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APOSTILA DE ANATOMIA HUMANA

Introdução à Anatomia Humana
Anatomia do Aparelho Locomotor

Material Didático dos Professores:
Márcio Oliveira
Régis Correia
José Roberto Pimenta de Godoy
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy

1
ORAÇÃO AO CADÁVER DESCONHECIDO
"Ao curvar-te com a lâmina rija de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembra-te que este corpo
nasceu do amor de duas almas; cresceu embalado pela fé e esperança daquela que em seu seio o agasalhou, sorriu
e sonhou os mesmo sonhos das crianças e dos jovens; por certo amou e foi amado e sentiu saudades dos outros
que partiram, acalentou um amanhã feliz e agora jaz na fria lousa, sem que por ele tivesse derramado uma
lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece. Seu nome só Deus o sabe; mas o destino inexorável deu-lhe o poder
e a grandeza de servir a humanidade que por ele passou indiferente"
Karel Rokitansky (1876)
Ao cadáver, respeito e agradecimento

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2
Introdução à Anatomia Humana

A lição de Anatomia do Dr. Nicolaes Tulp (1632)
Rembrandt Harmenszoon
Museu Mauritshuis (Haia)

“ A Anatomia se relaciona tanto com a medicina quanto
com a arte e deve ser considerada ciência e arte ”
Prof. Liberato Di Dio

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3
1. DEFINIÇÃO
A Anatomia é o ramo da biomorfologia, ou seja, da ciência que trata da forma e
arquitetura dos seres vivos, que estuda micro e macroscopicamente a conformação e o
desenvolvimento dos organismos. A Anatomia Humana restringe-se ao estudo do corpo
humano.
No passado, os termos Anatomia e Morfologia eram utilizados como sinônimos,
porém atualmente a anatomia humana, em sentido restrito, é o ramo da biomorfologia
que trata das estruturas em nível macroscópico, estando as estruturas microscópicas
sob a responsabilidade da Histologia e da Biologia Celular.
O termo Anatomia, etimologicamente, tem origem Grega (anatomé): Ana –
distributivo, em partes; Tomé – corte, ou Temnein - cortar. A associação das palavras
significa dissecação.
Como sua origem indica, o estudo da Anatomia está largamente baseado na
dissecação, entretanto, campos de estudo mais recentes envolvem o uso de métodos e
técnicas que propiciam valioso suplemento à mesma.

2. CAMPOS DE ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA
Como o seu nome indica, a Anatomia Humana limita-se ao estudo do corpo
humano. Porém, este pode ser estudado sob diferentes contextos, ou campos de
estudo da Anatomia.

2.1 Anatomia Sistêmica ou Sistemática
A Anatomia Sistêmica ou Sistemática compreende o estudo do corpo humano
como

uma

série

de

órgãos

anatomicamente

ou

funcionalmente

unidos,

desempenhando uma função em comum, ou com a mesma finalidade.
Essa organização está de acordo com a teoria celular descrita por Schleiden
em 1838 e Schwann em 1839, que afirma que a célula é a unidade fundamental, morfofuncional do corpo humano. Células unem-se para formar Tecidos, que por sua vez se
reúnem na conformação de Órgãos, que então se agrupam em Sistemas. Muitas vezes
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy

4
dois ou mais Sistemas estão relacionados de tal forma que podem ser descritos como
uma unidade maior, denominada Aparelho, como é o caso do Aparelho Locomotor,
formado pelos Sistemas Esquelético, Articular e Muscular.
Outros exemplos de sistemas do corpo humano são: Sistema nervoso, Sistema
Digestório, Sistema Respiratório e etc.

2.2 Anatomia Regional (Topográfica ou Cirúrgica)
A anatomia regional divide o corpo humano em regiões e nestas é feito um
estudo de suas estruturas e relações. Por exemplo, o corpo humano pode ser dividido
em Cabeça e Pescoço, Tórax, Abdome, Pelve, Dorso, Membro Superior e Membro
Inferior. Nesse caso, as estruturas de cada uma dessas regiões são descritas
separadamente das estruturas das demais, independente das relações sistemáticas
entre as mesmas.
Trata-se de um campo de estudo interessante ao cirurgião, afinal este abordará
a região específica da sua especialidade.

2.3 Anatomia Clínica ou Aplicada
Trata-se do estudo da anatomia com ênfase nos aspectos da estrutura, função
e patologia do corpo que são importantes no exercício das profissões na área da saúde.

2.4 Anatomia de Superfície
A anatomia de superfície, muitas vezes referida como anatomia do indivíduo
vivo ou do vivente, estuda o corpo vivo em repouso ou em ação, cujo principal objetivo
é o reconhecimento de estruturas situadas sob a pele.
O estudo da anatomia de superfície pode ser feito com base em fotos ou
mesmo através da inspeção do indivíduo desnudo. Seu estudo traz grandes benefícios
à

anatomia

palpatória

(descrito

adiante)

e

é

extremamente

relevante

para

fisioterapeutas, entre outros profissionais.

Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy

5
2.5 Anatomia Palpatória
Trata-se do estudo da anatomia com base na palpação das estruturas
superficiais e profundas, passíveis de serem identificadas sob a superfície da pele.
Corresponde-se com a anatomia de superfície, sendo de grande relevância na
pratica da fisioterapia e outras áreas da saúde.
Existem autores que agrupam a anatomia de superfície e a anatomia palpatória
em um estudo comum, denominado anatomia do indivíduo vivo.

2.6 Anatomia do Desenvolvimento
Focaliza o desenvolvimento do corpo a partir do ovo fertilizado até a forma
adulta. Está associada a Embriologia Humana.

2.7 Anatomia Radiológica
Trata-se de um campo relativamente recente de estudo da anatomia, em o
corpo humano pode ser visualizado por meio de técnicas radiológicas, como na
identificação de estruturas em radiografias ou mesmo nos exames mais modernos,
como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética.
Este estudo permite o reconhecimento de estruturas tanto do cadáver, quanto
do vivente e é largamente utilizado na anatomia clínica.

2.8 Anatomia Comparada
A Anatomia Comparada estabelece comparações entre os aspectos anatômicos
de diferentes animais.
Pelo fato de as origens de vários animais serem semelhantes, o seu estudo
estabelece importantes relações funcionais entre os mesmos. É muito relevante a sua
contribuição no entendimento dos aspectos evolutivos dos diferentes animais.

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6
3. MÉTODOS DE ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA
Apesar de largamente baseada na dissecação, como a etimologia do seu nome
indica, o estudo da anatomia humana envolve vários métodos, que se correspondem
com os seus campos de estudo:
•

Inspeção: análise através da visão, que pode ser de órgãos externos ou internos.

•

Palpação: análise através do tato, que pode ser utilizada para medir a pulsação,

verificar tendões ou saliências ósseas, entre outras estruturas.
•

Percussão: análise através de batimentos digitais na superfície corporal, que pode

produzir sons audíveis, ajudando na determinação de órgãos ou estruturas.
•

Ausculta: analisar ouvindo determinados órgãos em funcionamento (ex. coração,

intestino, pulmões).
•

Mensuração: Permite a avaliação da simetria corporal.

•

Dissecação: consiste na separação minuciosa dos diferentes órgãos para uma

melhor visualização.
•

Métodos de Estudo por Imagem: inclui os antigos e novos métodos de obtenção de

imagens do corpo humano: radiografias, ressonância magnética, ultrassonografia,
tomografia computadorizada e etc.

4. TERMINOLOGIA ANATÔMICA
A terminologia anatômica é o conjunto de termos utilizados para indicar e
descrever as partes do corpo humano. Trata-se da base da linguagem técnica utilizada
em Anatomia, Medicina, Odontologia, Fisioterapia e demais ciências da saúde, bem
como todas as ciências biológicas que tratam da estrutura do homem. Pode ser dividida
em terminologia anatômica geral e especial.
No primeiro caso, compreende os termos gerais, que são relativamente poucos,
como a divisão do corpo humano, as suas principais regiões e os eixos e planos que o
limitam ou seccionam. Já a terminologia especial, compreende cerca de seis mil nomes
de todas as estruturas macroscópicas do corpo e suas partes.

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7
5. POSIÇÃO ANATÔMICA
Para estudar e indicar as partes do corpo humano, toma-se como padrão ou
modelo uma posição convencional, chamada posição anatômica para descrição do
indivíduo. Segue abaixo a descrição da posição anatômica:
Corpo ereto; Membros Superiores pendentes naturalmente, adjacentes ao
corpo, de cada lado do tronco e com as palmas das mãos voltadas para frente;
Membros Inferiores estendidos, unidos, com os pés juntos e acolados e com as pontas
dos dedos também dirigidos para diante; Olhar em direção ao horizonte.
Esta posição é sempre utilizada como referência, podendo o indivíduo estar
sentado, deitado em qualquer dos decúbitos para dissecação, necropsia, exame físico
clínico, cirurgia, mas o observador deverá sempre descrevê-lo imaginando-o na posição
anatômica.
Posição Anatômica

Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003.

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8
6. DIVISÃO DO CORPO HUMANO
O corpo humano pode ser dividido da seguinte maneira:
CABEÇA
PESCOÇO
TRONCO
MEMBROS
Cada uma dessas partes apresenta-se subdividida da forma abaixo:
- Cabeça
Crânio
Face
- Tronco
Tórax
Abdome
Pelve
Dorso
- Membros Superiores
Porção Fixa (raiz): Ombro
Porção Móvel: Braço, Antebraço e Mão
- Membros Inferiores
Porção Fixa (raiz): Quadril
Porção Móvel: Coxa, Perna e Pé
Entre o braço e o antebraço, encontra-se a articulação do cotovelo; entre o
antebraço e mão, encontra-se a articulação do punho.
Entre a coxa e a perna encontra-se o joelho; entre a perna e o pé encontra-se o
tornozelo.
Cada subdivisão apresenta ainda outras divisões e regiões de importância
topográfica:
- Cabeça
Fronte (Região Frontal)
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9
Região Occipital (Occipúcio)
Têmpora (Região Temporal)
Região Mastóidea
Orelha
Região Zigomática
Crânio
Face: Olho, Bochecha, Nariz, Boca e Mento (Região Mentual)
- Pescoço
Região Cervical Posterior
- Tronco
Tórax: Peito (Região Peitoral), Região Mamária, Região Inframamária e
Axila (Fossa axilar).
Abdome: Região umbilical, Região Inguinal, Região Púbica.
Dorso: Região Lombar, Região Sacral.
- Membros Superiores
Cíngulo do Membro Superior
Região Cubital: Região Cubital Anterior (Fossa Cubital)
Palma da Mão (Face Volar)
Dorso da Mão
Eminência Tênar e Hipotenar
- Membros Inferiores:
Cíngulo do Membro Inferior
Região Glútea (Nádegas): Fenda Interglútea
Região Poplítea
Região Sural
Planta do Pé
Dorso do Pé

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10
Principais Partes e Regiões do Corpo Humano

Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003.

7. TERMOS DE SITUAÇÃO, DIREÇÃO, RELAÇÃO E COMPARAÇÃO
Para citas as estruturas do corpo humano, suas devidas partes e ainda
comparar a sua situação entre elas, torna-se necessário a utilização de termos
apropriados. Estes são:

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11
TERMO

SIGNIFICADO

Direito

-

Esquerdo

-

Anterior ou Ventral

Situado na frente de; a frente do corpo

Posterior ou Dorsal

Situado atrás de; a parte posterior do corpo

Superior ou Cranial

Voltado para a cabeça; em posição relativamente alta

Inferior ou Caudal

Afastado da cabeça; em posição relativamente baixa

Superficial ou Externo

Localizado próximo ou na superfície do corpo

Profundo ou Interno

Localizado

mais

afastado

ou

mais

profundamente

da

superfície do corpo do que as estruturas superficiais
Mais próximo de qualquer ponto de referência (raiz para

Proximal

membros), como a origem de um estrutura ou o centro do
corpo
Afastado de

Distal

qualquer ponto de referência (raiz para

membros), como a origem de um estrutura ou o centro do
corpo

Médio

Localizado entre uma estrutura proximal e outra distal

Medial

Mais próximo da linha média do corpo humano

Lateral

Mais afastado da linha média do corpo humano

Intermédio

Situado entre uma estrutura medial e outra lateral

Homolateral ou
Ipsilateral
Contralateral

Do mesmo lado
Do lado oposto

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12
Termos de Situação, Direção, Relação e Comparação

Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003.

8. PLANOS ANATÔMICOS DE SECÇÃO
Os planos anatômicos de secção são utilizados com o objetivo de cortar o corpo
humano em partes ou metades, de modo a possibilitar o estudo de sua estrutura
interna. Dentre eles, os mais importantes são:
•

Plano de Secção Sagital Mediano: divide o corpo humano em metades direita e

esquerda.
•

Plano de Secção Sagital ou Sagital Paramediano: divide o corpo humano em partes

direita e esquerda.
•

Plano de Secção Frontal ou Coronal: divide o corpo humano em partes anterior e

posterior.
•

Plano de Secção Transversal: divide o corpo humano em partes superior e inferior.
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13
Planos de Secção

Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003.

9. ORGANIZAÇÃO DO CORPO
9.1 Níveis Estruturais e Funcionais de Organização
- Nível de Célula
A célula é o componente estrutural e funcional básico da vida. Os humanos são
organismos multicelulares compostos de 60 a 1000 trilhõs de células. É no nível celular
microscópico

que

tais

funções

vitais

como

o

metabolismo,

crescimento,

irritabilidade(resposta a estímulos) reparo e replicação são executadas.
As células são constituídas por átomos – particulas minúsculas que são ligadas
entre si para formar estruturas maiores chamadas moléculas. Certas moléculas, por sua

Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy

14
vez, são agrupadas em arranjos específicos para formar estruturas funcionais menores
chamadas organelas. Cada organela realiza uma função específica dentro da célula.
- Nível de Tecido
Tecidos são camadas ou grupos de células semelhantes que executam uma
função comum. O corpo inteiro está composto de apenas quatro tipos principais de
tecido: epitelial, conjuntivo, nervoso e muscular.
- Nível de Órgão
Um órgão é um agregado de dois ou mais tipos de tecidos que executam uma
função específica. Os órgãos localizam-se ao longo do corpo e variam grandemente em
tamanho e função. Cada órgão geralmente tem um ou mais tecidos primários e vários
tecidos secundários. No estômago, por exemplo, o tecido epitelial em seu interior é
considerado o tecido primário porque as funções básicas de secreção e absorção
acontecem dentro desta camada. Tecidos secundários do estômago são o tecido
conjuntivo de sustentação e os tecidos vascular, nervoso e muscular.
- Nível de Sistema
Os sistemas do corpo constituem o próximo nível de organização estrutural. Um
sistema do corpo consiste em vários órgãos que têm funções semelhantes ou interrelacionadas. Exemplos de sistemas são o sistema circulatório, sistema nervoso,
sistema digestório e sistema endócrino. Certos órgãos podem servir a dois sistemas. O
pâncreas, por exemplo, faz parte dos sistemas endócrino e digestório; a faringe serve
aos sistemas respiratório e digestório.

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15
Níveis Estruturais e Funcionais de Organização do Corpo Humano

Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003.

Embora o corpo seja o resultado da integração de todos os sistemas, há alguns
sistemas que, devido a relações mais íntimas no desenvolvimento, situação, função e
devido a fatores didáticos, podem ser associados ou agrupados, caso em que recebem
o nome de Aparelho.

9.2 Princípios Gerais de Construção do Corpo Humano
Pequenas diferenças, ainda que mínimas, são sempre notáveis entre os
indivíduos. Não há dois indivíduos perfeitamente idênticos.
Ao analisar a estrutura do corpo humano, reconhece-se que ela obedece:
1 - Ao plano de organização dos vertebrados
2 - A um plano de construção característico da espécie Homo sapiens
3 - A um plano de constituição individual
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16
Como vertebrado, o ser humano tem o corpo com a construção geral que
obedece aos princípios que se seguem:
- Simetria Bilateral (Antimeria)
O plano sagital mediano divide o corpo em metades semelhantes (não
idênticas), que são denominadas antímeros direito e esquerdo.
Do ponto de vista anatômico e fisiológico, não são perfeitamente idênticas,
como o nome indicaria, pois não há exata correspondência entre as partes e órgãos
dos antímeros direito e esquerdo.
- Metameria
O princípio da metameria é o do plano de construção de superposição
longitudinal. Ele reconhece um tipo de estrutura que mostra segmentos semelhantes no
corpo dispostos em série longitudinal, ou seja, superpostos no sentido súpero-inferior.
A metameria pode ser bem demonstrada pela disposição das vértebras, a série
de nervos espinhais ou mesmo pelas costelas.
- Paquimeria
O princípio da paquimeria ou da tubulação, pode ser definido como o plano
básico de construção segundo o qual a porção axial (central) do corpo, é formada por
tubos longitudinais ou súpero-inferiores. Um tubo é posterior, sendo largo na cabeça e
estreito no tronco e o outro é anterior, estreito na cabeça e largo no tronco. O tubo
posterior é o neural e o tubo anterior é o visceral. Eles correspondem ao paquímero
posterior e ao paquímero anterior respectivamente.
- Estratificação (Estratimeria)
Este princípio refere-se a um tipo geral de construção do corpo e de suas
partes, desde o nível macroscópico até o subcelular, segundo o qual as estruturas
estão dispostas concentricamente em estratos, camadas, telas, túnicas.

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17
- Segmentação
O princípio da segmentação ou da estrutura segmentar na construção do corpo
humano é observado no tipo de subdivisão dos órgãos de acordo com a distribuição
dos seus vasos, nervos e, quando houve, ductos, canais ou tubos relacionados com
sua função.
Em Anatomia e em Cirurgia, segmento é o território de um órgão que possua
irrigação e drenagem sanguínea independentes, separado dos demais ou separável e
removível cirurgicamente e que seja identificável morfologicamente. O segmento
desempenha a mesma função do órgão ao qual pertence e embora seja reconhecível
pela distribuição vascular sanguínea e, quando for o caso, pela distribuição de seus
tubos, canais ou ductos, seus vasos linfáticos e nervos também se dispõem como
satélites, acompanhando a angio-arquitetura segmentar.

10. CONCEITOS GERAIS EM ANATOMIA HUMANA
10.1 Normalidade
O conceito de normalidade, ou de que um indivíduo é normal, pode ser
abordado sobre vários pontos de vista.
Em medicina, normal significa sadio. Em fisiologia, normal é a estrutura que
está mais bem dotada para desempenhar a sua função. Em morfologia, por exemplo na
Anatomia, são usados critérios estatísticos para definir o que é normal.

10.2 Variação
Variação anatômica é um pequeno desvio do aspecto morfológico normal de
um órgão, ou desvio pormenor do plano geral de organização do indivíduo, que não
perturba a função.
O desvio pode ser representado por um aumento ou diminuição do número
normal de partes de um órgão, pela modificação da forma de um órgão ou de relação
entre os órgãos.

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18
10.3 Anomalia
É a anormalidade, alteração fora da regra ou fora do comum, diferindo do
estado, da estrutura ou das condições normais. Pode implicar em deformidade ou má
formação.
Uma anomalia é, portanto, um desvio grave do padrão normal, acompanhado
de má função ou disfunção.

10.4 Monstruosidade
É uma anomalia tão acentuada que interfere com o desenvolvimento do corpo,
sendo incompatível com a vida.
Graças à medicina, especialmente à cirurgia, está sendo possível a
sobrevivência de fetos nascidos com monstruosidades que, com sucesso foram
transformadas, quando muito, em anomalias.

11. FATORES GERAIS E INDIVIDUAIS DE VARIAÇÃO ANATÔMICA
As variações em pormenores do plano geral de construção do corpo são
características da espécie. Há também um plano constitucional que diferencia um
indivíduo do outro.
Essas pequenas modificações morfológicas não ocorrem ao acaso, eis que
podem ser produzidas por fatores gerais e individuais.

11.1 Fatores Gerais
- Idade
- Sexo
- Raça
- Biótipo
Há dois tipos extremos: longilíneo e brevelíneo. O longilíneo é alto e magro,
com as extremidades ou membros predominando sobre o tronco. O indivíduo é mais
desenvolvido longitudinalmente, como os jogadores de basquete.

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19
O brevelíneo é baixo e corpulento, com o tronco predominando sobre as
extremidades. O indivíduo é mais desenvolvimento transversalmente, como os
lutadores de sumô.
Existem

indivíduos

mediolíneos,

que

são

aqueles

que

apresentam

características intermediárias às do longilíneo e do brevelíneo.
- Ambiente
- Biorritmos
- Gravidade
- Esporte
- Trabalho

11.2 Fatores Individuais
Os fatores individuais são aqueles restritos a cada pessoa. Refletem as
características individuais dos indivíduos.
As variações individuais extremas podem ser usadas para identificação. A
medicina legal, por exemplo, se beneficia das diferenças individuais nas impressões
digitais e daquelas que podem ser observadas em radiografias, como das arcadas
dentárias.

12. CAVIDADES DO CORPO
O corpo contém duas cavidades principais: a dorsal (posterior) e a ventral
(anterior). Cada uma dessas cavidades é limitada por membranas e contém certa
quantidade de fluido ao redor dos órgãos que se encontram dentro das mesmas.
A cavidade dorsal tem duas subdivisões: a cavidade craniana, que aloja o
encéfalo, e a cavidade espinhal (vertebral), que contém a medula espinhal. A cavidade
espinhal comunica-se com a cavidade craniana através do forame magno, uma larga
abertura na face inferior do osso occipital.
A cavidade ventral também apresenta duas subdivisões. Elas são separadas
pelo músculo diafragma em cavidades torácica, superior, e abdómino-pélvica, inferior.
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20
Cada uma dessas cavidades ainda é subdividida. A cavidade torácica é dividida em
cavidade pericárdica, que se encontra ao redor do coração, e cavidades pleurais, direita
e esquerda, onde se encontram os pulmões.
A cavidade abdómino-pélvica é dividida, com propósitos descritivos, em
cavidade abdominal, superior, e cavidade pélvica ou pelve verdadeira, inferior, por um
plano imaginário, oblíquo, que passa através da margem superior da sínfise púbica,
anteriormente, e pelo promontório sacral, posteriormente.
A porção inferior da cavidade abdominal é limitada posteriormente pela porção
alargada dos ossos do quadril, mas sua parede anterior é formada pela parede
abdominal. Essa região expandida é chamada de falsa pelve.
Cavidades do Corpo – Vistas Anterior e Lateral

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21
Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003.

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22
Sistema Esquelético

“ A estabilidade e mobilidade do corpo humano dependem
dos tecidos que formam o Aparelho Locomotor ”
Harris, 2002

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23
1. INTRODUÇÃO AO APARELHO LOCOMOTOR
- ORTOPEDIA: É a ampla especialidade clínica e cirúrgica dedicada à prevenção,
investigação, diagnóstico e tratamento de moléstias e lesões que acometem o Aparelho
Locomotor.

Árvore Ortopédica

Extraída de um livro de Nicolas Andry do Século XVIII, tornou-se o símbolo
internacional da cirurgia ortopédica. Ilustra o conceito de uma jovem árvore torta que,
como uma jovem criança deformada, pode ser ajudada a crescer ereta pela aplicação
de forças apropriadas.

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24
2. DEFINIÇÃO
É formado por um conjunto de estruturas branco-amareladas, vivas, capazes de
crescer, se adaptar e se reparar. O esqueleto humano é um endoesqueleto, isto é, está
colocado entre os tecidos moles do corpo.
- Osteologia: Em sentido restrito e etimológico, é o estudo dos ossos. Em sentido mais
amplo, inclui o estudo das formações intimamente ligadas ou relacionadas com os
ossos, formando o esqueleto.
- Esqueleto: Conjunto dos ossos e cartilagens que se interligam para formar o
arcabouço do corpo humano.

3. FUNÇÕES DO ESQUELETO
O sistema esquelético exerce algumas funções de extrema importância para o
corpo humano, como:
•

Sustentação: O esqueleto forma o arcabouço rijo ao qual os tecidos moles e

órgãos do corpo estão fixos. Os ossos do esqueleto suportam uma massa de músculos
e órgãos que podem pesar até cinco vezes mais do que o seu próprio peso;
•

Proteção: O crânio e a coluna vertebral envolvem o encéfalo e a medula espinhal;

a caixa torácica protege o coração, os pulmões, os grandes vasos, o fígado e o baço; a
cintura pélvica protege as vísceras pélvicas;
•

Inserção de Músculos: Os ossos servem como ponto de apoio para fixação da

maioria dos músculos estriados esqueléticos. Nesta condição, os músculos funcionam
como alavancas que, ao se contraírem, provocam o movimento das partes do corpo.
•

Hematopoese: O processo formador das células sanguíneas é denominado

hematopoese e ocorre no tecido chamado medula óssea vermelha, localizado
internamente em alguns ossos;
•

Armazenamento de minerais: A matriz inorgânica do ossos é composta

principalmente de minerais de cálcio e fósforo. Esses minerais que ocupam
aproximadamente dois terços do peso do osso, dão ao mesmo sua dureza e força.

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25
4. NÚMERO DE OSSOS
No indivíduo adulto, idade na qual se considera completado o desenvolvimento
orgânico, o número de ossos é de 206. Este número, todavia, varia, se levarmos em
consideração os seguintes fatores:
•

Fatores etários: Do nascimento à senilidade há uma diminuição do número de

ossos. Isto se deve ao fato de que, certos ossos, no recém nascido, são formados de
partes ósseas que se soldam durante o desenvolvimento do indivíduo para constituir
um osso único no adulto. Assim, o osso frontal é formado por duas porções, separadas
no plano mediano. O osso do quadril, no feto, é separado em três partes - ílio, ísquio e
púbis, que posteriormente se soldam para formar um osso único no adulto. Por outro
lado, nos indivíduos muito idosos, há tendência para a soldadura de dois ou mais
ossos, levando a uma diminuição do seu número total. Este processo, denominado
sinostose, ocorre principalmente entre os ossos do crânio, podendo transformar a
abóbada craniana em um único osso;
•

Fatores individuais: Em alguns indivíduos pode haver persistência da divisão do

osso frontal no adulto e ossos extranumerários podem ocorrer, determinando variação
no número de ossos;
•

Critérios de contagem: Alguns autores utilizam às vezes critérios muito pessoais

para fazer a contagem do número de ossos do esqueleto, levando a variações no
número final.

5. CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS
Há várias maneiras de se classificar os ossos, entretanto a classificação mais
difundida é aquela que leva em consideração a forma dos ossos, classificando-os
segundo a predominância de uma das dimensões - comprimento, largura ou espessura
- sobre as outras duas. Assim reconhecem-se:
•

Ossos Longos
São ossos que apresentam um comprimento consideravelmente maior que a

largura e espessura. Exemplos típicos são os ossos do esqueleto apendicular: fêmur,
úmero, rádio, ulna, falanges.
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26
Os ossos longos apresentam duas extremidades, denominadas Epífises e um
corpo, a Diáfise. Esta possui, no seu interior, uma cavidade – Canal Medular – que aloja
a medula óssea.
Nos ossos em que a ossificação ainda não se completou, é possível observar
entre a epífise e a diáfise um disco cartilaginoso – Cartilagem Epifisária – relacionada
ao crescimento dos ossos em comprimento.
Características dos Ossos Longos

Fonte: SPENCE – Anatomia Humana Básica, 1991

As extremidades superior ou proximal e inferior ou distal, expandidas, da
diáfise, são conhecidas como metáfise. É na metáfise que se encontra a cartilagem
epifisária do osso em crescimento.

•

Ossos Alongados
São ossos que, assim como os ossos longos, possuem comprimento maior que

largura e espessura, porém não apresentam canal medular. Um exemplo de osso
alongado é a costela.
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27
•

Ossos Planos (Chatos ou Laminares)
São ossos que apresentam comprimento e largura equivalentes, predominando

muito sobre a espessura. Os ossos do crânio, assim como escápula e osso do quadril
são exemplos bem demonstrativos.

•

Ossos Curtos
São ossos que não possuem um eixo longo, apresentando comprimento,

largura e espessura equivalentes. São cubóides e localizam-se em locais onde não se
precisa de muito movimento, mas força. Os ossos do carpo e tarso são os exemplos
mais comuns.
Existem ossos que não podem ser classificados em nenhum dos tipos descritos
acima e são, por esta razão e por características que lhe são peculiares, colocados
dentro de uma das categorias seguintes:

•

Ossos Irregulares
São

ossos

de

morfologia

complexa,

que

não

encontram

nenhuma

correspondência em formas geométricas conhecidas. As vértebras e o osso temporal
são exemplos marcantes.

•

Ossos Pneumáticos
São ossos que apresentam uma ou mais cavidades, de volume variável,

contendo ar. Essas cavidades recebem o nome de seios. Os ossos pneumáticos são:
frontal, maxila, temporal, etmóide e esfenóide.

•

Ossos Sesamóides
São ossos que se desenvolvem na substância de certos tendões ou na cápsula

fibrosa que envolve as articulações. Estão mais relacionados com músculos ou outros
tecidos, que com outros ossos. A patela é o maior osso sesamóide do corpo.

•

Ossos Suturais ou Fontanelares

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28
•

Ossos Acessórios ou Supranumerários
São ossos que não estão presentes regularmente. Tais ossos são, em geral, do

tipo curto e encontrados principalmente nas mãos e nos pés. São incluídos alguns
ossos sesamóides e certas epífises não soldadas, no adulto. São de alguma
importância médico-legal pelo fato de que, quando vistos em radiografias, podem ser
confundidos com fraturas. Em geral estão presentes bilateralmente.
Repare que há ossos que, dadas as suas peculiaridades morfológicas, são
classificados em mais de um grupo: o frontal, por exemplo, é um osso laminar, mas
também é pneumático.

6. ESTRUTURA DOS OSSOS
“ A resistência e rigidez óssea, em combinação com seu leve peso, dá aos vertebrados
sua mobilidade, destreza e força. ”
6.1 TIPOS DE SUBSTÂNCIA ÓSSEA (Ver figuras Características dos Ossos Longos e
Estrutura Microscópica do Osso)
O exame da superfície de corte do osso mostra que o tecido assume duas
formas - osso cortical ou compacto externo e osso trabecular interno ou esponjoso.
Embora os elementos constituintes sejam os mesmos nos dois tipos de substância
óssea, eles dispõem-se diferentemente conforme o tipo considerado:
-

Substância óssea compacta: constituída de lamelas, concentricamente arranjadas,

que não tem espaço entre si. É um tipo mais denso e rijo.
-

Substância

óssea

esponjosa:

constituídas

de

trabéculas

desorganizadas

delimitando espaços intercomunicantes, onde se encontra a medula óssea.
O osso cortical constitui cerca de 80% do esqueleto e circunda as delicadas
espículas ou placas de osso esponjoso com lamelas compactas. Nos ossos longos, o
osso cortical forma a diáfise cilíndrica que circunda uma cavidade medular contendo
pouco ou nenhum osso esponjoso. Nas metáfises dos ossos longos, o osso cortical
adelgaça-se e o osso esponjoso preenche a cavidade medular.

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29
Nos ossos planos não há presença do canal medular. Esse tipo de osso é
formado por osso esponjoso chamado díploe, que fica prensado entre duas camadas
superficiais de osso compacto.
Em virtude das diferenças em densidade e organização, blocos iguais de osso
cortical e esponjoso possuem propriedades mecânicas diferentes. Os dois tipos de osso
têm a mesma composição, mas o osso cortical é muito mais denso. Visto que a
resistência à compressão do osso é proporcional ao quadrado da densidade, o osso
cortical possui uma resistência compressiva que pode ser, em ordem de magnitude,
maior que a do osso trabecular ou esponjoso.
6.2 ANATOMIA MACROSCÓPICA
Quando observado a olho nu, o osso apresenta:
-

Diáfise e epífises;

-

Metáfise;

-

Canal ou cavidade medular;

-

Cartilagem ou disco epifisário e linha epifisária.

6.3 PERIÓSTEO E ENDÓSTEO (Ver Figura Características dos Ossos Longos)
-

Periósteo: é uma dupla camada de tecido conjuntivo fibroso que recobre a

superfície do osso. Não está presente nas superfícies das articulações, onde o osso é
recoberto por uma cartilagem articular. Sua camada externa é fibrosa e suprida de
vasos e nervos, alguns dos quais penetrando o osso. A camada interna ou osteogênica
contém células capazes de formar cartilagem e osso.
-

Endósteo: É a fina camada de tecido conjuntivo que reveste o canal ou cavidade

medular.
6.4 ANATOMIA MICROSCÓPICA
Quando examinado sob microscópio, o osso compacto é visto como sendo
formado por muitos sistemas organizados de canais interconectados. A unidade
estrutural do osso compacto adulto é o sistema haversiano (osteônio). Cada sistema
haversiano tem um canal central – canal central do osteônio (canal haversiano), que é
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30
rodeado por lamelas (camadas) concentricamente arranjadas de osso. Pelo fato de o
osteônio geralmente correr paralelamente ao longo do eixo do osso, os canais
aparecem em secção longitudinal como longos tubos. Esta orientação do sistema
haversiano contribui para a capacidade do osso em resistir a forças compressivas.
Localizadas entre as lamelas adjacentes um osteônio estão diminutas cavidades
chamadas lacunas. Cada lacuna contém uma célula chamada osteócito. Todas as
lacunas num sistema harvesiano estão interconectadas por finíssimos canais
denominadas canalículos.
Cada canal central do sistema harvesiano contém pelo menos um capilar
sanguíneo, que proporciona uma fonte de nutrientes e um meio de eliminação de
resíduos dos osteócitos que estão alojados entre as lacunas. Os nutrientes e resíduos
somente podem difundir a curta distância através do tecido fluido das lacunas e
canalículos, seja para entrar ou sair do canal harvesiano.
Após entrar no osteócito, os nutrientes provenientes dos vasos sanguíneos são
distribuídos para osteócitos adjacentes por meio dos processos citoplasmáticos dentro
dos canalículos. Os vasos sanguíneos que alcançam os canais são provenientes de
vasos maiores que se encontram localizados ou na superfície do osso ou na cavidade
medular. Os vasos sanguíneos, bem como os vasos linfáticos e nervos, entram e saem
da cavidade medular por meio de canais nutrícios que perfuram o osso desde a
superfície e se comunicam com a cavidade medular. Os canais sanguíneos de ambas
as fontes alcançam os canais centrais dos osteônios através dos canais perfurantes
que correm perpendicularmente aos canais centrais dos osteônios (antigos canais de
Volkmann). Na superfície externa do osso, logo por baixo do periósteo, são
encontradas varias lamelas circunferenciais, que acompanham a circunferência da
diáfise, como que rodeando à distância um canal haversiano.
O osso esponjoso não mostra a organização que é característica do osso
compacto. Embora os osteócitos estejam alojados em lacunas e estas se comuniquem
através dos canalículos, como no osso compacto, as lamelas não estão arranjadas em
camadas concêntricas. Mais propriamente, elas estão arranjadas em várias direções
que correspondem às linhas de máxima pressão ou tensão. Os capilares sanguíneos
alcançam a vizinhança dos osteócitos passando nos espaços da medula óssea entre a
placas de osso formadas por lamelas.
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31
Estrutura Microscópica do Osso

Fonte: SPENCE – Anatomia Humana Básica, 1991

6.5 COMPOSIÇÃO DOS OSSOS
A substância intercelular (matriz) do osso é formada por dois componentes
principais: um arcabouço orgânico, um arcabouço inorgânico e o líquido da matriz. O
componente da matriz orgânica contribui com cerca de 70% do peso ósseo, embora
possa contribuir com até 80%. As macromoléculas inorgânicas contribuem com cerca
de 20% do peso ósseo e a água contribui com 8 a 10%. A matriz orgânica é formada
predominantemente de fibras colágenas. Os sais inorgânicos do osso são formados
principalmente de cálcio e fosfato.

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32
A matriz orgânica dá forma ao osso e proporciona resistência tênsil - isto é,
podem resistir ao alongamento e à torção. O componente inorgânico permite ao osso
resistir à compressão. Esta combinação de fibras e sais confere ao osso excepcional
força sem torná-lo quebradiço.
A matriz orgânica é formada predominantemente de fibras colágenas. Os sais
inorgânicos do osso são formados principalmente de cálcio e fosfato.
6.6 MEDULA ÓSSEA
Antes do nascimento, a cavidade medular dos ossos longos e os espaços entre
as trabéculas estão preenchidos por tecido chamado de medula óssea vermelha
(rubra). Este tecido dá origem aos glóbulos vermelhos do sangue e a certos glóbulos
brancos. Da infância em diante, há uma diminuição progressiva da quantidade de
medula óssea formadora de células sangüíneas e um aumento progressivo do acúmulo
de gordura (medula óssea amarela ou flava):

Fonte: GUYTON, A.. Tratado de Fisiologia Médica. 6ª ed. Rio de Janeiro, Ed. Interamericana, 1984.

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33
7. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DOS OSSOS
“ A estrutura e funcionamento normais do sistema musculoesquelético dependem da
formação e crescimento dos tecidos conjuntivos esqueléticos específicos e do músculo,
e da integração desses tecidos no sistema que proporciona a estabilidade e mobilidade
do corpo. ”
7.1 DESENVOLVIMENTO INICIAL DO OSSO
O osso se desenvolve a partir de membranas mesenquimatosas ou de
cartilagem. Embora o osso seja idêntico qualquer tecido que seja a sua origem, no
segundo tipo, a cartilagem precisa ser primeiramente removida, antes que tecido ósseo
possa ser depositado.
-

Ossificação intramembranosa: os ossos planos da abóbada craniana e certos

ossos faciais são formados pelo processo de ossificação intramembranosa.
Crânio de um Recém-Nascido demonstrando o processo de Ossificação
Intramembranosa – Vista Lateral

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

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34
-

Ossificação endocondral: a maioria dos ossos forma-se pela ossificação de

modelos de cartilagem que são formados nos estágios primários do embrião. Os
modelos de cartilagem lembram a forma do futuro osso.
Etapas da Ossificação Endocondral

Fonte: Sobotta - Atlas Van de menselijke Anatomie, 2000.

7.2 AUMENTO DO OSSO EM COMPRIMENTO E DIÂMETRO (Ver figura Etapas da
Ossificação Endocondral)
Enquanto permanece a cartilagem epifisária, o osso pode aumentar em
comprimento. Esse processo ocorre quando as células cartilaginosas entram em divisão
e assim tendem a aumentar o tamanho do disco epifisário. Ao mesmo tempo, o lado do
disco voltado para a diáfise vai sendo substituído por tecido ósseo.
Estas condições prevalecem até cerca de dez anos, quando a taxa de
crescimento da cartilagem diminui e é gradualmente alcançada pela ossificação
contínua do lado do disco epifisário voltado para a epífise. Perto dos 25 anos nos
homens e alguns anos mais cedo nas mulheres, a cartilagem do disco é completamente
substituída por osso, restando apenas uma linha epifisária para marcar a sua
localização primitiva. Quando isso ocorre, o osso não é mais capaz de crescer em
comprimento. Entretanto, ele retém a capacidade de aumentar em diâmetro, processo

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35
que resulta da atividade das células osteogênicas (capazes de formar osso) presentes
na camada interna do periósteo.
7.3 FATORES QUE AFETAM O DESENVOLVIMENTO DOS OSSOS
Um certo número de fatores pode influenciar grandemente o desenvolvimento
do osso. Entre os fatores mais importantes estão:
-

Pressão: o osso é um tecido vivo que é capaz de ajustar a sua resistência

proporcionalmente ao grau de pressão a que está sujeito. Quantidade aumentada de
matriz óssea é depositada no osso como resposta a sujeição prolongada a cargas
pesadas. Inversamente, se o osso não está sujeito à pressão, os sais são retirados do
osso.
-

Hormônios: os hormônios das glândulas paratireóides e tireóide têm particular

importância no desenvolvimento do osso.

O aumento no nível do hormônio da

paratireóide – parato-hormônio – aumenta a reabsorção de osso. O hormônio
calcitonina da glândula tireóide tem um efeito oposto ao do parato-hormônio. Qualquer
remodelação de osso que possa ocorrer, envolve a interação desses dois hormônios.
-

Nutrição: para que ocorra o desenvolvimento normal do osso, é necessário seguir

uma dieta que forneça ao corpo uma variedade de substâncias essenciais. A vitamina D
tem particular importância, pois é necessária para a absorção apropriada de cálcio a
partir do trato gastrointestinal.

8. VARIAÇÕES
Os ossos variam de acordo com a raça, o sexo, a idade e de indivíduo para
indivíduo.
Os ossos nas mulheres são, comumente, mais leves e menores, porque as
mulheres são geralmente menores e o crescimento estaciona mais cedo. As
impressões musculares (acidentes ósseos) tendem a ser mais pronunciadas nos ossos
dos homens.

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36
9. ASPECTOS MÉDICO-LEGAIS E ANTROPOLÓGICOS
Quando ossos ou fragmentos de ossos são encontrados, é às vezes possível
determinar primeiro se os ossos são humanos, ou então se são jovens ou velhos, de
homem ou de mulher. De maior valia na determinação do sexo, na ordem de sua
importância são: (1) a pelve e o sacro (2) o crânio (3) o esterno (4) a atlas (5) os ossos
longos.

10. DIVISÃO DO ESQUELETO
Os ossos do esqueleto humano podem ser agrupados no esqueleto axial e no
esqueleto apendicular.
-

Esqueleto Axial: consiste dos ossos que formam a cabeça, a coluna vertebral e o

tórax. Esta porção do esqueleto forma o eixo principal de suporte do corpo e protege o
sistema nervoso central e órgãos do tórax.
-

Esqueleto Apendicular: inclui os ossos dos membros superiores e inferiores e os

ossos pelos quais esses membros se articulam com o esqueleto axial, isto é, as
cinturas escapular e pélvica.

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37
OSSOS INDIVIDUAIS DO ESQUELETO
1. ESQUELETO AXIAL
O esqueleto axial consiste dos ossos que formam a cabeça, a coluna vertebral
e o tórax. Esta porção do esqueleto forma o eixo principal de suporte do corpo e
protege o sistema nervoso central e os órgãos do tórax.
DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE OSSOS DO ESQUELETO AXIAL
SEGMENTO

N.º DE OSSOS

Cabeça

29

Coluna Vertebral

26

Tórax(esterno e costelas)

25

Total

80

1.1 Cabeça
A cabeça é formada por 29 ossos, 11 dos quais são pares. Esta forma:
-

Uma caixa para o encéfalo;

-

Cavidades para os órgãos da sensibilidade especial (visão, audição, equilíbrio,

olfato e gustação);
-

Aberturas para a passagem de ar e alimento;

-

Os dentes para a mastigação.

Ossos que formam a Abóboda Craniana (Calvária)
-

Frontal

-

Parietais

-

Occipital

Ossos que formam a Base da Cavidade Craniana
-

Frontal

-

Etmóide

-

Esfenóide

-

Occipital
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38
-

Temporais

Esqueleto da Face
-

Mandíbula

-

Maxilas

-

Zigomáticos

-

Nasais

-

Lacrimais

-

Palatinos

-

Conchas Nasais Inferiores

-

Vômer

Ossos que formam a Cavidade do Nariz
-

Etmóide

-

Vômer

-

Conchas nasais inferiores

-

Maxilas

Ossos que formam o Palato Ósseo
-

Maxilas

-

Palatinos

Ossos que formam a Órbita
- Teto da órbita: Frontal e Esfenóide (Asa Menor).
- Parte medial da órbita: Maxila, Lacrimal e Etmóide.
- Parede lateral da órbita: Zigomático e Esfenóide (Asa Maior).
- Assoalho da órbita: Maxila e Palatino.
Ossículos da Audição
-

Martelo

-

Bigorna

-

Estribo
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39
Hióide
A cabeça óssea apresenta cerca de 85 forames, canais ou fissuras normais,
através dos quais passam nervos e vasos sangüíneos.
1.2 TÓRAX
O esqueleto do tórax é formado pelo esterno, pelas costelas e pelas cartilagens
costais. As vértebras torácicas formam a maior parte de sua porção posterior.

-

Esterno
É um osso achatado e alongado que forma a porção mediana da parede

anterior do tórax. É composto de três partes: o manúbrio, o corpo e o processo xifóide.
A porção superior do manúbrio articula-se com a extremidade medial de cada clavícula.
Suas margens laterais articulam-se com as cartilagens costais das primeiras costelas e
com parte das cartilagens costais das segundas costelas. O corpo do esterno articulase em suas margens laterais com as cartilagens costais das segundas costelas (que
também compartilham com o manúbrio) até as sétimas costelas. O pequeno processo
xifóide não se articula com nenhuma costela. Ele serve como ponto de fixação de
diversos ligamentos e músculos, incluindo o músculo reto do abdome. A linha branca
(alba), que marca a linha mediana do abdome, também está fixada nele.

-

Costelas
São 12 pares de costelas. Os primeiros sete pares articulam-se posteriormente

com as vértebras torácicas e anteriormente com o esterno, através das cartilagens
costais. São denominadas costelas verdadeiras ou vertebroesternais. Os restantes
cinco pares são chamados de costelas falsas.
Os primeiros três pares de costelas falsas (ou seja, a oitava, nona e décima
costelas) têm suas cartilagens costais fixadas, com maior freqüência, a cartilagem da
costela situada acima delas, do que diretamente no esterno. São as chamadas costelas
vertebrocondrais. As cartilagens costais da décima-primeira e décima-segunda costelas
são curtas e não se articulam anteriormente. Por esta razão também são chamadas
costelas flutuantes ou costelas vertebrais.
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40
-

Cartilagens Costais
As cartilagens costais dão resistência ao tórax e servem de fixação anterior

para a maioria das costelas. Ao mesmo tempo, pelo fato de serem cartilagens,
conferem flexibilidade à caixa torácica para se expandir durante a respiração.
1.3 COLUNA VERTEBRAL
A coluna vertebral é o principal eixo de suporte do corpo, provendo fixação para
a cabeça, para o tórax e para a cintura pélvica. Embora seja a principal estrutura de
suporte, sua construção é tal que permite que o tronco tenha apreciável flexibilidade.
Além disso, a coluna protege a medula espinhal, enquanto dispõe de aberturas entre
vértebras adjacentes para a passagem de nervos espinhais.
A coluna vertebral embrionária consiste de 33 vértebras, que estão separadas
em 5 tipos diferentes, dependendo da região do corpo na qual se encontram:
•

7 vértebras cervicais (C1 a C7)

•

12 vértebras torácicas (T1 a T12)

•

5 vértebras lombares (L1 a L5)

•

5 vértebras sacrais (S1 a S5)

•

3 a 4 vértebras coccígeas (CO1 a C03-CO4)
No adulto as vértebras sacrais unem-se em um único osso, sacro, e as

vértebras coccígeas fundem-se para formar o cóccix. Desta forma, a coluna vertebral no
adulto tem 26 ossos separados.
Curvaturas da Coluna Vertebral
Quando examinada de perfil, a coluna vertebral do recém-nascido tem uma
única curvatura, de convexidade posterior. Quando a criança começa a levantar a
cabeça, desenvolve-se uma curvatura cervical de convexidade anterior. De maneira
similar, uma curvatura lombar secundária desenvolve-se quando a mesma começa a
andar. Se a curvatura lombar anterior é excessiva, é chamada lordose. Se a curvatura
torácica, posterior – que permanece como resquício da primeira curvatura do recémnascido – é excessiva, é chamada cifose (corcunda). A coluna vertebral é normalmente

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41
reta, sem qualquer curvatura lateral. Se existe uma curvatura lateral, fala-se em
escoliose.
Características de uma vértebra típica
Embora hajam diferenças entre as vértebras das várias regiões da coluna
vertebral, existem determinadas similaridades, de modo que é possível descrever uma
vértebra típica(padrão).
Uma vértebra típica tem um corpo anterior e espesso e um arco que se origina
na superfície posterior do corpo. Os corpos das vértebras adjacentes estão separadas
por um disco intervertebral. Cada arco da vértebra se une a superfície posterior do
corpo e envolve um forame vertebral. Os forames vertebrais das vértebras adjacentes
estão alinhados e formam um canal vertebral, através do qual passa a medula espinhal.
Processos transversos estendem-se lateralmente de cada arco da vértebra. Projetandose para a região posterior do arco da vértebra, encontra-se um processo espinhoso
mediano. Projetando-se para cima, de cada lado do arco da vértebra, encontram-se um
par de processos articulares superiores e, para baixo, um par de processos articulares
inferiores. Os forames intervertebrais, através dos quais passam os nervos espinhais,
estão localizados lateralmente entre as vértebras.
Diferenças regionais das vértebras
As vértebras de cada região apresentam características específicas que
acrescentam-se às da “vértebra típica” e que permitem que elas sejam facilmente
identificadas:
-

Vértebras Cervicais
Forames transversos: aberturas nos processos transversos que permitem a

passagem das artérias e veias vertebrais para e a partir do encéfalo.
Processos espinhosos bifurcados: Os processos espinhosos das vértebras
cervicais têm a ponta dupla (com exceção da primeira e da sétima).
Atlas (C1): a primeira vértebra cervical, que se articula com os côndilos occipitais do
crânio, não apresenta corpo nem processo espinhoso. Tem a forma de um anel,
constituído de arcos anterior e posterior.

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42
Áxis(C2): a segunda vértebra cervical tem uma projeção vertical chamada dente,
que se origina na face superior de seu corpo. Este processo funciona como um eixo ao
redor do qual gira a atlas.
Vértebra Proeminente (C7): a sétima vértebra cervical, assim chamada pelo seu
longo processo espinhoso que se sobressai além das demais outras vértebras
cervicais, tornando-se um marco na contagem de outros processos espinhosos. Seu
processo espinhoso pode ou não ser bifurcado.

-

Vértebras Torácicas
Processos espinhosos: são protuberâncias longas e afiladas que se projetam

agudamente para baixo. Esta inclinação não é tão marcante nas vértebras torácicas
mais baixas.
Facetas e semifacetas (Fóveas Costais): superfícies articulares para as costelas
no processo transverso e no corpo de todas as vértebras torácicas.

-

Vértebras Lombares
Corpos: Mais largos e mais pesados que os corpos das vértebras de outras

regiões.
Processos espinhosos: Curtos e quadrados quando comparados com os
processos espinhosos de outras regiões.

2. ESQUELETO APENDICULAR
O esqueleto apendicular inclui os ossos dos membros superiores e inferiores e
os ossos pelos quais esses membros se articulam com o esqueleto axial, isto é, as
cinturas escapulas e pélvica.
DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE OSSOS DO ESQUELETO APENDICULAR
SEGMENTO

N.º DE OSSOS

Cintura escapular

4

Membros superiores

60

Cintura Pélvica

2

Membros inferiores

60

Total

126

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43
2.1 CINTURA ESCAPULAR (CÍNGULO DO MEMBRO SUPERIOR)
A cintura escapular está localizada sobre a parte superior do tórax e é formada
pela escápula e clavícula. Sua única união com o esqueleto axial está no local onde a
extremidade medial de cada clavícula articula-se com o manúbrio do esterno. A
extremidade lateral de cada clavícula articula-se com o acrômio da escápula. As
escápulas estão fixadas à parede posterior do tórax por músculos, mas não fazem
contato diretamente com as costelas, estando separadas delas por outros músculos.
2.2 MEMBROS SUPERIORES
BRAÇO
-

Úmero: É o único osso do braço.

ANTEBRAÇO
-

Radio e Ulna: São os dois ossos paralelos do antebraço. Na posição anatômica, a

ulna é medial e o rádio é lateral.
MÃO
O esqueleto da mão consiste de ossos do carpo, osso do metacarpo e falanges.
-

Carpo: há oito ossos no carpo que estão arranjados em duas fileiras de quatro

ossos cada uma. Os ossos da fileira proximal são o escafóide, o semilunar, o piramidal
e o pisiforme. Os da fileira distal são o trapézio, o trapezóide, o capitato e o hamato
(uncinado, ganchoso ou unciforme).
-

Metacarpo: cinco ossos do metacarpo formam o esqueleto da palma da mão. No

lugar de serem nomeados, eles são numerados da lateral para a medial de I a V.
-

Falanges: o esqueleto dos dedos é formado pelas falanges. Elas são numeradas

de lateral para medial como os ossos do metacarpo. Cada dedo contém três falanges:
proximal, média e distal. O primeiro dedo (polegar) é uma exceção, pois só tem as
falanges proximal e distal.

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44
2.3 CINTURA PÉLVICA
A cintura pélvica é formada por um par de ossos do quadril ou ossos pélvicos
(coxais). Os dois ossos do quadril estão firmemente fixados por articulações posteriores
ao osso sacro (articulação sacroilíaca) e um ao outro por uma articulação anterior
(sínfise púbica).
Cada osso do quadril é um osso único formado pela fusão de três ossos
embrionários separados: ílio(superior), ísquio(posterior) e púbis(anterior). No osso
adulto, esse nomes são mantidos para as respectivas partes. Na face lateral do osso do
quadril, onde as suas respectivas partes se encontram, há uma reentrância em forma
de taça chamada acetábulo. A cabeça do fêmur se articula com o acetábulo. Abaixo do
acetábulo está situado o largo forame obturado.
Diferenças sexuais da pelve (Ver Roteiro de Imagens do Esqueleto)
Há várias diferenças estruturais entre as pelves masculina e feminina, a maioria
das quais estando relacionada com as funções de gestação e parto:
Diferenças Estruturais entre as Pelves Masculina e Feminina
Característica

Pelve Feminina

Pelve Masculina

Mais delicada

Mais Maciça

Espinhas Ilíacas Anteriores

Mais afastadas

Mais próximas

Abertura Superior

Larga, circular

Forma de coração

Estrutura Geral

Mais larga; Os túberes
Abertura Inferior

isquiáticos se encontram

Mais estreita

bastante afastados
Arco púbico
Forame obturado
Acetábulo

Obtuso (maior que 90º)

Agudo (menor que 90º)

Triangular

Oval

Mais anterior

Mais lateral

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45
2.4 MEMBROS INFERIORES
COXA
-

Fêmur: forma o esqueleto da coxa e é o mais longo osso do corpo.

PERNA
-

Tíbia e fíbula: o esqueleto da perna consiste em um forte osso medial, a tíbia e um

fino osso lateral, a fíbula.
PATELA
Protegendo a articulação do joelho, entre a coxa e a perna, encontra-se a
patela. É um osso sesamóide, o que significa que se forma no interior de tendões e não
está firmemente ancorada ao esqueleto.
Além de proteger o joelho, a patela melhora a ação de alavanca do músculo
quadríceps femoral, em cujo tendão está incluída.
PÉ
O esqueleto do pé consiste de ossos tarsais, metatarsais e falanges. A porção
proximal do pé, junto ao tornozelo, é formada pelos sete ossos tarsais: tálus, calcâneo,
navicular, cubóide e cuneiformes medial, lateral e intermédio.
Cinco ossos metatarsais formam a região intermediária do pé e são numerados
de I a V de medial para lateral.
O esqueleto dos dedos é semelhante ao das mãos, sendo formado por 14
falanges – três (proximal, média e distal) em cada dedo, exceto no dedo maior (hálux),
que não tem a falange média.

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46
ANEXOS

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47
ROTEIRO DE ESTUDO DOS ACIDENTES ÓSSEOS
Os acidentes ósseos são marcas nos ossos que representam pontos de fixação
de músculos esqueléticos e estruturas articulares.
TIPOS DE ACIDENTES ÓSSEOS
CRISTA: Uma linha óssea proeminente, aguçada.
CÔNDILO: Uma proeminência arredondada que se articula com outro osso.
EPICÔNDILO: Uma pequena projeção localizada acima ou no côndilo.
FACETA: Uma superfície articular lisa, quase achatada.
FISSURA: Uma passagem estreita como uma fenda.
FORAME: Um buraco; uma passagem através de um osso.
FOSSA: Uma depressão; muitas vezes usada como superfície articular; área côncava ou deprimida.
FÓVEA: Uma cova; geralmente usada como ponto de fixação, mais do que para articulação.
CABEÇA: Geralmente a extremidade maior de uma osso longo; freqüentemente separada do corpo por
um colo estreitado.
LINHA: Uma pequena elevação linear.
MEATO: Um canal dentro de um osso.
PROCESSO: Uma proeminência ou projeção.
RAMO: Um longo braço ou processo que se projeta da parte principal de um osso.
ESPINHA: Uma projeção afilada.
PROCESSO ESPINHOSO: Parte que se projeta como uma espinha.
SULCO: Uma depressão linear.
TROCANTER: Um processo globoso grande.
TUBÉRCULO: Um nódulo ou pequeno processo arredondado.
TUBEROSIDADE: Um processo amplo, maior que um tubérculo.
PROTUBERÂNCIA: Uma projeção.
INCISURA: Reentrância na margem de um osso.
MALÉOLO: Processo arredondado.
SEIO: Ampla cavidade em um osso.

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48
ROTEIRO DE ESTUDO DOS ACIDENTES ÓSSEOS
ESQUELETO AXIAL
1. CABEÇA
CRÂNIO

FACE

-

Frontal (1)

-

Nasal (2)

-

Parietal (2)

-

Maxila (2)

-

Occipital (1)

-

Lacrimal (2)

-

Temporal (2)

-

Palatino (2)

-

Etmóide (1)

-

Zigomático (2)

-

Esfenóide (1)

-

Concha nasal inferior(2)

-

Vômer(1)

-

Mandíbula(1)

OSSÍCULOS DA AUDIÇÃO
-

Martelo (2)

-

Bigorna (2)

-

Estribo (2)

HIÓIDE

-

Osso Frontal
- Face Externa
Glabela
Arco Superciliar
Margem supra-orbital
- Face Interna
Crista frontal

-

Osso Maxila
- Face Anterior
Margem infra-orbital
Espinha nasal anterior
Processo alveolar
Alvéolos dentais
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49
-

Osso Mandíbula
- Corpo da mandíbula
Processo alveolar
Alvéolos dentais
Protuberância mental
- Ramo da mandíbula
Processo coronóide
Processo condilar
Incisura da mandíbula

-

Osso Esfenóide
- Asa maior
- Asa menor
- Corpo
Sulco pré-quiasmático
Sela turca
Fossa hipofisária
Dorso da sela

-

Osso Etmóide
- Lâmina crivosa
- Crista etmoidal (Galli)
- Lâmina perpendicular
* Conchas nasais superior e média

-

Osso Temporal
- Parte Petrosa
Processo mastóide
Processo estilóide
Meato acústico interno
- Parte Timpânica
- Meato acústico externo
- Parte Escamosa
Processo zigomático
* Canal carótico
* Forame jugular

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50
-

Osso Occipital
- Forame magno
- Côndilo occipital
- Protuberância occipital externa
- Canal do hipoglosso

2. TÓRAX
- OSSO ESTERNO
- Manúbrio
Incisura jugular (fúrcula esternal)
Incisura clavicular
- Corpo
- Processo xifóide
- COSTELAS
Classificação das costelas
- Costelas Verdadeiras – I a VII
- Costelas Falsas – VIII a XII
Costelas Flutuantes – XI e XII
Características das costelas
- Cabeça da costela
- Colo da costela
- Corpo ou haste da costela
Tubérculo da costela
Ângulo da costela
Sulco da costela

3. COLUNA VERTEBRAL
- VÉRTEBRA PADRÃO (TÍPICA)
- Corpo da vértebra
- Arco da vértebra
Canal vertebral
Forame intervertebral
Forame vertebral
Processo espinhoso
Lâmina
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51
Processo transverso
Pedículo
Processo articular superior
Processo articular inferior
- VÉRTEBRAS CERVICAIS (C1 a C7)
Características Gerais (Vértebras Típicas)
- Processo espinhoso bifurcado
- Forame Transverso
Vértebras Atípicas
- Atlas (C1) - ausência de corpo vertebral
- Áxis (C2) - Processo odontóide (dente do áxis)
- Vértebra Proeminente (C7) – processo espinhoso proeminente, com ou sem bifurcação.
- VÉRTEBRAS TORÁCICAS (T1 a T12)
- Fóvea costal superior
- Fóvea costal inferior
- Fóvea costal no processo transverso
- Forame vertebral circular (oval)
- Processo espinhoso descendente
- VÉRTEBRAS LOMBARES (L1 a L5)
- Processo espinhoso curto e quadrado
- Corpo bem desenvolvido
- OSSO SACRO (S1 a S5)
- Base
Promontório
- Face pélvica
Linhas transversas
Forames sacrais anteriores
- Face dorsal
Crista sacral mediana
Forames sacrais posteriores
Canal sacral
Hiato sacral
- OSSO CÓCCIX (3 a 4 VÉRTEBRAS COCCÍGEAS)

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52
ESQUELETO APENDICULAR
1.

CINTURA ESCAPULAR E MEMBRO SUPERIOR

- OSSO ESCÁPULA
- Margens: superior, medial e lateral
- Ângulos: inferior, lateral e superior
- Face costal (anterior)
Fossa subescapular
- Face dorsal (posterior)
Espinha da escápula
Fossa supra-espinhal
Fossa infra-espinhal
- Acrômio
- Cavidade glenóide
- Tubérculo supra-glenoidal
- Tubérculo infra-glenoidal
- Colo da escápula
- Processo coracóide
- OSSO CLAVÍCULA
- Extremidade esternal
- Extremidade acromial
- Corpo da clavícula
- OSSO ÚMERO
- Cabeça do úmero
- Colo anatômico
- Colo cirúrgico
- Tubérculo maior
- Tubérculo menor
- Sulco intertubercular
- Corpo do úmero
Tuberosidade deltóidea
- Côndilo do úmero
Capítulo
Fossa radial
Tróclea
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53
Fossa coronóide
Fossa do olécrano
- Epicôndilo medial
Sulco do nervo ulnar
- Epicôndilo lateral
- OSSO RÁDIO
- Cabeça do rádio
- Colo do rádio
- Tuberosidade do rádio
- Tubérculo dorsal
- Processo estilóide
- Face articular para o carpo
Incisura do osso escafóide
Incisura do osso semilunar
- OSSO ULNA
- Olécrano
- Incisura troclear
- Processo coronóide
- Cabeça da ulna
Processo estilóide
- OSSOS DO CARPO
- Fileira proximal: Escafóide, Semilunar, Piramidal, Pisiforme
- Fileira distal: Trapézio, Trapezóide, Capitato, Hamato
- OSSOS DO METARCARPO (I a V)
- Base
- Corpo
- Cabeça
- OSSOS DAS FALANGES
- Falange proximal
- Falange média
- Falange distal

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54
2.

CINTURA PÉLVICA E MEMBRO INFERIOR

- OSSO DO QUADRIL
- Acetábulo
- Forame obturado
- Osso ílio
Crista ilíaca
Espinha ilíaca ântero-superior
Espinha ilíaca ântero-inferior
Espinha ilíaca póstero-superior
Espinha ilíaca póstero-inferior
Fossa ilíaca
Face glútea
Face sacropélvica
Face auricular
- Osso ísquio
Túber isquiático
- Osso púbis
Face sinfisial
- OSSO FÊMUR
- Cabeça do fêmur
- Colo do fêmur
- Trocânter maior
Fossa trocantérica
- Trocânter menor
- Crista intertrocantérica
- Corpo do Fêmur
Tuberosidade glútea
Face poplítea
- Côndilo medial
Epicôndilo medial
Tubérculo adutor
- Côndilo lateral
Epicôndilo lateral
- Face patelar
- Fossa intercondilar
- OSSO PATELA
- Ápice
- Base
- Faces: Anterior e Articular
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55
- OSSO TÍBIA
- Côndilo medial
- Côndilo lateral
Face articular fibular
- Eminência intercondilar
- Corpo da tíbia
Tuberosidade da tíbia
Crista anterior da tíbia
- Maléolo medial
Face articular do maléolo
- OSSO FÍBULA
- Cabeça da fíbula
- Maléolo lateral
Face articular do maléolo

- OSSOS DO TARSO
- Tálus
- Calcâneo
- Navicular
- Cubóide
- Cuneiforme medial
- Cuneiforme intermédio
- Cuneiforme lateral
- OSSOS DO METATARSO (I a V)
- Base
- Corpo
- Cabeça
- OSSOS DAS FALANGES
- Falange proximal
- Falange média
- Falange distal

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56
ROTEIRO DE IDENTIFICAÇÃO DOS ACIDENTES ÓSSEOS
ESQUELETO AXIAL
1.

CABEÇA
Crânio – Vista Anterior

Fonte: VAN DE GRAAF – Anatomia Humana, 2003.

Crânio – Vista Lateral

Fonte: VAN DE GRAAF – Anatomia Humana, 2003.
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57
Crânio – Vista Posterior

Fonte: VAN DE GRAAF – Anatomia Humana, 2003.

Vista Inferior do Crânio – Mandíbula Retirada

Fonte: VAN DE GRAAF – Anatomia Humana, 2003.

Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy

58
Secção Transversal do Crânio – Vista Superior

Fonte: VAN DE GRAAF – Anatomia Humana, 2003.

Secção Sagital do Crânio – Vista Lateral Esquerda

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.
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59
Ossículos da Audição - Esquema

Fonte: SPENCE – Anatomia Humana Básica, 1991.

Hióide - Esquema

Fonte: SPENCE – Anatomia Humana Básica, 1991.
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60
2.

TÓRAX
Arcabouço Ósseo do Tórax – Vista Anterior

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

Arcabouço Ósseo do Tórax – Vista Posterior

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.
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61
Esterno, Cartilagens Costais e Costelas

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

Estrutura da Costela – Vista Posterior

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.
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62
3. COLUNA VERTEBRAL

Coluna Vertebral

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

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63
Vértebras Cervicais Agrupadas – Vista Lateral Direita

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

Vértebras Cervicais C1 a C4 – Vista Posterior

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.
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64
Atlas e Áxis – Características Gerais

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

Vértebras Cervicais C4 e C7 – Características Gerais

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.
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65
Vértebra Torácica T6 – Vista Lateral Direita

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

Vértebra Torácica T6 – Vista Superior

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy

66
Vértebras Torácicas Articuladas T7 a T9 – Vista Posterior

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

Vértebras Lombares Agrupadas - Vista Lateral Esquerda

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy

67
Vértebra Lombar L2 – Vista Superior

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

Sacro e Cóccix – Face Pélvica (Anterior)

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy

68
Sacro e Cóccix – Face Dorsal (Posterior)

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

Sacro e Cóccix – Secção Sagital Mediana

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.
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69
ESQUELETO APENDICULAR
1. CINTURA ESCAPULAR E MEMBRO SUPERIOR
Escápula e Úmero – Vista Anterior

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

Escápula e Úmero – Vista Posterior

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.
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70
Rádio e Ulna em Supinação – Vista Anterior

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

Radio e Ulna em Pronação – Vista Anterior

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

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71
Ossos do Cotovelo em Flexão de 90º - Vistas Lateral e Medial

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

Face Articular do Carpo e Secção Frontal do Rádio

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

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72
Ossos do Carpo, Metacarpo e Falanges (Vista Anterior)

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

Ossos do Carpo, Metacarpo e Falanges (Posterior)

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

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73
2. CINTURA PÉLVICA E MEMBRO INFERIOR
Pelve Masculina - Medidas

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

Pelve Feminina - Medidas

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.
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74
Pelve Feminina – Medidas (Secção Sagital Mediana)

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

Osso do Quadril Direito – Vista Lateral

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy

75
Osso do Quadril Direito – Vista Medial

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

Fêmur Direito - Vista Anterior

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy

76
Fêmur Direito - Vista Posterior

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

Patela - Vistas Anterior e Posterior

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

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77
Tíbia e Fíbula - Vista Anterior

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

Tíbia e Fíbula - Vista Posterior

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.
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78
Ossos do Pé – Vista Dorsal

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

Ossos do Pé – Vista Plantar

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.
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79
Ossos do Pé – Vista Lateral

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

Ossos do Pé – Vista Medial

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

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80
Sistema Articular

“ A estabilidade e mobilidade do corpo humano dependem
dos tecidos que formam o Aparelho Locomotor ”
Harris, 2002

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81
1. INTRODUÇÃO
As palavras articulação (latim artículo = junção entre ossos) e junta são usadas
como sinônimos para descrever um arranjo estrutural que une dois ou mais ossos em
seu ponto de encontro.
A articulação é a conexão entre quaisquer das partes rígidas (ossos ou
cartilagens) do esqueleto.

2. FUNÇÕES
Além de serem a união entre dois ou mais ossos, muitas articulações permitem
uma apreciável movimentação nessa união, além de facilitarem o crescimento dos
ossos que se interconectam.
A estrutura de uma articulação determina a direção e amplitude de movimento
que ela permite. Nem todas as articulações são flexíveis, contudo, quando uma parte
do corpo se movimenta, outras articulações permanecem rígidas para estabilizar este e
manter o equilíbrio. A atividade coordenada das articulações permite os movimentos
sinuosos, elegantes do ginasta ou da dançarina de balé, da mesma maneira que
permite todas as ações comuns associadas com caminhar, comer, escrever e falar.

3. CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES
As articulações podem ser classificadas seguindo-se dois critérios:
•

De acordo com o tecido que conecta os ossos

•

De acordo com o movimento realizado pela articulação
TIPOS DE ARTICULAÇÃO
QUANTO AO TECIDO

QUANTO AO MOVIMENTO

Fibrosa

Sinartrose

Cartilaginosa

Anfiartrose

Sinovial

Diartrose

Antigamente as articulações eram classificadas como imóveis (fibrosas), semimóveis(cartilaginosas) e móveis(sinoviais). As articulações fibrosas e cartilaginosas são
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82
estabelecidas pela continuidade dos ossos circulantes através do tecido interposto. As
articulações sinoviais se fazem por contigüidade, já que uma cavidade separa os ossos
circulantes:
Relação de Continuidade - Articulações entre os Ossos Planos do Crânio

Relação de Contigüidade - Articulação do Quadril

Fonte: Pesquisa do Autor, 2004.

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83
4. ARTICULAÇÕES FIBROSAS OU SINARTROSES
Nesse tipo de articulação os ossos são mantidos juntos por tecido conjuntivo
fibroso.
Há muito pouco espaço entre as extremidades dos ossos, não sendo permitido
nenhum movimento apreciável. Devido a este fato são também denominadas
sinartroses (articulação imóvel). De fato, alguns movimentos de “pequena amplitude”
são realizados.
São divididas em:
4.1 SUTURAS
Nas suturas, as extremidades dos ossos têm interdigitações ou sulcos que os
mantêm íntima e firmemente unidos, com as fibras de conexão sendo muito curtas,
preenchendo a fenda de conexão entre os ossos. As suturas são encontradas entre os
ossos planos do crânio.
As suturas podem ser divididas em três tipos, de acordo com a forma das
extremidades de contato articular:
-

Suturas planas: as extremidades de contato entre os ossos são retilíneas.

Ex. articulação internasal.
-

Suturas denteadas: as extremidades são em forma de dente ou de serra.

Ex. articulação frontoparietal – sutura coronal; articulação interparietal – sutura sagital;
articulação occipitoparietal – sutura lambdóide.
-

Sutura escamosa: caracterizada por extremidades em forma de escama ou bisel.

Ex. articulação têmporoparietal.
Uma sinostose é uma articulação do tipo sutura que está presente durante o
crescimento do crânio, mas que no adulto ossifica-se totalmente. O osso frontal, por
exemplo, durante a sua formação apresenta dois componentes separados, mas a sua
sutura desaparece na maioria dos indivíduos quando o crânio completa o seu
desenvolvimento.

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84
Sinostose

Fonte: Adaptado de Sobotta - Atlas Van de menselijke Anatomie, 2000.

4.2 GONFOSES
As gonfoses são articulações que se caracterizam por uma superfície em forma
de pino e outra em forma de receptáculo.
Ex. articulações dentoalveolares (processos alveolares da mandíbula e maxila)
4.3 ESQUINDILESE
É um tipo de articulação fibrosa em que uma superfície em forma de crista de
um osso (ex. corpo do esfenóide) se aloja em uma superfície em forma de fenda de
outro osso (fenda entre as asas do vômer).

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85
Articulação entre o Vômer e o Corpo do Esfenóide – Articulação entre Processo
Alveolar da Maxila e os Alvéolos Dentais

Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

4.4 SINDESMOSE
Nas

sindesmoses

os

ossos

estão

um

pouco

mais

afastados

e

consequentemente as fibras de tecido fibroso que conectam os mesmos são mais
largas e maiores e geralmente referidas como ligamentos. Nas sindesmoses os ossos
não estão tão unidos como nas suturas, podendo assim ocorrer algum movimento,
melhor descritos como elasticidade, mas não movimentos verdadeiros.
Ex. articulação tibiofibular distal; articulação tibiofibular média – membrana interóssea
da perna; articulação radioulnar média – membrana interóssea do antebraço.

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86
Membrana Interóssea do Antebraço – Vista Anterior

Fonte: Pesquisa do Autor, 2004.

5. ARTICULAÇÕES CARTILAGINOSAS OU ANFIARTROSES
Nesse tipo de articulação, os ossos estão mantidos unidos por tecido
cartilaginoso. Pelo fato de serem observados pequenos movimentos nessas
articulações (mais que nas articulações fibrosas), elas também são classificadas como
anfiartroses.
Podem ser divididas em:
5.1 SINCONDROSES
Os ossos de uma articulação desse tipo estão unidos por cartilagem hialina.
Muitas sincondroses são articulações temporárias, com os ossos substituindo a
cartilagem. Esta substituição ocorre entre as epífises e diáfises dos ossos longos e
entre certos ossos do crânio. As articulações esternocostais (figura abaixo) são
exemplos de sincondroses que muitas vezes se mantém permanentes.
Ex. articulação manubrioesternal (figura abaixo); articulação xifoesternal (figura abaixo);
articulação esfeno-occipital; cartilagem epifisária.
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87
Esterno e Cartilagens Costais – Vista Anterior

Fonte: Sobotta - Atlas Van de menselijke Anatomie, 2000.

O principal papel das suturas e das sincondroses é o de facilitar o crescimento
ósseo e não o de movimentação.
5.2 SÍNFISES
Nesse tipo de articulação as superfícies dos ossos estão cobertas por uma fina
camada de cartilagem hialina. Separando os ossos da articulação encontram-se “coxins
fibrocartilaginosos”, que são como discos compressíveis que permitem à sínfise
absorver choques.
Ex.

articulação

interpúbica

–

sínfise

púbica

(figura

abaixo);

articulação

intercorpovertebral – disco intervertebral.

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88
Articulação Interpúbica - Sínfise Púbica

Fonte: Pesquisa do Autor, 2004.

6. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS OU DIARTROSES
As articulações sinoviais são caracterizadas por serem livremente móveis,
sendo seu movimento limitado por ligamentos, músculos, tendões ou ossos adjacentes.
Pela sua liberdade de movimentos, são referidas como diartroses (significa articulação
móvel).
6.1 CARACTERÍSTICAS DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
As articulações sinoviais possuem cinco características que são típicas de
todas as articulações desse tipo:
-

Cápsula articular: é uma dupla membrana que envolve e encerra a articulação. A

sua camada mais externa é composta de tecido conjuntivo fibroso denso, cujas fibras
estão firmemente aderidas ao periósteo dos ossos. Feixes paralelos de fibras na
camada mais externa formam ligamentos que fortalecem a articulação. A camada mais
interna da cápsula é conhecida como membrana sinovial.

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89
A cápsula articular é bem suprida de fibras nervosas que não somente fazem a
percepção de uma possível dor, como também provêm informações referentes ao
movimento e posição da articulação.

-

Membrana sinovial: consiste de tecido conjuntivo frouxo, cuja superfície interna é

bem suprida de capilares. A membrana se apresenta formada por dobras que se
projetam na cavidade articular, revestindo esta. Entretanto, não recobre as superfícies
das cartilagens articulares ou do disco articular. A membrana produz e secreta o líquido
sinovial.
-

Líquido sinovial: é um líquido espesso produzido e secretado pela membrana

sinovial. É responsável pela lubrificação das superfícies articulares e pela nutrição da
cartilagem articular. De fato, o líquido sinovial serve como um elemento amortecedor
de peso na articulação, desde que mantém as cartilagens articulares dos ossos que
formam a articulação separados, não permitindo que estes façam contato entre si.
Normalmente, somente é secretada a quantidade suficiente de líquido para
formar um delgado filme nas superfícies que se articulam. Em uma articulação que é
lesionada ou torna-se inflamada, entretanto, sua produção pode ser estimulada e o
excesso de fluido pode se acumular causando inchaço e desconforto.

-

Cartilagem articular: é uma fina camada de cartilagem hialina que cobre a

superfície articular lisa dos ossos. No local onde se encontra, não há presença de
periósteo.
-

Cavidade articular: é o espaço articular, interior à cápsula e que é preenchido por

líquido sinovial.
Além dessas cinco características, algumas articulações sinoviais possuem
discos articulares, ou no caso do joelho, meniscos, de fibrocartilagem, que se
estendem para dentro da articulação a partir da cápsula articular. A articulação
têmporomandibular, a articulação esternoclavicular e a articulação radioulnar distal
contêm discos articulares.

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90
Fonte: Adaptado de Sobotta - Atlas Van de menselijke Anatomie, 2000.

Em acréscimo ao fortalecimento proporcionado pelos ligamentos formados na
camada fibrosa da cápsula, vários músculos e seus tendões, que atravessam as
articulações, estabilizam-nas enquanto permitem que se movam.
BOLSAS SINOVIAIS E BAINHAS DOS TENDÕES
As membranas sinoviais formam duas outras estruturas que, embora não
façam realmente parte das articulações sinoviais, estão freqüentemente associadas a
elas. São as bolsas sinoviais e as bainhas dos tendões. Ambas estruturas contêm
líquido sinovial e servem para reduzir o atrito durante o movimento entre uma estrutura
– como a pele, músculos, tendões ou ligamentos – e o osso:

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91
Bolsa Sinovial

Bainha do Tendão

Fonte: SPENCE, Alexander. Anatomia Humana Básica. 2.ed. São Paulo, Manole, 1991.

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92
6.2 MOVIMENTOS DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
As

articulações

sinoviais,

diferentemente

das

articulações

fibrosas

e

cartilaginosas, são classificadas como base no movimento que elas permitem. Os
movimentos gerais permitidos pelas articulações sinoviais podem ser colocados em
quatro grupos: deslizamento, movimentos angulares, circundução e rotação. Além
disso, diversas articulações sinoviais permitem movimentos que são exclusivamente
próprios delas. Estes movimentos são considerados movimentos especiais.
TIPOS DE MOVIMENTOS
1. Deslizamento: é o tipo mais comum de movimento que pode ocorrem em uma
articulação sinovial. Neste movimento, as superfícies dos ossos adjacentes movemse para frente e para trás, uma contra a outra.
2. Movimentos angulares: são movimentos que aumentam ou diminuem o ângulo
entre dois ossos adjacentes. Há quatro tipos de movimentos angulares:
-

Flexão: ocorre quando um osso é movimentado em um plano ântero-posterior, em
um trajeto que diminui o ângulo entre ele e o osso adjacente. A coluna vertebral é
flexionada quando se curva para frente. A tração do calcanhar para cima,
consequentemente abaixando a região dos dedos do pé, é referida como flexão
plantar.

-

Extensão: é o oposto à flexão, causando o aumento do ângulo entre os ossos
articulados. A hiperextensão é causada quando um segmento é movimentado para
além da sua posição ortostática, como no encurvamento das costas para trás ou
posicionamento dos membros posteriormente, para trás do plano do corpo. A
aproximação do dorso do pé em direção à canela é freqüentemente considerada
como uma extensão do pé, mas é chamada dorsiflexão.

-

Abdução: quando uma parte do corpo, tal como um membro é movimentada para
longe da linha mediana do corpo, ocorre abdução. No caso dos dedos da mão, a
abdução envolve o movimento deles para longe da linha mediana da mão. A
abdução dos dedos do pé é verificada pelo movimento deles para longe do eixo
longitudinal do segundo dedo.

-

Adução: é o oposto da abdução e envolve o movimento de uma parte do corpo em
direção à linha média do mesmo. No caso dos dedos da mão, o movimento se faz
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93
em direção à linha mediana da mão. A adução dos dedos do pé é verificada pelo
movimento deles em direção ao eixo longitudinal do segundo dedo.
3. Circundução: o movimento articular conhecido como circundução delineia um
cone, onde a base é desenhada pelo movimento da parte distal do osso e o ápice
na cavidade articular. O movimento é uma combinação seqüencial de flexão,
abdução, extensão e adução. A circundução é comum nas articulações do quadril e
ombro, mas também é possível em outras articulações.
4. Rotação: o movimento de um osso ao redor de um eixo central, sem nenhum
deslocamento desse eixo, é chamado rotação. Se a face anterior de um osso se
move para dentro, o movimento é chamado rotação medial (interna). Quando a
superfície anterior de um osso se move para fora, ocorre rotação lateral (externa).
-

Supinação: o termo é utilizado para descrever a rotação do antebraço para fora,
fazendo com que a palma da mão fique posicionada anteriormente e o rádio e ulna
fiquem paralelos. Na posição anatômica, o antebraço está supinado.

-

Pronação: o termo é utilizado para descrever a rotação do antebraço para dentro,
fazendo com que o rádio se posicione diagonalmente sobre a ulna e as palmas das
mãos fiquem para trás (posteriormente).

5. Movimentos especiais: algumas articulações permitem movimentos especiais, que
não

podem

ser

descritos

como

nenhum

dos

movimentos

anteriormente

mencionados. Esses movimentos são:
-

Elevação: é o movimento que ergue uma parte do corpo. É comumente utilizado
para fazer referência ao elevamento da escápula, como no encolhimento dos
ombros, ou à elevação da mandíbula, quando se fecha a boca.

-

Depressão: é o movimento que abaixa uma parte do corpo. Este termo é
freqüentemente utilizado para fazer referência ao abaixamento da escápula ou da
mandíbula.

-

Inversão: Torcendo o pé de tal modo que a planta fique voltada para dentro, como
sua margem interna elevada.

-

Eversão: torcendo o pé de tal modo que a planta fique voltada para fora, com sua
margem externa elevada.

-

Protração: é o movimento que desloca uma parte do corpo (como a mandíbula)
para frente.
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94
-

Retração: é o movimento que faz retornar a parte protraída para a posição usual.

Principais Movimentos das Articulações Sinovais

Fonte: SPENCE, Alexander. Anatomia Humana Básica. 2.ed. São Paulo, Manole, 1991.

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95
6.3 TIPOS DE ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
Com base nos movimentos permitidos e na forma das superfícies articulares
envolvidas, é possível separar as articulações sinoviais em sete tipos:
PLANAS
São formadas principalmente pela aposição de superfícies articulares
achatadas ou levemente encurvadas. Nestas articulações ocorrem movimentos de
deslizamento, que são possíveis em qualquer direção, sendo limitados somente pelos
ligamentos ou processos ósseos que rodeiam a articulação. São exemplos: articulação
radioulnar distal; articulação tibiofibular proximal; articulação acromioclavicular;
articulação sacroilíaca.
GÍNGLIMO OU DOBRADIÇA
Nas articulações do tipo gínglimo, as superfícies articulares têm uma tal forma
que únicos movimentos possíveis são a flexão e a extensão. São exemplos as
articulações úmero-ulnar, articulações interfalângicas e a articulação do joelho.
Vários autores classificam a articulação do joelho como condilar, pelo fato de
permitir os movimentos de rotação interna e externa associados à sua flexão, além das
características morfológicas de uma articulação condilar (descritos abaixo).
PIVÔ OU TROCÓIDE
O único movimento permitido em uma articulação desse tipo é a rotação ao
redor de um eixo longitudinal do osso. Exemplos são a rotação da primeira vértebra
cervical (atlas) ao redor do dente da segunda vértebra cervical(áxis) – articulação
atlanto-axial e as articulações proximais entre o rádio e a ulna(radioulnar proximal).
ELIPSÓIDES
São articulações que possuem uma superfície articular côncava e outra
ligeiramente convexa. Assim, permitem movimento em dois planos perpendiculares
entre si. Podem ocorrer nestas articulações os movimentos de flexão, extensão,

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96
abdução, adução e circundução. São exemplos as articulações metacarpofalângica e
radiocárpica.
SELARES
As articulações selares permitem os mesmos movimentos das elipsóides:
flexão, extensão, abdução, adução e circundução. A superfície articular de cada osso é
côncava em uma direção e convexa na outra. Desse modo, elas se relacionam como
duas selas cujas superfícies giraram 90 graus e se colocaram uma contra a outra. São
exemplos as articulações calcaneocubóidea eo carpometacárpica do polegar.
Segundo vários autores, a única articulação selar verdadeira do corpo é a
articulação carpometacárpica do polegar.
ESFERÓIDES
As articulações esferóides são formadas por uma cabeça esférica de um osso
contrapondo-se a uma cavidade em forma de taça do outro. Além dos movimentos de
flexão, extensão, abdução e adução, as articulações esferóides permitem a rotação
interna e externa. São exemplos: articulação do ombro (glenoumeral) e articulação do
quadril (coxofemoral).
CONDILAR
São articulações caracterizadas por apresentarem as superfícies articulares
ovais, arredondadas. São exemplos: articulação do joelho; articulação úmero-radial,
articulação atlanto-occipital; articulação têmporomandibular.

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97
Estrutura e Função das Principais Articulações Sinoviais
Fonte das imagens: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.

1. ARTICULAÇÃO TÊMPOROMANDIBULAR (ATM)
A ATM é uma articulação sinovial do tipo condilar, constituída pelo processo
condilar da mandíbula e a fossa mandibular do osso temporal. Um disco articular divide
a cavidade articular em dois compartimentos, um superior e outro inferior. A cápsula
articular da ATM é frouxa e se fixa às margens da área articular no osso temporal e em
torno do colo da mandíbula. A parte espessa da cápsula forma o ligamento lateral
(temporomandibular), que reforça a ATM lateralmente. Existem duas membranas
sinoviais: uma reveste a cápsula fibrosa superiormente ao disco e a outra reveste sua
porção inferior. Além do ligamento lateral, mais dois ligamentos unem a mandíbula ao
crânio (nenhum deles acrescenta muita força à articulação): ligamento estilomandibular
– que faz trajeto desde o processo estilóide do osso temporal até o angula da
mandíbula, e ligamento esfenomandibular – que tem percurso desde a espinha do osso
esfenóide até a língula da mandíbula.
Ligamentos da ATM – Vista Lateral

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98
Os movimentos da mandíbula são: depressão, elevação (oclusão), protusão
(protração), retrusão (retração) e movimento lateral.
Quando a mandíbula é abaixada (deprimida) durante a abertura da boca, a sua
cabeça e o disco articular movem-se anteriormente na face articular, até que a cabeça
fique inferiormente ao tubérculo articular. Quando ocorre esse deslizamento para frente,
a cabeça da mandíbula roda na face inferior do disco articular, permitindo a realização
de movimentos simples como mastigação ou trituração de pequeno alcance. Durante a
protusão e a retrusão da mandíbula, a cabeça e o disco articular deslizam anterior e
posteriormente na face articular do osso temporal, com as articulações em ambos os
lados se movimentando juntas.
ATM – Ação Articular

Os movimentos da ATM resultam da ação dos músculos mastigatórios.

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99
2. COLUNA VERTEBRAL
As articulações entre as vértebras adjacentes são de dois tipos: uma série de
sínfises cartilaginosas entre os corpos das vértebras e uma série de articulações
sinoviais planas entre os processos articulares das vértebras. Um certo número de
ligamentos se estendem entre a atlas, a áxis e os ossos occipitais e outros conectam
as vértebras restantes num firme e flexível suporte axial.
Os corpos das vértebras são mantidos juntos por discos intervertebrais fibrosos.
Cada disco é composto de uma firme porção exterior, chamada de anel fibroso, e uma
porção central mais mole, o núcleo pulposo:
Partes do Disco Intervertebral

Passando ao longo da superfície ventral dos corpos das vértebras encontra-se
o ligamento longitudinal anterior. Uma faixa semelhante de fibras, chamada de
ligamento longitudinal posterior, passa ao longo da superfície dorsal dos corpos
vertebrais. Ambos os ligamentos estendem-se desde a segunda vértebra cervical até o
sacro:

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100
Ligamentos da Transição Atlanto-Occipital e Região Cervical – Vista Lateral Direita

Ligamentos Vertebrais da Região Lombossacral – Vista Lateral Esquerda

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Apostila i introdução a anatomia e aparelho locomotor

  • 1. APOSTILA DE ANATOMIA HUMANA Introdução à Anatomia Humana Anatomia do Aparelho Locomotor Material Didático dos Professores: Márcio Oliveira Régis Correia José Roberto Pimenta de Godoy Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 1
  • 2. ORAÇÃO AO CADÁVER DESCONHECIDO "Ao curvar-te com a lâmina rija de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembra-te que este corpo nasceu do amor de duas almas; cresceu embalado pela fé e esperança daquela que em seu seio o agasalhou, sorriu e sonhou os mesmo sonhos das crianças e dos jovens; por certo amou e foi amado e sentiu saudades dos outros que partiram, acalentou um amanhã feliz e agora jaz na fria lousa, sem que por ele tivesse derramado uma lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece. Seu nome só Deus o sabe; mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir a humanidade que por ele passou indiferente" Karel Rokitansky (1876) Ao cadáver, respeito e agradecimento Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 2
  • 3. Introdução à Anatomia Humana A lição de Anatomia do Dr. Nicolaes Tulp (1632) Rembrandt Harmenszoon Museu Mauritshuis (Haia) “ A Anatomia se relaciona tanto com a medicina quanto com a arte e deve ser considerada ciência e arte ” Prof. Liberato Di Dio Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 3
  • 4. 1. DEFINIÇÃO A Anatomia é o ramo da biomorfologia, ou seja, da ciência que trata da forma e arquitetura dos seres vivos, que estuda micro e macroscopicamente a conformação e o desenvolvimento dos organismos. A Anatomia Humana restringe-se ao estudo do corpo humano. No passado, os termos Anatomia e Morfologia eram utilizados como sinônimos, porém atualmente a anatomia humana, em sentido restrito, é o ramo da biomorfologia que trata das estruturas em nível macroscópico, estando as estruturas microscópicas sob a responsabilidade da Histologia e da Biologia Celular. O termo Anatomia, etimologicamente, tem origem Grega (anatomé): Ana – distributivo, em partes; Tomé – corte, ou Temnein - cortar. A associação das palavras significa dissecação. Como sua origem indica, o estudo da Anatomia está largamente baseado na dissecação, entretanto, campos de estudo mais recentes envolvem o uso de métodos e técnicas que propiciam valioso suplemento à mesma. 2. CAMPOS DE ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA Como o seu nome indica, a Anatomia Humana limita-se ao estudo do corpo humano. Porém, este pode ser estudado sob diferentes contextos, ou campos de estudo da Anatomia. 2.1 Anatomia Sistêmica ou Sistemática A Anatomia Sistêmica ou Sistemática compreende o estudo do corpo humano como uma série de órgãos anatomicamente ou funcionalmente unidos, desempenhando uma função em comum, ou com a mesma finalidade. Essa organização está de acordo com a teoria celular descrita por Schleiden em 1838 e Schwann em 1839, que afirma que a célula é a unidade fundamental, morfofuncional do corpo humano. Células unem-se para formar Tecidos, que por sua vez se reúnem na conformação de Órgãos, que então se agrupam em Sistemas. Muitas vezes Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 4
  • 5. dois ou mais Sistemas estão relacionados de tal forma que podem ser descritos como uma unidade maior, denominada Aparelho, como é o caso do Aparelho Locomotor, formado pelos Sistemas Esquelético, Articular e Muscular. Outros exemplos de sistemas do corpo humano são: Sistema nervoso, Sistema Digestório, Sistema Respiratório e etc. 2.2 Anatomia Regional (Topográfica ou Cirúrgica) A anatomia regional divide o corpo humano em regiões e nestas é feito um estudo de suas estruturas e relações. Por exemplo, o corpo humano pode ser dividido em Cabeça e Pescoço, Tórax, Abdome, Pelve, Dorso, Membro Superior e Membro Inferior. Nesse caso, as estruturas de cada uma dessas regiões são descritas separadamente das estruturas das demais, independente das relações sistemáticas entre as mesmas. Trata-se de um campo de estudo interessante ao cirurgião, afinal este abordará a região específica da sua especialidade. 2.3 Anatomia Clínica ou Aplicada Trata-se do estudo da anatomia com ênfase nos aspectos da estrutura, função e patologia do corpo que são importantes no exercício das profissões na área da saúde. 2.4 Anatomia de Superfície A anatomia de superfície, muitas vezes referida como anatomia do indivíduo vivo ou do vivente, estuda o corpo vivo em repouso ou em ação, cujo principal objetivo é o reconhecimento de estruturas situadas sob a pele. O estudo da anatomia de superfície pode ser feito com base em fotos ou mesmo através da inspeção do indivíduo desnudo. Seu estudo traz grandes benefícios à anatomia palpatória (descrito adiante) e é extremamente relevante para fisioterapeutas, entre outros profissionais. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 5
  • 6. 2.5 Anatomia Palpatória Trata-se do estudo da anatomia com base na palpação das estruturas superficiais e profundas, passíveis de serem identificadas sob a superfície da pele. Corresponde-se com a anatomia de superfície, sendo de grande relevância na pratica da fisioterapia e outras áreas da saúde. Existem autores que agrupam a anatomia de superfície e a anatomia palpatória em um estudo comum, denominado anatomia do indivíduo vivo. 2.6 Anatomia do Desenvolvimento Focaliza o desenvolvimento do corpo a partir do ovo fertilizado até a forma adulta. Está associada a Embriologia Humana. 2.7 Anatomia Radiológica Trata-se de um campo relativamente recente de estudo da anatomia, em o corpo humano pode ser visualizado por meio de técnicas radiológicas, como na identificação de estruturas em radiografias ou mesmo nos exames mais modernos, como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética. Este estudo permite o reconhecimento de estruturas tanto do cadáver, quanto do vivente e é largamente utilizado na anatomia clínica. 2.8 Anatomia Comparada A Anatomia Comparada estabelece comparações entre os aspectos anatômicos de diferentes animais. Pelo fato de as origens de vários animais serem semelhantes, o seu estudo estabelece importantes relações funcionais entre os mesmos. É muito relevante a sua contribuição no entendimento dos aspectos evolutivos dos diferentes animais. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 6
  • 7. 3. MÉTODOS DE ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA Apesar de largamente baseada na dissecação, como a etimologia do seu nome indica, o estudo da anatomia humana envolve vários métodos, que se correspondem com os seus campos de estudo: • Inspeção: análise através da visão, que pode ser de órgãos externos ou internos. • Palpação: análise através do tato, que pode ser utilizada para medir a pulsação, verificar tendões ou saliências ósseas, entre outras estruturas. • Percussão: análise através de batimentos digitais na superfície corporal, que pode produzir sons audíveis, ajudando na determinação de órgãos ou estruturas. • Ausculta: analisar ouvindo determinados órgãos em funcionamento (ex. coração, intestino, pulmões). • Mensuração: Permite a avaliação da simetria corporal. • Dissecação: consiste na separação minuciosa dos diferentes órgãos para uma melhor visualização. • Métodos de Estudo por Imagem: inclui os antigos e novos métodos de obtenção de imagens do corpo humano: radiografias, ressonância magnética, ultrassonografia, tomografia computadorizada e etc. 4. TERMINOLOGIA ANATÔMICA A terminologia anatômica é o conjunto de termos utilizados para indicar e descrever as partes do corpo humano. Trata-se da base da linguagem técnica utilizada em Anatomia, Medicina, Odontologia, Fisioterapia e demais ciências da saúde, bem como todas as ciências biológicas que tratam da estrutura do homem. Pode ser dividida em terminologia anatômica geral e especial. No primeiro caso, compreende os termos gerais, que são relativamente poucos, como a divisão do corpo humano, as suas principais regiões e os eixos e planos que o limitam ou seccionam. Já a terminologia especial, compreende cerca de seis mil nomes de todas as estruturas macroscópicas do corpo e suas partes. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 7
  • 8. 5. POSIÇÃO ANATÔMICA Para estudar e indicar as partes do corpo humano, toma-se como padrão ou modelo uma posição convencional, chamada posição anatômica para descrição do indivíduo. Segue abaixo a descrição da posição anatômica: Corpo ereto; Membros Superiores pendentes naturalmente, adjacentes ao corpo, de cada lado do tronco e com as palmas das mãos voltadas para frente; Membros Inferiores estendidos, unidos, com os pés juntos e acolados e com as pontas dos dedos também dirigidos para diante; Olhar em direção ao horizonte. Esta posição é sempre utilizada como referência, podendo o indivíduo estar sentado, deitado em qualquer dos decúbitos para dissecação, necropsia, exame físico clínico, cirurgia, mas o observador deverá sempre descrevê-lo imaginando-o na posição anatômica. Posição Anatômica Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 8
  • 9. 6. DIVISÃO DO CORPO HUMANO O corpo humano pode ser dividido da seguinte maneira: CABEÇA PESCOÇO TRONCO MEMBROS Cada uma dessas partes apresenta-se subdividida da forma abaixo: - Cabeça Crânio Face - Tronco Tórax Abdome Pelve Dorso - Membros Superiores Porção Fixa (raiz): Ombro Porção Móvel: Braço, Antebraço e Mão - Membros Inferiores Porção Fixa (raiz): Quadril Porção Móvel: Coxa, Perna e Pé Entre o braço e o antebraço, encontra-se a articulação do cotovelo; entre o antebraço e mão, encontra-se a articulação do punho. Entre a coxa e a perna encontra-se o joelho; entre a perna e o pé encontra-se o tornozelo. Cada subdivisão apresenta ainda outras divisões e regiões de importância topográfica: - Cabeça Fronte (Região Frontal) Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 9
  • 10. Região Occipital (Occipúcio) Têmpora (Região Temporal) Região Mastóidea Orelha Região Zigomática Crânio Face: Olho, Bochecha, Nariz, Boca e Mento (Região Mentual) - Pescoço Região Cervical Posterior - Tronco Tórax: Peito (Região Peitoral), Região Mamária, Região Inframamária e Axila (Fossa axilar). Abdome: Região umbilical, Região Inguinal, Região Púbica. Dorso: Região Lombar, Região Sacral. - Membros Superiores Cíngulo do Membro Superior Região Cubital: Região Cubital Anterior (Fossa Cubital) Palma da Mão (Face Volar) Dorso da Mão Eminência Tênar e Hipotenar - Membros Inferiores: Cíngulo do Membro Inferior Região Glútea (Nádegas): Fenda Interglútea Região Poplítea Região Sural Planta do Pé Dorso do Pé Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 10
  • 11. Principais Partes e Regiões do Corpo Humano Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003. 7. TERMOS DE SITUAÇÃO, DIREÇÃO, RELAÇÃO E COMPARAÇÃO Para citas as estruturas do corpo humano, suas devidas partes e ainda comparar a sua situação entre elas, torna-se necessário a utilização de termos apropriados. Estes são: Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 11
  • 12. TERMO SIGNIFICADO Direito - Esquerdo - Anterior ou Ventral Situado na frente de; a frente do corpo Posterior ou Dorsal Situado atrás de; a parte posterior do corpo Superior ou Cranial Voltado para a cabeça; em posição relativamente alta Inferior ou Caudal Afastado da cabeça; em posição relativamente baixa Superficial ou Externo Localizado próximo ou na superfície do corpo Profundo ou Interno Localizado mais afastado ou mais profundamente da superfície do corpo do que as estruturas superficiais Mais próximo de qualquer ponto de referência (raiz para Proximal membros), como a origem de um estrutura ou o centro do corpo Afastado de Distal qualquer ponto de referência (raiz para membros), como a origem de um estrutura ou o centro do corpo Médio Localizado entre uma estrutura proximal e outra distal Medial Mais próximo da linha média do corpo humano Lateral Mais afastado da linha média do corpo humano Intermédio Situado entre uma estrutura medial e outra lateral Homolateral ou Ipsilateral Contralateral Do mesmo lado Do lado oposto Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 12
  • 13. Termos de Situação, Direção, Relação e Comparação Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003. 8. PLANOS ANATÔMICOS DE SECÇÃO Os planos anatômicos de secção são utilizados com o objetivo de cortar o corpo humano em partes ou metades, de modo a possibilitar o estudo de sua estrutura interna. Dentre eles, os mais importantes são: • Plano de Secção Sagital Mediano: divide o corpo humano em metades direita e esquerda. • Plano de Secção Sagital ou Sagital Paramediano: divide o corpo humano em partes direita e esquerda. • Plano de Secção Frontal ou Coronal: divide o corpo humano em partes anterior e posterior. • Plano de Secção Transversal: divide o corpo humano em partes superior e inferior. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 13
  • 14. Planos de Secção Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003. 9. ORGANIZAÇÃO DO CORPO 9.1 Níveis Estruturais e Funcionais de Organização - Nível de Célula A célula é o componente estrutural e funcional básico da vida. Os humanos são organismos multicelulares compostos de 60 a 1000 trilhõs de células. É no nível celular microscópico que tais funções vitais como o metabolismo, crescimento, irritabilidade(resposta a estímulos) reparo e replicação são executadas. As células são constituídas por átomos – particulas minúsculas que são ligadas entre si para formar estruturas maiores chamadas moléculas. Certas moléculas, por sua Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 14
  • 15. vez, são agrupadas em arranjos específicos para formar estruturas funcionais menores chamadas organelas. Cada organela realiza uma função específica dentro da célula. - Nível de Tecido Tecidos são camadas ou grupos de células semelhantes que executam uma função comum. O corpo inteiro está composto de apenas quatro tipos principais de tecido: epitelial, conjuntivo, nervoso e muscular. - Nível de Órgão Um órgão é um agregado de dois ou mais tipos de tecidos que executam uma função específica. Os órgãos localizam-se ao longo do corpo e variam grandemente em tamanho e função. Cada órgão geralmente tem um ou mais tecidos primários e vários tecidos secundários. No estômago, por exemplo, o tecido epitelial em seu interior é considerado o tecido primário porque as funções básicas de secreção e absorção acontecem dentro desta camada. Tecidos secundários do estômago são o tecido conjuntivo de sustentação e os tecidos vascular, nervoso e muscular. - Nível de Sistema Os sistemas do corpo constituem o próximo nível de organização estrutural. Um sistema do corpo consiste em vários órgãos que têm funções semelhantes ou interrelacionadas. Exemplos de sistemas são o sistema circulatório, sistema nervoso, sistema digestório e sistema endócrino. Certos órgãos podem servir a dois sistemas. O pâncreas, por exemplo, faz parte dos sistemas endócrino e digestório; a faringe serve aos sistemas respiratório e digestório. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 15
  • 16. Níveis Estruturais e Funcionais de Organização do Corpo Humano Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003. Embora o corpo seja o resultado da integração de todos os sistemas, há alguns sistemas que, devido a relações mais íntimas no desenvolvimento, situação, função e devido a fatores didáticos, podem ser associados ou agrupados, caso em que recebem o nome de Aparelho. 9.2 Princípios Gerais de Construção do Corpo Humano Pequenas diferenças, ainda que mínimas, são sempre notáveis entre os indivíduos. Não há dois indivíduos perfeitamente idênticos. Ao analisar a estrutura do corpo humano, reconhece-se que ela obedece: 1 - Ao plano de organização dos vertebrados 2 - A um plano de construção característico da espécie Homo sapiens 3 - A um plano de constituição individual Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 16
  • 17. Como vertebrado, o ser humano tem o corpo com a construção geral que obedece aos princípios que se seguem: - Simetria Bilateral (Antimeria) O plano sagital mediano divide o corpo em metades semelhantes (não idênticas), que são denominadas antímeros direito e esquerdo. Do ponto de vista anatômico e fisiológico, não são perfeitamente idênticas, como o nome indicaria, pois não há exata correspondência entre as partes e órgãos dos antímeros direito e esquerdo. - Metameria O princípio da metameria é o do plano de construção de superposição longitudinal. Ele reconhece um tipo de estrutura que mostra segmentos semelhantes no corpo dispostos em série longitudinal, ou seja, superpostos no sentido súpero-inferior. A metameria pode ser bem demonstrada pela disposição das vértebras, a série de nervos espinhais ou mesmo pelas costelas. - Paquimeria O princípio da paquimeria ou da tubulação, pode ser definido como o plano básico de construção segundo o qual a porção axial (central) do corpo, é formada por tubos longitudinais ou súpero-inferiores. Um tubo é posterior, sendo largo na cabeça e estreito no tronco e o outro é anterior, estreito na cabeça e largo no tronco. O tubo posterior é o neural e o tubo anterior é o visceral. Eles correspondem ao paquímero posterior e ao paquímero anterior respectivamente. - Estratificação (Estratimeria) Este princípio refere-se a um tipo geral de construção do corpo e de suas partes, desde o nível macroscópico até o subcelular, segundo o qual as estruturas estão dispostas concentricamente em estratos, camadas, telas, túnicas. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 17
  • 18. - Segmentação O princípio da segmentação ou da estrutura segmentar na construção do corpo humano é observado no tipo de subdivisão dos órgãos de acordo com a distribuição dos seus vasos, nervos e, quando houve, ductos, canais ou tubos relacionados com sua função. Em Anatomia e em Cirurgia, segmento é o território de um órgão que possua irrigação e drenagem sanguínea independentes, separado dos demais ou separável e removível cirurgicamente e que seja identificável morfologicamente. O segmento desempenha a mesma função do órgão ao qual pertence e embora seja reconhecível pela distribuição vascular sanguínea e, quando for o caso, pela distribuição de seus tubos, canais ou ductos, seus vasos linfáticos e nervos também se dispõem como satélites, acompanhando a angio-arquitetura segmentar. 10. CONCEITOS GERAIS EM ANATOMIA HUMANA 10.1 Normalidade O conceito de normalidade, ou de que um indivíduo é normal, pode ser abordado sobre vários pontos de vista. Em medicina, normal significa sadio. Em fisiologia, normal é a estrutura que está mais bem dotada para desempenhar a sua função. Em morfologia, por exemplo na Anatomia, são usados critérios estatísticos para definir o que é normal. 10.2 Variação Variação anatômica é um pequeno desvio do aspecto morfológico normal de um órgão, ou desvio pormenor do plano geral de organização do indivíduo, que não perturba a função. O desvio pode ser representado por um aumento ou diminuição do número normal de partes de um órgão, pela modificação da forma de um órgão ou de relação entre os órgãos. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 18
  • 19. 10.3 Anomalia É a anormalidade, alteração fora da regra ou fora do comum, diferindo do estado, da estrutura ou das condições normais. Pode implicar em deformidade ou má formação. Uma anomalia é, portanto, um desvio grave do padrão normal, acompanhado de má função ou disfunção. 10.4 Monstruosidade É uma anomalia tão acentuada que interfere com o desenvolvimento do corpo, sendo incompatível com a vida. Graças à medicina, especialmente à cirurgia, está sendo possível a sobrevivência de fetos nascidos com monstruosidades que, com sucesso foram transformadas, quando muito, em anomalias. 11. FATORES GERAIS E INDIVIDUAIS DE VARIAÇÃO ANATÔMICA As variações em pormenores do plano geral de construção do corpo são características da espécie. Há também um plano constitucional que diferencia um indivíduo do outro. Essas pequenas modificações morfológicas não ocorrem ao acaso, eis que podem ser produzidas por fatores gerais e individuais. 11.1 Fatores Gerais - Idade - Sexo - Raça - Biótipo Há dois tipos extremos: longilíneo e brevelíneo. O longilíneo é alto e magro, com as extremidades ou membros predominando sobre o tronco. O indivíduo é mais desenvolvido longitudinalmente, como os jogadores de basquete. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 19
  • 20. O brevelíneo é baixo e corpulento, com o tronco predominando sobre as extremidades. O indivíduo é mais desenvolvimento transversalmente, como os lutadores de sumô. Existem indivíduos mediolíneos, que são aqueles que apresentam características intermediárias às do longilíneo e do brevelíneo. - Ambiente - Biorritmos - Gravidade - Esporte - Trabalho 11.2 Fatores Individuais Os fatores individuais são aqueles restritos a cada pessoa. Refletem as características individuais dos indivíduos. As variações individuais extremas podem ser usadas para identificação. A medicina legal, por exemplo, se beneficia das diferenças individuais nas impressões digitais e daquelas que podem ser observadas em radiografias, como das arcadas dentárias. 12. CAVIDADES DO CORPO O corpo contém duas cavidades principais: a dorsal (posterior) e a ventral (anterior). Cada uma dessas cavidades é limitada por membranas e contém certa quantidade de fluido ao redor dos órgãos que se encontram dentro das mesmas. A cavidade dorsal tem duas subdivisões: a cavidade craniana, que aloja o encéfalo, e a cavidade espinhal (vertebral), que contém a medula espinhal. A cavidade espinhal comunica-se com a cavidade craniana através do forame magno, uma larga abertura na face inferior do osso occipital. A cavidade ventral também apresenta duas subdivisões. Elas são separadas pelo músculo diafragma em cavidades torácica, superior, e abdómino-pélvica, inferior. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 20
  • 21. Cada uma dessas cavidades ainda é subdividida. A cavidade torácica é dividida em cavidade pericárdica, que se encontra ao redor do coração, e cavidades pleurais, direita e esquerda, onde se encontram os pulmões. A cavidade abdómino-pélvica é dividida, com propósitos descritivos, em cavidade abdominal, superior, e cavidade pélvica ou pelve verdadeira, inferior, por um plano imaginário, oblíquo, que passa através da margem superior da sínfise púbica, anteriormente, e pelo promontório sacral, posteriormente. A porção inferior da cavidade abdominal é limitada posteriormente pela porção alargada dos ossos do quadril, mas sua parede anterior é formada pela parede abdominal. Essa região expandida é chamada de falsa pelve. Cavidades do Corpo – Vistas Anterior e Lateral Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 21
  • 22. Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 22
  • 23. Sistema Esquelético “ A estabilidade e mobilidade do corpo humano dependem dos tecidos que formam o Aparelho Locomotor ” Harris, 2002 Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 23
  • 24. 1. INTRODUÇÃO AO APARELHO LOCOMOTOR - ORTOPEDIA: É a ampla especialidade clínica e cirúrgica dedicada à prevenção, investigação, diagnóstico e tratamento de moléstias e lesões que acometem o Aparelho Locomotor. Árvore Ortopédica Extraída de um livro de Nicolas Andry do Século XVIII, tornou-se o símbolo internacional da cirurgia ortopédica. Ilustra o conceito de uma jovem árvore torta que, como uma jovem criança deformada, pode ser ajudada a crescer ereta pela aplicação de forças apropriadas. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 24
  • 25. 2. DEFINIÇÃO É formado por um conjunto de estruturas branco-amareladas, vivas, capazes de crescer, se adaptar e se reparar. O esqueleto humano é um endoesqueleto, isto é, está colocado entre os tecidos moles do corpo. - Osteologia: Em sentido restrito e etimológico, é o estudo dos ossos. Em sentido mais amplo, inclui o estudo das formações intimamente ligadas ou relacionadas com os ossos, formando o esqueleto. - Esqueleto: Conjunto dos ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouço do corpo humano. 3. FUNÇÕES DO ESQUELETO O sistema esquelético exerce algumas funções de extrema importância para o corpo humano, como: • Sustentação: O esqueleto forma o arcabouço rijo ao qual os tecidos moles e órgãos do corpo estão fixos. Os ossos do esqueleto suportam uma massa de músculos e órgãos que podem pesar até cinco vezes mais do que o seu próprio peso; • Proteção: O crânio e a coluna vertebral envolvem o encéfalo e a medula espinhal; a caixa torácica protege o coração, os pulmões, os grandes vasos, o fígado e o baço; a cintura pélvica protege as vísceras pélvicas; • Inserção de Músculos: Os ossos servem como ponto de apoio para fixação da maioria dos músculos estriados esqueléticos. Nesta condição, os músculos funcionam como alavancas que, ao se contraírem, provocam o movimento das partes do corpo. • Hematopoese: O processo formador das células sanguíneas é denominado hematopoese e ocorre no tecido chamado medula óssea vermelha, localizado internamente em alguns ossos; • Armazenamento de minerais: A matriz inorgânica do ossos é composta principalmente de minerais de cálcio e fósforo. Esses minerais que ocupam aproximadamente dois terços do peso do osso, dão ao mesmo sua dureza e força. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 25
  • 26. 4. NÚMERO DE OSSOS No indivíduo adulto, idade na qual se considera completado o desenvolvimento orgânico, o número de ossos é de 206. Este número, todavia, varia, se levarmos em consideração os seguintes fatores: • Fatores etários: Do nascimento à senilidade há uma diminuição do número de ossos. Isto se deve ao fato de que, certos ossos, no recém nascido, são formados de partes ósseas que se soldam durante o desenvolvimento do indivíduo para constituir um osso único no adulto. Assim, o osso frontal é formado por duas porções, separadas no plano mediano. O osso do quadril, no feto, é separado em três partes - ílio, ísquio e púbis, que posteriormente se soldam para formar um osso único no adulto. Por outro lado, nos indivíduos muito idosos, há tendência para a soldadura de dois ou mais ossos, levando a uma diminuição do seu número total. Este processo, denominado sinostose, ocorre principalmente entre os ossos do crânio, podendo transformar a abóbada craniana em um único osso; • Fatores individuais: Em alguns indivíduos pode haver persistência da divisão do osso frontal no adulto e ossos extranumerários podem ocorrer, determinando variação no número de ossos; • Critérios de contagem: Alguns autores utilizam às vezes critérios muito pessoais para fazer a contagem do número de ossos do esqueleto, levando a variações no número final. 5. CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS Há várias maneiras de se classificar os ossos, entretanto a classificação mais difundida é aquela que leva em consideração a forma dos ossos, classificando-os segundo a predominância de uma das dimensões - comprimento, largura ou espessura - sobre as outras duas. Assim reconhecem-se: • Ossos Longos São ossos que apresentam um comprimento consideravelmente maior que a largura e espessura. Exemplos típicos são os ossos do esqueleto apendicular: fêmur, úmero, rádio, ulna, falanges. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 26
  • 27. Os ossos longos apresentam duas extremidades, denominadas Epífises e um corpo, a Diáfise. Esta possui, no seu interior, uma cavidade – Canal Medular – que aloja a medula óssea. Nos ossos em que a ossificação ainda não se completou, é possível observar entre a epífise e a diáfise um disco cartilaginoso – Cartilagem Epifisária – relacionada ao crescimento dos ossos em comprimento. Características dos Ossos Longos Fonte: SPENCE – Anatomia Humana Básica, 1991 As extremidades superior ou proximal e inferior ou distal, expandidas, da diáfise, são conhecidas como metáfise. É na metáfise que se encontra a cartilagem epifisária do osso em crescimento. • Ossos Alongados São ossos que, assim como os ossos longos, possuem comprimento maior que largura e espessura, porém não apresentam canal medular. Um exemplo de osso alongado é a costela. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 27
  • 28. • Ossos Planos (Chatos ou Laminares) São ossos que apresentam comprimento e largura equivalentes, predominando muito sobre a espessura. Os ossos do crânio, assim como escápula e osso do quadril são exemplos bem demonstrativos. • Ossos Curtos São ossos que não possuem um eixo longo, apresentando comprimento, largura e espessura equivalentes. São cubóides e localizam-se em locais onde não se precisa de muito movimento, mas força. Os ossos do carpo e tarso são os exemplos mais comuns. Existem ossos que não podem ser classificados em nenhum dos tipos descritos acima e são, por esta razão e por características que lhe são peculiares, colocados dentro de uma das categorias seguintes: • Ossos Irregulares São ossos de morfologia complexa, que não encontram nenhuma correspondência em formas geométricas conhecidas. As vértebras e o osso temporal são exemplos marcantes. • Ossos Pneumáticos São ossos que apresentam uma ou mais cavidades, de volume variável, contendo ar. Essas cavidades recebem o nome de seios. Os ossos pneumáticos são: frontal, maxila, temporal, etmóide e esfenóide. • Ossos Sesamóides São ossos que se desenvolvem na substância de certos tendões ou na cápsula fibrosa que envolve as articulações. Estão mais relacionados com músculos ou outros tecidos, que com outros ossos. A patela é o maior osso sesamóide do corpo. • Ossos Suturais ou Fontanelares Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 28
  • 29. • Ossos Acessórios ou Supranumerários São ossos que não estão presentes regularmente. Tais ossos são, em geral, do tipo curto e encontrados principalmente nas mãos e nos pés. São incluídos alguns ossos sesamóides e certas epífises não soldadas, no adulto. São de alguma importância médico-legal pelo fato de que, quando vistos em radiografias, podem ser confundidos com fraturas. Em geral estão presentes bilateralmente. Repare que há ossos que, dadas as suas peculiaridades morfológicas, são classificados em mais de um grupo: o frontal, por exemplo, é um osso laminar, mas também é pneumático. 6. ESTRUTURA DOS OSSOS “ A resistência e rigidez óssea, em combinação com seu leve peso, dá aos vertebrados sua mobilidade, destreza e força. ” 6.1 TIPOS DE SUBSTÂNCIA ÓSSEA (Ver figuras Características dos Ossos Longos e Estrutura Microscópica do Osso) O exame da superfície de corte do osso mostra que o tecido assume duas formas - osso cortical ou compacto externo e osso trabecular interno ou esponjoso. Embora os elementos constituintes sejam os mesmos nos dois tipos de substância óssea, eles dispõem-se diferentemente conforme o tipo considerado: - Substância óssea compacta: constituída de lamelas, concentricamente arranjadas, que não tem espaço entre si. É um tipo mais denso e rijo. - Substância óssea esponjosa: constituídas de trabéculas desorganizadas delimitando espaços intercomunicantes, onde se encontra a medula óssea. O osso cortical constitui cerca de 80% do esqueleto e circunda as delicadas espículas ou placas de osso esponjoso com lamelas compactas. Nos ossos longos, o osso cortical forma a diáfise cilíndrica que circunda uma cavidade medular contendo pouco ou nenhum osso esponjoso. Nas metáfises dos ossos longos, o osso cortical adelgaça-se e o osso esponjoso preenche a cavidade medular. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 29
  • 30. Nos ossos planos não há presença do canal medular. Esse tipo de osso é formado por osso esponjoso chamado díploe, que fica prensado entre duas camadas superficiais de osso compacto. Em virtude das diferenças em densidade e organização, blocos iguais de osso cortical e esponjoso possuem propriedades mecânicas diferentes. Os dois tipos de osso têm a mesma composição, mas o osso cortical é muito mais denso. Visto que a resistência à compressão do osso é proporcional ao quadrado da densidade, o osso cortical possui uma resistência compressiva que pode ser, em ordem de magnitude, maior que a do osso trabecular ou esponjoso. 6.2 ANATOMIA MACROSCÓPICA Quando observado a olho nu, o osso apresenta: - Diáfise e epífises; - Metáfise; - Canal ou cavidade medular; - Cartilagem ou disco epifisário e linha epifisária. 6.3 PERIÓSTEO E ENDÓSTEO (Ver Figura Características dos Ossos Longos) - Periósteo: é uma dupla camada de tecido conjuntivo fibroso que recobre a superfície do osso. Não está presente nas superfícies das articulações, onde o osso é recoberto por uma cartilagem articular. Sua camada externa é fibrosa e suprida de vasos e nervos, alguns dos quais penetrando o osso. A camada interna ou osteogênica contém células capazes de formar cartilagem e osso. - Endósteo: É a fina camada de tecido conjuntivo que reveste o canal ou cavidade medular. 6.4 ANATOMIA MICROSCÓPICA Quando examinado sob microscópio, o osso compacto é visto como sendo formado por muitos sistemas organizados de canais interconectados. A unidade estrutural do osso compacto adulto é o sistema haversiano (osteônio). Cada sistema haversiano tem um canal central – canal central do osteônio (canal haversiano), que é Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 30
  • 31. rodeado por lamelas (camadas) concentricamente arranjadas de osso. Pelo fato de o osteônio geralmente correr paralelamente ao longo do eixo do osso, os canais aparecem em secção longitudinal como longos tubos. Esta orientação do sistema haversiano contribui para a capacidade do osso em resistir a forças compressivas. Localizadas entre as lamelas adjacentes um osteônio estão diminutas cavidades chamadas lacunas. Cada lacuna contém uma célula chamada osteócito. Todas as lacunas num sistema harvesiano estão interconectadas por finíssimos canais denominadas canalículos. Cada canal central do sistema harvesiano contém pelo menos um capilar sanguíneo, que proporciona uma fonte de nutrientes e um meio de eliminação de resíduos dos osteócitos que estão alojados entre as lacunas. Os nutrientes e resíduos somente podem difundir a curta distância através do tecido fluido das lacunas e canalículos, seja para entrar ou sair do canal harvesiano. Após entrar no osteócito, os nutrientes provenientes dos vasos sanguíneos são distribuídos para osteócitos adjacentes por meio dos processos citoplasmáticos dentro dos canalículos. Os vasos sanguíneos que alcançam os canais são provenientes de vasos maiores que se encontram localizados ou na superfície do osso ou na cavidade medular. Os vasos sanguíneos, bem como os vasos linfáticos e nervos, entram e saem da cavidade medular por meio de canais nutrícios que perfuram o osso desde a superfície e se comunicam com a cavidade medular. Os canais sanguíneos de ambas as fontes alcançam os canais centrais dos osteônios através dos canais perfurantes que correm perpendicularmente aos canais centrais dos osteônios (antigos canais de Volkmann). Na superfície externa do osso, logo por baixo do periósteo, são encontradas varias lamelas circunferenciais, que acompanham a circunferência da diáfise, como que rodeando à distância um canal haversiano. O osso esponjoso não mostra a organização que é característica do osso compacto. Embora os osteócitos estejam alojados em lacunas e estas se comuniquem através dos canalículos, como no osso compacto, as lamelas não estão arranjadas em camadas concêntricas. Mais propriamente, elas estão arranjadas em várias direções que correspondem às linhas de máxima pressão ou tensão. Os capilares sanguíneos alcançam a vizinhança dos osteócitos passando nos espaços da medula óssea entre a placas de osso formadas por lamelas. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 31
  • 32. Estrutura Microscópica do Osso Fonte: SPENCE – Anatomia Humana Básica, 1991 6.5 COMPOSIÇÃO DOS OSSOS A substância intercelular (matriz) do osso é formada por dois componentes principais: um arcabouço orgânico, um arcabouço inorgânico e o líquido da matriz. O componente da matriz orgânica contribui com cerca de 70% do peso ósseo, embora possa contribuir com até 80%. As macromoléculas inorgânicas contribuem com cerca de 20% do peso ósseo e a água contribui com 8 a 10%. A matriz orgânica é formada predominantemente de fibras colágenas. Os sais inorgânicos do osso são formados principalmente de cálcio e fosfato. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 32
  • 33. A matriz orgânica dá forma ao osso e proporciona resistência tênsil - isto é, podem resistir ao alongamento e à torção. O componente inorgânico permite ao osso resistir à compressão. Esta combinação de fibras e sais confere ao osso excepcional força sem torná-lo quebradiço. A matriz orgânica é formada predominantemente de fibras colágenas. Os sais inorgânicos do osso são formados principalmente de cálcio e fosfato. 6.6 MEDULA ÓSSEA Antes do nascimento, a cavidade medular dos ossos longos e os espaços entre as trabéculas estão preenchidos por tecido chamado de medula óssea vermelha (rubra). Este tecido dá origem aos glóbulos vermelhos do sangue e a certos glóbulos brancos. Da infância em diante, há uma diminuição progressiva da quantidade de medula óssea formadora de células sangüíneas e um aumento progressivo do acúmulo de gordura (medula óssea amarela ou flava): Fonte: GUYTON, A.. Tratado de Fisiologia Médica. 6ª ed. Rio de Janeiro, Ed. Interamericana, 1984. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 33
  • 34. 7. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DOS OSSOS “ A estrutura e funcionamento normais do sistema musculoesquelético dependem da formação e crescimento dos tecidos conjuntivos esqueléticos específicos e do músculo, e da integração desses tecidos no sistema que proporciona a estabilidade e mobilidade do corpo. ” 7.1 DESENVOLVIMENTO INICIAL DO OSSO O osso se desenvolve a partir de membranas mesenquimatosas ou de cartilagem. Embora o osso seja idêntico qualquer tecido que seja a sua origem, no segundo tipo, a cartilagem precisa ser primeiramente removida, antes que tecido ósseo possa ser depositado. - Ossificação intramembranosa: os ossos planos da abóbada craniana e certos ossos faciais são formados pelo processo de ossificação intramembranosa. Crânio de um Recém-Nascido demonstrando o processo de Ossificação Intramembranosa – Vista Lateral Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 34
  • 35. - Ossificação endocondral: a maioria dos ossos forma-se pela ossificação de modelos de cartilagem que são formados nos estágios primários do embrião. Os modelos de cartilagem lembram a forma do futuro osso. Etapas da Ossificação Endocondral Fonte: Sobotta - Atlas Van de menselijke Anatomie, 2000. 7.2 AUMENTO DO OSSO EM COMPRIMENTO E DIÂMETRO (Ver figura Etapas da Ossificação Endocondral) Enquanto permanece a cartilagem epifisária, o osso pode aumentar em comprimento. Esse processo ocorre quando as células cartilaginosas entram em divisão e assim tendem a aumentar o tamanho do disco epifisário. Ao mesmo tempo, o lado do disco voltado para a diáfise vai sendo substituído por tecido ósseo. Estas condições prevalecem até cerca de dez anos, quando a taxa de crescimento da cartilagem diminui e é gradualmente alcançada pela ossificação contínua do lado do disco epifisário voltado para a epífise. Perto dos 25 anos nos homens e alguns anos mais cedo nas mulheres, a cartilagem do disco é completamente substituída por osso, restando apenas uma linha epifisária para marcar a sua localização primitiva. Quando isso ocorre, o osso não é mais capaz de crescer em comprimento. Entretanto, ele retém a capacidade de aumentar em diâmetro, processo Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 35
  • 36. que resulta da atividade das células osteogênicas (capazes de formar osso) presentes na camada interna do periósteo. 7.3 FATORES QUE AFETAM O DESENVOLVIMENTO DOS OSSOS Um certo número de fatores pode influenciar grandemente o desenvolvimento do osso. Entre os fatores mais importantes estão: - Pressão: o osso é um tecido vivo que é capaz de ajustar a sua resistência proporcionalmente ao grau de pressão a que está sujeito. Quantidade aumentada de matriz óssea é depositada no osso como resposta a sujeição prolongada a cargas pesadas. Inversamente, se o osso não está sujeito à pressão, os sais são retirados do osso. - Hormônios: os hormônios das glândulas paratireóides e tireóide têm particular importância no desenvolvimento do osso. O aumento no nível do hormônio da paratireóide – parato-hormônio – aumenta a reabsorção de osso. O hormônio calcitonina da glândula tireóide tem um efeito oposto ao do parato-hormônio. Qualquer remodelação de osso que possa ocorrer, envolve a interação desses dois hormônios. - Nutrição: para que ocorra o desenvolvimento normal do osso, é necessário seguir uma dieta que forneça ao corpo uma variedade de substâncias essenciais. A vitamina D tem particular importância, pois é necessária para a absorção apropriada de cálcio a partir do trato gastrointestinal. 8. VARIAÇÕES Os ossos variam de acordo com a raça, o sexo, a idade e de indivíduo para indivíduo. Os ossos nas mulheres são, comumente, mais leves e menores, porque as mulheres são geralmente menores e o crescimento estaciona mais cedo. As impressões musculares (acidentes ósseos) tendem a ser mais pronunciadas nos ossos dos homens. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 36
  • 37. 9. ASPECTOS MÉDICO-LEGAIS E ANTROPOLÓGICOS Quando ossos ou fragmentos de ossos são encontrados, é às vezes possível determinar primeiro se os ossos são humanos, ou então se são jovens ou velhos, de homem ou de mulher. De maior valia na determinação do sexo, na ordem de sua importância são: (1) a pelve e o sacro (2) o crânio (3) o esterno (4) a atlas (5) os ossos longos. 10. DIVISÃO DO ESQUELETO Os ossos do esqueleto humano podem ser agrupados no esqueleto axial e no esqueleto apendicular. - Esqueleto Axial: consiste dos ossos que formam a cabeça, a coluna vertebral e o tórax. Esta porção do esqueleto forma o eixo principal de suporte do corpo e protege o sistema nervoso central e órgãos do tórax. - Esqueleto Apendicular: inclui os ossos dos membros superiores e inferiores e os ossos pelos quais esses membros se articulam com o esqueleto axial, isto é, as cinturas escapular e pélvica. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 37
  • 38. OSSOS INDIVIDUAIS DO ESQUELETO 1. ESQUELETO AXIAL O esqueleto axial consiste dos ossos que formam a cabeça, a coluna vertebral e o tórax. Esta porção do esqueleto forma o eixo principal de suporte do corpo e protege o sistema nervoso central e os órgãos do tórax. DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE OSSOS DO ESQUELETO AXIAL SEGMENTO N.º DE OSSOS Cabeça 29 Coluna Vertebral 26 Tórax(esterno e costelas) 25 Total 80 1.1 Cabeça A cabeça é formada por 29 ossos, 11 dos quais são pares. Esta forma: - Uma caixa para o encéfalo; - Cavidades para os órgãos da sensibilidade especial (visão, audição, equilíbrio, olfato e gustação); - Aberturas para a passagem de ar e alimento; - Os dentes para a mastigação. Ossos que formam a Abóboda Craniana (Calvária) - Frontal - Parietais - Occipital Ossos que formam a Base da Cavidade Craniana - Frontal - Etmóide - Esfenóide - Occipital Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 38
  • 39. - Temporais Esqueleto da Face - Mandíbula - Maxilas - Zigomáticos - Nasais - Lacrimais - Palatinos - Conchas Nasais Inferiores - Vômer Ossos que formam a Cavidade do Nariz - Etmóide - Vômer - Conchas nasais inferiores - Maxilas Ossos que formam o Palato Ósseo - Maxilas - Palatinos Ossos que formam a Órbita - Teto da órbita: Frontal e Esfenóide (Asa Menor). - Parte medial da órbita: Maxila, Lacrimal e Etmóide. - Parede lateral da órbita: Zigomático e Esfenóide (Asa Maior). - Assoalho da órbita: Maxila e Palatino. Ossículos da Audição - Martelo - Bigorna - Estribo Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 39
  • 40. Hióide A cabeça óssea apresenta cerca de 85 forames, canais ou fissuras normais, através dos quais passam nervos e vasos sangüíneos. 1.2 TÓRAX O esqueleto do tórax é formado pelo esterno, pelas costelas e pelas cartilagens costais. As vértebras torácicas formam a maior parte de sua porção posterior. - Esterno É um osso achatado e alongado que forma a porção mediana da parede anterior do tórax. É composto de três partes: o manúbrio, o corpo e o processo xifóide. A porção superior do manúbrio articula-se com a extremidade medial de cada clavícula. Suas margens laterais articulam-se com as cartilagens costais das primeiras costelas e com parte das cartilagens costais das segundas costelas. O corpo do esterno articulase em suas margens laterais com as cartilagens costais das segundas costelas (que também compartilham com o manúbrio) até as sétimas costelas. O pequeno processo xifóide não se articula com nenhuma costela. Ele serve como ponto de fixação de diversos ligamentos e músculos, incluindo o músculo reto do abdome. A linha branca (alba), que marca a linha mediana do abdome, também está fixada nele. - Costelas São 12 pares de costelas. Os primeiros sete pares articulam-se posteriormente com as vértebras torácicas e anteriormente com o esterno, através das cartilagens costais. São denominadas costelas verdadeiras ou vertebroesternais. Os restantes cinco pares são chamados de costelas falsas. Os primeiros três pares de costelas falsas (ou seja, a oitava, nona e décima costelas) têm suas cartilagens costais fixadas, com maior freqüência, a cartilagem da costela situada acima delas, do que diretamente no esterno. São as chamadas costelas vertebrocondrais. As cartilagens costais da décima-primeira e décima-segunda costelas são curtas e não se articulam anteriormente. Por esta razão também são chamadas costelas flutuantes ou costelas vertebrais. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 40
  • 41. - Cartilagens Costais As cartilagens costais dão resistência ao tórax e servem de fixação anterior para a maioria das costelas. Ao mesmo tempo, pelo fato de serem cartilagens, conferem flexibilidade à caixa torácica para se expandir durante a respiração. 1.3 COLUNA VERTEBRAL A coluna vertebral é o principal eixo de suporte do corpo, provendo fixação para a cabeça, para o tórax e para a cintura pélvica. Embora seja a principal estrutura de suporte, sua construção é tal que permite que o tronco tenha apreciável flexibilidade. Além disso, a coluna protege a medula espinhal, enquanto dispõe de aberturas entre vértebras adjacentes para a passagem de nervos espinhais. A coluna vertebral embrionária consiste de 33 vértebras, que estão separadas em 5 tipos diferentes, dependendo da região do corpo na qual se encontram: • 7 vértebras cervicais (C1 a C7) • 12 vértebras torácicas (T1 a T12) • 5 vértebras lombares (L1 a L5) • 5 vértebras sacrais (S1 a S5) • 3 a 4 vértebras coccígeas (CO1 a C03-CO4) No adulto as vértebras sacrais unem-se em um único osso, sacro, e as vértebras coccígeas fundem-se para formar o cóccix. Desta forma, a coluna vertebral no adulto tem 26 ossos separados. Curvaturas da Coluna Vertebral Quando examinada de perfil, a coluna vertebral do recém-nascido tem uma única curvatura, de convexidade posterior. Quando a criança começa a levantar a cabeça, desenvolve-se uma curvatura cervical de convexidade anterior. De maneira similar, uma curvatura lombar secundária desenvolve-se quando a mesma começa a andar. Se a curvatura lombar anterior é excessiva, é chamada lordose. Se a curvatura torácica, posterior – que permanece como resquício da primeira curvatura do recémnascido – é excessiva, é chamada cifose (corcunda). A coluna vertebral é normalmente Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 41
  • 42. reta, sem qualquer curvatura lateral. Se existe uma curvatura lateral, fala-se em escoliose. Características de uma vértebra típica Embora hajam diferenças entre as vértebras das várias regiões da coluna vertebral, existem determinadas similaridades, de modo que é possível descrever uma vértebra típica(padrão). Uma vértebra típica tem um corpo anterior e espesso e um arco que se origina na superfície posterior do corpo. Os corpos das vértebras adjacentes estão separadas por um disco intervertebral. Cada arco da vértebra se une a superfície posterior do corpo e envolve um forame vertebral. Os forames vertebrais das vértebras adjacentes estão alinhados e formam um canal vertebral, através do qual passa a medula espinhal. Processos transversos estendem-se lateralmente de cada arco da vértebra. Projetandose para a região posterior do arco da vértebra, encontra-se um processo espinhoso mediano. Projetando-se para cima, de cada lado do arco da vértebra, encontram-se um par de processos articulares superiores e, para baixo, um par de processos articulares inferiores. Os forames intervertebrais, através dos quais passam os nervos espinhais, estão localizados lateralmente entre as vértebras. Diferenças regionais das vértebras As vértebras de cada região apresentam características específicas que acrescentam-se às da “vértebra típica” e que permitem que elas sejam facilmente identificadas: - Vértebras Cervicais Forames transversos: aberturas nos processos transversos que permitem a passagem das artérias e veias vertebrais para e a partir do encéfalo. Processos espinhosos bifurcados: Os processos espinhosos das vértebras cervicais têm a ponta dupla (com exceção da primeira e da sétima). Atlas (C1): a primeira vértebra cervical, que se articula com os côndilos occipitais do crânio, não apresenta corpo nem processo espinhoso. Tem a forma de um anel, constituído de arcos anterior e posterior. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 42
  • 43. Áxis(C2): a segunda vértebra cervical tem uma projeção vertical chamada dente, que se origina na face superior de seu corpo. Este processo funciona como um eixo ao redor do qual gira a atlas. Vértebra Proeminente (C7): a sétima vértebra cervical, assim chamada pelo seu longo processo espinhoso que se sobressai além das demais outras vértebras cervicais, tornando-se um marco na contagem de outros processos espinhosos. Seu processo espinhoso pode ou não ser bifurcado. - Vértebras Torácicas Processos espinhosos: são protuberâncias longas e afiladas que se projetam agudamente para baixo. Esta inclinação não é tão marcante nas vértebras torácicas mais baixas. Facetas e semifacetas (Fóveas Costais): superfícies articulares para as costelas no processo transverso e no corpo de todas as vértebras torácicas. - Vértebras Lombares Corpos: Mais largos e mais pesados que os corpos das vértebras de outras regiões. Processos espinhosos: Curtos e quadrados quando comparados com os processos espinhosos de outras regiões. 2. ESQUELETO APENDICULAR O esqueleto apendicular inclui os ossos dos membros superiores e inferiores e os ossos pelos quais esses membros se articulam com o esqueleto axial, isto é, as cinturas escapulas e pélvica. DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE OSSOS DO ESQUELETO APENDICULAR SEGMENTO N.º DE OSSOS Cintura escapular 4 Membros superiores 60 Cintura Pélvica 2 Membros inferiores 60 Total 126 Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 43
  • 44. 2.1 CINTURA ESCAPULAR (CÍNGULO DO MEMBRO SUPERIOR) A cintura escapular está localizada sobre a parte superior do tórax e é formada pela escápula e clavícula. Sua única união com o esqueleto axial está no local onde a extremidade medial de cada clavícula articula-se com o manúbrio do esterno. A extremidade lateral de cada clavícula articula-se com o acrômio da escápula. As escápulas estão fixadas à parede posterior do tórax por músculos, mas não fazem contato diretamente com as costelas, estando separadas delas por outros músculos. 2.2 MEMBROS SUPERIORES BRAÇO - Úmero: É o único osso do braço. ANTEBRAÇO - Radio e Ulna: São os dois ossos paralelos do antebraço. Na posição anatômica, a ulna é medial e o rádio é lateral. MÃO O esqueleto da mão consiste de ossos do carpo, osso do metacarpo e falanges. - Carpo: há oito ossos no carpo que estão arranjados em duas fileiras de quatro ossos cada uma. Os ossos da fileira proximal são o escafóide, o semilunar, o piramidal e o pisiforme. Os da fileira distal são o trapézio, o trapezóide, o capitato e o hamato (uncinado, ganchoso ou unciforme). - Metacarpo: cinco ossos do metacarpo formam o esqueleto da palma da mão. No lugar de serem nomeados, eles são numerados da lateral para a medial de I a V. - Falanges: o esqueleto dos dedos é formado pelas falanges. Elas são numeradas de lateral para medial como os ossos do metacarpo. Cada dedo contém três falanges: proximal, média e distal. O primeiro dedo (polegar) é uma exceção, pois só tem as falanges proximal e distal. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 44
  • 45. 2.3 CINTURA PÉLVICA A cintura pélvica é formada por um par de ossos do quadril ou ossos pélvicos (coxais). Os dois ossos do quadril estão firmemente fixados por articulações posteriores ao osso sacro (articulação sacroilíaca) e um ao outro por uma articulação anterior (sínfise púbica). Cada osso do quadril é um osso único formado pela fusão de três ossos embrionários separados: ílio(superior), ísquio(posterior) e púbis(anterior). No osso adulto, esse nomes são mantidos para as respectivas partes. Na face lateral do osso do quadril, onde as suas respectivas partes se encontram, há uma reentrância em forma de taça chamada acetábulo. A cabeça do fêmur se articula com o acetábulo. Abaixo do acetábulo está situado o largo forame obturado. Diferenças sexuais da pelve (Ver Roteiro de Imagens do Esqueleto) Há várias diferenças estruturais entre as pelves masculina e feminina, a maioria das quais estando relacionada com as funções de gestação e parto: Diferenças Estruturais entre as Pelves Masculina e Feminina Característica Pelve Feminina Pelve Masculina Mais delicada Mais Maciça Espinhas Ilíacas Anteriores Mais afastadas Mais próximas Abertura Superior Larga, circular Forma de coração Estrutura Geral Mais larga; Os túberes Abertura Inferior isquiáticos se encontram Mais estreita bastante afastados Arco púbico Forame obturado Acetábulo Obtuso (maior que 90º) Agudo (menor que 90º) Triangular Oval Mais anterior Mais lateral Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 45
  • 46. 2.4 MEMBROS INFERIORES COXA - Fêmur: forma o esqueleto da coxa e é o mais longo osso do corpo. PERNA - Tíbia e fíbula: o esqueleto da perna consiste em um forte osso medial, a tíbia e um fino osso lateral, a fíbula. PATELA Protegendo a articulação do joelho, entre a coxa e a perna, encontra-se a patela. É um osso sesamóide, o que significa que se forma no interior de tendões e não está firmemente ancorada ao esqueleto. Além de proteger o joelho, a patela melhora a ação de alavanca do músculo quadríceps femoral, em cujo tendão está incluída. PÉ O esqueleto do pé consiste de ossos tarsais, metatarsais e falanges. A porção proximal do pé, junto ao tornozelo, é formada pelos sete ossos tarsais: tálus, calcâneo, navicular, cubóide e cuneiformes medial, lateral e intermédio. Cinco ossos metatarsais formam a região intermediária do pé e são numerados de I a V de medial para lateral. O esqueleto dos dedos é semelhante ao das mãos, sendo formado por 14 falanges – três (proximal, média e distal) em cada dedo, exceto no dedo maior (hálux), que não tem a falange média. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 46
  • 47. ANEXOS Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 47
  • 48. ROTEIRO DE ESTUDO DOS ACIDENTES ÓSSEOS Os acidentes ósseos são marcas nos ossos que representam pontos de fixação de músculos esqueléticos e estruturas articulares. TIPOS DE ACIDENTES ÓSSEOS CRISTA: Uma linha óssea proeminente, aguçada. CÔNDILO: Uma proeminência arredondada que se articula com outro osso. EPICÔNDILO: Uma pequena projeção localizada acima ou no côndilo. FACETA: Uma superfície articular lisa, quase achatada. FISSURA: Uma passagem estreita como uma fenda. FORAME: Um buraco; uma passagem através de um osso. FOSSA: Uma depressão; muitas vezes usada como superfície articular; área côncava ou deprimida. FÓVEA: Uma cova; geralmente usada como ponto de fixação, mais do que para articulação. CABEÇA: Geralmente a extremidade maior de uma osso longo; freqüentemente separada do corpo por um colo estreitado. LINHA: Uma pequena elevação linear. MEATO: Um canal dentro de um osso. PROCESSO: Uma proeminência ou projeção. RAMO: Um longo braço ou processo que se projeta da parte principal de um osso. ESPINHA: Uma projeção afilada. PROCESSO ESPINHOSO: Parte que se projeta como uma espinha. SULCO: Uma depressão linear. TROCANTER: Um processo globoso grande. TUBÉRCULO: Um nódulo ou pequeno processo arredondado. TUBEROSIDADE: Um processo amplo, maior que um tubérculo. PROTUBERÂNCIA: Uma projeção. INCISURA: Reentrância na margem de um osso. MALÉOLO: Processo arredondado. SEIO: Ampla cavidade em um osso. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 48
  • 49. ROTEIRO DE ESTUDO DOS ACIDENTES ÓSSEOS ESQUELETO AXIAL 1. CABEÇA CRÂNIO FACE - Frontal (1) - Nasal (2) - Parietal (2) - Maxila (2) - Occipital (1) - Lacrimal (2) - Temporal (2) - Palatino (2) - Etmóide (1) - Zigomático (2) - Esfenóide (1) - Concha nasal inferior(2) - Vômer(1) - Mandíbula(1) OSSÍCULOS DA AUDIÇÃO - Martelo (2) - Bigorna (2) - Estribo (2) HIÓIDE - Osso Frontal - Face Externa Glabela Arco Superciliar Margem supra-orbital - Face Interna Crista frontal - Osso Maxila - Face Anterior Margem infra-orbital Espinha nasal anterior Processo alveolar Alvéolos dentais Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 49
  • 50. - Osso Mandíbula - Corpo da mandíbula Processo alveolar Alvéolos dentais Protuberância mental - Ramo da mandíbula Processo coronóide Processo condilar Incisura da mandíbula - Osso Esfenóide - Asa maior - Asa menor - Corpo Sulco pré-quiasmático Sela turca Fossa hipofisária Dorso da sela - Osso Etmóide - Lâmina crivosa - Crista etmoidal (Galli) - Lâmina perpendicular * Conchas nasais superior e média - Osso Temporal - Parte Petrosa Processo mastóide Processo estilóide Meato acústico interno - Parte Timpânica - Meato acústico externo - Parte Escamosa Processo zigomático * Canal carótico * Forame jugular Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 50
  • 51. - Osso Occipital - Forame magno - Côndilo occipital - Protuberância occipital externa - Canal do hipoglosso 2. TÓRAX - OSSO ESTERNO - Manúbrio Incisura jugular (fúrcula esternal) Incisura clavicular - Corpo - Processo xifóide - COSTELAS Classificação das costelas - Costelas Verdadeiras – I a VII - Costelas Falsas – VIII a XII Costelas Flutuantes – XI e XII Características das costelas - Cabeça da costela - Colo da costela - Corpo ou haste da costela Tubérculo da costela Ângulo da costela Sulco da costela 3. COLUNA VERTEBRAL - VÉRTEBRA PADRÃO (TÍPICA) - Corpo da vértebra - Arco da vértebra Canal vertebral Forame intervertebral Forame vertebral Processo espinhoso Lâmina Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 51
  • 52. Processo transverso Pedículo Processo articular superior Processo articular inferior - VÉRTEBRAS CERVICAIS (C1 a C7) Características Gerais (Vértebras Típicas) - Processo espinhoso bifurcado - Forame Transverso Vértebras Atípicas - Atlas (C1) - ausência de corpo vertebral - Áxis (C2) - Processo odontóide (dente do áxis) - Vértebra Proeminente (C7) – processo espinhoso proeminente, com ou sem bifurcação. - VÉRTEBRAS TORÁCICAS (T1 a T12) - Fóvea costal superior - Fóvea costal inferior - Fóvea costal no processo transverso - Forame vertebral circular (oval) - Processo espinhoso descendente - VÉRTEBRAS LOMBARES (L1 a L5) - Processo espinhoso curto e quadrado - Corpo bem desenvolvido - OSSO SACRO (S1 a S5) - Base Promontório - Face pélvica Linhas transversas Forames sacrais anteriores - Face dorsal Crista sacral mediana Forames sacrais posteriores Canal sacral Hiato sacral - OSSO CÓCCIX (3 a 4 VÉRTEBRAS COCCÍGEAS) Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 52
  • 53. ESQUELETO APENDICULAR 1. CINTURA ESCAPULAR E MEMBRO SUPERIOR - OSSO ESCÁPULA - Margens: superior, medial e lateral - Ângulos: inferior, lateral e superior - Face costal (anterior) Fossa subescapular - Face dorsal (posterior) Espinha da escápula Fossa supra-espinhal Fossa infra-espinhal - Acrômio - Cavidade glenóide - Tubérculo supra-glenoidal - Tubérculo infra-glenoidal - Colo da escápula - Processo coracóide - OSSO CLAVÍCULA - Extremidade esternal - Extremidade acromial - Corpo da clavícula - OSSO ÚMERO - Cabeça do úmero - Colo anatômico - Colo cirúrgico - Tubérculo maior - Tubérculo menor - Sulco intertubercular - Corpo do úmero Tuberosidade deltóidea - Côndilo do úmero Capítulo Fossa radial Tróclea Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 53
  • 54. Fossa coronóide Fossa do olécrano - Epicôndilo medial Sulco do nervo ulnar - Epicôndilo lateral - OSSO RÁDIO - Cabeça do rádio - Colo do rádio - Tuberosidade do rádio - Tubérculo dorsal - Processo estilóide - Face articular para o carpo Incisura do osso escafóide Incisura do osso semilunar - OSSO ULNA - Olécrano - Incisura troclear - Processo coronóide - Cabeça da ulna Processo estilóide - OSSOS DO CARPO - Fileira proximal: Escafóide, Semilunar, Piramidal, Pisiforme - Fileira distal: Trapézio, Trapezóide, Capitato, Hamato - OSSOS DO METARCARPO (I a V) - Base - Corpo - Cabeça - OSSOS DAS FALANGES - Falange proximal - Falange média - Falange distal Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 54
  • 55. 2. CINTURA PÉLVICA E MEMBRO INFERIOR - OSSO DO QUADRIL - Acetábulo - Forame obturado - Osso ílio Crista ilíaca Espinha ilíaca ântero-superior Espinha ilíaca ântero-inferior Espinha ilíaca póstero-superior Espinha ilíaca póstero-inferior Fossa ilíaca Face glútea Face sacropélvica Face auricular - Osso ísquio Túber isquiático - Osso púbis Face sinfisial - OSSO FÊMUR - Cabeça do fêmur - Colo do fêmur - Trocânter maior Fossa trocantérica - Trocânter menor - Crista intertrocantérica - Corpo do Fêmur Tuberosidade glútea Face poplítea - Côndilo medial Epicôndilo medial Tubérculo adutor - Côndilo lateral Epicôndilo lateral - Face patelar - Fossa intercondilar - OSSO PATELA - Ápice - Base - Faces: Anterior e Articular Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 55
  • 56. - OSSO TÍBIA - Côndilo medial - Côndilo lateral Face articular fibular - Eminência intercondilar - Corpo da tíbia Tuberosidade da tíbia Crista anterior da tíbia - Maléolo medial Face articular do maléolo - OSSO FÍBULA - Cabeça da fíbula - Maléolo lateral Face articular do maléolo - OSSOS DO TARSO - Tálus - Calcâneo - Navicular - Cubóide - Cuneiforme medial - Cuneiforme intermédio - Cuneiforme lateral - OSSOS DO METATARSO (I a V) - Base - Corpo - Cabeça - OSSOS DAS FALANGES - Falange proximal - Falange média - Falange distal Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 56
  • 57. ROTEIRO DE IDENTIFICAÇÃO DOS ACIDENTES ÓSSEOS ESQUELETO AXIAL 1. CABEÇA Crânio – Vista Anterior Fonte: VAN DE GRAAF – Anatomia Humana, 2003. Crânio – Vista Lateral Fonte: VAN DE GRAAF – Anatomia Humana, 2003. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 57
  • 58. Crânio – Vista Posterior Fonte: VAN DE GRAAF – Anatomia Humana, 2003. Vista Inferior do Crânio – Mandíbula Retirada Fonte: VAN DE GRAAF – Anatomia Humana, 2003. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 58
  • 59. Secção Transversal do Crânio – Vista Superior Fonte: VAN DE GRAAF – Anatomia Humana, 2003. Secção Sagital do Crânio – Vista Lateral Esquerda Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 59
  • 60. Ossículos da Audição - Esquema Fonte: SPENCE – Anatomia Humana Básica, 1991. Hióide - Esquema Fonte: SPENCE – Anatomia Humana Básica, 1991. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 60
  • 61. 2. TÓRAX Arcabouço Ósseo do Tórax – Vista Anterior Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Arcabouço Ósseo do Tórax – Vista Posterior Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 61
  • 62. Esterno, Cartilagens Costais e Costelas Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Estrutura da Costela – Vista Posterior Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 62
  • 63. 3. COLUNA VERTEBRAL Coluna Vertebral Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 63
  • 64. Vértebras Cervicais Agrupadas – Vista Lateral Direita Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Vértebras Cervicais C1 a C4 – Vista Posterior Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 64
  • 65. Atlas e Áxis – Características Gerais Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Vértebras Cervicais C4 e C7 – Características Gerais Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 65
  • 66. Vértebra Torácica T6 – Vista Lateral Direita Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Vértebra Torácica T6 – Vista Superior Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 66
  • 67. Vértebras Torácicas Articuladas T7 a T9 – Vista Posterior Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Vértebras Lombares Agrupadas - Vista Lateral Esquerda Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 67
  • 68. Vértebra Lombar L2 – Vista Superior Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Sacro e Cóccix – Face Pélvica (Anterior) Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 68
  • 69. Sacro e Cóccix – Face Dorsal (Posterior) Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Sacro e Cóccix – Secção Sagital Mediana Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 69
  • 70. ESQUELETO APENDICULAR 1. CINTURA ESCAPULAR E MEMBRO SUPERIOR Escápula e Úmero – Vista Anterior Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Escápula e Úmero – Vista Posterior Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 70
  • 71. Rádio e Ulna em Supinação – Vista Anterior Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Radio e Ulna em Pronação – Vista Anterior Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 71
  • 72. Ossos do Cotovelo em Flexão de 90º - Vistas Lateral e Medial Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Face Articular do Carpo e Secção Frontal do Rádio Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 72
  • 73. Ossos do Carpo, Metacarpo e Falanges (Vista Anterior) Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Ossos do Carpo, Metacarpo e Falanges (Posterior) Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 73
  • 74. 2. CINTURA PÉLVICA E MEMBRO INFERIOR Pelve Masculina - Medidas Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Pelve Feminina - Medidas Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 74
  • 75. Pelve Feminina – Medidas (Secção Sagital Mediana) Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Osso do Quadril Direito – Vista Lateral Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 75
  • 76. Osso do Quadril Direito – Vista Medial Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Fêmur Direito - Vista Anterior Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 76
  • 77. Fêmur Direito - Vista Posterior Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Patela - Vistas Anterior e Posterior Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 77
  • 78. Tíbia e Fíbula - Vista Anterior Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Tíbia e Fíbula - Vista Posterior Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 78
  • 79. Ossos do Pé – Vista Dorsal Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Ossos do Pé – Vista Plantar Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 79
  • 80. Ossos do Pé – Vista Lateral Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Ossos do Pé – Vista Medial Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 80
  • 81. Sistema Articular “ A estabilidade e mobilidade do corpo humano dependem dos tecidos que formam o Aparelho Locomotor ” Harris, 2002 Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 81
  • 82. 1. INTRODUÇÃO As palavras articulação (latim artículo = junção entre ossos) e junta são usadas como sinônimos para descrever um arranjo estrutural que une dois ou mais ossos em seu ponto de encontro. A articulação é a conexão entre quaisquer das partes rígidas (ossos ou cartilagens) do esqueleto. 2. FUNÇÕES Além de serem a união entre dois ou mais ossos, muitas articulações permitem uma apreciável movimentação nessa união, além de facilitarem o crescimento dos ossos que se interconectam. A estrutura de uma articulação determina a direção e amplitude de movimento que ela permite. Nem todas as articulações são flexíveis, contudo, quando uma parte do corpo se movimenta, outras articulações permanecem rígidas para estabilizar este e manter o equilíbrio. A atividade coordenada das articulações permite os movimentos sinuosos, elegantes do ginasta ou da dançarina de balé, da mesma maneira que permite todas as ações comuns associadas com caminhar, comer, escrever e falar. 3. CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES As articulações podem ser classificadas seguindo-se dois critérios: • De acordo com o tecido que conecta os ossos • De acordo com o movimento realizado pela articulação TIPOS DE ARTICULAÇÃO QUANTO AO TECIDO QUANTO AO MOVIMENTO Fibrosa Sinartrose Cartilaginosa Anfiartrose Sinovial Diartrose Antigamente as articulações eram classificadas como imóveis (fibrosas), semimóveis(cartilaginosas) e móveis(sinoviais). As articulações fibrosas e cartilaginosas são Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 82
  • 83. estabelecidas pela continuidade dos ossos circulantes através do tecido interposto. As articulações sinoviais se fazem por contigüidade, já que uma cavidade separa os ossos circulantes: Relação de Continuidade - Articulações entre os Ossos Planos do Crânio Relação de Contigüidade - Articulação do Quadril Fonte: Pesquisa do Autor, 2004. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 83
  • 84. 4. ARTICULAÇÕES FIBROSAS OU SINARTROSES Nesse tipo de articulação os ossos são mantidos juntos por tecido conjuntivo fibroso. Há muito pouco espaço entre as extremidades dos ossos, não sendo permitido nenhum movimento apreciável. Devido a este fato são também denominadas sinartroses (articulação imóvel). De fato, alguns movimentos de “pequena amplitude” são realizados. São divididas em: 4.1 SUTURAS Nas suturas, as extremidades dos ossos têm interdigitações ou sulcos que os mantêm íntima e firmemente unidos, com as fibras de conexão sendo muito curtas, preenchendo a fenda de conexão entre os ossos. As suturas são encontradas entre os ossos planos do crânio. As suturas podem ser divididas em três tipos, de acordo com a forma das extremidades de contato articular: - Suturas planas: as extremidades de contato entre os ossos são retilíneas. Ex. articulação internasal. - Suturas denteadas: as extremidades são em forma de dente ou de serra. Ex. articulação frontoparietal – sutura coronal; articulação interparietal – sutura sagital; articulação occipitoparietal – sutura lambdóide. - Sutura escamosa: caracterizada por extremidades em forma de escama ou bisel. Ex. articulação têmporoparietal. Uma sinostose é uma articulação do tipo sutura que está presente durante o crescimento do crânio, mas que no adulto ossifica-se totalmente. O osso frontal, por exemplo, durante a sua formação apresenta dois componentes separados, mas a sua sutura desaparece na maioria dos indivíduos quando o crânio completa o seu desenvolvimento. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 84
  • 85. Sinostose Fonte: Adaptado de Sobotta - Atlas Van de menselijke Anatomie, 2000. 4.2 GONFOSES As gonfoses são articulações que se caracterizam por uma superfície em forma de pino e outra em forma de receptáculo. Ex. articulações dentoalveolares (processos alveolares da mandíbula e maxila) 4.3 ESQUINDILESE É um tipo de articulação fibrosa em que uma superfície em forma de crista de um osso (ex. corpo do esfenóide) se aloja em uma superfície em forma de fenda de outro osso (fenda entre as asas do vômer). Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 85
  • 86. Articulação entre o Vômer e o Corpo do Esfenóide – Articulação entre Processo Alveolar da Maxila e os Alvéolos Dentais Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. 4.4 SINDESMOSE Nas sindesmoses os ossos estão um pouco mais afastados e consequentemente as fibras de tecido fibroso que conectam os mesmos são mais largas e maiores e geralmente referidas como ligamentos. Nas sindesmoses os ossos não estão tão unidos como nas suturas, podendo assim ocorrer algum movimento, melhor descritos como elasticidade, mas não movimentos verdadeiros. Ex. articulação tibiofibular distal; articulação tibiofibular média – membrana interóssea da perna; articulação radioulnar média – membrana interóssea do antebraço. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 86
  • 87. Membrana Interóssea do Antebraço – Vista Anterior Fonte: Pesquisa do Autor, 2004. 5. ARTICULAÇÕES CARTILAGINOSAS OU ANFIARTROSES Nesse tipo de articulação, os ossos estão mantidos unidos por tecido cartilaginoso. Pelo fato de serem observados pequenos movimentos nessas articulações (mais que nas articulações fibrosas), elas também são classificadas como anfiartroses. Podem ser divididas em: 5.1 SINCONDROSES Os ossos de uma articulação desse tipo estão unidos por cartilagem hialina. Muitas sincondroses são articulações temporárias, com os ossos substituindo a cartilagem. Esta substituição ocorre entre as epífises e diáfises dos ossos longos e entre certos ossos do crânio. As articulações esternocostais (figura abaixo) são exemplos de sincondroses que muitas vezes se mantém permanentes. Ex. articulação manubrioesternal (figura abaixo); articulação xifoesternal (figura abaixo); articulação esfeno-occipital; cartilagem epifisária. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 87
  • 88. Esterno e Cartilagens Costais – Vista Anterior Fonte: Sobotta - Atlas Van de menselijke Anatomie, 2000. O principal papel das suturas e das sincondroses é o de facilitar o crescimento ósseo e não o de movimentação. 5.2 SÍNFISES Nesse tipo de articulação as superfícies dos ossos estão cobertas por uma fina camada de cartilagem hialina. Separando os ossos da articulação encontram-se “coxins fibrocartilaginosos”, que são como discos compressíveis que permitem à sínfise absorver choques. Ex. articulação interpúbica – sínfise púbica (figura abaixo); articulação intercorpovertebral – disco intervertebral. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 88
  • 89. Articulação Interpúbica - Sínfise Púbica Fonte: Pesquisa do Autor, 2004. 6. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS OU DIARTROSES As articulações sinoviais são caracterizadas por serem livremente móveis, sendo seu movimento limitado por ligamentos, músculos, tendões ou ossos adjacentes. Pela sua liberdade de movimentos, são referidas como diartroses (significa articulação móvel). 6.1 CARACTERÍSTICAS DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS As articulações sinoviais possuem cinco características que são típicas de todas as articulações desse tipo: - Cápsula articular: é uma dupla membrana que envolve e encerra a articulação. A sua camada mais externa é composta de tecido conjuntivo fibroso denso, cujas fibras estão firmemente aderidas ao periósteo dos ossos. Feixes paralelos de fibras na camada mais externa formam ligamentos que fortalecem a articulação. A camada mais interna da cápsula é conhecida como membrana sinovial. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 89
  • 90. A cápsula articular é bem suprida de fibras nervosas que não somente fazem a percepção de uma possível dor, como também provêm informações referentes ao movimento e posição da articulação. - Membrana sinovial: consiste de tecido conjuntivo frouxo, cuja superfície interna é bem suprida de capilares. A membrana se apresenta formada por dobras que se projetam na cavidade articular, revestindo esta. Entretanto, não recobre as superfícies das cartilagens articulares ou do disco articular. A membrana produz e secreta o líquido sinovial. - Líquido sinovial: é um líquido espesso produzido e secretado pela membrana sinovial. É responsável pela lubrificação das superfícies articulares e pela nutrição da cartilagem articular. De fato, o líquido sinovial serve como um elemento amortecedor de peso na articulação, desde que mantém as cartilagens articulares dos ossos que formam a articulação separados, não permitindo que estes façam contato entre si. Normalmente, somente é secretada a quantidade suficiente de líquido para formar um delgado filme nas superfícies que se articulam. Em uma articulação que é lesionada ou torna-se inflamada, entretanto, sua produção pode ser estimulada e o excesso de fluido pode se acumular causando inchaço e desconforto. - Cartilagem articular: é uma fina camada de cartilagem hialina que cobre a superfície articular lisa dos ossos. No local onde se encontra, não há presença de periósteo. - Cavidade articular: é o espaço articular, interior à cápsula e que é preenchido por líquido sinovial. Além dessas cinco características, algumas articulações sinoviais possuem discos articulares, ou no caso do joelho, meniscos, de fibrocartilagem, que se estendem para dentro da articulação a partir da cápsula articular. A articulação têmporomandibular, a articulação esternoclavicular e a articulação radioulnar distal contêm discos articulares. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 90
  • 91. Fonte: Adaptado de Sobotta - Atlas Van de menselijke Anatomie, 2000. Em acréscimo ao fortalecimento proporcionado pelos ligamentos formados na camada fibrosa da cápsula, vários músculos e seus tendões, que atravessam as articulações, estabilizam-nas enquanto permitem que se movam. BOLSAS SINOVIAIS E BAINHAS DOS TENDÕES As membranas sinoviais formam duas outras estruturas que, embora não façam realmente parte das articulações sinoviais, estão freqüentemente associadas a elas. São as bolsas sinoviais e as bainhas dos tendões. Ambas estruturas contêm líquido sinovial e servem para reduzir o atrito durante o movimento entre uma estrutura – como a pele, músculos, tendões ou ligamentos – e o osso: Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 91
  • 92. Bolsa Sinovial Bainha do Tendão Fonte: SPENCE, Alexander. Anatomia Humana Básica. 2.ed. São Paulo, Manole, 1991. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 92
  • 93. 6.2 MOVIMENTOS DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS As articulações sinoviais, diferentemente das articulações fibrosas e cartilaginosas, são classificadas como base no movimento que elas permitem. Os movimentos gerais permitidos pelas articulações sinoviais podem ser colocados em quatro grupos: deslizamento, movimentos angulares, circundução e rotação. Além disso, diversas articulações sinoviais permitem movimentos que são exclusivamente próprios delas. Estes movimentos são considerados movimentos especiais. TIPOS DE MOVIMENTOS 1. Deslizamento: é o tipo mais comum de movimento que pode ocorrem em uma articulação sinovial. Neste movimento, as superfícies dos ossos adjacentes movemse para frente e para trás, uma contra a outra. 2. Movimentos angulares: são movimentos que aumentam ou diminuem o ângulo entre dois ossos adjacentes. Há quatro tipos de movimentos angulares: - Flexão: ocorre quando um osso é movimentado em um plano ântero-posterior, em um trajeto que diminui o ângulo entre ele e o osso adjacente. A coluna vertebral é flexionada quando se curva para frente. A tração do calcanhar para cima, consequentemente abaixando a região dos dedos do pé, é referida como flexão plantar. - Extensão: é o oposto à flexão, causando o aumento do ângulo entre os ossos articulados. A hiperextensão é causada quando um segmento é movimentado para além da sua posição ortostática, como no encurvamento das costas para trás ou posicionamento dos membros posteriormente, para trás do plano do corpo. A aproximação do dorso do pé em direção à canela é freqüentemente considerada como uma extensão do pé, mas é chamada dorsiflexão. - Abdução: quando uma parte do corpo, tal como um membro é movimentada para longe da linha mediana do corpo, ocorre abdução. No caso dos dedos da mão, a abdução envolve o movimento deles para longe da linha mediana da mão. A abdução dos dedos do pé é verificada pelo movimento deles para longe do eixo longitudinal do segundo dedo. - Adução: é o oposto da abdução e envolve o movimento de uma parte do corpo em direção à linha média do mesmo. No caso dos dedos da mão, o movimento se faz Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 93
  • 94. em direção à linha mediana da mão. A adução dos dedos do pé é verificada pelo movimento deles em direção ao eixo longitudinal do segundo dedo. 3. Circundução: o movimento articular conhecido como circundução delineia um cone, onde a base é desenhada pelo movimento da parte distal do osso e o ápice na cavidade articular. O movimento é uma combinação seqüencial de flexão, abdução, extensão e adução. A circundução é comum nas articulações do quadril e ombro, mas também é possível em outras articulações. 4. Rotação: o movimento de um osso ao redor de um eixo central, sem nenhum deslocamento desse eixo, é chamado rotação. Se a face anterior de um osso se move para dentro, o movimento é chamado rotação medial (interna). Quando a superfície anterior de um osso se move para fora, ocorre rotação lateral (externa). - Supinação: o termo é utilizado para descrever a rotação do antebraço para fora, fazendo com que a palma da mão fique posicionada anteriormente e o rádio e ulna fiquem paralelos. Na posição anatômica, o antebraço está supinado. - Pronação: o termo é utilizado para descrever a rotação do antebraço para dentro, fazendo com que o rádio se posicione diagonalmente sobre a ulna e as palmas das mãos fiquem para trás (posteriormente). 5. Movimentos especiais: algumas articulações permitem movimentos especiais, que não podem ser descritos como nenhum dos movimentos anteriormente mencionados. Esses movimentos são: - Elevação: é o movimento que ergue uma parte do corpo. É comumente utilizado para fazer referência ao elevamento da escápula, como no encolhimento dos ombros, ou à elevação da mandíbula, quando se fecha a boca. - Depressão: é o movimento que abaixa uma parte do corpo. Este termo é freqüentemente utilizado para fazer referência ao abaixamento da escápula ou da mandíbula. - Inversão: Torcendo o pé de tal modo que a planta fique voltada para dentro, como sua margem interna elevada. - Eversão: torcendo o pé de tal modo que a planta fique voltada para fora, com sua margem externa elevada. - Protração: é o movimento que desloca uma parte do corpo (como a mandíbula) para frente. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 94
  • 95. - Retração: é o movimento que faz retornar a parte protraída para a posição usual. Principais Movimentos das Articulações Sinovais Fonte: SPENCE, Alexander. Anatomia Humana Básica. 2.ed. São Paulo, Manole, 1991. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 95
  • 96. 6.3 TIPOS DE ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Com base nos movimentos permitidos e na forma das superfícies articulares envolvidas, é possível separar as articulações sinoviais em sete tipos: PLANAS São formadas principalmente pela aposição de superfícies articulares achatadas ou levemente encurvadas. Nestas articulações ocorrem movimentos de deslizamento, que são possíveis em qualquer direção, sendo limitados somente pelos ligamentos ou processos ósseos que rodeiam a articulação. São exemplos: articulação radioulnar distal; articulação tibiofibular proximal; articulação acromioclavicular; articulação sacroilíaca. GÍNGLIMO OU DOBRADIÇA Nas articulações do tipo gínglimo, as superfícies articulares têm uma tal forma que únicos movimentos possíveis são a flexão e a extensão. São exemplos as articulações úmero-ulnar, articulações interfalângicas e a articulação do joelho. Vários autores classificam a articulação do joelho como condilar, pelo fato de permitir os movimentos de rotação interna e externa associados à sua flexão, além das características morfológicas de uma articulação condilar (descritos abaixo). PIVÔ OU TROCÓIDE O único movimento permitido em uma articulação desse tipo é a rotação ao redor de um eixo longitudinal do osso. Exemplos são a rotação da primeira vértebra cervical (atlas) ao redor do dente da segunda vértebra cervical(áxis) – articulação atlanto-axial e as articulações proximais entre o rádio e a ulna(radioulnar proximal). ELIPSÓIDES São articulações que possuem uma superfície articular côncava e outra ligeiramente convexa. Assim, permitem movimento em dois planos perpendiculares entre si. Podem ocorrer nestas articulações os movimentos de flexão, extensão, Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 96
  • 97. abdução, adução e circundução. São exemplos as articulações metacarpofalângica e radiocárpica. SELARES As articulações selares permitem os mesmos movimentos das elipsóides: flexão, extensão, abdução, adução e circundução. A superfície articular de cada osso é côncava em uma direção e convexa na outra. Desse modo, elas se relacionam como duas selas cujas superfícies giraram 90 graus e se colocaram uma contra a outra. São exemplos as articulações calcaneocubóidea eo carpometacárpica do polegar. Segundo vários autores, a única articulação selar verdadeira do corpo é a articulação carpometacárpica do polegar. ESFERÓIDES As articulações esferóides são formadas por uma cabeça esférica de um osso contrapondo-se a uma cavidade em forma de taça do outro. Além dos movimentos de flexão, extensão, abdução e adução, as articulações esferóides permitem a rotação interna e externa. São exemplos: articulação do ombro (glenoumeral) e articulação do quadril (coxofemoral). CONDILAR São articulações caracterizadas por apresentarem as superfícies articulares ovais, arredondadas. São exemplos: articulação do joelho; articulação úmero-radial, articulação atlanto-occipital; articulação têmporomandibular. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 97
  • 98. Estrutura e Função das Principais Articulações Sinoviais Fonte das imagens: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. 1. ARTICULAÇÃO TÊMPOROMANDIBULAR (ATM) A ATM é uma articulação sinovial do tipo condilar, constituída pelo processo condilar da mandíbula e a fossa mandibular do osso temporal. Um disco articular divide a cavidade articular em dois compartimentos, um superior e outro inferior. A cápsula articular da ATM é frouxa e se fixa às margens da área articular no osso temporal e em torno do colo da mandíbula. A parte espessa da cápsula forma o ligamento lateral (temporomandibular), que reforça a ATM lateralmente. Existem duas membranas sinoviais: uma reveste a cápsula fibrosa superiormente ao disco e a outra reveste sua porção inferior. Além do ligamento lateral, mais dois ligamentos unem a mandíbula ao crânio (nenhum deles acrescenta muita força à articulação): ligamento estilomandibular – que faz trajeto desde o processo estilóide do osso temporal até o angula da mandíbula, e ligamento esfenomandibular – que tem percurso desde a espinha do osso esfenóide até a língula da mandíbula. Ligamentos da ATM – Vista Lateral Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 98
  • 99. Os movimentos da mandíbula são: depressão, elevação (oclusão), protusão (protração), retrusão (retração) e movimento lateral. Quando a mandíbula é abaixada (deprimida) durante a abertura da boca, a sua cabeça e o disco articular movem-se anteriormente na face articular, até que a cabeça fique inferiormente ao tubérculo articular. Quando ocorre esse deslizamento para frente, a cabeça da mandíbula roda na face inferior do disco articular, permitindo a realização de movimentos simples como mastigação ou trituração de pequeno alcance. Durante a protusão e a retrusão da mandíbula, a cabeça e o disco articular deslizam anterior e posteriormente na face articular do osso temporal, com as articulações em ambos os lados se movimentando juntas. ATM – Ação Articular Os movimentos da ATM resultam da ação dos músculos mastigatórios. Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 99
  • 100. 2. COLUNA VERTEBRAL As articulações entre as vértebras adjacentes são de dois tipos: uma série de sínfises cartilaginosas entre os corpos das vértebras e uma série de articulações sinoviais planas entre os processos articulares das vértebras. Um certo número de ligamentos se estendem entre a atlas, a áxis e os ossos occipitais e outros conectam as vértebras restantes num firme e flexível suporte axial. Os corpos das vértebras são mantidos juntos por discos intervertebrais fibrosos. Cada disco é composto de uma firme porção exterior, chamada de anel fibroso, e uma porção central mais mole, o núcleo pulposo: Partes do Disco Intervertebral Passando ao longo da superfície ventral dos corpos das vértebras encontra-se o ligamento longitudinal anterior. Uma faixa semelhante de fibras, chamada de ligamento longitudinal posterior, passa ao longo da superfície dorsal dos corpos vertebrais. Ambos os ligamentos estendem-se desde a segunda vértebra cervical até o sacro: Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 100
  • 101. Ligamentos da Transição Atlanto-Occipital e Região Cervical – Vista Lateral Direita Ligamentos Vertebrais da Região Lombossacral – Vista Lateral Esquerda Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 101