É importante estar atento aos sinais do corpo, pois, quando algo não está bem, ele avisa. Fique alerta aos primeiros sintomas depressivos para que possa procurar ajuda atempadamente.
26 de Fevereiro, 2013
Autor: Teresa Batista | tbbatista
Artigo escrito para a Revista Complexo Magazine | Saúde: Bem-estar e Nutrição
Website pessoal: http://tbbatista.pt
Os primeiros sinais de depressão
É importante estar atento aos sinais do seu corpo, pois, quando algo não está
bem, ele avisa. Fique alerta aos primeiros sintomas depressivos para que
possa procurar ajuda atempadamente.
Ninguém fica deprimido por opção. A depressão engloba muito mais que mero pessimismo ou uma “má
cara”, pois diz respeito a alterações químicas a nível do cérebro.
Quando um indivíduo se encontra deprimido, as moléculas na sua massa cinzenta responsáveis pelo bem-
estar encontram-se constantemente em baixa (ao contrário do indivíduo normal que, se por algum motivo
enfrentar essa baixa, a sua tristeza não durará mais que algumas semanas).
Apesar de haver vários factores que podem originar a depressão, os genes são vistos como o principal fator
de risco. As oscilações hormonais também contribuem bastante para esta doença, o que explica a razão
pela qual este problema é duas vezes mais frequente nas mulheres do que nos homens e por que é tão
comum nos períodos da gravidez e do pós-parto, épocas de enorme turbulência hormonal.
Fatores de risco
Entre os principais fatores de risco, podemos então nomear:
- Genética (quem tem casos na família)
- Pessoas caucasianas
- Experiência de perdas, luto ou stress (que podem desencadear ou agravar o problema)
- Personalidades tímidas, introspetivas e inseguras
- Pessoas com diversas experiências de fracasso ao longo da vida
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- Mulheres
- Gravidez e parto
- Pessoas com pouco convívio social e com relações desequilibradas
Sintomas da depressão
De seguida, apresentamos uma lista dos possíveis sintomas da depressão, de acordo com o National
Institute of Mental Health:
- Dificuldade de concentração, de memória e de tomar decisões
- Cansaço e falta de energia
- Sentimento de culpa, de inutilidade e de impotência
- Pessimismo e falta de esperança
- Insónias, despertar demasiado cedo ou sono excessivo
- Irritabilidade, inquietação
- Perda de interesse em atividades ou hobbies que costumavam proporcionar-lhe prazer, incluindo sexo
- Dores persistentes (dores de cabeça, cãibras ou problemas digestivos que parecem não acalmar, nem
mesmo com tratamento)
- Sentimentos contínuos de tristeza, vazio e ansiedade
- Pensamentos de suicídio, tentativas de suicídio.
Sintomas físicos: os primeiros sinais
Existem vários sintomas físicos que nos podem alertar para a questão antes de se entrar em tristeza
profunda e de se dar a total perda de interesse pelo que o rodeia. Hoje em dia, sabe-se que que o quadro
depressivo pode originar inicialmente diversas dores no corpo. Renato Sabbatini, neurofisiologista da
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Universidade Estadual de Campinas, afirma que se trata de “um fenómeno eminentemente bioquímico”,
acrescentando que “os circuitos que a depressão ativa são íntimos de regiões do sistema nervoso, inclusive
o autónomo, que comanda o funcionamento dos órgãos”.
Pode parecer estranho que uma alteração a nível da massa cinzenta do cérebro se faça sentir em todo o
nosso corpo e ainda interfira na nossa alegria de viver, mas, segundo investigadores, o problema dá-se
devido ao mau funcionamento da serotonina, da noradrenalina e da dopamina – neurotransmissores
fundamentais na regulação do humor. Este mau funcionamento leva a que haja uma dificuldade de
transmissão de muitas mensagens químicas, causando um efeito dominó e muitas falhas de comunicação.
Telma Gonçalves de Andrade, especialista em psicofisiologia, explica que “a ausência dessas substâncias
prejudica diversas áreas, inclusive as responsáveis por inibir dores”. Também o sistema imunológico é
gravemente afetado. Uma pessoa deprimida corre três a quatro vezes mais o risco de adoecer.
Outro dos sinais está relacionado com o sono, pois a falta de serotonina dificulta o adormecer. Para além
disso, o desequilíbrio químico influencia o relógio biológico, afetando a quantidade e, principalmente, a
qualidade das horas dormidas.
Sabbatini assegura que nem sempre a tristeza é depressão e também nem sempre a depressão diz respeito
ao indivíduo que se fecha no quarto completamente arrasado, pois o problema pode estar camuflado pelos
sintomas físicos, não chegando a gerar-se a angústia (em casos raros).
Sintomas na adolescência
É natural que os adolescentes passem por períodos de tristeza, contudo, se reparar que esse sentimento
dura mais de duas semanas e que ele ou ela apresenta outros dos sintomas acima descritos, poderá estar
a sofrer de depressão e, nesse caso, é aconselhável que procure a ajuda de um especialista.
Diagnóstico e tratamento
O seu médico irá avaliar quando os seus sintomas se iniciaram, há quanto tempo duram e quão graves são.
A sua história familiar sobre depressão, doenças mentais e abuso de álcool e drogas também é
fundamental. Não existe um “teste à depressão” que possa ser efetuado, apenas certas características que
o especialista procurará, de modo a fazer o diagnóstico correto.
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Quando a depressão é diagnosticada, para além da medicação, os especialistas recorrem bastante à
psicoterapia. Helena Maria Calil, professora titular de psicofarmacologia da Universidade Federal de São
Paulo, afirma que “estudos de neuroimagem comprovam que a eficácia desses tratamentos é similar à dos
remédios”. Após o tratamento correto da depressão, a pessoa deixa de sentir quaisquer dores e o seu
estado de espírito volta ao normal.
Fontes:
Revista Saúde – “Os primeiros sinais da depressão”
Revista Saúde – Edição Abril – “Depressão: causas”
Revista Saúde – Edição Abril – “Depressão: factores de risco”
WebMd – “Symptoms of Depression”
I DO NOT own any of the above pictures.