1. O documento discute os fluxos reais e monetários entre os agentes econômicos e como eles podem ser comparados usando a mesma medida monetária. 2. É apresentado o circuito econômico que representa as relações entre os cinco agentes econômicos e os fluxos entre eles. 3. Inclui uma seção sobre a contabilidade nacional, seus objetivos e origem.
Economia Brasileira - Aula 01 - Revisão sobre setor externo
Economia
1. 1.Fluxo real e monetário
Os fluxos são relações que se estabelecem entre todos os intervenientes na atividade
económica. Assim o fluxo real é o conjunto dos fluxos correspondentes a trocas reais e
físicas entre os agentes económicos, exemplo disso é – as famílias oferecem trabalho
ás empresas, estas por sua vez, entregam bens e serviços ás famílias. Os fluxos
monetários é o conjunto de fluxos correspondentes a trocas avaliadas em termos
monetários. Existe a possibilidade de fazer uma comparação no circuito pois os dois
fluxos estão expressos na mesma medida (moeda) logo, as famílias pagam as suas
despesas de consumo ás empresas, estas por sua vez pagam os valores dos fatores
de produção, ou seja os salários.
2. O circuito económico
O circuito económico representa a atividade económica e a forma como se
estabelecem as relações entre os cinco agentes económicos, é também uma
representação esquemática dos fluxos que se estabelecem entre os agentes
económicos.
-Relação entre famílias e as empresas não financeiras : as famílias recebem salários
das empresas não financeiras pelo trabalho prestado; rendas devido a cedência de
prédios; lucros resultantes de investimentos; em contra partida as famílias entregam
ás empresas as despesas do consumo; -Relação famílias e instituições financeiras :
Depósitos nas instituições bancárias; prémios de seguro e juros dos empréstimos;
ordenados pela prestação de serviços e empréstimos pedidos; -Famílias e estado: as
famílias recebem vencimentos ( funcionários públicos )e subsídios, como pensões,
abonos de família; mas as famílias pagam ao estado impostos e contribuições para a
segurança social; - Empresas não financeiras e instituições financeiras: Estas
empresas recebem fluxos monetários recetivos a investimentos, juros de depósitos,
empréstimos e indeminizações pelos valores segurados; valores de amortização de
empréstimos contraídos, lucros e prémios; - Instituições não financeiras e estado: as
empresas não financeiras recebem valores monetários de compras
efetuadas(consumo) e subsídios á produção de bens e serviços considerados
essenciais; - Instituições financeiras e estado: há entrada nas instituições de depósitos
feitos pelo estado, juros, amortizações; - Resto do mundo e empresas não financeiras:
Dá entrada nas empresas não financeiras fluxos monetários correspondentes ao valor
das exportações feitas, e dá saída o valor correspondente a importações realizadas; -
Resto do mundo e inst. Financeiras: Existe apenas um fluxo monetário que poderá
variar de sentido, designando-se o fluxo de compensação.
3. Contabilidade Nacional
A contabilidade nacional é o conjunto de operações que se executam no sentido de
apurar o valor de certas grandezas económicas e sociais, cujo conhecimento é
indispensável para avaliar a situação do país e proceder á redefinição das politicas de
gestão nacionais. Os principais objetivos da contabilidade nacional são: 1. Avaliar a
situação presente; 2.aferir o percurso seguido;3. Planificar o
desenvolvimento;4.assegurar a justiça social.
Apareceu pela vontade de medir a força económica, dada também á grande crise
americana, que deu impulsos às estatísticas, e a entrada de Portugal na u.europeia,
implicou a adoção do sistema de contas europeu.
2. 4. Ópticas de cálculo do valor do produto
As ópticas para determinar o valor de produção de um país são a óptica do produto,
do rendimento, e da despesa. Na óptica do produto, os produtos são contabilizados
segundo o ramo de atividade económica que lhes dá origem; Na óptica do rendimento
atende-se ao modo como o rendimento é repartido, rendimento esse resultante da
produção ; Na óptica da despesa determina-se o valor do produto tendo em conta o
seu destino e utilização( consumo, investimento, exportação), a partir das despesas
efetuadas.
5. Métodos do cálculo do valor de produto
Neste caso, e porque os produtos são contabilizados segundo a atividade económica
contam-se três especificidades distintas. Assim o problema da múltipla contagem é um
dos principais obstáculos á determinação do valor do produto de um país. Traduz a
dificuldade que existe em que o valor seja registado mais que uma vez. O método dos
produtos finais consiste em determinar o valor do produto através da venda de bens e
de serviços de consumo final.
O método dos valores acrescentados constitui a superação á dificuldade anterior e
baseia-se na determinação do valor acrescentado por casa unidade produtiva.
6.Diferença entre produto bruto e líquido
O produto líquido é quando ao valor do produto é quando ao valor do produto de um
país são deduzidas as amortizações ou consumo de capital fixo. O produto bruto é o
valor do mesmo sem lhe ser deduzido o valor das amortizações.
Produto liquido = produto bruto – consumo de capital fixo
7.Questão do produto interno e nacional
Se considerarmos o território económico, teremos um conceito de produto – produto
interno(PI), que é obtido pelas unidades produtivas, nacionais e estrangeiras, em
atividade nesse território; se por outro lado considerarmos o produto que foi criado
com base em fatores produtivos,pertença de residentes quer tenha ocorrido fora ou no
território económico temos o produto nacional (PN).
Produto nacional = produto interno + saldo dos rendimentos com o resto do
mundo.
8. Saber as balanças e o que constituem
A necessidade de troca de bens, serviços e capital com o resto do mundo obrigou ao
registo destas operações, assim passaram-se a registar todos os fluxos monetários e
financeiros entre um país e o resto do mundo. Assim a balança de pagamentos – os
valores dos fluxos representados num quadro onde se registam os
pagamentos(débitos), e os recebimentos(créditos). O saldo final = créditos –
débitos.
As balanças mais importantes são: A balança corrente que inclui fluxos monetários
relativos ás trocas de mercadorias, rendimentos de trabalho e de investimentos; A
balança de capital inclui os fluxos não correntes de capitais entre o país e o resto do
mundo; A balança financeira inclui os fluxos financeiros relativos a operações de
investimentos.
3. 9.Interpretar saldo das balanças
Os saldos em si não permitem tirar conclusões seguras. Uma economia próspera,
pode ter uma balança de mercadorias com saldo negativo( causa subida do petróleo),
desequilibrando o resto do mundo; da mesma forma uma economia pode ter a balança
corrente com saldo positivo devido ás remessas dos emigrantes, o que não é um bom
indicador de desenvolvimento; ou ainda ter um saldo negativo na balança financeira o
que significa a capacidade de investimento no estrangeiro. Os saldos das balanças
serem positivos ou negativos não dá informação segura sobre o desenvolvimento de
uma economia. É necessário recorrer a uma análise da natureza e dos diferentes
fluxos registados.
10. Taxa de cobertura
É necessário que o país tenha conhecimento da capacidade que tem de pagar as
importações a partir das receitas provenientes das exportações. A taxa de cobertura
representa em percentagem, o valor das importações que podemos considerar pago
com o valor das exportações efectuadas para o exterior.
Taxa de cobertura = valor das exportações / valor das importações
Se a taxa de cobertura ultrapassar os 100%, cobre as importações e ainda sobram
divisas.
11.Os instrumentos protecionistas
O protecionismo é uma politica do comércio externo que preconiza a proteção da
economia nacional através dos diversos instrumentos, como as barreiras alfandegárias
que são entraves ás importações; os direitos aduneiros impostos sobre os bens
importados podem ser fixados contratualmente sobre o bem importado( barreiras
tarifárias ); A contingentação é uma forma mais radical de defender os produtos
nacionais impedindo que se importe mais que um certo volume e quantidade de bens,
a forma extrema é o embargo comercial que proíbe a entrada de um bem ( barreira
não tarifária).
12.Funções do estado
Podemos definir o estado como uma sociedade politicamente organizada, em
determinado território, que lhe é privado e tendo como características a soberania e a
independência. O exercício do poder do estado implica a definição de uma ordem
jurídica e constitucional que estabeleça um conjunto de competências para o estado.
Dando origem ás funções jurídicas e não jurídicas.
As jurídicas são a função executiva ( concretiza leis, e executa as resoluções da
Adm.pública); Função judicial( administração da justiça de acordo com a lei); Função
legislativa ( construção de uma ordem jurídica com leis institucionais.
As não jurídicas são: Função politica( garante a satisfação dos interesses gerais da
comunidade); Função social ( criação de condições necessárias ao bem estar da
comunidade); Função económica ( favorecem o desenvolvimento económico, apoio á
ciência e á tecnologia).
4. 13. Órgãos de soberania do estado
Os órgãos de soberania do estado são: o presidente da república( eleito de 5 em 5
anos, detém varias competências que vem definidas na republica portuguesa); A
assembleia da república( representa todos os cidadãos portugueses e discute os seus
interesses); O governo ( é o órgão de condução da politica do país); Os tribunais( são
o órgão de soberania competente para administrar a justiça em nome do povo e
assegurar a defesa de qualquer cidadão).
14. Ano em que Portugal entrou na União Europeia
A entrada de Portugal, em 1 de Janeiro de 1986, na então Comunidade Económica
Europeia gerou grandes expectativas em relação à aproximação aos níveis de
desenvolvimento dos países mais ricos da Europa. A integração de Portugal na União
Europeia marcou de facto o início de um período de profundas transformações na sua
economia.
Contribuir para a análise destas transformações da economia portuguesa, as suas
causas e possíveis consequências futuras, quando se aproximam os 25 anos de
integração europeia, é o que motiva a colaboração de quatro centros de investigação
no projecto “1986-2010: a Economia Portuguesa na União Europeia”.
15.Ano em que Portugal entrou no euro
O Euro – A moeda única europeia: O Euro é a moeda de 16 países da União
Europeia que se vão do Mediterrâneo ao círculo polar árctico (Alemanha, Áustria,
Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda,
Itália, Luxemburgo, Malta, Países Baixos e Portugal).
O Euro (€) tornou-se uma realidade palpável no dia 1 de Janeiro de 2002. E a Europa
festejou o nascimento físico da nova moeda com muito entusiasmo. Nessa data a
Europa viveu um momento ímpar da sua história, feito do sentimento do dever
cumprido e de esperança. As notas e moedas em Euros entraram em circulação
suavemente, sem contratempos, originando uma curiosidade em toda a zona da
eurolândia – e perante o olhar atento do mundo inteiro –, em clima de euforia e com
uma eficácia e fluidez superior às expectativas.
A entrada em circulação do Euro no conjunto dos doze países implicados (Alemanha,
Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo,
Países Baixos e Portugal) foi um verdadeiro êxito, em termos técnicos .A entrada em
circulação do Euro, celebrada no início desse ano, constitui a concretização do
projecto de unidade europeia destinado a garantir a paz e a prosperidade do
continente.
O Euro é um fator de aglutinação, de identidade comum aos diversos povos europeus
e tornou-se no símbolo mais visível da cidadania europeia.