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Indicadores econômicos
SPC Brasil e CNDL
Dados referentes a março de 2014
SUMÁRIO
RELEASE DE IMPRENSA................................................................................................................. 2
ANÁLISE ECONÔMICA................................................................................................................... 5
Resumo............................................................................................................................ 5
Indicador 1: Pessoas físicas inadimplentes na base do SPC Brasil................................... 6
Indicador 2: Dívidas em atraso na base do SPC Brasil – Pessoa Física............................. 9
Indicador 3: Número médio de dívidas em atraso por pessoa física............................... 14
METODOLOGIA DOS INDICADORES............................................................................................. 16
INFORMAÇÕES RELEVANTES........................................................................................................ 21
Presidentes
Roque Pellizzaro Junior (CNDL)
Roberto Alfeu Pena Gomes (SPC Brasil)
Publicação em Abril de 2014
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Número de inadimplentes cresce 6,58% em março,
maior ritmo em 15 meses, dizem CNDL e SPC Brasil
Setor bancário e comércio lideram parcelas em atraso com 66% das dívidas não pagas
O número de pessoas físicas inadimplentes na base de registros do Serviço de Proteção ao Crédito
(SPC Brasil) aumentou 6,58% em março de 2014, em relação ao mesmo período do ano passado.
Esta é a segunda maior alta já registrada para meses de março, de acordo com a série histórica do
SPC, que contabiliza os registros desde janeiro de 2011. A partir deste dado, o SPC Brasil e a CNDL
(Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) estimam que, ao fim de março, havia no Brasil
cerca de 52,5 milhões de consumidores inadimplentes.
De acordo com os economistas da CNDL e do SPC Brasil, a inadimplência do consumidor vem
acelerando desde o segundo semestre de 2013, coincidindo com a escalada dos juros básicos
(taxa Selic) e, consequentemente, com o encarecimento do crédito.
Pessoas físicas inadimplentes na base do SPC Brasil
Variação em relação ao mesmo mês do ano anterior
Fonte: SPC Brasil. Os dados não refletem apenas o aumento do número de pessoas físicas inadimplentes no Brasil, mas
também o aumento do registro das pessoas inadimplentes nas bases de dados do SPC Brasil.
Na avaliação da economista do SPC Brasil, Luiza Rodrigues, o resultado de março reflete o atual
cenário econômico de desaquecimento da economia brasileira e de alta de juros, que aumenta a
dificuldade das famílias em honrar compromissos.
Já na comparação com o mês imediatamente anterior (fevereiro de 2014), o número de
consumidores inadimplentes subiu +1,31%. O resultado, segundo economistas, é consequência
das compras não planejadas, contraídas em forma de parcelas no Natal do ano passado, assim
como nas liquidações de janeiro. “As dívidas vencidas em dezembro e em janeiro ainda não foram
pagas, o que explica o forte aumento do número de compromissos em atraso vencidos entre 31 e
90 dias. Isso sem mencionar o comprometimento do orçamento familiar com pagamentos de
despesas típicas de início de ano como IPTU e IPVA”, explica Luiza.
Número de dívidas atrasadas
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O número de dívidas em atraso na base de dados do SPC em março cresceu 0,75% em relação a
fevereiro. A alta foi a segunda menor para março nos últimos cinco anos. Na comparação com
março de 2013, entretanto, a alta foi de 3,81%, maior ritmo de crescimento em 13 meses.
Houve uma forte queda mensal no número de dívidas vencidas há menos de 30 dias entre março
e fevereiro deste ano e uma alta expressiva (6,29%) de no número de dívidas vencidas há menos
de 90 dias.
Quantidade de dívidas em atraso por faixa de tempo de atraso
Variação em março de 2014, em relação a fevereiro de 2014
“Fica claro que os gastos de começo de ano pesaram no bolso do brasileiro, que passou a
enfrentar mais dificuldades para cumprir seus compromissos financeiros, especialmente as
parcelas contraídas durante o Natal e o início de janeiro”, explica a economista.
Setor credor
A alta de 0,75% da quantidade de dívida em atraso, na comparação mensal, foi puxada por uma
elevação expressiva (1,33%) do número de dívidas atrasadas devidas ao comércio. O segundo
maior impacto nessa comparação veio da alta (0,51%) do número de dívidas que têm o setor de
bancos, seguradoras e planos de saúde como credor. Ao contrário do que ocorreu em fevereiro, o
número de dívidas cujos credores são empresas de serviços básicos (água e luz, por exemplo) caiu
em março, na comparação com o mês anterior.
Gráfico 12 – Dívidas em atraso PF Gráfico 13 – Dívidas em atraso PF
Variação mensal por setor credor (mar/14) Participação por setor credor em mar/14
Página 4 de 21
Fonte: SPC Brasil. O nome do setor credor é uma simplificação da classificação CNAE. Para mais detalhes,
veja a seção de metodologia.
Na comparação anual, os mesmos dois setores acima mencionados (comércio e bancos) também
puxaram a alta, respectivamente com 2,30% e 4,19% de crescimento, até pelo seu peso na base:
em março de 2014, os dois setores, juntos, representavam 66% do total das dívidas em atraso
registradas.
Gráfico 14 – Dívidas em atraso, com abertura por setor credor (de acordo com a seção CNAE)
Variação com relação ao mesmo mês do ano anterior - %
Metodologia
O novo indicador SPC Brasil e CNDL de inadimplência do consumidor tem abrangência nacional e
calcula tanto o número de brasileiros inadimplentes quanto o de dívidas atrasadas.
O indicador de consultas é divulgado pelo SPC Brasil e pela CNDL desde janeiro de 2012 e reflete
as consultas de CPFs nas bases de dados do SPC.
Baixe o material completo e a série histórica em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-
economicos
Informações à imprensa:
Guilherme de Almeida
(61) 3213-2030 | (61) 9536 9800 | (61) 3049-9550
guilherme.dealmeida@inpressoficina.com.br
Vinícius Bruno
(11) 3251-2035 | (11) 9-7142-0742 | (11) 9-4161-6181
vinicius.bruno@inpressoficina.com.br
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ANÁLISE ECONÔMICA
Resumo
Número de inadimplentes volta a subir em março, puxada por dívidas no comércio
O número de pessoas físicas inadimplentes registradas no SPC Brasil cresceu 1,31% em março,
após uma forte alta em fevereiro (1,95%). A alta pode ser em parte explicada por fatores sazonais – as
famílias em geral têm mais dificuldades financeiras no início do ano – mas também reflete o
desaquecimento econômico e o aperto de crédito. As dívidas vencidas em dezembro e em janeiro
ainda não foram pagas, o que explica o forte aumento do número de dívidas classificadas na categoria
“vencidas entre 31 e 90 dias atrás”.
Com a alta de março, o número de pessoas físicas inadimplentes na base do SPC Brasil atingiu
novo recorde histórico. Levando em consideração todos os CPFs registrados como inadimplentes nas
bases a que o SPC Brasil tem acesso, além de uma amostra estatisticamente significante de outros
serviços de proteção ao crédito,o SPC Brasil estima que, ao final de março de 2014, existiam pelo
menos 52,5 milhões de CPFs de adultos vivos registrados em serviços de proteção ao crédito no
Brasil1
. Assim, considerando a estimativa feita para fevereiro pelo SPC Brasil (52 milhões de
inadimplentes), pode-se dizer que, entre o final de fevereiro e o final de março de 2014, ocorreu o
registro líquido (entradas menos saídas) de cerca de 500 mil adultos em serviços de proteção ao
crédito.
A abertura das dívidas em atraso por setor credor revela que o número de dívidas em atraso
contraídas no comércio cresceu expressivamente em março (1,33%). Essa alta respondeu, sozinha, por
36,9% do aumento de atrasos ocorrido no terceiro mês de 2014. O dado reforça o cenário de
desaceleração do consumo das famílias, evidenciado pela redução da confiança dos consumidores e
empresários do comércio2
, pelo menor crescimento do crédito bancário ao consumidor3
e pela queda
da venda de veículos automotores4
.
1
É importante notar que esse dado não inclui apenas a base do SPC Brasil, mas uma estimativa de todos os serviços de
proteção ao crédito existentes no país. Por favor, veja a seção “Metodologia” para entender como essa estimativa foi
feita e quais são suas premissas.
2conforme dados da FGV
3 Conforme dados do Banco Central
4 Segundo a FENABRAVE (Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores), o emplacamento de veículos
automotores no primeiro trimestre de 2014 foi 4,91% menor que no mesmo período de 2013.
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Indicador 1: Pessoas físicas inadimplentes na base do SPC Brasil
Número de inadimplentes na base do SPC Brasil cresce
1,31% em março, puxada por devedores com mais de 50 anos
O número de pessoas físicas inadimplentes registradas na base de dados do SPC Brasil cresceu 1,31%
em março de 2014 em relação a fevereiro. O resultado correspondeu a segunda maior alta da série
histórica para os meses de março. Na comparação com o mesmo período de 2013, o indicador cresceu
6,58% (gráfico 1), maior alta dos últimos 15 meses.
Gráfico 1 - Pessoas físicas inadimplentes na base do SPC Brasil
Variação em relação ao mesmo mês do ano anterior
Fonte: SPC Brasil. Os dados não refletem apenas o aumento do número de pessoas físicas inadimplentes no
Brasil, mas também o aumento do registro das pessoas inadimplentes nas bases de dados do SPC Brasil.
Faixa de tempo de atraso do devedor
Na comparação mensal, houve forte queda do número de dívidas vencidas há menos de 30 dias,
enquanto outras faixas de vencimento (em especial entre 91 e 360 dias) mostraram alta ou queda leve
(gráfico 2). A queda de dívidas vencidas há pouco temposugere que ocorreram dois fenômenos. Em
primeiro lugar, pessoas que tinhamdívidas atrasadas a menos de 30 dias em fevereiro continuaram
sem pagar suas dívidas e passaram a ser classificadas, em março, como devedoras há mais de 30 dias.
Em segundo lugar, o SPC Brasil registrou menos dívidas com vencimento recente ao longo de março.
Na comparação anual, houve alta do número de inadimplentes em todas as faixas de atraso, exceto
“entre 4 e 5 anos”. A queda pode ser explicada parcialmente pela prescrição de dívidas anteriormente
classificadas nessa faixa.
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Gráfico 2 – Pessoas Físicas Inadimplentes Gráfico 3 – Pessoas Físicas Inadimplentes
Variação mensal por tempo de atraso (mar/14) Participação por faixa de tempo de atraso - %
Fonte: SPC Brasil.
Faixa Etária das pessoas físicas inadimplentes5
Na comparação anual, o número de inadimplentes cresceu em todas as faixas etárias em março, com
exceção da faixa entre 18 e 24 anos. Este movimento de queda do número de inadimplentes jovensé o
mesmo que foi observado nos últimos meses (gráfico 4), mas a queda é a menos acentuada dos
últimos 5 meses. O maior avanço, ainda nessa base de comparação, ficou por conta da faixa referente
a pessoas com mais de 50 anos.
Gráfico 4 – Pessoas Físicas Inadimplentes por faixa etária
Variação com relação ao mesmo mês do ano anterior - %
A forte elevação do número de inadimplentes com mais de 50 anos reflete dois fenômenos. Em
primeiro lugar, o próprio envelhecimento da população brasileira: segundo as projeções do IBGE,
entre 2013 e 2014 a população entre 18 e 29 anos cairá 0,52%, enquanto a população com idade
maior ou igual a 50 anos crescerá 3,56%6
. Em segundo lugar, é possível que a queda no número de
inadimplentes entre 18 e 24 anos reflita também o fato de que os jovens estão postergando sua
entrada no mercado de trabalho (e, portanto, também postergam de certa forma sua entrada no
5
As idades comentadasneste texto são as que estão entre 18 e 94 anos. A base do SPC inclui algumas dívidas em atraso
detidas por menores de 18 anos e maiores de 95 anos, mas elas não são incluídas nos comentários por conterem,
historicamente, alto índice de fraudes (por exemplo, dívidas contraídas em nome de pessoa já falecida). Essas duas
faixas etárias representam, juntas, apenas 0,249% do total das pessoas inadimplentes. Para detalhes sobre a evolução
dessas duas faixas, consulte a base de dados em Excel® em www.spcbrasil.org.br/imprensa.
6
Fonte: IBGE, Projeção da população do Brasil por sexo e idade para o período 2000-2060.
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mundo do crédito). Segundo o IBGE, o percentual de jovens de 18 a 24 anos que estão efetivamente
trabalhando caiu de 54% para 53,3% entre fevereiro de 2013 e fevereiro de 20147.
Na comparação mensal, houve aumento do número de inadimplentes em todas as faixas etárias
(gráfico 5). Exceto na faixa etária “18 a 24 anos”, o aumentofoi menor que o observado em fevereiro
de 2014.
Gráfico 5 – Pessoas Físicas Inadimplentes Gráfico 6 – Pessoas Físicas Inadimplentes
Variação mensal (mar/14) Participação por faixa etária
Tabela 1 – Resumo da evolução do número de pessoas físicas inadimplentes na base do SPC Brasil
mar/13 fev/14 mar/14 mar/13 fev/14 mar/14 mar/13 mar/14
0,32% 1,95% 1,31% 4,84% 6,58% 5,54% 100,00% 100,00%
18 a 24 anos 0,06% 1,45% 0,86% 0,39% -1,16% -1,94% 11,91% 11,04%
25 a 29 anos 0,01% 1,75% 1,21% 0,99% 4,82% 3,58% 14,43% 14,19%
30 a 39 anos 0,16% 2,04% 1,22% 4,29% 6,01% 4,89% 27,16% 27,01%
40 a 49 anos 0,23% 1,99% 1,13% 4,56% 5,36% 4,43% 19,61% 19,39%
50 a 64 anos 0,60% 1,86% 1,28% 7,77% 7,43% 6,71% 16,74% 16,87%
65 a 84 anos 0,90% 1,66% 1,26% 10,76% 9,11% 8,72% 7,25% 7,42%
Até 90 dias -0,49% 14,27% 3,14% 4,94% 18,35% 22,67% 8,31% 9,56%
91 a 180 dias 0,56% 4,48% 8,81% 6,12% 5,23% 13,86% 6,74% 7,20%
181 a 360 dias 0,93% -1,28% 2,76% 2,57% 0,69% 2,52% 11,53% 11,09%
361 dias a 2 anos 0,51% 0,99% -0,65% 12,69% 1,74% 0,57% 21,01% 19,82%
2 a 3 anos 1,62% 0,55% 0,01% 10,26% 18,72% 16,84% 16,66% 18,26%
3 a 5 anos -0,44% 0,87% 0,73% -1,03% 0,35% 1,54% 35,75% 34,06%
Por tempo de
Inadimplência
Variação mensal Variação anual
Participação no
total de pessoas
inadimplentes
Total
Por faixa etária na
data da extração
Fonte: SPC Brasil. Um mesmo CPF é contado neste indicador apenas uma vez, mesmo que tenha mais de
uma dívida em atraso.
7
Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE. O dado refere-se apenas a regiões metropolitanas e inclui o emprego formal e o
emprego informal.
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Indicador 2: Dívidas em atraso na base do SPC Brasil – Pessoa Física
Número de dívidas vencidas avança moderadamente em março, puxada por dívidas
contraídas no comércio
Em março de 2014, o número de dívidas em atraso na base do SPC cresceu 0,75% em relação a
fevereiro (Gráfico 7). A alta foi a segunda menor para março nos últimos cinco anos. Na comparação
com março de 2013, entretanto, a alta foi de 3,81%, maior ritmo de crescimento em 13 meses (Gráfico
8).
Gráfico 7 – Dívidas em atraso PF Gráfico 8 – Dívidas em atraso PF
Variação mensal Variação anual
Fonte: SPC Brasil. O dado não reflete apenas o número de dívidas em atraso no Brasil, mas também
o aumento do registro dasdívidas registradas nas bases de dados a que o SPC tem acesso.
Faixa de tempo de atraso
Em março, houve alta mensal expressiva (6,29%) no número de dívidas vencidas há menos de 90 dias
(gráfico 9), como é comum nesta época do ano – ainda um resultado das dificuldades financeiras
relacionadas aos maiores gastos no início do ano. A partir de maio, esta tendência tende a se reverter
e parte das dívidas começa a ser paga.
Na comparação anual, o número de dívidas vencidas há menos de 90 dias também teve alta expressiva
(5,06%). O crescimento elevado sinaliza que a maior dificuldade de pagar compromissos não se limita
a questões sazonais (embora seja intensificada por elas).
Gráfico 9 – Quantidade de dívidas em atraso por faixa de tempo de atraso
Variação em março de 2014, em relação a fevereiro de 2014
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Faixa etária dos detentores das dívidas em atraso
Na comparação com fevereiro de 2014, o número de dívidas em atraso cresceu em todas as faixas
etárias8
, com exceção da faixa mais jovem (18 a 24 anos). O mesmo ocorreu na comparação anual
(Gráfico 10).
A elevação da participação das dívidas detidas por pessoas físicas com mais de 50 anos (Gráfico 11)
reflete os mesmos fenômenos já comentados no indicador 1: envelhecimento da população brasileira
e menor participação de jovens no mercado de trabalho.
Gráfico 10 – Dívidas em atraso – Pessoa Física, por faixa etária do detentor da dívida
Variação com relação ao mesmo mês do ano anterior - %
Gráfico 11 – Dívidas em atraso – Pessoa Física
Participação por faixa etária do devedor
8
As idades consideradas nessa comparação são as que estão entre 18 e 94 anos. A base do SPC inclui algumas dívidas
em atraso detidas por menores de 18 anos e maiores de 95 anos, mas elas não são incluídas nos comentários por
conterem, historicamente, alto índice de fraudes (por exemplo, dívidas contraídas em nome de pessoa já falecida). Essas
duas faixas etárias (menores de 18 e maiores de 94 anos) representam, juntas, apenas 0,25% do total das dívidas.
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Setor credor
Na comparação mensal, a alta de 0,75% na quantidade de dívidas em atraso foi puxada por uma
elevação expressiva (1,33%) do número de dívidas atrasadas devidas ao comércio9
. O segundo maior
impacto nessa comparação veio da alta (0,51%) do número de dívidas que têm o setor de bancos,
seguradoras e planos de saúde10
como credor (Gráfico 12). Ao contrário do que ocorreu em fevereiro,
o número de dívidas cujos credores são empresas de serviços básicos11
(como água e luz) caiu em
março, na comparação com o mês anterior.
Na comparação anual (Gráfico 14) os mesmos dois setores acima mencionados (comércio e bancos)
também puxaram a alta, respectivamente com 2,30% e 4,19% de crescimento, até pelo seu peso na
base: em março de 2014, os dois setores, juntos, representavam 66% do total das dívidas em atraso
registradas (Gráfico 13).
Gráfico 12 – Dívidas em atraso PF Gráfico 13 – Dívidas em atraso PF
Variação mensal por setor credor (mar/14) Participação por setor credor em mar/14
Fonte: SPC Brasil. O nome do setor credor é uma simplificação da classificação CNAE. Para mais
detalhes, veja a seção de metodologia.
Gráfico 14 – Dívidas em atraso , com abertura por setor credor (de acordo com a seção CNAE)
Variação com relação ao mesmo mês do ano anterior - %
9
Seção G do CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas, versão 2.0): comércio; reparação deveículos
automotores e motocicletas
10
Seção K do CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas, versão 2.0): atividades financeiras, de seguros e
serviços relacionados. Para maiores detalhes sobre os CNAES, veja a seção de metodologia.
11
Seções D (Eletricidade e gás) e E (água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação) do CNAE.
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Tabela 2 – Evolução do número de dívidas em atraso na base do SPC Brasil
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mar/13 fev/14 mar/14 mar/13 fev/14 mar/14 mar/13 mar/14
-0,01% 0,80% 0,75% 3,44% 3,02% 3,81% 100,00% 100,00%
Até 90 dias 0,74% 8,37% 6,29% 2,78% -0,43% 5,06% 8,76% 8,86%
91 a 180 dias -0,66% -0,33% 1,68% 3,69% 0,57% 2,94% 7,49% 7,43%
181 a 360 dias 0,05% -2,54% 1,29% 3,28% -2,04% -0,82% 13,52% 12,92%
361 dias a 3 anos 0,76% 0,61% -0,75% 11,92% 11,14% 9,46% 40,49% 42,69%
3 a 5 anos -1,13% 0,86% 0,92% -6,07% -3,93% -1,93% 29,74% 28,09%
18 a 24 anos -0,04% 0,43% -0,16% 2,30% -0,10% -0,23% 12,42% 11,93%
25 a 29 anos -0,26% 0,68% 0,42% 0,40% 1,99% 2,69% 15,09% 14,93%
30 a 39 anos -0,12% 0,78% 0,62% 3,10% 2,34% 3,09% 29,16% 28,96%
40 a 49 anos -0,10% 0,74% 0,82% 2,92% 1,56% 2,50% 20,12% 19,86%
50 a 64 anos 0,22% 0,73% 1,11% 5,51% 3,62% 4,54% 15,54% 15,65%
65 a 84 anos 0,54% 0,92% 1,30% 8,95% 7,12% 7,92% 5,74% 5,97%
Água, luz, esgoto e
gás (D e E)
3,17% 2,31% -0,48% 39,59% 5,60% 1,87% 6,77% 6,64%
Comércio (G) -0,19% 0,59% 1,33% -1,12% 0,76% 2,30% 21,25% 20,94%
Telefonia, TV a cabo
e internet (I)
0,30% 0,14% 1,48% 13,28% 4,41% 5,64% 13,82% 14,06%
Bancos, seguradoras
e planos de saúde
(K)
-0,45% 0,41% 0,51% 0,13% 3,20% 4,19% 44,92% 45,09%
Contador,
advogado,arquiteto
etc (Me N)
-0,11% -0,46% 0,96% -0,58% -2,86% -1,82% 5,16% 4,88%
Outros -0,17% 4,19% 0,24% -0,03% 7,30% 7,73% 8,08% 8,39%
Por setor da
empresa
credora
(Seções CNAE)
Variação mensal Variação anual Participação no
Total
Por tempo de
atraso
Por faixa etária
na data da
extração
Fonte: SPC Brasil.
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Indicador 3: Número médio de dívidas em atraso por pessoa física inadimplente
Número médio de dívidas em atraso por inadimplente continua em queda, exceto entre os mais
jovens
Em março de 2014, o número médio de dívidas em atraso por pessoa física inadimplente foi de 2,032
dívidas, resultado um pouco menor do que o registrado no mês anterior (2,044 dívidas). A redução é
uma continuação da tendência de longo prazo de queda do número médio de dívidas por
inadimplente (gráfico 15), resultado de um aumento mais expressivo do número de pessoas físicas
inadimplentes do que do número de dívidas em atraso.
Fonte: SPC Brasil
Faixa etária dos detentores das dívidas em atraso
Com exceção da faixa etária de 18 a 24 anos, todas as outras apresentaram queda do número médio de
dívidas nos últimos anos (Gráfico 16). O resultado reflete a expressiva quedada quantidade depessoas
inadimplentessituadas nessa faixa etária, em direção oposta às demais faixas etárias.
A faixa de 25 a 29 anos é a que apresenta o segundo maior numero médio de dívidas por pessoa física
inadimplente (2,137 dívidas). O menor número pertence à faixa de 50 a 84 anos (1,761), provavelmente
porque a maior parte das pessoas dessa faixa etária tem acesso a crédito consignado, o que limita a
inadimplência.
Gráfico 16- Número médio de dívidas por faixa etária
Número de dívidas em atraso dividido pelo número de inadimplentes
Gráfico 15- Número médio de dívidas por tempo de atraso
Número de dívidas em atraso dividido pelo número de inadimplentes
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Tabela 3 – Número médio de dívidas em atraso por pessoa física inadimplente na base do SPC Brasil
mar/10 mar/11 mar/12 mar/13 fev/14 mar/14
2,143 2,120 2,115 2,087 2,044 2,032
18 a 24 anos 2,109 2,101 2,135 2,176 2,219 2,196
25 a 29 anos 2,224 2,196 2,194 2,181 2,154 2,137
30 a 39 anos 2,290 2,272 2,266 2,240 2,192 2,179
40 a 49 anos 2,200 2,182 2,174 2,140 2,088 2,082
50 a 64 anos 2,002 1,984 1,979 1,938 1,889 1,886
65 a 84 anos 1,676 1,668 1,681 1,653 1,635 1,636
Quantidade de dívidas em atraso/ Número de inadimplentes
Total
Faixa
etária
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METODOLOGIA DOS INDICADORES
Os indicadores de inadimplência apresentados neste material sumarizam todas as informações
disponíveis nas bases de dados a que o SPC Brasil tem acesso (simplificadamente chamados de "Bases
de dados do SPC Brasil"). A abrangência dos dados é nacional, com informações de capitais e interior
de todos os 26 estados da federação, além do Distrito Federal.
Quando um consumidor deixa de pagar um título, seja ele uma fatura de cartão de crédito, uma conta
de água ou um boleto de uma compra parcelada em uma loja, a empresa associada ao SPC Brasil pode
(mas não é obrigada a) registrar essa inadimplência junto ao SPC Brasil. Em geral, as empresas
credoras costumam registrar a inadimplência depois de verificar que o pagamento não ocorre mesmo
após 30 dias após o vencimento. Entretanto, não há regra, e o registro pode ocorrer no dia seguinte ao
vencimento ou mais de um ano após o vencimento.
O consumidor é informado via correspondência sobre o registro e poderá, a qualquer momento, pagar
a dívida ou renegociá-la. Em ambos os casos, o registro referente àquela pendência será retirado da
base do SPC Brasil, mas o consumidor ainda pode constar como inadimplente (“negativado”) se tiver
outras pendências.
Para todos os indicadores abaixo, o SPC Brasil considera que uma dívida é a relação de um credor com
um devedor, mesmo que esse credor tenha registrado várias pendências desse devedor junto ao SPC
Brasil. Assim, se o consumidor deixa de pagar quatro parcelas de uma mesma compra e tem por isso
quatro registros no SPC Brasil, os indicadores abaixo assumem que esse consumidor tem apenas uma
dívida, já que os registros foram, todos, feitos pela mesma empresa credora associada (mesmo CNPJ).
Cada pessoa física inadimplente é classificada, mensalmente, de acordo com sua idade no último dia
do mês de referência (data de extração dos dados que embasam os indicadores do SPC Brasil). Por
exemplo, suponha que o consumidor inadimplente João tinha 24 anos em fevereiro e completa 25
anos no começo de março. Tudo o mais constante, a faixa etária “18 a 24 anos” mostrará queda do
número de inadimplentes entre fevereiro e março, enquanto a faixa “25 a 29 anos” mostrará alta.
Para cerca de 4% dos CPFs, o SPC Brasil não tem informação sobre a data de nascimento. No futuro, se
um cliente do SPC Brasil cadastrar essa informação na base de dados, as séries históricas com abertura
por faixa etária podem sofrer revisões. Nesse caso, a categoria “faixa etária ignorada” sofrerá redução
e a faixa etária correspondente sofrerá aumento do número de CPFs. Esse processo visa aumentar
continuamente a acurácia da informação.
As séries históricas relativas aos dados comentados nesse texto estão disponíveis para download em
https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos.
Indicador 1: Pessoas físicas Inadimplentes na base de dados do SPC Brasil
Este indicador mostra a variação mês a mês do número de pessoas físicas registradas na base do SPC
Brasil. Cada pessoa física inadimplente é contada apenas uma vez, independente do número de
dívidas que tenha em atraso.
Exemplo: na tabela abaixo, duas pessoas físicas, João e Pedro, intercalam meses em que aparecem
inadimplentes na base do SPC Brasil. Pode-se classificar João e Pedro, mês a mês, da seguinte forma:
Página 17 de 21
jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13
João Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente
Pedro Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente
Número de pessoas físicas
inadimplentes
2 2 1 1 2 2
Indicador "pessoas inadimplentes
PF" - variação mensal
------ 0% -50% 0% 100% 0%
É importante notar que a variação no número de pessoas inadimplentes registradas na base do SPC
Brasil não representa, exatamente, o número de pessoas inadimplentes no Brasil, por três motivos.
 A base de dados do SPC Brasil é a que tem a maior capilaridade nacional, mas existem
outros serviços de proteção ao crédito, cujos dados não são considerados para este
indicador.
 Há empresas que, eventualmente ou sempre, decidem não registrar o atraso de seus
clientes. Isso pode ocorrer, por exemplo, porque o cliente tem uma relação de longa
data com a empresa.
 Há empresas que só registram o atraso de seus clientes muito tempo após o
vencimento da fatura, possivelmente após esgotarem todas as tentativas de
negociação. Por isso, pode ocorrer que a inadimplência tenha aumentado em janeiro
mas o aumento do número de devedores só ocorra em março na base do SPC Brasil.
As pessoas físicas inadimplentes são classificadas de acordo com:
 Sua faixa etária no último dia do mês de referência (data de extração dos dados que embasam
os indicadores do SPC Brasil).
 Sua faixa de tempo de atraso, que é igual ao atraso da dívida em atraso mais antiga registrada
no SPC. Por exemplo, suponha que
o A empresa B registre o consumidor João em janeiro de 2013 por dívida vencida em
dezembro. Ao final de janeiro, a dívida estará atrasada 40 dias. Se a dívida não for
paga em fevereiro, ao final de fevereiro ela estará atrasada 68 dias (=40+28 dias de
fevereiro).
o A empresa A registre o consumidor João em fevereiro de 2013, por dívida vencida há
bastante tempo (seis meses antes). Tentou negociar com o consumidor, mas não
conseguiu, e por isso decidiu registrar a inadimplência. Ao fim de fevereiro, a dívida
estava atrasada 181 dias.
jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13
Credor A Adimplente 181 dias Adimplente Adimplente Adimplente 20 dias
Credor B 40 dias 68 dias 99 dias Adimplente Adimplente 25 dias
Credor C Adimplente Adimplente Adimplente Adimplente 361 dias Adimplente
40 dias 181 dias 99 dias -------- 361 dias 25 dias
De 31 a 60 dias
De 181 a 360
dias
De 91 a 180
dias
Nenhuma
De 361 dias a 2
anos
De 14 a 30 dias
Vencimento mais antigo
Credor
Dias em atraso (intervalo entre data de vencimento e o último dia do mês de referência)
Faixa de tempo de atraso
Página 18 de 21
Indicador 2: Dívidas em atraso na base do SPC Brasil
Este indicador mostra a variação mês a mês da quantidade total de dívidas em atraso de pessoas
físicas.
Exemplo: Os credores A, B e C são as empresas para quem João e Pedro, as duas pessoas físicas do
exemplo do indicador 1,devem. Os credores podem ser lojistas, empresas de serviços, como telefonia,
energia, fornecimento de água, etc. A soma das dívidas de todos os devedores resulta na quantidade
total de dívidas da base do SPC Brasil.
Devedor Credor Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
credor A Inadimplente Inadimplente
credor B Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente
credor C Inadimplente
Total de dívidas em atraso 1 2 1 - 1 2
credor A Inadimplente Inadimplente Inadimplente
credor B Inadimplente Inadimplente Inadimplente
credor C Inadimplente Inadimplente
Total de dívidas em atraso 1 2 - 3 1 1
2 4 1 3 2 3
-------- 100% -75% 200% -33% 50%
João
Pedro
Quantidade de dívidas em atraso
(João + Pedro)
Indicador "Dívidas em atraso PF" -
variação mensal
As dívidas em atraso sãoclassificadas de acordo com:
 A faixa etária do devedor no último dia do mês de referência (data de extração dos dados que
embasam os indicadores do SPC Brasil).
 A faixa de atraso da dívida, que é igual a diferença entre a data de vencimento e o último dia
do mês de referência.
o Por exemplo, se a dívida venceu em 1º de março, o resultado de março, extraído no
dia 31, informará que essa dívida está vencida há 30 dias.
 Setor credor, identificado de acordo com a CNAE (Classificação Nacional de Atividades
Econômicas). As empresas credoras foram classificadas pelas seções CNAE (identificadas por
letras), conforme tabela abaixo.
Página 19 de 21
Descrição da seção CNAE Classificação utilizada para os gráficos deste texto
A agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aqüicultura Outros
B indústrias extrativas Outros
C indústrias de transformação Outros
D eletricidade e gás Água, luz, esgoto e gás (D e E)
E água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação Água, luz, esgoto e gás (D e E)
F construção Outros
G comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas Comércio (G)
H transporte, armazenagem e correio Outros
I alojamento e alimentação Outros
J informação e comunicação Telefonia, TV a cabo e internet (I)
K atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados Bancos, seguradoras e planos de saúde (K)
L atividades imobiliárias Outros
M atividades profissionais, científicas e técnicas Contador, advogado,arquiteto etc (Me N)
N atividades administrativas e serviços complementares Contador, advogado,arquiteto etc (Me N)
O administração pública, defesa e seguridade social Outros
P educação Outros
Q saúde humana e serviços sociais Outros
R artes, cultura, esporte e recreação Outros
S outras atividades de serviços Outros
T serviços domésticos Outros
U organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais Outros
Indicador 3:Número médio de dívidas em atraso de pessoas físicas
Este indicador mostra onúmero médio de dívidas em atraso, calculado através da divisão da
quantidade total de dívidas em atraso de pessoas físicas pela quantidade total de pessoas físicas
inadimplentes no mês de referência.
Exemplo: ainda usando o exemplo inicial e dividindo-se o total de dívidas em atraso pela
quantidade de pessoas inadimplentes, mês a mês, tem-se que o número médio de dívidas
mensalmente.
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
2 4 1 3 2 3
2 2 1 1 2 2
1,000 2,000 1,000 3,000 1,000 1,500
Quantidade de dívidas em atraso
Quantidade de pessoas físicas
inadiplentes
Numero médio de dívidas em atraso
por pessoa inadimplente
As pessoas inadimplentes e as dívidas são classificadas de acordo com a faixa etária do inadimplente,
de maneira a permitir uma abertura desse indicador por faixa etária.
Indicador 4:Estimativa mensal do número de inadimplentes no Brasil
O que mostra: estimativa mensal do número de pessoas físicas com dívidas em atraso no país
A estimativa parte da base de dados do SPC Brasil. Em seguida, toma-se uma amostra aleatória de 600
CPFs regulares de pessoas de 18 a 90 anos, inadimplentes ou não. Esses CPFs são consultados no SPC
Brasil e em outros serviços de proteção ao crédito. Com isso, verifica-se a proporção de inadimplentes
em pelo menos uma das bases. Esseresultado é aplicadosobre o número de adultos na população
brasileira em 2014 (projeção do IBGE).
Página 20 de 21
Como não há informação pública e consolidada sobre quais CPFs pertencem a pessoas já falecidas,
aplicou-se um redutor de CPFs, com base na expectativa de mortalidade e nas informações do
DataSUS.
Página 21 de 21
INFORMAÇÕES RELEVANTES
Este material foi elaborado e publicado pelo SPC Brasil e tem como único objetivo prover informações
sobre os indicadores econômicos produzidos pela Organização. Todos os dados desta publicação
foram apurados criteriosamente por profissionais qualificados, a partir de fontes públicas e privadas,
não tendo o SPC Brasil qualquer gerência e/ou responsabilidade sobre tais informações. O conteúdo
deste documento, eventualmente, poderá apresentar opiniões e análises realizadas pelos profissionais
responsáveis no momento da divulgação e poderá estar sujeito a alterações, a qualquer momento,
sem aviso prévio. Os dados apresentados neste material poderão representar projeções de variáveis
econômicas, elaboradas criteriosamente a partir de dados disponíveis no momento de sua elaboração,
tendo em vista o cenário econômico atual macroeconômico. O SPC Brasil não se responsabiliza por
eventuais alterações em suas projeções, análises e/ou por desvios de suas projeções em relação às
fontes consultadas. Todos os dados apresentados nesse relatório têm caráter meramente informativo,
sendo que o SPC Brasil não concede nenhuma segurança ou garantia, seja de forma expressa ou
implícita, pela utilização dos mesmos para fins de avaliação ou tomada de decisão por seu consulente.
Desta forma, o SPC Brasil não se responsabiliza por nenhuma consequência ou perda, patrimonial ou
extrapatrimonial, decorrentes do uso de quaisquer dados ou análises desta publicação, sendo isento
de todas as responsabilidades decorrentes do uso deste material. É expressamente proibida a
reprodução total ou parcial desta publicação, sob as penas da lei, exceto com autorização prévia e
expressa do SPC Brasil ou com a citação integral da fonte.
Sobre a CNDL
Fundada em 1960, a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), é a mais antiga entidade
representativa do comércio lojista. Reunindo as federações (representação local nos Estados) e
câmaras de dirigentes lojistas (representação local nos municípios), a instituição tem como missão a
defesa e o fortalecimento da livre iniciativa.
Sobre o SPC Brasil
O SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) é o sistema de informações da Confederação Nacional
de Dirigentes Lojistas (CNDL), constituindo-se no maior banco de dados da América Latina em
informações creditícias sobre pessoas físicas e jurídicas.
A capilaridade alcançada pelo SPC Brasil é a mais representativa do setor. Sua base de dados reúne
informações de todos os segmentos da economia nas 27 unidades da Federação. O SPC Brasil reúne
informações creditícias de praticamente todos os CPFs do Brasil, estejam eles em situação de
inadimplência ou não.
Os serviços e soluções oferecidos pelo SPC Brasil auxiliam empresas a proteger-se de prejuízos,
maximizar seus lucros e a promover ações de vendas e recuperação de crédito, incluindo prospecção
de negócios e gestão de carteira.

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Crescimento de inadimplência acelera em março puxado por dívidas no comércio

  • 1. Indicadores econômicos SPC Brasil e CNDL Dados referentes a março de 2014 SUMÁRIO RELEASE DE IMPRENSA................................................................................................................. 2 ANÁLISE ECONÔMICA................................................................................................................... 5 Resumo............................................................................................................................ 5 Indicador 1: Pessoas físicas inadimplentes na base do SPC Brasil................................... 6 Indicador 2: Dívidas em atraso na base do SPC Brasil – Pessoa Física............................. 9 Indicador 3: Número médio de dívidas em atraso por pessoa física............................... 14 METODOLOGIA DOS INDICADORES............................................................................................. 16 INFORMAÇÕES RELEVANTES........................................................................................................ 21 Presidentes Roque Pellizzaro Junior (CNDL) Roberto Alfeu Pena Gomes (SPC Brasil) Publicação em Abril de 2014
  • 2. Página 2 de 21 Número de inadimplentes cresce 6,58% em março, maior ritmo em 15 meses, dizem CNDL e SPC Brasil Setor bancário e comércio lideram parcelas em atraso com 66% das dívidas não pagas O número de pessoas físicas inadimplentes na base de registros do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aumentou 6,58% em março de 2014, em relação ao mesmo período do ano passado. Esta é a segunda maior alta já registrada para meses de março, de acordo com a série histórica do SPC, que contabiliza os registros desde janeiro de 2011. A partir deste dado, o SPC Brasil e a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) estimam que, ao fim de março, havia no Brasil cerca de 52,5 milhões de consumidores inadimplentes. De acordo com os economistas da CNDL e do SPC Brasil, a inadimplência do consumidor vem acelerando desde o segundo semestre de 2013, coincidindo com a escalada dos juros básicos (taxa Selic) e, consequentemente, com o encarecimento do crédito. Pessoas físicas inadimplentes na base do SPC Brasil Variação em relação ao mesmo mês do ano anterior Fonte: SPC Brasil. Os dados não refletem apenas o aumento do número de pessoas físicas inadimplentes no Brasil, mas também o aumento do registro das pessoas inadimplentes nas bases de dados do SPC Brasil. Na avaliação da economista do SPC Brasil, Luiza Rodrigues, o resultado de março reflete o atual cenário econômico de desaquecimento da economia brasileira e de alta de juros, que aumenta a dificuldade das famílias em honrar compromissos. Já na comparação com o mês imediatamente anterior (fevereiro de 2014), o número de consumidores inadimplentes subiu +1,31%. O resultado, segundo economistas, é consequência das compras não planejadas, contraídas em forma de parcelas no Natal do ano passado, assim como nas liquidações de janeiro. “As dívidas vencidas em dezembro e em janeiro ainda não foram pagas, o que explica o forte aumento do número de compromissos em atraso vencidos entre 31 e 90 dias. Isso sem mencionar o comprometimento do orçamento familiar com pagamentos de despesas típicas de início de ano como IPTU e IPVA”, explica Luiza. Número de dívidas atrasadas
  • 3. Página 3 de 21 O número de dívidas em atraso na base de dados do SPC em março cresceu 0,75% em relação a fevereiro. A alta foi a segunda menor para março nos últimos cinco anos. Na comparação com março de 2013, entretanto, a alta foi de 3,81%, maior ritmo de crescimento em 13 meses. Houve uma forte queda mensal no número de dívidas vencidas há menos de 30 dias entre março e fevereiro deste ano e uma alta expressiva (6,29%) de no número de dívidas vencidas há menos de 90 dias. Quantidade de dívidas em atraso por faixa de tempo de atraso Variação em março de 2014, em relação a fevereiro de 2014 “Fica claro que os gastos de começo de ano pesaram no bolso do brasileiro, que passou a enfrentar mais dificuldades para cumprir seus compromissos financeiros, especialmente as parcelas contraídas durante o Natal e o início de janeiro”, explica a economista. Setor credor A alta de 0,75% da quantidade de dívida em atraso, na comparação mensal, foi puxada por uma elevação expressiva (1,33%) do número de dívidas atrasadas devidas ao comércio. O segundo maior impacto nessa comparação veio da alta (0,51%) do número de dívidas que têm o setor de bancos, seguradoras e planos de saúde como credor. Ao contrário do que ocorreu em fevereiro, o número de dívidas cujos credores são empresas de serviços básicos (água e luz, por exemplo) caiu em março, na comparação com o mês anterior. Gráfico 12 – Dívidas em atraso PF Gráfico 13 – Dívidas em atraso PF Variação mensal por setor credor (mar/14) Participação por setor credor em mar/14
  • 4. Página 4 de 21 Fonte: SPC Brasil. O nome do setor credor é uma simplificação da classificação CNAE. Para mais detalhes, veja a seção de metodologia. Na comparação anual, os mesmos dois setores acima mencionados (comércio e bancos) também puxaram a alta, respectivamente com 2,30% e 4,19% de crescimento, até pelo seu peso na base: em março de 2014, os dois setores, juntos, representavam 66% do total das dívidas em atraso registradas. Gráfico 14 – Dívidas em atraso, com abertura por setor credor (de acordo com a seção CNAE) Variação com relação ao mesmo mês do ano anterior - % Metodologia O novo indicador SPC Brasil e CNDL de inadimplência do consumidor tem abrangência nacional e calcula tanto o número de brasileiros inadimplentes quanto o de dívidas atrasadas. O indicador de consultas é divulgado pelo SPC Brasil e pela CNDL desde janeiro de 2012 e reflete as consultas de CPFs nas bases de dados do SPC. Baixe o material completo e a série histórica em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices- economicos Informações à imprensa: Guilherme de Almeida (61) 3213-2030 | (61) 9536 9800 | (61) 3049-9550 guilherme.dealmeida@inpressoficina.com.br Vinícius Bruno (11) 3251-2035 | (11) 9-7142-0742 | (11) 9-4161-6181 vinicius.bruno@inpressoficina.com.br
  • 5. Página 5 de 21 ANÁLISE ECONÔMICA Resumo Número de inadimplentes volta a subir em março, puxada por dívidas no comércio O número de pessoas físicas inadimplentes registradas no SPC Brasil cresceu 1,31% em março, após uma forte alta em fevereiro (1,95%). A alta pode ser em parte explicada por fatores sazonais – as famílias em geral têm mais dificuldades financeiras no início do ano – mas também reflete o desaquecimento econômico e o aperto de crédito. As dívidas vencidas em dezembro e em janeiro ainda não foram pagas, o que explica o forte aumento do número de dívidas classificadas na categoria “vencidas entre 31 e 90 dias atrás”. Com a alta de março, o número de pessoas físicas inadimplentes na base do SPC Brasil atingiu novo recorde histórico. Levando em consideração todos os CPFs registrados como inadimplentes nas bases a que o SPC Brasil tem acesso, além de uma amostra estatisticamente significante de outros serviços de proteção ao crédito,o SPC Brasil estima que, ao final de março de 2014, existiam pelo menos 52,5 milhões de CPFs de adultos vivos registrados em serviços de proteção ao crédito no Brasil1 . Assim, considerando a estimativa feita para fevereiro pelo SPC Brasil (52 milhões de inadimplentes), pode-se dizer que, entre o final de fevereiro e o final de março de 2014, ocorreu o registro líquido (entradas menos saídas) de cerca de 500 mil adultos em serviços de proteção ao crédito. A abertura das dívidas em atraso por setor credor revela que o número de dívidas em atraso contraídas no comércio cresceu expressivamente em março (1,33%). Essa alta respondeu, sozinha, por 36,9% do aumento de atrasos ocorrido no terceiro mês de 2014. O dado reforça o cenário de desaceleração do consumo das famílias, evidenciado pela redução da confiança dos consumidores e empresários do comércio2 , pelo menor crescimento do crédito bancário ao consumidor3 e pela queda da venda de veículos automotores4 . 1 É importante notar que esse dado não inclui apenas a base do SPC Brasil, mas uma estimativa de todos os serviços de proteção ao crédito existentes no país. Por favor, veja a seção “Metodologia” para entender como essa estimativa foi feita e quais são suas premissas. 2conforme dados da FGV 3 Conforme dados do Banco Central 4 Segundo a FENABRAVE (Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores), o emplacamento de veículos automotores no primeiro trimestre de 2014 foi 4,91% menor que no mesmo período de 2013.
  • 6. Página 6 de 21 Indicador 1: Pessoas físicas inadimplentes na base do SPC Brasil Número de inadimplentes na base do SPC Brasil cresce 1,31% em março, puxada por devedores com mais de 50 anos O número de pessoas físicas inadimplentes registradas na base de dados do SPC Brasil cresceu 1,31% em março de 2014 em relação a fevereiro. O resultado correspondeu a segunda maior alta da série histórica para os meses de março. Na comparação com o mesmo período de 2013, o indicador cresceu 6,58% (gráfico 1), maior alta dos últimos 15 meses. Gráfico 1 - Pessoas físicas inadimplentes na base do SPC Brasil Variação em relação ao mesmo mês do ano anterior Fonte: SPC Brasil. Os dados não refletem apenas o aumento do número de pessoas físicas inadimplentes no Brasil, mas também o aumento do registro das pessoas inadimplentes nas bases de dados do SPC Brasil. Faixa de tempo de atraso do devedor Na comparação mensal, houve forte queda do número de dívidas vencidas há menos de 30 dias, enquanto outras faixas de vencimento (em especial entre 91 e 360 dias) mostraram alta ou queda leve (gráfico 2). A queda de dívidas vencidas há pouco temposugere que ocorreram dois fenômenos. Em primeiro lugar, pessoas que tinhamdívidas atrasadas a menos de 30 dias em fevereiro continuaram sem pagar suas dívidas e passaram a ser classificadas, em março, como devedoras há mais de 30 dias. Em segundo lugar, o SPC Brasil registrou menos dívidas com vencimento recente ao longo de março. Na comparação anual, houve alta do número de inadimplentes em todas as faixas de atraso, exceto “entre 4 e 5 anos”. A queda pode ser explicada parcialmente pela prescrição de dívidas anteriormente classificadas nessa faixa.
  • 7. Página 7 de 21 Gráfico 2 – Pessoas Físicas Inadimplentes Gráfico 3 – Pessoas Físicas Inadimplentes Variação mensal por tempo de atraso (mar/14) Participação por faixa de tempo de atraso - % Fonte: SPC Brasil. Faixa Etária das pessoas físicas inadimplentes5 Na comparação anual, o número de inadimplentes cresceu em todas as faixas etárias em março, com exceção da faixa entre 18 e 24 anos. Este movimento de queda do número de inadimplentes jovensé o mesmo que foi observado nos últimos meses (gráfico 4), mas a queda é a menos acentuada dos últimos 5 meses. O maior avanço, ainda nessa base de comparação, ficou por conta da faixa referente a pessoas com mais de 50 anos. Gráfico 4 – Pessoas Físicas Inadimplentes por faixa etária Variação com relação ao mesmo mês do ano anterior - % A forte elevação do número de inadimplentes com mais de 50 anos reflete dois fenômenos. Em primeiro lugar, o próprio envelhecimento da população brasileira: segundo as projeções do IBGE, entre 2013 e 2014 a população entre 18 e 29 anos cairá 0,52%, enquanto a população com idade maior ou igual a 50 anos crescerá 3,56%6 . Em segundo lugar, é possível que a queda no número de inadimplentes entre 18 e 24 anos reflita também o fato de que os jovens estão postergando sua entrada no mercado de trabalho (e, portanto, também postergam de certa forma sua entrada no 5 As idades comentadasneste texto são as que estão entre 18 e 94 anos. A base do SPC inclui algumas dívidas em atraso detidas por menores de 18 anos e maiores de 95 anos, mas elas não são incluídas nos comentários por conterem, historicamente, alto índice de fraudes (por exemplo, dívidas contraídas em nome de pessoa já falecida). Essas duas faixas etárias representam, juntas, apenas 0,249% do total das pessoas inadimplentes. Para detalhes sobre a evolução dessas duas faixas, consulte a base de dados em Excel® em www.spcbrasil.org.br/imprensa. 6 Fonte: IBGE, Projeção da população do Brasil por sexo e idade para o período 2000-2060.
  • 8. Página 8 de 21 mundo do crédito). Segundo o IBGE, o percentual de jovens de 18 a 24 anos que estão efetivamente trabalhando caiu de 54% para 53,3% entre fevereiro de 2013 e fevereiro de 20147. Na comparação mensal, houve aumento do número de inadimplentes em todas as faixas etárias (gráfico 5). Exceto na faixa etária “18 a 24 anos”, o aumentofoi menor que o observado em fevereiro de 2014. Gráfico 5 – Pessoas Físicas Inadimplentes Gráfico 6 – Pessoas Físicas Inadimplentes Variação mensal (mar/14) Participação por faixa etária Tabela 1 – Resumo da evolução do número de pessoas físicas inadimplentes na base do SPC Brasil mar/13 fev/14 mar/14 mar/13 fev/14 mar/14 mar/13 mar/14 0,32% 1,95% 1,31% 4,84% 6,58% 5,54% 100,00% 100,00% 18 a 24 anos 0,06% 1,45% 0,86% 0,39% -1,16% -1,94% 11,91% 11,04% 25 a 29 anos 0,01% 1,75% 1,21% 0,99% 4,82% 3,58% 14,43% 14,19% 30 a 39 anos 0,16% 2,04% 1,22% 4,29% 6,01% 4,89% 27,16% 27,01% 40 a 49 anos 0,23% 1,99% 1,13% 4,56% 5,36% 4,43% 19,61% 19,39% 50 a 64 anos 0,60% 1,86% 1,28% 7,77% 7,43% 6,71% 16,74% 16,87% 65 a 84 anos 0,90% 1,66% 1,26% 10,76% 9,11% 8,72% 7,25% 7,42% Até 90 dias -0,49% 14,27% 3,14% 4,94% 18,35% 22,67% 8,31% 9,56% 91 a 180 dias 0,56% 4,48% 8,81% 6,12% 5,23% 13,86% 6,74% 7,20% 181 a 360 dias 0,93% -1,28% 2,76% 2,57% 0,69% 2,52% 11,53% 11,09% 361 dias a 2 anos 0,51% 0,99% -0,65% 12,69% 1,74% 0,57% 21,01% 19,82% 2 a 3 anos 1,62% 0,55% 0,01% 10,26% 18,72% 16,84% 16,66% 18,26% 3 a 5 anos -0,44% 0,87% 0,73% -1,03% 0,35% 1,54% 35,75% 34,06% Por tempo de Inadimplência Variação mensal Variação anual Participação no total de pessoas inadimplentes Total Por faixa etária na data da extração Fonte: SPC Brasil. Um mesmo CPF é contado neste indicador apenas uma vez, mesmo que tenha mais de uma dívida em atraso. 7 Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE. O dado refere-se apenas a regiões metropolitanas e inclui o emprego formal e o emprego informal.
  • 9. Página 9 de 21 Indicador 2: Dívidas em atraso na base do SPC Brasil – Pessoa Física Número de dívidas vencidas avança moderadamente em março, puxada por dívidas contraídas no comércio Em março de 2014, o número de dívidas em atraso na base do SPC cresceu 0,75% em relação a fevereiro (Gráfico 7). A alta foi a segunda menor para março nos últimos cinco anos. Na comparação com março de 2013, entretanto, a alta foi de 3,81%, maior ritmo de crescimento em 13 meses (Gráfico 8). Gráfico 7 – Dívidas em atraso PF Gráfico 8 – Dívidas em atraso PF Variação mensal Variação anual Fonte: SPC Brasil. O dado não reflete apenas o número de dívidas em atraso no Brasil, mas também o aumento do registro dasdívidas registradas nas bases de dados a que o SPC tem acesso. Faixa de tempo de atraso Em março, houve alta mensal expressiva (6,29%) no número de dívidas vencidas há menos de 90 dias (gráfico 9), como é comum nesta época do ano – ainda um resultado das dificuldades financeiras relacionadas aos maiores gastos no início do ano. A partir de maio, esta tendência tende a se reverter e parte das dívidas começa a ser paga. Na comparação anual, o número de dívidas vencidas há menos de 90 dias também teve alta expressiva (5,06%). O crescimento elevado sinaliza que a maior dificuldade de pagar compromissos não se limita a questões sazonais (embora seja intensificada por elas). Gráfico 9 – Quantidade de dívidas em atraso por faixa de tempo de atraso Variação em março de 2014, em relação a fevereiro de 2014
  • 10. Página 10 de 21 Faixa etária dos detentores das dívidas em atraso Na comparação com fevereiro de 2014, o número de dívidas em atraso cresceu em todas as faixas etárias8 , com exceção da faixa mais jovem (18 a 24 anos). O mesmo ocorreu na comparação anual (Gráfico 10). A elevação da participação das dívidas detidas por pessoas físicas com mais de 50 anos (Gráfico 11) reflete os mesmos fenômenos já comentados no indicador 1: envelhecimento da população brasileira e menor participação de jovens no mercado de trabalho. Gráfico 10 – Dívidas em atraso – Pessoa Física, por faixa etária do detentor da dívida Variação com relação ao mesmo mês do ano anterior - % Gráfico 11 – Dívidas em atraso – Pessoa Física Participação por faixa etária do devedor 8 As idades consideradas nessa comparação são as que estão entre 18 e 94 anos. A base do SPC inclui algumas dívidas em atraso detidas por menores de 18 anos e maiores de 95 anos, mas elas não são incluídas nos comentários por conterem, historicamente, alto índice de fraudes (por exemplo, dívidas contraídas em nome de pessoa já falecida). Essas duas faixas etárias (menores de 18 e maiores de 94 anos) representam, juntas, apenas 0,25% do total das dívidas.
  • 11. Página 11 de 21 Setor credor Na comparação mensal, a alta de 0,75% na quantidade de dívidas em atraso foi puxada por uma elevação expressiva (1,33%) do número de dívidas atrasadas devidas ao comércio9 . O segundo maior impacto nessa comparação veio da alta (0,51%) do número de dívidas que têm o setor de bancos, seguradoras e planos de saúde10 como credor (Gráfico 12). Ao contrário do que ocorreu em fevereiro, o número de dívidas cujos credores são empresas de serviços básicos11 (como água e luz) caiu em março, na comparação com o mês anterior. Na comparação anual (Gráfico 14) os mesmos dois setores acima mencionados (comércio e bancos) também puxaram a alta, respectivamente com 2,30% e 4,19% de crescimento, até pelo seu peso na base: em março de 2014, os dois setores, juntos, representavam 66% do total das dívidas em atraso registradas (Gráfico 13). Gráfico 12 – Dívidas em atraso PF Gráfico 13 – Dívidas em atraso PF Variação mensal por setor credor (mar/14) Participação por setor credor em mar/14 Fonte: SPC Brasil. O nome do setor credor é uma simplificação da classificação CNAE. Para mais detalhes, veja a seção de metodologia. Gráfico 14 – Dívidas em atraso , com abertura por setor credor (de acordo com a seção CNAE) Variação com relação ao mesmo mês do ano anterior - % 9 Seção G do CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas, versão 2.0): comércio; reparação deveículos automotores e motocicletas 10 Seção K do CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas, versão 2.0): atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados. Para maiores detalhes sobre os CNAES, veja a seção de metodologia. 11 Seções D (Eletricidade e gás) e E (água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação) do CNAE.
  • 12. Página 12 de 21 Tabela 2 – Evolução do número de dívidas em atraso na base do SPC Brasil
  • 13. Página 13 de 21 mar/13 fev/14 mar/14 mar/13 fev/14 mar/14 mar/13 mar/14 -0,01% 0,80% 0,75% 3,44% 3,02% 3,81% 100,00% 100,00% Até 90 dias 0,74% 8,37% 6,29% 2,78% -0,43% 5,06% 8,76% 8,86% 91 a 180 dias -0,66% -0,33% 1,68% 3,69% 0,57% 2,94% 7,49% 7,43% 181 a 360 dias 0,05% -2,54% 1,29% 3,28% -2,04% -0,82% 13,52% 12,92% 361 dias a 3 anos 0,76% 0,61% -0,75% 11,92% 11,14% 9,46% 40,49% 42,69% 3 a 5 anos -1,13% 0,86% 0,92% -6,07% -3,93% -1,93% 29,74% 28,09% 18 a 24 anos -0,04% 0,43% -0,16% 2,30% -0,10% -0,23% 12,42% 11,93% 25 a 29 anos -0,26% 0,68% 0,42% 0,40% 1,99% 2,69% 15,09% 14,93% 30 a 39 anos -0,12% 0,78% 0,62% 3,10% 2,34% 3,09% 29,16% 28,96% 40 a 49 anos -0,10% 0,74% 0,82% 2,92% 1,56% 2,50% 20,12% 19,86% 50 a 64 anos 0,22% 0,73% 1,11% 5,51% 3,62% 4,54% 15,54% 15,65% 65 a 84 anos 0,54% 0,92% 1,30% 8,95% 7,12% 7,92% 5,74% 5,97% Água, luz, esgoto e gás (D e E) 3,17% 2,31% -0,48% 39,59% 5,60% 1,87% 6,77% 6,64% Comércio (G) -0,19% 0,59% 1,33% -1,12% 0,76% 2,30% 21,25% 20,94% Telefonia, TV a cabo e internet (I) 0,30% 0,14% 1,48% 13,28% 4,41% 5,64% 13,82% 14,06% Bancos, seguradoras e planos de saúde (K) -0,45% 0,41% 0,51% 0,13% 3,20% 4,19% 44,92% 45,09% Contador, advogado,arquiteto etc (Me N) -0,11% -0,46% 0,96% -0,58% -2,86% -1,82% 5,16% 4,88% Outros -0,17% 4,19% 0,24% -0,03% 7,30% 7,73% 8,08% 8,39% Por setor da empresa credora (Seções CNAE) Variação mensal Variação anual Participação no Total Por tempo de atraso Por faixa etária na data da extração Fonte: SPC Brasil.
  • 14. Página 14 de 21 Indicador 3: Número médio de dívidas em atraso por pessoa física inadimplente Número médio de dívidas em atraso por inadimplente continua em queda, exceto entre os mais jovens Em março de 2014, o número médio de dívidas em atraso por pessoa física inadimplente foi de 2,032 dívidas, resultado um pouco menor do que o registrado no mês anterior (2,044 dívidas). A redução é uma continuação da tendência de longo prazo de queda do número médio de dívidas por inadimplente (gráfico 15), resultado de um aumento mais expressivo do número de pessoas físicas inadimplentes do que do número de dívidas em atraso. Fonte: SPC Brasil Faixa etária dos detentores das dívidas em atraso Com exceção da faixa etária de 18 a 24 anos, todas as outras apresentaram queda do número médio de dívidas nos últimos anos (Gráfico 16). O resultado reflete a expressiva quedada quantidade depessoas inadimplentessituadas nessa faixa etária, em direção oposta às demais faixas etárias. A faixa de 25 a 29 anos é a que apresenta o segundo maior numero médio de dívidas por pessoa física inadimplente (2,137 dívidas). O menor número pertence à faixa de 50 a 84 anos (1,761), provavelmente porque a maior parte das pessoas dessa faixa etária tem acesso a crédito consignado, o que limita a inadimplência. Gráfico 16- Número médio de dívidas por faixa etária Número de dívidas em atraso dividido pelo número de inadimplentes Gráfico 15- Número médio de dívidas por tempo de atraso Número de dívidas em atraso dividido pelo número de inadimplentes
  • 15. Página 15 de 21 Tabela 3 – Número médio de dívidas em atraso por pessoa física inadimplente na base do SPC Brasil mar/10 mar/11 mar/12 mar/13 fev/14 mar/14 2,143 2,120 2,115 2,087 2,044 2,032 18 a 24 anos 2,109 2,101 2,135 2,176 2,219 2,196 25 a 29 anos 2,224 2,196 2,194 2,181 2,154 2,137 30 a 39 anos 2,290 2,272 2,266 2,240 2,192 2,179 40 a 49 anos 2,200 2,182 2,174 2,140 2,088 2,082 50 a 64 anos 2,002 1,984 1,979 1,938 1,889 1,886 65 a 84 anos 1,676 1,668 1,681 1,653 1,635 1,636 Quantidade de dívidas em atraso/ Número de inadimplentes Total Faixa etária
  • 16. Página 16 de 21 METODOLOGIA DOS INDICADORES Os indicadores de inadimplência apresentados neste material sumarizam todas as informações disponíveis nas bases de dados a que o SPC Brasil tem acesso (simplificadamente chamados de "Bases de dados do SPC Brasil"). A abrangência dos dados é nacional, com informações de capitais e interior de todos os 26 estados da federação, além do Distrito Federal. Quando um consumidor deixa de pagar um título, seja ele uma fatura de cartão de crédito, uma conta de água ou um boleto de uma compra parcelada em uma loja, a empresa associada ao SPC Brasil pode (mas não é obrigada a) registrar essa inadimplência junto ao SPC Brasil. Em geral, as empresas credoras costumam registrar a inadimplência depois de verificar que o pagamento não ocorre mesmo após 30 dias após o vencimento. Entretanto, não há regra, e o registro pode ocorrer no dia seguinte ao vencimento ou mais de um ano após o vencimento. O consumidor é informado via correspondência sobre o registro e poderá, a qualquer momento, pagar a dívida ou renegociá-la. Em ambos os casos, o registro referente àquela pendência será retirado da base do SPC Brasil, mas o consumidor ainda pode constar como inadimplente (“negativado”) se tiver outras pendências. Para todos os indicadores abaixo, o SPC Brasil considera que uma dívida é a relação de um credor com um devedor, mesmo que esse credor tenha registrado várias pendências desse devedor junto ao SPC Brasil. Assim, se o consumidor deixa de pagar quatro parcelas de uma mesma compra e tem por isso quatro registros no SPC Brasil, os indicadores abaixo assumem que esse consumidor tem apenas uma dívida, já que os registros foram, todos, feitos pela mesma empresa credora associada (mesmo CNPJ). Cada pessoa física inadimplente é classificada, mensalmente, de acordo com sua idade no último dia do mês de referência (data de extração dos dados que embasam os indicadores do SPC Brasil). Por exemplo, suponha que o consumidor inadimplente João tinha 24 anos em fevereiro e completa 25 anos no começo de março. Tudo o mais constante, a faixa etária “18 a 24 anos” mostrará queda do número de inadimplentes entre fevereiro e março, enquanto a faixa “25 a 29 anos” mostrará alta. Para cerca de 4% dos CPFs, o SPC Brasil não tem informação sobre a data de nascimento. No futuro, se um cliente do SPC Brasil cadastrar essa informação na base de dados, as séries históricas com abertura por faixa etária podem sofrer revisões. Nesse caso, a categoria “faixa etária ignorada” sofrerá redução e a faixa etária correspondente sofrerá aumento do número de CPFs. Esse processo visa aumentar continuamente a acurácia da informação. As séries históricas relativas aos dados comentados nesse texto estão disponíveis para download em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos. Indicador 1: Pessoas físicas Inadimplentes na base de dados do SPC Brasil Este indicador mostra a variação mês a mês do número de pessoas físicas registradas na base do SPC Brasil. Cada pessoa física inadimplente é contada apenas uma vez, independente do número de dívidas que tenha em atraso. Exemplo: na tabela abaixo, duas pessoas físicas, João e Pedro, intercalam meses em que aparecem inadimplentes na base do SPC Brasil. Pode-se classificar João e Pedro, mês a mês, da seguinte forma:
  • 17. Página 17 de 21 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 João Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente Pedro Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente Número de pessoas físicas inadimplentes 2 2 1 1 2 2 Indicador "pessoas inadimplentes PF" - variação mensal ------ 0% -50% 0% 100% 0% É importante notar que a variação no número de pessoas inadimplentes registradas na base do SPC Brasil não representa, exatamente, o número de pessoas inadimplentes no Brasil, por três motivos.  A base de dados do SPC Brasil é a que tem a maior capilaridade nacional, mas existem outros serviços de proteção ao crédito, cujos dados não são considerados para este indicador.  Há empresas que, eventualmente ou sempre, decidem não registrar o atraso de seus clientes. Isso pode ocorrer, por exemplo, porque o cliente tem uma relação de longa data com a empresa.  Há empresas que só registram o atraso de seus clientes muito tempo após o vencimento da fatura, possivelmente após esgotarem todas as tentativas de negociação. Por isso, pode ocorrer que a inadimplência tenha aumentado em janeiro mas o aumento do número de devedores só ocorra em março na base do SPC Brasil. As pessoas físicas inadimplentes são classificadas de acordo com:  Sua faixa etária no último dia do mês de referência (data de extração dos dados que embasam os indicadores do SPC Brasil).  Sua faixa de tempo de atraso, que é igual ao atraso da dívida em atraso mais antiga registrada no SPC. Por exemplo, suponha que o A empresa B registre o consumidor João em janeiro de 2013 por dívida vencida em dezembro. Ao final de janeiro, a dívida estará atrasada 40 dias. Se a dívida não for paga em fevereiro, ao final de fevereiro ela estará atrasada 68 dias (=40+28 dias de fevereiro). o A empresa A registre o consumidor João em fevereiro de 2013, por dívida vencida há bastante tempo (seis meses antes). Tentou negociar com o consumidor, mas não conseguiu, e por isso decidiu registrar a inadimplência. Ao fim de fevereiro, a dívida estava atrasada 181 dias. jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 Credor A Adimplente 181 dias Adimplente Adimplente Adimplente 20 dias Credor B 40 dias 68 dias 99 dias Adimplente Adimplente 25 dias Credor C Adimplente Adimplente Adimplente Adimplente 361 dias Adimplente 40 dias 181 dias 99 dias -------- 361 dias 25 dias De 31 a 60 dias De 181 a 360 dias De 91 a 180 dias Nenhuma De 361 dias a 2 anos De 14 a 30 dias Vencimento mais antigo Credor Dias em atraso (intervalo entre data de vencimento e o último dia do mês de referência) Faixa de tempo de atraso
  • 18. Página 18 de 21 Indicador 2: Dívidas em atraso na base do SPC Brasil Este indicador mostra a variação mês a mês da quantidade total de dívidas em atraso de pessoas físicas. Exemplo: Os credores A, B e C são as empresas para quem João e Pedro, as duas pessoas físicas do exemplo do indicador 1,devem. Os credores podem ser lojistas, empresas de serviços, como telefonia, energia, fornecimento de água, etc. A soma das dívidas de todos os devedores resulta na quantidade total de dívidas da base do SPC Brasil. Devedor Credor Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho credor A Inadimplente Inadimplente credor B Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente credor C Inadimplente Total de dívidas em atraso 1 2 1 - 1 2 credor A Inadimplente Inadimplente Inadimplente credor B Inadimplente Inadimplente Inadimplente credor C Inadimplente Inadimplente Total de dívidas em atraso 1 2 - 3 1 1 2 4 1 3 2 3 -------- 100% -75% 200% -33% 50% João Pedro Quantidade de dívidas em atraso (João + Pedro) Indicador "Dívidas em atraso PF" - variação mensal As dívidas em atraso sãoclassificadas de acordo com:  A faixa etária do devedor no último dia do mês de referência (data de extração dos dados que embasam os indicadores do SPC Brasil).  A faixa de atraso da dívida, que é igual a diferença entre a data de vencimento e o último dia do mês de referência. o Por exemplo, se a dívida venceu em 1º de março, o resultado de março, extraído no dia 31, informará que essa dívida está vencida há 30 dias.  Setor credor, identificado de acordo com a CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). As empresas credoras foram classificadas pelas seções CNAE (identificadas por letras), conforme tabela abaixo.
  • 19. Página 19 de 21 Descrição da seção CNAE Classificação utilizada para os gráficos deste texto A agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aqüicultura Outros B indústrias extrativas Outros C indústrias de transformação Outros D eletricidade e gás Água, luz, esgoto e gás (D e E) E água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação Água, luz, esgoto e gás (D e E) F construção Outros G comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas Comércio (G) H transporte, armazenagem e correio Outros I alojamento e alimentação Outros J informação e comunicação Telefonia, TV a cabo e internet (I) K atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados Bancos, seguradoras e planos de saúde (K) L atividades imobiliárias Outros M atividades profissionais, científicas e técnicas Contador, advogado,arquiteto etc (Me N) N atividades administrativas e serviços complementares Contador, advogado,arquiteto etc (Me N) O administração pública, defesa e seguridade social Outros P educação Outros Q saúde humana e serviços sociais Outros R artes, cultura, esporte e recreação Outros S outras atividades de serviços Outros T serviços domésticos Outros U organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais Outros Indicador 3:Número médio de dívidas em atraso de pessoas físicas Este indicador mostra onúmero médio de dívidas em atraso, calculado através da divisão da quantidade total de dívidas em atraso de pessoas físicas pela quantidade total de pessoas físicas inadimplentes no mês de referência. Exemplo: ainda usando o exemplo inicial e dividindo-se o total de dívidas em atraso pela quantidade de pessoas inadimplentes, mês a mês, tem-se que o número médio de dívidas mensalmente. Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho 2 4 1 3 2 3 2 2 1 1 2 2 1,000 2,000 1,000 3,000 1,000 1,500 Quantidade de dívidas em atraso Quantidade de pessoas físicas inadiplentes Numero médio de dívidas em atraso por pessoa inadimplente As pessoas inadimplentes e as dívidas são classificadas de acordo com a faixa etária do inadimplente, de maneira a permitir uma abertura desse indicador por faixa etária. Indicador 4:Estimativa mensal do número de inadimplentes no Brasil O que mostra: estimativa mensal do número de pessoas físicas com dívidas em atraso no país A estimativa parte da base de dados do SPC Brasil. Em seguida, toma-se uma amostra aleatória de 600 CPFs regulares de pessoas de 18 a 90 anos, inadimplentes ou não. Esses CPFs são consultados no SPC Brasil e em outros serviços de proteção ao crédito. Com isso, verifica-se a proporção de inadimplentes em pelo menos uma das bases. Esseresultado é aplicadosobre o número de adultos na população brasileira em 2014 (projeção do IBGE).
  • 20. Página 20 de 21 Como não há informação pública e consolidada sobre quais CPFs pertencem a pessoas já falecidas, aplicou-se um redutor de CPFs, com base na expectativa de mortalidade e nas informações do DataSUS.
  • 21. Página 21 de 21 INFORMAÇÕES RELEVANTES Este material foi elaborado e publicado pelo SPC Brasil e tem como único objetivo prover informações sobre os indicadores econômicos produzidos pela Organização. Todos os dados desta publicação foram apurados criteriosamente por profissionais qualificados, a partir de fontes públicas e privadas, não tendo o SPC Brasil qualquer gerência e/ou responsabilidade sobre tais informações. O conteúdo deste documento, eventualmente, poderá apresentar opiniões e análises realizadas pelos profissionais responsáveis no momento da divulgação e poderá estar sujeito a alterações, a qualquer momento, sem aviso prévio. Os dados apresentados neste material poderão representar projeções de variáveis econômicas, elaboradas criteriosamente a partir de dados disponíveis no momento de sua elaboração, tendo em vista o cenário econômico atual macroeconômico. O SPC Brasil não se responsabiliza por eventuais alterações em suas projeções, análises e/ou por desvios de suas projeções em relação às fontes consultadas. Todos os dados apresentados nesse relatório têm caráter meramente informativo, sendo que o SPC Brasil não concede nenhuma segurança ou garantia, seja de forma expressa ou implícita, pela utilização dos mesmos para fins de avaliação ou tomada de decisão por seu consulente. Desta forma, o SPC Brasil não se responsabiliza por nenhuma consequência ou perda, patrimonial ou extrapatrimonial, decorrentes do uso de quaisquer dados ou análises desta publicação, sendo isento de todas as responsabilidades decorrentes do uso deste material. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, sob as penas da lei, exceto com autorização prévia e expressa do SPC Brasil ou com a citação integral da fonte. Sobre a CNDL Fundada em 1960, a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), é a mais antiga entidade representativa do comércio lojista. Reunindo as federações (representação local nos Estados) e câmaras de dirigentes lojistas (representação local nos municípios), a instituição tem como missão a defesa e o fortalecimento da livre iniciativa. Sobre o SPC Brasil O SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) é o sistema de informações da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), constituindo-se no maior banco de dados da América Latina em informações creditícias sobre pessoas físicas e jurídicas. A capilaridade alcançada pelo SPC Brasil é a mais representativa do setor. Sua base de dados reúne informações de todos os segmentos da economia nas 27 unidades da Federação. O SPC Brasil reúne informações creditícias de praticamente todos os CPFs do Brasil, estejam eles em situação de inadimplência ou não. Os serviços e soluções oferecidos pelo SPC Brasil auxiliam empresas a proteger-se de prejuízos, maximizar seus lucros e a promover ações de vendas e recuperação de crédito, incluindo prospecção de negócios e gestão de carteira.