O documento discute o tema da hipermodernidade. Em 3 frases:
1) A hipermodernidade é caracterizada pelo excesso de consumo e pela busca constante por novidades, fazendo com que as pessoas se sintam cada vez mais insatisfeitas.
2) Isso pode levar ao colapso social e ambiental, já que os consumidores descartam produtos de forma irresponsável e a produção em excesso causa danos à saúde e ao meio ambiente.
3) A sociedade atual valoriza a tecnologia em detrimento de atividades
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Folhetim do Estudante - Ano IV - Núm. 42
1. 1
do estudanteNúm. 42 - ANO IV 2ª quinzena - Setembro/2015
Folhetim do estudante é uma
publicação de cunho cultural e
educacional com artigos e textos de
Professores, alunos, membros de
comunidades das Escolas Públicas
do Estado de SP e pensadores
humanistas.
Acesse o BLOG do folhetim
http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br
Sugestões e textos para:
vogvirtual@gmail.com
EDITORIAL
HIPERMODERNIDADE
Termo criado pelo filósofo
francês Giles Lipovetsky para
nomear o momento atual da
sociedade.
Os ideais da modernidade
estabelecidos no final do século
XVIII eram marcados pelo
predomínio da razão. Podemos dizer
que a modernidade é caracterizada
pelo surgimento de movimentos
teóricos, burocráticos, artísticos,
culturais que marcaram as relações
sociais a partir daquele período.
A pós-modernidade se
propagou nos anos 80 do século XX,
momento que passa a considerar a
economia de consumo em detrimento
à economia de produção.
A era hipermoderna é
caracterizada pela cultura do
excesso, de sempre obter sempre
mais. Nesse sentido todos os
elementos do consumismo tornam-se
extremamente urgentes e
necessários. Essa urgência acelerada
torna tudo muito exagerado.
A hipermodernidade ajudou
o desenvolvimento mundial em
relação ao ganho de tempo, tornando
tudo cada vez mais instantâneo e
mais moderno, fazendo com que o
ser humano transforme suas
necessidades mais extremas á cada
nova invenção. Por exemplo , na
década de 1950, um avião cruzando
o Atlântico demorava 18h, hoje a
mesma rota pode ser feita em menos
de 5 horas. Em 1865, a noticia da
morte de Abraham Lincoln levou 13
dias para chegar na Europa, mas hoje
ficamos sabendo de tudo o que
acontece no mundo em poucos
segundos, por conta do avanço
tecnológico dos meios de
comunicação. Porém o exagero em
todos os sentidos transformou a
realidade em um exercício constante
de futilidades, pois a cada minuto, no
mundo, algo se renova e o que foi
criado antes PE passado para trás
sendo substituído por algo novo a
cada instante, mesmo que o novo
seja apenas uma cópia renovada do
antigo, Isso pode levar ao colapso
social, principalmente no que diz
respeito ao meio ambiente, pois os
consumidores alienados não se
preocupam com a forma correta de
descartar seus objetos e produtos de
consumo que foram substituídos,
além de que a hipermodernidade nos
meios de produção causa doenças,
que são acompanhadas do prefixo
“hiper”, aos trabalhadores como por
exemplo a hipertensão, resultado das
pressões cotidianas nas exigências
do mundo do trabalho.
Outras doenças, a partir
desse consumo exagerado, podem
surgir e essas patologias estão
associadas à hipermodernidade,
como doenças psicológicas e
compulsões aliadas à ansiedade ou
esquizofrenia derivadas da indução
fácil causada pelo Marketing que
promove o consumo, momento no
qual o habito de consumir se dá
apenas pelo prazer de gastar
compulsivamente ou dizer que pode
obter sempre o item mais moderno
além de ostentar , como se de algum
modo a aquisição colocasse o
individuo acima dos mortais.
A charge analisada em sala
de aula me chamou muito a atenção
por se tratar de um tema polêmico e
bem atual que, inclusive, foi
abordado em partes no ENEM de
2014, não só relacionado à
hipermodernidade, mas também a
outros fatores como, por exemplo, o
sedentarismo, obesidade, capacidade
de deixar-se induzir pela propaganda
além do consumo exagerado de fast
foods.
As pessoas, hoje em dia, por
acomodação ou não, dão valor às
tecnologias trocando suas atividades
de costume, como fazer o almoço e
se reunir em uma mesa com amigos e
família, por comidas instantâneas e
industrializadas para ganhar tempo e
ficar no sofá, alienando-se cada vez
mais, com as propagandas que
promovem o consumismo e atendem
aos interesses do sistema capitalista.
No mundo existem
atualmente 2,1 bilhões de pessoas
obesas ou com sobrepeso o que
representa 30% da população
Mundial, segundo dados do blog
Bem Estar ligado o G1. Fica a dica!
Fernanda Martins Ribeiro – 3ºA
E. E. Com. Miguel Maluhy
Folhetim
2. 2
do estudante ano IV setembro/2015
DEBATE
A DEPENDÊNCIA AO
FAST FOOD
O hábito de consumo da
maioria dos indivíduos se
intensificou tanto que hoje vemos
mais necessidade de beber um
refrigerante ao invés de beber o
líquido mais importante para o
nosso corpo, a água.
Nossa alimentação que
deveria ser regada de produtos
saudáveis, em detrimento das
opções de fast food, ficou como
segunda opção para a maioria das
pessoas.
A necessidade de comer
rápido, sem esforço de preparo do
alimento além das variedades de
opções, graças às gorduras trans e
substâncias químicas, seduz que
já está no estado catatônico do
consumo hipermoderno.
Querer apreciar coisas
novas, querer degustar novos
sabores, não é errado se feito de
forma moderada, mas estamos
falando de uma sociedade tomada
pela hipermodernidade. Então,
nessa lógica, as empresas
alimentícias, em vista de nosso
desejo superficial de realização,
nos vendem em suas propagandas
um relatório de sensações
fantásticas, e o pior, a todo
instante. Sempre terá um novo
tipo de sorvete, hambúrguer,
batatas fritas, etc.
Mediante ao círculo
vicioso imposto por esses apelos
ao consumo, nos tornamos
dependentes, o que leva ao
consumo exagerado para nos
sentirmos cada vez mais felizes e,
como esse sentimento de
realização passa, a regra é clara:
permanecer nesse ciclo, mesmo
que isso, á longo prazo, nos traga
prejuízos, problemas de saúde
como a obesidade.
Mas o que importa, se o
que queremos mesmo é a
felicidade rápida, o deleite, após o
consumo de um lanche em um
“fast food”. Só vamos esperar
que esse desejo também seja algo
efêmero, porque as consequências
para a saúde não serão.
Sheila Marques – 3ºA
E. E. Com. Miguel Maluhy
Dinheiro: O
Triturador do
Mundo
O Ser humano
definitivamente evoluiu, saímos
de homens da caverna nômades,
para homens que puderam se
fixar graças á descoberta da
agricultura. E assim fomos
evoluindo, criamos armas,
descobrimos o fogo, criamos
cidades, criamos a política, a
sociedade, alianças, exércitos,
máquinas e cada uma dessas
inovações nos levaram à várias
guerras.
Conforme evoluímos o
mundo evoluía também, durante
milhares de anos a natureza
controlava a vida humana e não
o contrário, porém essa evolução
nos permitiu controlar aquela
que nos permitiu evoluir, isso
nos levou a destruí-la de tal
maneira que, sem perceber,
começamos a nos destruir.
O dinheiro rege o mundo
e, graças á ele e á tecnologia, o
ser humano chegou ao seu
apogeu, entretanto, o excesso de
modernização nos tornou
pessoas vazias, nos fez esquecer
que fazemos parte da natureza.
Para evoluirmos cada vez mais e
ganharmos mais dinheiro
destruímos o nosso próprio
habitat.
A Era do Vazio que
vivemos nos faz destruir a base
da vida pelo simples fato de nos
acharmos tão superiores que não
fazemos parte da natureza. Mas a
verdade é assim, como a
natureza nos ajudou a evoluir ao
ponto de destruí-la nós
evoluímos ao ponto de nos
destruirmos sem perceber, de
maneira inconsequente e talvez
inconsciente.
Ana Carolina Fernandes – 3ºA
E. E. Com. Miguel Maluhy
folhetim
3. 3
do estudante ano IV setembro/2015
EDUCAÇÃO
Práticas
pedagógicas com
significado
Mantenho um elo com o
Sarau do Binho e a EMEF
Ministro Synésio Rocha há mais
ou menos uns quatro anos,
fazemos encontros praticamente
mensais na biblioteca Marcos
Rey, onde levo por volta de 60
alunos todo mês, lá abordamos
nos moldes de sarau temas atuais.
Mesmo que não role o sarau
sempre temos os encontros, que
chamo de Saída Cultural, para
abordar temas atuais, como:
Protestos, sexualidade, Racismo,
Violência doméstica, mulheres,
aborto, etc.
Ao retornar para a escola
os alunos são instigados a fazer
produções com o tema abordado e
desta forma vamos mantendo uma
agenda, sempre que o Sarau do
Binho tem apresentação eles
entram em contato comigo eu faço
as autorizações e fazemos a saída
cultural.
Os alunos adoram, tanto
que os ex alunos continuam
frequentando os encontros, tenho
alunos que já saíram do Synésio
há 3 anos, porém, mantenho
contato com os mesmos e os aviso
e eles continuam frequentando.
No ano passado a PMSP
instaurou a regra do TCA
(Trabalho Colaborativo Autoral)
para os alunos dos nonos anos,
como condição para se formarem,
os temas a serem abordados no
TCA podem e devem ser
discutidos e escolhidos pelos
alunos, e preferencialmente que
sejam temas que tenham uma
ligação e relevância com a
realidade dos alunos, no ano
passado os nonos anos escolheram
o tema: Sarau do Binho e a cultura
na periferia! Foi um show! Até
um pesquisador da USP que
frequentava os Saraus, colocou
esse trabalho nas suas pesquisas,
entrevistou os alunos e tudo mais.
No Evento “Festival
Literário da Zona Sul, pudemos
dialogar sobre essas experiências
em uma mesa temática, fiz parte
dela como professora, juntamente
com uma poeta e um jornalista,
onde pude contar como a escola
faz essa ponte do jovem leitor
com a literatura periférica. Levei
um grupo de alunos dos nonos
alunos que leem voluntariamente
para crianças do Ensino
Fundamental I.
Profª. Meire Belchior – Língua Portuguesa
E. E. Com. Miguel Maluhy e
EMEF Ministro Synésio Rocha
SARAU DO BINHO
na
E. E. Instituto Maria
Imaculada
“Foi muito emocionante!! O
Sarau é muito interessante,
alegre, divertido, podemos ler,
cantar, dançar ciranda e
apresentar o que escrevemos...”
São essas as percepções
dos estudantes do ensino
fundamental II da Escola Estadual
Instituto Maria Imaculada que no
último dia 24/10 tiveram a
oportunidade de, pela primeira
vez em suas vidas, vivenciarem a
experiência de um Sarau.
Com a participação de
todos os alunos e professores
tivemos a presença do coletivo do
Sarau do BINHO que, como de
costume, envolveram todas as
crianças em uma viagem pelas
palavras, fossem elas lidas,
cantadas, imaginadas, sopradas ao
vento ou improvisadas naquela
tarde.
As crianças tinham
sorrisos e brilhos nos olhos ao
terem a oportunidade de dialogar
com os poetas, sinal de que
devemos repetir mais vezes essas
ações educacionais que produzem
sentido ao ato de ler, escrever e
produzir pensamentos.
Prof. Valter Gomes
E. E. Instituto Maria Imaculada
folhetim
4. 4
do estudante ano IV setembro/2015
DEBATE
A ERA do
Smartphone
O homem sempre quis se
superar em questão de tecnologia.
O exemplo disso foi a criação do
telefone , um recurso que permite a
comunicação com pessoas que
estão longe , o que foi uma
inovação enorme atendendo ás
urgências da modernidade. E ainda
não satisfeito, o homem inovou
essa invenção com a criação do
telefone móvel, o famoso celular.
Desde sua criação, o
celular, tornou-se indispensável
para a vida dos seres humanos.
Nos dias de hoje, é quase
impossível encontrar quem não o
utilize, até mesmo crianças já
fazem uso desse tipo de serviço.
Entre os diversos recursos
disponíveis nos aparelhos mais
modernos destaca-se a
comunicação de dados utilizando a
internet, outra invenção que está
integrada ao telefone móvel, o que
tornou as pessoas completamente
viciadas no seu uso, podendo ser
comparadas á um ZUMBI, já que
suas vidas acabam perdendo o
sentido sem esse mundo virtual, e
elas passam a existir em função do
olhar para a tela e dos sons
emitidos pelo seu smartphone.
O ser humano, na tentativa
de evoluir ainda mais, acabou
retroagindo ao inventar o celular,
pois o protagonista de sua vida
passou a ser o seu telefone móvel e
não mais ele mesmo. Apesar da
modernidade proporcionar facili-
dades na interação com outras
pessoas, ela possibilita, também,
nosso próprio calvário, onde
conseguimos dominar e absorver a
tecnologia, mas não nossos vícios
tecnológicos cotidianos.
Shirley Marques de Moraes – 3ºA
E. E. Com. Miguel Maluhy
Revolução
Revolução é toda e
qualquer transformação radical ou
evolução de um sistema que atinja
a vida cotidiana de uma sociedade.
Muitos historiadores
preocupam-se em definir os limites
de uma revolução. Assim temos
uma contradição, onde não
sabemos com absoluta certeza se
um fato histórico foi ou não
revolucionário.
Em geral, toda revolução é
iniciada por manifestações
políticas, visando a transformação
radical das estruturas de poder,
sejam elas, econômicas, políticas,
sociais e culturais de uma
sociedade.
Um exemplo para entender
melhor a questão e o que é uma
revolução é a revolução tecnoló-
gica ou a revolução cientifica que
ocorreu no inicio da modernidade e
retrata o momento em que
deixamos os preceitos religiosos de
lado e, numa perspectiva
humanista, passamos a interagir
melhor com o conhecimento além
de aprofundá-lo e promover o
surgimento do desenvolvimento do
mundo como um todo.
Jéssica Sanches Barbero – 2ºC
E. E. Com. Miguel Maluhy
folhetim