SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  24
Luís Fernando Tófoli
Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família
                UFC-Sobral
Além das propriedades farmacológicas...
 Atributos não farmacológicos da droga
 Características de quem usa
 Atributos de quem a fornece
 Circunstâncias pessoais e ambientais de
  uso (set e setting)

                                        2
 Valores morais e culturais
 Situação socioeconômica
 Forças econômicas
 Grupos sociais



                               3
   ‘Efeito total da droga sem droga’
   Literatua médica: ‘ruído’
   A crença dos que o recebem é o que
    determina sua eficácia
   Nocebo (efeitos adversos placebo)
   Ligados ao contexto/à cultura

                                         4
 Importante em todas as formas de cura
 Todas as formas de terapia
  (Adler e Hammet):
     A participação de todos os integrantes em sistema
      cognitivo compartilhado
     Relacionamento com figura parental
      culturalmente sancionada
   Há placebo mesmo nas drogas ‘ativas’
                                                      5
   Cor
     Verdes/azuis para tranquilizar
     Amarelos/vermelhos para ativar
 Medicamentos de ‘grife’ x distribuição
  de medicamentos pelo governo
 Sabor
 Textura etc.

                                           6
 Personalidade do ‘tipo placebo’
 Uso dos símbolos de cura pelo
  prescritor
 O conjunto das características do
  prescritor
 Opinião do microcosmo –
  família e entorno
                                      7
   Nos países em desenvolvimento o setor
    informal e paraprofissional assumem o
    papel de dispensar medicamentos
   Consultas de balconistas
   ‘Remédio barato/do governo não
    presta’

                                        8
 Apesar da origem do conceito de
  ‘dependência’ no conceito de doença,
  há influências sociais evidentes.
 Tendências
     Redução na prescrição de sedativos
     Aumento do consumo de antidepressivos


                                              9
 Psicotrópicos e suas prescrições são
  símbolos rituais ‘multivocais’
 Funções latentes
     ‘Esta pessoa é doente’
     ‘Seus fracassos são devidos à sua doença ou ao
      remédio’
     ‘Ela merece compreensão’
     ‘O médico está interessado na pessoa’
     A Ciência pode cuidar dela’.
                                                       10
   Status social mais brando do que o das
    drogas não-sancionadas
   Adaptação química? (Pellegrino)
   O que os médicos transmitem quando
    prescrevem um psicotrópico?
   As indústrias farmacêuticas e a “estrada
    química para o sucesso” (Warburton)
                                             11
   Dependência física x psicológica, existe
    essa diferença?
   Praticamente todas as drogas
    conhecidas já foram sancionadas ou
    vetadas na história da Humanidade
   Drogas sancionadas no Ocidente: as que
    permitem trabalhar
                                           12
 Toda comunidade de uso tem suas
  regras, valores e autoimagem
 Sair de uma comunidade de uso
  aumenta a chance de cessar o uso e a
  dependência
 Os valores da comunidade de uso
  podem sobreviver a trocas de fármaco
                                         13
   Aspectos econômicos, sociais e culturais
    sempre devem ser abordados

   Agentes de cura religiosos

   Reformulações das redes sociais

                                          14
   Alimento         Pagamento
   Medicamento      Conservante
   Narcótico
                     Desinfetante
   Energizante
   Afrodisíaco      Sacramento

                                     15
   Fatores econômicos
   Fatores étnicos
   Fatores culturais
   Fatores familiares
   Fatores individuais

                          16
 Morais
 Doença
     Medicina
     Psicologia
     Alcoólicos Anônimos
 Político-Econômicos
 Socioculturais

                            17
 Normas para beber
 O’Connor:
     Culturas abstinentes
     Culturas ambivalentes
     Culturas permissivas
     Culturas superpermissivas


                                  18
   Exposição das crianças ao uso caseiro
   Uso diluído
   Álcool como alimento
   Pais consomem com moderação
   Não atribuir valor moral
   Não associar a virilidade
   Aceitar socialmente a abstinência
   Não tolerar a embriaguez
   Concordância sobre as regras no grupo

                                            19
   ‘Lubrificante social’
   Consumo em ‘irmandade’ tende a
    proteger
   Consumo religioso
   Anormalidade controlada

                                     20
   Fatores socioculturais
     Homens x mulheres
     Adultos x jovens
     Etnicidade ou migração
     Escolaridade
     Perda no status socioeconômico
     Uso ritual

                                       21
   Alucinógenos x Enteógenos
     Peyote, San Pedro
     Cogumelos
     Ayahuasca
     Rapés com DMT
     Iboga
     Solanáceas
   Uso pelo xamã ou pela comunidade
                                       22
   Estimulantes/Sedativos
     Catha sp. (qat)
     Cola sp. (noz-de-cola)
     Cannabis sativa
     Exythroxylum coca (coca)
     Piper methysticum (kava-kava)
     Duboisia hopwoodi (pituri)
   Uso descontextualizado
                                      23
24

Contenu connexe

Tendances

Transtornos mentais comuns e somatização
Transtornos mentais comuns e somatização Transtornos mentais comuns e somatização
Transtornos mentais comuns e somatização Inaiara Bragante
 
Trabalho Final
Trabalho FinalTrabalho Final
Trabalho Finalcatarinni
 
As drogas na adolescência
As drogas na adolescênciaAs drogas na adolescência
As drogas na adolescênciaLaraBuffelli
 
Psicologia da Saúde e o novo paradigma: novo paradigma?
Psicologia da Saúde e o novo paradigma: novo paradigma?Psicologia da Saúde e o novo paradigma: novo paradigma?
Psicologia da Saúde e o novo paradigma: novo paradigma?Marta Elini Borges
 
O papel da família no tratamento da dependência
O papel da família no tratamento da dependênciaO papel da família no tratamento da dependência
O papel da família no tratamento da dependênciablogdapsique
 
Urgência e emergência em álcool e outras drogas
Urgência e emergência em álcool e outras drogasUrgência e emergência em álcool e outras drogas
Urgência e emergência em álcool e outras drogasGabriela Haack
 
Transtornos ansiosos na infância e adolescência
Transtornos ansiosos na infância e adolescênciaTranstornos ansiosos na infância e adolescência
Transtornos ansiosos na infância e adolescênciaCláudio Costa
 
Dependência química na infância e adolescência
Dependência química na infância e adolescênciaDependência química na infância e adolescência
Dependência química na infância e adolescênciavidamentalforense
 
Psicossomática na Infância
Psicossomática na InfânciaPsicossomática na Infância
Psicossomática na InfânciaMaylu Souza
 
Farmacologia Homeopática
Farmacologia HomeopáticaFarmacologia Homeopática
Farmacologia HomeopáticaSafia Naser
 
Transtornos de estresse agudo e transtornos de estresse
Transtornos de estresse agudo e transtornos de estresseTranstornos de estresse agudo e transtornos de estresse
Transtornos de estresse agudo e transtornos de estresseCláudio Costa
 
U. 24 Toxicodependência - Folheto
U. 24 Toxicodependência - FolhetoU. 24 Toxicodependência - Folheto
U. 24 Toxicodependência - FolhetoI.Braz Slideshares
 

Tendances (20)

Transtornos mentais comuns e somatização
Transtornos mentais comuns e somatização Transtornos mentais comuns e somatização
Transtornos mentais comuns e somatização
 
Drogas
DrogasDrogas
Drogas
 
Trabalho Final
Trabalho FinalTrabalho Final
Trabalho Final
 
As drogas na adolescência
As drogas na adolescênciaAs drogas na adolescência
As drogas na adolescência
 
Psicologia da Saúde e o novo paradigma: novo paradigma?
Psicologia da Saúde e o novo paradigma: novo paradigma?Psicologia da Saúde e o novo paradigma: novo paradigma?
Psicologia da Saúde e o novo paradigma: novo paradigma?
 
O papel da família no tratamento da dependência
O papel da família no tratamento da dependênciaO papel da família no tratamento da dependência
O papel da família no tratamento da dependência
 
Urgência e emergência em álcool e outras drogas
Urgência e emergência em álcool e outras drogasUrgência e emergência em álcool e outras drogas
Urgência e emergência em álcool e outras drogas
 
Transtornos ansiosos na infância e adolescência
Transtornos ansiosos na infância e adolescênciaTranstornos ansiosos na infância e adolescência
Transtornos ansiosos na infância e adolescência
 
Dependência química na infância e adolescência
Dependência química na infância e adolescênciaDependência química na infância e adolescência
Dependência química na infância e adolescência
 
Drogas 2
Drogas 2Drogas 2
Drogas 2
 
Psicossomática na Infância
Psicossomática na InfânciaPsicossomática na Infância
Psicossomática na Infância
 
Farmacologia Homeopática
Farmacologia HomeopáticaFarmacologia Homeopática
Farmacologia Homeopática
 
Medicina e o Espiritismo
Medicina e o EspiritismoMedicina e o Espiritismo
Medicina e o Espiritismo
 
Europa sem drogas
Europa sem drogasEuropa sem drogas
Europa sem drogas
 
Psicologia na Saúde
Psicologia na SaúdePsicologia na Saúde
Psicologia na Saúde
 
Transtornos de estresse agudo e transtornos de estresse
Transtornos de estresse agudo e transtornos de estresseTranstornos de estresse agudo e transtornos de estresse
Transtornos de estresse agudo e transtornos de estresse
 
Psicologia
PsicologiaPsicologia
Psicologia
 
Revista On Health
Revista On Health  Revista On Health
Revista On Health
 
Drogas e família
Drogas e famíliaDrogas e família
Drogas e família
 
U. 24 Toxicodependência - Folheto
U. 24 Toxicodependência - FolhetoU. 24 Toxicodependência - Folheto
U. 24 Toxicodependência - Folheto
 

En vedette

Visões Culturais da Saúde e da Doença
Visões Culturais da Saúde e da DoençaVisões Culturais da Saúde e da Doença
Visões Culturais da Saúde e da DoençaLuís Fernando Tófoli
 
Analisando dados de uma pesquisa qualitativa
Analisando dados de uma pesquisa qualitativaAnalisando dados de uma pesquisa qualitativa
Analisando dados de uma pesquisa qualitativaLuís Fernando Tófoli
 
Mental health safety of ayahuasca religious use: Results from an epidemiologi...
Mental health safety of ayahuasca religious use: Results from an epidemiologi...Mental health safety of ayahuasca religious use: Results from an epidemiologi...
Mental health safety of ayahuasca religious use: Results from an epidemiologi...Luís Fernando Tófoli
 
Apresentação Estágio 5º Período
Apresentação Estágio 5º PeríodoApresentação Estágio 5º Período
Apresentação Estágio 5º PeríodoJaqueline de Paulo
 
Panorama Contemporâneo das Políticas Públicas sobre Drogas
Panorama Contemporâneo das Políticas Públicas sobre DrogasPanorama Contemporâneo das Políticas Públicas sobre Drogas
Panorama Contemporâneo das Políticas Públicas sobre DrogasLuís Fernando Tófoli
 
Cultura e interacao paciente-profissional
Cultura e interacao paciente-profissionalCultura e interacao paciente-profissional
Cultura e interacao paciente-profissionalLuís Fernando Tófoli
 
Aula 1 - Saúde e Sociedade
Aula 1 - Saúde e SociedadeAula 1 - Saúde e Sociedade
Aula 1 - Saúde e SociedadeGhiordanno Bruno
 
Aula 01 - Saúde, Cultura e Sociedade
Aula 01 - Saúde, Cultura e SociedadeAula 01 - Saúde, Cultura e Sociedade
Aula 01 - Saúde, Cultura e SociedadeGhiordanno Bruno
 
Habilidades de comunicação de más notícias
Habilidades de comunicação de más notíciasHabilidades de comunicação de más notícias
Habilidades de comunicação de más notíciasLuís Fernando Tófoli
 
Educação em saúde: conceitos e propósitos
Educação em saúde: conceitos e propósitosEducação em saúde: conceitos e propósitos
Educação em saúde: conceitos e propósitosGabriela Montargil
 
Malformações Congênitas
Malformações CongênitasMalformações Congênitas
Malformações CongênitasEvilene Bolos
 

En vedette (20)

Visões Culturais da Saúde e da Doença
Visões Culturais da Saúde e da DoençaVisões Culturais da Saúde e da Doença
Visões Culturais da Saúde e da Doença
 
Cultura e Sistemas de Saúde
Cultura e Sistemas de SaúdeCultura e Sistemas de Saúde
Cultura e Sistemas de Saúde
 
Analisando dados de uma pesquisa qualitativa
Analisando dados de uma pesquisa qualitativaAnalisando dados de uma pesquisa qualitativa
Analisando dados de uma pesquisa qualitativa
 
Edu sexual um_desafio
Edu sexual um_desafioEdu sexual um_desafio
Edu sexual um_desafio
 
Ep s sexualidadeoms
Ep s sexualidadeomsEp s sexualidadeoms
Ep s sexualidadeoms
 
Orientações para 2011/12
Orientações para 2011/12Orientações para 2011/12
Orientações para 2011/12
 
Mental health safety of ayahuasca religious use: Results from an epidemiologi...
Mental health safety of ayahuasca religious use: Results from an epidemiologi...Mental health safety of ayahuasca religious use: Results from an epidemiologi...
Mental health safety of ayahuasca religious use: Results from an epidemiologi...
 
Apresentação Estágio 5º Período
Apresentação Estágio 5º PeríodoApresentação Estágio 5º Período
Apresentação Estágio 5º Período
 
Panorama Contemporâneo das Políticas Públicas sobre Drogas
Panorama Contemporâneo das Políticas Públicas sobre DrogasPanorama Contemporâneo das Políticas Públicas sobre Drogas
Panorama Contemporâneo das Políticas Públicas sobre Drogas
 
Educação em saúde
Educação em saúdeEducação em saúde
Educação em saúde
 
Cultura e interacao paciente-profissional
Cultura e interacao paciente-profissionalCultura e interacao paciente-profissional
Cultura e interacao paciente-profissional
 
Aula 1 - Saúde e Sociedade
Aula 1 - Saúde e SociedadeAula 1 - Saúde e Sociedade
Aula 1 - Saúde e Sociedade
 
Corpo, Cultura e Sociedade
Corpo, Cultura e SociedadeCorpo, Cultura e Sociedade
Corpo, Cultura e Sociedade
 
Aula 01 - Saúde, Cultura e Sociedade
Aula 01 - Saúde, Cultura e SociedadeAula 01 - Saúde, Cultura e Sociedade
Aula 01 - Saúde, Cultura e Sociedade
 
Antropologia da saúde
Antropologia da saúdeAntropologia da saúde
Antropologia da saúde
 
Habilidades de comunicação de más notícias
Habilidades de comunicação de más notíciasHabilidades de comunicação de más notícias
Habilidades de comunicação de más notícias
 
Educaçao e Saude
Educaçao e SaudeEducaçao e Saude
Educaçao e Saude
 
Educação em saúde: conceitos e propósitos
Educação em saúde: conceitos e propósitosEducação em saúde: conceitos e propósitos
Educação em saúde: conceitos e propósitos
 
Malformações Congênitas
Malformações CongênitasMalformações Congênitas
Malformações Congênitas
 
EDUCAÇÃO EM SAÚDE
EDUCAÇÃO EM SAÚDEEDUCAÇÃO EM SAÚDE
EDUCAÇÃO EM SAÚDE
 

Similaire à Fatores sociais influenciam efeitos drogas

95419323 reducao-de-danos
95419323 reducao-de-danos95419323 reducao-de-danos
95419323 reducao-de-danosSergio Câmara
 
Drogas como podemos agir
Drogas como podemos agirDrogas como podemos agir
Drogas como podemos agirElenildo Allman
 
Psicologia da saude_aula_2_2019
Psicologia da saude_aula_2_2019Psicologia da saude_aula_2_2019
Psicologia da saude_aula_2_2019LaraLopes42
 
Aspectos culturais do uso de drogas
Aspectos culturais do uso de drogasAspectos culturais do uso de drogas
Aspectos culturais do uso de drogasflaviocampos
 
Campanha anti drogas
Campanha anti drogasCampanha anti drogas
Campanha anti drogasKil Striknina
 
Cartilha Conhecendo E Aprendendo A Dizer Não As Drogas Psicotrópicas
Cartilha  Conhecendo E Aprendendo A Dizer Não As Drogas PsicotrópicasCartilha  Conhecendo E Aprendendo A Dizer Não As Drogas Psicotrópicas
Cartilha Conhecendo E Aprendendo A Dizer Não As Drogas PsicotrópicasJR
 
Cartilha Conhecendo E Aprendendo A Dizer Não As Drogas Psicotrópicas
Cartilha  Conhecendo E Aprendendo A Dizer Não As Drogas PsicotrópicasCartilha  Conhecendo E Aprendendo A Dizer Não As Drogas Psicotrópicas
Cartilha Conhecendo E Aprendendo A Dizer Não As Drogas PsicotrópicasJR
 
A droga e as suas consequências
A droga e as suas consequênciasA droga e as suas consequências
A droga e as suas consequênciasJoana Sousa
 
Cartilha conhecendo e aprendendo a dizer não as drogas psicotrópicas
Cartilha conhecendo e aprendendo a dizer não as drogas psicotrópicasCartilha conhecendo e aprendendo a dizer não as drogas psicotrópicas
Cartilha conhecendo e aprendendo a dizer não as drogas psicotrópicasJR
 
Instituto Espírita de Educação - Adolescência e Dependência Química
Instituto Espírita de Educação -  Adolescência e Dependência QuímicaInstituto Espírita de Educação -  Adolescência e Dependência Química
Instituto Espírita de Educação - Adolescência e Dependência QuímicaInstituto Espírita de Educação
 

Similaire à Fatores sociais influenciam efeitos drogas (20)

Slide sobre drogas
Slide sobre drogasSlide sobre drogas
Slide sobre drogas
 
95419323 reducao-de-danos
95419323 reducao-de-danos95419323 reducao-de-danos
95419323 reducao-de-danos
 
SETEMBRO AMARELO Drogas e Suicídio.pptx
SETEMBRO AMARELO Drogas e Suicídio.pptxSETEMBRO AMARELO Drogas e Suicídio.pptx
SETEMBRO AMARELO Drogas e Suicídio.pptx
 
Drogas como podemos agir
Drogas como podemos agirDrogas como podemos agir
Drogas como podemos agir
 
Droga
DrogaDroga
Droga
 
Psicologia da saude_aula_2_2019
Psicologia da saude_aula_2_2019Psicologia da saude_aula_2_2019
Psicologia da saude_aula_2_2019
 
Aspectos culturais do uso de drogas
Aspectos culturais do uso de drogasAspectos culturais do uso de drogas
Aspectos culturais do uso de drogas
 
Campanha anti drogas
Campanha anti drogasCampanha anti drogas
Campanha anti drogas
 
Europa sem drogas
Europa sem drogasEuropa sem drogas
Europa sem drogas
 
Cartilha Conhecendo E Aprendendo A Dizer Não As Drogas Psicotrópicas
Cartilha  Conhecendo E Aprendendo A Dizer Não As Drogas PsicotrópicasCartilha  Conhecendo E Aprendendo A Dizer Não As Drogas Psicotrópicas
Cartilha Conhecendo E Aprendendo A Dizer Não As Drogas Psicotrópicas
 
Cartilha Conhecendo E Aprendendo A Dizer Não As Drogas Psicotrópicas
Cartilha  Conhecendo E Aprendendo A Dizer Não As Drogas PsicotrópicasCartilha  Conhecendo E Aprendendo A Dizer Não As Drogas Psicotrópicas
Cartilha Conhecendo E Aprendendo A Dizer Não As Drogas Psicotrópicas
 
A droga e as suas consequências
A droga e as suas consequênciasA droga e as suas consequências
A droga e as suas consequências
 
Comorbidades.pdf
Comorbidades.pdfComorbidades.pdf
Comorbidades.pdf
 
Cartilha conhecendo e aprendendo a dizer não as drogas psicotrópicas
Cartilha conhecendo e aprendendo a dizer não as drogas psicotrópicasCartilha conhecendo e aprendendo a dizer não as drogas psicotrópicas
Cartilha conhecendo e aprendendo a dizer não as drogas psicotrópicas
 
Instituto Espírita de Educação - Adolescência e Dependência Química
Instituto Espírita de Educação -  Adolescência e Dependência QuímicaInstituto Espírita de Educação -  Adolescência e Dependência Química
Instituto Espírita de Educação - Adolescência e Dependência Química
 
Drogas
DrogasDrogas
Drogas
 
Drogas
DrogasDrogas
Drogas
 
Drogas na Escola 2014 PSE
Drogas na Escola 2014 PSEDrogas na Escola 2014 PSE
Drogas na Escola 2014 PSE
 
Drogas escola 2014
Drogas escola 2014Drogas escola 2014
Drogas escola 2014
 
Drogas
DrogasDrogas
Drogas
 

Fatores sociais influenciam efeitos drogas

  • 1. Luís Fernando Tófoli Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família UFC-Sobral
  • 2. Além das propriedades farmacológicas...  Atributos não farmacológicos da droga  Características de quem usa  Atributos de quem a fornece  Circunstâncias pessoais e ambientais de uso (set e setting) 2
  • 3.  Valores morais e culturais  Situação socioeconômica  Forças econômicas  Grupos sociais 3
  • 4. ‘Efeito total da droga sem droga’  Literatua médica: ‘ruído’  A crença dos que o recebem é o que determina sua eficácia  Nocebo (efeitos adversos placebo)  Ligados ao contexto/à cultura 4
  • 5.  Importante em todas as formas de cura  Todas as formas de terapia (Adler e Hammet):  A participação de todos os integrantes em sistema cognitivo compartilhado  Relacionamento com figura parental culturalmente sancionada  Há placebo mesmo nas drogas ‘ativas’ 5
  • 6. Cor  Verdes/azuis para tranquilizar  Amarelos/vermelhos para ativar  Medicamentos de ‘grife’ x distribuição de medicamentos pelo governo  Sabor  Textura etc. 6
  • 7.  Personalidade do ‘tipo placebo’  Uso dos símbolos de cura pelo prescritor  O conjunto das características do prescritor  Opinião do microcosmo – família e entorno 7
  • 8. Nos países em desenvolvimento o setor informal e paraprofissional assumem o papel de dispensar medicamentos  Consultas de balconistas  ‘Remédio barato/do governo não presta’ 8
  • 9.  Apesar da origem do conceito de ‘dependência’ no conceito de doença, há influências sociais evidentes.  Tendências  Redução na prescrição de sedativos  Aumento do consumo de antidepressivos 9
  • 10.  Psicotrópicos e suas prescrições são símbolos rituais ‘multivocais’  Funções latentes  ‘Esta pessoa é doente’  ‘Seus fracassos são devidos à sua doença ou ao remédio’  ‘Ela merece compreensão’  ‘O médico está interessado na pessoa’  A Ciência pode cuidar dela’. 10
  • 11. Status social mais brando do que o das drogas não-sancionadas  Adaptação química? (Pellegrino)  O que os médicos transmitem quando prescrevem um psicotrópico?  As indústrias farmacêuticas e a “estrada química para o sucesso” (Warburton) 11
  • 12. Dependência física x psicológica, existe essa diferença?  Praticamente todas as drogas conhecidas já foram sancionadas ou vetadas na história da Humanidade  Drogas sancionadas no Ocidente: as que permitem trabalhar 12
  • 13.  Toda comunidade de uso tem suas regras, valores e autoimagem  Sair de uma comunidade de uso aumenta a chance de cessar o uso e a dependência  Os valores da comunidade de uso podem sobreviver a trocas de fármaco 13
  • 14. Aspectos econômicos, sociais e culturais sempre devem ser abordados  Agentes de cura religiosos  Reformulações das redes sociais 14
  • 15. Alimento  Pagamento  Medicamento  Conservante  Narcótico  Desinfetante  Energizante  Afrodisíaco  Sacramento 15
  • 16. Fatores econômicos  Fatores étnicos  Fatores culturais  Fatores familiares  Fatores individuais 16
  • 17.  Morais  Doença  Medicina  Psicologia  Alcoólicos Anônimos  Político-Econômicos  Socioculturais 17
  • 18.  Normas para beber  O’Connor:  Culturas abstinentes  Culturas ambivalentes  Culturas permissivas  Culturas superpermissivas 18
  • 19. Exposição das crianças ao uso caseiro  Uso diluído  Álcool como alimento  Pais consomem com moderação  Não atribuir valor moral  Não associar a virilidade  Aceitar socialmente a abstinência  Não tolerar a embriaguez  Concordância sobre as regras no grupo 19
  • 20. ‘Lubrificante social’  Consumo em ‘irmandade’ tende a proteger  Consumo religioso  Anormalidade controlada 20
  • 21. Fatores socioculturais  Homens x mulheres  Adultos x jovens  Etnicidade ou migração  Escolaridade  Perda no status socioeconômico  Uso ritual 21
  • 22. Alucinógenos x Enteógenos  Peyote, San Pedro  Cogumelos  Ayahuasca  Rapés com DMT  Iboga  Solanáceas  Uso pelo xamã ou pela comunidade 22
  • 23. Estimulantes/Sedativos  Catha sp. (qat)  Cola sp. (noz-de-cola)  Cannabis sativa  Exythroxylum coca (coca)  Piper methysticum (kava-kava)  Duboisia hopwoodi (pituri)  Uso descontextualizado 23
  • 24. 24