O documento descreve a história da banda brasileira The Clevers/Os Novos Clevers desde a década de 1960 até o encerramento de suas atividades em 1974. Inicialmente formada por cinco membros, a banda teve várias formações ao longo dos anos devido a desentendimentos entre integrantes e empresários. Eles tiveram sucessos musicais no Brasil e no exterior durante o auge da Jovem Guarda.
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" THE CLEVERS "
The Clevers, posteriormente The New Clevers, ou Os Novos
Clevers, ou simplesmente Os Clevers, era o nome de uma
banda brasileira de música pop/rock nas décadas de 1960 e
1970, que teve diversas formações.
Inicialmente, o nome The Clevers era utilizado, no começo dos
anos 60,
pelo grupo que em seguida passaria a se chamar Os Incríveis.
A posterior formação, intitulada The New Clevers, foi lançada
no programa Ritmos para a Juventude, apresentado por
Antonio Aguilar na antiga TV Paulista - Canal 5,
a partir da banda cujo nome original era Les Celibateurs.
Seus membros eram oriundos da zona sul de São Paulo,
formada inicialmente pelos irmãos Reno (guitarra ritmo) e
Francis (guitarra solo),
Ringo (teclado e saxofone), Tony (contrabaixo) e Betinho
(bateria).
O primeiro sucesso do conjunto The Clevers (esse era o
verdadeiro nome), foi EL RELICÁRIO em um compacto
simples. Em 1964, a cantora italiana Rita Pavone veio ao
Brasil e se apresentou na TV Record Canal 7, acompanhada
pela banda The Clevers (Os
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Incríveis), cujo empresário era o apresentador Antonio
Aguillar.
Nessa ocasião, Rita, a cantora italiana do sucesso “Datemi un
martello”, resolveu convidar a banda para uma turnê pela
Itália.
Corriam notícias de que Rita Pavone estava de namoro com o
baterista Netinho, daí o notável interesse pela banda.
Na volta da turnê houve um desentendimento entre a banda e
o empresário Antonio Aguilar, e, como este último era detentor
da marca The Clevers, resolveu retirá-la da banda recém
chegada da Europa que passou a denominar-se “Os Incríveis”.
Na verdade THE CLEVERS composto por MINGO(voz),
NENO(baixo), NETINHO (bateria), RISONHO (guitarra) E
MANITO (sax e outros instrumentos(tocava vários)), mudou
para OS INCRÍVEIS no retorno de um TOURNÊ na Argentina
e de lá trouxe o nome OS INCRÍVEIS pois assim as platéias
gritavam nas apresentações do grupo.
Nessa época, Antonio Aguilar era apresentador do programa
Ritmos para a Juventude, onde dentre as várias bandas que lá
se apresentavam escolheu a que mais gostava, a banda Les
Celibateurs, que passou a empresariar, trocando seu nome
para The Clevers, Os Novos Clevers, The New Clevers ou
simplesmente Os Clevers, como ficaram conhecidos.
A banda The New Clevers foi imediatamente hostilizada pelos
fãs de Os Incríveis, que transferiram o problema da briga de
Antonio Aguilar para os jovens cabeludos da antiga banda Les
Celibateurs.
Aos poucos esse quadro foi se revertendo, pois os estilos das
duas bandas não se confundiam. O talento dos jovens
músicos que se apresentavam, com longos cabelos e
cantavam versões de músicas, que se tornaram sucessos no
Brasil como o “No Reply” dos
Beatles ("Tentei telefonar, disseram que você não estava...
Não acreditei..."), "Not second time" ("Não quero mais te
amar"), mostraram que a banda The New Clevers teria plenas
condições de conquistar seu próprio espaço no cenário
musical independente da questão da marca envolvida.
Em outubro de 1966 gravaram pela Copacabana o LP
“Juventude em Guarda” contendo uma coletânea da banda.
Nesse mesmo ano, lançaram o compacto simples “Por que
você não vem”, também pela mesma gravadora.
Em 1967 lançaram o compacto “O Quadradão” pela
Copacabana e em 1968 gravaram o sucesso “A lenda de
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Xanadu“ pela gravadora RGE.
Nesse mesmo ano de 1968, já no auge da Jovem Guarda, os
Novos Clevers, também, curiosamente após uma turnê no
exterior, tiveram um desentendimento entre seus integrantes.
Nessa época, a banda se auto geria e era liderada pelo
guitarrista Francis.
Não se sabe direito a razão da briga, mas o resultado foi que
Ringo, Tony e Betinho acabaram por se separar dos irmãos
Reno e Francis, formando outra banda chamada Vox Deorum
que gravou como resposta o sucesso (Se o telefone tocar, por
favor, não atenda....).
Nesse mesmo ano, Reno (Ricardo Monteiro) e Francis (José
Francisco Monteiro) resolveram selecionar músicos que se
destacavam em outras bandas para integrar 'Os Clevers e dar
continuidade a banda.
Passaram a integrar a banda os músicos Toninho (Antonio
Bichara) ex-integrante e líder da banda RT-4, guitarrista e
tecladista, e os
irmãos Marco (Marco Antonio Bismarck) baterista e Marinho
(Mario Eugênio Bismarck) contrabaixista, ex-integrantes da
banda Os Monges.
Essa nova formação deu a banda uma cara nova, estilo que
agregava força instrumental e vocal de 1ª linha, com arranjos
que impressionavam os mais experientes nomes da crítica
musical da época.
Apesar da insistência dos novos integrantes para a mudança
do nome da banda para outro que não lembrasse nem de
longe esse fatídico nome, que tantos problemas carregou, o
teimoso Francis acreditava que a marca Clevers deveria
continuar, pois tinha projeção internacional e o que contava
naquele momento era o talento dos novos integrantes.
Acreditava que o reconhecimento do talento e qualidade da
banda com essa nova formação suplantariam qualquer
lembrança ou problema de eventual antipatia dos fãs
relacionadas com o nome Clevers.
De fato, os Novos Clevers, agora novíssimos, tinham talento
de sobra. Todos excelentes músicos, cantavam e suas
interpretações e arranjos chamavam atenção do público nas
apresentações.
Participaram na época de quase todos os programas de
sucesso da TV brasileira. Fizeram apresentações ainda na TV
ao vivo,
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cantando sem instrumental, no estilo a capela, músicas como
“I believe”.
Abrilhantaram o último programa de entrega do Troféu
Roquete Pinto, com uma apresentação magnífica da música
“Aquarius” (do
grupo norte-americano 5th Dimension) com a coreografia de
Aládia Centenário e o corpo de bailarinas da TV Record.
Ainda em 1970, gravaram um LP pela Continental com Arnaud
Rodrigues e Macumbinha ( violonista da época). E fizeram
vários
shows e bailes em cidades pelo Brasil.
No início de 1971, Toninho saiu da banda, pois o curso em
período integral para a formação em engenharia o impediu de
continuar
com as atividades da banda. Foi convidado para substituí-lo o
Ricardo, ex-tecladista dos Monges e integrante da banda do
Ney Matogrosso.
Em 1971 The Clevers gravaram pela Epic dois compactos
“Baby, come back” e “Vou seguindo”, produzidos por Walter
D’Avila Filho.
Encerraram suas atividades em 1974, no Beco, casa noturna
das mais badaladas de São Paulo de propriedade de Abelardo
Figueiredo.
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" THE FEVERS "
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