SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  11
Lira dos Vinte Anos
ÁLVARES DE AZEVEDO
A Obra
 Lira dos Vinte Anos é o trabalho mais conhecido de Álvares de Azevedo. A obra
contém, na primeira parte, um prefácio geral e uma dedicatória à mãe do
poeta. São 33 poemas, que vão de No Mar até Lembrança de Morrer. A segunda
parte é formada por 19 poemas, além de um elucidativo prefácio que abre a
seção. Os poemas começam por Um Cadáver de Poeta e vão até Minha
Desgraça, incluindo a série Spleen e Charutos.
Primeira Parte
 É uma lira, mas sem cordas: uma primavera, mas sem flores, uma coroa de folhas, mas sem viço”.
Percebe-se, nessas linhas iniciais do prefácio, a configuração de um eu-lírico que se apresenta num conjunto de
antíteses sobre o fazer poético. É algo muito característico do romantismo esse dilaceramento do eu diante do
mundo, que se traduz em contradições. Nota-se, pelas imagens do prefácio (lira, cânticos, canto, harmonia,
vibrações), como o poeta elabora uma apresentação metalinguística, ou seja, que trata do próprio fazer poético.
 A incapacidade de atingir a plenitude da beleza poética se traduz em uma repressão dos sentimentos de gozo. O
tema do “medo de amar” ilustra de maneira exemplar o dilaceramento dramático da subjetividade poética. É bom
lembrar que Álvares de Azevedo era um adolescente bem-nascido e sofria da típica dificuldade em conciliar o
desejo carnal com o sentimento amoroso, situação bem comum à segunda geração romântica brasileira. Tome-se
como exemplo os seguintes versos de O Poeta:
 Era uma noite – eu dormia
E nos meus sonhos revia
As ilusões que sonhei!
E no meu lado senti...
Meu Deus! por que não morri?
Por que do sono acordei?
No meu leito – adormecida
Palpitante e abatida,
A amante de meu amor! (...)
 O mesmo desejo de fuga para estados fluidos de semiconsciência explica a grande presença de imagens que
sugerem o sono ou a morte. Os adjetivos antitéticos do penúltimo verso citado, “palpitante” e “abatida”, sugerem
o conflito básico entre o impulso de vida (Eros) e o de morte (Tânatos). Essa ambiguidade se cristaliza no verso a
seguir, em que “a amante” não se relaciona diretamente com o poeta, mas com seu amor. Trata-se de uma
configuração quase exemplar do amor platônico, que não se dirige a outro ser, mas ao próprio ato de amar. É uma
poesia de seres e idéias abstratos, imersos em uma noite nebulosa.

O eu-lírico sofre uma cisão interna que se reflete também num aspecto cronológico. Ele sente que sua alma –
nutrida de vastas leituras – é velha, enquanto o corpo – desprovido de experiências amorosas – é ainda muito
jovem. No poema Saudades, há um exemplo disso:
Foi por ti que num sonho de ventura
A flor da mocidade consumi, (...)
 A “mocidade”, ou juventude, foi “consumida” por outra que aparece ainda de forma indefinida e que se revelará,
no decorrer do poema, um amor de infância do poeta, com quem ele lia romances e poemas e se sentia
vivenciando grandes amores da literatura romântica. É o caso das citações dos personagens Carlota e Werther,
Jocelyn e Laurence, que encarnam amores difíceis ou frustrados. A mesma fuga para o sono e para a morte é aqui
a fuga para a Literatura, que consome a juventude do poeta-leitor. O poema segue tratando dessa perda da
mocidade:
E às primaveras digo adeus tão cedo
E na idade do amor envelheci!
Segunda Parte
 Essas alusões são claramente enunciadas no prefácio da segunda seção. O poeta, lucidamente, aponta ao leitor as
mudanças e apresenta até o panorama literário da época, citando importantes autores e obras que se colocam no
interior da mesma dicotomia. Suas palavras:

“O poeta acorda na terra. Demais, o poeta é homem. Homo sum, como dizia o célebre Romano. Vê, ouve, sente e,
o que é mais, sonha de noite as belas visões palpáveis de acordado. Tem nervos, tem fibra e tem artérias – isto é,
antes e depois de ser um ente idealista, é um ente que tem corpo. (...)”

A reiterada afirmação do corpo, que se opõe ao espírito, indica uma mudança poética substancial. O poeta vai
agora tentar descer ao mundo das coisas e tratar com humor – e não tristeza – de sua inadequação em relação a
elas.
 Apesar da mudança no tom, os temas continuam os mesmos: a irrealização do desejo amoroso, o conflito entre o
eu e o mundo, a fuga para a morte. Tudo tangido por um prosaísmo mundano. Objetos do cotidiano do poeta,
como um charuto, um cachimbo, o vestido de chita, um cigarro sarrento, ganham direito à existência poética.

O poeta foge para o estereótipo de um mundo real, ou seja, um mundo que existe, mas que de fato não é o seu.
Sabe-se que Álvares de Azevedo era um filho de família rica que nunca passou por privações materiais. Por isso,
ao tentar figurar a realidade das classes menos favorecidas (como nos poemas em que fala do amor a uma
lavadeira ou do poeta sem dinheiro), opera, em outros moldes, uma idealização semelhante à da primeira parte.
Em outras palavras, quando o poeta tenta romper com o misticismo da primeira parte, cai numa idealização às
avessas, pois ainda se encontra preso às formas impostas pela estética romântica.
Biografia de Álvares de Azevedo
 Álvares de Azevedo (1831-1852) foi um poeta, escritor e contista, da segunda geração romântica
brasileira. Suas poesias retratam o seu mundo interior. É conhecido como "o poeta da dúvida". Faz
parte dos poetas que deixaram em segundo plano, os temas nacionalistas e indianistas, usados na
primeira geração romântica, e mergulharam fundo em seu mundo interior. Seus poemas falam
constantemente do tédio da vida, das frustrações amorosas e do sentimento de morte. A figura da
mulher aparece em seus versos, ora como um anjo, ora como um ser fatal, mas sempre inacessível.
Álvares de Azevedo é Patrono da cadeira nº 2, da Academia Brasileira de Letras.
 Manuel Antônio Álvares de Azevedo (1831-1852) nasceu em São Paulo no dia 12 de setembro. Filho do
Doutor Inácio Manuel Alvares de Azevedo e Dona Luísa Azevedo, foi um filho dedicado a sua mãe e a
sua irmã. Aos dois anos de idade, junto com sua família, muda-se para o Rio de Janeiro. Em 1836
morre seu irmão mais novo, fato que o deixou bastante abalado. Foi aluno brilhante, estudou no
colégio do professor Stoll, onde era constantemente elogiado. Em 1945 ingressou no Colégio Pedro II.
 Em 1848, Álvares de Azevedo volta para São Paulo, ingressa na Faculdade de Direito do Largo de São
Francisco, onde passa a conviver com vários escritores românticos. Nessa época fundou a revista da
Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano; traduziu a obra Parisina, de Byron e o quinto ato de Otelo, de
Shakespeare, entre outros trabalhos.
 Álvares de Azevedo vivia em meio a livros da faculdade e dedicado a escrever suas poesias. Toda sua
obra poética foi escrita durante os quatro anos que cursou a faculdade. O sentimento de solidão e
tristeza, refletidos em seus poemas, era de fato a saudade da família, que ficara no Rio de Janeiro.
 Álvares de Azevedo doente, abandona a faculdade. Vitimado por uma tuberculose e sofrendo com
um tumor, é operado mas não resiste. Morre no dia 25 de abril de 1852, com apenas 21 anos. Sua
poesia "Se Eu Morresse Amanhã!", escrita alguns dias antes de sua morte, foi lida, no dia de seu
enterro, pelo escritor Joaquim Manuel de Macedo.
 Álvares de Azevedo não teve nenhuma obra publicada em vida. O livro "Lira dos Vinte Anos", foi a
única obra preparada pelo poeta.
Fonte
 http://guiadoestudante.abril.com.br/estude/literatura/materia_414737.shtml
Professor Orientador
 Teresa (Portugues)
Participantes
 Marco Vechi de Paula

Contenu connexe

Tendances

Análise de lira dos vinte anos, de álvares de azevedo
Análise de lira dos vinte anos, de álvares de azevedoAnálise de lira dos vinte anos, de álvares de azevedo
Análise de lira dos vinte anos, de álvares de azevedoma.no.el.ne.ves
 
Romantismo no brasil
Romantismo no brasilRomantismo no brasil
Romantismo no brasilAnjo da Luz
 
Aps 1 2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedo (1)
Aps 1   2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedo (1)Aps 1   2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedo (1)
Aps 1 2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedo (1)juliannecarvalho
 
Ultrarromantismo 110908200110-phpapp01
Ultrarromantismo 110908200110-phpapp01Ultrarromantismo 110908200110-phpapp01
Ultrarromantismo 110908200110-phpapp01MAIRY RIBEIRO Maíre
 
Slide segunda gerção do Romantismo- Ultrarromantismo
Slide segunda gerção do Romantismo- UltrarromantismoSlide segunda gerção do Romantismo- Ultrarromantismo
Slide segunda gerção do Romantismo- UltrarromantismoRichard Lincont
 
Análise comparativa
Análise comparativaAnálise comparativa
Análise comparativaJosi Leão
 
Segunda geração da poesia romântica
Segunda geração da poesia românticaSegunda geração da poesia romântica
Segunda geração da poesia românticama.no.el.ne.ves
 
No mar - Poesia de Álvares de Azevedo
No mar - Poesia de Álvares de AzevedoNo mar - Poesia de Álvares de Azevedo
No mar - Poesia de Álvares de Azevedoescolaabtdai
 
Revisão poesia romântica brasileira
Revisão poesia romântica brasileiraRevisão poesia romântica brasileira
Revisão poesia romântica brasileiraSeduc/AM
 
Revisando simbolismo e parnasianismo
Revisando simbolismo e parnasianismoRevisando simbolismo e parnasianismo
Revisando simbolismo e parnasianismoma.no.el.ne.ves
 
Melhores poemas
Melhores poemasMelhores poemas
Melhores poemasProfaJosi
 
Manuel Bandeira
Manuel BandeiraManuel Bandeira
Manuel Bandeiramaariane27
 
Revisando o romantismo 01
Revisando o romantismo 01Revisando o romantismo 01
Revisando o romantismo 01ma.no.el.ne.ves
 
Revisando o romantismo 02
Revisando o romantismo 02Revisando o romantismo 02
Revisando o romantismo 02ma.no.el.ne.ves
 

Tendances (20)

Análise de lira dos vinte anos, de álvares de azevedo
Análise de lira dos vinte anos, de álvares de azevedoAnálise de lira dos vinte anos, de álvares de azevedo
Análise de lira dos vinte anos, de álvares de azevedo
 
Romantismo no brasil
Romantismo no brasilRomantismo no brasil
Romantismo no brasil
 
Álvares de Azevedo
Álvares de AzevedoÁlvares de Azevedo
Álvares de Azevedo
 
Aps 1 2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedo (1)
Aps 1   2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedo (1)Aps 1   2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedo (1)
Aps 1 2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedo (1)
 
O Romantismo
O RomantismoO Romantismo
O Romantismo
 
Ultrarromantismo 110908200110-phpapp01
Ultrarromantismo 110908200110-phpapp01Ultrarromantismo 110908200110-phpapp01
Ultrarromantismo 110908200110-phpapp01
 
Slide segunda gerção do Romantismo- Ultrarromantismo
Slide segunda gerção do Romantismo- UltrarromantismoSlide segunda gerção do Romantismo- Ultrarromantismo
Slide segunda gerção do Romantismo- Ultrarromantismo
 
Análise comparativa
Análise comparativaAnálise comparativa
Análise comparativa
 
Ultrarromantismo
UltrarromantismoUltrarromantismo
Ultrarromantismo
 
Segunda geração da poesia romântica
Segunda geração da poesia românticaSegunda geração da poesia romântica
Segunda geração da poesia romântica
 
PROJETO: SARAU LITERÁRIO
PROJETO: SARAU LITERÁRIOPROJETO: SARAU LITERÁRIO
PROJETO: SARAU LITERÁRIO
 
No mar - Poesia de Álvares de Azevedo
No mar - Poesia de Álvares de AzevedoNo mar - Poesia de Álvares de Azevedo
No mar - Poesia de Álvares de Azevedo
 
Revisão poesia romântica brasileira
Revisão poesia romântica brasileiraRevisão poesia romântica brasileira
Revisão poesia romântica brasileira
 
Revisando simbolismo e parnasianismo
Revisando simbolismo e parnasianismoRevisando simbolismo e parnasianismo
Revisando simbolismo e parnasianismo
 
Melhores poemas
Melhores poemasMelhores poemas
Melhores poemas
 
Manuel Bandeira
Manuel BandeiraManuel Bandeira
Manuel Bandeira
 
Revisando o romantismo 01
Revisando o romantismo 01Revisando o romantismo 01
Revisando o romantismo 01
 
Romantismo no brasil
Romantismo no brasilRomantismo no brasil
Romantismo no brasil
 
Simbolismo autores
Simbolismo   autoresSimbolismo   autores
Simbolismo autores
 
Revisando o romantismo 02
Revisando o romantismo 02Revisando o romantismo 02
Revisando o romantismo 02
 

En vedette

ãLvares de azevedo giovana 2º b
ãLvares de azevedo  giovana 2º bãLvares de azevedo  giovana 2º b
ãLvares de azevedo giovana 2º bteresakashino
 
Alvares de azevedo
Alvares de azevedoAlvares de azevedo
Alvares de azevedo030577
 
Apologo vilhena-RO 9º A
Apologo vilhena-RO 9º AApologo vilhena-RO 9º A
Apologo vilhena-RO 9º Atechnoeduca
 
Spend one million_dollars_student_guide
Spend one million_dollars_student_guideSpend one million_dollars_student_guide
Spend one million_dollars_student_guidedbrooks112
 
Slide Lira dos 20 anos de Alvares de Azevedo
Slide Lira dos 20 anos de Alvares de AzevedoSlide Lira dos 20 anos de Alvares de Azevedo
Slide Lira dos 20 anos de Alvares de Azevedoisaac88anjos
 
Aps 1 2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedo
Aps 1   2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedoAps 1   2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedo
Aps 1 2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedojuliannecarvalho
 
Alvares de azevedo lira dos vinte anos
Alvares de azevedo   lira dos vinte anosAlvares de azevedo   lira dos vinte anos
Alvares de azevedo lira dos vinte anosTulipa Zoá
 
Escola de Educação Especial José Alvares de Azevedo
Escola de Educação Especial José Alvares de AzevedoEscola de Educação Especial José Alvares de Azevedo
Escola de Educação Especial José Alvares de AzevedoCOMDICARG
 
Dafne 8 a hanseníase
Dafne 8 a hanseníaseDafne 8 a hanseníase
Dafne 8 a hanseníaseteresakashino
 
Projeto leitura para o vestibular janaina 1º a
Projeto leitura para o vestibular  janaina 1º aProjeto leitura para o vestibular  janaina 1º a
Projeto leitura para o vestibular janaina 1º ateresakashino
 
Lepra lucas israel 8 b
Lepra lucas israel 8 bLepra lucas israel 8 b
Lepra lucas israel 8 bteresakashino
 
áLvares de azevedo 1 guilherme e rafaela
áLvares de azevedo 1 guilherme e rafaelaáLvares de azevedo 1 guilherme e rafaela
áLvares de azevedo 1 guilherme e rafaelateresakashino
 
Trabalho de português.pptx dom casmurro
Trabalho de português.pptx dom casmurroTrabalho de português.pptx dom casmurro
Trabalho de português.pptx dom casmurroteresakashino
 
Lira dos vinte anos jessica 2ºb
Lira dos vinte anos jessica 2ºbLira dos vinte anos jessica 2ºb
Lira dos vinte anos jessica 2ºbteresakashino
 
Apresentação3 guilherme e rafaela
Apresentação3 guilherme e rafaelaApresentação3 guilherme e rafaela
Apresentação3 guilherme e rafaelateresakashino
 

En vedette (20)

ãLvares de azevedo giovana 2º b
ãLvares de azevedo  giovana 2º bãLvares de azevedo  giovana 2º b
ãLvares de azevedo giovana 2º b
 
Alvares de azevedo
Alvares de azevedoAlvares de azevedo
Alvares de azevedo
 
Apologo vilhena-RO 9º A
Apologo vilhena-RO 9º AApologo vilhena-RO 9º A
Apologo vilhena-RO 9º A
 
Spend one million_dollars_student_guide
Spend one million_dollars_student_guideSpend one million_dollars_student_guide
Spend one million_dollars_student_guide
 
Slide Lira dos 20 anos de Alvares de Azevedo
Slide Lira dos 20 anos de Alvares de AzevedoSlide Lira dos 20 anos de Alvares de Azevedo
Slide Lira dos 20 anos de Alvares de Azevedo
 
Aps 1 2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedo
Aps 1   2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedoAps 1   2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedo
Aps 1 2015 - análise literária do poema saudades de álvares de azevedo
 
Alvares de azevedo lira dos vinte anos
Alvares de azevedo   lira dos vinte anosAlvares de azevedo   lira dos vinte anos
Alvares de azevedo lira dos vinte anos
 
Escola de Educação Especial José Alvares de Azevedo
Escola de Educação Especial José Alvares de AzevedoEscola de Educação Especial José Alvares de Azevedo
Escola de Educação Especial José Alvares de Azevedo
 
Os apóstolos
Os apóstolosOs apóstolos
Os apóstolos
 
Bactérias
BactériasBactérias
Bactérias
 
Navio Negreiro Castro Alves
Navio Negreiro   Castro AlvesNavio Negreiro   Castro Alves
Navio Negreiro Castro Alves
 
L epra 8b michael
L epra 8b michaelL epra 8b michael
L epra 8b michael
 
Dafne 8 a hanseníase
Dafne 8 a hanseníaseDafne 8 a hanseníase
Dafne 8 a hanseníase
 
Projeto leitura para o vestibular janaina 1º a
Projeto leitura para o vestibular  janaina 1º aProjeto leitura para o vestibular  janaina 1º a
Projeto leitura para o vestibular janaina 1º a
 
Lepra lucas israel 8 b
Lepra lucas israel 8 bLepra lucas israel 8 b
Lepra lucas israel 8 b
 
áLvares de azevedo 1 guilherme e rafaela
áLvares de azevedo 1 guilherme e rafaelaáLvares de azevedo 1 guilherme e rafaela
áLvares de azevedo 1 guilherme e rafaela
 
Trabalho de português.pptx dom casmurro
Trabalho de português.pptx dom casmurroTrabalho de português.pptx dom casmurro
Trabalho de português.pptx dom casmurro
 
Lira dos vinte anos jessica 2ºb
Lira dos vinte anos jessica 2ºbLira dos vinte anos jessica 2ºb
Lira dos vinte anos jessica 2ºb
 
Lepra 8 a mateus
Lepra 8 a mateusLepra 8 a mateus
Lepra 8 a mateus
 
Apresentação3 guilherme e rafaela
Apresentação3 guilherme e rafaelaApresentação3 guilherme e rafaela
Apresentação3 guilherme e rafaela
 

Similaire à Lira dos vinte anos (3)marco 2º b

Segunda geração romântica
Segunda geração românticaSegunda geração romântica
Segunda geração românticaLucas Adryel
 
Revisando o romantismo 01
Revisando o romantismo 01Revisando o romantismo 01
Revisando o romantismo 01ma.no.el.ne.ves
 
2ª e 3ª geração romântica
2ª e 3ª geração romântica2ª e 3ª geração romântica
2ª e 3ª geração românticaAndriane Cursino
 
segunda geração romântica
segunda geração românticasegunda geração romântica
segunda geração românticaalinesantana1422
 
O romantismo no brasil
O romantismo no brasilO romantismo no brasil
O romantismo no brasilstrawhiit
 
Resumos das obras derek e isabella 2º b
Resumos das obras   derek e isabella 2º bResumos das obras   derek e isabella 2º b
Resumos das obras derek e isabella 2º bteresakashino
 
Fernando pessoa
Fernando pessoaFernando pessoa
Fernando pessoaJosi Motta
 
VESTIBULAR UFPE 2014 - PROVA DE LITERATURA - TODOS OS TIPOS
VESTIBULAR UFPE 2014 - PROVA DE LITERATURA - TODOS OS TIPOSVESTIBULAR UFPE 2014 - PROVA DE LITERATURA - TODOS OS TIPOS
VESTIBULAR UFPE 2014 - PROVA DE LITERATURA - TODOS OS TIPOSIsaquel Silva
 
Apresentação Escolar - Manuel Bandeira e Obras
Apresentação Escolar - Manuel Bandeira e ObrasApresentação Escolar - Manuel Bandeira e Obras
Apresentação Escolar - Manuel Bandeira e ObrasJhonatan Holanda
 
Noite na Taverna
Noite na TavernaNoite na Taverna
Noite na TavernaKauan_ts
 

Similaire à Lira dos vinte anos (3)marco 2º b (20)

Segunda geração romântica
Segunda geração românticaSegunda geração romântica
Segunda geração romântica
 
Revisando o romantismo 01
Revisando o romantismo 01Revisando o romantismo 01
Revisando o romantismo 01
 
2ª e 3ª geração romântica
2ª e 3ª geração romântica2ª e 3ª geração romântica
2ª e 3ª geração romântica
 
segunda geração romântica
segunda geração românticasegunda geração romântica
segunda geração romântica
 
Literatura Tipo B
Literatura Tipo BLiteratura Tipo B
Literatura Tipo B
 
O romantismo no brasil
O romantismo no brasilO romantismo no brasil
O romantismo no brasil
 
Cesário Verde
Cesário VerdeCesário Verde
Cesário Verde
 
Resumos das obras derek e isabella 2º b
Resumos das obras   derek e isabella 2º bResumos das obras   derek e isabella 2º b
Resumos das obras derek e isabella 2º b
 
Fernando pessoa
Fernando pessoaFernando pessoa
Fernando pessoa
 
Literatura Tipo A
Literatura Tipo ALiteratura Tipo A
Literatura Tipo A
 
VESTIBULAR UFPE 2014 - PROVA DE LITERATURA - TODOS OS TIPOS
VESTIBULAR UFPE 2014 - PROVA DE LITERATURA - TODOS OS TIPOSVESTIBULAR UFPE 2014 - PROVA DE LITERATURA - TODOS OS TIPOS
VESTIBULAR UFPE 2014 - PROVA DE LITERATURA - TODOS OS TIPOS
 
Apresentação Escolar - Manuel Bandeira e Obras
Apresentação Escolar - Manuel Bandeira e ObrasApresentação Escolar - Manuel Bandeira e Obras
Apresentação Escolar - Manuel Bandeira e Obras
 
Antologia Poética - Vinícius de Moraes - 3ª A - 2011
Antologia Poética - Vinícius de Moraes - 3ª A - 2011Antologia Poética - Vinícius de Moraes - 3ª A - 2011
Antologia Poética - Vinícius de Moraes - 3ª A - 2011
 
A lirica
A liricaA lirica
A lirica
 
Noite na Taverna
Noite na TavernaNoite na Taverna
Noite na Taverna
 
Simbolismo
SimbolismoSimbolismo
Simbolismo
 
Literatura Tipo C
Literatura Tipo CLiteratura Tipo C
Literatura Tipo C
 
Castro alves
Castro alvesCastro alves
Castro alves
 
Ap bandeira
Ap bandeiraAp bandeira
Ap bandeira
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 

Plus de teresakashino

Vanguardas do modernismo
Vanguardas do modernismoVanguardas do modernismo
Vanguardas do modernismoteresakashino
 
Navio negreiro julia, heloísa. letícia
Navio negreiro julia, heloísa. letíciaNavio negreiro julia, heloísa. letícia
Navio negreiro julia, heloísa. letíciateresakashino
 
Auto da barca do inferno (3)joseff, jonatan
Auto da barca do inferno (3)joseff, jonatanAuto da barca do inferno (3)joseff, jonatan
Auto da barca do inferno (3)joseff, jonatanteresakashino
 
Zika virus analisse moraes
Zika virus  analisse moraesZika virus  analisse moraes
Zika virus analisse moraesteresakashino
 
Trabalho de português (1).pptx memórias póstumas de brás cubas
Trabalho de português (1).pptx memórias póstumas de brás cubasTrabalho de português (1).pptx memórias póstumas de brás cubas
Trabalho de português (1).pptx memórias póstumas de brás cubasteresakashino
 
Canção do exílio (6)hudson e mariana
Canção do exílio (6)hudson e marianaCanção do exílio (6)hudson e mariana
Canção do exílio (6)hudson e marianateresakashino
 
Viagens na minha terra (5)edyane e ludmila
Viagens na minha terra (5)edyane e ludmilaViagens na minha terra (5)edyane e ludmila
Viagens na minha terra (5)edyane e ludmilateresakashino
 
Canção do exílio (3)edyane e ludmila
Canção do exílio (3)edyane e ludmilaCanção do exílio (3)edyane e ludmila
Canção do exílio (3)edyane e ludmilateresakashino
 
Memórias postumas joao e gabriel 2 (2)
Memórias postumas joao  e gabriel 2 (2)Memórias postumas joao  e gabriel 2 (2)
Memórias postumas joao e gabriel 2 (2)teresakashino
 
Memórias póstumas de brás cubas (1)hugo
Memórias póstumas de brás cubas (1)hugoMemórias póstumas de brás cubas (1)hugo
Memórias póstumas de brás cubas (1)hugoteresakashino
 
Lucas manoel e ian o cortiço
Lucas manoel e ian  o cortiçoLucas manoel e ian  o cortiço
Lucas manoel e ian o cortiçoteresakashino
 
senhora e o cortiço- Júlia e Maria Eduarda
  senhora e o cortiço- Júlia e Maria Eduarda  senhora e o cortiço- Júlia e Maria Eduarda
senhora e o cortiço- Júlia e Maria Eduardateresakashino
 
Amor de perdição pedro
Amor de perdição pedroAmor de perdição pedro
Amor de perdição pedroteresakashino
 
Amor de perdição camilo castelo branco
Amor de perdição  camilo castelo brancoAmor de perdição  camilo castelo branco
Amor de perdição camilo castelo brancoteresakashino
 
A moreninha, iracema jaqueline
A moreninha, iracema  jaquelineA moreninha, iracema  jaqueline
A moreninha, iracema jaquelineteresakashino
 
A moreninha (6)jéssica diogo
A moreninha (6)jéssica diogoA moreninha (6)jéssica diogo
A moreninha (6)jéssica diogoteresakashino
 
A moreninha e iracema joao paulo e gabriel
A moreninha e iracema  joao paulo e gabrielA moreninha e iracema  joao paulo e gabriel
A moreninha e iracema joao paulo e gabrielteresakashino
 
A moreninha (14)hugo
A moreninha (14)hugoA moreninha (14)hugo
A moreninha (14)hugoteresakashino
 
Classicismo.pptx janaina
Classicismo.pptx janainaClassicismo.pptx janaina
Classicismo.pptx janainateresakashino
 

Plus de teresakashino (20)

Vanguardas do modernismo
Vanguardas do modernismoVanguardas do modernismo
Vanguardas do modernismo
 
Navio negreiro julia, heloísa. letícia
Navio negreiro julia, heloísa. letíciaNavio negreiro julia, heloísa. letícia
Navio negreiro julia, heloísa. letícia
 
Auto da barca do inferno (3)joseff, jonatan
Auto da barca do inferno (3)joseff, jonatanAuto da barca do inferno (3)joseff, jonatan
Auto da barca do inferno (3)joseff, jonatan
 
Zika virus analisse moraes
Zika virus  analisse moraesZika virus  analisse moraes
Zika virus analisse moraes
 
Trabalho de português (1).pptx memórias póstumas de brás cubas
Trabalho de português (1).pptx memórias póstumas de brás cubasTrabalho de português (1).pptx memórias póstumas de brás cubas
Trabalho de português (1).pptx memórias póstumas de brás cubas
 
Canção do exílio (6)hudson e mariana
Canção do exílio (6)hudson e marianaCanção do exílio (6)hudson e mariana
Canção do exílio (6)hudson e mariana
 
Viagens na minha terra (5)edyane e ludmila
Viagens na minha terra (5)edyane e ludmilaViagens na minha terra (5)edyane e ludmila
Viagens na minha terra (5)edyane e ludmila
 
Canção do exílio (3)edyane e ludmila
Canção do exílio (3)edyane e ludmilaCanção do exílio (3)edyane e ludmila
Canção do exílio (3)edyane e ludmila
 
Memórias postumas joao e gabriel 2 (2)
Memórias postumas joao  e gabriel 2 (2)Memórias postumas joao  e gabriel 2 (2)
Memórias postumas joao e gabriel 2 (2)
 
Dom casmurro -hugo
Dom casmurro -hugoDom casmurro -hugo
Dom casmurro -hugo
 
Memórias póstumas de brás cubas (1)hugo
Memórias póstumas de brás cubas (1)hugoMemórias póstumas de brás cubas (1)hugo
Memórias póstumas de brás cubas (1)hugo
 
Lucas manoel e ian o cortiço
Lucas manoel e ian  o cortiçoLucas manoel e ian  o cortiço
Lucas manoel e ian o cortiço
 
senhora e o cortiço- Júlia e Maria Eduarda
  senhora e o cortiço- Júlia e Maria Eduarda  senhora e o cortiço- Júlia e Maria Eduarda
senhora e o cortiço- Júlia e Maria Eduarda
 
Amor de perdição pedro
Amor de perdição pedroAmor de perdição pedro
Amor de perdição pedro
 
Amor de perdição camilo castelo branco
Amor de perdição  camilo castelo brancoAmor de perdição  camilo castelo branco
Amor de perdição camilo castelo branco
 
A moreninha, iracema jaqueline
A moreninha, iracema  jaquelineA moreninha, iracema  jaqueline
A moreninha, iracema jaqueline
 
A moreninha (6)jéssica diogo
A moreninha (6)jéssica diogoA moreninha (6)jéssica diogo
A moreninha (6)jéssica diogo
 
A moreninha e iracema joao paulo e gabriel
A moreninha e iracema  joao paulo e gabrielA moreninha e iracema  joao paulo e gabriel
A moreninha e iracema joao paulo e gabriel
 
A moreninha (14)hugo
A moreninha (14)hugoA moreninha (14)hugo
A moreninha (14)hugo
 
Classicismo.pptx janaina
Classicismo.pptx janainaClassicismo.pptx janaina
Classicismo.pptx janaina
 

Dernier

Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdfDemetrio Ccesa Rayme
 
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...Martin M Flynn
 
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxFree-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxkarinasantiago54
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...LuizHenriquedeAlmeid6
 
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdf
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdfLinguagem verbal , não verbal e mista.pdf
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdfLaseVasconcelos1
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASEdinardo Aguiar
 
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfSlides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfpaulafernandes540558
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISVitor Vieira Vasconcelos
 
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptxErivaldoLima15
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasRicardo Diniz campos
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPanandatss1
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfIedaGoethe
 
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mentalADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mentalSilvana Silva
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaA Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaFernanda Ledesma
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxconcelhovdragons
 
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.HildegardeAngel
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 

Dernier (20)

Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
 
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
 
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxFree-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
 
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdf
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdfLinguagem verbal , não verbal e mista.pdf
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdf
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
 
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfSlides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
 
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SP
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
 
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mentalADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaA Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
 
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 

Lira dos vinte anos (3)marco 2º b

  • 1. Lira dos Vinte Anos ÁLVARES DE AZEVEDO
  • 2. A Obra  Lira dos Vinte Anos é o trabalho mais conhecido de Álvares de Azevedo. A obra contém, na primeira parte, um prefácio geral e uma dedicatória à mãe do poeta. São 33 poemas, que vão de No Mar até Lembrança de Morrer. A segunda parte é formada por 19 poemas, além de um elucidativo prefácio que abre a seção. Os poemas começam por Um Cadáver de Poeta e vão até Minha Desgraça, incluindo a série Spleen e Charutos.
  • 3. Primeira Parte  É uma lira, mas sem cordas: uma primavera, mas sem flores, uma coroa de folhas, mas sem viço”. Percebe-se, nessas linhas iniciais do prefácio, a configuração de um eu-lírico que se apresenta num conjunto de antíteses sobre o fazer poético. É algo muito característico do romantismo esse dilaceramento do eu diante do mundo, que se traduz em contradições. Nota-se, pelas imagens do prefácio (lira, cânticos, canto, harmonia, vibrações), como o poeta elabora uma apresentação metalinguística, ou seja, que trata do próprio fazer poético.  A incapacidade de atingir a plenitude da beleza poética se traduz em uma repressão dos sentimentos de gozo. O tema do “medo de amar” ilustra de maneira exemplar o dilaceramento dramático da subjetividade poética. É bom lembrar que Álvares de Azevedo era um adolescente bem-nascido e sofria da típica dificuldade em conciliar o desejo carnal com o sentimento amoroso, situação bem comum à segunda geração romântica brasileira. Tome-se como exemplo os seguintes versos de O Poeta:  Era uma noite – eu dormia E nos meus sonhos revia As ilusões que sonhei! E no meu lado senti... Meu Deus! por que não morri? Por que do sono acordei? No meu leito – adormecida Palpitante e abatida, A amante de meu amor! (...)
  • 4.  O mesmo desejo de fuga para estados fluidos de semiconsciência explica a grande presença de imagens que sugerem o sono ou a morte. Os adjetivos antitéticos do penúltimo verso citado, “palpitante” e “abatida”, sugerem o conflito básico entre o impulso de vida (Eros) e o de morte (Tânatos). Essa ambiguidade se cristaliza no verso a seguir, em que “a amante” não se relaciona diretamente com o poeta, mas com seu amor. Trata-se de uma configuração quase exemplar do amor platônico, que não se dirige a outro ser, mas ao próprio ato de amar. É uma poesia de seres e idéias abstratos, imersos em uma noite nebulosa.  O eu-lírico sofre uma cisão interna que se reflete também num aspecto cronológico. Ele sente que sua alma – nutrida de vastas leituras – é velha, enquanto o corpo – desprovido de experiências amorosas – é ainda muito jovem. No poema Saudades, há um exemplo disso: Foi por ti que num sonho de ventura A flor da mocidade consumi, (...)  A “mocidade”, ou juventude, foi “consumida” por outra que aparece ainda de forma indefinida e que se revelará, no decorrer do poema, um amor de infância do poeta, com quem ele lia romances e poemas e se sentia vivenciando grandes amores da literatura romântica. É o caso das citações dos personagens Carlota e Werther, Jocelyn e Laurence, que encarnam amores difíceis ou frustrados. A mesma fuga para o sono e para a morte é aqui a fuga para a Literatura, que consome a juventude do poeta-leitor. O poema segue tratando dessa perda da mocidade: E às primaveras digo adeus tão cedo E na idade do amor envelheci!
  • 5. Segunda Parte  Essas alusões são claramente enunciadas no prefácio da segunda seção. O poeta, lucidamente, aponta ao leitor as mudanças e apresenta até o panorama literário da época, citando importantes autores e obras que se colocam no interior da mesma dicotomia. Suas palavras:  “O poeta acorda na terra. Demais, o poeta é homem. Homo sum, como dizia o célebre Romano. Vê, ouve, sente e, o que é mais, sonha de noite as belas visões palpáveis de acordado. Tem nervos, tem fibra e tem artérias – isto é, antes e depois de ser um ente idealista, é um ente que tem corpo. (...)”  A reiterada afirmação do corpo, que se opõe ao espírito, indica uma mudança poética substancial. O poeta vai agora tentar descer ao mundo das coisas e tratar com humor – e não tristeza – de sua inadequação em relação a elas.  Apesar da mudança no tom, os temas continuam os mesmos: a irrealização do desejo amoroso, o conflito entre o eu e o mundo, a fuga para a morte. Tudo tangido por um prosaísmo mundano. Objetos do cotidiano do poeta, como um charuto, um cachimbo, o vestido de chita, um cigarro sarrento, ganham direito à existência poética.  O poeta foge para o estereótipo de um mundo real, ou seja, um mundo que existe, mas que de fato não é o seu. Sabe-se que Álvares de Azevedo era um filho de família rica que nunca passou por privações materiais. Por isso, ao tentar figurar a realidade das classes menos favorecidas (como nos poemas em que fala do amor a uma lavadeira ou do poeta sem dinheiro), opera, em outros moldes, uma idealização semelhante à da primeira parte. Em outras palavras, quando o poeta tenta romper com o misticismo da primeira parte, cai numa idealização às avessas, pois ainda se encontra preso às formas impostas pela estética romântica.
  • 7.  Álvares de Azevedo (1831-1852) foi um poeta, escritor e contista, da segunda geração romântica brasileira. Suas poesias retratam o seu mundo interior. É conhecido como "o poeta da dúvida". Faz parte dos poetas que deixaram em segundo plano, os temas nacionalistas e indianistas, usados na primeira geração romântica, e mergulharam fundo em seu mundo interior. Seus poemas falam constantemente do tédio da vida, das frustrações amorosas e do sentimento de morte. A figura da mulher aparece em seus versos, ora como um anjo, ora como um ser fatal, mas sempre inacessível. Álvares de Azevedo é Patrono da cadeira nº 2, da Academia Brasileira de Letras.  Manuel Antônio Álvares de Azevedo (1831-1852) nasceu em São Paulo no dia 12 de setembro. Filho do Doutor Inácio Manuel Alvares de Azevedo e Dona Luísa Azevedo, foi um filho dedicado a sua mãe e a sua irmã. Aos dois anos de idade, junto com sua família, muda-se para o Rio de Janeiro. Em 1836 morre seu irmão mais novo, fato que o deixou bastante abalado. Foi aluno brilhante, estudou no colégio do professor Stoll, onde era constantemente elogiado. Em 1945 ingressou no Colégio Pedro II.  Em 1848, Álvares de Azevedo volta para São Paulo, ingressa na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde passa a conviver com vários escritores românticos. Nessa época fundou a revista da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano; traduziu a obra Parisina, de Byron e o quinto ato de Otelo, de Shakespeare, entre outros trabalhos.  Álvares de Azevedo vivia em meio a livros da faculdade e dedicado a escrever suas poesias. Toda sua obra poética foi escrita durante os quatro anos que cursou a faculdade. O sentimento de solidão e tristeza, refletidos em seus poemas, era de fato a saudade da família, que ficara no Rio de Janeiro.
  • 8.  Álvares de Azevedo doente, abandona a faculdade. Vitimado por uma tuberculose e sofrendo com um tumor, é operado mas não resiste. Morre no dia 25 de abril de 1852, com apenas 21 anos. Sua poesia "Se Eu Morresse Amanhã!", escrita alguns dias antes de sua morte, foi lida, no dia de seu enterro, pelo escritor Joaquim Manuel de Macedo.  Álvares de Azevedo não teve nenhuma obra publicada em vida. O livro "Lira dos Vinte Anos", foi a única obra preparada pelo poeta.