O documento descreve diferentes métodos de irrigação por aspersão, incluindo sistemas convencionais, em malha, autopropelidos e pivô central. Também discute vantagens como bom controle da lâmina d'água e uniformidade de distribuição, e desvantagens como suscetibilidade a ventos e evaporação.
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Resumo IrrigaçãO Por AspersãO 3ª C
1. Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Campus Catu
Professor: Luiz Geraldo
Alunos: Emersom, Venicio, Jose Viera, Morjan e Alex
Disciplina: Irrigação e Drenagem
Atividade: Resumo de Irrigação por Aspersão
Aspersão
O método de aspersão é composto, normalmente, por um conjunto motobomba,
tubulações, aspersores e acessórios.
O sistema de aspersão convencional é considerado o sistema básico de irrigação por
aspersão, do qual derivaram todos os demais. São classificados em portáteis, semi-
portáteis e fixos, dependendo do grau de movimentação em campo. Os monômetros
(medidores de pressão) são indispensáveis para o bom funcionamento do sistema. São
empregados para irrigação de pequenas áreas.
Um sistema de aspersão convencional recentemente empregado no Brasil é o sistema de
aspersão em malha.Esse sistema é fixo, com tubulações enterradas. Um único aspersor
se movimenta na linha lateral, de diâmetro reduzido, exigindo assim conjunto
motobomba de baixa potência.
O sistema autopropelido é movimentado por energia hidráulica possui um aspersor do
tipo canhão, montado em uma plataforma, e uma mangueira de alta pressão de até 500
metros. É empregado em áreas irrigadas de tamanho médio.
O sistema pivô central é um sistema de movimentação circular, movido a energia
elétrica. Possui uma linha lateral de aspersores suspensa por torres dotadas de rodas. As
torres se movimentam independentemente por possuírem motores individuais. Irriga
áreas de até 200 hectares.
O aspersão é um método que possibilita o bom controle da lâmina água aplicada. De
modo geral, a eficiência do método é ao redor de 70%, podendo alcançar 90% em
2. alguns sistemas ou até 50% em condições severas de clima. O vento, a umidade relativa
do ar e a temperatura são os principais fatores climáticos que afetam o uso da irrigação
por aspersão. O vento afeta a uniformidade de distribuição dos aspersores e, juntamente
com a temperatura e a umidade relativa do ar, afetam a perda de água por evaporação. O
método apresenta as seguintes vantagens:
a) por não exigir a sistematização do solo, é o método que mais se adequa a terrenos
com declividades mais acentuadas e superfícies menos uniformes;
b) pode ser utilizado em solos arenosos, de alta capacidade de infiltração e baixa
capacidade de retenção de água, por permitir irrigações freqüentes e com menor
quantidade de água;
c) a distribuição de água é em geral mais uniforme;
d) interfere pouco com as práticas agrícolas. Em alguns sistemas, os acessórios facilitam
a rápida desmontagem do equipamento;
e) a eficiência de condução é alta, pois os condutos fechados evitam perdas de água por
infiltração, escorrimento e evaporação;
f) a ausência de canais e sulcos deixa maior área disponível para a cultura;
g) permite maior economia de mão-de-obra, quando os sistema são permanentes ou
mecanizados;
h) possibilita a irrigação durante o período noturno, aumentando o tempo de irrigação e
de utilização do equipamento;
i) permite a aplicação de produtos químicos, via água de irrigação;
j) por proporcionar grande oxigenação na água, pode permitir o uso de certas águas
residuais; e
k) pode ser aplicado para reduzir a temperatura do ar e na proteção contra geadas. A
proteção se consegue com o calor liberado pelo congelamento da água.
Como desvantagens da aspersão, citam-se:
a) não é recomendada para locais de ventos fortes e constantes, pois o vento afeta a
uniformidade de distribuição de água pelos aspersores. Em regiões de baixa umidade
relativa do ar e de temperaturas elevadas, a perda de água por evaporação pode atingir
valores altos;
b) pode favorecer a incidência de doenças nas plantas, por molhar as folhas e aumentar
a umidade relativa do ar. Quando o macroclima é favorável a doenças, o microclima
resultante da irrigação tem menor importância;
3. c) por lavar a parte aérea das plantas, pode interferir com alguns tratos culturais;
d) o impacto mecânico das gotas, quando os sistemas estão trabalhando abaixo da
pressão de serviço recomendada, pode causar prejuízos à fixação de botões florais ou
mesmo de frutos novos;
e) ainda que seja um bom método no controle da salinidade, não deve ser usada água
salina para irrigação, por reduzir a vida útil do equipamento;
f) envolve alto investimento inicial;
g) o traslado de tubulações portáteis e acessórios dos sistemas convencionais é uma
operação desagradável e trabalhosa; e
h) altas taxas de aplicação de água podem provocar compactação e erosão do solo.
Os aspersores constituem-se nas peças principais de um sistema de aspersão. Têm a
finalidade de pulverizar o jato de água, proporcionando a aplicação da irrigação na
forma de chuva. Os aspersores podem ser estacionários ou rotativos. Quando rotativos,
podem se apresentar com giro completo (360º) ou do tipo setorial, permitindo uma
regulagem da amplitude de giro. O ângulo mais comum de inclinação do jato com a
horizontal é o de 30º; contudo, o ângulo de 20-22º é o que melhor se adapta a condições
de vento forte. No sistema pivô central têm-se utilizado difusores estacionários, em que
o jato de água é finamente pulverizado pelo choque com anteparo cheio de ranhuras.