A heroína causa dependência física e psíquica. A heroína é uma droga derivada da papoula, sintetizada a partir da morfina: substância bastante utilizada no século XIX pelas suas propriedades analgésicas e antidiarreicas. Como outras drogas originárias desta planta, a heroína atua sobre receptores cerebrais específicos, provocando um funcionamento mais brando do sistema nervoso e respiratório. Descoberta sua potencialidade em causar dependência química e psíquica de forma bastante rápida, sua comercialização foi proibida na década de vinte. Entretanto, principalmente no sudeste asiático e Europa, essa substância é produzida e distribuída para todo o mundo clandestinamente. Apresentando-se em sua forma pura como um pó branco de coloração esbranquiçada, é utilizada mais frequentemente de forma injetável, após aquecimento. Além disso, alguns usuários a inalam ou aspiram. Seus efeitos duram aproximadamente cinco horas, proporcionando sensações de bem- estar, euforia e prazer; elevação da autoestima e diminuição do desânimo, dor e ansiedade. Como esta droga desenvolve dependência e tolerância de forma bastante rápida, o usuário passa a consumi-la com mais frequência com o intuito de buscar o mesmo bem- estar provocado anteriormente, e também de fugir das sensações provocadas pela abstinência. Essa, que surge aproximadamente vinte e quatro horas após seu uso, pode provocar diarreia, náuseas, vômitos, dores musculares, pânico, insônia, inquietação e taquicardia. Assim, formas de obtê-la passam a ser o foco de suas vidas, gerando consequências sérias. Constantes vômitos, diarreias e fortes dores abdominais, perda de peso, depressão, abortos espontâneos, surdez, delírio, descompassos cardíacos, incapacidade de concentração, depressão do ciclo respiratório, colapso dos vasos sanguíneos; além de problemas relacionados às interações sociais e familiares são algumas consequências que o usuário está sujeito, em médio prazo. Além disso, no caso de pessoas que a utilizam na forma injetável, há chances de ocorrer necrose de tecidos e de se adquirir diversas doenças, como AIDS, hepatites e pneumonias, em decorrência da utilização de seringas compartilhadas.
  • 13. A maioria dos casos de morte por overdose é consequência de paradas respiratórias decorrentes de seu uso prolongado, ou de uso concomitante com outras drogas. Por Mariana Araguaia Graduada em Biologia Equipe Brasil Escola LSD O LSD, acrônimo de dietilamida ácido lisérgico, produz grandes alterações no cérebro, atuando diretamente sobre o sistema nervoso e provocando fenômenos psíquicos, como alucinações, delírios e ilusões. É uma substância sintética, produzida em laboratório, que adquiriu popularidade na década de 60, quando não era vista como algo prejudicial à saúde. Pode ser consumida por via oral, injeção ou inalação, e se apresenta em forma de barras, cápsulas, tiras de gelatina e líquida; seus efeitos duram de oito a doze horas. Os efeitos físicos dessa droga são: dilatação das pupilas, sudorese, aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, aumento da temperatura, náuseas, vômitos. Os sintomas psíquicos são alucinações auditivas e visuais, sensibilidade sensorial, confusão, pensamento desordenado, perda do controle emocional, euforia alternada com angústia, dificuldade de concentração. É importante destacar que os efeitos do LSD dependem do ambiente, da qualidade da droga e da personalidade da pessoa. O LSD é mais usado por adolescentes e jovens, que querem experimentar visões e sensações novas e coloridas, pois as formas, cheiros, cores e situações se modificam, levando a pessoa a criar ilusões e delírios, como por exemplo, paredes que escorregam, mania de grandeza e perseguição. Pode ocorrer também um “flashback”, fenômeno no qual são sentidos os efeitos da droga após um período de semanas ou meses sem usá-la. O LSD é conhecido também com outros nomes como doce, ácido, gota, papel e microponto. Patrícia Lopes Equipe Brasil Escola
  • 14. Maconha A maconha tem sua origem na Índia A planta Planta herbácea de clima quente e úmido, originária da Índia, a maconha (Cannabis sativa) pertence à família Moraceae e pode atingir até 5 metros de altura. Possui folhas digitadas e flores pequenas, amarelas e sem perfume. É uma planta dioica que apresenta talos com flores femininas e talos com flores masculinas. O fato de a planta possuir talos com flores diferentes influencia na colheita, pois as flores masculinas endurecem mais rápido, morrendo após a floração, enquanto que as inflorescências femininas permanecem com uma cor verde-escura até um mês após a floração, quando as sementes amadurecem. Quando não ocorre fecundação das flores femininas, elas excretam grandes quantidades de resina pegajosa composta por dezenas de substâncias diferentes. O fruto da maconha é amarelo-esverdeado, pequeno, ovalado e contém uma substância ácida que serve de alimento para algumas espécies de aves. Os primeiros relatos dessa erva no Brasil datam do século XVIII quando era usada para a produção de fibras chamadas de cânhamos. Tais fibras eram obtidas por meio de vários processos, incluindo desfolhamento, secagem, esmagamento e agitação que separam as fibras da madeira. Essas fibras fortes e duráveis foram usadas como velas de navios por séculos e até hoje são utilizadas em cordas, cabos, esponjas, tecidos e fios. As sementes com muitas proteínas e carboidratos são utilizadas na alimentação de pássaros domésticos, e em cereais e granolas. Do óleo extraído das sementes fazem-se tintas, vernizes, sabões e óleo comestível. Substâncias da maconha A planta da maconha contém mais de 400 substâncias químicas, das quais 60 se classificam na categoria dos canabinoides, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde. O tetra-hidrocarbinol (THC) é um desses canabinoides e é a substância mais associada aos efeitos que a maconha produz no cérebro. A concentração de THC na planta depende de alguns fatores, como solo, clima, estação do ano, época da colheita, tempo decorrido entre a colheita e o uso, condições de plantio, genética da planta, processamento após a colheita, etc., por isso os efeitos podem variar bastante de uma planta para outra.
  • 15. THC ou 6,6,9-trimetil-3-pentil-6H-dibenzo [b,d] piran-1-ol (nome oficial IUPAC) Marijuana, hashish, charas, ghanja, bhang, kef, orla e dagga são algumas das maneiras que a cannabispode ser consumida, mas a forma mais comum é através do fumo. Ao inalar a fumaça da maconha, o THC vai diretamente para os pulmões que são revestidos pelos alvéolos, responsáveis pelas trocas gasosas. Por possuírem uma superfície grande, os alvéolos absorvem facilmente o THC e as outras substâncias. Minutos depois de inalado, o THC cai na corrente sanguínea, chegando até o cérebro. Em nosso cérebro existem alguns receptores canabinoides que se concentram em lugares diferentes, como no hipocampo, cerebelo e gânglios basais. Esses receptores possuem efeitos em algumas atividades mentais e físicas como memória de curto prazo, coordenação, aprendizado e soluções de problemas. Os receptores canabinoides são ativados pela anandamida, substância endógena neurotransmissora que é comparada ao THC, o princípio ativo da maconha. O THC, também pertencente ao grupo dos canabinoides, copia as ações da anandamida se ligando aos receptores canabinoides e ativando os neurônios, influenciando de forma adversa o cérebro. A interação do THC com o cérebro pode causar sentimentos relaxantes, como sensação de leveza, sendo que outros sentidos também podem se alterar. Efeitos em curto e longo prazo Depois de consumir a cannabis, a pessoa pode apresentar alguns efeitos físicos, como memória prejudicada, confusão entre passado, presente e futuro, sentidos aguçados, mas com pouco equilíbrio e força muscular, perda da coordenação, aumento dos batimentos cardíacos, percepção distorcida, ansiedade, olhos avermelhados por causa da dilatação dos vasos sanguíneos oculares, boca seca e dificuldade com pensamentos e solução de problemas.
  • 16. As pessoas que fumam maconha também estão suscetíveis aos mesmos problemas das pessoas que fumam tabaco, como asma, enfisema pulmonar, bronquite e câncer. Dependência Afinal, a maconha causa ou não dependência? Muitos estudos estão sendo feitos a respeito desse assunto, mas ainda não se sabe ao certo se a maconha causa ou não a dependência. Por causa da dificuldade de se quantificar a maconha que atinge a corrente sanguínea, não há doses formais de THC que causam dependência. Acredita-se que a dependência aumenta conforme o período do uso. Estudos mostram que alguns usuários que fazem uso da maconha diariamente não desenvolvem o vício, enquanto outros podem desenvolver uma síndrome de uso compulsivo semelhante à dependência de outras drogas. Não é possível ainda determinar a natureza dos sintomas de abstinência da maconha. De acordo com aAgência Americana de Combate às Drogas, o consumo prolongado de maconha pode causar danos aos pulmões e ao sistema reprodutivo. Usos medicinais Nos séculos passados, a maconha era usada, naChina, como anestésico, analgésico, antidepressivo, antibiótico e sedativo. A erva foi citada na primeira farmacopeia (livro que reunia fórmulas e receitas de medicamentos) conhecida no mundo, cerca de 2 mil anos atrás, recomendando o seu uso para prisão de ventre, malária, reumatismo e dores menstruais. No século XIX, alguns povos começaram a utilizá-la no tratamento da gonorreia e angina. Atualmente, muitos acreditam que os efeitos negativos da maconha superam os seus efeitos positivos, mas muitos efeitos nocivos da maconha permanecem inconclusivos. Por essa razão, algumas pessoas pedem para que ela seja legalizada a fim de ser utilizada como medicamento no tratamento de algumas doenças, como câncer e AIDS (combate as náuseas e estimula o apetite), glaucoma (alivia a pressão ocular), epilepsia (evita as convulsões) e esclerose múltipla (diminui espasmos musculares). Em alguns estados norte-americanos, o uso medicinal da maconha já foi legalizado.
  • 17. Paula Louredo Graduada em Biologia Merla A merla é derivada da cocaína. É uma junção das folhas da coca com alguns produtos químicos como ácido sulfúrico, querosene, cal virgem entre outros que ao ser misturado se transforma numa pasta onde se concentra em torno de 40 a 70% de cocaína. É ingerida pura ou misturada num cigarro normal ou num cigarro de maconha. É uma droga super perigosa causando dependência física e psíquica ao paciente, além de danos ao organismo irreparáveis. É absorvida pela mucosa pulmonar rapidamente e assim como a cocaína é excitante ao sistema nervoso. Causa euforia, diminuição de fadiga, aumento de energia, diminuição do sono, do apetite e consequentemente causa perda de peso bastante expressiva e psicose tóxica como alucinações, delírios e confusões mentais. Durante o uso da merla, o usuário pode ter convulsões e perda de consciência. As convulsões podem levar o usuário a ter uma parada respiratória, coma, parada cardíaca e a morte. Ao passar o efeito da merla, o usuário sente medo, depressão e paranóia de perseguição que em alguns casos leva o usuário ao suicídio. O usuário da merla normalmente apresenta a ponta dos dedos amarelada, olhos avermelhados, lacrimejados e irritados, respiração difícil, tremores nas mãos, irritação e inquietação. Ao longo do tempo o usuário perde seus dentes pois na merla existe um composto misturado chamado ácido de bateria que começa a furar os dentes até que a perda total aconteça. Ainda nesta aula haverá tempo de realizar uma experiência simples que mostra como apenas um cigarro deposita grande quantidade de resíduos no organismo. Para isso construa e utilize um “Fumante Artificial”. Dica! – É recomendável que o professor faça a experiência como forma de demonstração, já que irá manipular cigarros. Também é importante que o professor prepare o material e teste antes de apresentá-lo aos alunos. Realizar a atividade no laboratório ou em local aberto evitará o mau cheiro na sala de aula.
  • 18. Para construir o “Fumante Artificial” faça dois furos na tampa de uma garrafa descartável. Introduza nesses furos dois pedaços de mangueira transparente (um maior e outro menor) de diâmetro interno quase igual à espessura de um cigarro. Use cola quente ou de silicone para vedar os locais onde as mangueiras foram colocadas. Utilizando o “Fumante Artificial” Introduza na mangueira menor um pequeno pedaço de algodão limpo e empurre um pouco para dentro. Em seguida encaixe um cigarro nessa mesma mangueira. Acenda o cigarro. Para simular o fumo segure a garrafa com uma das mãos e a mangueira maior com a outra. Aperte a garrafa deixando o ar sair pela mangueira maior. Ao soltar a garrafa tampe com o dedo a entrada da mangueira maior. Isso fará com que o ar seja aspirado através do cigarro, fazendo com que ele queime. Faça isso repetidas vezes, até que o cigarro queime por completo. Quando isso ocorrer retire o cigarro, apague e jogue no lixo. Finalmente retire o algodão com o auxílio de uma pinça e compare-o com outro pedaço de algodão limpo. A experiência também pode ser feita queimando dois ou três cigarros, o que resultará em um acúmulo maior de resíduos. (Veja fotos)
  • 19.
  • 20. Após a demonstração da experiência promova uma conversa a respeito do resultado obtido: • Qual o aspecto do algodão após aspirar um cigarro? E depois de aspirar três cigarros? • A que conclusões o experimento nos leva em relação ao uso do cigarro?