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Como Investir em Ouro: O Guia
Completo
26/2/2013 HENRIQUE CARVALHO OURO 85 COMENTÁRIOS

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Como investir em Ouro é uma pergunta muito recorrente que recebo sobre
investimentos.
Após pesquisar bastante, conseguir entrevistas com especialistas e testar na
prática diversas alternativas para investir em ouro, posso finalmente
compartilhar com vocês a melhor maneira que encontrei para investir em
Ouro.
O objetivo desse artigo é ser um guia completo sobre tudo o que envolve o
tema investir em ouro.
Entretanto, se você já deseja saber qual é a melhor forma de investir em
ouro (na minha opinião), adianto que é através do Fundo Órama Ouro, que
possui os seguintes benefícios:
Aplicações iniciais de apenas R$ 5.000.
Taxa de administração de 0,60%.
Fundo Passivo, que segue de perto a cotação do Ouro.
Clique AQUI para saber tudo sobre esse fundo de investimento em Ouro.
Continue lendo esse artigo para entender todos os tópicos abaixo:
Uma Breve História do Ouro
O Ouro como Proteção para Crises Financeiras
Investimento em Ouro: Números e Estatísticas
Comparação Anual do Retorno do Ouro com Demais Ativos
Cotação do Ouro (Preço do Ouro)
Por que comprar Ouro?
Como Investir em Ouro?
Dúvidas Comuns sobre o Investimento em Ouro
Qual é a Alocação Adequada para Investir em Ouro?
A Órama sob a Visão de um Investidor em busca da Excelência
Entrevista com Sandra Blanco da Órama
(ao clicar em um desses links você é direcionado exatamente para o seu
respectivo tópico)

Uma Breve História do Ouro
O ouro é conhecido desde a Antiguidade, sendo um dos primeiros metais
trabalhados pelo Homem. Conhecido na Suméria, no Egito existem
hieróglifos egípcios de 2600 a.C. que descrevem o metal, que é referido em
várias passagens no Antigo Testamento.
Ele é considerado um dos metais mais preciosos, e o seu valor foi empregado
como padrão para muitas moedas ao longo da história.
A moeda, ou dinheiro como hoje conhecemos, já passou por diversas
transformações, seguindo a seguinte ordem:
1. Escambo (trocas primitivas, especialmente da exploração da natureza,
como trigo por exemplo).
2. Mercadorias-moeda (mercadorias raras, como o sal da Roma Antiga e o
dinheiro de bambu na China).
3. Metalismo (metais preciosos, como cobre, bronze, ferro, prata e ouro).
4. Moeda-Papel (certificados de depósito com lastro em metais preciosos).
5. Papel-Moeda (certificados de depósito sem lastro metálico integral).
6. Moeda Escritural (moeda escritural correspondente a débito e crédito
ou invisível, sem existência física, como depósitos bancários).
Cada transformação acima foi necessária para evitar problemas do meio de
troca anterior.
O Metalismo, por exemplo, teve um ótima aceitação, já que os metais
preciosos possuem uma oferta mais limitada do que gado, por exemplo.
O ouro é raro, durável, fracionável e homogênio. Para a época, esses fatores o
fizeram como escolha número 1 para ser instrumento de troca, denominação
comum de valores e reserva de valores.
Após séculos servindo como a principal forma de troca, o Ouro foi
gradativamente substituído pela moeda-papel e o papel-moeda devido à sua
dificuldade de manuseio, transporte e custódia.
A facilidade de realizar pagamentos atualmente através do papel-moeda (notas
de dinheiro), cartão de crédito e outras transações sem uso de um papelmoeda, é um fator que dificilmente alguém abrirá mão.
Entretanto, a livre impressão de dinheiro dos Bancos Centrais (com
praticamente nenhum lastro em Ouro) possui consequências diretas
como inflação e o aumento da dívida pública.
Portanto, diversas pessoas procuram investir em ouro para se proteger dessa
falta de lastreamento, que aparece com clareza nas crises financeiras.
O Ouro como Proteção para Crises
Financeiras

Você provavelmente já ouviu falar que o Ouro é um excelente investimento
nos períodos de graves crises financeiras, ou seja, quando o Ibovespa está
caindo.
Se você nunca percebeu essa correlação, dê uma olhada no gráfico abaixo:
Perceba que o investidor que investiu R$ 1,00 em Ouro no período de abril de
2000 até setembro de 2002, teria um retorno de 130%, ou 2,3 vezes o valor
investido.
Já o investidor que investiu R$ 1,00 no Ibovespa no mesmo período, teria um
retorno de -52,00%.
A correlação entre o Ouro e o Ibovespa não é negativamente perfeita, mas fica
clara a demanda pelo metal nesse período de crise, que engloba a bolha das
empresas .com na Nasdaq e o atentado terrorista às duas torres nos Estados
Unidos.
Veja abaixo outro período de crise que comprova essa correlação negativa.
A crise de 2008 foi rápida e intensa. Em apenas 6 meses, o Ibovespa
perdeu 50% do seu valor.
Porém, o Ouro subiu 24% no mesmo período, de junho de 2008 até novembro
de 2008.
E não é apenas nos períodos de crise financeira que o Ouro possui uma forte
demanda, aumentando seu preço.
Veja a seguir todos os números sobre o investimento em ouro.

Investimento em Ouro: Números
e Estatísticas
Se você deseja pular essa parte sobre estatísticas e saber logo como investir
em Ouro, basta clicar AQUI.
Para validar essa análise com os números do Ouro, coletei dados diários desde
01/07/1994 (início do Plano Real) até o dia 20/02/2013 do preço do Ouro na
BM&FBovespa.
O gráfico abaixo mostra a evolução da cotação do Ouro nesse período.

Evolução do Preço do Ouro desde 1994
Clique aqui para ver a imagem em um tamanho maior. (1020 x 510)
Esse gráfico com dados diários do Ouro mostra diversos aspectos
interessantes. São eles:
1. Pouca volatilidade até 1999.
A evolução do preço do Ouro entre 1994 e 1999 foi muito lenta e
praticamente ficou no zero-a-zero. O motivo é que o preço do Ouro aqui no
Brasil é bastante influenciado pelo Dólar.
Até janeiro de 1999, o padrão cambial no Brasil era o regime de Bandas
Cambiais, em que o Dólar só podia variar dentro dessa banda imposta pelo
governo.
Após essa data, o valor do Dólar passou a variar livremente, com mais
volatilidade e, consequentemente, afetando a cotação do Ouro.
2. Ouro tem rentabilidade de 70% em um único mês.
O mês era janeiro de 1999. A pressão pela desvalorização do Real era grande
desde 1994. Porém, devido as bandas cambiais, o valor do Dólar não subia
tanto como deveria, caso pudesse varia livremente.
Com o fim das bandas cambiais e o início da livre variação do Dólar, o valor
do Dólar subiu praticamente 65% em janeiro de 1999.
O ouro acompanhou essa tendência, com rentabilidade de 70% nesse mês.
3. O forte “Canal de Alta” desde 2008
Tracei no gráfico um canal de alta de 2008 até atualmente (20/02/2013).
Note como o preço do Ouro tocou 3 vezes tanto o topo como na base do canal
nesse extenso período.
Não que eu acredite que o preço irá “respeitar” o canal, nem que esse tipo de
Análise Técnica seja livre de riscos (leia mais aqui), mas quando uma
tendência fica clara em um prazo como esse de quase 5 anos, é, no mínimo,
interessante observá-la.
Desse modo, o Ouro tem sua cotação hoje perto dos R$ 100,00, valor
praticamente 10 vezes superior ao valor de julho de 1994 (R$ 11,35).
E como a evolução do preço do Ouro se
compara com diversos ativos?
A resposta está no gráfico abaixo:

Analisando o mesmo período do gráfico anterior, o líder de rentabilidade é o
CDI, com valorização em torno de 2868%, ou 29,68 vezes o valor investido
desde o início.
Isso significa que se o investidor tivesse investido R$ 100.000 em ativos
atrelados ao CDI, ele estaria hoje com R$ 2.968.000.
O mesmo vale para todos os ativos entre julho/94 e fevereiro/13:
1. CDI: R$ 2.968.000
2. Ibovespa: R$ 1.673.000
3. Ouro: R$ 874.000
4. Dólar: R$ 200.000
Os dados são importantes, porém, sabemos que a política cambial anterior ao
ano de 1999 impossibilitava o avanço do Dólar e do Ouro, assim como as
taxas de juros na época beiravam 50%, favorecendo investimentos atrelados
ao CDI ao contrário dos demais.
E se o início da análise fosse em 1999?

O Ouro seria o primeiro colocado em rentabilidade!
Confira o valor para um patrimônio inicial de R$ 100.000 no período entre
janeiro/99 e fevereiro/13:
1. Ouro: R$ 950.000
2. Ibovespa: R$ 899.000
3. CDI: R$ 737.000
4. Dólar: R$ 165.000
Investir em Ouro nesse período foi um ótimo negócio. Leia 3 curiosidades do
gráfico:
1. Ouro na frente do CDI?
Na evolução dos ativos desde 1994 até 2013, o CDI apresentou uma
rentabilidade 3 vezes superior ao Ouro. Entretanto, no período de câmbio
livre, o Ouro tomou a liderança, com uma rentabilidade anual em torno de
21%, conforme veremos mais abaixo.
2. Bolsa perde fôlego. Ouro ganha.
Desde sua máxima alcançada em 2008, o Ibovespa não tem conseguido
superar seu topo histórico e perdeu valor nesses últimos 5 anos.
Muitos analistas ainda reforçam a tese de que a economia mundial ainda não
se recuperou da crise e de que novas rodadas de liquidações de ações serão
comuns nessa década.
Alguns analistas que idolatram o investimento em Ouro, chamados de gold
bugs, vão além e acreditam que o dinheiro como o conhecemos hoje, está em
crise, motivo pelo qual muitos estão procurando investimentos em Ouro,
como uma forma de retorno às origens (metalismo).
O crescimento desenfreado da dívida americana e seus diversos bailouts são
uma causa/consequência desse processo todo, que resulta em uma maior
demanda por Ouro.
3. Ouro como Duplo Hedge?
Ao mesmo tempo que o Ouro cumpre seu papel de proteção (hedge) nas crises
financeiras que causam quedas de 50% no Ibovespa, ele também pode ser
associado ao retorno do lastreamento do dinheiro.
Isso significa que ao mesmo tempo que ele protege o investimento em Bolsa
ele também promove uma certa proteção contra a desvalorização do Dólar,
agindo como um duplo hedge (dupla proteção).
Saiba mais sobre hedge (proteção) aqui.

Rentabilidade média do Ouro
Esta seção do artigo irá tratar sobre os números anuais do investimento em
ouro em comparação com os demais ativos.

Qual seria a sua rentabilidade anual ao
investir em Ouro desde 1994?

12,43% seria a resposta. Praticamente 1,00% ao mês.
O destaque nesse período (1994-2012) fica para o CDI, com uma
rentabilidade anual acima de 20%.
E os dados para 1999?

Dessa vez, o Ouro lidera o ranking com rentabilidade anual de 21,52%, bem
próxima do Ibovespa, de 21,35%.
O Dólar ocupa a última posição em ambos períodos. Porém, com uma melhor
rentabilidade a partir de 1999 (6,50%) do que 1994 (3,81%).
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Comparação Anual do Retorno do
Ouro com Demais Ativos
Veja abaixo uma comparação entre o retorno ano-a-ano de 4 ativos: CDI,
Ouro, Dólar e Ibovespa.
Esse é um gráfico alinhado verticalmente para você observar a variação de
cada índice ao longo dos anos.
Apesar desse alinhamento dos anos, perceba que o eixo vertical (eixo Y) é
diferente para cada gráfico.
No entanto, já é possível ter uma boa ideia de qual foi o melhor
investimento em cada ano. Curiosidades:
1. CDI praticamente imbatível de 1994 até 1999.
Com retornos acima de 20%, investir na taxa de juros do país, apesar de um
risco maior, principalmente após o confisco da poupança na era Collor, era
sinônimo de altos retornos.
Atualmente, retornos acima de 20% ficaram na história e é esperado um
retorno na casa de 1 dígito futuramente para o CDI.
2. 1999: O ano que todo investidor sonha.
Perceba a barra do ano de 1999 para os 4 ativos. Todas com retornos acima de
20%. A ordem de retorno nesse ano foi:
1. Ibovespa: 151,95%
2. Ouro: 52,72%
3. Dólar: 48,07%
4. CDI: 25,12%
3. Dólar: Um ativo faminto por crises.
Diferentemente do Ouro, que apresentou boa rentabilidade em períodos de
crescimento da economia, o Dólar necessita de crises financeiras para mostrar
bons resultados.
Perceba que no período de crise (2000-2002) ele subiu.
Nos próximos 5 anos de forte crescimento (2003-2007) caiu em todos.
Em 2008 subiu novamente, seguido de uma forte queda em 2009.
De 2010 até hoje, como a Bolsa está “andando de lado”, o Dólar não tem
apresentado fortes variações, mas sim uma ligeira subida.

Retorno Ano-a-Ano desde 2008
Para finalizar a série de gráficos estatísticos sobre o Ouro e a comparação
deste com demais ativos, trago o gráfico abaixo comparando o retorno ano-aano desde 2008.
Estão destacados os melhores e piores ativos de cada ano.
O Ouro aparece 3 vezes como melhor ativo, além da correlação negativa com
o Ibovespa.

Receba Todos os Dados acima
Através de uma Planilha Excel
Para você receber todos os números que foram utilizados para esse artigo
sobre como investir em Ouro e seus respectivos gráficos e tabelas, você só
precisa clicar no link abaixo.
Clique AQUI para fazer o download da planilha Excel com todos os
números e estatísticas dessa seção.
Versão Excel 2007

Cotação do Ouro (Preço do Ouro)
O site Ouro Hoje oferece um meio simples para você visualizar a cotação do
ouro. Lá você poderá também converter reais por dólar, euro, libra e peso.

Por que comprar Ouro?

Existem diversas razões para o investidor comprar Ouro, como por exemplo:
Ouro é um bem escasso, tendo elevada demanda.
É durável.
É uma excelente proteção contra a desvalorização da moeda e contra
inflação.
Oportunidade para diversificar os investimentos.
Em casos extremos de instabilidade monetária, social ou guerra, é fácil de
ser transportado e de esconder pelo seu tamanho reduzido.
Além das razões acima, o ouro costuma apresentar alta demanda e ótima
rentabilidade em momentos de crise e pressão inflacionária. Por funcionar
como uma reserva de valor, ele é tido por muitos como um porto seguro
nestas situações.

Fatores Que Influenciam o preço
do Ouro

Todo ativo de investimento tem seu preço influenciado pela relação entre
oferta e demanda.
Com o Ouro não é diferente e precisamos avaliar os dois lados para entender
os fatores que influenciam seu preço:
Do lado da oferta, o preço do ouro pode sofrer alteração devido a sua
extração e produção, assim como a venda realizada por bancos centrais,
bancos de investimentos e pessoas físicas.
Quanto maior a oferta de Ouro, menor tende a ser o seu preço. Do mesmo
modo, quanto menor a oferta (mais escassa), maior tende a ser o preço do
Ouro.
Do lado da demanda, o preço do ouro é influenciado basicamente pela
indústria de joalharia e dos investidores no metal.

Conheça os 4 Fatores que Mais
Influenciam o Preço do Ouro:
1. Cenário Econômico
Conforme vimos no início desse artigo, o Ouro é um ativo muito procurado
em tempos de crises financeiras. Portanto, seu preço tende a se elevar bastante
nesses períodos.
2. Taxas de Inflação
Outro fator que influencia fortemente a cotação do ouro é a expectativa
inflacionária, levando em consideração que o metal é visto como proteção
tanto em relação à inflação quanto à deflação.
O Ouro tende a ser procurado em momentos de instabilidade monetária e em
períodos de altos gastos deficitários.
3. Cotação do Dólar
A convencional e mais convincente relação entre o preço do ouro e a cotação
do dólar é que um dólar fraco leva a preços maiores do ouro.
Essa é uma tendência que já é observada desde a desvalorização do dólar em
2002, quando o Dólar atingiu o patamar máximo próximo dos R$ 4,00.
4. Taxas de Juros
Relação básica para todo tipo de investimento. Quanto maior a taxa de juros,
menor tende a ser a atratividade dos demais ativos financeiros.
Isso ocorre porque o investimento em títulos públicos é considerado o
investimento de menor risco. Logo, se ele apresenta alto retorno e um risco
menor do que os demais ativos, a lógica é que os investidores prefiram esse
tipo de ativo.
Terminada essa parte sobre a história do ouro, estatísticas e preço do ouro
vamos ao que realmente interessa: Afinal, como investir em Ouro?
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investimentos!
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Como Investir em Ouro?

Essa deve ser a pergunta que a grande maioria dos leitores desse artigo
procura uma resposta e, felizmente, eu tenho uma ótima solução sobre como
investir em Ouro.
Apresentarei diversas modalidades de investimento em Ouro, assim como
suas vantagens, desvantagens e custos.
Se você quiser saber logo qual é a forma mais adequada que eu encontrei
basta visitar esse link, que trará mais informações sobre o Fundo Órama Ouro
(fundo passivo que segue o preço do Ouro), com investimento inicial de R$
5.000 e taxa de administração de 0,6%.

7 Maneiras para Investir em
Ouro:
1. Comprar Ouro Através de Jóias

Comprar jóias é uma das oportunidades
para se investir em ouro. Assim como o investimento na Bolsa de Valores, o
objetivo é tentar comprar barato para vender caro.
Há quem pense nas jóias simplesmente como patrimônio, acumulando ouro,
prata e afins como parte dos bens familiares.
Apesar da facilidade do investimento, o Ouro presente nas jóias nem sempre
será o de 24k (999 partes de Ouro para 1.000 partes do metal), mas sim 18k
(750 partes de Ouro para 1.000 partes do metal).
Portanto, é preciso ter em mente que o teor de pureza para esse investimento é
de 75%, ao contrário do investimento no Ouro através da BM&FBovespa, que
é de 99,9%.
Vantagens:
Tendo dinheiro, é muito fácil entrar em uma joalharia e sair com uma jóia.
Facilidade para guardar, sendo ,inclusive, utilizável caso o comprador da
jóia deseje.
Desvantagens:
Esta é uma modalidade pouco comum e que possui suas dificuldades por
diversas questões como:
Necessidade de avaliação da qualidade da jóia no momento da venda.
Toda jóia guardada em casa necessita de um lugar muito seguro para
evitar olhares de interesseiros.
Nem sempre o preço obtido ao vender ouro através da jóia é justo,
dependendo da expertise do avaliador.
Opção de investimento pouco prática.
A correlação com o preço do Ouro não é muito forte.
Conclusão: Não Recomendado para Investimentos!
2. Penhor de Jóias (Ouro)

Quem possui jóias ou barras de ouro
pode utilizar o penhor como forma de capitalização.
A operação é muito mais vantajosa do que um empréstimo pessoal, por
exemplo, já que a jóia serve como garantia do empréstimo feito a partir do
penhor.
Esta é uma forma pouco tradicional, já que capitalização pode não ser
considerada exatamente uma forma de investimento, mas resolvi colocá-la no
artigo, já que envolve as barras de ouro.
Conclusão: Não Recomendado para Investimentos!

3. Comprar Ouro através de Sites de
Leilão

Sites famosos de leilão como o Mercado
Livre e oeBay (links para a seção de ouro desses sites) oferecem
oportunidades para se comprar tanto jóias como moedas e barras de ouro.
Apesar da grande variedade de opções e preços, é preciso tomar muito
cuidado com a compra de ouro através desses sites, já que a informalidade é
grande e a qualidade do material nem sempre pode ser confiável.
Vantagens:
Praticidade de comprar pela internet.
Desvantagens:
Qualidade do material vendido depende da credibilidade do vendedor,
que nem sempre é confiável.
Preços altos em comparação ao preço do Ouro na BM&F.
Falta de uma padronização do material.
Dificuldade de revenda, já que você teria de seguir o mesmo caminho de
sua compra, anunciando nesse tipo de site.
A Pureza do Ouro vendido (18k, ou 750 partes de ouro para cada 1.000
partes do metal) é diferente do ouro na BM&F (24k, ou 999 partes de ouro
para cada 1.000 partes do metal).
Conclusão: Não Recomendado para Investimentos!

4. Comprar Ouro Através de
Distribuidoras de Valores

Existem hoje algumas corretoras e
distribuidoras de valores (DTVMs) que criam produtos a partir dos contratos e
barras de Ouro de 250g, vendendo pequenas quantidades (1g a 25g) em
cartões laminados e barras de diferentes tamanhos.
Os produtos são baseados na cotação do ouro do dia mais um ágio (acréscimo)
definido pela distribuidora. Todos são padronizados, certificados e lacrados.
As empresas mais comuns desse segmento são a Ourominas e o Grupo
Fitta (Reserva Metais).
Vantagens:
Praticidade de comprar pela internet.
Facilidade para transportar e guardar o ouro (principalmente os cartões,
com mesmo formato dos cartões de crédito).
Embora a opção aparente ser atraente, ela possui algumas fortes desvantagens
que valem a pena serem citadas:
Desvantagens:
Garantia na Revenda do Ouro. Antes de fechar qualquer negócio com uma
distribuidora de valores, verifique seu histórico e suas condições de
garantia. A Parmetal, por exemplo, teve seu dono preso por extrair
ilegalmente ouro em um esquema que movimentou R$ 150 milhões. (link
da notícia)
Altos Custos. Desde o seguro, o frete até o spread (diferença) entre o
preço das barrinhas e do ouro na BM&F, torna-se muito caro investir
através dessa modalidade. Eu mesmo já investi através desse tipo e
fazendo as contas percebi que os custos chegavam às vezes a 10% do valor
investido.
Revenda é Física. Como você recebe o Ouro em sua casa, para vendê-lo
você precisa ir até uma das agências da distribuidora de valores que, em
sua maioria, localizam-se em São Paulo. O spread entre preço do Ouro
BM&F e o preço da sua barrinha de ouro também está presente no
momento da venda.
Conclusão: Não Recomendado para Investimentos!

5. Comprar/Investir em Ouro
diretamente na BM&F Bovespa
Uma alternativa utilizada por vários investidores é comprar ouro diretamente
na BM&FBovespa. Você precisará de uma conta em uma corretora de valores
e deverá pagar alguns custos para realizar a operação. O ouro é de extrema
qualidade, sendo de 24k (999 partes de ouro para cada 1.000 do metal).
Tipos de Contratos Oferecidos:
OZ1D: Ouro de 250g
OZ2D: Ouro de 10g
OZ3D: Ouro de 0,225g

Passo-a-Passo para Comprar Ouro na
BM&FBovespa:
1. Abrir uma conta em uma corretora. É preciso, antes, se certificar de que a
corretora está habilitada a operar o ouro.
2. Após fazer seu cadastro na corretora, você terá de assinar um contrato que
permitirá você negociar na BM&F.
3. No momento da compra, você não poderá utilizar o homebroker, como faz
naturalmente com ações e fundos imobiliários, mas precisará ligar para sua
corretora e falar com a mesa de operações para negociar a compra do ouro.
4. Para fazer a retirada do Ouro na BM&F, você precisa negociar no mínimo o
contrato de 250g (OZ1D) ou múltiplos dele. A retirada pode ser agendada
através da sua corretora e pode-se também pedir a entrega em sua casa com
custo adicional.

Custos para Investir em Ouro
1. Corretagem
A aplicação está sujeita ainda à cobrança de taxa de corretagem, que varia de
acordo com a corretora contratada. Geralmente, a taxa fica na faixa
de 0,2% sobre o valor total envolvido na transação.
2. Custódia
A Bolsa faz a cobrança da taxa de custódia e a repassa para o banco
custodiante. São cobrados 0,07% ao mês, calculados diariamente sobre a
posição mantida pelo investidor, de acordo com a seguinte metodologia:
Taxa de Custódia ao dia = (preço máximo do ouro no dia x 0,07% x saldo em
gramas)/ 30 dias.
Exemplo:
Valor Máximo do Dia: R$ 100,00
Taxa Padrão da Bolsa: 0,07%
Saldo em Gramas: 250 (g)
Dias: 30
R$ 100 x 0,07% x 250 / 30 = R$ 0,58. (Taxa diária)
Estes valores são calculados diariamente e acumulados para serem pagos no
quarto dia útil do mês seguinte, ou quando o investidor zerar a posição.
Vou ter de pagar imposto sobre o ouro que eu vender?
Como é considerado renda variável, o ouro como ativo financeiro fica isento
de IR até o limite de R$ 20.000. Nesse caso, ele entra na declaração como
“Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”.
Caso a venda exceda R$ 20 mil, a alíquota é de 15% sobre o ganho de
capital.

Passo-a-Passo para Vender Ouro na
BM&FBovespa:
Texto adaptado do PDF da BM&FBovespa.
No caso da venda total ou parcial de seus contratos, o investidor poderá:
Receber a respectiva quantia em dinheiro (liquidação financeira) em D+1.
Retirar o metal (liquidação física), em quantias múltiplas de 250g, no
custodiante que indicar à Bolsa ou deixar as respectivas barras em
custódia.
Para vender novamente o Ouro para a Bolsa é preciso que ele passe pelo
fundidor e que esteja depositado em custódia. Para isso, é preciso cumprir três
etapas.
1. Da Corretora para o Fundidor
O investidor escolhe corretora.
A corretora indica um fundidor credenciado pela Bolsa.
O fundidor padroniza o ouro em barras e atesta seu teor de pureza,
conforme critérios estabelecidos pela Bolsa.
2. Do Fundidor para o Custodiante
O fundidor envia ao custodiante o ouro padronizado.
O custodiante efetua a guarda dessas barras em nome do investidor.
O custodiante controla as posições do investidor, expressas em gramas de
ouro fino, em conta individualizada.
3. Para Negociação na Bolsa
A corretora informa o custodiante sobre a intenção de seu cliente vender
as barras de ouro.
O custodiante transfere essas barras de ouro para a Bolsa.
A BM&FBOVESPA deposita o saldo na conta do investidor.
Conclusão: Recomendado apenas para Investidores Experientes e com
elevado capital.

6. Comprar Ouro através do
Banco do Brasil
Uma opção citada pelos nossos leitores nos comentários é a compra de ouro
através do Banco do Brasil. O investimento é bem parecido em relação à
BM&FBovespa. Vamos aos detalhes:
Tipos de Negociação
O Banco do Brasil oferece a opção de investir em Ouro Escritural (múltiplos
de 25g), assim como o Ouro Lingote (250g).
Vale lembrar que em ambas modalidades é necessário ser correntista do banco
e as operações podem ser realizadas em qualquer agência. Entretanto, devido
à baixa procura por esse tipo de investimento é bem provável que os
empregados do próprio banco desconheçam essa modalidade de investimento.
Um diferencial que o BB oferece é a garantia de recompra do Ouro vendido
aos seus clientes oferecendo liquidez diária, com liquidação no mesmo dia
(D+0), bastando que o Ouro adquirido pelo cliente esteja custodiado no
Banco.
Custos e Impostos
Na modalidade Lingote o custo é de 0,10% e na modalidade
Escritural 0,07%, sobre o montante custodiado, cobrados mensalmente. O
valor da tarifa de custódia é apurado com base no saldo de posição médio
mantido no mês, de forma proporcional à quantidade de dias em que o ativo
esteve depositado em custódia, multiplicado pela cotação média do metal
neste mesmo mês. Nas operações de compra e venda, não há cobrança de
tarifas de corretagem ou taxas de emolumentos.
Vendas até R$ 20.000,00 por mês estão isentas de imposto de renda. Acima
deste valor, estarão sujeitas à alíquota de 15% sobre ganhos.
Conclusão: Recomendado apenas para Investidores Experientes.

7. Fundos de Investimentos (A
Melhor Maneira!)
Apesar da opção por investir em ouro através da BM&FBovespa ser
interessante, ela é burocrática e necessita de muito dinheiro para negociar o
OZ1D, Ouro de 250g, que possui liquidez superior ao OZ2D (10g), embora
ambas sejam baixas.
Um investimento no Ouro de 250g necessita de R$ 25.000, caso o preço do
Ouro esteja em R$ 100,00. Portanto, é uma maneira cara de se investir e ainda
possui pouca liquidez e elevada burocracia.
Do outro lado, fundos de investimentos são extremamentes práticos e simples
de investir. Basta estar associado a um banco/corretora/distribuidora e
transferir o dinheiro para o fundo.
Até o dia 31/10/2012, não havia opção de investir em Ouro através de um
fundo de investimento que buscasse replicar o desempenho do Ouro BM&F.
Porém, seguindo a alta demanda do mercado e buscando criar um fundo de
fácil acesso, a Órama criou o Fundo Órama Ouro, que tem como objetivo
ser um fundo passivo (fundo de índice) do Ouro.
Com apenas R$ 5.000 e uma taxa de administração de 0,6%, você investe em
Ouro de forma simples e rápida.
Além desse fundo, a Órama oferece diversos outros fundos (passivos e
ativos) com aplicacão inicial de R$ 5.000 e taxas de administrações muito
baixas, o que é um ótimo atrativo para o investidor que deseja investir sem
preocupações, com praticidade e tempo de sobra.
Conclusão: A melhor maneira para investir em Ouro, seja você um investidor
iniciante ou experiente!

Dúvidas Comuns sobre o
Investimento em Ouro

Listei abaixo algumas perguntas que talvez tenham ficado sem respostas ao
longo desse artigo.
Se após o final desse artigo você ainda tiver alguma dúvida, deixe um
comentário para tornar esse artigo ainda mais completo.

Como identificar bons momentos de
compra para o Ouro?
Essa é a pergunta que todos desejamos resposta prontas com diversas dicas de
investimentos.
Apesar de ser impossível prever o futuro, bons momentos para compra do
ouro seriam:
Alta inflação
Alta no Preço do Dólar
Baixas taxas de juros
Crises Financeiras

Ouro é investimento ou proteção de
capital?
Podemos dizer que ele cumpre bem as duas funções, dada a devida atenção
para ambas funções.
Do ponto de vista técnico do investimento, ele oferece uma baixa correlação
com os demais ativos e um alto retorno (histórico). Desde 1999, o Ouro teve
rentabilidade de1.050% ou um retorno anual de 21,52%.
Portanto, qualquer carteira que teve o ouro em sua alocação desde 1999
melhorou sua relação retorno x risco.
Além do bom retorno histórico, o Ouro é um investimento essencial em crises
financeiras, garantindo ótima proteção para o investidor.
Nesses períodos de crise, ativos como ações, fundos imobiliários e títulos
prefixados e indexados ao IPCA de longo vencimento tendem a perder valor.
Poucos são os ativos que ganham valor nesses períodos e o Ouro é um dos
melhores, junto com o Dólar.

Investir em Ouro em espécie ou Ouro em
certificado?
Alguns leitores mais conservadores e preocupados, provavelmente preferem o
Ouro em espécie e guardado consigo para evitar confisco do governo e servir
como moeda em situações extremas.
Já o ouro em certificado, oferece mais praticidade para comprar e vender,
além de menos burocracia e um próprio lugar seguro para custódia.
Essa resposta depende das preferências do investidor. Pessoalmente, prefiro o
Ouro em certificado, pela sua praticidade em relação ao Ouro em espécie.
Prefiro um certificado de que meu Ouro está guardado no banco do que ter
meu próprio ouro guardado em casa.
Quais são os riscos relacionados ao ouro?
O principal risco para quem deseja comprar certificados de Ouro é a sua
desvalorização do preço na Bolsa.
Para quem deseja ter o Ouro físico em casa os principais riscos são:
Não ter um lugar seguro para a custódia do Ouro e aumentar as chances
de ser roubado.
Necessidade extra de avaliação da qualidade do Ouro, para atestar se é
realmente 24k (99,9% puro).
Falta de liquidez no momento da venda.

Qual é a Alocação Adequada do
Ouro em uma Carteira de
Investimentos?

Apesar de toda a atratividade do investimento em Ouro e de sua ótima
rentabilidade nos últimos 14 anos, não é recomendado o investidor ter mais de
20% de sua alocação em Ouro.
O ideal é o investidor buscar uma diversificação ampla de sua carteira de
suaalocação de ativos, nunca colocando grande parte de seu capital em uma
única classe de investimentos.
Como é muito simples investir em Ouro através do fundo Órama Ouro a partir
de R$ 5.000, acho muito viável para todo tipo de investidor colocar ao menos
5% de seu capital em Ouro.
Generalizando, o investimento em Ouro poderia ser alocado da seguinte
forma:
Cenário Econômico Otimista: 5%
Cenário Econômico Neutro: 10%
Cenário Econômico Pessimista: 20%
Este é apenas um exemplo, e a alocação ideal varia de investidor para
investidor.
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investimentos!
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A Órama sob a Visão de um
Investidor em busca da Excelência
Esse artigo sobre como investir em Ouro é uma prioridade antiga minha e
que somente agora está sendo concretizada.
Eu queria ter a experiência (teórica e prática) necessária antes de compartilhar
todas essas informações com vocês.
Por esse motivo, antes de recomendar o investimento em Ouro através do
Fundo Órama Ouro, eu me tornei um cotista do fundo para avaliar a
qualidade do fundo.
Em todo esse período, pude verificar que a minha rentabilidade no fundo está
muito próxima da rentabilidade do Ouro na BM&F, o que me deixou
extremamente feliz, percebendo que o fundo entrega o que promete, boa
indexação ao Ouro da BM&F.
Pelos padrões da Anbima, ele precisa investir no mínimo 95% do seu
patrimônio em Ouro.
Não satisfeito em apenas acompanhar a evolução do fundo, eu resolvi marcar
uma reunião com o Guilherme Horn, CEO da Órama.
Essa foi uma ótima experiência e pude aprender bastante sobre todo o trabalho
para trazer fundos inovadores como o fundo Órama Ouro a partir de
aplicações iniciais de R$ 5.000 e com baixa taxa de administração, de 0,6%.
Saber que os sócios da Órama colocam grande parte de seus investimentos nos
próprios fundos, conhecer o minucioso processo de escolha dos fundos e a
preferência pela qualidade ao invés da quantidade, focando sempre nos
clientes, foram fatores que me deixaram muito satisfeito com a organização e
mais seguro de meus investimentos com eles.
Buscando ir além de conhecer a sede da Órama no Leblon, aqui no Rio de
Janeiro, marquei uma entrevista com a Sandra Blanco, consultora de
investimentos há mais de 15 anos.

Entrevista com Sandra Blanco da
Órama
Acompanhe abaixo a entrevista que realizei rapidamente com a Sandra Blanco
sobre o investimento em Ouro e o fundo Órama Ouro.
Henrique Carvalho (H.C.) 1. Quais são as demais formas de investir em
Ouro e quais as vantagens do fundo Órama Ouro em relação à elas?
Sandra Blanco (S.B.) As formas mais tradicionais de investir em ouro são
comprar barras ou certificados. As vantagens do Fundo Órama Ouro em
relação a elas são que não há o risco nem as dificuldades operacionais
inerentes ao ouro em barra ou certificados.
Investindo no Fundo não há risco de ser roubado, de comprar ouro de baixa
qualidade. Em termos operacionais, o imposto é retido na fonte, não é preciso
recolher quando efetuar venda com lucro e a principal vantagem é com
relação ao preço e volume negociado.
Não há diferença entre os preços de compra e venda, que pode ser grande
quando a quantidade negociada é pequena. O Fundo negocia lotes padrão de
250g.
H.C. 2. Por que todo investidor deveria considerar a opção de investir em
Ouro?
S.B. Porque é uma opção para diversificação e proteção nos momentos de
instabilidade. Historicamente, no longo prazo, tem superado a inflação.
H.C. 3. Como funciona basicamente um fundo passivo de investimentos
em Ouro?
S.B. Todo dinheiro que é aplicado no Fundo é utilizado para comprar ouro na
BM&F, no mínimo, 95%, independentemente do momento de mercado, esteja
o ouro em alta ou em baixa.
Assim, um fundo passivo segue muito de perto a variação do metal no
mercado brasileiro, que depende da variação no mercado internacional e da
cotação do dólar (R$/USD).
Nota pessoal (H.C.): O fundo é obrigado a possuir no mínimo 80% em Ouro,
conforme determinado pela Anbima. Entretanto, é política do fundo manter
no mínimo 95% do investimento em Ouro para ter uma ótima indexação a
variação do Ouro BM&F.
H.C. 4. Como o Ouro se insere em uma estratégia de investimentos?
S.B. Numa estratégia de longo prazo serve como proteção, diversificação e
liquidez. Não recomendo a especulação.
H.C. 5. Existe uma alocação adequada para se investir em Ouro dado os
diversos perfis de investidores?
S.B. Não recomendaria investir mais de 20% do patrimônio em ouro e frente
ao cenário atual, não mais de 10%. Além do perfil, os objetivos e
disponibilidade de recursos também são relevantes na determinação da
alocação mais adequada.
H.C. 6. Ainda vale a pena investir no Ouro após longos anos de
valorização?
S.B. Depende, como todo mercado de risco há prós e contras.
Prós: apresentou valorização real ao longo de 15 anos, discussões sobre o teto
da dívida americana, baixo crescimento e taxa de juros real negativa em vários
países.
Contras: subiu muito nos últimos anos, o pior da crise já passou, pode passar
longos períodos com preço estável, como aconteceu entre final de 2002 e
2007.
Sandra Blanco é consultora de investimentos na Órama, tem mais de 15 anos
de experiência no mercado financeiro e orienta investidores como consultora
de valores mobiliários autorizada pela CVM desde 2004. É autora de diversos
livros sobre investimentos.
Conclusão

Antigamente, investir em Ouro era uma exclusividade para investidores com
muito dinheiro e dispostos a vencer todas as barreiras da burocracia desse tipo
de investimento.
Entretanto, hoje em dia é possível investir facilmente em Ouro através de
fundos passivos como o Órama Ouro com apenas R$ 5.000.
É o desejo de todos nós investidores que essa iniciativa seja um ótimo modelo
a ser seguido.
Decisões sábias sobre como investir precisam ser amparadas com opções de
fácil acesso para todo tipo de investidor, seja ele rico, pobre, experiente ou
inexperiente.
É por esse motivo que quando sai da sala de reunião com o Guilherme, CEO
daÓrama, tive a certeza de que havia um esforço sincero e voraz para facilitar
e transformar a forma com que investimos hoje no Brasil.
Eu raramente falo diretamente sobre um tipo de fundo de investimento ou um
serviço financeiro aqui no blog, mas todas as barreiras que esse pessoal
enfrentou para montar essa solução inovadora do Fundo Órama
Ouro merece toda a atenção devida.
Clique AQUI para saber tudo sobre esse fundo de Ouro. Espero que esse
artigo tenha esclarecido diversas dúvidas que você tinha sobre como investir
em Ouro.
Entretanto, apesar desse amplo guia, entendo que talvez ainda existam
algumas curiosidades ou dúvidas que ficaram sem respostas.
Se esse for o seu caso, por favor, compartilhe abaixo seu comentário para
enriquecermos ainda mais esse artigo.
Nota: Esse artigo não é patrociando, já que o artigo foi escrito integralmente
por mim. Toda a pesquisa, os dados e as conclusões refletem o meu ponto de
vista sobre o investimento em ouro. Porém, visando manter nossa política de
transparência, preciso informar que existe sim uma parceria entre o site HC
Investimentos e a Órama.
(crédito das imagens: shutterstock.com)

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Sobre o autor
Henrique é especialista em alocação de ativos, eleito um dos 5 melhores
educadores financeiros do Brasil em 2012/2013. Continue Lendo aqui!

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Como investir em ouro o guia completo

  • 1. Como Investir em Ouro: O Guia Completo 26/2/2013 HENRIQUE CARVALHO OURO 85 COMENTÁRIOS Facebook 774 Twitter 69 Google+ 25 Como investir em Ouro é uma pergunta muito recorrente que recebo sobre investimentos. Após pesquisar bastante, conseguir entrevistas com especialistas e testar na prática diversas alternativas para investir em ouro, posso finalmente compartilhar com vocês a melhor maneira que encontrei para investir em Ouro. O objetivo desse artigo é ser um guia completo sobre tudo o que envolve o tema investir em ouro.
  • 2. Entretanto, se você já deseja saber qual é a melhor forma de investir em ouro (na minha opinião), adianto que é através do Fundo Órama Ouro, que possui os seguintes benefícios: Aplicações iniciais de apenas R$ 5.000. Taxa de administração de 0,60%. Fundo Passivo, que segue de perto a cotação do Ouro. Clique AQUI para saber tudo sobre esse fundo de investimento em Ouro. Continue lendo esse artigo para entender todos os tópicos abaixo: Uma Breve História do Ouro O Ouro como Proteção para Crises Financeiras Investimento em Ouro: Números e Estatísticas Comparação Anual do Retorno do Ouro com Demais Ativos Cotação do Ouro (Preço do Ouro) Por que comprar Ouro? Como Investir em Ouro? Dúvidas Comuns sobre o Investimento em Ouro Qual é a Alocação Adequada para Investir em Ouro? A Órama sob a Visão de um Investidor em busca da Excelência Entrevista com Sandra Blanco da Órama (ao clicar em um desses links você é direcionado exatamente para o seu respectivo tópico) Uma Breve História do Ouro
  • 3. O ouro é conhecido desde a Antiguidade, sendo um dos primeiros metais trabalhados pelo Homem. Conhecido na Suméria, no Egito existem hieróglifos egípcios de 2600 a.C. que descrevem o metal, que é referido em várias passagens no Antigo Testamento. Ele é considerado um dos metais mais preciosos, e o seu valor foi empregado como padrão para muitas moedas ao longo da história. A moeda, ou dinheiro como hoje conhecemos, já passou por diversas transformações, seguindo a seguinte ordem: 1. Escambo (trocas primitivas, especialmente da exploração da natureza, como trigo por exemplo). 2. Mercadorias-moeda (mercadorias raras, como o sal da Roma Antiga e o dinheiro de bambu na China). 3. Metalismo (metais preciosos, como cobre, bronze, ferro, prata e ouro). 4. Moeda-Papel (certificados de depósito com lastro em metais preciosos). 5. Papel-Moeda (certificados de depósito sem lastro metálico integral). 6. Moeda Escritural (moeda escritural correspondente a débito e crédito ou invisível, sem existência física, como depósitos bancários). Cada transformação acima foi necessária para evitar problemas do meio de troca anterior. O Metalismo, por exemplo, teve um ótima aceitação, já que os metais preciosos possuem uma oferta mais limitada do que gado, por exemplo. O ouro é raro, durável, fracionável e homogênio. Para a época, esses fatores o fizeram como escolha número 1 para ser instrumento de troca, denominação comum de valores e reserva de valores. Após séculos servindo como a principal forma de troca, o Ouro foi gradativamente substituído pela moeda-papel e o papel-moeda devido à sua dificuldade de manuseio, transporte e custódia. A facilidade de realizar pagamentos atualmente através do papel-moeda (notas de dinheiro), cartão de crédito e outras transações sem uso de um papelmoeda, é um fator que dificilmente alguém abrirá mão. Entretanto, a livre impressão de dinheiro dos Bancos Centrais (com praticamente nenhum lastro em Ouro) possui consequências diretas como inflação e o aumento da dívida pública. Portanto, diversas pessoas procuram investir em ouro para se proteger dessa falta de lastreamento, que aparece com clareza nas crises financeiras.
  • 4. O Ouro como Proteção para Crises Financeiras Você provavelmente já ouviu falar que o Ouro é um excelente investimento nos períodos de graves crises financeiras, ou seja, quando o Ibovespa está caindo. Se você nunca percebeu essa correlação, dê uma olhada no gráfico abaixo:
  • 5. Perceba que o investidor que investiu R$ 1,00 em Ouro no período de abril de 2000 até setembro de 2002, teria um retorno de 130%, ou 2,3 vezes o valor investido. Já o investidor que investiu R$ 1,00 no Ibovespa no mesmo período, teria um retorno de -52,00%. A correlação entre o Ouro e o Ibovespa não é negativamente perfeita, mas fica clara a demanda pelo metal nesse período de crise, que engloba a bolha das empresas .com na Nasdaq e o atentado terrorista às duas torres nos Estados Unidos. Veja abaixo outro período de crise que comprova essa correlação negativa.
  • 6. A crise de 2008 foi rápida e intensa. Em apenas 6 meses, o Ibovespa perdeu 50% do seu valor. Porém, o Ouro subiu 24% no mesmo período, de junho de 2008 até novembro de 2008. E não é apenas nos períodos de crise financeira que o Ouro possui uma forte demanda, aumentando seu preço. Veja a seguir todos os números sobre o investimento em ouro. Investimento em Ouro: Números e Estatísticas
  • 7. Se você deseja pular essa parte sobre estatísticas e saber logo como investir em Ouro, basta clicar AQUI. Para validar essa análise com os números do Ouro, coletei dados diários desde 01/07/1994 (início do Plano Real) até o dia 20/02/2013 do preço do Ouro na BM&FBovespa. O gráfico abaixo mostra a evolução da cotação do Ouro nesse período. Evolução do Preço do Ouro desde 1994
  • 8. Clique aqui para ver a imagem em um tamanho maior. (1020 x 510) Esse gráfico com dados diários do Ouro mostra diversos aspectos interessantes. São eles: 1. Pouca volatilidade até 1999. A evolução do preço do Ouro entre 1994 e 1999 foi muito lenta e praticamente ficou no zero-a-zero. O motivo é que o preço do Ouro aqui no Brasil é bastante influenciado pelo Dólar. Até janeiro de 1999, o padrão cambial no Brasil era o regime de Bandas Cambiais, em que o Dólar só podia variar dentro dessa banda imposta pelo governo. Após essa data, o valor do Dólar passou a variar livremente, com mais volatilidade e, consequentemente, afetando a cotação do Ouro. 2. Ouro tem rentabilidade de 70% em um único mês. O mês era janeiro de 1999. A pressão pela desvalorização do Real era grande desde 1994. Porém, devido as bandas cambiais, o valor do Dólar não subia tanto como deveria, caso pudesse varia livremente. Com o fim das bandas cambiais e o início da livre variação do Dólar, o valor do Dólar subiu praticamente 65% em janeiro de 1999. O ouro acompanhou essa tendência, com rentabilidade de 70% nesse mês. 3. O forte “Canal de Alta” desde 2008 Tracei no gráfico um canal de alta de 2008 até atualmente (20/02/2013). Note como o preço do Ouro tocou 3 vezes tanto o topo como na base do canal nesse extenso período. Não que eu acredite que o preço irá “respeitar” o canal, nem que esse tipo de Análise Técnica seja livre de riscos (leia mais aqui), mas quando uma tendência fica clara em um prazo como esse de quase 5 anos, é, no mínimo, interessante observá-la. Desse modo, o Ouro tem sua cotação hoje perto dos R$ 100,00, valor praticamente 10 vezes superior ao valor de julho de 1994 (R$ 11,35).
  • 9. E como a evolução do preço do Ouro se compara com diversos ativos? A resposta está no gráfico abaixo: Analisando o mesmo período do gráfico anterior, o líder de rentabilidade é o CDI, com valorização em torno de 2868%, ou 29,68 vezes o valor investido desde o início. Isso significa que se o investidor tivesse investido R$ 100.000 em ativos atrelados ao CDI, ele estaria hoje com R$ 2.968.000. O mesmo vale para todos os ativos entre julho/94 e fevereiro/13: 1. CDI: R$ 2.968.000 2. Ibovespa: R$ 1.673.000 3. Ouro: R$ 874.000 4. Dólar: R$ 200.000 Os dados são importantes, porém, sabemos que a política cambial anterior ao ano de 1999 impossibilitava o avanço do Dólar e do Ouro, assim como as taxas de juros na época beiravam 50%, favorecendo investimentos atrelados ao CDI ao contrário dos demais.
  • 10. E se o início da análise fosse em 1999? O Ouro seria o primeiro colocado em rentabilidade! Confira o valor para um patrimônio inicial de R$ 100.000 no período entre janeiro/99 e fevereiro/13: 1. Ouro: R$ 950.000 2. Ibovespa: R$ 899.000 3. CDI: R$ 737.000 4. Dólar: R$ 165.000 Investir em Ouro nesse período foi um ótimo negócio. Leia 3 curiosidades do gráfico: 1. Ouro na frente do CDI? Na evolução dos ativos desde 1994 até 2013, o CDI apresentou uma rentabilidade 3 vezes superior ao Ouro. Entretanto, no período de câmbio livre, o Ouro tomou a liderança, com uma rentabilidade anual em torno de 21%, conforme veremos mais abaixo. 2. Bolsa perde fôlego. Ouro ganha. Desde sua máxima alcançada em 2008, o Ibovespa não tem conseguido superar seu topo histórico e perdeu valor nesses últimos 5 anos.
  • 11. Muitos analistas ainda reforçam a tese de que a economia mundial ainda não se recuperou da crise e de que novas rodadas de liquidações de ações serão comuns nessa década. Alguns analistas que idolatram o investimento em Ouro, chamados de gold bugs, vão além e acreditam que o dinheiro como o conhecemos hoje, está em crise, motivo pelo qual muitos estão procurando investimentos em Ouro, como uma forma de retorno às origens (metalismo). O crescimento desenfreado da dívida americana e seus diversos bailouts são uma causa/consequência desse processo todo, que resulta em uma maior demanda por Ouro. 3. Ouro como Duplo Hedge? Ao mesmo tempo que o Ouro cumpre seu papel de proteção (hedge) nas crises financeiras que causam quedas de 50% no Ibovespa, ele também pode ser associado ao retorno do lastreamento do dinheiro. Isso significa que ao mesmo tempo que ele protege o investimento em Bolsa ele também promove uma certa proteção contra a desvalorização do Dólar, agindo como um duplo hedge (dupla proteção). Saiba mais sobre hedge (proteção) aqui. Rentabilidade média do Ouro
  • 12. Esta seção do artigo irá tratar sobre os números anuais do investimento em ouro em comparação com os demais ativos. Qual seria a sua rentabilidade anual ao investir em Ouro desde 1994? 12,43% seria a resposta. Praticamente 1,00% ao mês. O destaque nesse período (1994-2012) fica para o CDI, com uma rentabilidade anual acima de 20%.
  • 13. E os dados para 1999? Dessa vez, o Ouro lidera o ranking com rentabilidade anual de 21,52%, bem próxima do Ibovespa, de 21,35%. O Dólar ocupa a última posição em ambos períodos. Porém, com uma melhor rentabilidade a partir de 1999 (6,50%) do que 1994 (3,81%). CURSO 100% GRÁTIS! Junte-se a 27,650 leitores que recebem as nossas 10 aulas grátis sobre investimentos! Quero Receber! Comparação Anual do Retorno do Ouro com Demais Ativos
  • 14. Veja abaixo uma comparação entre o retorno ano-a-ano de 4 ativos: CDI, Ouro, Dólar e Ibovespa.
  • 15. Esse é um gráfico alinhado verticalmente para você observar a variação de cada índice ao longo dos anos. Apesar desse alinhamento dos anos, perceba que o eixo vertical (eixo Y) é diferente para cada gráfico.
  • 16. No entanto, já é possível ter uma boa ideia de qual foi o melhor investimento em cada ano. Curiosidades: 1. CDI praticamente imbatível de 1994 até 1999. Com retornos acima de 20%, investir na taxa de juros do país, apesar de um risco maior, principalmente após o confisco da poupança na era Collor, era sinônimo de altos retornos. Atualmente, retornos acima de 20% ficaram na história e é esperado um retorno na casa de 1 dígito futuramente para o CDI. 2. 1999: O ano que todo investidor sonha. Perceba a barra do ano de 1999 para os 4 ativos. Todas com retornos acima de 20%. A ordem de retorno nesse ano foi: 1. Ibovespa: 151,95% 2. Ouro: 52,72% 3. Dólar: 48,07% 4. CDI: 25,12% 3. Dólar: Um ativo faminto por crises. Diferentemente do Ouro, que apresentou boa rentabilidade em períodos de crescimento da economia, o Dólar necessita de crises financeiras para mostrar bons resultados. Perceba que no período de crise (2000-2002) ele subiu. Nos próximos 5 anos de forte crescimento (2003-2007) caiu em todos. Em 2008 subiu novamente, seguido de uma forte queda em 2009. De 2010 até hoje, como a Bolsa está “andando de lado”, o Dólar não tem apresentado fortes variações, mas sim uma ligeira subida. Retorno Ano-a-Ano desde 2008 Para finalizar a série de gráficos estatísticos sobre o Ouro e a comparação deste com demais ativos, trago o gráfico abaixo comparando o retorno ano-aano desde 2008.
  • 17. Estão destacados os melhores e piores ativos de cada ano. O Ouro aparece 3 vezes como melhor ativo, além da correlação negativa com o Ibovespa. Receba Todos os Dados acima Através de uma Planilha Excel Para você receber todos os números que foram utilizados para esse artigo sobre como investir em Ouro e seus respectivos gráficos e tabelas, você só precisa clicar no link abaixo. Clique AQUI para fazer o download da planilha Excel com todos os números e estatísticas dessa seção. Versão Excel 2007 Cotação do Ouro (Preço do Ouro)
  • 18. O site Ouro Hoje oferece um meio simples para você visualizar a cotação do ouro. Lá você poderá também converter reais por dólar, euro, libra e peso. Por que comprar Ouro? Existem diversas razões para o investidor comprar Ouro, como por exemplo: Ouro é um bem escasso, tendo elevada demanda. É durável.
  • 19. É uma excelente proteção contra a desvalorização da moeda e contra inflação. Oportunidade para diversificar os investimentos. Em casos extremos de instabilidade monetária, social ou guerra, é fácil de ser transportado e de esconder pelo seu tamanho reduzido. Além das razões acima, o ouro costuma apresentar alta demanda e ótima rentabilidade em momentos de crise e pressão inflacionária. Por funcionar como uma reserva de valor, ele é tido por muitos como um porto seguro nestas situações. Fatores Que Influenciam o preço do Ouro Todo ativo de investimento tem seu preço influenciado pela relação entre oferta e demanda. Com o Ouro não é diferente e precisamos avaliar os dois lados para entender os fatores que influenciam seu preço: Do lado da oferta, o preço do ouro pode sofrer alteração devido a sua extração e produção, assim como a venda realizada por bancos centrais, bancos de investimentos e pessoas físicas. Quanto maior a oferta de Ouro, menor tende a ser o seu preço. Do mesmo modo, quanto menor a oferta (mais escassa), maior tende a ser o preço do Ouro.
  • 20. Do lado da demanda, o preço do ouro é influenciado basicamente pela indústria de joalharia e dos investidores no metal. Conheça os 4 Fatores que Mais Influenciam o Preço do Ouro: 1. Cenário Econômico Conforme vimos no início desse artigo, o Ouro é um ativo muito procurado em tempos de crises financeiras. Portanto, seu preço tende a se elevar bastante nesses períodos. 2. Taxas de Inflação Outro fator que influencia fortemente a cotação do ouro é a expectativa inflacionária, levando em consideração que o metal é visto como proteção tanto em relação à inflação quanto à deflação. O Ouro tende a ser procurado em momentos de instabilidade monetária e em períodos de altos gastos deficitários. 3. Cotação do Dólar A convencional e mais convincente relação entre o preço do ouro e a cotação do dólar é que um dólar fraco leva a preços maiores do ouro. Essa é uma tendência que já é observada desde a desvalorização do dólar em 2002, quando o Dólar atingiu o patamar máximo próximo dos R$ 4,00. 4. Taxas de Juros Relação básica para todo tipo de investimento. Quanto maior a taxa de juros, menor tende a ser a atratividade dos demais ativos financeiros. Isso ocorre porque o investimento em títulos públicos é considerado o investimento de menor risco. Logo, se ele apresenta alto retorno e um risco menor do que os demais ativos, a lógica é que os investidores prefiram esse tipo de ativo. Terminada essa parte sobre a história do ouro, estatísticas e preço do ouro vamos ao que realmente interessa: Afinal, como investir em Ouro?
  • 21. CURSO 100% GRÁTIS! Junte-se a 27,650 leitores que recebem as nossas 10 aulas grátis sobre investimentos! Quero Receber! Como Investir em Ouro? Essa deve ser a pergunta que a grande maioria dos leitores desse artigo procura uma resposta e, felizmente, eu tenho uma ótima solução sobre como investir em Ouro. Apresentarei diversas modalidades de investimento em Ouro, assim como suas vantagens, desvantagens e custos. Se você quiser saber logo qual é a forma mais adequada que eu encontrei basta visitar esse link, que trará mais informações sobre o Fundo Órama Ouro (fundo passivo que segue o preço do Ouro), com investimento inicial de R$ 5.000 e taxa de administração de 0,6%. 7 Maneiras para Investir em Ouro:
  • 22. 1. Comprar Ouro Através de Jóias Comprar jóias é uma das oportunidades para se investir em ouro. Assim como o investimento na Bolsa de Valores, o objetivo é tentar comprar barato para vender caro. Há quem pense nas jóias simplesmente como patrimônio, acumulando ouro, prata e afins como parte dos bens familiares. Apesar da facilidade do investimento, o Ouro presente nas jóias nem sempre será o de 24k (999 partes de Ouro para 1.000 partes do metal), mas sim 18k (750 partes de Ouro para 1.000 partes do metal). Portanto, é preciso ter em mente que o teor de pureza para esse investimento é de 75%, ao contrário do investimento no Ouro através da BM&FBovespa, que é de 99,9%. Vantagens: Tendo dinheiro, é muito fácil entrar em uma joalharia e sair com uma jóia. Facilidade para guardar, sendo ,inclusive, utilizável caso o comprador da jóia deseje. Desvantagens: Esta é uma modalidade pouco comum e que possui suas dificuldades por diversas questões como: Necessidade de avaliação da qualidade da jóia no momento da venda. Toda jóia guardada em casa necessita de um lugar muito seguro para evitar olhares de interesseiros. Nem sempre o preço obtido ao vender ouro através da jóia é justo, dependendo da expertise do avaliador. Opção de investimento pouco prática. A correlação com o preço do Ouro não é muito forte. Conclusão: Não Recomendado para Investimentos!
  • 23. 2. Penhor de Jóias (Ouro) Quem possui jóias ou barras de ouro pode utilizar o penhor como forma de capitalização. A operação é muito mais vantajosa do que um empréstimo pessoal, por exemplo, já que a jóia serve como garantia do empréstimo feito a partir do penhor. Esta é uma forma pouco tradicional, já que capitalização pode não ser considerada exatamente uma forma de investimento, mas resolvi colocá-la no artigo, já que envolve as barras de ouro. Conclusão: Não Recomendado para Investimentos! 3. Comprar Ouro através de Sites de Leilão Sites famosos de leilão como o Mercado Livre e oeBay (links para a seção de ouro desses sites) oferecem oportunidades para se comprar tanto jóias como moedas e barras de ouro. Apesar da grande variedade de opções e preços, é preciso tomar muito cuidado com a compra de ouro através desses sites, já que a informalidade é grande e a qualidade do material nem sempre pode ser confiável.
  • 24. Vantagens: Praticidade de comprar pela internet. Desvantagens: Qualidade do material vendido depende da credibilidade do vendedor, que nem sempre é confiável. Preços altos em comparação ao preço do Ouro na BM&F. Falta de uma padronização do material. Dificuldade de revenda, já que você teria de seguir o mesmo caminho de sua compra, anunciando nesse tipo de site. A Pureza do Ouro vendido (18k, ou 750 partes de ouro para cada 1.000 partes do metal) é diferente do ouro na BM&F (24k, ou 999 partes de ouro para cada 1.000 partes do metal). Conclusão: Não Recomendado para Investimentos! 4. Comprar Ouro Através de Distribuidoras de Valores Existem hoje algumas corretoras e distribuidoras de valores (DTVMs) que criam produtos a partir dos contratos e barras de Ouro de 250g, vendendo pequenas quantidades (1g a 25g) em cartões laminados e barras de diferentes tamanhos. Os produtos são baseados na cotação do ouro do dia mais um ágio (acréscimo) definido pela distribuidora. Todos são padronizados, certificados e lacrados. As empresas mais comuns desse segmento são a Ourominas e o Grupo Fitta (Reserva Metais). Vantagens: Praticidade de comprar pela internet. Facilidade para transportar e guardar o ouro (principalmente os cartões, com mesmo formato dos cartões de crédito).
  • 25. Embora a opção aparente ser atraente, ela possui algumas fortes desvantagens que valem a pena serem citadas: Desvantagens: Garantia na Revenda do Ouro. Antes de fechar qualquer negócio com uma distribuidora de valores, verifique seu histórico e suas condições de garantia. A Parmetal, por exemplo, teve seu dono preso por extrair ilegalmente ouro em um esquema que movimentou R$ 150 milhões. (link da notícia) Altos Custos. Desde o seguro, o frete até o spread (diferença) entre o preço das barrinhas e do ouro na BM&F, torna-se muito caro investir através dessa modalidade. Eu mesmo já investi através desse tipo e fazendo as contas percebi que os custos chegavam às vezes a 10% do valor investido. Revenda é Física. Como você recebe o Ouro em sua casa, para vendê-lo você precisa ir até uma das agências da distribuidora de valores que, em sua maioria, localizam-se em São Paulo. O spread entre preço do Ouro BM&F e o preço da sua barrinha de ouro também está presente no momento da venda. Conclusão: Não Recomendado para Investimentos! 5. Comprar/Investir em Ouro diretamente na BM&F Bovespa
  • 26. Uma alternativa utilizada por vários investidores é comprar ouro diretamente na BM&FBovespa. Você precisará de uma conta em uma corretora de valores e deverá pagar alguns custos para realizar a operação. O ouro é de extrema qualidade, sendo de 24k (999 partes de ouro para cada 1.000 do metal). Tipos de Contratos Oferecidos: OZ1D: Ouro de 250g OZ2D: Ouro de 10g OZ3D: Ouro de 0,225g Passo-a-Passo para Comprar Ouro na BM&FBovespa: 1. Abrir uma conta em uma corretora. É preciso, antes, se certificar de que a corretora está habilitada a operar o ouro. 2. Após fazer seu cadastro na corretora, você terá de assinar um contrato que permitirá você negociar na BM&F. 3. No momento da compra, você não poderá utilizar o homebroker, como faz naturalmente com ações e fundos imobiliários, mas precisará ligar para sua corretora e falar com a mesa de operações para negociar a compra do ouro. 4. Para fazer a retirada do Ouro na BM&F, você precisa negociar no mínimo o contrato de 250g (OZ1D) ou múltiplos dele. A retirada pode ser agendada através da sua corretora e pode-se também pedir a entrega em sua casa com custo adicional. Custos para Investir em Ouro 1. Corretagem A aplicação está sujeita ainda à cobrança de taxa de corretagem, que varia de acordo com a corretora contratada. Geralmente, a taxa fica na faixa de 0,2% sobre o valor total envolvido na transação. 2. Custódia
  • 27. A Bolsa faz a cobrança da taxa de custódia e a repassa para o banco custodiante. São cobrados 0,07% ao mês, calculados diariamente sobre a posição mantida pelo investidor, de acordo com a seguinte metodologia: Taxa de Custódia ao dia = (preço máximo do ouro no dia x 0,07% x saldo em gramas)/ 30 dias. Exemplo: Valor Máximo do Dia: R$ 100,00 Taxa Padrão da Bolsa: 0,07% Saldo em Gramas: 250 (g) Dias: 30 R$ 100 x 0,07% x 250 / 30 = R$ 0,58. (Taxa diária) Estes valores são calculados diariamente e acumulados para serem pagos no quarto dia útil do mês seguinte, ou quando o investidor zerar a posição. Vou ter de pagar imposto sobre o ouro que eu vender? Como é considerado renda variável, o ouro como ativo financeiro fica isento de IR até o limite de R$ 20.000. Nesse caso, ele entra na declaração como “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”. Caso a venda exceda R$ 20 mil, a alíquota é de 15% sobre o ganho de capital. Passo-a-Passo para Vender Ouro na BM&FBovespa: Texto adaptado do PDF da BM&FBovespa. No caso da venda total ou parcial de seus contratos, o investidor poderá: Receber a respectiva quantia em dinheiro (liquidação financeira) em D+1. Retirar o metal (liquidação física), em quantias múltiplas de 250g, no custodiante que indicar à Bolsa ou deixar as respectivas barras em custódia. Para vender novamente o Ouro para a Bolsa é preciso que ele passe pelo fundidor e que esteja depositado em custódia. Para isso, é preciso cumprir três etapas.
  • 28. 1. Da Corretora para o Fundidor O investidor escolhe corretora. A corretora indica um fundidor credenciado pela Bolsa. O fundidor padroniza o ouro em barras e atesta seu teor de pureza, conforme critérios estabelecidos pela Bolsa. 2. Do Fundidor para o Custodiante O fundidor envia ao custodiante o ouro padronizado. O custodiante efetua a guarda dessas barras em nome do investidor. O custodiante controla as posições do investidor, expressas em gramas de ouro fino, em conta individualizada. 3. Para Negociação na Bolsa A corretora informa o custodiante sobre a intenção de seu cliente vender as barras de ouro. O custodiante transfere essas barras de ouro para a Bolsa. A BM&FBOVESPA deposita o saldo na conta do investidor. Conclusão: Recomendado apenas para Investidores Experientes e com elevado capital. 6. Comprar Ouro através do Banco do Brasil
  • 29. Uma opção citada pelos nossos leitores nos comentários é a compra de ouro através do Banco do Brasil. O investimento é bem parecido em relação à BM&FBovespa. Vamos aos detalhes: Tipos de Negociação O Banco do Brasil oferece a opção de investir em Ouro Escritural (múltiplos de 25g), assim como o Ouro Lingote (250g). Vale lembrar que em ambas modalidades é necessário ser correntista do banco e as operações podem ser realizadas em qualquer agência. Entretanto, devido à baixa procura por esse tipo de investimento é bem provável que os empregados do próprio banco desconheçam essa modalidade de investimento. Um diferencial que o BB oferece é a garantia de recompra do Ouro vendido aos seus clientes oferecendo liquidez diária, com liquidação no mesmo dia (D+0), bastando que o Ouro adquirido pelo cliente esteja custodiado no Banco. Custos e Impostos Na modalidade Lingote o custo é de 0,10% e na modalidade Escritural 0,07%, sobre o montante custodiado, cobrados mensalmente. O valor da tarifa de custódia é apurado com base no saldo de posição médio mantido no mês, de forma proporcional à quantidade de dias em que o ativo esteve depositado em custódia, multiplicado pela cotação média do metal neste mesmo mês. Nas operações de compra e venda, não há cobrança de tarifas de corretagem ou taxas de emolumentos. Vendas até R$ 20.000,00 por mês estão isentas de imposto de renda. Acima deste valor, estarão sujeitas à alíquota de 15% sobre ganhos. Conclusão: Recomendado apenas para Investidores Experientes. 7. Fundos de Investimentos (A Melhor Maneira!)
  • 30. Apesar da opção por investir em ouro através da BM&FBovespa ser interessante, ela é burocrática e necessita de muito dinheiro para negociar o OZ1D, Ouro de 250g, que possui liquidez superior ao OZ2D (10g), embora ambas sejam baixas. Um investimento no Ouro de 250g necessita de R$ 25.000, caso o preço do Ouro esteja em R$ 100,00. Portanto, é uma maneira cara de se investir e ainda possui pouca liquidez e elevada burocracia. Do outro lado, fundos de investimentos são extremamentes práticos e simples de investir. Basta estar associado a um banco/corretora/distribuidora e transferir o dinheiro para o fundo. Até o dia 31/10/2012, não havia opção de investir em Ouro através de um fundo de investimento que buscasse replicar o desempenho do Ouro BM&F. Porém, seguindo a alta demanda do mercado e buscando criar um fundo de fácil acesso, a Órama criou o Fundo Órama Ouro, que tem como objetivo ser um fundo passivo (fundo de índice) do Ouro. Com apenas R$ 5.000 e uma taxa de administração de 0,6%, você investe em Ouro de forma simples e rápida. Além desse fundo, a Órama oferece diversos outros fundos (passivos e ativos) com aplicacão inicial de R$ 5.000 e taxas de administrações muito baixas, o que é um ótimo atrativo para o investidor que deseja investir sem preocupações, com praticidade e tempo de sobra.
  • 31. Conclusão: A melhor maneira para investir em Ouro, seja você um investidor iniciante ou experiente! Dúvidas Comuns sobre o Investimento em Ouro Listei abaixo algumas perguntas que talvez tenham ficado sem respostas ao longo desse artigo. Se após o final desse artigo você ainda tiver alguma dúvida, deixe um comentário para tornar esse artigo ainda mais completo. Como identificar bons momentos de compra para o Ouro? Essa é a pergunta que todos desejamos resposta prontas com diversas dicas de investimentos. Apesar de ser impossível prever o futuro, bons momentos para compra do ouro seriam: Alta inflação Alta no Preço do Dólar
  • 32. Baixas taxas de juros Crises Financeiras Ouro é investimento ou proteção de capital? Podemos dizer que ele cumpre bem as duas funções, dada a devida atenção para ambas funções. Do ponto de vista técnico do investimento, ele oferece uma baixa correlação com os demais ativos e um alto retorno (histórico). Desde 1999, o Ouro teve rentabilidade de1.050% ou um retorno anual de 21,52%. Portanto, qualquer carteira que teve o ouro em sua alocação desde 1999 melhorou sua relação retorno x risco. Além do bom retorno histórico, o Ouro é um investimento essencial em crises financeiras, garantindo ótima proteção para o investidor. Nesses períodos de crise, ativos como ações, fundos imobiliários e títulos prefixados e indexados ao IPCA de longo vencimento tendem a perder valor. Poucos são os ativos que ganham valor nesses períodos e o Ouro é um dos melhores, junto com o Dólar. Investir em Ouro em espécie ou Ouro em certificado? Alguns leitores mais conservadores e preocupados, provavelmente preferem o Ouro em espécie e guardado consigo para evitar confisco do governo e servir como moeda em situações extremas. Já o ouro em certificado, oferece mais praticidade para comprar e vender, além de menos burocracia e um próprio lugar seguro para custódia. Essa resposta depende das preferências do investidor. Pessoalmente, prefiro o Ouro em certificado, pela sua praticidade em relação ao Ouro em espécie. Prefiro um certificado de que meu Ouro está guardado no banco do que ter meu próprio ouro guardado em casa.
  • 33. Quais são os riscos relacionados ao ouro? O principal risco para quem deseja comprar certificados de Ouro é a sua desvalorização do preço na Bolsa. Para quem deseja ter o Ouro físico em casa os principais riscos são: Não ter um lugar seguro para a custódia do Ouro e aumentar as chances de ser roubado. Necessidade extra de avaliação da qualidade do Ouro, para atestar se é realmente 24k (99,9% puro). Falta de liquidez no momento da venda. Qual é a Alocação Adequada do Ouro em uma Carteira de Investimentos? Apesar de toda a atratividade do investimento em Ouro e de sua ótima rentabilidade nos últimos 14 anos, não é recomendado o investidor ter mais de 20% de sua alocação em Ouro. O ideal é o investidor buscar uma diversificação ampla de sua carteira de suaalocação de ativos, nunca colocando grande parte de seu capital em uma única classe de investimentos.
  • 34. Como é muito simples investir em Ouro através do fundo Órama Ouro a partir de R$ 5.000, acho muito viável para todo tipo de investidor colocar ao menos 5% de seu capital em Ouro. Generalizando, o investimento em Ouro poderia ser alocado da seguinte forma: Cenário Econômico Otimista: 5% Cenário Econômico Neutro: 10% Cenário Econômico Pessimista: 20% Este é apenas um exemplo, e a alocação ideal varia de investidor para investidor. CURSO 100% GRÁTIS! Junte-se a 27,650 leitores que recebem as nossas 10 aulas grátis sobre investimentos! Quero Receber! A Órama sob a Visão de um Investidor em busca da Excelência
  • 35. Esse artigo sobre como investir em Ouro é uma prioridade antiga minha e que somente agora está sendo concretizada. Eu queria ter a experiência (teórica e prática) necessária antes de compartilhar todas essas informações com vocês. Por esse motivo, antes de recomendar o investimento em Ouro através do Fundo Órama Ouro, eu me tornei um cotista do fundo para avaliar a qualidade do fundo. Em todo esse período, pude verificar que a minha rentabilidade no fundo está muito próxima da rentabilidade do Ouro na BM&F, o que me deixou extremamente feliz, percebendo que o fundo entrega o que promete, boa indexação ao Ouro da BM&F. Pelos padrões da Anbima, ele precisa investir no mínimo 95% do seu patrimônio em Ouro. Não satisfeito em apenas acompanhar a evolução do fundo, eu resolvi marcar uma reunião com o Guilherme Horn, CEO da Órama. Essa foi uma ótima experiência e pude aprender bastante sobre todo o trabalho para trazer fundos inovadores como o fundo Órama Ouro a partir de aplicações iniciais de R$ 5.000 e com baixa taxa de administração, de 0,6%. Saber que os sócios da Órama colocam grande parte de seus investimentos nos próprios fundos, conhecer o minucioso processo de escolha dos fundos e a preferência pela qualidade ao invés da quantidade, focando sempre nos clientes, foram fatores que me deixaram muito satisfeito com a organização e mais seguro de meus investimentos com eles. Buscando ir além de conhecer a sede da Órama no Leblon, aqui no Rio de Janeiro, marquei uma entrevista com a Sandra Blanco, consultora de investimentos há mais de 15 anos. Entrevista com Sandra Blanco da Órama
  • 36. Acompanhe abaixo a entrevista que realizei rapidamente com a Sandra Blanco sobre o investimento em Ouro e o fundo Órama Ouro. Henrique Carvalho (H.C.) 1. Quais são as demais formas de investir em Ouro e quais as vantagens do fundo Órama Ouro em relação à elas? Sandra Blanco (S.B.) As formas mais tradicionais de investir em ouro são comprar barras ou certificados. As vantagens do Fundo Órama Ouro em relação a elas são que não há o risco nem as dificuldades operacionais inerentes ao ouro em barra ou certificados. Investindo no Fundo não há risco de ser roubado, de comprar ouro de baixa qualidade. Em termos operacionais, o imposto é retido na fonte, não é preciso recolher quando efetuar venda com lucro e a principal vantagem é com relação ao preço e volume negociado. Não há diferença entre os preços de compra e venda, que pode ser grande quando a quantidade negociada é pequena. O Fundo negocia lotes padrão de 250g. H.C. 2. Por que todo investidor deveria considerar a opção de investir em Ouro? S.B. Porque é uma opção para diversificação e proteção nos momentos de instabilidade. Historicamente, no longo prazo, tem superado a inflação. H.C. 3. Como funciona basicamente um fundo passivo de investimentos em Ouro?
  • 37. S.B. Todo dinheiro que é aplicado no Fundo é utilizado para comprar ouro na BM&F, no mínimo, 95%, independentemente do momento de mercado, esteja o ouro em alta ou em baixa. Assim, um fundo passivo segue muito de perto a variação do metal no mercado brasileiro, que depende da variação no mercado internacional e da cotação do dólar (R$/USD). Nota pessoal (H.C.): O fundo é obrigado a possuir no mínimo 80% em Ouro, conforme determinado pela Anbima. Entretanto, é política do fundo manter no mínimo 95% do investimento em Ouro para ter uma ótima indexação a variação do Ouro BM&F. H.C. 4. Como o Ouro se insere em uma estratégia de investimentos? S.B. Numa estratégia de longo prazo serve como proteção, diversificação e liquidez. Não recomendo a especulação. H.C. 5. Existe uma alocação adequada para se investir em Ouro dado os diversos perfis de investidores? S.B. Não recomendaria investir mais de 20% do patrimônio em ouro e frente ao cenário atual, não mais de 10%. Além do perfil, os objetivos e disponibilidade de recursos também são relevantes na determinação da alocação mais adequada. H.C. 6. Ainda vale a pena investir no Ouro após longos anos de valorização? S.B. Depende, como todo mercado de risco há prós e contras. Prós: apresentou valorização real ao longo de 15 anos, discussões sobre o teto da dívida americana, baixo crescimento e taxa de juros real negativa em vários países. Contras: subiu muito nos últimos anos, o pior da crise já passou, pode passar longos períodos com preço estável, como aconteceu entre final de 2002 e 2007. Sandra Blanco é consultora de investimentos na Órama, tem mais de 15 anos de experiência no mercado financeiro e orienta investidores como consultora de valores mobiliários autorizada pela CVM desde 2004. É autora de diversos livros sobre investimentos.
  • 38. Conclusão Antigamente, investir em Ouro era uma exclusividade para investidores com muito dinheiro e dispostos a vencer todas as barreiras da burocracia desse tipo de investimento. Entretanto, hoje em dia é possível investir facilmente em Ouro através de fundos passivos como o Órama Ouro com apenas R$ 5.000. É o desejo de todos nós investidores que essa iniciativa seja um ótimo modelo a ser seguido. Decisões sábias sobre como investir precisam ser amparadas com opções de fácil acesso para todo tipo de investidor, seja ele rico, pobre, experiente ou inexperiente. É por esse motivo que quando sai da sala de reunião com o Guilherme, CEO daÓrama, tive a certeza de que havia um esforço sincero e voraz para facilitar e transformar a forma com que investimos hoje no Brasil. Eu raramente falo diretamente sobre um tipo de fundo de investimento ou um serviço financeiro aqui no blog, mas todas as barreiras que esse pessoal enfrentou para montar essa solução inovadora do Fundo Órama Ouro merece toda a atenção devida. Clique AQUI para saber tudo sobre esse fundo de Ouro. Espero que esse artigo tenha esclarecido diversas dúvidas que você tinha sobre como investir em Ouro.
  • 39. Entretanto, apesar desse amplo guia, entendo que talvez ainda existam algumas curiosidades ou dúvidas que ficaram sem respostas. Se esse for o seu caso, por favor, compartilhe abaixo seu comentário para enriquecermos ainda mais esse artigo. Nota: Esse artigo não é patrociando, já que o artigo foi escrito integralmente por mim. Toda a pesquisa, os dados e as conclusões refletem o meu ponto de vista sobre o investimento em ouro. Porém, visando manter nossa política de transparência, preciso informar que existe sim uma parceria entre o site HC Investimentos e a Órama. (crédito das imagens: shutterstock.com) FIQUE ATUALIZADO! Insira aqui o seu email para receber gratuitamente as atualizações do blog! Quero Receber! Sobre o autor Henrique é especialista em alocação de ativos, eleito um dos 5 melhores educadores financeiros do Brasil em 2012/2013. Continue Lendo aqui!