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DIRETRIZES GERAIS
     DA AÇÃO EVANGELIZADORA
      DA IGREJA NO BRASIL
               2011 – 2015
1


               Jesus Cristo,
    “Caminho, Verdade e Vida” (Jo 14, 6)
V
       INDICAÇÕES DE
    OPERACIONALIZAÇÃO
2
    (passos metodológicos)
1. Exigências para um plano eficaz
1º. Pés-no-chão
O melhor ponto de partida é sempre aquele onde a
gente está. Se ignoramos, não evangelizamos.
O que não é assumido não é redimido.
As boas respostas dependem das verdadeiras
perguntas. Não há fidelidade ao evangelho sem
fidelidade à realidade.
Para gerar processo, a ação precisa ser resposta aos
desafios reais da realidade, das pessoas, da
comunidade e da sociedade.                             3
2º. Olhos-no-horizonte
Para o ponto de partida, um ponto de chegada.
A realidade, por mais dura que seja, não tem a última
palavra. Há sempre um horizonte para quem tem fé.
O horizonte, que faz caminhar, é a esperança no Reino
de Vida, inaugurado por Jesus, já presente na
precariedade do presente.
O melhor ponto de chegada é a mesma realidade
transfigurada pela força do Evangelho.
A melhor imagem da ressurreição é a transfiguração.
                                                        4
3º. Sujar-as-mãos
De nada vale a consciência dos limites da realidade
e a esperança em sua plenitude, se não aterrissam em
ações concretas, que buscam realizar aquilo que se
espera na fé.

Como a ação pastoral está sujeita às mesmas
contingências de qualquer ação humana, aqui, nos
movemos no campo das mediações da ação, que
dependem das condições sócio-culurais do contexto.

                                                     5
2. Três momentos metodológicos
1º. A explicitação do marco referencial: a projeção
  da ação futura, se alicerça em duas referências: o
  ponto de partida (próprio contexto) e o ponto de
  chegada (o ideal para esta mesma realidade).

2º. A elaboração do marco operacional: apoiado no
  diagnóstico da realidade, se elabora o prognóstico
  da futura ação (objetivos e critérios de ação) e a
  programação (programas e projetos).

3º. A explicitação do marco organizacional: trata-se
  de definir o suporte organizacional da ação projetada e
  a avaliação.                                           6
3. Passos metodológicos
Primeiro passo: onde estamos
(marco da realidade)
    O melhor ponto de partida
    é sempre aquele onde a gente está.
    Trata-se de colocar os pés no chão.
As boas respostas pastorais dependem
da identificação das verdadeiras
necessidades de evangelização.            7
No âmbito da
sociedade,                 é importante
conhecer, pelo menos,       a situação
cultural, econômica, política e
ecológica.
No âmbito religioso, é preciso ter dados
da situação da experiência religiosa e da
caminhada da comunidade eclesial.
  (Nas atuais DGAE, o marco da realidade
                                           8
Segundo passo: onde precisamos estar
(marco doutrinal)
Na ação evangelizadora, o ponto
de chegada está no horizonte do
Evangelho do Reino de
Deus, inaugurado e mostrado por
Jesus.
   É preciso situá-
   lo, entretanto,   no próprio    9
Segundo tradição recente das DGAE, a
vida e a missão de todo cristão consiste
no exercício de tríplice múnus, recebido
no batismo: Ministério da Palavra, da
Liturgia e da Caridade.
A vivência do tríplice múnus se dá
no âmbito da pessoa, no âmbito da
comunidade e no âmbito da sociedade.
                                      10
Os três âmbitos constituem, tanto
o espaço como as realidades, nas quais
o Evangelho precisa ser encarnado.
A pessoa só se realiza em comunidade
e a comunidade eclesial existe para o
serviço de Deus na sociedade.
  (Nas atuais DGAE, o marco doutrinal
  está em “partir de Jesus Cristo” (4-16)
  e em “indicações de operacionalização”)   11
Terceiro passo: urgências pastorais
(diagnóstico pastoral)
Do confronto da realidade com o
horizonte da fé cristã, derivam
urgências pastorais.
  As atuais DGAE indicam cinco
  urgências, não soltas, mas que
  conformam um curso de ação:
                                      12
... para uma Igreja em estado
    permanente de missão (1ª),
... é preciso que a comunidade eclesial
    seja casa da iniciação à vida cristã (2ª),
... alicerçada sobre a Palavra de Deus (3ª),
... que leva a uma Igreja comunidade de
    comunidades (4ª),
 ... a serviço da vida plena pra todos (5ª).
     (Nas atuais DGAE, o diagnóstico pastoral
     está em “urgências na ação evangelizadora”.)   13
Quarto passo: o que queremos
alcançar (prognóstico pastoral)
Num processo de
planejamento,        os resultados
almejados se registra nos objetivos:
geral e específicos.
  Para uma maior comunhão
  entre as Igrejas Locais, as atuais   14

  DGAE propõem o Objetivo Geral:
Evangelizar,
 a partir de Jesus Cristo e na força do
 Espírito Santo, como Igreja
 discípula, missionária e
 profética, alimentada pela Palavra de
 Deus e pela Eucaristia, à luz da
 evangélica opção preferencial pelos
 pobres, para que todos tenham vida
 (Jo 10,10), rumo ao Reino definitivo.
(À luz dele, cada Igreja Local procurará elaborar seus
                                                         15
Quinto passo: como vamos agir
(critérios de ação)
A unidade eclesial e a eficácia na obra
evangelizadora, exigem critérios comuns
de ação.
Historicamente, à luz do Vaticano
II, as DGAE assumiram as
denominadas “seis dimensões” da ação  16

pastoral:
17



►dimensão comunitário-
participativa, ► dimensão missionária,
► dimensão bíblico-catequética,
► dimensão litúrgica,
► dimensão ecumênica e do diálogo
   inter-religioso,
► dimensão sócio-transformadora.
18


Ultimamente, inspiradas na Evangelii
Nuntiandi, as DGAE sugeriram as
denominadas quatro exigências de
um processo de evangelização:
       serviço, diálogo, anúncio e
       testemunho da comunhão.
São dois critérios equivalentes.
   (Nas atuais DGAE, os critérios de ação
   estão em “indicações de operacionalização”).
Sexto passo: o que vamos fazer
(programação)
Trata-se da intervenção na realidade
apreendida à luz da fé, buscando
responder às urgências
pastorais, segundo os objetivos e
critérios de ação estabelecidos.
É o momento da programação.
                                       19
As atuais DGAE oferecem “perspectivas
de ação” para cada uma das “urgências
na ação evangelizadora”.
  À luz das perspectivas
  indicadas, cabe a cada Igreja Local
  definir sua própria Programação
  Pastoral, que é mais do que um mero
  “cronograma”.
A eficácia exige ações em torno a Programas
                                          20
Sétimo passo: a renovação das
estruturas (marco organizacional)
 Mudadas as ações, é preciso
 igualmente mudar as estruturas
 que lhe dão suporte.
 É o momento de pensar a execução
 do novo plano, que sempre exige
 renovação institucional.           21
Trata-se de constituir e definir as
funções de:
  ►organismos de articulação da ação
    (assembleias, conselhos)
  ► mecanismos de coordenação
    (equipes de coordenação de âmbitos
    eclesiais e de serviços específicos)
  ► primeiros responsáveis
    (Bispo, pároco, coordenadores).
                                           22
Entre as estruturas que precisam
de urgente mudança está paróquia.
 Aparecida indica sua setorização
 em unidades menores, tendo à
 frente uma equipe de coordenação
 integrada por leigos e leigas
 e, dentro destes setores, a criação
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  • 1. DIRETRIZES GERAIS DA AÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA NO BRASIL 2011 – 2015 1 Jesus Cristo, “Caminho, Verdade e Vida” (Jo 14, 6)
  • 2. V INDICAÇÕES DE OPERACIONALIZAÇÃO 2 (passos metodológicos)
  • 3. 1. Exigências para um plano eficaz 1º. Pés-no-chão O melhor ponto de partida é sempre aquele onde a gente está. Se ignoramos, não evangelizamos. O que não é assumido não é redimido. As boas respostas dependem das verdadeiras perguntas. Não há fidelidade ao evangelho sem fidelidade à realidade. Para gerar processo, a ação precisa ser resposta aos desafios reais da realidade, das pessoas, da comunidade e da sociedade. 3
  • 4. 2º. Olhos-no-horizonte Para o ponto de partida, um ponto de chegada. A realidade, por mais dura que seja, não tem a última palavra. Há sempre um horizonte para quem tem fé. O horizonte, que faz caminhar, é a esperança no Reino de Vida, inaugurado por Jesus, já presente na precariedade do presente. O melhor ponto de chegada é a mesma realidade transfigurada pela força do Evangelho. A melhor imagem da ressurreição é a transfiguração. 4
  • 5. 3º. Sujar-as-mãos De nada vale a consciência dos limites da realidade e a esperança em sua plenitude, se não aterrissam em ações concretas, que buscam realizar aquilo que se espera na fé. Como a ação pastoral está sujeita às mesmas contingências de qualquer ação humana, aqui, nos movemos no campo das mediações da ação, que dependem das condições sócio-culurais do contexto. 5
  • 6. 2. Três momentos metodológicos 1º. A explicitação do marco referencial: a projeção da ação futura, se alicerça em duas referências: o ponto de partida (próprio contexto) e o ponto de chegada (o ideal para esta mesma realidade). 2º. A elaboração do marco operacional: apoiado no diagnóstico da realidade, se elabora o prognóstico da futura ação (objetivos e critérios de ação) e a programação (programas e projetos). 3º. A explicitação do marco organizacional: trata-se de definir o suporte organizacional da ação projetada e a avaliação. 6
  • 7. 3. Passos metodológicos Primeiro passo: onde estamos (marco da realidade) O melhor ponto de partida é sempre aquele onde a gente está. Trata-se de colocar os pés no chão. As boas respostas pastorais dependem da identificação das verdadeiras necessidades de evangelização. 7
  • 8. No âmbito da sociedade, é importante conhecer, pelo menos, a situação cultural, econômica, política e ecológica. No âmbito religioso, é preciso ter dados da situação da experiência religiosa e da caminhada da comunidade eclesial. (Nas atuais DGAE, o marco da realidade 8
  • 9. Segundo passo: onde precisamos estar (marco doutrinal) Na ação evangelizadora, o ponto de chegada está no horizonte do Evangelho do Reino de Deus, inaugurado e mostrado por Jesus. É preciso situá- lo, entretanto, no próprio 9
  • 10. Segundo tradição recente das DGAE, a vida e a missão de todo cristão consiste no exercício de tríplice múnus, recebido no batismo: Ministério da Palavra, da Liturgia e da Caridade. A vivência do tríplice múnus se dá no âmbito da pessoa, no âmbito da comunidade e no âmbito da sociedade. 10
  • 11. Os três âmbitos constituem, tanto o espaço como as realidades, nas quais o Evangelho precisa ser encarnado. A pessoa só se realiza em comunidade e a comunidade eclesial existe para o serviço de Deus na sociedade. (Nas atuais DGAE, o marco doutrinal está em “partir de Jesus Cristo” (4-16) e em “indicações de operacionalização”) 11
  • 12. Terceiro passo: urgências pastorais (diagnóstico pastoral) Do confronto da realidade com o horizonte da fé cristã, derivam urgências pastorais. As atuais DGAE indicam cinco urgências, não soltas, mas que conformam um curso de ação: 12
  • 13. ... para uma Igreja em estado permanente de missão (1ª), ... é preciso que a comunidade eclesial seja casa da iniciação à vida cristã (2ª), ... alicerçada sobre a Palavra de Deus (3ª), ... que leva a uma Igreja comunidade de comunidades (4ª), ... a serviço da vida plena pra todos (5ª). (Nas atuais DGAE, o diagnóstico pastoral está em “urgências na ação evangelizadora”.) 13
  • 14. Quarto passo: o que queremos alcançar (prognóstico pastoral) Num processo de planejamento, os resultados almejados se registra nos objetivos: geral e específicos. Para uma maior comunhão entre as Igrejas Locais, as atuais 14 DGAE propõem o Objetivo Geral:
  • 15. Evangelizar, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida (Jo 10,10), rumo ao Reino definitivo. (À luz dele, cada Igreja Local procurará elaborar seus 15
  • 16. Quinto passo: como vamos agir (critérios de ação) A unidade eclesial e a eficácia na obra evangelizadora, exigem critérios comuns de ação. Historicamente, à luz do Vaticano II, as DGAE assumiram as denominadas “seis dimensões” da ação 16 pastoral:
  • 17. 17 ►dimensão comunitário- participativa, ► dimensão missionária, ► dimensão bíblico-catequética, ► dimensão litúrgica, ► dimensão ecumênica e do diálogo inter-religioso, ► dimensão sócio-transformadora.
  • 18. 18 Ultimamente, inspiradas na Evangelii Nuntiandi, as DGAE sugeriram as denominadas quatro exigências de um processo de evangelização: serviço, diálogo, anúncio e testemunho da comunhão. São dois critérios equivalentes. (Nas atuais DGAE, os critérios de ação estão em “indicações de operacionalização”).
  • 19. Sexto passo: o que vamos fazer (programação) Trata-se da intervenção na realidade apreendida à luz da fé, buscando responder às urgências pastorais, segundo os objetivos e critérios de ação estabelecidos. É o momento da programação. 19
  • 20. As atuais DGAE oferecem “perspectivas de ação” para cada uma das “urgências na ação evangelizadora”. À luz das perspectivas indicadas, cabe a cada Igreja Local definir sua própria Programação Pastoral, que é mais do que um mero “cronograma”. A eficácia exige ações em torno a Programas 20
  • 21. Sétimo passo: a renovação das estruturas (marco organizacional) Mudadas as ações, é preciso igualmente mudar as estruturas que lhe dão suporte. É o momento de pensar a execução do novo plano, que sempre exige renovação institucional. 21
  • 22. Trata-se de constituir e definir as funções de: ►organismos de articulação da ação (assembleias, conselhos) ► mecanismos de coordenação (equipes de coordenação de âmbitos eclesiais e de serviços específicos) ► primeiros responsáveis (Bispo, pároco, coordenadores). 22
  • 23. Entre as estruturas que precisam de urgente mudança está paróquia. Aparecida indica sua setorização em unidades menores, tendo à frente uma equipe de coordenação integrada por leigos e leigas e, dentro destes setores, a criação de comunidades de famílias. 23