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   Tal como no primeiro poste sobre a Lenda da Peninha, do qual constavam duas versões
    longas da mesma, também nestas duas versões curtas as histórias se regem pelo mesmo:
    na era de D. João III, uma pastorinha muda, o aparecimento de uma imagem de Nossa
    Senhora, e a construção de uma capela em devoção a Nossa Senhora, por parte do povo.

    primeira Versão Curta da Lenda da Peninha (José de Almeida in Guia de Portugal: Um
    Passeio de Lisboa a Sintra - 1880)
    Conta-se que em tempo de D. João III, andava por esta serra (de Sintra) uma rapariga
    muda, pastoreando um rebanho de ovelhas, das quais se extraviou uma, e procurando-a,
    foi encontrá-la sobre o rochedo, onde aparecendo-lhe a Nossa senhora, sob a forma de
    uma formosa menina, lhe deu fala.
    Correu o povo ao sítio, e ali se encontrou uma imagem da Virgem, feita de pedra, a qual
    foi transportada para a ermida de S. Saturnino, que era perto dali.
    Três vezes a imagem desapareceu da ermida e aparecia entre os penedos; e foi por isso
    que o povo se resolveu a construir ali uma pequena capela, que foi feita à custa de
    esmolas.
    Corria o ano de 1673, e Pedro da Conceição resolveu edificar em lugar da capela uma
    igreja e um hospício. Demoliu-se portanto a antiga edificação, e construiu-se este
    pequeno templo que vê, todo à custa daquele devoto, que aqui gastou quase tudo quanto
    tinha, e quando acabou a obra fez-se aqui ermitão.
   Segunda Versão Curta da Lenda da Peninha
    Num píncaro da serra se ergue a Ermida de Nossa Senhora da Peninha. Decorria
    exatamente o reinado de D. João III. Uma pastorinha muda, de Alminhas Velhas,
    diariamente subia a serra para apascentar o seu rebanho. Foge-lhe uma ovelhinha
    branca, e, por isso, chora copiosamente, correndo montes e vales.
    Mira os longes do alto enorme do rochedo, quando admirada fica de ver, a seus pés, a
    ovelhinha junto da Virgem.
    Esta lhe dá o dom da fala, lhe seca as lágrimas e diz-lhe que se recolha a casa, e vá à
    arca buscar pão, pois devia estar com fome.
    Responde a pequena pastora que pão não havia há ror de tempo, pois a cultura fora
    safara na produção.
    Recolhendo ao humilde casebre, fala desenvoltamente à mãe e dirige-se à arca, ali
    encontrando vários pães.
    A família e a vizinhança, perante o milagre, ficam estupefactas, sobem à fraga do alto
    da serra, e dentro da gruta, meio entulhada, foram encontrar uma imagem de Nossa
    Senhora. Trazem-na em procissão, para a Ermida de S. Saturnino, mas daqui desapareceu
    três vezes e outras tantas foi encontrada na mesma gruta da Serra.
    Cotizam-se os aldeões, e erguem-lhe então uma rude ermida, depois substituída por
    outra de melhor traça, que constitui a capela-mor da igreja seiscentista que na
    Peninha foi levantada.
 Trabalho   realizado por:
 Ivo Henriques nº 9
 Ruben Aniceto nº 23
 Área curricular não disciplinar
  de estudo acompanhado
 Professoras Fernanda Cintra
 Fátima abreu sala 39

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Lenda da Peninha - Duas versões curtas da história

  • 1.
  • 2. Tal como no primeiro poste sobre a Lenda da Peninha, do qual constavam duas versões longas da mesma, também nestas duas versões curtas as histórias se regem pelo mesmo: na era de D. João III, uma pastorinha muda, o aparecimento de uma imagem de Nossa Senhora, e a construção de uma capela em devoção a Nossa Senhora, por parte do povo. primeira Versão Curta da Lenda da Peninha (José de Almeida in Guia de Portugal: Um Passeio de Lisboa a Sintra - 1880) Conta-se que em tempo de D. João III, andava por esta serra (de Sintra) uma rapariga muda, pastoreando um rebanho de ovelhas, das quais se extraviou uma, e procurando-a, foi encontrá-la sobre o rochedo, onde aparecendo-lhe a Nossa senhora, sob a forma de uma formosa menina, lhe deu fala. Correu o povo ao sítio, e ali se encontrou uma imagem da Virgem, feita de pedra, a qual foi transportada para a ermida de S. Saturnino, que era perto dali. Três vezes a imagem desapareceu da ermida e aparecia entre os penedos; e foi por isso que o povo se resolveu a construir ali uma pequena capela, que foi feita à custa de esmolas. Corria o ano de 1673, e Pedro da Conceição resolveu edificar em lugar da capela uma igreja e um hospício. Demoliu-se portanto a antiga edificação, e construiu-se este pequeno templo que vê, todo à custa daquele devoto, que aqui gastou quase tudo quanto tinha, e quando acabou a obra fez-se aqui ermitão.
  • 3. Segunda Versão Curta da Lenda da Peninha Num píncaro da serra se ergue a Ermida de Nossa Senhora da Peninha. Decorria exatamente o reinado de D. João III. Uma pastorinha muda, de Alminhas Velhas, diariamente subia a serra para apascentar o seu rebanho. Foge-lhe uma ovelhinha branca, e, por isso, chora copiosamente, correndo montes e vales. Mira os longes do alto enorme do rochedo, quando admirada fica de ver, a seus pés, a ovelhinha junto da Virgem. Esta lhe dá o dom da fala, lhe seca as lágrimas e diz-lhe que se recolha a casa, e vá à arca buscar pão, pois devia estar com fome. Responde a pequena pastora que pão não havia há ror de tempo, pois a cultura fora safara na produção. Recolhendo ao humilde casebre, fala desenvoltamente à mãe e dirige-se à arca, ali encontrando vários pães. A família e a vizinhança, perante o milagre, ficam estupefactas, sobem à fraga do alto da serra, e dentro da gruta, meio entulhada, foram encontrar uma imagem de Nossa Senhora. Trazem-na em procissão, para a Ermida de S. Saturnino, mas daqui desapareceu três vezes e outras tantas foi encontrada na mesma gruta da Serra. Cotizam-se os aldeões, e erguem-lhe então uma rude ermida, depois substituída por outra de melhor traça, que constitui a capela-mor da igreja seiscentista que na Peninha foi levantada.
  • 4.  Trabalho realizado por:  Ivo Henriques nº 9  Ruben Aniceto nº 23  Área curricular não disciplinar de estudo acompanhado  Professoras Fernanda Cintra  Fátima abreu sala 39