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Análise da eficácia da
dexametasona no controle da
dor após tratamento
endodôntico realizado em
sessão única
Fernanda Bortolai Martins
Nelson Mohara
INTRODUÇÃO
Manejo do paciente endodôntico –
3Ds
Hargreaves e Abbott 2005
Tratamento endodôntico
Prevenção e Controle da dor
• Manutenção da cadeia asséptica durante e
depois do procedimento
• Preparo dos canais em apenas uma sessão
• Escolha de técnicas com menor extrusão
apical possível e substâncias biocompatíveis
• Uso de medicamentos analgésicos e
antiinflamatórios
Membrana Plasmática
Fosfolipase A2
Ácido Araquidônico
Lipoxigenase Ciclooxigenase
Leucotrienos
Susbtâncias álgicas
(Prostaglandinas,
prostaciclinas e
tromboxanas)
Substâncias
fisiológicas
protetoras (gástricas
e renais)
Injúria
CorticóideCorticóide
AINESAINES
+
-
OBJETIVOS
• Avaliar a eficácia da dexametasona no controle
da dor
• Comparar sua ação em relação à condição inicial
do dente
HIPÓTESE
• Superioridade da dexametasona em relação
ao placebo.
MATERIAIS E MÉTODOS
Amostra experimental
• 585 tratamentos endodônticos
• realizados por 12 operadores (alunos da
especialização) na clínica da APCD no ano de
2009 e 2010
Critérios de exclusão
• Necessidade de complementação cirúrgica
• Diabéticos
• Pacientes com hipersensibilidade ou outras
reações adversas a dexametasona
• Sessões múltiplas
• Uso de outras soluções irrigadoras (NaOCl em
outras concentrações e clorexidina)
• Não acompanhamento do pós-operatório
Voluntários após tratamento
• Administração oral
• 3 doses, 1x ao dia, durante 3 dias (24, 48 e 72 horas
após o tratamento endodôntico)
• Escolha prévia da medicação por um professor, por
módulo da especialização
Medição da dor pós-operatória
• Escala verbal de dor
• Períodos analisados: 24, 48, 72 horas e 1
semana após tratamento
Análise estatística
• Grupos divididos segundo medicação utilizada
(placebo X dexametasona) e condição inicial
(polpa viva, polpa necrosada e retratamento)
• Testes qui-quadrado
• Nível de significância adotado p>0,05
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Amostra experimental
• 231 dentes excluídos conforme critérios
estabelecidos
• Total de dentes analisados: 365
  Placebo Dexametason
a
Total
Polpa Viva 65 62 127
Polpa 
Necrosada
89 75 164
Retratamento 36 38 74
Amostra experimental
Dor pós-operatória nos grupos placebo e
dexametasona
Dor pós-operatória nos 4 períodos
analisados, dependendo da condição
inicial
Ausência de dor X tempo
MEDICAMENTOS E DOR
• Medicamento
melhor que
placebo
• Medicamento
melhor que
placebo
• Medicamento
igual ao placebo
• Medicamento
igual ao placebo
Rowe et al. 1980
Menke et al. 2000
Pochapski et al.
2009
Marshall e Walton 1984
Krasner e Jackson 1986
Flath et al. 1987
Glassman et al. 1989
Negm et al. 1989
Gopikrishna et al. 2003
Jalalzadeh et al. 2010
Liesinger et al. 1993
Torabinejad et al. 1994
Nekoofar et al. 2003
Menhinick et al. 2004
Attar et al. 2008
CONCLUSÃO
1) A Dexametasona não foi superior ao placebo
para controle da dor, em nenhuma das
condições iniciais analisadas
2) A incidência de dor foi maior nas primeiras
24 horas, decrescendo com o passar do
tempo
3) Mais estudos são necessários com outras
doses e intervalos de admnistração

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Análise da eficácia da dexametasona no controle da dor após tratamento endodôntico

  • 1. Análise da eficácia da dexametasona no controle da dor após tratamento endodôntico realizado em sessão única Fernanda Bortolai Martins Nelson Mohara
  • 3. Manejo do paciente endodôntico – 3Ds Hargreaves e Abbott 2005
  • 5. Prevenção e Controle da dor • Manutenção da cadeia asséptica durante e depois do procedimento • Preparo dos canais em apenas uma sessão • Escolha de técnicas com menor extrusão apical possível e substâncias biocompatíveis • Uso de medicamentos analgésicos e antiinflamatórios
  • 6. Membrana Plasmática Fosfolipase A2 Ácido Araquidônico Lipoxigenase Ciclooxigenase Leucotrienos Susbtâncias álgicas (Prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxanas) Substâncias fisiológicas protetoras (gástricas e renais) Injúria CorticóideCorticóide AINESAINES + -
  • 7. OBJETIVOS • Avaliar a eficácia da dexametasona no controle da dor • Comparar sua ação em relação à condição inicial do dente HIPÓTESE • Superioridade da dexametasona em relação ao placebo.
  • 9. Amostra experimental • 585 tratamentos endodônticos • realizados por 12 operadores (alunos da especialização) na clínica da APCD no ano de 2009 e 2010
  • 10. Critérios de exclusão • Necessidade de complementação cirúrgica • Diabéticos • Pacientes com hipersensibilidade ou outras reações adversas a dexametasona • Sessões múltiplas • Uso de outras soluções irrigadoras (NaOCl em outras concentrações e clorexidina) • Não acompanhamento do pós-operatório
  • 11. Voluntários após tratamento • Administração oral • 3 doses, 1x ao dia, durante 3 dias (24, 48 e 72 horas após o tratamento endodôntico) • Escolha prévia da medicação por um professor, por módulo da especialização
  • 12. Medição da dor pós-operatória • Escala verbal de dor • Períodos analisados: 24, 48, 72 horas e 1 semana após tratamento
  • 13. Análise estatística • Grupos divididos segundo medicação utilizada (placebo X dexametasona) e condição inicial (polpa viva, polpa necrosada e retratamento) • Testes qui-quadrado • Nível de significância adotado p>0,05
  • 15. Amostra experimental • 231 dentes excluídos conforme critérios estabelecidos • Total de dentes analisados: 365
  • 16.   Placebo Dexametason a Total Polpa Viva 65 62 127 Polpa  Necrosada 89 75 164 Retratamento 36 38 74 Amostra experimental
  • 17. Dor pós-operatória nos grupos placebo e dexametasona
  • 18. Dor pós-operatória nos 4 períodos analisados, dependendo da condição inicial
  • 19. Ausência de dor X tempo
  • 20. MEDICAMENTOS E DOR • Medicamento melhor que placebo • Medicamento melhor que placebo • Medicamento igual ao placebo • Medicamento igual ao placebo Rowe et al. 1980 Menke et al. 2000 Pochapski et al. 2009 Marshall e Walton 1984 Krasner e Jackson 1986 Flath et al. 1987 Glassman et al. 1989 Negm et al. 1989 Gopikrishna et al. 2003 Jalalzadeh et al. 2010 Liesinger et al. 1993 Torabinejad et al. 1994 Nekoofar et al. 2003 Menhinick et al. 2004 Attar et al. 2008
  • 21. CONCLUSÃO 1) A Dexametasona não foi superior ao placebo para controle da dor, em nenhuma das condições iniciais analisadas 2) A incidência de dor foi maior nas primeiras 24 horas, decrescendo com o passar do tempo 3) Mais estudos são necessários com outras doses e intervalos de admnistração