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SITUAÇÃO
DE
APRENDIZAGEM
TEXTO “AVESTRUZ”, DE
M
ÁRIO
PRATA
Tempo previsto: 12 aulas
Conteúdos e temas: Características do agrupamento tipológico narrar, Estudo
dos gêneros textuais crônica narrativa
Competências e habilidades: Reconhecer as características do agrupamento
tipológico “narrar” nos gênero textual “crônica”, Situar o gênero “crônica”,
reconhecendo sua função social de acordo com o contexto de comunicação.
Estratégias: Leitura e análise de textos verbais e não verbais, atividades de
sistematização
Recursos utilizados: sala de leitura, sala de informática, dicionário, jornal,
imagem
Avaliação: Posicionamento do aluno nas discussões orais, análise dos textos e
desenrolar das pesquisas.
SONDAGEM
O professor levará os alunos à sala de Leitura e iniciará uma conversa
questionando-os a respeito de textos e livros que mais gostam ou
gostaram.
Em seguida propõe que escolham algum livro para que o professor
realize a leitura oral.
Nesta discussão o professor aproveita para fazer um levantamento da
classe a respeito dos gêneros já conhecidos.
O professor pode retomar as características da tipologia narrativa.
O termo “narrar” vem do latim “narratio” e quer dizer o ato de narrar acontecimentos reais ou fictícios. Na Antiguidade
Clássica, os padrões literários reconhecidos eram apenas o épico, o lírico e o dramático. Com o passar dos anos surgiu dentro
do gênero épico a variante: gênero narrativo, a qual apresentou concepções de prosa com características diferentes, o que fez
com que surgissem divisões de outros gêneros literários dentro do estilo narrativo: o romance, a novela, o conto, a crônica, a
fábula. Porém, praticamente todas as obras narrativas possuem elementos estruturais e estilísticos em comum e devem
responder a questionamentos, como: quem?, que? quando? onde? por quê? Vejamos a seguir:
• Narrador: é o que narra a história, pode ser onisciente (terceira pessoa, observador, tem conhecimento da história e das
personagens, observa e conta o que está acontecendo ou aconteceu) ou personagem (em primeira pessoa; narra e participa da
história e, contudo, narra os fatos à medida em que acontecem, não pode prever o que acontecerá com as demais
personagens).
• Tempo: é um determinado momento em que as personagens vivenciam as suas experiências e ações. Pode ser cronológico
(um dia, um mês, dois anos) ou psicológico (memória de quem narra, flash-back feito pelo narrador).
• Espaço: lugar onde as ações acontecem e se desenvolvem.
• Enredo: é a trama, o que está envolvido na trama que precisa ser resolvido, e a sua resolução, ou seja, todo enredo tem
início, desenvolvimento, clímax e desfecho.
• Personagens: através das personagens, seres fictícios da trama, encadeiam-se os fatos que geram os conflitos e ações. À
personagem principal dá-se o nome de protagonista e pode ser uma pessoa, animal ou objeto inanimado, como nas fábulas.
O professor leva para a sala de aula livros, jornais e revistas e
deixa-os explorar o material.
Em seguida, o professor busca conhecimentos que têm sobre a
finalidade dos suportes em questão: Revista, jornal e livro. Pode travar
questões como: Quem leria um jornal? Para qual finalidade? Quem
costuma ler livros? E revistas?
DISCUSSÃO ORAL
A partir daí, estabeleça um diálogo sobre diferentes narrativas
e retoma os elementos da narrativa fazendo uso de crônicas,
fragmentos de romances entre outros.
LEITURA E ANÁLISE DE TEXTO
Antes de ler o texto mostre o título e questione os alunos
Vocês sabem o que é avestruz?
 Vocês já viram um avestruz?
Como é essa ave? Na região onde moramos existem avestruzes?
O que vocês acham de um texto com este título?
Após as discussões, realizar a leitura do texto.
TEXTO: AVESTRUZ
O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus dez anos,
uma avestruz. Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento em
Higienópolis, São Paulo. E ela me mandou um e-mail dizendo que a culpa era
minha. Sim, porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa, que o menino
conheceu as avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação deles. Aquilo
impressionou o garoto.
Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruzes.
E se entregavam em domicílio.
E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. A
avestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar a avestruz,
Deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado
primeiro o corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quanto pesa
uma avestruz? Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a
altura pode chegar a quase três metros. 2,7 para ser mais exato.
PERGUNTA-SE
Vocês acham que o menino vai ganhar a avestruz?
É possível criar avestruz em um apartamento?
Vocês acham que avestruz pode se tornar um animal de estimação?
Mas eu estava falando da sua criação por Deus. Colocou um pescoço
que não tem absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter
estoque de asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até
sabiamente para evitar que saíssem voando em bandos por aí assustando as
demais aves normais.
Outra coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas dois
dedos em cada pé.
Sacanagem, Senhor!
Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um
camelo. Tanto é que, logo depois, Adão, dando os nomes a tudo que via pela
frente, olhou para aquele ser meio abominável e disse: Struthio Camelus
Australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele
pescoço fino em forma de salsicha.
Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao
seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que
elas vivem até os setenta anos e se reproduzem plenamente até os quarenta,
entrando depois na menopausa, não têm, portanto, TPM. Uma avestruz com
TPM é perigosíssima!
Podem gerar de dez a trinta crias por ano, expliquei ao garoto, filho
da minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando
de avestruzes correndo pela sala do apartamento.
Ele insiste, quer que eu leve uma avestruz para ele de avião, no
domingo. Não sabia mais o que fazer.
PERGUNTA-SE
E agora? O que fazer?
O texto está transcorrendo como vocês imaginavam?
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inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo.
Máquina digital de fotografia, times inteiros de futebol de botão e,
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bem.
Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o
avestruz por cinco gaivotas e um urubu.
Pedi para a minha amiga levar o garoto num psicólogo. Afinal, tenho
mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz.
PRATA, Mário. Avestruz. Disponível em:
<www.marioprataonline.com.br>. Acesso em: 14
fev. de 2008.
RESPONDA NO CADERNO
Os alunos serão orientados a pesquisar no dicionário o significado das
palavras desconhecidas.
O professor pode utilizar perguntas como:
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ESTUDO DA LÍNGUA
O professor solicita que os alunos circulem no texto:
Verbos no pretérito perfeito do indicativo
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Em seguida, pede que façam uma tabela e copiem no caderno separando-os;
A partir daí, propõe que escolham 6 verbos e façam frases.
LIÇÃO DE CASA
O professor seleciona atividades do livro didático sobre verbo.
PESQUISA INDIVIDUAL
O professor leva-os à sala de informática e propõe uma pesquisa sobre as
características do gênero crônica narrativa.
PESQUISA EM GRUPO
Os alunos pesquisam em jornais outras crônicas.
Antes do término da aula podem ser incentivados a buscar, na sala de
leitura, livros de crônicas para ler em casa.
LEITURA E ANÁLISE DE TEXTO
O professor projetará a imagem de um avestruz e farão a comparação
das características do animal com a descrição do texto.
APRENDENDO A APRENDER
Traçar a diferença entre características físicas e psicológicas.
As impressões do autor em relação ao animal descrito.
AUTOAVALIAÇÃO
Os alunos são levados a refletir sobre os textos lidos, as características
da crônica narrativa, contexto de produção do texto explorado e o uso
dos verbos.

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  • 2. Tempo previsto: 12 aulas Conteúdos e temas: Características do agrupamento tipológico narrar, Estudo dos gêneros textuais crônica narrativa Competências e habilidades: Reconhecer as características do agrupamento tipológico “narrar” nos gênero textual “crônica”, Situar o gênero “crônica”, reconhecendo sua função social de acordo com o contexto de comunicação. Estratégias: Leitura e análise de textos verbais e não verbais, atividades de sistematização Recursos utilizados: sala de leitura, sala de informática, dicionário, jornal, imagem Avaliação: Posicionamento do aluno nas discussões orais, análise dos textos e desenrolar das pesquisas.
  • 3. SONDAGEM O professor levará os alunos à sala de Leitura e iniciará uma conversa questionando-os a respeito de textos e livros que mais gostam ou gostaram. Em seguida propõe que escolham algum livro para que o professor realize a leitura oral. Nesta discussão o professor aproveita para fazer um levantamento da classe a respeito dos gêneros já conhecidos.
  • 4. O professor pode retomar as características da tipologia narrativa. O termo “narrar” vem do latim “narratio” e quer dizer o ato de narrar acontecimentos reais ou fictícios. Na Antiguidade Clássica, os padrões literários reconhecidos eram apenas o épico, o lírico e o dramático. Com o passar dos anos surgiu dentro do gênero épico a variante: gênero narrativo, a qual apresentou concepções de prosa com características diferentes, o que fez com que surgissem divisões de outros gêneros literários dentro do estilo narrativo: o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula. Porém, praticamente todas as obras narrativas possuem elementos estruturais e estilísticos em comum e devem responder a questionamentos, como: quem?, que? quando? onde? por quê? Vejamos a seguir: • Narrador: é o que narra a história, pode ser onisciente (terceira pessoa, observador, tem conhecimento da história e das personagens, observa e conta o que está acontecendo ou aconteceu) ou personagem (em primeira pessoa; narra e participa da história e, contudo, narra os fatos à medida em que acontecem, não pode prever o que acontecerá com as demais personagens). • Tempo: é um determinado momento em que as personagens vivenciam as suas experiências e ações. Pode ser cronológico (um dia, um mês, dois anos) ou psicológico (memória de quem narra, flash-back feito pelo narrador). • Espaço: lugar onde as ações acontecem e se desenvolvem. • Enredo: é a trama, o que está envolvido na trama que precisa ser resolvido, e a sua resolução, ou seja, todo enredo tem início, desenvolvimento, clímax e desfecho. • Personagens: através das personagens, seres fictícios da trama, encadeiam-se os fatos que geram os conflitos e ações. À personagem principal dá-se o nome de protagonista e pode ser uma pessoa, animal ou objeto inanimado, como nas fábulas.
  • 5. O professor leva para a sala de aula livros, jornais e revistas e deixa-os explorar o material. Em seguida, o professor busca conhecimentos que têm sobre a finalidade dos suportes em questão: Revista, jornal e livro. Pode travar questões como: Quem leria um jornal? Para qual finalidade? Quem costuma ler livros? E revistas? DISCUSSÃO ORAL
  • 6. A partir daí, estabeleça um diálogo sobre diferentes narrativas e retoma os elementos da narrativa fazendo uso de crônicas, fragmentos de romances entre outros.
  • 7. LEITURA E ANÁLISE DE TEXTO Antes de ler o texto mostre o título e questione os alunos Vocês sabem o que é avestruz?  Vocês já viram um avestruz? Como é essa ave? Na região onde moramos existem avestruzes? O que vocês acham de um texto com este título? Após as discussões, realizar a leitura do texto.
  • 8. TEXTO: AVESTRUZ O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus dez anos, uma avestruz. Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento em Higienópolis, São Paulo. E ela me mandou um e-mail dizendo que a culpa era minha. Sim, porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa, que o menino conheceu as avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação deles. Aquilo impressionou o garoto. Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruzes. E se entregavam em domicílio. E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. A avestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar a avestruz, Deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado primeiro o corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quanto pesa uma avestruz? Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a altura pode chegar a quase três metros. 2,7 para ser mais exato.
  • 9. PERGUNTA-SE Vocês acham que o menino vai ganhar a avestruz? É possível criar avestruz em um apartamento? Vocês acham que avestruz pode se tornar um animal de estimação?
  • 10. Mas eu estava falando da sua criação por Deus. Colocou um pescoço que não tem absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter estoque de asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até sabiamente para evitar que saíssem voando em bandos por aí assustando as demais aves normais. Outra coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas dois dedos em cada pé. Sacanagem, Senhor! Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo. Tanto é que, logo depois, Adão, dando os nomes a tudo que via pela frente, olhou para aquele ser meio abominável e disse: Struthio Camelus Australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em forma de salsicha.
  • 11. Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que elas vivem até os setenta anos e se reproduzem plenamente até os quarenta, entrando depois na menopausa, não têm, portanto, TPM. Uma avestruz com TPM é perigosíssima! Podem gerar de dez a trinta crias por ano, expliquei ao garoto, filho da minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de avestruzes correndo pela sala do apartamento. Ele insiste, quer que eu leve uma avestruz para ele de avião, no domingo. Não sabia mais o que fazer.
  • 12. PERGUNTA-SE E agora? O que fazer? O texto está transcorrendo como vocês imaginavam? O texto já terminou? Como acreditam que vai terminar?
  • 13. Foi quando descobri que elas comem o que encontram pela frente, inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo. Máquina digital de fotografia, times inteiros de futebol de botão e, principalmente, chuteiras. E, se descuidar, um mouse de vez em quando cai bem. Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o avestruz por cinco gaivotas e um urubu. Pedi para a minha amiga levar o garoto num psicólogo. Afinal, tenho mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz. PRATA, Mário. Avestruz. Disponível em: <www.marioprataonline.com.br>. Acesso em: 14 fev. de 2008.
  • 14. RESPONDA NO CADERNO Os alunos serão orientados a pesquisar no dicionário o significado das palavras desconhecidas. O professor pode utilizar perguntas como: Alguma palavra dificultou a compreensão do texto? Em caso afirmativo, como vocês sanaram as dificuldades?
  • 15. O professor ainda pergunta: Quem é o autor do texto? Quem são os personagens? O texto está em 1ª ou 3ª pessoa? Retire do texto uma palavra típica da linguagem informal? Onde acontece a história? Qual é o nome científico do avestruz?
  • 16. Que estratégia o autor usou para convencer o menino a desistir do animal? O que o menino quis no lugar do avestruz?
  • 17. ESTUDO DA LÍNGUA O professor solicita que os alunos circulem no texto: Verbos no pretérito perfeito do indicativo Verbos no pretérito imperfeito do indicativo; Em seguida, pede que façam uma tabela e copiem no caderno separando-os; A partir daí, propõe que escolham 6 verbos e façam frases.
  • 18. LIÇÃO DE CASA O professor seleciona atividades do livro didático sobre verbo.
  • 19. PESQUISA INDIVIDUAL O professor leva-os à sala de informática e propõe uma pesquisa sobre as características do gênero crônica narrativa.
  • 20. PESQUISA EM GRUPO Os alunos pesquisam em jornais outras crônicas. Antes do término da aula podem ser incentivados a buscar, na sala de leitura, livros de crônicas para ler em casa.
  • 21. LEITURA E ANÁLISE DE TEXTO O professor projetará a imagem de um avestruz e farão a comparação das características do animal com a descrição do texto.
  • 22. APRENDENDO A APRENDER Traçar a diferença entre características físicas e psicológicas. As impressões do autor em relação ao animal descrito.
  • 23. AUTOAVALIAÇÃO Os alunos são levados a refletir sobre os textos lidos, as características da crônica narrativa, contexto de produção do texto explorado e o uso dos verbos.