SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  19
Télécharger pour lire hors ligne
A preencher pelo aluno
Nome
A preencher pelo agrupamento
Número convencional do Aluno
Número convencional do Aluno
A preencher pela U.A.
Número convencional do Agrupamento
Prova de Aferição de Língua Portuguesa
2.º Ciclo do Ensino Básico
2011
Caderno 1
– 60 minutos –
prova de aferição do ensino básico
2011
PA • Página 1/ 15
RubricadoProfessorAplicador
PA • Página 2/ 15
–––—––––––––––—–—–———— Página em branco –––––––––––—–—–————–-––
PA • Página 3/ 15
INSTRUÇÕES GERAIS
•   Lê os textos e as questões com a máxima atenção.
•   Responde nos cadernos a caneta ou a esferográfica, de tinta azul ou preta.
•   Numas questões, tens de escolher uma opção, assinalando com × o quadrado
correspondente à resposta correcta.
Se te enganares, risca e volta a colocar × no quadrado que consideres certo.
•   Noutras questões, tens de numerar os círculos para ordenar elementos.
Se te enganares, risca e volta a escrever o número que consideres certo.
•   Noutras questões, tens de escrever a resposta.
Se te enganares, risca e escreve a nova resposta.
•   Pode ainda haver questões de outros tipos; por isso, lê sempre com cuidado as
instruções.
•   Se acabares antes do tempo, relê as tuas respostas.
PA • Página 4/ 15
Lê o texto A. Podes consultar o vocabulário apresentado a seguir ao texto.
TEXTO A
1
5
10
15
20
25
30
Sempre achei nos dias cinzentos e chuvosos algo de acolhedor. A luz não é
tão ríspida, e dir-se-ia que as nuvens são como cortinas que tiram aos raios do
sol a intensidade mortal. Depois, as janelas são bons olhos para olhar a chuva,
e a água a correr tem cantar de regato e refresca. A terra surge então perfumada
e cheirosa.
Quando eu estava na quinta e pairava sobre as montanhas a sombra de um
dia assim, parecia que os barulhos em casa assumiam outro tom. Mais nítido. O
ranger do soalho na varanda sob os passos da avó que, com a Altina, ajeitava
as bacias de recolher a água das gretas do telhado, o restolhar1 das chamas no
fogão da sala, o vento bufando as folhas das ramadas, tudo se compunha de
tacto musical.
Então a chuva caía. As nuvens pranteavam2 a terra ensopando os caminhos,
e as telhas sobrepostas encarregavam-se de guiar a água que, pelo telhado,
escorria até às caleiras3.
– Chove a cântaros!
Se alguém entrava, não passava a soleira da porta, onde havia um tapete para
limpar os pés, que não dissesse:
– Que molha!
Na aldeia atribuíam a S. Pedro essa água do céu, e, quando trovejava, diziam
em ar de chalaça4 que o Santo andava lá por cima a arrumar as cadeiras...
Em baixo, ao fundo dos campos de erva rasteira e verde, o Febras, riacho de
que às vezes fazíamos pouco por ir quase vazio, troçava então de nós, recebendo
essanovaáguaque,vindadasnuvens,lheengrossavaacorrente,fazendo-aandar
mais depressa, entre as margens de fetos e tílias bravas, de musgo e ervas, até
à represa5. Do lado de lá, a casa grande do arqueólogo. Fora um vizinho distinto,
magro e irónico, que dedicara a vida a tirar do ventre das montanhas civilizações
extintas. Assim se tornara célebre. Contava minha avó que havia pessoas de
muito longe que vinham escutar as explicações do seu saber apaixonado.
Olhar a chuva e ouvi-la cantar dentro de casa era bom.
Eu era pequeno, andava no internato6 e vinha passar os fins-de-semana a
casa, mas tinha de regressar segunda-feira de manhã, às seis horas.
PA • Página 5/ 15
35
40
Era um sobressalto quando me acordavam batendo à porta do meu quarto.
Vestir, examinar as malas a ver se faltava alguma coisa e andar ligeiro.
O bom do António, feitor de meu bisavô, de meu avô e que ali ficara que nem
o pinheiro manso do extremo da casa, já me esperava. Amarrava as malas na
traseira da bicicleta com umas borrachas duras, e seguíamos pelo macadame,
o caminho todo calados, ele guiando o biciclo pela mão, eu cinzento da partida
como a chuva do dia.
Ao cruzamento, nos casinhotos desbotados, passava a camioneta. O pára-brisas
afastava no vidro da frente as gotas de água, que corriam como numa cara de
gente chorando sem cessar. Eram para mim dias difíceis aqueles do regresso
ao internato. Mas, se ficava em casa e ao outro dia era dia de estar ali, gostava
muito de ouvir a chuva.
Inácio Pignatelli, Lembranças da Chuva,
Porto, Edições Afrontamento, 2009
(texto adaptado)
VOCABULÁRIO
1 o restolhar das chamas – o ruído produzido pelas chamas.
2 pranteavam – choravam; molhavam de lágrimas.
3 caleiras – canos colocados sob o telhado para escoar as águas da chuva.
4 chalaça – piada; dito com graça.
5 represa – construção feita em rio ou canal para travar o curso da água e armazená-la.
6 internato – estabelecimento de ensino em que os alunos habitam em permanência.
PA • Página 6/ 15
Responde ao que te é pedido sobre o texto que acabaste de ler, seguindo as
orientações que te são dadas.
1.  Assinala com × a opção que completa cada frase de acordo com o sentido do
texto.
1.1.  As recordações do narrador estão ligadas aos dias
…… frescos, mas com sol.
…… amenos e perfumados.
…… quentes, mas ventosos.
…… nublados e com chuva.
1.2.  O narrador lembra momentos que passou
…… na casa de um arqueólogo.
…… no internato, com os colegas.
…… na quinta dos seus avós.
…… na margem do rio, com o feitor.
1.3.  No excerto «dir-se-ia que as nuvens são como cortinas que tiram aos raios do
sol a intensidade mortal» (linhas 2 e 3), a palavra «como» estabelece, entre
os elementos sublinhados, uma relação de
…… causa.
…… semelhança.
…… contraste.
…… oposição.
PA • Página 7/ 15
1.4.  As expressões «ranger do soalho» (linha 8) e «restolhar das chamas»
(linha 9) sugerem sensações
…… visuais.
…… olfactivas.
…… auditivas.
…… tácteis.
1.5.  Em «– Chove a cântaros!» (linha 15), a expressão sublinhada dá a entender
que a chuva é
…… fraca.
…… abundante.
…… escassa.
…… miudinha.
2.  «Então a chuva caía.» (linha 12)
Transcreve do texto as duas frases que o narrador ouvia nessa ocasião.
Cumpre as regras de transcrição.
	________________________________________________________________________
	________________________________________________________________________
PA • Página 8/ 15
3.  Em «o Febras, riacho de que às vezes fazíamos pouco por ir quase vazio, troçava
então de nós, recebendo essa nova água» (linhas 21 a 23), o narrador recorre a
uma personificação.
Justifica a afirmação anterior.
	________________________________________________________________________
	________________________________________________________________________
	________________________________________________________________________
	________________________________________________________________________
4.  «Do lado de lá, a casa grande do arqueólogo.» (linha 25)
Transcreve do texto a expressão que explica como o arqueólogo se tinha tornado
célebre.
	________________________________________________________________________
	________________________________________________________________________
	________________________________________________________________________
5.  O regresso ao internato, nas manhãs de segunda-feira, é narrado no texto a partir
da linha 30.
Ordena, de 1 a 7, os momentos desse regresso, de acordo com a sequência pela
qual são narrados. O primeiro momento já está numerado.
  O encontro com António, o feitor.
  A chegada ao cruzamento.
1   O acordar em sobressalto.
  A partida na camioneta.
  A verificação da bagagem.
 O percurso silencioso.
 A acomodação das malas na bicicleta.
PA • Página 9/ 15
6.  Lê a frase: «Eram para mim dias difíceis aqueles do regresso ao internato.» (linhas
41 e 42).
Na tua opinião, por que motivo seria tão difícil
para o menino regressar ao internato?
	________________________________________________________________________
	________________________________________________________________________
	________________________________________________________________________
	________________________________________________________________________
	________________________________________________________________________
	________________________________________________________________________
	________________________________________________________________________
	________________________________________________________________________
	________________________________________________________________________
PA • Página 10/ 15
Lê a informação do folheto seguinte.
TEXTO B
Vamos poupar água?
Sabias que mais de 70% do nosso corpo é
constituído por água? Não há vida sem água.
Se ela acabar, nós não sobrevivemos.
Sabes como poupar água? Segue as
recomendações que te damos e transmite-as
aos teus familiares e amigos.
Todos temos o dever
de economizar água.
Desde já, tu podes colaborar.
Vamos dizer-te como.
Põe uma garrafa de água no frigorífico. Desta
maneira, evitas gastar água até que saia
fresca da torneira.
Quando ajudares a lavar a loiça, não deixes
a água a correr. Enche o lava-loiça e usa só a
quantidade necessária.
As máquinas de lavar, roupa ou loiça, devem
trabalhar só quando estiverem cheias.
Evita tomar banho de imersão.
No duche, fecha a água enquanto te ensaboas.
Não demores muito tempo no chuveiro.
Não deixes a água a correr enquanto lavas os
dentes ou as mãos.
Um autoclismo avariado pode desperdiçar
muita água. Deve ser arranjado sem demora.
Rega as plantas de
manhã ou à noite. Se o
fizeres à tarde, a água
evapora-se rapidamente,
devido ao calor.
Há plantas que precisam
de pouca água. Evita regá-
-las sem necessidade.
Se possível, utiliza água de
poços ou de ribeiros.
Deves preferir plantas típicas da região onde
vives, porque estão adaptadas ao clima local.
Quando lavares a bicicleta, utiliza um balde
em vez de mangueira.
Se tiveres piscina, não a enchas em época de
seca.
Não deixes as torneiras a pingar. Fecha-as bem.
Se não pararem de pingar, devem ser
arranjadas imediatamente.
Se vires alguma rotura na canalização,
pede a um adulto que avise os Serviços
Municipalizados.
PREVENIR PLANEAR SOCORRER
Ministério da Administração Interna
Autoridade Nacional de Protecção Civil
www.portalseguranca.gov.pt
(acedido em 15/12/2010 e adaptado)
PA • Página 11/ 15
Responde ao que te é pedido sobre o texto que acabaste de ler, seguindo as
orientações que te são dadas.
7.  Todos temos o dever de economizar água.
Justifica a afirmação anterior com base na informação contida no folheto.
	________________________________________________________________________
	________________________________________________________________________
	________________________________________________________________________
8.  Transcreve do folheto uma recomendação para evitar o gasto excessivo de água
em cada situação.
Situação A – Dentro de casa:______________________________________________
	________________________________________________________________________
Situação B – Fora de casa:_______________________________________________
	________________________________________________________________________
9.  Imagina que o teu vizinho tem o hábito de lavar o carro com a mangueira ligada a
uma torneira e de deixar a água sempre a correr.
Redige o conselho que lhe darias a partir da informação contida no folheto.
	________________________________________________________________________
	________________________________________________________________________
	________________________________________________________________________
	________________________________________________________________________
	________________________________________________________________________
	________________________________________________________________________
PA • Página 12/ 15
–––—––––––––––—–—–—–—— Página em branco –––––––––—–—–—–————–-––
PA • Página 13/ 15
Responde ao que te é pedido sobre o funcionamento da língua.
10.  Lê a frase.
O rio recebia a água da chuva que lhe engrossava a corrente.
Escreve uma frase em que utilizes o nome sublinhado, mas com um significado
diferente.
_______________________________________________________________________
11.  Ordena alfabeticamente as seguintes palavras, numerando-as de 1 a 9.
 corrente
  cinzento
  chuvisco
  chover
  chuva
  cheirosa
  célebre
  cântaro
  chuvoso
PA • Página 14/ 15
12.  Assinala com ×, em cada coluna, a palavra que pertence à classe gramatical
nela indicada.
Nome Pronome Adjectivo Preposição Conjunção
 
chuvoso  
alguém  
soleira  
tudo  
dentro
 
assim  
chuva  
corria  
avó  
sobre
 
ajeitava  
então  
célebre  
por  
magro
 
tapete  
para  
depois  
depois  
mas
13.  Lê a frase.
O feitor é dedicado.
Reescreve a frase usando o verbo nos seguintes tempos do modo indicativo.
a)  Pretérito mais-que-perfeito simples: ____________________________________
b)  Pretérito imperfeito:__________________________________________________
c)  Pretérito perfeito simples: _____________________________________________
d)  Futuro simples: ______________________________________________________
PA • Página 15/ 15
14.  Lê a frase.
O arqueólogo da aldeia dedicava a vida ao estudo.
Transcreve os elementos da frase que correspondem às funções sintácticas
indicadas.
Sujeito – ______________________________________________________________
Predicado – ____________________________________________________________
Complemento directo – ______________________________________
Complemento indirecto – ____________________________________
15.  Lê a frase.
– Traz o guarda-chuva.
Reescreve a frase na forma negativa, mantendo a pessoa verbal.
_______________________________________________________________________
16.  Lê a frase.
Quando chovia, a avó pedia à Altina que fosse buscar bacias para a água.
Imagina que a avó se dirigia directamente à Altina.
Escreve a frase que a avó diria.
Quando chovia, a avó pedia:
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
Fim do Caderno 1
A preencher pelo aluno
Nome
A preencher pelo agrupamento
Número convencional do Aluno
Número convencional do Aluno
A preencher pela U.A.
Número convencional do Agrupamento
Prova de Aferição de Língua Portuguesa
2.º Ciclo do Ensino Básico
2011
Caderno 2
– 40 minutos –
prova de aferição do ensino básico
2011
PA • Página 1/ 3
RubricadoProfessorAplicador
PA • Página 2/ 3
Vais agora escrever um texto.
No texto A, o narrador recorda tempos de infância.
Também tu certamente recordas, por exemplo, momentos bons das tuas férias.
Escreve uma carta (de 25 a 30 linhas) dirigida a uma pessoa amiga, em que:
•   relates um dia de férias agradável;
•   descrevas o local onde estiveste;
•   expresses os sentimentos envolvidos nas tuas recordações desse dia.
Respeita os aspectos formais da carta.
Não assines a carta com o teu nome, mas com a expressão «Um amigo» ou
«Uma amiga».
Toma atenção às seguintes instruções:
•   escreve o texto de acordo com o que te é pedido;
•   respeita o número de linhas indicado;
•   faz um rascunho, a lápis, na folha própria.
Depois de escreveres o rascunho do teu texto:
•   revê com cuidado o que escreveste e corrige o que for necessário;
•   copia o texto para a folha da prova, em letra bem legível, a caneta ou a esferográfica,
de tinta azul ou preta;
•   se te enganares, risca e escreve de novo (não uses corrector);
•   se acabares antes do tempo previsto, deves reler o texto.
PA • Página 3/ 3
 1 ______________________________________________________________________________
 2 ______________________________________________________________________________
 3 ______________________________________________________________________________
 4 ______________________________________________________________________________
 5 ______________________________________________________________________________
 6 ______________________________________________________________________________
 7 ______________________________________________________________________________
 8 ______________________________________________________________________________
 9 ______________________________________________________________________________
10  ______________________________________________________________________________
11  _______________________________________________________________________________
12  ______________________________________________________________________________
13  ______________________________________________________________________________
14  ______________________________________________________________________________
15  ______________________________________________________________________________
16  ______________________________________________________________________________
17  ______________________________________________________________________________
18  ______________________________________________________________________________
19  ______________________________________________________________________________
20  ______________________________________________________________________________
21  ______________________________________________________________________________
22  ______________________________________________________________________________
23  ______________________________________________________________________________
24  ______________________________________________________________________________
25  ______________________________________________________________________________
26  ______________________________________________________________________________
27  ______________________________________________________________________________
28  ______________________________________________________________________________
29  ______________________________________________________________________________
30  ______________________________________________________________________________
Fim da Prova
FOLHA DE RASCUNHO
 1 ______________________________________________________________________________
 2 ______________________________________________________________________________
 3 ______________________________________________________________________________
 4 ______________________________________________________________________________
 5 ______________________________________________________________________________
 6 ______________________________________________________________________________
 7 ______________________________________________________________________________
 8 ______________________________________________________________________________
 9 ______________________________________________________________________________
10  ______________________________________________________________________________
11  _______________________________________________________________________________
12  ______________________________________________________________________________
13  ______________________________________________________________________________
14  ______________________________________________________________________________
15  ______________________________________________________________________________
16  ______________________________________________________________________________
17  ______________________________________________________________________________
18  ______________________________________________________________________________
19  ______________________________________________________________________________
20  ______________________________________________________________________________
21  ______________________________________________________________________________
22  ______________________________________________________________________________
23  ______________________________________________________________________________
24  ______________________________________________________________________________
25  ______________________________________________________________________________
26  ______________________________________________________________________________
27  ______________________________________________________________________________
28  ______________________________________________________________________________
29  ______________________________________________________________________________
30  ______________________________________________________________________________

Contenu connexe

Tendances

LETRAS TAQUARENSES Nº 61 NOV/DEZ 2014 * ANTONIO CABRAL FILHO - RJ
LETRAS TAQUARENSES Nº 61 NOV/DEZ 2014 * ANTONIO CABRAL FILHO - RJLETRAS TAQUARENSES Nº 61 NOV/DEZ 2014 * ANTONIO CABRAL FILHO - RJ
LETRAS TAQUARENSES Nº 61 NOV/DEZ 2014 * ANTONIO CABRAL FILHO - RJAntonio Cabral Filho
 
Matilde Rosa Araújo
Matilde Rosa AraújoMatilde Rosa Araújo
Matilde Rosa Araújopiefmania
 
Annefrank ficha
Annefrank fichaAnnefrank ficha
Annefrank fichaNuno Belo
 
Letras Taquarenses Ano (Lt66 jul15)
Letras Taquarenses Ano (Lt66 jul15)Letras Taquarenses Ano (Lt66 jul15)
Letras Taquarenses Ano (Lt66 jul15)ANTONIO CABRAL FILHO
 
BOLETIM MENSAL GRALHA AZUL No. 53 - DEZEMBRO 2014
BOLETIM MENSAL GRALHA AZUL No. 53 - DEZEMBRO 2014BOLETIM MENSAL GRALHA AZUL No. 53 - DEZEMBRO 2014
BOLETIM MENSAL GRALHA AZUL No. 53 - DEZEMBRO 2014Sérgio Pitaki
 
Verdes são os campos
Verdes são os camposVerdes são os campos
Verdes são os camposmcruzgago
 
C.s.lewis as crônicas de nárnia - vol. 7 - a última batalha
C.s.lewis   as crônicas de nárnia - vol. 7 - a última batalhaC.s.lewis   as crônicas de nárnia - vol. 7 - a última batalha
C.s.lewis as crônicas de nárnia - vol. 7 - a última batalhaAriovaldo Cunha
 
Posias Dedicadas: Hoje Em Memoriam De Alvani Maria De M. Lima....10 11 2018....
 Posias Dedicadas: Hoje Em Memoriam De Alvani Maria De M. Lima....10 11 2018.... Posias Dedicadas: Hoje Em Memoriam De Alvani Maria De M. Lima....10 11 2018....
Posias Dedicadas: Hoje Em Memoriam De Alvani Maria De M. Lima....10 11 2018....terreza lima
 
Contos de terror
Contos de terrorContos de terror
Contos de terrorrgrecia
 
úLtimo tema
úLtimo temaúLtimo tema
úLtimo temaveralvk
 
Prova internet-pssiii-2005
Prova internet-pssiii-2005Prova internet-pssiii-2005
Prova internet-pssiii-2005Lucas Ferreira
 

Tendances (19)

LETRAS TAQUARENSES Nº 61 NOV/DEZ 2014 * ANTONIO CABRAL FILHO - RJ
LETRAS TAQUARENSES Nº 61 NOV/DEZ 2014 * ANTONIO CABRAL FILHO - RJLETRAS TAQUARENSES Nº 61 NOV/DEZ 2014 * ANTONIO CABRAL FILHO - RJ
LETRAS TAQUARENSES Nº 61 NOV/DEZ 2014 * ANTONIO CABRAL FILHO - RJ
 
Matilde Rosa Araújo
Matilde Rosa AraújoMatilde Rosa Araújo
Matilde Rosa Araújo
 
Annefrank ficha
Annefrank fichaAnnefrank ficha
Annefrank ficha
 
Letras Taquarenses Ano (Lt66 jul15)
Letras Taquarenses Ano (Lt66 jul15)Letras Taquarenses Ano (Lt66 jul15)
Letras Taquarenses Ano (Lt66 jul15)
 
Fa8
Fa8Fa8
Fa8
 
BOLETIM MENSAL GRALHA AZUL No. 53 - DEZEMBRO 2014
BOLETIM MENSAL GRALHA AZUL No. 53 - DEZEMBRO 2014BOLETIM MENSAL GRALHA AZUL No. 53 - DEZEMBRO 2014
BOLETIM MENSAL GRALHA AZUL No. 53 - DEZEMBRO 2014
 
Historinhas de Mãe Natureza
Historinhas de Mãe Natureza   Historinhas de Mãe Natureza
Historinhas de Mãe Natureza
 
Semana poesia
Semana poesiaSemana poesia
Semana poesia
 
Verdes são os campos
Verdes são os camposVerdes são os campos
Verdes são os campos
 
C.s.lewis as crônicas de nárnia - vol. 7 - a última batalha
C.s.lewis   as crônicas de nárnia - vol. 7 - a última batalhaC.s.lewis   as crônicas de nárnia - vol. 7 - a última batalha
C.s.lewis as crônicas de nárnia - vol. 7 - a última batalha
 
Posias Dedicadas: Hoje Em Memoriam De Alvani Maria De M. Lima....10 11 2018....
 Posias Dedicadas: Hoje Em Memoriam De Alvani Maria De M. Lima....10 11 2018.... Posias Dedicadas: Hoje Em Memoriam De Alvani Maria De M. Lima....10 11 2018....
Posias Dedicadas: Hoje Em Memoriam De Alvani Maria De M. Lima....10 11 2018....
 
Contos de terror
Contos de terrorContos de terror
Contos de terror
 
à Sombra do flamboyant
à Sombra do flamboyantà Sombra do flamboyant
à Sombra do flamboyant
 
Contos e crônicas do cotidiano
Contos e crônicas do cotidianoContos e crônicas do cotidiano
Contos e crônicas do cotidiano
 
Verdes são os campos
Verdes são os camposVerdes são os campos
Verdes são os campos
 
úLtimo tema
úLtimo temaúLtimo tema
úLtimo tema
 
Poemas entregues
Poemas entreguesPoemas entregues
Poemas entregues
 
2ª etapa da ii gincana literária
2ª etapa da ii gincana literária 2ª etapa da ii gincana literária
2ª etapa da ii gincana literária
 
Prova internet-pssiii-2005
Prova internet-pssiii-2005Prova internet-pssiii-2005
Prova internet-pssiii-2005
 

En vedette

Futbol freeestyle
Futbol freeestyleFutbol freeestyle
Futbol freeestylediego990211
 
Satélite terrasar
Satélite terrasarSatélite terrasar
Satélite terrasarLuiz Carlos
 
LOPNNA Venezuela
LOPNNA VenezuelaLOPNNA Venezuela
LOPNNA Venezuelaluisfer0611
 
Las partes del computador
Las partes del computadorLas partes del computador
Las partes del computadorAnVi20ToLa
 
Presentacion jenny cabrera
Presentacion jenny cabreraPresentacion jenny cabrera
Presentacion jenny cabreraAracabrera
 
ITIL -Gesstión de Servicios
ITIL -Gesstión de ServiciosITIL -Gesstión de Servicios
ITIL -Gesstión de ServiciosFreddy Gonza
 
Guimarcalaliga2012 2013-130521100005-phpapp02
Guimarcalaliga2012 2013-130521100005-phpapp02Guimarcalaliga2012 2013-130521100005-phpapp02
Guimarcalaliga2012 2013-130521100005-phpapp02Ronaldo_Camacho
 
Crecimiento y desarrollo económico (1)
Crecimiento y desarrollo económico (1)Crecimiento y desarrollo económico (1)
Crecimiento y desarrollo económico (1)Sandy Sandoval Toledo
 
Power 1ra clase
Power 1ra clasePower 1ra clase
Power 1ra claseAndres919
 
Miradas al vacío ensayo fotográfico audiovisual
Miradas al vacío ensayo fotográfico audiovisualMiradas al vacío ensayo fotográfico audiovisual
Miradas al vacío ensayo fotográfico audiovisualSoce21
 
Actividad no.10. trabajo colaborativo 2
Actividad no.10. trabajo colaborativo 2Actividad no.10. trabajo colaborativo 2
Actividad no.10. trabajo colaborativo 2veronicavelezbarrios
 
Excel
Excel Excel
Excel vaaane
 
Curriculum Vitae
Curriculum VitaeCurriculum Vitae
Curriculum Vitaejosnarv
 
Poemas de maya angelou- Por Liz Hernandez
Poemas de maya angelou- Por Liz HernandezPoemas de maya angelou- Por Liz Hernandez
Poemas de maya angelou- Por Liz Hernandezcarolynpaola
 
Guadalupe galindo cruz 2 c
Guadalupe galindo cruz 2 cGuadalupe galindo cruz 2 c
Guadalupe galindo cruz 2 clupigalindoC
 

En vedette (20)

Futbol freeestyle
Futbol freeestyleFutbol freeestyle
Futbol freeestyle
 
Satélite terrasar
Satélite terrasarSatélite terrasar
Satélite terrasar
 
LOPNNA Venezuela
LOPNNA VenezuelaLOPNNA Venezuela
LOPNNA Venezuela
 
Equipo 5
Equipo 5Equipo 5
Equipo 5
 
Las partes del computador
Las partes del computadorLas partes del computador
Las partes del computador
 
Instrucciones
InstruccionesInstrucciones
Instrucciones
 
Presentacion jenny cabrera
Presentacion jenny cabreraPresentacion jenny cabrera
Presentacion jenny cabrera
 
ITIL -Gesstión de Servicios
ITIL -Gesstión de ServiciosITIL -Gesstión de Servicios
ITIL -Gesstión de Servicios
 
Guimarcalaliga2012 2013-130521100005-phpapp02
Guimarcalaliga2012 2013-130521100005-phpapp02Guimarcalaliga2012 2013-130521100005-phpapp02
Guimarcalaliga2012 2013-130521100005-phpapp02
 
Crecimiento y desarrollo económico (1)
Crecimiento y desarrollo económico (1)Crecimiento y desarrollo económico (1)
Crecimiento y desarrollo económico (1)
 
Power 1ra clase
Power 1ra clasePower 1ra clase
Power 1ra clase
 
Miradas al vacío ensayo fotográfico audiovisual
Miradas al vacío ensayo fotográfico audiovisualMiradas al vacío ensayo fotográfico audiovisual
Miradas al vacío ensayo fotográfico audiovisual
 
Actividad no.10. trabajo colaborativo 2
Actividad no.10. trabajo colaborativo 2Actividad no.10. trabajo colaborativo 2
Actividad no.10. trabajo colaborativo 2
 
Excel
Excel Excel
Excel
 
Curriculum Vitae
Curriculum VitaeCurriculum Vitae
Curriculum Vitae
 
Dicas para Gerenciar Riscos em Projetos
Dicas para Gerenciar Riscos em ProjetosDicas para Gerenciar Riscos em Projetos
Dicas para Gerenciar Riscos em Projetos
 
Poemas de maya angelou- Por Liz Hernandez
Poemas de maya angelou- Por Liz HernandezPoemas de maya angelou- Por Liz Hernandez
Poemas de maya angelou- Por Liz Hernandez
 
Eminem
EminemEminem
Eminem
 
Nossas Empresas tem Ética
Nossas Empresas tem ÉticaNossas Empresas tem Ética
Nossas Empresas tem Ética
 
Guadalupe galindo cruz 2 c
Guadalupe galindo cruz 2 cGuadalupe galindo cruz 2 c
Guadalupe galindo cruz 2 c
 

Similaire à Prova de 2011

Dias de verão a4
Dias de verão a4Dias de verão a4
Dias de verão a4rgrecia
 
Lp7 4 bim_aluno_2013
Lp7 4 bim_aluno_2013Lp7 4 bim_aluno_2013
Lp7 4 bim_aluno_2013Icobashi
 
Lp7 4 bim_aluno_2013
Lp7 4 bim_aluno_2013Lp7 4 bim_aluno_2013
Lp7 4 bim_aluno_2013Icobashi
 
Lp7 4 bim_aluno_2013(4bimestre)
Lp7 4 bim_aluno_2013(4bimestre)Lp7 4 bim_aluno_2013(4bimestre)
Lp7 4 bim_aluno_2013(4bimestre)Albiely
 
úLtimo tema
úLtimo temaúLtimo tema
úLtimo temaandrissa
 
Contos e cronicas do cotidiano.Prof. Jerônimo
Contos e cronicas do cotidiano.Prof. JerônimoContos e cronicas do cotidiano.Prof. Jerônimo
Contos e cronicas do cotidiano.Prof. JerônimoJerônimo Ferreira
 
Era uma vez uma praia atlântica
Era uma vez uma praia atlânticaEra uma vez uma praia atlântica
Era uma vez uma praia atlânticaFilipa Julião
 
qdoc.tips_fichas-de-avaliaao-gailivro-3-ano-portugues.pdf
qdoc.tips_fichas-de-avaliaao-gailivro-3-ano-portugues.pdfqdoc.tips_fichas-de-avaliaao-gailivro-3-ano-portugues.pdf
qdoc.tips_fichas-de-avaliaao-gailivro-3-ano-portugues.pdfRita Cabral
 
Um EspaçO, Uma EstóRia
Um EspaçO, Uma EstóRiaUm EspaçO, Uma EstóRia
Um EspaçO, Uma EstóRiaMaria Maló
 
Poemas sobre Sua Majestade, o LIVRO - Uma microantologia
Poemas sobre Sua Majestade, o LIVRO - Uma microantologiaPoemas sobre Sua Majestade, o LIVRO - Uma microantologia
Poemas sobre Sua Majestade, o LIVRO - Uma microantologiaSammis Reachers
 
Lp e literatura brasileira
Lp e literatura brasileiraLp e literatura brasileira
Lp e literatura brasileiracavip
 
Prova 2010 uerj portugues e literatura brasileira
Prova 2010 uerj portugues e literatura brasileiraProva 2010 uerj portugues e literatura brasileira
Prova 2010 uerj portugues e literatura brasileiracavip
 

Similaire à Prova de 2011 (20)

Fichas gramaticais
Fichas gramaticaisFichas gramaticais
Fichas gramaticais
 
Dias de verão a4
Dias de verão a4Dias de verão a4
Dias de verão a4
 
Lp7 4 bim_aluno_2013
Lp7 4 bim_aluno_2013Lp7 4 bim_aluno_2013
Lp7 4 bim_aluno_2013
 
Lp7 4 bim_aluno_2013
Lp7 4 bim_aluno_2013Lp7 4 bim_aluno_2013
Lp7 4 bim_aluno_2013
 
Lp7 4 bim_aluno_2013(4bimestre)
Lp7 4 bim_aluno_2013(4bimestre)Lp7 4 bim_aluno_2013(4bimestre)
Lp7 4 bim_aluno_2013(4bimestre)
 
úLtimo tema
úLtimo temaúLtimo tema
úLtimo tema
 
Contos e cronicas do cotidiano.Prof. Jerônimo
Contos e cronicas do cotidiano.Prof. JerônimoContos e cronicas do cotidiano.Prof. Jerônimo
Contos e cronicas do cotidiano.Prof. Jerônimo
 
Contos e crônicas do cotidiano
Contos e crônicas do cotidianoContos e crônicas do cotidiano
Contos e crônicas do cotidiano
 
174626
174626174626
174626
 
Motivacao
MotivacaoMotivacao
Motivacao
 
Era uma vez uma praia atlântica
Era uma vez uma praia atlânticaEra uma vez uma praia atlântica
Era uma vez uma praia atlântica
 
Aula água
Aula águaAula água
Aula água
 
qdoc.tips_fichas-de-avaliaao-gailivro-3-ano-portugues.pdf
qdoc.tips_fichas-de-avaliaao-gailivro-3-ano-portugues.pdfqdoc.tips_fichas-de-avaliaao-gailivro-3-ano-portugues.pdf
qdoc.tips_fichas-de-avaliaao-gailivro-3-ano-portugues.pdf
 
Aula água1
Aula água1Aula água1
Aula água1
 
Um EspaçO, Uma EstóRia
Um EspaçO, Uma EstóRiaUm EspaçO, Uma EstóRia
Um EspaçO, Uma EstóRia
 
Poemas sobre Sua Majestade, o LIVRO - Uma microantologia
Poemas sobre Sua Majestade, o LIVRO - Uma microantologiaPoemas sobre Sua Majestade, o LIVRO - Uma microantologia
Poemas sobre Sua Majestade, o LIVRO - Uma microantologia
 
Lp e literatura brasileira
Lp e literatura brasileiraLp e literatura brasileira
Lp e literatura brasileira
 
6ano portugues 2006
6ano portugues 20066ano portugues 2006
6ano portugues 2006
 
Prova 2010 uerj portugues e literatura brasileira
Prova 2010 uerj portugues e literatura brasileiraProva 2010 uerj portugues e literatura brasileira
Prova 2010 uerj portugues e literatura brasileira
 
Motivacao
MotivacaoMotivacao
Motivacao
 

Prova de 2011

  • 1. A preencher pelo aluno Nome A preencher pelo agrupamento Número convencional do Aluno Número convencional do Aluno A preencher pela U.A. Número convencional do Agrupamento Prova de Aferição de Língua Portuguesa 2.º Ciclo do Ensino Básico 2011 Caderno 1 – 60 minutos – prova de aferição do ensino básico 2011 PA • Página 1/ 15 RubricadoProfessorAplicador
  • 2. PA • Página 2/ 15 –––—––––––––––—–—–———— Página em branco –––––––––––—–—–————–-––
  • 3. PA • Página 3/ 15 INSTRUÇÕES GERAIS •   Lê os textos e as questões com a máxima atenção. •   Responde nos cadernos a caneta ou a esferográfica, de tinta azul ou preta. •   Numas questões, tens de escolher uma opção, assinalando com × o quadrado correspondente à resposta correcta. Se te enganares, risca e volta a colocar × no quadrado que consideres certo. •   Noutras questões, tens de numerar os círculos para ordenar elementos. Se te enganares, risca e volta a escrever o número que consideres certo. •   Noutras questões, tens de escrever a resposta. Se te enganares, risca e escreve a nova resposta. •   Pode ainda haver questões de outros tipos; por isso, lê sempre com cuidado as instruções. •   Se acabares antes do tempo, relê as tuas respostas.
  • 4. PA • Página 4/ 15 Lê o texto A. Podes consultar o vocabulário apresentado a seguir ao texto. TEXTO A 1 5 10 15 20 25 30 Sempre achei nos dias cinzentos e chuvosos algo de acolhedor. A luz não é tão ríspida, e dir-se-ia que as nuvens são como cortinas que tiram aos raios do sol a intensidade mortal. Depois, as janelas são bons olhos para olhar a chuva, e a água a correr tem cantar de regato e refresca. A terra surge então perfumada e cheirosa. Quando eu estava na quinta e pairava sobre as montanhas a sombra de um dia assim, parecia que os barulhos em casa assumiam outro tom. Mais nítido. O ranger do soalho na varanda sob os passos da avó que, com a Altina, ajeitava as bacias de recolher a água das gretas do telhado, o restolhar1 das chamas no fogão da sala, o vento bufando as folhas das ramadas, tudo se compunha de tacto musical. Então a chuva caía. As nuvens pranteavam2 a terra ensopando os caminhos, e as telhas sobrepostas encarregavam-se de guiar a água que, pelo telhado, escorria até às caleiras3. – Chove a cântaros! Se alguém entrava, não passava a soleira da porta, onde havia um tapete para limpar os pés, que não dissesse: – Que molha! Na aldeia atribuíam a S. Pedro essa água do céu, e, quando trovejava, diziam em ar de chalaça4 que o Santo andava lá por cima a arrumar as cadeiras... Em baixo, ao fundo dos campos de erva rasteira e verde, o Febras, riacho de que às vezes fazíamos pouco por ir quase vazio, troçava então de nós, recebendo essanovaáguaque,vindadasnuvens,lheengrossavaacorrente,fazendo-aandar mais depressa, entre as margens de fetos e tílias bravas, de musgo e ervas, até à represa5. Do lado de lá, a casa grande do arqueólogo. Fora um vizinho distinto, magro e irónico, que dedicara a vida a tirar do ventre das montanhas civilizações extintas. Assim se tornara célebre. Contava minha avó que havia pessoas de muito longe que vinham escutar as explicações do seu saber apaixonado. Olhar a chuva e ouvi-la cantar dentro de casa era bom. Eu era pequeno, andava no internato6 e vinha passar os fins-de-semana a casa, mas tinha de regressar segunda-feira de manhã, às seis horas.
  • 5. PA • Página 5/ 15 35 40 Era um sobressalto quando me acordavam batendo à porta do meu quarto. Vestir, examinar as malas a ver se faltava alguma coisa e andar ligeiro. O bom do António, feitor de meu bisavô, de meu avô e que ali ficara que nem o pinheiro manso do extremo da casa, já me esperava. Amarrava as malas na traseira da bicicleta com umas borrachas duras, e seguíamos pelo macadame, o caminho todo calados, ele guiando o biciclo pela mão, eu cinzento da partida como a chuva do dia. Ao cruzamento, nos casinhotos desbotados, passava a camioneta. O pára-brisas afastava no vidro da frente as gotas de água, que corriam como numa cara de gente chorando sem cessar. Eram para mim dias difíceis aqueles do regresso ao internato. Mas, se ficava em casa e ao outro dia era dia de estar ali, gostava muito de ouvir a chuva. Inácio Pignatelli, Lembranças da Chuva, Porto, Edições Afrontamento, 2009 (texto adaptado) VOCABULÁRIO 1 o restolhar das chamas – o ruído produzido pelas chamas. 2 pranteavam – choravam; molhavam de lágrimas. 3 caleiras – canos colocados sob o telhado para escoar as águas da chuva. 4 chalaça – piada; dito com graça. 5 represa – construção feita em rio ou canal para travar o curso da água e armazená-la. 6 internato – estabelecimento de ensino em que os alunos habitam em permanência.
  • 6. PA • Página 6/ 15 Responde ao que te é pedido sobre o texto que acabaste de ler, seguindo as orientações que te são dadas. 1.  Assinala com × a opção que completa cada frase de acordo com o sentido do texto. 1.1.  As recordações do narrador estão ligadas aos dias …… frescos, mas com sol. …… amenos e perfumados. …… quentes, mas ventosos. …… nublados e com chuva. 1.2.  O narrador lembra momentos que passou …… na casa de um arqueólogo. …… no internato, com os colegas. …… na quinta dos seus avós. …… na margem do rio, com o feitor. 1.3.  No excerto «dir-se-ia que as nuvens são como cortinas que tiram aos raios do sol a intensidade mortal» (linhas 2 e 3), a palavra «como» estabelece, entre os elementos sublinhados, uma relação de …… causa. …… semelhança. …… contraste. …… oposição.
  • 7. PA • Página 7/ 15 1.4.  As expressões «ranger do soalho» (linha 8) e «restolhar das chamas» (linha 9) sugerem sensações …… visuais. …… olfactivas. …… auditivas. …… tácteis. 1.5.  Em «– Chove a cântaros!» (linha 15), a expressão sublinhada dá a entender que a chuva é …… fraca. …… abundante. …… escassa. …… miudinha. 2.  «Então a chuva caía.» (linha 12) Transcreve do texto as duas frases que o narrador ouvia nessa ocasião. Cumpre as regras de transcrição. ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________
  • 8. PA • Página 8/ 15 3.  Em «o Febras, riacho de que às vezes fazíamos pouco por ir quase vazio, troçava então de nós, recebendo essa nova água» (linhas 21 a 23), o narrador recorre a uma personificação. Justifica a afirmação anterior. ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 4.  «Do lado de lá, a casa grande do arqueólogo.» (linha 25) Transcreve do texto a expressão que explica como o arqueólogo se tinha tornado célebre. ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 5.  O regresso ao internato, nas manhãs de segunda-feira, é narrado no texto a partir da linha 30. Ordena, de 1 a 7, os momentos desse regresso, de acordo com a sequência pela qual são narrados. O primeiro momento já está numerado.   O encontro com António, o feitor.   A chegada ao cruzamento. 1   O acordar em sobressalto.   A partida na camioneta.   A verificação da bagagem.  O percurso silencioso.  A acomodação das malas na bicicleta.
  • 9. PA • Página 9/ 15 6.  Lê a frase: «Eram para mim dias difíceis aqueles do regresso ao internato.» (linhas 41 e 42). Na tua opinião, por que motivo seria tão difícil para o menino regressar ao internato? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________
  • 10. PA • Página 10/ 15 Lê a informação do folheto seguinte. TEXTO B Vamos poupar água? Sabias que mais de 70% do nosso corpo é constituído por água? Não há vida sem água. Se ela acabar, nós não sobrevivemos. Sabes como poupar água? Segue as recomendações que te damos e transmite-as aos teus familiares e amigos. Todos temos o dever de economizar água. Desde já, tu podes colaborar. Vamos dizer-te como. Põe uma garrafa de água no frigorífico. Desta maneira, evitas gastar água até que saia fresca da torneira. Quando ajudares a lavar a loiça, não deixes a água a correr. Enche o lava-loiça e usa só a quantidade necessária. As máquinas de lavar, roupa ou loiça, devem trabalhar só quando estiverem cheias. Evita tomar banho de imersão. No duche, fecha a água enquanto te ensaboas. Não demores muito tempo no chuveiro. Não deixes a água a correr enquanto lavas os dentes ou as mãos. Um autoclismo avariado pode desperdiçar muita água. Deve ser arranjado sem demora. Rega as plantas de manhã ou à noite. Se o fizeres à tarde, a água evapora-se rapidamente, devido ao calor. Há plantas que precisam de pouca água. Evita regá- -las sem necessidade. Se possível, utiliza água de poços ou de ribeiros. Deves preferir plantas típicas da região onde vives, porque estão adaptadas ao clima local. Quando lavares a bicicleta, utiliza um balde em vez de mangueira. Se tiveres piscina, não a enchas em época de seca. Não deixes as torneiras a pingar. Fecha-as bem. Se não pararem de pingar, devem ser arranjadas imediatamente. Se vires alguma rotura na canalização, pede a um adulto que avise os Serviços Municipalizados. PREVENIR PLANEAR SOCORRER Ministério da Administração Interna Autoridade Nacional de Protecção Civil www.portalseguranca.gov.pt (acedido em 15/12/2010 e adaptado)
  • 11. PA • Página 11/ 15 Responde ao que te é pedido sobre o texto que acabaste de ler, seguindo as orientações que te são dadas. 7.  Todos temos o dever de economizar água. Justifica a afirmação anterior com base na informação contida no folheto. ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 8.  Transcreve do folheto uma recomendação para evitar o gasto excessivo de água em cada situação. Situação A – Dentro de casa:______________________________________________ ________________________________________________________________________ Situação B – Fora de casa:_______________________________________________ ________________________________________________________________________ 9.  Imagina que o teu vizinho tem o hábito de lavar o carro com a mangueira ligada a uma torneira e de deixar a água sempre a correr. Redige o conselho que lhe darias a partir da informação contida no folheto. ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________
  • 12. PA • Página 12/ 15 –––—––––––––––—–—–—–—— Página em branco –––––––––—–—–—–————–-––
  • 13. PA • Página 13/ 15 Responde ao que te é pedido sobre o funcionamento da língua. 10.  Lê a frase. O rio recebia a água da chuva que lhe engrossava a corrente. Escreve uma frase em que utilizes o nome sublinhado, mas com um significado diferente. _______________________________________________________________________ 11.  Ordena alfabeticamente as seguintes palavras, numerando-as de 1 a 9.  corrente   cinzento   chuvisco   chover   chuva   cheirosa   célebre   cântaro   chuvoso
  • 14. PA • Página 14/ 15 12.  Assinala com ×, em cada coluna, a palavra que pertence à classe gramatical nela indicada. Nome Pronome Adjectivo Preposição Conjunção   chuvoso   alguém   soleira   tudo   dentro   assim   chuva   corria   avó   sobre   ajeitava   então   célebre   por   magro   tapete   para   depois   depois   mas 13.  Lê a frase. O feitor é dedicado. Reescreve a frase usando o verbo nos seguintes tempos do modo indicativo. a)  Pretérito mais-que-perfeito simples: ____________________________________ b)  Pretérito imperfeito:__________________________________________________ c)  Pretérito perfeito simples: _____________________________________________ d)  Futuro simples: ______________________________________________________
  • 15. PA • Página 15/ 15 14.  Lê a frase. O arqueólogo da aldeia dedicava a vida ao estudo. Transcreve os elementos da frase que correspondem às funções sintácticas indicadas. Sujeito – ______________________________________________________________ Predicado – ____________________________________________________________ Complemento directo – ______________________________________ Complemento indirecto – ____________________________________ 15.  Lê a frase. – Traz o guarda-chuva. Reescreve a frase na forma negativa, mantendo a pessoa verbal. _______________________________________________________________________ 16.  Lê a frase. Quando chovia, a avó pedia à Altina que fosse buscar bacias para a água. Imagina que a avó se dirigia directamente à Altina. Escreve a frase que a avó diria. Quando chovia, a avó pedia: _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ Fim do Caderno 1
  • 16. A preencher pelo aluno Nome A preencher pelo agrupamento Número convencional do Aluno Número convencional do Aluno A preencher pela U.A. Número convencional do Agrupamento Prova de Aferição de Língua Portuguesa 2.º Ciclo do Ensino Básico 2011 Caderno 2 – 40 minutos – prova de aferição do ensino básico 2011 PA • Página 1/ 3 RubricadoProfessorAplicador
  • 17. PA • Página 2/ 3 Vais agora escrever um texto. No texto A, o narrador recorda tempos de infância. Também tu certamente recordas, por exemplo, momentos bons das tuas férias. Escreve uma carta (de 25 a 30 linhas) dirigida a uma pessoa amiga, em que: •   relates um dia de férias agradável; •   descrevas o local onde estiveste; •   expresses os sentimentos envolvidos nas tuas recordações desse dia. Respeita os aspectos formais da carta. Não assines a carta com o teu nome, mas com a expressão «Um amigo» ou «Uma amiga». Toma atenção às seguintes instruções: •   escreve o texto de acordo com o que te é pedido; •   respeita o número de linhas indicado; •   faz um rascunho, a lápis, na folha própria. Depois de escreveres o rascunho do teu texto: •   revê com cuidado o que escreveste e corrige o que for necessário; •   copia o texto para a folha da prova, em letra bem legível, a caneta ou a esferográfica, de tinta azul ou preta; •   se te enganares, risca e escreve de novo (não uses corrector); •   se acabares antes do tempo previsto, deves reler o texto.
  • 18. PA • Página 3/ 3  1 ______________________________________________________________________________  2 ______________________________________________________________________________  3 ______________________________________________________________________________  4 ______________________________________________________________________________  5 ______________________________________________________________________________  6 ______________________________________________________________________________  7 ______________________________________________________________________________  8 ______________________________________________________________________________  9 ______________________________________________________________________________ 10  ______________________________________________________________________________ 11  _______________________________________________________________________________ 12  ______________________________________________________________________________ 13  ______________________________________________________________________________ 14  ______________________________________________________________________________ 15  ______________________________________________________________________________ 16  ______________________________________________________________________________ 17  ______________________________________________________________________________ 18  ______________________________________________________________________________ 19  ______________________________________________________________________________ 20  ______________________________________________________________________________ 21  ______________________________________________________________________________ 22  ______________________________________________________________________________ 23  ______________________________________________________________________________ 24  ______________________________________________________________________________ 25  ______________________________________________________________________________ 26  ______________________________________________________________________________ 27  ______________________________________________________________________________ 28  ______________________________________________________________________________ 29  ______________________________________________________________________________ 30  ______________________________________________________________________________ Fim da Prova
  • 19. FOLHA DE RASCUNHO  1 ______________________________________________________________________________  2 ______________________________________________________________________________  3 ______________________________________________________________________________  4 ______________________________________________________________________________  5 ______________________________________________________________________________  6 ______________________________________________________________________________  7 ______________________________________________________________________________  8 ______________________________________________________________________________  9 ______________________________________________________________________________ 10  ______________________________________________________________________________ 11  _______________________________________________________________________________ 12  ______________________________________________________________________________ 13  ______________________________________________________________________________ 14  ______________________________________________________________________________ 15  ______________________________________________________________________________ 16  ______________________________________________________________________________ 17  ______________________________________________________________________________ 18  ______________________________________________________________________________ 19  ______________________________________________________________________________ 20  ______________________________________________________________________________ 21  ______________________________________________________________________________ 22  ______________________________________________________________________________ 23  ______________________________________________________________________________ 24  ______________________________________________________________________________ 25  ______________________________________________________________________________ 26  ______________________________________________________________________________ 27  ______________________________________________________________________________ 28  ______________________________________________________________________________ 29  ______________________________________________________________________________ 30  ______________________________________________________________________________