SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 156
MICOSES SUPERFICIAIS


           INFECTOLOGIA
                MEDICINA
              5º Semestre
CLASSIFICAÇÃO
1. Superficiais: englobam fungos sem poder queratolítico, que
   vivem sobre a pele, penetrando nos interstícios da camada
   córnea ou ao redor dos pelos. Incluídos as piedras (branca e
   negra), a ptiríase versicolor e a tinea nigra
2. Cutâneas: as dermatomicoses, comprometem pelos, pele e
   unhas, transmissíveis, incluem os dermatófitos e as
   Candidas
3. Subcutâneas: comprometem pele e TCSC, saprófitas,
   incluem a esporotricose, micetomas, doença de Jorge Lobo,
   rinosporidiose, cromomicose, feohifomicose e zigomicose
4. Sistêmicas: Fungos de solo, por inalação, comprometem
   órgãos internos, vísceras, outros tecidos, incluem a
   Paracoccidioidomicose, histoplasmose, coccidioidomicose,
   blastomicose
5. Oportunísticas: indivíduos imunocomprometidos, ambientais
   ou da microbiota: Candidíase, criptococose, hialohifomicose,
   zigomicose, aspergilose
INFECÇÕES FÚNGICAS SUPERFICIAIS
   São as mais comuns entre todas as infecções muco-
    cutâneas
   Geralmente causadas pelo crescimento descontrolado
    da flora transitória ou residente associado a alteração
    do micro-ambiente da pele
   Três grupos de fungos: dermatófitos, espécies de
    Candida e Malassezia furfur
   Dermatófitos infectam epitélio queratinizado, folículos
    pilosos e aparelho ungueal
   As espécies de Candida necessitam calor e umidade
   A M. furfur necessita umidade e lipídios para o seu
    crescimento
MICOSES SUPERFICIAIS
CONCEITO
•                              AFECÇÕES CAUSADAS POR
                               FUNGOS,  LIMITADAS   ÀS
                               CAMADAS SUPERFICIAIS DA
CLASSIFICAÇÃO                  PELE QUERATINIZADA OU
                               NÃO
• SUPERFICIAIS PROPRIAMENTE DITAS
             • PITIRÍASE VERSICOLOR
             • PIEDRA BRANCA
             • PIEDRA NEGRA
             • TINHA NEGRA

    • CUTÂNEAS
             • DERMATOFITOSES
             • CANDIDÍASES
Dermatofitoses
- Grupo de fungos capazes de infectar epitélio
cutâneo queratinizado inviável, como estrato córneo,
unhas e pelos;
- Composto pelos gêneros Trichophyton,
Mycrosporum e Epidermophyton;
- Pode ser especificada pelo tecido acometido:
epidermomicose (dermatofitose epidérmica),
tricomicose (dos cabelos e folículos pilosos) ou
onicomicose (do aparelho ungueal);
- Denominadas tinhas e devem ser acrescidas do local
acometido (cruris, pé..)
1. Epidemiologia

1. Idade de início: crianças desenvolvem lesões do couro
  cabeludo (Trichophyton, Mycrosporum); adultos jovens
  desenvolvem lesões intertriginosas. Onicomicoses intimamente
  relacionadas com idade, nos EUA 50% dos > 75 anos tem
  onicomicose
2. Sexo: Onicomicose mais comum em homens
3. Raça: adultos da raça negra tem incidência menor de
  dermatofitose, tinha do couro cabeludo é mais frequente em
  crianças negras
4. Etiologia: Mais de 40 espécies de dermatófitos e cerca de
  10 são agentes etiológicos comuns de infecções humanas. T.
  rubrum é o agente mais comum adquirido pelo contato com
  pisos contaminados de logradouros públicos (clínicas de
  estética, vestiários de academias de ginástica, quartos de hotel)
5. Distribuição geográfica: algumas espécies tem
  distribuição mundial, outras restritas a determinadas regiões.
6. Transmissão: a apartir de 3 fontes: na maioria adquirida de
  outra pessoa (contato com objetos contaminados ou pele-pele
  menos frequentemente), animais domésticos (cães e gatos) e
  menos comumente contato com a terra. Podem ser classificados
  em:
        - Antropofílicos: transmissão interpessoal por objetos
  contaminados e pelo contato direto (T. rubrum, T. mentagrophytes
  - interdigitale, T. schoenleinii, T. tonsurans, T. violaceum; M.
  audouinii; E. floccosum)
        - Zoofílicos: transmissão de animais para humanos por
  contato direto ou objetos contaminados (T. equinum, T.
  mentagrophytes var mentagrophytes, T. verrucosum e M. canis )
        - Geofílicos: presentes no ambiente (M. gypseum, M. nanum)
7. Fatores Predisponentes: atopia, imunossupressão
  tópica e sistêmica
2. Classificação

1. Dermatófitos da epiderme queratinizada
  (epidermomicose): tinha da face, tinha do corpo, tinha crural,
  tinha das mãos, tinha dos pés
2. Dermatófitos do aparelho ungueal: Tinha das
  unhas (dedos das mãos e pés). Onicomicose (inclui as
  infecções por dermatófitos, leveduras e bolores)
3. Dermatófitos dos pelos e folículos pilosos:
  foliculite dermatofítica, granuloma de Majocchi (trocofítico),
  tinha do couro cabeludo, tinha da barba
DERMATOFITOSES
UTILIZAM A QUERATINA COMO FONTE ENERGÉTICA

GÊNEROS
  • Microsporum: pêlo e pele
  • Trichophyton: pêlo, pele e unha
  • Epidermophyton: pele e unha

ECOLOGIA
   • Geofílicos          • M. gypseum
   • Zoofílicos          • M. canis
                         • T. mentragrophytes
   • Antropofílicos      • T. rubrum
                         • T. schoenleinii
                         • E. floccosum
                         • T. mentagrophytes
DERMATOFITOSES
 3. Patogenia:
   Mecanismos de defesa - Integridade da pele,
   descamação normal da pele, presença de ácidos
   graxos, transferrina insaturada, macroglobulina
   alfa 2, imunidade celular e imunidade humoral.
DERMATOFITOSES
    4.3 Tinea pedis e Tinea manuum
        - T. rubrum
        - T. mentagrophytes
        - E. floccosum




   Diagnóstoco diferencial - psoríase pustulosa, pustulose palmo-plantar,
    psoríase, queratodermia palmo-plantar, pitiriase rubra pilar,
    Síndrome de Reiter
Tinha dos Pés

       - Infecção dermatofítica dos pés que se caracteriza por
  eritema, descamação, maceração e/ou formação de bolhas, na
  maioria começa nos pés e se espalha para outras regiões
  (inguinal), tronco e mãos. Pela perda da integridade da epiderme
  pode ser infectada secundariamente por S. aureus e
  estreptococos do grupo A(celulite ou linfangite)


                         Epidemiologia
1. Idade de início: final infância e início idade adulta (20-50
  anos),
2. Sexo: Masculino > Feminino
3. Fatores Predisponentes: umidade e calor, sapatos
  fechados, transpiração excessiva
4. Transmissão: andar descalço e pisos contaminados,
  astrosporos sobrevivem nas escamas da pele humana por 12
  meses
Tinha das Mãos

1. Duração: meses a anos;
2. Sintomas cutâneos: geralmente assintomática, prurido, dor
  quando houver infecção secundária ou fissuras. Episódios de
  prurido no tipo disidrótico;
3. Exame Físico: Placas descamativas demarcadas, hiperceratose e
   descamação confinadas às pregas palmares, fissuras na palma,
   bordos bem demarcados com clareamento central, estendem-se ao
   dorso das mãos com pápulas foliculares, nódulos, pústulas com
   foliculite dermatofítica.
   No tipo deisidrótico: pápulas, vesículas, bolhas (incomuns na
   margem da lesão) nas palmas e superfícies laterais dos dedos.
   Distribuição: 50% tem lesões unilaterais, geralmente há lesões
   ungueais dos dedos da mão
   Evolução crônica sem regressão espontânea, recidivas
4. Diagnóstico Diferencial: dermatite atópica, líquen simples
  crônico, dermatite de contato, psoríase vulgar, Ca in situ
DERMATOFITOSES
  4.4 Tinea cruris
       - Trichophyton rubrum
       - E. floccosum
       - T. mentagrophytes


     Diagnóstico diferencial
      - eczema seborréico
      - eczema de contato
      - eritrasma
      - candidíase
DERMATOFITOSES

 4.2 Tinea Corporis
     - Trichophyton rubrum
     - Microsporum canis
     - T. mentagrophytes

    Diagnóstico diferencial
     Eritema anular,
     eczemas, psoríase,
     MHT
Tinha da Face

1. Mais comum em crianças
2. Sintomas cutâneos: geralmente assintomática, prurido leve
  com fotossensibilidade
3. Exame Físico: mácula ou pápula bem circunscrita com
  dimensões variáveis, bordo elevado e regressão central, em geral
  mínima descamação, pode ser acentuada, rosadas ou vermelhas,
  geralmente não é simétrica
4. Diagnóstico Diferencial: dermatite seborréica, dermatite de
  contato, eritema migratório, LES, farmacodermia
5. Etiologia: T. rubrum, T. tonsurans, T. mentagrophytes, M. canis
6. Fatores predisponentes: exposição a animais, corticóide
  tópico
7. Transmissão: auto-inoculação, contato com animais ou solo
  contaminados, mais comum nas regiões tropicais e subtropicais
Tinha da Barba
1. Idade de início: adultos homens
2. Sintomas cutâneos: prurido, hiperestesia, dor
3. Exame físico: foliculite pustulosa, pelos frouxos, ou quebram
  rentes à raiz, pápulas podem coalescer e formar placas
  inflamatórias cobertas por pústulas. Quérion: placas e nódulos
  purulentos pastosos semelhantes aos do couro cabeludo. Áreas
  da barba ou bigode, raramente cílios e sobrancelhas,
  linfadenopatia regional se infecção bacteriana secundária
4. Diagnóstico Diferencial: foliculite por estafilo, furúnculo,
  antraz, acne vulgar, rosácea, pseudofoliculite
5. Etiologia: T. verrucosum, T. mentagrophytes(mentagrophytes),
  T. rubrum é raro, pode ser adquirida por contato com animais
6. Fatores predisponentes: exposição a animais, agricultores
Tinha do Couro Cabeludo

1. Idade de início: Mais comum em crianças de 6-10 anos
  (criancinhas de 2-4anos e idade escolar), mais comum em negros
2. Sintomas cutâneos: pode haver dor, hiperestesia ou alopécia,
  na inflamatória; descamação, prurido alopécia circunscrita ou
  difusa ou linfadenopatia occipital ou retroauricular nas sem
  inflamação, pode durar semanas a meses
3. Exame físico: éctotrix com esporos pequenos (placa cinzenta),
  êndotrix (pontos negros, quérion, foliculite agregada, favo
4. Diagnóstico Diferencial: dermatite seborréica, dermatite de
  contato, LECC, alopécia areata, celulite, furúnculo, antraz,
  escabiose crostosa
5. Etiologia: T. tonsurans, T. mentagrophytes, rubrum e M. canis
  menos comuns
6. Fatores predisponentes: exposição a animais, corticóide
  tópico
TINHA DO COURO CABELUDO
      TONSURANTE
FREQUENTE EM CRIANÇAS
RARA EM ADULTOS
ALOPÉCIA REVERSÍVEL




                                   ectotrix   endotrix




 M. canis, T. tonsurans, T. mentagrophytes
DERMATOFITOSES
    4. Manifestações Clínicas
 4.1 Tinea capitis
 a) Tinea tonsurante
   - Microsporum canis
   - Trichophyton tonsurans
DERMATOFITOSES
    Kerion - nódulos sensíveis,
     alopecia, escamo-crostas,
     exsudação e adenite
     satélite




    Diagnóstico diferencial
     - eczema seborréico,
       eczema atópico, psoríase, alopecia areata,
       sífilis secundária
DERMATOFITOSES
 4.6 Tinea unguium
      - T. rubrum
      - T. mentagrophytes
      - E. floccosum


    Diagnóstico diferencial
     - psoríase
     - líquen plano
     - onicopatias congênitas
     - traumáticas
DERMATOFITOSES

                     Exame direto

                     Cultura
 5. Diagnóstico
                     Luz de Wood

                     Histopatológico
DIAGNÓSTICO
CLÍNICO
                        • RASPADO DA LESÃO
MICOLÓGICO DIRETO       • PÊLOS TONSURADOS


 LÂMINA   + KOH   +   LAMÍNULA   +   AQUECIMENTO
DIAGNÓSTICO
CULTURA




LÂMPADA DE WOOD
     - M. canis, M. audouini: verde-azulada
     - T. schoenleini: verde-palha
     - M. furfur: róseo-dourada
 TESTES INTRADÉRMICOS: TRICOFITINA, CANDIDINA
TRATAMENTO
                    TÓPICOS
• IMIDAZÓLICOS: MICONAZOLE, CLOTRIMAZOL,
  TIOCONAZOL, ECONAZOL, CETOCONAZOL

• TERBINAFINA , OUTROS


•EM UNHAS:
   •ESMALTE DE AMOROLFINA, CICLOPIROX, TIOCONAZOL

•EM PTIRÍASE VERSICOLOR:
   •SULFETO DE SELÊNIO, TERBINAFINA
DERMATOFITOSES
  b) Sistêmicos
       Griseofulvina:       10 a 20mg/Kg/d ou 500mg/d
       Itraconazol:         5 a 10mg/Kg/d ou 100mg/d
       Fluconazol:          5 a 10mg/Kg/d ou 150mg/sem
       Terbinafina:         62,5mg/d (20Kg)
                             125mg/d (20-40Kg)
                             250mg/d (>40Kg)

      Tinea corporis:   4 semanas
      Tinea capitis:    8 semanas
      Onicomicoses:     3 a 8 meses

      Pulsoterapia
             Itraconazol:      400mg/d por semana/3m
             Fluconazol:       150mg/semana por 4 - 6 meses
CERATOFITOSES
    Micoses superficiais
    Não possuem poder queratolítico
    Fontes de manutenção: restos epiteliais
     ou produtos de excreções (comensais)
    Discreta ou nenhuma resposta
     inflamatória por parte do hospedeiro
    Fungemia em imunocomprometidos
CERATOFITOSES

    Pitiríase versicolor

      Tinha negra

        Piedra negra

            Piedra branca
CERATOFITOSES
  PITIRÍASE VERSICOLOR
  1. Conceito
       Infecção crônica da pele (camada córnea)
        pelo fungo Malassezia furfur/globosa

  2. Epidemiologia
       Ocorrência universal
       40% da população de clima tropical e
        menor 1% em clima frio
       H=M
       Final da adolescência e adultos jovens
        (levedura lipofílica)
       Menos freqüente em crianças e idosos
CERATOFITOSES
  PITIRÍASE VERSICOLOR

  3. Etiologia
       Forma saprofítica leveduriforme (flora normal)
        - Pityrosporum ovale (levedura ovóide)
        - Pityrosporum orbiculare (levedura esférica)

       Forma parasitária
        - Malassezia fufur (pseudo-hifas e esporos)
CERATOFITOSES
  PITIRÍASE VERSICOLOR
 4. Etiopatogenia
  Pityrosporum ovale/orbiculare → Malassezia furfur
   Fatores precipitantes
       Genéticos
       Hiperidrose
       Imunológicos
       Aumento na oleosidade da pele
       Clima quente e úmido
       Síndrome de Cushing (endo ou exógena)
       Imunossupressão
       Desnutrição
       Gravidez
     Não é mais freqüente em pacientes com SIDA
CERATOFITOSES
       PITIRÍASE VERSICOLOR
     5. Quadro clínico
    Máculas descamativas bem delimitadas, de formato
     e cor variáveis, isoladas ou coalescentes
          Acastanhadas, café-com-leite ou hipocrômicas (pele clara)
          Hipocrômicas (pele escura)
          Eritematosas
          Lesões gotadas: folicular e perifolicular
CERATOFITOSES
    PITIRÍASE VERSICOLOR

   Topografia
         −   Tórax, pescoço, porções proximais dos MMSS
             e abdome
         −   Couro cabeludo (despercebido)
         −   Palma das mãos, plantas dos pés e
             mucosas não são afetadas
         −   Pitiríase versicolor inversa – predomínio de
             lesões em flexuras

       Assintomáticas ou discreto prurido
CERATOFITOSES
   PITIRÍASE VERSICOLOR
        6. Outras condições associadas à Malassezia fufur

 6.1 Foliculite pitirospórica
       Colonização do folículo pilossebáceo
       Pápulas eritematosas ou pústulas perifoliculares de 2-3 mm
       Tronco e em menor freqüência nas extremidades
       Prurido mais comum que na pitiríase versicolor
       Diabetes mellitus, antibiótico terapia e glicocorticóide prévios


 6.2 Infecções sistêmicas
       Recém-nascidos prematuros e imunocomprometidos
        recebendo suplementação de lipídeos IV
CERATOFITOSES
  PITIRÍASE VERSICOLOR
      7. Outras condições relacionadas à Malassezia fufur

7.1 Dacriocistite obstrutiva
7.2 Dermatite seborréica x Malassezia fufur
       - Ação efetivas dos antimicóticos
       - Grande quantidade de Malassezia fufur nas escama
       - Recolonização nas recidivas
7.3 Psoríase x Malassezia fufur?
       - Lesões do couro cabeludo, face e pavilhão auricular
        (eventual eficácia dos antimicóticos)
7.4 Dermatite atópica x Malassezia fufur
       - Antígenos da Malassezia fufur
       - Lesões do couro cabeludo, face e pescoço
       - Melhora com cetoconazol (estudos duplo-cegos)
CERATOFITOSES
  PITIRÍASE VERSICOLOR

    8. Diagnóstico diferencial
       Vitiligo

       MHI

       Eczemátide

       Pitiríase rósea

       Melasma

       Dermatite seborréica, psoríase, eritrasma,
        candidíase e dermatofitose (inversa)
       Foliculite por candida e bacteriana
        (foliculite pitirospórica)
CERATOFITOSES
  PITIRÍASE VERSICOLOR
9. Diagnóstico
   Luz de Wood: fluorescências amarelo-ouro ou rosa-dourada
    características
   Exame micológico do raspado da lesão: hifas curtas e largas,
    elementos leveduriforme arredondados, isolados ou agrupados
    em cachos de uva (método de Jarbas Porto ou - KOH 10%-20%)
      Só Pityrosporum orbiculare tem pouco valor diagnóstico
CERATOFITOSES
  PITIRÍASE VERSICOLOR
  9. Diagnóstico
      Culturas (não necessárias): colônias branco-amareladas
      Exame histopatológico
          Abundantes esporos e pseudo-hifas na camada córnea,
           basófilas pela HE e PAS positivas
          Leve infiltrado inflamatório na derme superior
          Hiperceratose - paraceratose
CERATOFITOSES
  PITIRÍASE VERSICOLOR

  10. Tratamento
    Uso   tópico :
        Sulfeto de selênio (xampu a 2,5%) diariamente por 3
         semanas deixando por 15 min. antes do banho
        Hipossulfito de sódio a 20% - 40% em solução aquosa
        Piritionato de zinco
        Ácido salicílico
        Propilenoglicol em solução aquosa a 50%
        Cetoconazol xampu
        Derivados azólicos: tioconazol loção a 1%,
         isoconazol solução a 1%, clotrimazol a 1%, miconazol,
         outros – 1vez ao dia após o banho por 4 semanas
CERATOFITOSES
       PITIRÍASE VERSICOLOR

to
mico
 o extenso da pele ou recorrente (cura em 90% - 95%)
azol 200mg/dia por 10 dias
zol 150mg/semana, por 3 semanas/400mg (d. única)
 ol
zol 200mg/dia por 5 dias, após o café

 de recorrências
o quinzenal ou mensal de agente tópico
ração mensal de itraconazol
entação residual por meses até a recuperação dos
os lesados
CERATOFITOSES
  PIEDRA BRANCA

  1. Conceito
     Infecção da haste do pêlo causado por um fungo
      leveduriforme denominado Trichosporum beigelli


  2. Epidemiologia
     Regiões tropicais e temperada
     Encontrado em pêlo de animais (cavalo e macaco),
      parte da microbiota cutânea humana (região
      anogenital, boca, garganta e reto)
     Pode haver transmissão sexual
CERATOFITOSES
  PIEDRA BRANCA

   3. Quadro clínico
        Nódulos brancos ou castanhos-claros, amolecidos e
         facilmente destacados do pêlo
        Variam de microscópicos a 1mm
        Pêlos da barba, bigode, região genital e axilas.
         Menos frequente no couro cabeludo
        Crescimento dentro e fora do pêlo pode levar à fratura
        Tricosporonose (piedra branca genital)
         - lesões eritemato-escamosas de
           aspecto lustroso
        Infecção sistêmica
         - pacientes neutropênicos
CERATOFITOSES
  PIEDRA BRANCA

  4. Diagnóstico diferencial
       Pediculose
       Tricomicose axilar (nódulos menores e
        podem ser fluorescentes à luz de Wood)
CERATOFITOSES
  PIEDRA BRANCA

5. Diagnóstico
      Exame direto (com KOH)
        •   Hifas perpendiculares, desorganizadas, presença
            de blastoconídios delicados e artroconídios em
            torno das hastes pilosas

      Cultura
        Colônias leveduriformes     brancas lisas cerebriformes
        Microscopia: pseudomicélios, micélios verdadeiros,
            artroconídios e blastoconídios
CERATOFITOSES
   PIEDRA BRANCA

Tratamento
Remoção dos pêlos

Antifúngico tópico

Recidiva é alta (associar à tratamento oral)
CERATOFITOSES
     PIEDRA NEGRA

 1. Conceito
     Infecção da haste do pêlo causada por um fungo
      filamentoso demáceo, denominado Piedraia hortae


 2. Epidemiologia
    América do Sul (Brasil- Amazônia) e Sudeste Asiático
    Encontrado em pêlos de animais (macaco), solo e
     água estagnada
    H=M
CERATOFITOSES
  PIEDRA NEGRA

 3. Quadro clínico
       Nódulos pretos de consistência endurecida, aderidos
        firmemente ao pêlo, podendo o envolver totalmente
       Ovais ou alongados
       Variam de microscópicos a 1mm
       Geralmente múltiplos
       Ásperos ao toque
       Som metálico ao pentear
       Localização: pêlos do couro
        cabeludo, barba e bigode
       Enfraquece do pêlo podendo
        levar à fratura
CERATOFITOSES
  PIEDRA NEGRA
4. Diagnóstico
     Exame micológico(KOH): nódulos no interior da haste do pêlo
        Periferia: hifas pigmentadas compactas,alinhadas
        Centro: céls de parede espessada (ascos), contendo os ascosporos

     Cultura:
        Crescimento lento, enegrecida
        Microscopia: filamentos de paredes espessadas com qrande
         quantidade de ascos contendo ascosporos
CERATOFITOSES
  PIEDRA NEGRA



           5. Tratamento
                   Remoção dos pêlos
                   Antifúngicos tópicos
                   Alta taxa de recidiva
CERATOFITOSES
  TINHA NEGRA

  1. Conceito
     Infecção fúngica superficial rara causada por um
      fungo demáceo denominado Exophiala werneckii

      2
CERATOFITOSES
  TINHA NEGRA
  3. Quadro clínico
      Mácula acastanhada ou preta, bem delimitada,
       sem descamação, geralmente única em palma das
       mãos e bordas do dedos ou planta dos pés
      Excepcionalmente múltiplas ou localizadas em
       outras áreas
CERATOFITOSES
  TINHA NEGRA

       4. Diagnóstico diferencial
            Doença de Addison
            Sífilis
            Pinta
            Nevo melanocítico
            Melanoma
            Pigmentação exógena
CERATOFITOSES
  TINHA NEGRA

  4. Diagnóstico
       Exame direto (escamas clarificadas pelo
        KOH ou fita gomada): hifas septadas
        demáceas
       Cultura desnecessária: inicialmente
        leveduriformes de cor esverdeada e
        depois enegrecida
CERATOFITOSES
  TINHA NEGRA


          5. Tratamento
               Antifúngicos tópicos
                 - Tiabendazol a 10%
                 - Tintura de iodo
                 - Miconazol


               Ceratolíticos
Infectologia
  Medicina
5º Semestre
CANDIDÍASE
  1. Introdução
  2. Etiologia
    - C. albicans: 85% - 90%
    - Grau de patogenicidade
      C. albicans > C. stellatoidea
      > C. tropicalis > C. parapsilosis > C. kefyr
      > C. guilliermondii > C. krusei
CANDIDÍASE
 3. Patogênese
    Saprófita – coloniza orofaringe em 50% indivíduos;
               comensal da mucosa vaginal em 20%-25%;
               raro na pele, solo, vegetação e ar


   Patogenicidade inata da levedura:
    - Virulência, aderência às células epiteliais,
      enzimas queratolíticas

    - Produção de substância similar a endotoxina
      → ativação da via do complemento → quimiotaxia
      de neutrófilos
CANDIDÍASE

     3.1 Fatores predisponentes
         Fatores mecânicos
         Fatores nutricionais
         Alterações fisiológicas
         Doença sistêmica
         Causas iatrogênicas
CANDIDÍASE

   GÊNERO Cândida (principalmente C. albicans)
   SAPRÓFITA, EVENTUALMENTE PATOGÊNICA
       CUTÂNEA OU CUTÂNEO-MUCOSA
          OCORRÊNCIA UNIVERSAL


 PREDISPONENTES:

⇒ CRIANÇAS E IDOSOS
⇒ GRAVIDEZ
⇒ DIABETES
⇒ USO DE ACO, ANTIBIÓTICOS, CORTICÓIDES, CITOSTÁTICOS
⇒ LINFOMA, TU MALIGNOS, AIDS
⇒ UMIDADE, MACERAÇÃO
⇒ OUTROS
CANDIDÍASE

 3.2 Mecanismos de defesa
      Fatores não – imunes
         - Flora microbiana
         - Integridade funcional do estrato córneo
         - Processo de descamação
         - Outros fatores séricos

      Fatores imunes
         - Imunidade celular e humoral
CANDIDÍASE
 4. Quadro clínico
4.1 Candidíase Oral
 Candidíase
pseudomembranosa aguda
CANDIDÍASE
4.1 Candidíase Oral
     Candidíase atrófica
aguda (ATB / HIV)
CANDIDÍASE
4.1 Candidíase Oral
 Candidíase atrófica crônica
 - prótese dentária
 - mulheres
 - eritema crônico
CANDIDÍASE
4.2 Queilite angular (Perlèche)
      Ângulo da boca
- eritema, fissuras, maceração
-saliva, dentição precária,
prótese mal adaptada,
deficiência de riboflavina
CANDIDÍASE
4.3 Candidíase oral X AIDS
    Infecção fúngica mais comum
    HIV + (50%) e AIDS (90%)
    Pseudomembranosa, eritematosa, queilite angular,
     lesão hiperplásica papilar palatal
    Imunidade celular comprometida
    Marcador de maior taxa de progressão para AIDS
    HIV + com candidíase oral têm menor sobrevida
CANDIDÍASE
4.4             Candidíase               vulvovaginal
                75%            das            mulheres
                  Fatores              predisponentes
                                -              Umidade
                      -       Diabetes          mellitus
                          -           Corticoesteróides
                          -           Antibioticoterapia
                                    -                DIU
       Corrimento esbraquiçado, queimor, disúria
       Placas esbraquiçadas, base eritematosa, edema
CANDIDÍASE
4.5 Balanite ou balanopostite
    Cândidas: 30% – 35%
    Pápulas ou papulopústulas
        Fatores     predisponentes
                  -           Umidade
           -     Diabetes      mellitus
             -      Relação     sexual
       - Não circuncisado
CANDIDÍASE
   4.6 Candidíase Cutânea
       Locais úmidos e macerados
       Intertrigo, forma mais comum
       Área genitocrural, subaxilar, glútea,
        interdigital, submamária e pregas da
        parede abdominal
       Fatores predisponentes
        - Umidade
        - Oclusão
        - Diabetes mellitus
        - Obesidade
        - Roupas justas
CANDIDÍASE
4.7 Intertrigo
    Área eritematosa,
     pruriginosa, macerada,
     lesões satélites
     (vesículo-pústulas)
CANDIDÍASE
4.8 Dermatite das fraldas
    Região perianal, períneo, prega inguinal
CANDIDÍASE
 4.9 Paroníquia
     Contato com água, sabão e detergentes
     Contaminação bacteriana
     Eritema, dor, edema,
      secreção purulenta
     Distrofia periungueal
     - onicólise
     - discromias das bordas laterais
     - estrias transversais
CANDIDÍASE
 4.10 Síndrome da candidíase congênita
     Fatores predisponentes para disseminação fatal
     - pré- termo
     - baixo peso

     Primeiras 24h de vida

     Erupção rósea máculo-papular, vesículas
      e pústulas com descamação (½ superior
      do tórax, palmas e solas)
     Distúrbio respiratório, clínica de sepsis (20%)
CANDIDÍASE
4.11 Candidíase disseminada
    Doença hematológica maligna, imunossuprimidos,
     transplantados
    C. albicans, C. tropicalis, C. Kefyr, C. krusei,
     C. parapsilosis.
    Pulmão, baço, rins, fígado, coração,
     cérebro (por via hematogênica)
    Lesão de pele ou trato gastrointestinal
    Papulo-nódulos eritematosos de 0,5-1,0cm
     (tronco e extremidades)
CANDIDÍASE
4.12 Candidíase Mucocutânea Crônica (CMC)
    Grupo heterogêneo de síndromes clínicas
    Alteração imunológica em 70%
           ·   complemento anormal
           ·   alterações macrófagos
           ·   linfócitos T supressores
           ·   deficiência seletiva IgA
           ·   alterações monócitos (fagocitose/quimiotaxia)
           ·   produção deficiente de linfócitos T helper
    Infecção superficial da pele, unhas e orofaringe
      e resistência crônica ao tratamento
CANDIDÍASE
 4.12 Candidíase Mucocutânea Crônica (CMC )
              CMC localizada - hiperceratose, tipo
              corno cutâneo, lesões granulomatosas
              (face, pálpebra, couro cabeludo, lábios,
              área acral)




                   CMC difusa - borda eritematosa,
                    serpiginosa ou áreas de descamação
                    acastanhadas com base eritematosa
CANDIDÍASE
 5. Exames laboratoriais
  5.1 Pesquisa micológica




      Exame direto (KOH)
       (hifas e pseudohifas)
                               Cultura micológica
CANDIDÍASE
5.2 Histopatológico
    Candidíase superficial - pústulas subcórneas,
    estrato córneo (PAS +)
    Granuloma - papilomatose, hiperceratose,
    infiltrado dérmico denso (linfócitos, granulócitos,
    plasmócitos, células gigantes multinucleadas)
    Forma sistêmica com lesões de pele - áreas focais
    na derme ou vasos sangüíneos com leveduras
    (PAS ou metanamina de prata). Infiltrado
    mononuclear, vasculite leucocitoclástica ou
    formação de microabscesso
CANDIDÍASE
6. Diagnóstico Diferencial
    Intertrigo - tinea, eczema, dermatite seborréica,
      psoríase intertriginosa
    Paroníquia - bacteriana, hipoparatireoidismo,
     doença celíaca
    Oral - mucosite por quimioterapia, infecção
     herpética, eritema polimorfo, pênfigo, leucoplasia,
     sífilis secundária
    Queilite angular - sífilis secundária, avitaminose,
     deficiência de ferro
    CMC - tinea (couro cabeludo), pioderma bacteriano
CANDIDÍASE
7. Tratamento
7.1 Candidíase oral
         - Tópico: nistatina
                   miconazol
         - Sistêmico: cetoconazol 400mg/d (5 dias)
           (adolescentes)
                          fluconazol 150mg (dose única)
                          itraconazol 200mg 12/12h (1 dia)
CANDIDÍASE
7.2 Vulvovaginites
     - Tópico: tioconazol
               miconazol
               clotrimazol
     - Sistêmico: cetoconazol 400mg/d (5 dias)
                  fluconazol 150mg (dose única)
                  itraconazol 200mg 12/12h (1 dia)
   Vulvovaginite recorrente
     - Tratamento profilático: fluconazol 150mg (mês)
                               clotrimazol creme (sem)
CANDIDÍASE
 7.3 Intertrigo
      Antifúngicos tópicos
      Adição de esteróides


 7.4 Paroníquias
      Resistentes à terapia
      Imidazólicos tópicos em solução
      Casos resistentes: cetoconazol oral
                          marsupialização cirúrgica
CANDIDÍASE
  7.5 Candidíase cutânea congênita
            - Previnir disseminação (tópica/oral)
            - Nistatina

  7.6 Candidíase disseminada
            - Anfotericina B
            - 5-flucitosina

  7.7 CMC
            - Combinação de drogas antifúngicas
            - Correção de imunodeficiências
                 - transplante de timo
                 - linfócitos T
Infecções Fúngicas Invasivas

   1. Micetoma:

    Infecção localizada, crônica e lentamente
progressiva da pele, tecidos subcutâneos, fáscia,
ossos e músculos, na maioria acomete mão ou pé e
se caracteriza por edema, tumefação, fístulas com
drenagem e grânulos, exsudato contém grãos, que
podem ser amarelos, brancos, vermelhos, marrons,
pretos, dependendo do agente
2. Cromomicose:
    Infecção fúngica crônica, invasiva e localizada
na pele e tecidos subcutâneos, que se caracteriza
por placas verrucosas na perna ou pé, causadas
por fungos dermatiáceos (de cor escura).
3. Esporotricose:
     Geralmente ocorre após a inoculação
acidental na pele e se caracteriza pela formação
de um nódulo ulcerado no local inoculado,
linfangite nodular crônica e linfadenite regional
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses
Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Dermatofitoses
DermatofitosesDermatofitoses
Dermatofitosesgisa_legal
 
Introdução à dermatologia
Introdução à dermatologiaIntrodução à dermatologia
Introdução à dermatologiaKaren Von Kossel
 
Micoses pulmonares e sistemicas
Micoses pulmonares e sistemicasMicoses pulmonares e sistemicas
Micoses pulmonares e sistemicasManzelio Cavazzana
 
Aula de Parasitologia do dia: 22.09.16
Aula de Parasitologia do dia: 22.09.16Aula de Parasitologia do dia: 22.09.16
Aula de Parasitologia do dia: 22.09.16Jaqueline Almeida
 
Anormalidades das Unhas - GESME - Profa. Rilva Lopes de Sousa-Muñoz
Anormalidades das Unhas - GESME - Profa. Rilva Lopes de Sousa-MuñozAnormalidades das Unhas - GESME - Profa. Rilva Lopes de Sousa-Muñoz
Anormalidades das Unhas - GESME - Profa. Rilva Lopes de Sousa-MuñozRilva Lopes de Sousa Muñoz
 
Fisiopatologia das infecções de micoses profundas
Fisiopatologia das infecções de micoses profundasFisiopatologia das infecções de micoses profundas
Fisiopatologia das infecções de micoses profundasSafia Naser
 
Leucograma - Anclivepa 2011
Leucograma - Anclivepa 2011Leucograma - Anclivepa 2011
Leucograma - Anclivepa 2011Ricardo Duarte
 
Aula micose subcutanea e sporothrix
Aula    micose subcutanea e sporothrixAula    micose subcutanea e sporothrix
Aula micose subcutanea e sporothrixCatarina Leão
 
Principais
afecções da cavidade oral de pequenos animais
Principais
afecções da cavidade oral  de pequenos animais Principais
afecções da cavidade oral  de pequenos animais
Principais
afecções da cavidade oral de pequenos animais Daniel Ferro
 
Micologia 1°Parte
Micologia 1°ParteMicologia 1°Parte
Micologia 1°ParteSafia Naser
 

Mais procurados (20)

Dermatofitoses
DermatofitosesDermatofitoses
Dermatofitoses
 
Lesoes elementares
Lesoes elementaresLesoes elementares
Lesoes elementares
 
Fungos e doenças relacionadas
Fungos e doenças relacionadas Fungos e doenças relacionadas
Fungos e doenças relacionadas
 
Coccidioidomicose
CoccidioidomicoseCoccidioidomicose
Coccidioidomicose
 
Introdução à dermatologia
Introdução à dermatologiaIntrodução à dermatologia
Introdução à dermatologia
 
Micoses superficiais e candidíase
Micoses superficiais e candidíaseMicoses superficiais e candidíase
Micoses superficiais e candidíase
 
Micoses pulmonares e sistemicas
Micoses pulmonares e sistemicasMicoses pulmonares e sistemicas
Micoses pulmonares e sistemicas
 
Aula de Parasitologia do dia: 22.09.16
Aula de Parasitologia do dia: 22.09.16Aula de Parasitologia do dia: 22.09.16
Aula de Parasitologia do dia: 22.09.16
 
Anormalidades das Unhas - GESME - Profa. Rilva Lopes de Sousa-Muñoz
Anormalidades das Unhas - GESME - Profa. Rilva Lopes de Sousa-MuñozAnormalidades das Unhas - GESME - Profa. Rilva Lopes de Sousa-Muñoz
Anormalidades das Unhas - GESME - Profa. Rilva Lopes de Sousa-Muñoz
 
Fisiopatologia das infecções de micoses profundas
Fisiopatologia das infecções de micoses profundasFisiopatologia das infecções de micoses profundas
Fisiopatologia das infecções de micoses profundas
 
Antifúngicos
AntifúngicosAntifúngicos
Antifúngicos
 
Àcaros e Carrapatos
Àcaros e CarrapatosÀcaros e Carrapatos
Àcaros e Carrapatos
 
Parasitoses humanas
Parasitoses humanasParasitoses humanas
Parasitoses humanas
 
Leucograma - Anclivepa 2011
Leucograma - Anclivepa 2011Leucograma - Anclivepa 2011
Leucograma - Anclivepa 2011
 
Aula 05 bacterias
Aula   05  bacteriasAula   05  bacterias
Aula 05 bacterias
 
Fácies - Profa. Rilva Muñoz
Fácies - Profa. Rilva MuñozFácies - Profa. Rilva Muñoz
Fácies - Profa. Rilva Muñoz
 
Aula micose subcutanea e sporothrix
Aula    micose subcutanea e sporothrixAula    micose subcutanea e sporothrix
Aula micose subcutanea e sporothrix
 
Principais
afecções da cavidade oral de pequenos animais
Principais
afecções da cavidade oral  de pequenos animais Principais
afecções da cavidade oral  de pequenos animais
Principais
afecções da cavidade oral de pequenos animais
 
Micologia 1°Parte
Micologia 1°ParteMicologia 1°Parte
Micologia 1°Parte
 
Malaria.
Malaria. Malaria.
Malaria.
 

Semelhante a Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses

Doencas causadas fungos_micose
Doencas causadas fungos_micoseDoencas causadas fungos_micose
Doencas causadas fungos_micoseadainedesire
 
Dermatofitose x dermatofilose
Dermatofitose x dermatofilose Dermatofitose x dermatofilose
Dermatofitose x dermatofilose iaavila
 
Aula micologia basica slide.pptx
Aula micologia basica slide.pptxAula micologia basica slide.pptx
Aula micologia basica slide.pptxAllefAquino1
 
podology 122539a30a568ad146e2bee017c45db8b26bfd4655f9edde01e56e14c68842ef5935...
podology 122539a30a568ad146e2bee017c45db8b26bfd4655f9edde01e56e14c68842ef5935...podology 122539a30a568ad146e2bee017c45db8b26bfd4655f9edde01e56e14c68842ef5935...
podology 122539a30a568ad146e2bee017c45db8b26bfd4655f9edde01e56e14c68842ef5935...CleitonPacificodosSa
 
Aula micologia basica.pdf
Aula micologia basica.pdfAula micologia basica.pdf
Aula micologia basica.pdfAllefAquino1
 
Shirley - 20/09/2012
Shirley - 20/09/2012Shirley - 20/09/2012
Shirley - 20/09/2012Anais IV CBED
 
1358-doença causadas por fungos marcia.pdf
1358-doença causadas por fungos marcia.pdf1358-doença causadas por fungos marcia.pdf
1358-doença causadas por fungos marcia.pdfJooHenriqueCarvallho
 
Aula Micologia.pptx
Aula Micologia.pptxAula Micologia.pptx
Aula Micologia.pptxlvaroCosta22
 
fungos- microbiologia 2(1).pptx
fungos- microbiologia 2(1).pptxfungos- microbiologia 2(1).pptx
fungos- microbiologia 2(1).pptxesd1assaoka
 
Introdução miiase
Introdução miiaseIntrodução miiase
Introdução miiaseLoreta Vasco
 
DOENÇAS FUNGICAS QUE ACOMETEM COURO CABELUDO E CABELOS
DOENÇAS FUNGICAS QUE ACOMETEM COURO CABELUDO E CABELOSDOENÇAS FUNGICAS QUE ACOMETEM COURO CABELUDO E CABELOS
DOENÇAS FUNGICAS QUE ACOMETEM COURO CABELUDO E CABELOSFernando Santana
 
Fungos e biossegurança
Fungos e biossegurançaFungos e biossegurança
Fungos e biossegurançaRenato Santos
 

Semelhante a Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses (20)

Tinhas do couro cabeludo
Tinhas do couro cabeludoTinhas do couro cabeludo
Tinhas do couro cabeludo
 
Doencas causadas fungos_micose
Doencas causadas fungos_micoseDoencas causadas fungos_micose
Doencas causadas fungos_micose
 
Dermatofitose x dermatofilose
Dermatofitose x dermatofilose Dermatofitose x dermatofilose
Dermatofitose x dermatofilose
 
Aula 3 __dermatofitosesi
Aula 3 __dermatofitosesiAula 3 __dermatofitosesi
Aula 3 __dermatofitosesi
 
APOSTILA DE MICOLOGIA CLÍNICA
APOSTILA DE MICOLOGIA CLÍNICA APOSTILA DE MICOLOGIA CLÍNICA
APOSTILA DE MICOLOGIA CLÍNICA
 
Resumo final
Resumo finalResumo final
Resumo final
 
Micoses
MicosesMicoses
Micoses
 
Aula micologia basica slide.pptx
Aula micologia basica slide.pptxAula micologia basica slide.pptx
Aula micologia basica slide.pptx
 
podology 122539a30a568ad146e2bee017c45db8b26bfd4655f9edde01e56e14c68842ef5935...
podology 122539a30a568ad146e2bee017c45db8b26bfd4655f9edde01e56e14c68842ef5935...podology 122539a30a568ad146e2bee017c45db8b26bfd4655f9edde01e56e14c68842ef5935...
podology 122539a30a568ad146e2bee017c45db8b26bfd4655f9edde01e56e14c68842ef5935...
 
Micologia
MicologiaMicologia
Micologia
 
Aula micologia basica.pdf
Aula micologia basica.pdfAula micologia basica.pdf
Aula micologia basica.pdf
 
Shirley - 20/09/2012
Shirley - 20/09/2012Shirley - 20/09/2012
Shirley - 20/09/2012
 
1358-doença causadas por fungos marcia.pdf
1358-doença causadas por fungos marcia.pdf1358-doença causadas por fungos marcia.pdf
1358-doença causadas por fungos marcia.pdf
 
Aula Micologia.pptx
Aula Micologia.pptxAula Micologia.pptx
Aula Micologia.pptx
 
fungos- microbiologia 2(1).pptx
fungos- microbiologia 2(1).pptxfungos- microbiologia 2(1).pptx
fungos- microbiologia 2(1).pptx
 
Introdução miiase
Introdução miiaseIntrodução miiase
Introdução miiase
 
Ancilostomideos
AncilostomideosAncilostomideos
Ancilostomideos
 
Os Fungos
Os FungosOs Fungos
Os Fungos
 
DOENÇAS FUNGICAS QUE ACOMETEM COURO CABELUDO E CABELOS
DOENÇAS FUNGICAS QUE ACOMETEM COURO CABELUDO E CABELOSDOENÇAS FUNGICAS QUE ACOMETEM COURO CABELUDO E CABELOS
DOENÇAS FUNGICAS QUE ACOMETEM COURO CABELUDO E CABELOS
 
Fungos e biossegurança
Fungos e biossegurançaFungos e biossegurança
Fungos e biossegurança
 

Mais de upload718

Tcar do pulmão cistos e enfisema; pdf
Tcar do pulmão   cistos e enfisema; pdfTcar do pulmão   cistos e enfisema; pdf
Tcar do pulmão cistos e enfisema; pdfupload718
 
Tcar do pulmão cistos e enfisema.
Tcar do pulmão   cistos e enfisema.Tcar do pulmão   cistos e enfisema.
Tcar do pulmão cistos e enfisema.upload718
 
Estudo radiológico do tórax dcg fisioterapia pdf.
Estudo radiológico do tórax dcg  fisioterapia pdf.Estudo radiológico do tórax dcg  fisioterapia pdf.
Estudo radiológico do tórax dcg fisioterapia pdf.upload718
 
Estudo radiológico do tórax dcg fisioterapia pdf
Estudo radiológico do tórax dcg  fisioterapia pdfEstudo radiológico do tórax dcg  fisioterapia pdf
Estudo radiológico do tórax dcg fisioterapia pdfupload718
 
Vias aéreas 2
Vias aéreas 2Vias aéreas 2
Vias aéreas 2upload718
 
Vias aéreas parte 1 pdf eee
Vias aéreas parte 1 pdf eeeVias aéreas parte 1 pdf eee
Vias aéreas parte 1 pdf eeeupload718
 
Vias aéreas parte 1
Vias aéreas parte 1Vias aéreas parte 1
Vias aéreas parte 1upload718
 
Anomalias congênitas aparelho digestório 18.05.2010
Anomalias congênitas aparelho digestório 18.05.2010Anomalias congênitas aparelho digestório 18.05.2010
Anomalias congênitas aparelho digestório 18.05.2010upload718
 
Traqueia 2012
Traqueia 2012Traqueia 2012
Traqueia 2012upload718
 
Síndromes aórticas agudas
Síndromes aórticas agudasSíndromes aórticas agudas
Síndromes aórticas agudasupload718
 
Metástases pulmonares final
Metástases pulmonares finalMetástases pulmonares final
Metástases pulmonares finalupload718
 
Malformações do torax
Malformações do toraxMalformações do torax
Malformações do toraxupload718
 
Condições semelhantes a tumor pleural(1)
Condições semelhantes a tumor pleural(1)Condições semelhantes a tumor pleural(1)
Condições semelhantes a tumor pleural(1)upload718
 
Condições semelhantes a tumor pleural(1)
Condições semelhantes a tumor pleural(1)Condições semelhantes a tumor pleural(1)
Condições semelhantes a tumor pleural(1)upload718
 

Mais de upload718 (20)

Tcar do pulmão cistos e enfisema; pdf
Tcar do pulmão   cistos e enfisema; pdfTcar do pulmão   cistos e enfisema; pdf
Tcar do pulmão cistos e enfisema; pdf
 
Tcar do pulmão cistos e enfisema.
Tcar do pulmão   cistos e enfisema.Tcar do pulmão   cistos e enfisema.
Tcar do pulmão cistos e enfisema.
 
Estudo radiológico do tórax dcg fisioterapia pdf.
Estudo radiológico do tórax dcg  fisioterapia pdf.Estudo radiológico do tórax dcg  fisioterapia pdf.
Estudo radiológico do tórax dcg fisioterapia pdf.
 
Estudo radiológico do tórax dcg fisioterapia pdf
Estudo radiológico do tórax dcg  fisioterapia pdfEstudo radiológico do tórax dcg  fisioterapia pdf
Estudo radiológico do tórax dcg fisioterapia pdf
 
Vias aéreas 2
Vias aéreas 2Vias aéreas 2
Vias aéreas 2
 
Vias aéreas parte 1 pdf eee
Vias aéreas parte 1 pdf eeeVias aéreas parte 1 pdf eee
Vias aéreas parte 1 pdf eee
 
Vias aéreas parte 1
Vias aéreas parte 1Vias aéreas parte 1
Vias aéreas parte 1
 
Artrites
ArtritesArtrites
Artrites
 
Anomalias congênitas aparelho digestório 18.05.2010
Anomalias congênitas aparelho digestório 18.05.2010Anomalias congênitas aparelho digestório 18.05.2010
Anomalias congênitas aparelho digestório 18.05.2010
 
Wegener
WegenerWegener
Wegener
 
Traqueia 2012
Traqueia 2012Traqueia 2012
Traqueia 2012
 
Tep
TepTep
Tep
 
Síndromes aórticas agudas
Síndromes aórticas agudasSíndromes aórticas agudas
Síndromes aórticas agudas
 
Recist
RecistRecist
Recist
 
Neuro tb2
Neuro tb2Neuro tb2
Neuro tb2
 
Metástases pulmonares final
Metástases pulmonares finalMetástases pulmonares final
Metástases pulmonares final
 
Malformações do torax
Malformações do toraxMalformações do torax
Malformações do torax
 
Mac
MacMac
Mac
 
Condições semelhantes a tumor pleural(1)
Condições semelhantes a tumor pleural(1)Condições semelhantes a tumor pleural(1)
Condições semelhantes a tumor pleural(1)
 
Condições semelhantes a tumor pleural(1)
Condições semelhantes a tumor pleural(1)Condições semelhantes a tumor pleural(1)
Condições semelhantes a tumor pleural(1)
 

Micoses superficiais: classificação e principais dermatofitoses

  • 1. MICOSES SUPERFICIAIS INFECTOLOGIA MEDICINA 5º Semestre
  • 2. CLASSIFICAÇÃO 1. Superficiais: englobam fungos sem poder queratolítico, que vivem sobre a pele, penetrando nos interstícios da camada córnea ou ao redor dos pelos. Incluídos as piedras (branca e negra), a ptiríase versicolor e a tinea nigra 2. Cutâneas: as dermatomicoses, comprometem pelos, pele e unhas, transmissíveis, incluem os dermatófitos e as Candidas 3. Subcutâneas: comprometem pele e TCSC, saprófitas, incluem a esporotricose, micetomas, doença de Jorge Lobo, rinosporidiose, cromomicose, feohifomicose e zigomicose 4. Sistêmicas: Fungos de solo, por inalação, comprometem órgãos internos, vísceras, outros tecidos, incluem a Paracoccidioidomicose, histoplasmose, coccidioidomicose, blastomicose 5. Oportunísticas: indivíduos imunocomprometidos, ambientais ou da microbiota: Candidíase, criptococose, hialohifomicose, zigomicose, aspergilose
  • 3. INFECÇÕES FÚNGICAS SUPERFICIAIS  São as mais comuns entre todas as infecções muco- cutâneas  Geralmente causadas pelo crescimento descontrolado da flora transitória ou residente associado a alteração do micro-ambiente da pele  Três grupos de fungos: dermatófitos, espécies de Candida e Malassezia furfur  Dermatófitos infectam epitélio queratinizado, folículos pilosos e aparelho ungueal  As espécies de Candida necessitam calor e umidade  A M. furfur necessita umidade e lipídios para o seu crescimento
  • 4. MICOSES SUPERFICIAIS CONCEITO • AFECÇÕES CAUSADAS POR FUNGOS, LIMITADAS ÀS CAMADAS SUPERFICIAIS DA CLASSIFICAÇÃO PELE QUERATINIZADA OU NÃO • SUPERFICIAIS PROPRIAMENTE DITAS • PITIRÍASE VERSICOLOR • PIEDRA BRANCA • PIEDRA NEGRA • TINHA NEGRA • CUTÂNEAS • DERMATOFITOSES • CANDIDÍASES
  • 5. Dermatofitoses - Grupo de fungos capazes de infectar epitélio cutâneo queratinizado inviável, como estrato córneo, unhas e pelos; - Composto pelos gêneros Trichophyton, Mycrosporum e Epidermophyton; - Pode ser especificada pelo tecido acometido: epidermomicose (dermatofitose epidérmica), tricomicose (dos cabelos e folículos pilosos) ou onicomicose (do aparelho ungueal); - Denominadas tinhas e devem ser acrescidas do local acometido (cruris, pé..)
  • 6. 1. Epidemiologia 1. Idade de início: crianças desenvolvem lesões do couro cabeludo (Trichophyton, Mycrosporum); adultos jovens desenvolvem lesões intertriginosas. Onicomicoses intimamente relacionadas com idade, nos EUA 50% dos > 75 anos tem onicomicose 2. Sexo: Onicomicose mais comum em homens 3. Raça: adultos da raça negra tem incidência menor de dermatofitose, tinha do couro cabeludo é mais frequente em crianças negras 4. Etiologia: Mais de 40 espécies de dermatófitos e cerca de 10 são agentes etiológicos comuns de infecções humanas. T. rubrum é o agente mais comum adquirido pelo contato com pisos contaminados de logradouros públicos (clínicas de estética, vestiários de academias de ginástica, quartos de hotel)
  • 7. 5. Distribuição geográfica: algumas espécies tem distribuição mundial, outras restritas a determinadas regiões. 6. Transmissão: a apartir de 3 fontes: na maioria adquirida de outra pessoa (contato com objetos contaminados ou pele-pele menos frequentemente), animais domésticos (cães e gatos) e menos comumente contato com a terra. Podem ser classificados em: - Antropofílicos: transmissão interpessoal por objetos contaminados e pelo contato direto (T. rubrum, T. mentagrophytes - interdigitale, T. schoenleinii, T. tonsurans, T. violaceum; M. audouinii; E. floccosum) - Zoofílicos: transmissão de animais para humanos por contato direto ou objetos contaminados (T. equinum, T. mentagrophytes var mentagrophytes, T. verrucosum e M. canis ) - Geofílicos: presentes no ambiente (M. gypseum, M. nanum) 7. Fatores Predisponentes: atopia, imunossupressão tópica e sistêmica
  • 8. 2. Classificação 1. Dermatófitos da epiderme queratinizada (epidermomicose): tinha da face, tinha do corpo, tinha crural, tinha das mãos, tinha dos pés 2. Dermatófitos do aparelho ungueal: Tinha das unhas (dedos das mãos e pés). Onicomicose (inclui as infecções por dermatófitos, leveduras e bolores) 3. Dermatófitos dos pelos e folículos pilosos: foliculite dermatofítica, granuloma de Majocchi (trocofítico), tinha do couro cabeludo, tinha da barba
  • 9. DERMATOFITOSES UTILIZAM A QUERATINA COMO FONTE ENERGÉTICA GÊNEROS • Microsporum: pêlo e pele • Trichophyton: pêlo, pele e unha • Epidermophyton: pele e unha ECOLOGIA • Geofílicos • M. gypseum • Zoofílicos • M. canis • T. mentragrophytes • Antropofílicos • T. rubrum • T. schoenleinii • E. floccosum • T. mentagrophytes
  • 10. DERMATOFITOSES 3. Patogenia: Mecanismos de defesa - Integridade da pele, descamação normal da pele, presença de ácidos graxos, transferrina insaturada, macroglobulina alfa 2, imunidade celular e imunidade humoral.
  • 11. DERMATOFITOSES 4.3 Tinea pedis e Tinea manuum - T. rubrum - T. mentagrophytes - E. floccosum  Diagnóstoco diferencial - psoríase pustulosa, pustulose palmo-plantar, psoríase, queratodermia palmo-plantar, pitiriase rubra pilar, Síndrome de Reiter
  • 12. Tinha dos Pés - Infecção dermatofítica dos pés que se caracteriza por eritema, descamação, maceração e/ou formação de bolhas, na maioria começa nos pés e se espalha para outras regiões (inguinal), tronco e mãos. Pela perda da integridade da epiderme pode ser infectada secundariamente por S. aureus e estreptococos do grupo A(celulite ou linfangite) Epidemiologia 1. Idade de início: final infância e início idade adulta (20-50 anos), 2. Sexo: Masculino > Feminino 3. Fatores Predisponentes: umidade e calor, sapatos fechados, transpiração excessiva 4. Transmissão: andar descalço e pisos contaminados, astrosporos sobrevivem nas escamas da pele humana por 12 meses
  • 13.
  • 14.
  • 15. Tinha das Mãos 1. Duração: meses a anos; 2. Sintomas cutâneos: geralmente assintomática, prurido, dor quando houver infecção secundária ou fissuras. Episódios de prurido no tipo disidrótico; 3. Exame Físico: Placas descamativas demarcadas, hiperceratose e descamação confinadas às pregas palmares, fissuras na palma, bordos bem demarcados com clareamento central, estendem-se ao dorso das mãos com pápulas foliculares, nódulos, pústulas com foliculite dermatofítica. No tipo deisidrótico: pápulas, vesículas, bolhas (incomuns na margem da lesão) nas palmas e superfícies laterais dos dedos. Distribuição: 50% tem lesões unilaterais, geralmente há lesões ungueais dos dedos da mão Evolução crônica sem regressão espontânea, recidivas 4. Diagnóstico Diferencial: dermatite atópica, líquen simples crônico, dermatite de contato, psoríase vulgar, Ca in situ
  • 16. DERMATOFITOSES 4.4 Tinea cruris - Trichophyton rubrum - E. floccosum - T. mentagrophytes  Diagnóstico diferencial - eczema seborréico - eczema de contato - eritrasma - candidíase
  • 17. DERMATOFITOSES 4.2 Tinea Corporis - Trichophyton rubrum - Microsporum canis - T. mentagrophytes  Diagnóstico diferencial Eritema anular, eczemas, psoríase, MHT
  • 18. Tinha da Face 1. Mais comum em crianças 2. Sintomas cutâneos: geralmente assintomática, prurido leve com fotossensibilidade 3. Exame Físico: mácula ou pápula bem circunscrita com dimensões variáveis, bordo elevado e regressão central, em geral mínima descamação, pode ser acentuada, rosadas ou vermelhas, geralmente não é simétrica 4. Diagnóstico Diferencial: dermatite seborréica, dermatite de contato, eritema migratório, LES, farmacodermia 5. Etiologia: T. rubrum, T. tonsurans, T. mentagrophytes, M. canis 6. Fatores predisponentes: exposição a animais, corticóide tópico 7. Transmissão: auto-inoculação, contato com animais ou solo contaminados, mais comum nas regiões tropicais e subtropicais
  • 19. Tinha da Barba 1. Idade de início: adultos homens 2. Sintomas cutâneos: prurido, hiperestesia, dor 3. Exame físico: foliculite pustulosa, pelos frouxos, ou quebram rentes à raiz, pápulas podem coalescer e formar placas inflamatórias cobertas por pústulas. Quérion: placas e nódulos purulentos pastosos semelhantes aos do couro cabeludo. Áreas da barba ou bigode, raramente cílios e sobrancelhas, linfadenopatia regional se infecção bacteriana secundária 4. Diagnóstico Diferencial: foliculite por estafilo, furúnculo, antraz, acne vulgar, rosácea, pseudofoliculite 5. Etiologia: T. verrucosum, T. mentagrophytes(mentagrophytes), T. rubrum é raro, pode ser adquirida por contato com animais 6. Fatores predisponentes: exposição a animais, agricultores
  • 20. Tinha do Couro Cabeludo 1. Idade de início: Mais comum em crianças de 6-10 anos (criancinhas de 2-4anos e idade escolar), mais comum em negros 2. Sintomas cutâneos: pode haver dor, hiperestesia ou alopécia, na inflamatória; descamação, prurido alopécia circunscrita ou difusa ou linfadenopatia occipital ou retroauricular nas sem inflamação, pode durar semanas a meses 3. Exame físico: éctotrix com esporos pequenos (placa cinzenta), êndotrix (pontos negros, quérion, foliculite agregada, favo 4. Diagnóstico Diferencial: dermatite seborréica, dermatite de contato, LECC, alopécia areata, celulite, furúnculo, antraz, escabiose crostosa 5. Etiologia: T. tonsurans, T. mentagrophytes, rubrum e M. canis menos comuns 6. Fatores predisponentes: exposição a animais, corticóide tópico
  • 21. TINHA DO COURO CABELUDO TONSURANTE FREQUENTE EM CRIANÇAS RARA EM ADULTOS ALOPÉCIA REVERSÍVEL ectotrix endotrix M. canis, T. tonsurans, T. mentagrophytes
  • 22. DERMATOFITOSES 4. Manifestações Clínicas 4.1 Tinea capitis a) Tinea tonsurante - Microsporum canis - Trichophyton tonsurans
  • 23. DERMATOFITOSES  Kerion - nódulos sensíveis, alopecia, escamo-crostas, exsudação e adenite satélite  Diagnóstico diferencial - eczema seborréico, eczema atópico, psoríase, alopecia areata, sífilis secundária
  • 24. DERMATOFITOSES 4.6 Tinea unguium - T. rubrum - T. mentagrophytes - E. floccosum  Diagnóstico diferencial - psoríase - líquen plano - onicopatias congênitas - traumáticas
  • 25. DERMATOFITOSES  Exame direto  Cultura 5. Diagnóstico  Luz de Wood  Histopatológico
  • 26. DIAGNÓSTICO CLÍNICO • RASPADO DA LESÃO MICOLÓGICO DIRETO • PÊLOS TONSURADOS LÂMINA + KOH + LAMÍNULA + AQUECIMENTO
  • 27. DIAGNÓSTICO CULTURA LÂMPADA DE WOOD - M. canis, M. audouini: verde-azulada - T. schoenleini: verde-palha - M. furfur: róseo-dourada TESTES INTRADÉRMICOS: TRICOFITINA, CANDIDINA
  • 28. TRATAMENTO TÓPICOS • IMIDAZÓLICOS: MICONAZOLE, CLOTRIMAZOL, TIOCONAZOL, ECONAZOL, CETOCONAZOL • TERBINAFINA , OUTROS •EM UNHAS: •ESMALTE DE AMOROLFINA, CICLOPIROX, TIOCONAZOL •EM PTIRÍASE VERSICOLOR: •SULFETO DE SELÊNIO, TERBINAFINA
  • 29. DERMATOFITOSES b) Sistêmicos  Griseofulvina: 10 a 20mg/Kg/d ou 500mg/d  Itraconazol: 5 a 10mg/Kg/d ou 100mg/d  Fluconazol: 5 a 10mg/Kg/d ou 150mg/sem  Terbinafina: 62,5mg/d (20Kg) 125mg/d (20-40Kg) 250mg/d (>40Kg)  Tinea corporis: 4 semanas  Tinea capitis: 8 semanas  Onicomicoses: 3 a 8 meses Pulsoterapia  Itraconazol: 400mg/d por semana/3m  Fluconazol: 150mg/semana por 4 - 6 meses
  • 30. CERATOFITOSES  Micoses superficiais  Não possuem poder queratolítico  Fontes de manutenção: restos epiteliais ou produtos de excreções (comensais)  Discreta ou nenhuma resposta inflamatória por parte do hospedeiro  Fungemia em imunocomprometidos
  • 31. CERATOFITOSES Pitiríase versicolor Tinha negra Piedra negra Piedra branca
  • 32. CERATOFITOSES PITIRÍASE VERSICOLOR 1. Conceito  Infecção crônica da pele (camada córnea) pelo fungo Malassezia furfur/globosa 2. Epidemiologia  Ocorrência universal  40% da população de clima tropical e menor 1% em clima frio  H=M  Final da adolescência e adultos jovens (levedura lipofílica)  Menos freqüente em crianças e idosos
  • 33. CERATOFITOSES PITIRÍASE VERSICOLOR 3. Etiologia  Forma saprofítica leveduriforme (flora normal) - Pityrosporum ovale (levedura ovóide) - Pityrosporum orbiculare (levedura esférica)  Forma parasitária - Malassezia fufur (pseudo-hifas e esporos)
  • 34. CERATOFITOSES PITIRÍASE VERSICOLOR 4. Etiopatogenia Pityrosporum ovale/orbiculare → Malassezia furfur  Fatores precipitantes  Genéticos  Hiperidrose  Imunológicos  Aumento na oleosidade da pele  Clima quente e úmido  Síndrome de Cushing (endo ou exógena)  Imunossupressão  Desnutrição  Gravidez  Não é mais freqüente em pacientes com SIDA
  • 35. CERATOFITOSES PITIRÍASE VERSICOLOR 5. Quadro clínico  Máculas descamativas bem delimitadas, de formato e cor variáveis, isoladas ou coalescentes  Acastanhadas, café-com-leite ou hipocrômicas (pele clara)  Hipocrômicas (pele escura)  Eritematosas  Lesões gotadas: folicular e perifolicular
  • 36. CERATOFITOSES PITIRÍASE VERSICOLOR  Topografia − Tórax, pescoço, porções proximais dos MMSS e abdome − Couro cabeludo (despercebido) − Palma das mãos, plantas dos pés e mucosas não são afetadas − Pitiríase versicolor inversa – predomínio de lesões em flexuras  Assintomáticas ou discreto prurido
  • 37. CERATOFITOSES PITIRÍASE VERSICOLOR 6. Outras condições associadas à Malassezia fufur 6.1 Foliculite pitirospórica  Colonização do folículo pilossebáceo  Pápulas eritematosas ou pústulas perifoliculares de 2-3 mm  Tronco e em menor freqüência nas extremidades  Prurido mais comum que na pitiríase versicolor  Diabetes mellitus, antibiótico terapia e glicocorticóide prévios 6.2 Infecções sistêmicas  Recém-nascidos prematuros e imunocomprometidos recebendo suplementação de lipídeos IV
  • 38. CERATOFITOSES PITIRÍASE VERSICOLOR 7. Outras condições relacionadas à Malassezia fufur 7.1 Dacriocistite obstrutiva 7.2 Dermatite seborréica x Malassezia fufur - Ação efetivas dos antimicóticos - Grande quantidade de Malassezia fufur nas escama - Recolonização nas recidivas 7.3 Psoríase x Malassezia fufur? - Lesões do couro cabeludo, face e pavilhão auricular (eventual eficácia dos antimicóticos) 7.4 Dermatite atópica x Malassezia fufur - Antígenos da Malassezia fufur - Lesões do couro cabeludo, face e pescoço - Melhora com cetoconazol (estudos duplo-cegos)
  • 39. CERATOFITOSES PITIRÍASE VERSICOLOR 8. Diagnóstico diferencial  Vitiligo  MHI  Eczemátide  Pitiríase rósea  Melasma  Dermatite seborréica, psoríase, eritrasma, candidíase e dermatofitose (inversa)  Foliculite por candida e bacteriana (foliculite pitirospórica)
  • 40. CERATOFITOSES PITIRÍASE VERSICOLOR 9. Diagnóstico  Luz de Wood: fluorescências amarelo-ouro ou rosa-dourada características  Exame micológico do raspado da lesão: hifas curtas e largas, elementos leveduriforme arredondados, isolados ou agrupados em cachos de uva (método de Jarbas Porto ou - KOH 10%-20%) Só Pityrosporum orbiculare tem pouco valor diagnóstico
  • 41. CERATOFITOSES PITIRÍASE VERSICOLOR 9. Diagnóstico  Culturas (não necessárias): colônias branco-amareladas  Exame histopatológico  Abundantes esporos e pseudo-hifas na camada córnea, basófilas pela HE e PAS positivas  Leve infiltrado inflamatório na derme superior  Hiperceratose - paraceratose
  • 42. CERATOFITOSES PITIRÍASE VERSICOLOR 10. Tratamento Uso tópico :  Sulfeto de selênio (xampu a 2,5%) diariamente por 3 semanas deixando por 15 min. antes do banho  Hipossulfito de sódio a 20% - 40% em solução aquosa  Piritionato de zinco  Ácido salicílico  Propilenoglicol em solução aquosa a 50%  Cetoconazol xampu  Derivados azólicos: tioconazol loção a 1%, isoconazol solução a 1%, clotrimazol a 1%, miconazol, outros – 1vez ao dia após o banho por 4 semanas
  • 43. CERATOFITOSES PITIRÍASE VERSICOLOR to mico o extenso da pele ou recorrente (cura em 90% - 95%) azol 200mg/dia por 10 dias zol 150mg/semana, por 3 semanas/400mg (d. única) ol zol 200mg/dia por 5 dias, após o café de recorrências o quinzenal ou mensal de agente tópico ração mensal de itraconazol entação residual por meses até a recuperação dos os lesados
  • 44. CERATOFITOSES PIEDRA BRANCA 1. Conceito  Infecção da haste do pêlo causado por um fungo leveduriforme denominado Trichosporum beigelli 2. Epidemiologia  Regiões tropicais e temperada  Encontrado em pêlo de animais (cavalo e macaco), parte da microbiota cutânea humana (região anogenital, boca, garganta e reto)  Pode haver transmissão sexual
  • 45. CERATOFITOSES PIEDRA BRANCA 3. Quadro clínico  Nódulos brancos ou castanhos-claros, amolecidos e facilmente destacados do pêlo  Variam de microscópicos a 1mm  Pêlos da barba, bigode, região genital e axilas. Menos frequente no couro cabeludo  Crescimento dentro e fora do pêlo pode levar à fratura  Tricosporonose (piedra branca genital) - lesões eritemato-escamosas de aspecto lustroso  Infecção sistêmica - pacientes neutropênicos
  • 46. CERATOFITOSES PIEDRA BRANCA 4. Diagnóstico diferencial  Pediculose  Tricomicose axilar (nódulos menores e podem ser fluorescentes à luz de Wood)
  • 47. CERATOFITOSES PIEDRA BRANCA 5. Diagnóstico  Exame direto (com KOH) • Hifas perpendiculares, desorganizadas, presença de blastoconídios delicados e artroconídios em torno das hastes pilosas  Cultura Colônias leveduriformes brancas lisas cerebriformes Microscopia: pseudomicélios, micélios verdadeiros, artroconídios e blastoconídios
  • 48. CERATOFITOSES PIEDRA BRANCA Tratamento Remoção dos pêlos Antifúngico tópico Recidiva é alta (associar à tratamento oral)
  • 49. CERATOFITOSES PIEDRA NEGRA 1. Conceito  Infecção da haste do pêlo causada por um fungo filamentoso demáceo, denominado Piedraia hortae 2. Epidemiologia  América do Sul (Brasil- Amazônia) e Sudeste Asiático  Encontrado em pêlos de animais (macaco), solo e água estagnada  H=M
  • 50. CERATOFITOSES PIEDRA NEGRA 3. Quadro clínico  Nódulos pretos de consistência endurecida, aderidos firmemente ao pêlo, podendo o envolver totalmente  Ovais ou alongados  Variam de microscópicos a 1mm  Geralmente múltiplos  Ásperos ao toque  Som metálico ao pentear  Localização: pêlos do couro cabeludo, barba e bigode  Enfraquece do pêlo podendo levar à fratura
  • 51. CERATOFITOSES PIEDRA NEGRA 4. Diagnóstico  Exame micológico(KOH): nódulos no interior da haste do pêlo  Periferia: hifas pigmentadas compactas,alinhadas  Centro: céls de parede espessada (ascos), contendo os ascosporos  Cultura:  Crescimento lento, enegrecida  Microscopia: filamentos de paredes espessadas com qrande quantidade de ascos contendo ascosporos
  • 52. CERATOFITOSES PIEDRA NEGRA 5. Tratamento  Remoção dos pêlos  Antifúngicos tópicos  Alta taxa de recidiva
  • 53. CERATOFITOSES TINHA NEGRA 1. Conceito  Infecção fúngica superficial rara causada por um fungo demáceo denominado Exophiala werneckii 2
  • 54. CERATOFITOSES TINHA NEGRA 3. Quadro clínico  Mácula acastanhada ou preta, bem delimitada, sem descamação, geralmente única em palma das mãos e bordas do dedos ou planta dos pés  Excepcionalmente múltiplas ou localizadas em outras áreas
  • 55. CERATOFITOSES TINHA NEGRA 4. Diagnóstico diferencial  Doença de Addison  Sífilis  Pinta  Nevo melanocítico  Melanoma  Pigmentação exógena
  • 56. CERATOFITOSES TINHA NEGRA 4. Diagnóstico  Exame direto (escamas clarificadas pelo KOH ou fita gomada): hifas septadas demáceas  Cultura desnecessária: inicialmente leveduriformes de cor esverdeada e depois enegrecida
  • 57. CERATOFITOSES TINHA NEGRA 5. Tratamento  Antifúngicos tópicos - Tiabendazol a 10% - Tintura de iodo - Miconazol  Ceratolíticos
  • 59. CANDIDÍASE 1. Introdução 2. Etiologia - C. albicans: 85% - 90% - Grau de patogenicidade C. albicans > C. stellatoidea > C. tropicalis > C. parapsilosis > C. kefyr > C. guilliermondii > C. krusei
  • 60. CANDIDÍASE 3. Patogênese  Saprófita – coloniza orofaringe em 50% indivíduos; comensal da mucosa vaginal em 20%-25%; raro na pele, solo, vegetação e ar  Patogenicidade inata da levedura: - Virulência, aderência às células epiteliais, enzimas queratolíticas - Produção de substância similar a endotoxina → ativação da via do complemento → quimiotaxia de neutrófilos
  • 61. CANDIDÍASE 3.1 Fatores predisponentes  Fatores mecânicos  Fatores nutricionais  Alterações fisiológicas  Doença sistêmica  Causas iatrogênicas
  • 62. CANDIDÍASE GÊNERO Cândida (principalmente C. albicans) SAPRÓFITA, EVENTUALMENTE PATOGÊNICA CUTÂNEA OU CUTÂNEO-MUCOSA OCORRÊNCIA UNIVERSAL PREDISPONENTES: ⇒ CRIANÇAS E IDOSOS ⇒ GRAVIDEZ ⇒ DIABETES ⇒ USO DE ACO, ANTIBIÓTICOS, CORTICÓIDES, CITOSTÁTICOS ⇒ LINFOMA, TU MALIGNOS, AIDS ⇒ UMIDADE, MACERAÇÃO ⇒ OUTROS
  • 63. CANDIDÍASE 3.2 Mecanismos de defesa  Fatores não – imunes - Flora microbiana - Integridade funcional do estrato córneo - Processo de descamação - Outros fatores séricos  Fatores imunes - Imunidade celular e humoral
  • 64. CANDIDÍASE 4. Quadro clínico 4.1 Candidíase Oral  Candidíase pseudomembranosa aguda
  • 65.
  • 66.
  • 67. CANDIDÍASE 4.1 Candidíase Oral  Candidíase atrófica aguda (ATB / HIV)
  • 68. CANDIDÍASE 4.1 Candidíase Oral  Candidíase atrófica crônica - prótese dentária - mulheres - eritema crônico
  • 69. CANDIDÍASE 4.2 Queilite angular (Perlèche)  Ângulo da boca - eritema, fissuras, maceração -saliva, dentição precária, prótese mal adaptada, deficiência de riboflavina
  • 70. CANDIDÍASE 4.3 Candidíase oral X AIDS  Infecção fúngica mais comum  HIV + (50%) e AIDS (90%)  Pseudomembranosa, eritematosa, queilite angular, lesão hiperplásica papilar palatal  Imunidade celular comprometida  Marcador de maior taxa de progressão para AIDS  HIV + com candidíase oral têm menor sobrevida
  • 71. CANDIDÍASE 4.4 Candidíase vulvovaginal  75% das mulheres  Fatores predisponentes - Umidade - Diabetes mellitus - Corticoesteróides - Antibioticoterapia - DIU  Corrimento esbraquiçado, queimor, disúria  Placas esbraquiçadas, base eritematosa, edema
  • 72. CANDIDÍASE 4.5 Balanite ou balanopostite  Cândidas: 30% – 35%  Pápulas ou papulopústulas  Fatores predisponentes - Umidade - Diabetes mellitus - Relação sexual - Não circuncisado
  • 73. CANDIDÍASE 4.6 Candidíase Cutânea  Locais úmidos e macerados  Intertrigo, forma mais comum  Área genitocrural, subaxilar, glútea, interdigital, submamária e pregas da parede abdominal  Fatores predisponentes - Umidade - Oclusão - Diabetes mellitus - Obesidade - Roupas justas
  • 74. CANDIDÍASE 4.7 Intertrigo  Área eritematosa, pruriginosa, macerada, lesões satélites (vesículo-pústulas)
  • 75. CANDIDÍASE 4.8 Dermatite das fraldas  Região perianal, períneo, prega inguinal
  • 76. CANDIDÍASE 4.9 Paroníquia  Contato com água, sabão e detergentes  Contaminação bacteriana  Eritema, dor, edema, secreção purulenta  Distrofia periungueal - onicólise - discromias das bordas laterais - estrias transversais
  • 77.
  • 78.
  • 79.
  • 80.
  • 81. CANDIDÍASE 4.10 Síndrome da candidíase congênita  Fatores predisponentes para disseminação fatal - pré- termo - baixo peso  Primeiras 24h de vida  Erupção rósea máculo-papular, vesículas e pústulas com descamação (½ superior do tórax, palmas e solas)  Distúrbio respiratório, clínica de sepsis (20%)
  • 82.
  • 83.
  • 84.
  • 85.
  • 86. CANDIDÍASE 4.11 Candidíase disseminada  Doença hematológica maligna, imunossuprimidos, transplantados  C. albicans, C. tropicalis, C. Kefyr, C. krusei, C. parapsilosis.  Pulmão, baço, rins, fígado, coração, cérebro (por via hematogênica)  Lesão de pele ou trato gastrointestinal  Papulo-nódulos eritematosos de 0,5-1,0cm (tronco e extremidades)
  • 87.
  • 88.
  • 89.
  • 90. CANDIDÍASE 4.12 Candidíase Mucocutânea Crônica (CMC)  Grupo heterogêneo de síndromes clínicas  Alteração imunológica em 70% · complemento anormal · alterações macrófagos · linfócitos T supressores · deficiência seletiva IgA · alterações monócitos (fagocitose/quimiotaxia) · produção deficiente de linfócitos T helper  Infecção superficial da pele, unhas e orofaringe e resistência crônica ao tratamento
  • 91. CANDIDÍASE 4.12 Candidíase Mucocutânea Crônica (CMC )  CMC localizada - hiperceratose, tipo corno cutâneo, lesões granulomatosas (face, pálpebra, couro cabeludo, lábios, área acral)  CMC difusa - borda eritematosa, serpiginosa ou áreas de descamação acastanhadas com base eritematosa
  • 92.
  • 93.
  • 94.
  • 95.
  • 96. CANDIDÍASE 5. Exames laboratoriais 5.1 Pesquisa micológica Exame direto (KOH) (hifas e pseudohifas) Cultura micológica
  • 97. CANDIDÍASE 5.2 Histopatológico  Candidíase superficial - pústulas subcórneas, estrato córneo (PAS +)  Granuloma - papilomatose, hiperceratose, infiltrado dérmico denso (linfócitos, granulócitos, plasmócitos, células gigantes multinucleadas)  Forma sistêmica com lesões de pele - áreas focais na derme ou vasos sangüíneos com leveduras (PAS ou metanamina de prata). Infiltrado mononuclear, vasculite leucocitoclástica ou formação de microabscesso
  • 98. CANDIDÍASE 6. Diagnóstico Diferencial  Intertrigo - tinea, eczema, dermatite seborréica, psoríase intertriginosa  Paroníquia - bacteriana, hipoparatireoidismo, doença celíaca  Oral - mucosite por quimioterapia, infecção herpética, eritema polimorfo, pênfigo, leucoplasia, sífilis secundária  Queilite angular - sífilis secundária, avitaminose, deficiência de ferro  CMC - tinea (couro cabeludo), pioderma bacteriano
  • 99. CANDIDÍASE 7. Tratamento 7.1 Candidíase oral - Tópico: nistatina miconazol - Sistêmico: cetoconazol 400mg/d (5 dias) (adolescentes) fluconazol 150mg (dose única) itraconazol 200mg 12/12h (1 dia)
  • 100. CANDIDÍASE 7.2 Vulvovaginites - Tópico: tioconazol miconazol clotrimazol - Sistêmico: cetoconazol 400mg/d (5 dias) fluconazol 150mg (dose única) itraconazol 200mg 12/12h (1 dia) Vulvovaginite recorrente - Tratamento profilático: fluconazol 150mg (mês) clotrimazol creme (sem)
  • 101. CANDIDÍASE 7.3 Intertrigo  Antifúngicos tópicos  Adição de esteróides 7.4 Paroníquias  Resistentes à terapia  Imidazólicos tópicos em solução  Casos resistentes: cetoconazol oral marsupialização cirúrgica
  • 102. CANDIDÍASE 7.5 Candidíase cutânea congênita - Previnir disseminação (tópica/oral) - Nistatina 7.6 Candidíase disseminada - Anfotericina B - 5-flucitosina 7.7 CMC - Combinação de drogas antifúngicas - Correção de imunodeficiências - transplante de timo - linfócitos T
  • 103.
  • 104. Infecções Fúngicas Invasivas 1. Micetoma: Infecção localizada, crônica e lentamente progressiva da pele, tecidos subcutâneos, fáscia, ossos e músculos, na maioria acomete mão ou pé e se caracteriza por edema, tumefação, fístulas com drenagem e grânulos, exsudato contém grãos, que podem ser amarelos, brancos, vermelhos, marrons, pretos, dependendo do agente
  • 105.
  • 106.
  • 107.
  • 108.
  • 109.
  • 110.
  • 111.
  • 112.
  • 113.
  • 114. 2. Cromomicose: Infecção fúngica crônica, invasiva e localizada na pele e tecidos subcutâneos, que se caracteriza por placas verrucosas na perna ou pé, causadas por fungos dermatiáceos (de cor escura).
  • 115.
  • 116.
  • 117.
  • 118.
  • 119.
  • 120.
  • 121.
  • 122.
  • 123.
  • 124.
  • 125.
  • 126. 3. Esporotricose: Geralmente ocorre após a inoculação acidental na pele e se caracteriza pela formação de um nódulo ulcerado no local inoculado, linfangite nodular crônica e linfadenite regional