A pesquisa mostra que os transportadores brasileiros mantêm expectativas pessimistas sobre o desempenho da economia em 2014, com crescimento do PIB abaixo de 2,5% e inflação acima de 5,9%. Além disso, a maioria espera alta da taxa de câmbio, o que pode elevar custos. A inflação e o câmbio são vistos como fatores que impactam moderadamente a atividade do setor.
Aviso de audiencia pública sobre piso mínimo de caminhoneiros
Poucos empresários de transporte esperam aumento de receita
1.
2.
3. APRESENTAÇÃO
Conhecer o que pensa o empresário brasileiro do transporte é uma preocupação fundamental da CNT (Confederação Nacional do Transporte). A Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014 – Fase 2 auxilia no planejamento e na execução de um trabalho mais direcionado, em busca do fortalecimento do setor. São avaliadas questões como perspectivas em relação à economia do país, as principais dificuldades enfrentadas e reivindicações de medidas para solucionar os problemas.
Esse levantamento, que chega à 6ª edição, permite à Confederação ter maior clareza sobre as expectativas do empresário do transporte em diferentes modais. Assim, a CNT pode desenvolver trabalhos com melhores resultados, tanto na área de cargas como na de passageiros. A Sondagem auxilia os empresários em seus planejamentos para o próximo ano. Também pode ser utilizada por órgãos públicos, entidades privadas e pela sociedade em geral, que passam a conhecer melhor a percepção dos empresários do setor de transporte sobre o desempenho econômico brasileiro.
Nesta segunda fase de 2014, é possível ainda comparar a avaliação dos empresários no início e no final deste ano, nos modais rodoviário, ferroviário e aquaviário. A CNT busca cumprir, assim, o seu papel de estimular o desenvolvimento do transporte no Brasil, tão essencial para o crescimento do país.
Clésio Andrade
Presidente da CNT
4. ÍNDICE
Dados técnicos............................................................................................................................................... 04
Introdução ...................................................................................................................................................... 05
Análise dos Resultados
Temas Macroeconômicos
Produto Interno Bruto - PIB ..................................................................................... 06
In
flação ........................................................................................................................... 07
Câmbio ..........
................................................................................................................. 09
C
arga tributária do setor ............................................................................................ 11
Jur
os ............................................................................................................................... 12
De
sempenho econômico e confiança na política econômica .......................... 14
Investimentos
Investimento no país .................................................................................................17
In
vestimento em infraestrutura: execução orçamentária .............................20
P
articipação da iniciativa privada ................................................................23
Açõe
s emergenciais para o desenvolvimento do transporte ........................25
In
vestimentos estrangeiros em infraestrutura ....................................................27
Atividade empresarial
Atividade de transporte ............................................................................................. 29
C
usto dos insumos ....................................................................................................... 32
In
vestimentos do setor ................................................................................................ 34
A
quisição de veículos ................................................................................................. 37
Mão de obr
a ................................................................................................................... 40
Conclusão ........................................................................................................................................................ 48
Apêndices
Perfil dos entrevistados ............................................................................................................ 51
Comparativo entre as fases da Sondagem de Expectativas Econômicas do Transportador ......................................................................................................................... 52
5. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
4
DADOS TÉCNICOS
Sondagem: Expectativas Econômicas do Transportador 2014 - Fase 2 (rodoviário, aquaviário
e ferroviário)
Público-alvo: Empresas de transporte rodoviário de cargas e passageiros, empresas de
navegação marítima e interior e concessionárias de transporte ferroviário de cargas.
Abrangência geográfica: Nacional
Método de coleta de dados: Contato telefônico
Respostas válidas1: 445
Período de coleta: 07 de outubro a 24 de outubro de 2014.
1 - O perfil dos entrevistados, quanto ao porte, encontra-se no Apêndice 1.
RODOVIÁRIO
Atividade principal Entrevistas Percentual (%)
Transporte de cargas 289 73,9
Transporte de passageiros 102 26,1
Total 391 100
AQUAVIÁRIO
Atividade principal Entrevistas Percentual (%)
Navegação interior 30 60,0
Transporte marítimo 20 40,0
Total 50 100,0
FERROVIÁRIO
Atividade principal Entrevistas Percentual (%)
Ferroviário de cargas 4 100,0
Total 4 100
6. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
5
INTRODUÇÃO
O transporte é essencial para que os demais setores da economia desempenhem sua atividade.
Ao conectar produtores, fornecedores e consumidores, contribui para o crescimento da
economia do país, além de favorecer a integração nacional e conferir maior qualidade de vida
à população. Dessa forma, é imprescindível conhecer as perspectivas dos transportadores
brasileiros a respeito do comportamento econômico e suas avaliações de como esses
indicadores afetam seu negócio para desenvolver estratégias capazes de incrementar a
eficiência do serviço do transporte e de corrigir os gargalos enfrentados pelo setor.
Assim, a Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador coleta e disponibiliza
informações acerca dos prognósticos dos transportadores sobre temas macroeconômicos, do
nível dos investimentos em infraestrutura no Brasil e, principalmente, do desempenho de suas
atividades empresariais frente a esse cenário.
A pesquisa tem duas fases. A Fase 1, realizada no início de cada ano, tem como objetivo identificar
as projeções e as perspectivas dos empresários do setor de transporte. Já a Fase 2, realizada
no segundo semestre do ano, tem por intenção reavaliar as expectativas dos transportadores
frente aos acontecimentos do primeiro semestre e, assim, captar sua influência sobre a
atividade empresarial.
A Sondagem passou a ser realizada no ano de 2012 e chega, no segundo semestre de 2014, a
sua 6ª edição. Além das questões tradicionais, foram avaliadas as opiniões dos transportadores
sobre a participação de investimentos estrangeiros em infraestrutura de transporte, as
oportunidades de negócios advindas da aproximação do Brasil com a China.
O relatório baseia-se em informações levantadas em entrevistas realizadas com 445 empresas
que atuam no serviço de transporte no país. Compuseram a amostra empresas do modal
rodoviário (cargas e passageiros), do aquaviário (marítimo e navegação interior) e do transporte
ferroviário. Os resultados e análises são apresentados adotando a seguinte estrutura: temas
macroeconômicos, investimentos e atividade empresarial.
7. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
6
PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB
EXPECTATIVAS PESSIMISTAS QUANTO AO
DESEMPENHO DA ECONOMIA CONTINUAM ENTRE OS
TRANSPORTADORES
Cresce o pessimismo entre os transportadores em relação ao desempenho da economia
em 2014. Dos entrevistados, 81,4% avaliam que o PIB brasileiro dificilmente irá superar, em
2014, o crescimento de 2,5% registrado em 2013. Essa constatação está de acordo com as
perspectivas do mercado mostradas pelo relatório Focus2 divulgado pelo Banco Central do
Brasil, onde a previsão de crescimento do PIB para 2014 é de 0,24%.
É importante notar que 48,4% apostam que o desempenho desse indicador deverá ser
inferior ao de 20133, o que representa um acréscimo de 18,6 pontos percentuais em relação
às expectativas levantadas na Fase 1 desta Sondagem 2014. O percentual que acredita que a
taxa irá manter-se ou elevar-se foi de 33,0% e 14,8%, respectivamente.
Os resultados refletem a percepção dos transportadores quanto ao baixo nível de atividade
econômica ao longo do ano e, possivelmente, as expectativas de um cenário de inflação
elevada e persistente. A elevação da taxa de juros e a dificuldade de o Governo Federal
em realizar investimentos continuam a ser fatores que podem estar contribuindo para esse
cenário de insegurança.
Essa tendência já havia sido notada na Fase 1 desta Sondagem 2014. A falta de confiança
dos empresários em relação ao desempenho da economia brasileira tem importantes
implicações sobre as decisões da empresa. Diante de baixas perspectivas de aumento do
nível de negócios, as empresas dificilmente realizam investimentos em expansão de frota ou
realizam contratação de funcionários de forma a prejudicar o nível de atividade.
Reduzirá
48,4%
Mantém-se
33,0%
Aumentará
14,8%
Não sabe
3,8%
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Expectativa para o
crescimento do PIB
Expectativa para o crescimento do PIB
por modal (%)
48,3
34,3
14,6
2,8
46,0
26,0
16,0 12,0
75,0
0,0
25,0
0,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
2 - Dados relativos ao relatório de mercado Focus divulgado pelo Banco Central brasileiro sobre as
expectativas econômicas do mercado em 31 de outubro de 2014.
3 - Na Fase 1 da Sondagem 2014, 29,8% dos entrevistados tinham expectativa de que a taxa de crescimento do
PIB seria inferior à de 2013.
8. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
7
INFLAÇÃO
SEGUINDO A TENDÊNCIA DO PRIMEIRO SEMESTRE,
TRANSPORTADORES ACREDITAM EM ELEVAÇÃO DA
INFLAÇÃO EM 2014
A análise gráfica mostra que 72,1% dos transportadores acreditam que a taxa de inflação,
em 2014, será superior à registrada em 2013 (5,9% a.a.). Quando se avalia por modal, o
ferroviário apresenta uma expectativa mais pessimista, com 75,0% dos transportadores
esperando aumento da taxa de inflação, enquanto para os rodoviários, este percentual é de
72,4%. No segmento aquaviário, com 70,0% dos transportadores esperando alta do IPCA,
enquanto 20,0% acreditam que o valor apresentado no ano passado será mantido e apenas
8,0% apostam na queda inflacionária.
O impacto da inflação na atividade é percebido como elevado por 66,3% dos transportadores,
sendo os ferroviários o grupo mais atingido, seguido do segmento aquaviário. Note-se que
uma inflação alta tem efeito negativo sobre o setor que pode implicar em elevação dos custos
operacionais do serviço de transporte e, quando persistentes, impactar o valor do frete. Sua
principal consequência é o aumento dos custos logísticos e a redução da competitividade
dos produtos nacionais.
Ainda, um processo inflacionário perseverante diminui a estabilidade dos preços utilizados
como referência pelo transportador quando da definição do valor do frete. Tal situação
aumenta os riscos de o transportador incorrer em erros de cálculo de seus custos e,
consequentemente, do preço do serviço de transporte, podendo levar a prejuízos.
É nesse sentido que uma análise da série temporal, começada em setembro de 2012, da
expectativa do transportador é importante. Pode-se perceber claramente um movimento
crescente na expectativa dos transportadores de que a inflação será mais alta a cada ano. Tal
resultado, possivelmente, aponta para uma redução da credibilidade de política econômica
do governo, baseada no sistema de metas de inflação. É interessante notar que a expectativa
do setor de transporte está alinhada à do mercado que, segundo o relatório Focus, acredita
que o IPCA do ano será de 6,45%, isto é, acima da inflação de 2013 bem como da meta
definida pelo Banco Central do Brasil.
9. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
8
0,8
65,7
70,0 75,0
28,9 26,0 25,0
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Baixo Moderado Elevado Não sabe
Baixo
4,5%
Moderado
28,5%
Elevado
66,3%
Não sabe
0,7%
Impacto da inflação
na atividade
Impacto da inflação na atividade
por modal (%)
4,6 4,0 0,0 0,0 0,0
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
Reduzirá
4,5%
Mantém-se
21,6%
Aumentará
72,1%
Não sabe
1,8%
Expectativa para a taxa
de inflação
Expectativa para a taxa de inflação
por modal (%)
3,8
22,0
72,4
1,8
8,0
20,0
70,0
2,0
25,0
0,0
75,0
0,0
10. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
9
CÂMBIO
PERSPECTIVA DA TAXA DE CÂMBIO MAIS ALTA
PREVALESCE ENTRE EMPRESÁRIOS
A taxa de câmbio média esperada para o fim de 2014 deverá ser superior à observada em
2013 para 47,6% dos entrevistados. 36,6% dos transportadores acreditam na manutenção
do câmbio em nível semelhante ao de 2013 e 6,1%, que poderá apresentar uma queda. O
aumento da taxa de câmbio representa uma redução do poder de compra dos transportadores
de insumos importados. Dessa forma, as expectativas de incremento do câmbio podem
se traduzir em aumento do custo operacional do serviço de transporte na ausência de
substitutos apropriados.
Contudo, 55,9% dos empresários avaliam que o impacto sobre a atividade nas empresas é
moderado ou baixo. O resultado revela uma baixa percepção por parte dos empresários que
a taxa de câmbio possui um impacto indireto sobre o valor dos combustíveis, seu principal
insumo. O percentual de entrevistados que afirmam que a variável repercute de forma mais
intensa no desempenho do setor de transporte foi de 36,2%.
Cabe destacar que os 40,0% dos transportadores ferroviários que, em fevereiro de 2014,
avaliaram como forte o impacto da taxa de câmbio em sua atividade revisaram sua posição
para moderado ou baixo. Atualmente, nenhum desses entrevistados considera que o câmbio
possa afetar significativamente sua atividade. Já no transporte aquaviário, a maior parte
dos participantes, 44,0%, consideram o câmbio uma variável importante para o desempenho
do seu setor.
11. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
10
Baixo
19,6%
Moderado
36,3%
Elevado
36,2%
Não sabe
7,9%
Impacto da taxa de câmbio
na atividade
Impacto da taxa de câmbio na atividade
por modal (%)
18,7
37,1 35,5
8,7
24,0 30,0
44,0
2,0
50,0 50,0
0,0 0,0
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Baixo Moderado Elevado Não sabe
5,1
12,0
25,0
10,7
2,0 0,0
47,9 46,0 50,0
36,3 40,0
25,0
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
Reduzirá
6,1%
Mantém-se
36,6%
Aumentará
47,6%
Não sabe
9,7%
Expectativa para taxa
de câmbio
Expectativa para taxa de câmbio
por modal (%)
12. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
11
CARGA TRIBUTÁRIA DO SETOR
DICOTOMIA MARCA AS EXPECTATIVAS ACERCA DA CARGA
TRIBUTÁRIA NO SETOR DE TRANSPORTE
Para 48,8% dos transportadores, a carga tributária será mantida em mesmo patamar em
2014, sendo que apenas 4,7% deles acreditam que haverá redução. Quando se analisa os
dados por modal, percebe-se que 50,0% dos ferroviários, 44,2% dos rodoviários e 44,0% dos
aquaviários apontam para a elevação dos ônus tributário.
Essa divisão nas expectativas, com 44,3% dos transportadores acreditando em elevação
enquanto quase metade do setor acredita em manutenção da carga, mostra sinais de
incerteza quanto a políticas futuras do governo. Isto porque políticas governamentais
reduziram alíquotas de alguns impostos, porém não as extinguiram, o que dá margem para
a retomada de novas políticas fiscais diante da necessidade de ajuste fiscal na economia
brasileira. Isso se torna um fator de risco para a gestão das empresas, uma vez que, para
83,4% das transportadores, a carga tributária tem um impacto elevado em sua atividade,
influenciando na determinação dos valores de prestação do serviço de transporte.
Reduzirá
4,7%
Mantém-se
48,8%
Aumentará
44,3%
Não sabe
2,2%
Expectativa para carga
tributária
Expectativa para carga tributária
por modal (%)
4,9
48,9 44,2
4,0 2,0
48,0 44,0
0,0 4,0
50,0 50,0
0,0
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
Baixo
2,9%
Moderado
13,3%
Elevado
83,4%
Não sabe
0,4%
Impacto da carga tributária
na atividade
Impacto da carga tributária na atividade
por modal (%)
2,8
13,3
83,4
4,0 0,5
14,0
82,0
0,0 0,0 0,0
100,0
0,0
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Baixo Moderado Elevado Não sabe
13. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
12
JUROS
PARA OS TRANSPORTADORES, A TAXA DE JUROS SEGUE
EM SUA TENDÊNCIA DE ALTA
De acordo com 61,6% dos empresários do setor de transporte brasileiro, a expectativa em
relação à taxa de juros é de que essa termine o ano com valor maior do que o apresentado no
início de 2014. A julgar pela penúltima reunião do COPOM4 de 20145 , esta expectativa tende a
se confirmar, uma vez que a taxa SELIC6 foi alterada para 11,25% a.a. Aumento de 1,25 pontos
percentuais ao ano quando comparado ao valor da SELIC em janeiro de 2014, quando era de
10,0% a.a.
A taxa de juros SELIC é também entendida como a taxa básica de juros da economia brasileira
e é partir dela que as demais taxas de juros são determinadas. Nesse sentido, o aumento da
SELIC implica em aumento de custo do capital financeiro do país. O governo, ao aumentar a
taxa de juros, busca controlar a inflação. Desta forma, o movimento ascendente desta taxa,
observado nos últimos dois anos, reflete uma preocupação do governo com os preços da
economia. Todavia, essa dinâmica também promove o aumento de custos financeiros, seja
de empréstimos para capital de giro, seja para empréstimos de prazos mais alongados7,
inibindo decisões de investimento.
Os efeitos da modificação da taxa de juros básica são significativos sobre o setor na avaliação
dos transportadores: 63,1% deles apontam impacto elevado e, 27,9%, impacto moderado.
Este fato demonstra a importância da política monetária governamental na atividade
empresarial. Em especial, 64,6% dos rodoviários e 54,0% dos empresários que operam na
navegação acreditam em uma repercussão significativa nas suas atividades empresariais.
4 - Comitê de Política Monetária
5 - Reunião ocorreu em 29 de outubro de 2014. A última reunião do COPOM será em 3 de dezembro de 2014.
6 - Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC)
7 - O aumento da taxa SELIC influencia de forma indireta todas as operações do sistema financeiro e, de
forma direta, tende a ser mais importante em taxas de juros de curto e médio prazo.
14. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
13
27,4 30,0
64,6
54,0
25,0
0,8 0,0 0,0
Baixo
8,3%
Moderado
27,9%
Elevado
63,1%
Não sabe
0,7%
100,0
80,0
60,0
40,0
7,2
16,0
25,0
50,0
20,0
0,0
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Impacto da taxa de juros
na atividade
Impacto da taxa de juros
na atividade por modal (%)
Baixo Moderado Elevado Não sabe
3,6
32,5
62,1
2,0 1,8
40,0
56,0
2,0
25,0
0,0
75,0
0,0
Reduzirá
3,6%
Mantém-se
33,0%
Aumentará
61,6%
Não sabe
1,8%
Expectativa para taxa
de juros
Expectativa para taxa de juros
por modal (%)
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
15. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
14
DESEMPENHO ECONÔMICO E CONFIANÇA NA
POLÍTICA ECONÔMICA
PARA MAIORIA DOS TRANSPORTADORES, PERDA DE
DINAMISMO É CONSEQUÊNCIA DE POLÍTICA ECONÔMICA
GOVERNAMENTAL
Pelo terceiro semestre seguido o setor de transporte denuncia um problema de credibilidade nas
políticas econômicas do governo. Não apenas os transportadores não acreditam na manutenção
da taxa de inflação e da taxa de juros como também divergem quanto às expectativas da taxa
de câmbio. A Sondagem mostra que 81,8% dos empresários do transporte avaliam a perda
de dinamismo econômico como sendo uma consequência da política econômica adotada pelo
governo brasileiro.
Este percentual se alinha com os 42,0% de transportadores que não acreditam na existência
de uma crise econômica internacional e aos 15,7% que acreditam que a crise ainda existe,
porém, com impactos baixos na economia. Considerando os modais separadamente, 26,0%
dos transportadores aquaviários e 12,3% dos rodoviários acreditam na crise internacional e
esperam elevadas perturbações na economia em decorrência dela.
A credibilidade do governo é posta em xeque, novamente, quando se avalia a confiança que os
empresários do setor depositam na condução da gestão econômica brasileira. Apenas 3,4%
responderam que seu grau de confiança no governo é elevado, enquanto a maioria, 67,1%, dos
transportadores avaliam como baixo. Essa conjuntura vem piorando ao longo dos semestres.
Em setembro de 2013, 47,3% dos empresários confiavam de forma moderada no governo,
percentual que, em outubro de 2014, estava em 28,8%, evidenciando a queda de desempenho
do poder público.
16. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
15
82,4
14,8
2,8
76,0
20,0
4,0
100,0
0,0 0,0
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Política
econômica
adotada pelo
governo
brasileiro
Reflexos das
crises
econômicas
internacionais
Não sabe
Política econômica adotada pelo governo brasileiro
81,8%
Reflexos das crises econômicas internacionais
15,3%
Não sabe
2,9%
Principal fator para a perda de dinamismo econômico
Principal fator para a perda de dinamismo econômico por modal (%)
17. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
16
Não
42,0
Sim, com impacto baixo sobre a economia brasileira
15,7%
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Sim, com impacto moderado sobre a economia brasileira
27,9%
Sim, com impacto elevado sobre a economia brasileira
13,7%
Não sabe
0,7%
Existência de crise mundial capaz de afetar a economia brasileira
Existência de crise internacional capaz de afetar a economia
brasileira por modal (%)
27,1
36,0
0,0
12,3
26,0
0,0
43,9
24,0
75,0
0,3 4,0 0,0
100,0
80,0
60,0
40,0
16,4
10,0
25,0
20,0
0,0
Sim, com
impacto
moderado
sobre a
economia
brasileira
Sim, com Não
impacto
elevado sobre a
economia
brasileira
Sim, com
impacto baixo
sobre a
economia
brasileira
Não sabe
Baixo
67,1%
Moderado
28,8%
Elevado
3,4%
Não sabe
0,7%
Grau de confiança no
governo em relação à gestão
econômica
Grau de confiança no governo em relação
à gestão econômica por modal (%)
3,1
28,4
68,0
0,5
6,0
32,0
60,0
0,0 2,0
25,0
75,0
0,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Elevado Moderado Baixo Não sabe
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
18. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
17
INVESTIMENTO NO PAÍS
MANUTENÇÃO DO NÍVEL DE INVESTIMENTOS PARA 2014
No que se refere ao investimento total a ser realizado em 2014, a expectativa é de que
será mantido o mesmo patamar de aportes, para 50,0% dos empresários. Apenas 20,2%
dos transportadores esperam um aumento de investimento total no país. Especificamente
em relação a investimentos de infraestrutura8, este percentual é de 19,3%.
Já quando questionados sobre o investimento público em infraestrutura de transporte,
o percentual é ainda mais pessimista, com somente 16,4% dos transportadores
acreditando em ampliação dos dispêndios em obras de infraestrutura. Este resultado
segue a tendência de redução da expectativa de investimentos voltados para o setor de
transporte, observada na Sondagem desde março de 20129.
Em relação ao tema investimento privado em infraestrutura de transporte rodoviário e
aquaviário, a perspectiva se modifica um pouco. Entre os empresários do setor, 33,7%
deles apontam para um aumento nos montantes investidos neste ano. Destaque-se no
entanto, que quase metade, 49,6% dos transportadores aposta em manutenção dos
níveis já aplicados de capital.
Dadas as expectativas cautelosas em relação aos investimentos a serem aplicados na
infraestrutura de transporte, é razoável que os empresários dos segmentos rodoviários
e aquaviários não esperem melhorias relevantes nas infraestruturas utilizadas na
prestação do serviço. Desta forma, para 14,0% dos aquaviários, as condições das hidrovias
e portos irão se deteriorar, enquanto 70,0% dos empresários da navegação acreditam em
manutenção das condições já estabelecidas. Em relação às rodovias, somente 21,0% dos
transportadores apostam em melhorias, enquanto 52,9% deles acreditam em manutenção
e 14,0% aguardam uma piora nas condições das rodovias.
3,1
51,1
42,0
25,0 21,0
14,0
25,0
0,0
4,0
Reduzirá
26,7%
Mantém-se
50,0%
Aumentará
20,2%
Não sabe
3,1%
100,0
80,0
60,0
40,0
24,8
40,0
50,0
20,0
0,0
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Expectativa para
investimento total no país
Expectativa para investimento total no país
por modal (%)
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
8 - Infraestrutura neste caso se refere à infraestrutura de transporte e logística, de energia, de telecomunicações,
de saneamento, entre outros.
9 - A série histórica encontra-se disponível em apêndice.
19. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
18
Reduzirá
27,0%
Mantém-se
51,2%
Aumentará
19,3%
Não sabe
2,5%
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Expectativa para
investimento em
infraestrutura geral
Expectativa para investimento em infraestrutura
geral por modal (%)
24,3
56,0
16,9
2,8
38,0
46,0
12,0
4,0
50,0
25,0 25,0
0,0
0,0
Reduzirá
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
Mantém-se Aumentará Não sabe
Reduzirá
26,1%
Mantém-se
54,6%
Aumentará
16,4%
Não sabe
2,9%
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Expectativa para
investimento público em
infraestrutura de transporte
Expectativa para investimento público em
infraestrutura de transporte por modal (%)
24,3
56,0
16,9
2,8
38,0
46,0
12,0
4,0
50,0
25,0 25,0
0,0
0,0
Reduzirá
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
Mantém-se Aumentará Não sabe
20. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
19
34,5
24,0
75,0
13,0 16,0
0,0 0,0
49,2
58,0
3,3 2,0
25,0
Reduzirá
13,3%
Mantém-se
49,6%
Aumentará
33,7%
Não sabe
3,4%
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Expectativa para
investimento privado em
infraestrutura de transporte
Expectativa para investimento privado em
infraestrutura de transporte por modal (%)
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
Piorar
24,5%
Manter-se
54,8%
Melhorar
20,2%
Não sabe
0,5%
Rodoviário
Aquaviário
Expectativa para a condição
das rodovias/portos/hidrovias
Expectativa para a condição das
rodovias/portos/hidrovias por modal (%)
25,8
52,9
21,0
0,3
14,0
70,0
14,0
2,0
0,0
Piorar
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
Manter-se Melhorar Não sabe
21. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
20
INVESTIMENTO EM INFRAESTRUTURA:
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA
TRANSPORTADORES NÃO ACREDITAM QUE OS RECURSOS
DISPONIBILIZADOS PELA UNIÃO SEJAM SUFICIENTES
PARA SOLUCIONAR OS ENTRAVES LOGÍSTICOS
Segundo dados do Siga Brasil10, em 2014, o Governo Federal autorizou R$ 17,72 bilhões para
investimento em infraestrutura de transporte, dos quais R$ 10,92 bilhões, o equivalente a
61,6%, já haviam sido pagos até o final de setembro. Contudo, 91,2% dos transportadores
entrevistados afirmam desconhecer o montante do valor autorizado para investimento
em transporte para este ano, o que possivelmente induziu a 78,9% dos respondentes a
declarar que o governo só conseguiria investir até 50% do valor anunciado para 2014.
Ainda que os recursos disponibilizados para intervenções em infraestrutura tenham
apresentado um aumento de 15,11% em relação aos R$ 15,39 bilhões autorizados em
2013, 61,8% dos transportadores não acreditam que sejam suficientes para solucionar os
problemas de logística no Brasil. O volume destinado a investimento encontra-se aquém
do que o setor avalia como necessário para adequar a infraestrutura às demandas do país.
O Plano CNT de Transporte e Logística 2014 calculou em R$ 987,18 bilhões os investimentos
necessários para sanar as deficiências do transporte.
O Plano CNT reuniu 2.045 intervenções prioritárias na infraestrutura de transportes
que beneficiam os segmentos rodoviário, ferroviário, aquaviário, aéreo e de terminais
de cargas e de passageiros. O objetivo dessa iniciativa é dinamizar o setor, reduzindo,
assim, os custos logísticos do Brasil, além de auxiliar os governos e a iniciativa privada na
identificação das prioridades de investimentos no setor.
10 - O Siga Brasil é um sistema de informações sobre orçamento público, que permite acesso amplo e
facilitado a bases de dados sobre planos e orçamentos públicos, disponibilizado pelo Senado Federal.
Sim
8,8%
Não
91,2%
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Conhecimento do valor
autorizado para
investimento em transporte
em 2014
Conhecimento do valor autorizado para investimento
em transporte em 2014 por modal (%)
8,7
91,3
6,0
94,0
50,0 50,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Sim Não
22. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
21
Perspectiva de investimento
do montante autorizado
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Perspectiva de investimento do montante
autorizado por modal (%)
37,1 41,8
10,8
1,6 8,7
36,8 42,2
10,8
1,5
8,7
40,0 38,0
10,0
2,0
10,0
25,0
50,0
25,0
0,0 0,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Serão insvetidos até
25% do total
autorizado
Serão investidos de
26% até 50% do
total autorizado
Serão investidos de
51% até 75% do total
autorizado
Serão investidos de
76% até 100% do
total autorizado
Não sabe
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Serão insvetidos até
25% do total
autorizado
Serão investidos de
26% até 50% do
total autorizado
Serão investidos de
51% até 75% do total
autorizado
Serão investidos de
76% até 100% do
total autorizado
Não sabe
23. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
22
Serão capazes de solucionar os problemas de logística no país
34,2%
Capacidade dos recursos investidos em 2014 em solucionar
os problemas do transporte por modal (%)
4,1 4,0 0,0
60,6
68,0
100,0
35,3
28,0
0,0
Não serão capazes de solucionar os problemas de logística no país
61,8%
Não sabe
4,0%
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Capacidade dos recursos investidos em 2014 em solucionar
os problemas do transporte?
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Não serão capazes de solucionar os Não sabe
problemas de logística no país
Serão capazes de solucionar
os problemas de logística no país
24. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
23
PARTICIPAÇÃO DA INICIATIVA PRIVADA
CRESCE A APROVAÇÃO DE CONCESSÕES DE
INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE PELO SETOR
Somente 12,1% dos transportadores desaprovam o investimento privado em infraestrutura
de transporte no país, acreditando que esta é função do Estado. Por outro lado, 86,8% dos
empresários defendem que o investimento realizado pela iniciativa privada é uma forma
eficiente de viabilizar as intervenções necessárias para o setor.
Para estimular a participação da iniciativa privada no país na oferta de infraestrutura
de transporte, 54,6% das empresas indicam incentivos fiscais como sendo eficientes.
Interessante notar que, para a totalidade do modal ferroviário, o mecanismo de estímulo a
investimentos privados está relacionado à definição de um marco regulatório ferroviário
transparente e simplificado. Claramente, isso reflete a insegurança vivenciada pelo
segmento no atual panorama diante das concessões que estão por ser viabilizadas pelo
Governo Federal sob a égide de um novo modelo de concessão.
Cabe destacar que, para 18,7% e 18,0% dos empresários dos segmentos rodoviário e
aquaviário, respectivamente, é também importante a concessão de crédito bancário
facilitado como forma de estimular maior participação de investimentos privados na
infraestrutura de transporte do país.
Aprova
86,8%
Desaprova
12,1%
Não sabe
1,1%
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Opinião sobre a participação
da iniciativa privada nos
investimentos em
infraestrutura de transporte
Opinião sobre a participação da iniciativa privada
nos investimentos em infraestrutura de transporte
por modal (%)
85,9
12,8
1,3
92,0
8,0
0,0
100,0
0,0 0,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Aprova Desaprova Não sabe
25. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
24
Outros
2,5
Incentivos fiscais
54,6%
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Formulação de marco regulatório transparente e simplificado
22,7%
Concessão de crédito bancário facilitado
18,4%
Não sabe
1,8%
De que forma o Governo Federal poderia estimular
novos investimentos da iniciativa privada
De que forma o Governo Federal poderia estimular
novos investimentos da iniciativa privada por modal (%)
21,0
30,0
100,0
18,7 18,0
0,0 2,5 2,0 0,0 1,5 4,0 0,0
100,0
80,0
60,0
40,0
56,3
46,0
0,0
20,0
0,0
Formulação de
marco
regulatório
transparente e
simplificado
Concessão de Outros
crédito
bancário
facilitado
Incentivos
fiscais
Não sabe
26. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
25
AÇÕES EMERGENCIAIS PARA O
DESENVOLVIMENTO DO TRANSPORTE
TRANSPORTADORES DEMANDAM REDUÇÃO DA CARGA
TRIBUTÁRIA PARA RETOMAR O CRESCIMENTO
Para sanar os entraves ao crescimento do transporte e, assim, dinamizar o seu
desenvolvimento, o Governo Federal deve adotar medidas que transcendem a simples
execução de investimentos em adequação da infraestrutura. Intervenções que reduzam
os custos operacionais e melhorem a visão sistêmica e integrada dos modais são
imprescindíveis para criar bases sustentáveis à prosperidade do setor.
As ações governamentais que visem a redução da carga tributária são prioridade para
os rodoviários (37,1%) e almejada pelos aquaviários (22,0%), que enxergam nisso uma
possibilidade de diminuir os custos da prestação do serviço de transporte. Os segmentos
também concordam que deve-se retomar o crescimento econômico do país, uma vez que o
aumento da atividade econômica brasileira pode trazer novas oportunidades de negócios
para as empresas, independentemente do modal.
Ademais, a melhoria na qualidade das rodovias é considerada essencial para 31,2% dos
transportadores rodoviários, enquanto que, para os transportadores ferroviários, as
melhorias na acessibilidade aos portos (50,0%) e a aplicação dos recursos provenientes
dos arrendamentos pagos pelas concessionárias no próprio setor (50,0%) são os aspectos
que merecem maior atenção do governo. Os aquaviários defendem a redução da burocracia
para operação nos portos e terminais hidroviários brasileiros (30,0%).
27. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
26
Desoneração do combustível
15,9%
Outras
13,3%
Não sabe
2,5%
Melhorias na qualidade das rodovias
31,2%
Medidas que o Governo Federal deveria adotar para desenvolver o modal de transporte - Rodoviário
Redução da carga tributária
37,1%
Medidas que o Governo Federal deveria adotar para desenvolver o modal de transporte - Aquaviário
Medidas que o Governo Federal deveria adotar para desenvolver o modal de transporte - Ferroviário
Facilitar o investimento privado / autorizar portos privados
18,0%
Outras
28,0%
Não sabe
2,0%
Redução da carga tributária
22,0%
Redução da burocracia para operação nos portos
e terminais hidroviários brasileiros
30,0%
Aplicação dos recursos provenientes dos arrendamentos pagos pelas concessionárias no próprio setor
50,0%
Melhorias na acessibilidade aos portos
50,0%
28. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
27
INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS EM
INFRAESTRUTURA
PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL ESTRANGEIRO EM
INVESTIMENTOS EM INFRAESTRUTURA É BEM RECEBIDA
PELOS TRANSPORTADORES
75,5% dos empresários entrevistados declaram que os investimentos estrangeiros em
infraestrutura poderão contribuir com a melhora das condições logísticas do Brasil,
uma vez que os aportes extras em intervenções em infraestrutura podem viabilizar a
execução de obras importantes para destravar o crescimento do setor. Apenas 20,9%
dos transportadores mostraram-se céticos quanto à capacidade desses investimentos
promoverem mudanças significativas.
Uma iniciativa que pode viabilizar e facilitar estes investimentos estrangeiros em ações
que visem à melhora da qualidade logística de transporte no Brasil é a criação do Novo
Banco de Desenvolvimento (NBD) dos BRICS11. O grupo oficializou a criação do Banco em
julho de 2014, no entanto, apenas 56,4% dos entrevistados declararam estar cientes de
sua fundação.
Quando informados a respeito que o NBD tem por finalidade o financiamento de projetos
de infraestrutura e que conta, inicialmente, com um capital de US$ 50 bilhões, 68,5%
dos transportadores disseram acreditar que essa nova instituição poderá possibilitar um
maior fluxo de investimentos externos para o setor de transporte brasileiro.
Nesse mesmo sentido, a aproximação do Brasil com a China e o consequente incremento
do volume de negócios bilateral agrada aos transportadores. O aumento da demanda por
transporte resultante dessa relação entre os países deverá, então, propiciar um maior
nível de faturamento para o setor, beneficiando seus vários segmentos. As vantagens
desse cenário são verificadas por 55,1% dos respondentes, enquanto 39,1% avaliam não
crer em ganhos advindos da relação com o país asiático.
11 - O acrônimo BRICS refere-se ao conjunto de países emergentes conformado Brasil, Rússia, Índia, China e
África do Sul.
22,3
12,0
0,0 3,8 2,0 0,0
Sim
75,5%
Não
20,9%
Não sabe
3,6%
100,0
80,0
60,0
40,0
73,9
86,0
100,0
20,0
0,0
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Investimento estrangeiro e
melhoria logística
Investimento estrangeiro e melhoria logística
por modal (%)
Sim Não Não sabe
29. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
28
42,7
34,0
0,0 2,6 0,0 0,0
Sim
56,4%
Não
41,4%
Não sabe
2,2%
100,0
80,0
60,0
40,0
54,7
66,0
100,0
20,0
0,0
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Conhecimento do banco dos BRICS Conhecimento do banco dos BRICS por modal (%)
Sim Não Não sabe
68,0
21,5
72,0
22,0
75,0
25,0
10,5 6,0
0,0
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
Sim
68,5%
Não
21,6%
Não sabe
9,9%
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Formação do banco trará
investimentos para o Brasil
Formação do banco trará investimentos
para o Brasil por modal (%)
Sim Não Não sabe
Sim
55,1%
Não
39,1%
Não sabe
5,8%
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Aproximação com a China trará
benefícios
Aproximação com a China trará benefícios
por modal (%)
100,0
54,5
39,4
58,0
38,0
75,0
25,0
6,1 4,0 0,0
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
Sim Não Não sabe
30. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
29
ATIVIDADE DE TRANSPORTE
DESEMPENHO E PRODUTIVIDADE DO SETOR DE
TRANSPORTE PREOCUPAM TRANSPORTADORES
Apenas 25,8% dos transportadores estão otimistas quanto aos seus resultados de receita
bruta em 2014, enquanto 39,8% esperam que seu faturamento se mantenha no mesmo
patamar do ano passado. Destaque-se, contudo, que cerca de um terço de transportadores
estão considerando a possibilidade de queda de receita neste ano. Dentre os que
aguardam redução de faturamento, o maior percentual de pessimistas é de rodoviários
(34,0%), seguido de aquaviários (28,0%). O serviço de transporte está intimamente ligado
às atividades de produção e comercialização de bens e serviços de uma economia, de
forma que a avaliação dos transportadores indica mais uma vez que os resultados de
desempenho econômico do país não serão muito positivos.
Quando se observa a série histórica da Sondagem, percebe-se uma queda gradativa desde
fevereiro de 2013 das expectativas quanto ao aumento de número de viagens, do volume de
cargas e passageiros e da contratação de mão de obra. Essas variáveis somente ratificam
a perspectiva negativa quanto ao desempenho do setor de transporte. Entre os modais,
é o segmento ferroviário o único que apresenta uma maioria de empresas que aguarda
aumento de receita bruta e aponta crescimento em número de viagens e de volume de
passageiros e cargas.
Uma das explicações para tal desempenho reside nos custos operacionais das empresas,
que tiveram aumento em 82,7% delas. Segundo 26,5% dos empresários, a produtividade
aumentou, e para 45,4%, se manteve nos mesmos patamares. Porém, para 27,2% dos
transportadores houve redução da produtividade de suas empresas.
Quando perguntados quais são os fatores que afetam negativamente sua produtividade,
foram elencados três pontos principais. O primeiro deles é a infraestrutura de transporte
inadequada, que, para 27,6% dos empresários, influencia todo o serviço de transporte,
elevando custos e reduzindo capacidade de produção. Em segundo, e mencionada
por 27,2% dos transportadores, a burocracia se apresenta como grande empecilho à
produtividade, pois encarece e torna moroso os procedimentos associados à prestação do
serviço. O terceiro ponto revelado por 27,0% dos transportadores é a baixa qualificação da
mão de obra, que ocasiona a falta de profissionais do setor no mercado.
Reduzirá
33,3%
Mantém-se
39,8%
Aumentará
25,8%
Não sabe
1,1%
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Expectativa para
receita bruta
Expectativa para receita bruta
por modal (%)
34,0 39,4
26,1
0,5
28,0
46,0
20,0
6,0
25,0
0,0
75,0
0,0
0,0
Reduzirá
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
Mantém-se Aumentará Não sabe
31. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
30
Reduzirá
31,0%
Mantém-se
38,3%
Aumentará
29,4%
Não sabe
1,3%
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Expectativa para número
de viagens
Expectativa para número de viagens
por modal (%)
32,7 36,3
30,2
0,8
18,0
56,0
20,0
6,0
25,0
0,0
75,0
0,0
0,0
Reduzirá
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
Mantém-se Aumentará Não sabe
Reduzirá
29,2%
Mantém-se
39,3%
Aumentará
29,7%
Não sabe
1,8%
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Expectativa para volume
de cargas e passageiros
transportados
Expectativa para volume de cargas e passageiros
transportados por modal (%)
30,9
38,2
29,9
1,0
16,0
52,0
24,0
8,0
25,0
0,0
75,0
0,0
0,0
Reduzirá
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
Mantém-se Aumentará Não sabe
Reduzirá
26,1%
Mantém-se
55,3%
Aumentará
18,2%
Não sabe
0,4%
Expectativa para
contratação formal
Expectativa para contratação formal
por modal (%)
26,9
54,7
18,4
0,0
20,0
58,0
18,0
4,0
25,0
75,0
0,0 0,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Reduziram
4,5%
Mantiveram-se
11,7%
Aumentaram
82,7%
Não sabe
1,1%
Custos operacionais
da empresa
Custos operacionais da empresa por modal (%)
4,1
11,7
83,4
6,0 0,8 10,0
80,0
4,0
25,0 25,0
50,0
0,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduziram Mantiveram-se Aumentaram Não sabe
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
32. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
31
Reduziram
27,2%
Mantiveram-se
45,4%
Aumentaram
26,5%
Não sabe
0,9%
Produtividade da empresa Produtividade da empresa
por modal (%)
28,9
45,3
25,0
0,8
16,0
50,0
32,0
0,0 0,0 2,0
100,0
0,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduziram Mantiveram-se Aumentaram Não sabe
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
O que mais prejudica a empresa
O que mais prejudica a empresa por modal (%)
Infraestrutura de transporte inadequada
27,7%
Baixa qualificação/falta de mão de obra
27,0%
Nada prejudica a produtividade da minha empresa
3,6%
Não sabe
0,9%
Burocracia
27,2%
Outros
13,6%
28,6 26,9 27,4
2,8
13,8
0,5
20,0
30,0
24,0
10,0 12,0
4,0
25,0 25,0 25,0
0,0
25,0
0,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Infraestrutura
de transporte
inadequada
Burocracia Baixa
qualificação/
mão de obra
Nada prejudica a
produtividade da
minha empresa
Outros Não sabe
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
12 - A categoria “outros” abrange os problemas com fornecedores, Lei do caminhoneiro, carga tributária,
baixo crescimento, insumos caros, nível de concorrência do mercado, etc.
33. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
32
CUSTO DOS INSUMOS
SETOR ESPERA ALTA DOS CUSTOS
DOS INSUMOS DO TRANSPORTE
As expectativas entre os entrevistados é que o preço dos insumos do transporte se
eleve e continue a pressionar os custos operacionais do serviço. 79,6% dos participantes
consideram que o preço do diesel/bunker aumentará em 2014. Considerado o principal
insumo, perspectivas de aumento de custo do combustível representam uma elevação dos
custos da prestação do serviço de transporte e podem trazer impactos negativos sobre a
rentabilidade da atividade.
De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado até setembro
de 2014, os combustíveis já registram alta de 0,31%. Os lubrificantes, por sua vez,
apresentaram elevação do custo, calculado em 7,04%, acima da inflação registrada
para a economia (6,75%) no mesmo período. Esse comportamento foi observado pelos
transportadores e se refletiu na avaliação de 81,1% dos entrevistados que alegam que o
preço dos lubrificantes deve crescer este ano.
Já o aumento no custo dos pneus é esperado por 68,8% dos entrevistados do transporte
rodoviário, enquanto que 28,4% avaliam que esse deverá manter-se no mesmo patamar
de 2013.
Quando questionados a respeito do comportamento das taxas de portuárias, os empresários
do setor aquaviário revelam que o cenário esperado para 2014 não deve ser muito
diferente ao de 2013. Dos entrevistados, 68,0% esperam que essas taxas mantenham-se e
apenas 28,0% projetam que elas aumentarão. Os percentuais declarados para as taxas de
praticagem são de 58,0% e 24,0%, respectivamente.
Reduzirá
2,2%
Mantém-se
17,3%
Aumentará
79,6%
Não sabe
0,9%
Expectativa para preço
do diesel/bunker
Expectativa para preço do diesel/bunker
por modal (%)
2,3
15,9
81,0
2,0 0,8
30,0
66,0
0,0 0,0 2,0 0,0
100,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
34. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
33
Reduzirá
2,3%
Mantém-se
28,4%
Aumentará
68,8%
Não sabe
0,5%
Expectativa para o preço de pneus
Mantém-se
68,0%
Aumentará
28,0%
Não sabe
4,0%
Expectativa para o preço das taxas portuárias
Reduzirá
4,0%
Mantém-se
58,0%
Aumentará
24,0%
Não sabe
14,0%
Expectativa para o preço das taxas de praticagem
Reduzirá
1,6%
Mantém-se
16,2%
Aumentará
81,1%
Não sabe
1,1%
Expectativa para preço
de lubrificantes
Expectativa para preço de lubrificantes
por modal (%)
1,8
14,3
83,1
0,0 0,8
32,0
64,0
0,0 0,0 4,0
100,0
0,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
35. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
34
INVESTIMENTOS DO SETOR
OS EMPRESÁRIOS DO SETOR DE TRANSPORTE
SINALIZAM CAUTELA QUANDO QUESTIONADOS SOBRE
INVESTIMENTOS EM 2014
Conforme apontou a Sondagem 2014 – Fase 1, frota, abrangência geográfica e instalações
físicas não receberiam grande volume de investimentos até o momento e, segundo a Fase
2, não irão receber. Uma das explicações para a cautela no que toca aos investimentos de
ampliação da capacidade das empresas é o ano de eleições para governadores e presidente.
Sabendo que grande parte das políticas econômicas governamentais pode se modificar
de acordo com os resultados apurados nas urnas eleitorais, 65,4% dos transportadores
responderam que o período impacta, sim, as suas decisões de investimento. Para 75,0% do
segmento ferroviário, no entanto, as eleições não perturbam a formulação das políticas
de investimento e isto se deve em grande parte por ser uma atividade que demanda
investimentos com prazos que podem ultrapassar 10 anos, diminuindo o peso das políticas
econômicas conjunturais de governo.
Quando perguntados quais são os fatores que são considerados na tomada de decisão de
investir, 55,7% dos empresários afirmam que a taxa de juros é uma variável importante
e 48,8% deles consideram que a política econômica do governo influencia decisões
da atividade. Além desses fatores, os transportadores citam também a expectativa de
desempenho de seu próprio negócio (29,9%), as projeções de variação de demanda no
curto e médio prazo (28,1%), o preço do combustível (24,0%) e a expectativa de crescimento
econômico do país (22,5%), entre outros.
Uma nota deve ser feita quando se observa que, dentre os transportadores consultados,
somente 16,4% consideram projeções de demanda para o longo prazo ao definirem seus
investimentos. Visto que os aportes financeiros envolvidos em investimentos de transporte
são vultosos e o tempo necessário para reavê-los é de médio a longo prazos, este número
preocupa. Em relação aos segmentos, somente 12,0% dos rodoviários avaliam o longo
prazo ao expandir sua oferta de serviços. A parcela de transportadores aquaviários
que considera períodos mais longos de tempo nos seus investimentos é de 44,0%, isto
é, menos da metade de um segmento que por vezes demora dois anos somente para
conseguir financiamento junto ao BNDES por meio do Fundo da Marinha Mercante – FMM –.
Ao não analisar o potencial de longo prazo do comportamento do mercado, os empresários
mostram um comportamento de risco, pois suas apostas se fundamentam no desempenho
econômico efêmero, o qual pode oscilar bastante a cada ano.
Porém, ao se analisar os fatores de tomada de decisão com as expectativas de investimento
do setor em 2014, o que se percebe é que há, de fato, um ambiente econômico desfavorável,
que está associado à falta de confiança do empresariado no governo. Pôde-se observar
que o setor se alinha ao mercado, primando por fundamentos macroeconômicos sólidos,
credibilidade do governo e projeções de crescimento para tomar decisões acerca de
investimentos, principalmente os de longo prazo. É nesse sentido que a expectativa
cautelosa de investimentos do setor de transporte brasileiro sinaliza que seus empresários
estão preocupados com o futuro.
36. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
35
Sim
65,4%
Não
33,3%
Não sabe
1,3%
Impacto do período eleitoral
na formulação de planos de
investimento
Impacto do período eleitoral na formulação de
planos de investimento por modal (%)
67,5
32,0
0,5
52,0
40,0
8,0
25,0
75,0
0,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Sim Não Não sabe
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Fatores que considera ao realizar investimento
55,7
48,8
29,9
28,1
24,0
22,5
16,4
3,6
2,0
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
Taxa de juros
Política econômica do governo
Expectativa de desempenho próprio
Projeções de variação da demanda no curto e médio prazo
Preço do combustível
Expectativa de desempenho econômico
Projeções de variação da demanda no longo prazo
Taxa de câmbio
Não sabe
56,5
49,4
29,9 26,9 25,6 21,7
12,0
3,1 1,5
50,0 48,0
30,0 34,0
14,0
28,0
44,0
8,0 6,0
50,0
0,0
25,0
75,0
0,0
25,0
100,0
0,0 0,0
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Taxa de juros Política
econômica do
governos
Expectativa de
desempenho
próprio
Projeções de
variação da
demanda no
curto e médio
prazo
Preço do
combustível
Expectativa de
desempenho
econômica
Projeções de
variação da
demanda no
longo prazo
Taxa de câmbio Não sabe
13 - Os transportadores poderiam citar mais de uma opção nessa questão.
37. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
36
Reduzirá
11,0%
Mantém-se
70,4%
Aumentará
18,2%
Não sabe
0,4%
Expectativa para tamanho
da frota
Expectativa para tamanho da frota por modal (%)
11,3
69,7
18,7
0,3
10,0
74,0
14,0
0,0 2,0
75,0
25,0
0,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
73,4 78,0 75,0
18,9 18,0
0,0 0,8 2,0 0,0
Reduzirá
6,5%
Mantém-se
73,9%
Aumentará
18,7%
Não sabe
0,9%
100,0
80,0
60,0
40,0
6,9 2,0
25,0
20,0
0,0
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Expectativa para
abrangência geográfica das
atividades da empresa
Expectativa para abrangência geográfica das
atividades da empresa por modal (%)
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
Reduzirá
3,4%
Mantém-se
81,7%
Aumentará
14,2%
Não sabe
0,7%
Expectativa para instalações
físicas
Expectativa para instalações físicas
por modal (%)
3,8
81,6
14,3
0,0 0,3
82,0
14,0
0,0 4,0
100,0
0,0 0,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
38. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
37
AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS
BAIXO CRESCIMENTO ECONÔMICO REDUZ EXPECTATIVAS
DE EXPANSÃO DE FROTA
A percepção dos empresários do baixo crescimento econômico vivenciado em 2014 pode
ser uma explicação para a reduzida aquisição de veículos/embarcações pelo setor. Ao
longo do primeiro semestre deste ano, 45,6% dos entrevistados afirmam ter feito compras
de veículos, mas apenas 26,5% declaram ter a intenção de ampliar a frota no segundo
semestre. A mudança de postura dos transportadores é condizente com o menor ritmo de
negócios, e a consequente redução da demanda por serviços de transporte, resultante de
uma economia considerada em recessão técnica14.
O segmento que demonstrou estar mais propenso à obtenção de novos veículos foi o
ferroviário, em que 50,0% dos entrevistados declaram pretender adquirir vagões e/ou
locomotivas. Entretanto, dado que as expectativas reveladas são de manutenção do
tamanho da frota (75,0%), esse movimento tem o propósito de promover a renovação do
material rodante.
Quando questionados a respeito da forma de aquisição a ser utilizada no segundo
semestre de 2014, 50,0% dos transportadores ferroviários informam que estão propensos
a contratar o Programa de Sustentação do Investimento – PSI – do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES – e os demais 50,0%, à vista. Já os
empresários do rodoviário pretendem utilizar o Leasing (incluindo o Finame Leasing do
BNDES) (43,1%), financiamentos com bancos privados (20,2%) e PSI (12,8%).
Os empresários do modal aquaviário afirmam preferir os financiamentos via Finame BNDES
(57,1%) ou pelo FMM (14,3%). Esse fato revela que os transportadores desse segmento optam
por preterir formas de financiamento por bancos privados, cujas taxas de juros são mais
elevadas, e à vista, utilizadas por 46,2%15 dos entrevistados no primeiro semestre de 2014.
14 - O termo recessão técnica foi utilizado para descrever o momento da economia brasileira onde foram
observados dois períodos consecutivos de queda no crescimento do PIB associado a baixo nível de
desemprego. Nesse tipo de recessão é considerada a possibilidade de recuperação no curto prazo.
15 - Na Sondagem 2014 – Fase 1, 23,1% dos entrevistados do segmento aquaviário afirmaram haver adquirido
embarcações à vista e outros 23,1% a partir de financiamentos por bancos privados.
39. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
38
48,3
26,0 25,0
51,7
74,0 75,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Sim Não
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Sim
45,6%
Não
54,4%
Aquisição de veículos no
1º semestre de 2014
Aquisição de veículos no 1º semestre
de 2014 por modal (%)
71,6
84,0
50,0
0,5 2,0 0,0
Sim
26,5%
Não
72,8%
Não sabe
0,7%
100,0
80,0
60,0
40,0
27,9
14,0
50,0
20,0
0,0
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Pretende adquirir veículos no 2º
semestre de 2014
Pretende adquirir veículos no 2º semestre de 2014 por
modal (%)
Sim Não Não sabe
40. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
39
FORMAS DE AQUISIÇÃO/FINANCIAMENTO DOS VEÍCULOS (%)
Rodoviário 1º semestre 2014 2º semestre 2014
Leasing (incluindo Finame Leasing) 58,2 43,1
Financiamento com banco privado 14,3 20,2
PSI (BNDES) 10,6 12,8
À vista 6,9 5,5
Procaminhoneiro 2,6 5,5
Consórcio 3,2 4,6
Outras formas de financiamento 0,5 1,8
Não sabe 3,7 6,4
Total 100,0 100,0
Aquaviário 1º semestre 2014 2º semestre 2014
Financiamento via FINAME - BNDES 30,8 57,1
Financiamento pelo Fundo da Marinha Mercante - 14,3
À vista 23,1 -
Financiamento por banco privado 23,1 -
Outros financiamentos via BNDES 7,7 -
Não sabe 15,4 28,6
Total 100,0 100,0
Ferroviário 1º semestre 2014 2º semestre 2014
PSI (BNDES) 100,0 50,0
À vista - 50,0
Total 100,0 100,0
41. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
40
MÃO DE OBRA
FALTAM PROFISSIONAIS QUALIFICADOS PARA ATUAR
NO SETOR DE TRANSPORTE
Os problemas de admissão de novos funcionários afetam a todos os modais avaliados e
são enfrentados por 83,4% dos transportadores. A escassez de profissionais qualificados
foi apontada como a principal dificuldade de contratação no mercado de transporte
por 65,8% dos empresários. Os elevados encargos sociais, indicados por 38,0% dos
participantes como um obstáculo, aparecem em segundo lugar.
A falta de mão de obra capacitada pode ser um inconveniente para o desenvolvimento do
setor, uma vez que se espera um melhor desempenho e maior eficiência dos profissionais
devidamente qualificados. Além disso, conforme avaliado por 94,6% dos entrevistados,
quanto maior a capacitação de seus empregados, menor são os custos efetuados com
manutenção. Essa escassez de profissionais acomete diversas áreas das empresas, mas
os que precisam de mais qualificação, na opinião de 86,3% dos entrevistados, são os que
atuam na área operacional.
Nesse sentido, 72,1% dos transportadores ofertaram capacitação aos seus funcionários no
primeiro semestre de 2014, em sua maioria presenciais (92,5%). Esse comportamento vai
ao encontro da crença dos empresários que acreditam que os investimentos realizados
em qualificação de seus funcionários revertem-se em economia de custos para suas
empresas e ainda solucionam outro problema do setor: a alta rotatividade.
Dentre aqueles transportadores que promoveram e incentivaram o treinamento de
seus empregados, 58,0% das empresas declaram que o tempo médio de permanência
dos funcionários, após a capacitação, é superior a 3 anos. Essa participação, quando
considerado o tempo médio de permanência de todas as de empresas entrevistadas16, é
de 52,8%, mostrando significativa retenção após o treinamento dos funcionários.
Outro fator que pode ter contribuído para alongar o tempo de permanência dos
trabalhadores é a existência de um plano de cargos, o que já é uma realidade em 51,0%
das empresas entrevistadas. Essa iniciativa traz vantagens ao desempenho operacional
e otimiza os resultados das empresas ao estabelecer condições para o estímulo e o
reconhecimento profissional.
16 - Considera-se neste universo, tantos as empresas que realizaram capacitação como aquelas que não a
fizeram.
42. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
41
Sim
83,4%
Não
16,4%
Dificuldade para a
contratação de mão de obra
qualificada
Dificuldade para a contratação de mão
de obra qualificada por modal (%)
Não sabe
0,2%
85,7
14,3
0,0
64,0
34,0
2,0
100,0
0,0 0,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Sim Não Não sabe
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
17 - Os transportadores poderiam citar mais de uma opção nessa questão.
Principais motivos para a dificuldade de contratação do setor
65,8
38,0
26,7
24,0
17,5
14,6
2,4
0,5
Escassez de profissionais qualificados / formados no mercado
Elevados encargos sociais
Falta de cursos e treinamentos direcionados ao setor
Profissionais com pouco tempo de experiência na atividade
Elevado custo da mão de obra qualificada
Concorrência com outras empresas
Outros
Não sabe
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
43. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
42
PRINCIPAIS MOTIVOS PARA A DIFICULDADE DE CONTRATAÇÃO DO SETOR POR MODAL (%)*
Motivo Rodoviário Aquaviário Ferroviário
Escassez de profissionais
qualificados / formados no mercado
67,5 53,1 25,0
Elevados encargos sociais 40,9 12,5 -
Falta de cursos e treinamentos
direcionados ao setor
23,9 53,1 50,0
Profissionais com pouco tempo de
experiência
24,5 18,8 25,0
Elevado custo de mão de obra
qualificada
17,6 18,8 -
Concorrência com outras empresas 15,2 9,4 -
Outros 2,7 - -
Não sabe 0,6 - -
* Os transportadores poderiam citar mais de uma opção nessa questão.
44. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
43
Sim
94,6%
Não
4,7%
Quanto maior o nível de
qualificação menores os
custos com manutenção
Quanto maior o nível de qualificação menores os
custos com manutenção por modal (%)
Não sabe
0,7%
4,9 4,0 0,8 0,0
94,4 96,0 100,0
0,0 0,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Sim Não Não sabe
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
8,9 8,0
0,0
86,2 88,0
75,0
4,9 4,0
25,0
Operacional
86,3%
Administrativa/Gestão
8,8%
Área que necessita
de mais treinamento
Área que necessita de mais treinamento
por modal (%)
Não sabe
4,9%
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Administrativa/
Gestão
Operacional Não sabe
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
28,7
20,0
0,0 0,5 0,0 0,0
Sim
72,1%
Não
27,4%
Não sabe
0,5%
100,0
80,0
60,0
40,0
70,8
80,0
100,0
20,0
0,0
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Oferta de capacitação no 1º
semestre de 2014
Oferta de capacitação no 1º semestre de 2014
por modal (%)
Sim Não Não sabe
45. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
44
93,5
3,2 2,9 0,4
85,0
12,5
2,5 0,0
100,0
0,0 0,0 0,0
Tipo de capacitação Tipo de capacitação por modal (%)
Presenciais
92,5%
À distância
2,8%
Presencial e à distância
4,4%
Não sabe
0,3%
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Presenciais Presencial e à
distância
À distância Não sabe
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
5,1
41,9
24,6 26,9
2,0 1,5
34,0
24,0
38,0
2,0
25,0
75,0
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Tempo de permaneência média dos funcionários
Tempo de permaneência média dos funcionários por modal (%)
0,0 0,0 0,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Inferior a 1 ano Entre 1 e 3 anos Entre 3 e 5 anos Mais do que 5 anos Não sabe
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Inferior a 1 ano Entre 1 e 3 anos Entre 3 e 5 anos Mais do que 5 anos Não sabe
-
4,7
40,9
24,3 28,5
1,6
46. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
45
Tempo de permanência média dos
funcionários depois das capacitações
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Tempo de permanência média dos funcionários
depois das capacitações por modal (%)
5,0
31,1 26,2
31,8
5,9
4,3
32,1
26,0 31,1
10,0 6,5
25,0
30,0 32,5
0,0 2,5
25,0
0,0
75,0
0,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Inferior a 1 ano Entre 1 e 3 anos Entre 3 e 5 anos Mais do que 5 anos Não sabe
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Inferior a 1 ano Entre 1 e 3 anos Entre 3 e 5 anos Mais do que 5 anos Não sabe
50,1
56,0
75,0
48,9
42,0
25,0
1,0 2,0 0,0
Sim
51,0%
Não
47,9%
Plano de cargos e salários
implementado
Plano de cargos e salários implementado
por modal (%)
Não sabe
1,1%
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Sim Não Não sabe
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
47. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
46
Sim
71,9%
Não
24,3%
Há previsão orçamentária para
investimento em treinamento
Há previsão orçamentária para investimento
em treinamento por modal (%)
Não sabe
3,8%
70,1
26,3
3,6
84,0
10,0 6,0
100,0
0,0 0,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Sim Não Não sabe
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
Sim
51,0%
Não
46,5%
Pretende investir
em capacitação
Pretende investir em capacitação
por modal (%)
Não sabe
2,5%
48,6 48,6
2,8
66,0
34,0
0,0
100,0
0,0 0,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Sim Não Não sabe
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
48. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
47
15,2
75,9
10,0 8,9
90,0
0,0
Sim
14,8%
Não
77,0%
Rodoviário
Aquaviário
Pretende oferecer
capacitação ainda este ano
Pretende oferecer capacitação ainda este ano
por modal (%)
Não sabe
8,2%
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Sim Não Não sabe
61,9
37,8
0,3
46,0 50,0
0,0 4,0
100,0
0,0
Sim
59,5%
Não
39,8%
A rotatividade de mão de
obra constitui um problema
para a empresa
A rotatividade de mão de obra constitui um
problema para a empresa por modal (%)
Não sabe
0,7%
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Sim Não Não sabe
Rodoviário
Aquaviário
Ferroviário
18 - Os resultados consideram somente os empresários que não ofertaram capacitação. O objetivo é captar se
são ofertadas oportunidades de qualificação pelo menos uma vez ao ano.
49. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
48
CONCLUSÃO
A Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014 – Fase 2 mostra que o setor
de transporte encontra-se cauteloso diante do descontentamento com os resultados
econômicos do Brasil. As perspectivas de baixo crescimento da economia, de aumento da
taxa de juros e de persistência de elevada inflação, são fatores que podem explicar essa
postura menos otimista assumida pelos empresários do setor. A degradação das expectativas
de bom desempenho da economia brasileira vem sendo registrada por essa pesquisa desde
a Sondagem 2013 – Fase 1.
Esses indicadores, possivelmente, contribuíram para que apenas 25,8% dos transportadores
entrevistados afirmassem que projetam aumento de sua receita bruta em 2014. Os reflexos da
espera por esse cenário desfavorável à ampliação da atividade também podem ser verificados
no entendimento de 31,0% dos empresários de que o número de viagens deve reduzir-se e na
compreensão de 29,2% de que o volume de cargas e passageiros transportados será menor.
Os resultados apresentam preocupações com o aumento dos custos operacionais das
empresas: 82,7% dos participantes da pesquisa afirmaram que esses gastos aumentaram
em 2014. Percepção que está alinhada com as expectativas de inflação dos insumos do
transporte e perda de valor do Real frente a moedas estrangeiras, fatores que impactam
negativamente a rentabilidade da atividade empresarial.
O panorama considerado pelos empresários é prejudicial à produção e a sua propensão de
realizar novos investimentos, uma vez que os transportadores relatam estar predispostos
à manutenção da capacidade instalada de seus negócios. Outro fator que, aparentemente,
prejudica as empresas é a inadequada infraestrutura de transporte ofertada: 27,7% dos
entrevistados declaram-na nociva à produtividade do setor.
Mesmo que o Estado disponibilize um crescente volume de recursos para investimento em
ações que procuram melhorar a qualidade da infraestrutura, 61,8% dos transportadores
defendem que estes não serão capazes de solucionar os problemas de logística no país e,
provavelmente, é por isso, que 86,8% aprovam a participação da iniciativa privada como
forma de proporcionar as intervenções necessárias ao setor.
Esse posicionamento dos transportadores é um indicativo claro de que o volume de
investimentos está aquém do necessário para promover a adequação da infraestrutura
logística imprescindível à dinamização do setor. No intuito de sanar essa deficiência, o
Plano CNT de Transporte e Logística 2014 identificou 2.045 intervenções prioritárias que
demandam investimentos avaliados em R$ 987,18 bilhões para modernizar e desenvolver o
transporte no Brasil.
Ressalte-se que a nacionalidade dos recursos privados não preocupa o setor. A participação
de capital estrangeiro em investimentos em infraestrutura de transporte trará melhoras na
opinião de 75,5% dos empresários. É provável que os aportes adicionais em intervenções
possam contribuir para viabilizar a execução de obras importantes, destravando o
crescimento do setor e, consequentemente, aprimorando as condições da logística nacional.
Na opinião de 68,5% dos entrevistados, o maior fluxo de investimentos externos pode ser
proporcionado já com a oficialização do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) dos BRICS
em julho de 2014. O Banco conta com um capital inicial de US$ 50 bilhões para financiamento
de projetos de infraestrutura.
50. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
49
A aproximação comercial do Brasil com a China, da mesma forma, pode beneficiar a
prestação do serviço de transporte nacional na perspectiva de 55,1% dos transportadores.
A receptividade do setor pode estar relacionada ao fato de que o incremento do volume
de negócios com o país asiático oportuniza maior nível de demanda para as empresas,
resultando na promessa de aumento do faturamento.
Diante dessa conjuntura, a Sondagem aponta que, para o setor, a credibilidade do
Governo Federal em relação à capacidade de gestão da economia brasileira está baixa e,
provavelmente devido a isso, há uma menor propensão dos empresários à realização de
investimentos com a finalidade de ampliar a capacidade de oferta de serviços de transporte.
O ano de 2014 confirmou-se como um período de dificuldades no ambiente empresarial
para os transportadores. A elevada carga tributária, o excesso de burocracia e a falta de
um planejamento eficiente do sistema logístico são fatores que continuam a atrapalhar a
performance do setor.
É com base nessas informações que a CNT trabalha para estruturar mecanismos e estratégias
que visem a estimular o setor de transporte e logística do Brasil, auxiliando os governos e
a iniciativa privada a identificar as principais demandas dos transportadores. Iniciativa que
demonstra o compromisso desta Confederação em representar os transportadores e apoiar
o desenvolvimento da logística nacional.
52. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
51
APÊNDICE 1
PERFIL DOS ENTREVISTADOS – PORTE DAS EMPRESAS
Nº de empregados
GERAL
(%) Rodoviário
(n=391)
(%) Aquaviário
(n=50)
(%) Ferroviário
(n=4)
Frequência (%)
1 a 49 empregados 199 44,7 46,0 38,0 -
50 a 99 empregados 47 10,6 10,0 16,0 -
100 a 499 empregados 120 27,0 26,6 30,0 25,0
Mais de 500 empregados 78 17,5 17,1 16,0 75,0
NS/NR 1 0,2 0,3 - -
Total 445 100,0 100,0 100,0 100,0
53. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
52
APÊNDICE 2
COMPARATIVO ENTRE AS FASES DA SONDAGEM
EXPECTATIVAS ECONÔMICAS DO TRANSPORTADOR
Expectativa para a taxa de inflação (%)
Fase 01 - 2012
Fase 02 - 2012
Fase 01 - 2013
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
Fase 02 - 2014
15,9
41,9 38,4
3,8
8,9
38,9
50,0
5,0 2,2
30,1
62,6
6,1 2,3
20,1
72,2
1,6
7,2
28,3
63,2
4,5 1,3
21,6
72,1
1,8
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
Expectativa para o crescimento do PIB (%)
8,7
45,7
37,7
8,0
51,1
32,2
13,3
3,3
10,9
41,9 42,9
4,3
25,8
40,6
30,3
3,3
29,8
41,1
26,6
2,5
48,4
33,0
14,8
3,8
Fase 01 - 2012
Fase 02 - 2012
Fase 01 - 2013
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
Fase 02 - 2014
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
Impacto da inflação na atividade (%)
Fase 01 - 2012
Fase 02 - 2012
Fase 01 - 2013
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
8,3 Fase 02 - 2014
50,2
39,8
4,4 1,7
52,2
41,1
5,0 2,2
44,3 49,9
4,1 0,8
38,7
56,0
1,2
11,0
38,4
49,8
4,5 0,8
28,5
66,3
0,7
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Baixo Moderado Elevado Não sabe
54. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
53
Expectativa para carga tributária (%)
Fase 01 - 2012
Fase 02 - 2012
Fase 01 - 2013
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
5,9 Fase 02 - 2014
40,1
51,2
2,8
8,9
43,3 46,7
1,1
17,3
35,0
44,8
2,9
9,8
42,4
46,2
6,0 1,6
41,1
52,1
4,7 0,8
48,8 44,3
2,2
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
Impacto da carga tributária na atividade (%)
Fase 01 - 2012
Fase 02 - 2012
Fase 01 - 2013
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
1,4 Fase 02 - 2014
10,7
87,2
0,0 0,7
11,1
87,8
2,5 1,1
13,8
83,5
1,0 0,2
17,0
81,2
0,8
9,9 14,7
74,6
2,9 0,8
13,3
83,4
0,4
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Baixo Moderado Elevado Não sabe
Expectativa para taxa de juros (%)
Fase 01 - 2012
Fase 02 - 2012
Fase 01 - 2013
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
Fase 02 - 2014
32,5 29,8 34,9
2,8
33,3
44,4
20,0
2,2
16,9
50,3
30,1
5,9 2,7
25,8
66,0
5,6 2,3
22,5
70,7
3,6 1,2
33,0
61,6
1,8
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
Impacto da taxa de juros na atividade (%)
Fase 01 - 2012
Fase 02 - 2012
Fase 01 - 2013
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
8,7 Fase 02 - 2014
25,3
64,7
1,4
8,9
35,6
54,4
1,1
11,7
38,1
49,6
0,6
5,9
32,0
60,3
1,8
11,2
32,0
55,2
1,6
8,3
27,9
63,1
0,7
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Baixo Moderado Elevado Não sabe
55. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
54
Expectativa para a taxa de câmbio (%)
5,5
27,9
55,9
10,7
5,4
39,7
45,8
6,1 9,1
36,6
47,6
9,7
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
Fase 02 - 2014
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
Impacto da taxa de câmbio na atividade (%)
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
Fase 02 - 2014
18,4
33,6 37,5
10,5
23,6
38,6
27,7
10,1
19,6
36,3 36,2
7,9
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Baixo Moderado Elevado Não sabe
Não sabe
Principal fator para a perda de dinamismo econômico (%)
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
Fase 02 - 2014
71,3
26,0
2,7
78,9
20,1
1,0
81,8
15,3
2,9
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Política econômica
adotada pelo governo
brasileiro
Reflexos das crises
econômicas
Grau de confiança no governo em relação à gestão econômica (%)
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
Fase 02 - 2014
4,3
47,3 47,8
4,7 0,6
42,8
52,3
3,4 0,2
28,8
67,1
0,7
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Elevado Moderado Baixo Não sabe
56. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
55
9,6
41,1
18,0
30,3
1,0
12,0
43,6
13,8
30,0
0,6
15,7
27,9
13,7
42,0
0,7
Existência de crise internacional capaz de afetar a economia brasileira (%)
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
Fase 02 - 2014
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Sim, com impacto
baixo sobre a
economia brasileira
Sim, com impacto
moderado sobre a
economia brasileira
Sim, com impacto
elevado sobre a
economia brasileira
Não Não sabe
Expectativa para investimento total no país (%)
Fase 01 - 2012
Fase 02 - 2012
Fase 01 - 2013
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
10,4 Fase 02 - 2014
39,1
45,3
5,2
25,6
42,2
27,8
7,8 4,4
41,0
48,3
2,9
23,2
49,6
26,0
1,2
33,9
41,3
24,4
0,4
26,7
50,0
20,2
3,1
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
Expectativa para investimento em infraestrutura geral (%)
Fase 01 - 2012
Fase 02 - 2012
Fase 01 - 2013
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
Fase 02 - 2014
15,9
33,6
46,7
3,8
22,2
43,4
32,2
2,2
9,3
33,8
54,6
2,3
19,9
45,7
33,6
0,8
27,5
42,3
29,8
0,4
27,0
51,2
19,3
2,5
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
Expectativa para investimento público em infraestrutura de transporte (%)
Fase 01 - 2012
Fase 02 - 2012
Fase 01 - 2013
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
Fase 02 - 2014
18,3
38,1 40,1
3,5
23,3
42,2
31,1
3,3
9,9
34,4
53,8
20,9
46,6
30,9
23,4
47,9
28,3
1,9 1,6 0,4
26,1
54,6
16,4
2,9
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
57. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
56
Expectativa para investimento privado em infraestrutura de transporte (%)
Fase 01 - 2012
Fase 02 - 2012
Fase 01 - 2013
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
9,7 Fase 02 - 2014
37,4
46,7
6,2
14,4
38,9 42,2
6,6 4,4
32,8
56,5
4,1
15,4
43,0 38,7
2,9
9,5
45,5 44,0
1,0
13,3
49,6
33,7
3,4
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
Expectativa para a condição das rodovias/portos/hidrovias (%)
Fase 01 - 2012
Fase 02 - 2012
Fase 01 - 2013
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
Fase 02 - 2014
24,9
35,3 38,8
1,0
28,9
43,3
26,7
1,1
19,4
40,6 38,8
1,2
30,5
48,6
20,5
0,4
21,7
49,7
27,6
1,0
24,5
54,8
20,2
0,5
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Piorar Manter-se Melhorar Não sabe
Opinião sobre a participação da iniciativa privada nos investimentos em infraestrutura de transporte (%)
Fase 01 - 2013
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
78,7
19,4
1,9
71,7
25,4
2,9
80,2
18,2
1,6
86,8
12,1
1,1
Fase 02 - 2014
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Aprova Desaprova Não sabe
Expectativa para receita bruta (%)
Fase 01 - 2012
Fase 02 - 2012
Fase 01 - 2013
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
Fase 02 - 2014 11,8
28,4
57,8
2,1
41,1
33,3
24,4
6,6 1,1
29,7
62,7
1,0
16,0
40,0 43,0
1,0
15,3
40,1 43,2
1,4
33,3
39,8
25,8
1,1
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
58. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
57
Expectativa para número de viagens (%)
Fase 01 - 2012
Fase 02 - 2012
Fase 01 - 2013
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
Fase 02 - 2014
14,5
27,0
57,8
0,7
44,4
30,0
24,4
1,1
14,4
28,7
55,7
1,2
21,7
38,3 39,6
0,4
18,2
41,7 39,3
0,8
31,0
38,3
29,4
1,3
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
Expectativa para volume de cargas e passageiros transportados (%)
Fase 01 - 2012
Fase 02 - 2012
Fase 01 - 2013
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
Fase 02 - 2014
13,8
26,6
54,0
5,5
38,9
31,1 27,8
2,2
10,9
28,3
59,8
17,8
37,9
43,1
15,9
41,5 41,6
1,0 1,2 1,8
29,2
39,3
29,7
1,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
Expectativa para contratação formal (%)
Fase 01 - 2012
Fase 02 - 2012
Fase 01 - 2013
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
Fase 02 - 2014
16,6
38,8 42,6
2,1
31,1
46,7
21,1
1,1
6,6
40,0
52,6
0,8
10,7
55,5
33,2
0,6
12,2
52,5
33,3
2,0
26,1
55,3
18,2
0,4
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
Expectativa para preço do diesel/bunker (%)
Fase 01 - 2012
Fase 02 - 2012
Fase 01 - 2013
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
6,2 Fase 02 - 2014
32,2
60,2
0,0 1,4
14,4
84,4
0,8 1,1
11,5
87,5
2,3 0,2
18,2
79,3
2,1 0,2
11,2
85,1
2,2 1,6
17,3
79,6
0,9
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
59. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
58
Expectativa para preço de lubrificantes (%)
Fase 01 - 2012
Fase 02 - 2012
Fase 01 - 2013
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
5,9 Fase 02 - 2014
24,6
68,5
0,0 1,0
13,3
85,6
1,0 1,1
9,9
88,5
1,8 0,6
18,2
79,0
1,2 1,0
12,8
84,8
1,6 1,2
16,2
81,1
1,1
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
Expectativa para preço de pneus (%)
Fase 01 - 2012
Fase 02 - 2012
Fase 01 - 2013
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
5,9 Fase 02 - 2014
20,1
73,4
0,0 0,7
21,1
77,8
0,9 1,1
9,3
89,6
1,4 0,2
17,0
80,9
2,0 0,7
10,7
86,4
2,3 0,9
28,4
68,8
0,5
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
Expectativa para preço das taxas portuárias (%)
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
Fase 02 - 2014
1,9
23,1
30,8
44,2
11,3
39,6
45,3
0,0 3,8
68,0
28,0
4,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
Expectativa para preço das taxas de praticagem (%)
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
Fase 02 - 2014
5,8
44,2 42,3
7,7
3,8
33,9
47,2
15,1
4,0
58,0
24,0
14,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
60. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
59
Expectativa para tamanho da frota (%)
Fase 01 - 2012
Fase 02 - 2012
Fase 01 - 2013
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
Fase 02 - 2014
65,0
70,4
9,7
44,6 44,6
1,0
17,8
61,1
20,0
5,0 1,1
42,7
52,1
0,2
5,9
28,3
0,8
10,7
60,1
28,8
0,4
11,0
18,2
0,4
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
Expectativa para abrangência geográfica das atividades da empresa (%)
Fase 01 - 2012
Fase 02 - 2012
Fase 01 - 2013
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
4,8 Fase 02 - 2014
62,3
31,1
1,7
14,4
64,4
17,8
3,3 3,3
63,9
32,0
2,3 0,8
75,2
22,3
5,8 0,2
66,1
27,1
6,5 1,0
73,9
18,7
0,9
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
Expectativa para instalações físicas (%)
Fase 01 - 2012
Fase 02 - 2012
Fase 01 - 2013
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
4,2 Fase 02 - 2014
60,9
33,2
1,7
11,1
75,6
11,1
1,6 2,2
61,3
36,7
2,3 0,4
77,6
19,3
3,9 0,8
73,4
22,1
3,4 0,6
81,7
14,2
0,7
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Reduzirá Mantém-se Aumentará Não sabe
Adquiriu veículos no ano/período anterior (%)
Fase 02 - 2012
Fase 01 - 2013
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
Fase 02 - 2014
32,2
65,6
2,2
69,3
30,3
0,4
54,3
45,3
0,4
60,6
38,2
1,2
45,6
54,4
0,0
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Sim Não Não sabe
61. Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014
Rodoviário, aquaviário e ferroviário
60
Pretende adquirir veículos neste ano/período (%)
Fase 01 - 2012
Fase 02 - 2012
Fase 01 - 2013
Fase 02 - 2013
Fase 01 - 2014
Fase 02 - 2014
66,8
20,4
12,8
32,2
55,6
12,2
68,2
29,1
2,7
35,2
61,1
3,7
56,8
40,1
3,1
26,5
72,8
0,7
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
Sim Não Não sabe
62. Setor de Autarquias Sul, Quadra 1 - Bloco “J”
Ed. Confederação Nacional do Transporte
13˚ andar - CEP: 70070-944 - Brasília-DF Brasil
Tel.: (61) 3315.7000 - Fax: (61) 3221.7457
Central de Relacionamento: 0800 728 2891
www.cnt.org.br