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Vera Moreira
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Curs 2013/2014
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Introdução
Chamo-me Vera Moreira, tenho 17 anos e
actualmente resido em Barcelona onde estou a
cursar o décimo segundo ano. Este ano estou a
fazer uma pesquisa sobre Leitura Fácil, um
método de adaptação de textos para fazer mais
acessível informação a todas aquelas pessoas
que padecem dificuldades de compreenção
leitora. Eu decidí fazer uma tradução ao
português i uma adaptação a Leitura Fácil de três
contos populares catalães a fim de poder ajudar
a todas esas pessoas portuguesas que precisam
destes materiais porque em Portugal a Leitura
Fácil é inexistente.

Decidi traduzir e adaptar estes contos: O patufet,
o gigante do pinheiro e a noite de São João
porque quero dar a conhecer a cultura catalã aos
portugueses.
A continuação está a tradução ao português e a
adaptação a Leitura Fácil das tres histórias
mencionadas anteriormente.

Esta sou eu
O
PATUFET
Erase uma vez,
um pai e uma mãe que tiveram um filho muito pequeno,
tão pequeno como um grão de arroz.
Quando ele nasceu os pais dele
ficaram muito admirados ao ver que o seu filho era tão pequeno,
mas imediatamente começaram a adorá-lo
e puseram-lhe o nome de Patufet.
Passavam os dias,
um detràs do outro,
o Patufet começava a andar e a falar,
mas não crescia.
Sempre foi pequenino como um grão de arroz.
Ele era um rapaz muito inquieto e muito trabalhador.
Um dia,
a mãe do Patufet estava na cozinha a preparar o almoço.
Estava a mexer o arroz de coelho que só ela sabia fazer tão bem.
Mas, quando ela foi por o açafrão dentro da panela,
Apercebeu-se que em casa não havia nem uma migalha de açafrão.
- Agora sim que estou feita!- gritou a mãe do Patufet-.
O Patufet,
quando a ouviu,
saltou imediatamente e disse:
-Vou agora mesmo compra-lo!
A mãe levou as mãos à cabeça e disse:
- O que é que estas a dizer meu filho!
-Não vês que a gente da rua não te verá e te pisarão!
Mas o Patufet que era muito teimoso e resmungão,
chorava e batia com os pés no chão.
- Não mãe,
eu vou a cantar muito alto e assim as pessoas
vêem me e não me pisarão fácilmente!- disse o Patufet à sua mãe-.
Como o patufet ateimava tanto e a mãe precisava do açafrão,
decidiu deixa-lo ir compra o açafrão sozinho,
deu-lhe uma moeda e disse:
- Vai à loja e pede um pouco de açafrão,
mas mantêm te atento para não seres pisado por ninguém.
O patufet,
pegou na moeda e carregou-a às costas
como se levasse a roda de um moinho.
O Patufet corre pela rua com a moeda às costas.
Como não queria ser pisado por ninguém, cantava bem alto:
Patim, patam, patum,
Homens e mulheres de cabeça direita,
Patim, patam, patum,
Não pisem o Patufet,
A gente que passava ao seu lado,
ficava muito assustada ao ver uma moeda
que andava e cantava sozinha.
Eles não eram capazes de ver que por baixo daquela moeda
havia um menino tão pequeno como um grão de arroz.
Cantando, cantando,
o Patufet chegou à loja de “Ca la Rojals” e gritou bem forte:
- Quero um pouco de açafrão
para deitar ao arroz de coelho que a minha mãe está a fazer.
Quando a senhora da loja ouviu aquela voz assustou-se.
A pobre mulher olhava e voltava a olhar pelos cantos da loja,
Mas não conseguia ver o Patufet.
O Patufet gritava meio chateado:
-Sou eu, o Patufet. Não me está a ver?
Estou aqui á tua frente, debaixo do teu nariz,
e quero um pouco de açafrão
para deitar ao arroz de coelho que a minha mãe está a fazer.
A senhora da loja cada vez assustava-se mais,
até que ao final ela entendeu
que no chão havia uma moeda que dançava sozinha.
- Que devia ser aquilo? -pensava a senhora da loja-.
A senhora da loja recolheu a moeda,
mas por mais tempo que olhasse,
não entendia como podia ser que aquela moeda falasse.
Enquanto ela baralhava a moeda, o patufet perdia a paciência.
Atè que ao final voltou a gritar:
- Pode-me dar um pouco de açafrão
para deitar ao arroz de coelho que está a fazer a minnha mãe?
A senhora assustada pega num papel de açafrão
e deixa-o no mesmo lugar onde antes estava a moeda.
O forte Patufet carregou o papel às costas e foi pra casa.
Pela rua,
o patufet cantava bem forte porque nao queria ser pisado:
Patim patam patum,
Homens e mulheres da rua,
Patim patam patum,
Não pisem o Patufet.
Toda a gente que o ouvia só sabia ver um papel que corria sozinho.
A cantar,
o papel e o patufet chegaram a casa.
Quando a mãe dele o viu são e salvo ficou muito contente.
- És muito bom menino- disse a mãe ao Patufet-.
O patufet saltava de satisfação por ter ido e vindo são e salvo.
De tanta satisfação,
acabou por pedir à mãe que lhe deixasse levar o almoço ao seu pai,
que estava a trabalhar no campo.
- Não vês que és um menino tão pequeno que nem levantar o cesto
vais poder?- disse lhe a mãe toda preocupada-.
O Patufet pegou no cesto rápidamente e levantou-o com uma só mão.
A sua mãe ficou tão impressionada de ver o Patufet tão forte,
Que até o deixou ir sozinho.
O Patufet carregou o cesto ao pescoço enquanto saía de casa.
Tão depressa como esteve fora de casa,
o Patufet começou a cantar com medo que alguém o pisasse.
Quando o Patufet já tinha feito um bom pedaço de caminho,
começou a chover.
Como o Patufet não queria molhar o comer do pai,
Abrigou-se debaixo de um repolho.
Este repolho estava dentro de um campo
situado á beira do caminho.
Enquanto esperava que deixasse de chover,
ouviu um boi a aproximar-se com uma campainha a tocar.
O boi que não tinha medo da chuva,
pensou que podia comer um bom repolho.
Meteu-se no campo e engoliu de uma só vez o repolho,
o cesto e o Patufet.
Estavam os três rodando pela garganta do boi abaixo.
Enquanto que,
o seu pai esperava o comer.
O pai do Patufet acabou por perder a paciência.
Pegou nas ferramentas e foi para casa.
Ao chegar a casa foi queixar-se à sua mulher
porque ela tinha-se esquecido de lhe levar o comer.
A mulher muito preocupada pelo seu filho Patufet,
explicou-lhe que quem lhe tinha levado o comer tinha sido o patufet.
Ao ouvir isto o pai também ficou preocupado.
Os dois saíram á rua para procurar do seu filho.
-Patufet, donde estás?- preguntavam eles a gritar-.
O patufet não aparecia por lado nenhum,
até que chegaram á beira do campo
e ouviram uma voz muito fina que respondia:
- Na barriga do boi, onde nem neva nem chove!-.
Os pais do Patufet mais animados seguiram a gritar:
- Patufet, onde estás?
E o menino voltava a dizer:
-Dentro da barriga do boi,
onde nem neva nem chove!
-Quando o boi atirar um peido eu vou sair da barriga dele!-.
Quando os pais encontraram o do boi,
Ele atirou um peido
e o pequeno Patufet saiu disparado do rabo do boi.
Com isto,
os três voltaram felizes para casa,
onde iam comer aquele delicioso arroz de coelho que a mãe
do Patufet tinha feito com a ajuda dele.
O Gigante
do Pinheiro
Há muitos e muitos anos,

vivia numa casa muito grande chamada

“El Farell” um agricultor muito alto e gordo.

Tinha tanta força,

que era conhecido por toda a gente com o nome “Forte Farell”.
Um dia,
enquanto o forte farell lavrava a terra
com um arado e um casal de bois,
passou por lá um gigante.
Este gigante levantava numa só mão um ferro muito grosso.
- Bom dia, bom homem! –comprimentou o gigante ao forte farell-.
- Para que lado está Barcelona,
por este lado ou por aquele?- preguntou o gigante ao forte farell-.
O Forte Forell sem dar muita importância ao gigante e
levantando o arado e os bois no ar respondeu:
- Barcelona está por ali!-.
- Ouve là Forte Farell,
como é que tendo tanta força,
não a utilizas para tirar o gigante mouro
da cidade de Barcelona?- preguntou o gigante ao Forte Farell-.
- Não posso,
tenho muito trabalho em casa.- Respondeu o Forte Farell-.
- Mais trabalho vais ter
Quando os mouros destruam as nossas casas. - disse o Gigante-.
- Você tem muita razão,
vá indo para Barcelona que eu já vou. – Respondeu o Forte Farell-.
Depois desta conversa,
o Forte Farell volta a casa,
deixa o arado e os bois,
diz adeus aos seus pais e dirige-se para Barcelona,
para lutar contra o gigante mouro!
Pelo caminho,
passou ao lado de uma grande floresta e pensou:
- Sou muito bobo, ando pelo mundo sem um triste pau.
Naquele momento arrancou um grosso pinheiro com raiz e tudo.
O gigante seguiu o seu caminho para Barcelona
com um pinheiro na mão.
Os meninos e as meninas das aldeias por onde ele passava,
ao ver o Forte Farell tão alto e gordo com um pinheiro na mão
como se fosse um bastão,
iam atrás dele a cantar:
O gigante do pinheiro,
Agora dança,
Agora dança,
O gigante do pinheiro,
Agora dança pelo caminho.
A partir de este momento,
o Forte Farell passou a ser o gigante do pinheiro,
porque levava um pinheiro atrás dele.
Quando o Gigante do Pinheiro chegou às muralhas de Barcelona,
os guardas não o deixaram passar.
- ei, ei!-disse o guarda- você tem que pagar por esse pinheiro
tão alto que trás.
- Este é o meu pau do caminho!- disse o gigante do pinheiro-.
- Você não pode entrar na cidade sem o pagar. -Disse o guarda-.
- Se não pode entrar pela porta,
Vai entrar por cima das muralhas. - Disse o Gigante do Pinheiro-.
Quando disse isto,
lançou o pinheiro com muita força por cima das muralhas
e depois entrou.
Quando ja estava dentro da cidade,
procurou o gigante mouro que se tinha apoderado de Barcelona
e disse-lhe: venho lutar contra ti para salvar Barcelona.
O gigante mouro,
um homem orgulhoso,
ao ver aquele pobre agricultor,
que se atrevia a lutar contra ele,
começou-se a rir e disse:
- Anda rapaz!
Primeiro come bem para depois poderes estar á minha altura.
Antes da luta,
o Gigante mouro oferece ao Gigante do Pinheiro um grande almoço:
- um par de vacas assadas, duas dúzias de frangos,
oito pratos de salada e vinte copos de vinho.
Enquanto o agricultor, muito calmo,
despejava os pratos,
o Mouro,
a rir-se de uma meneira falsa dizia:
-come,
come que pouco tempo vais comer.
Da pancada que eu te vou dar durante a luta vais ficar esmagado.
Quando o Gigante do Pinheiro acabou de almoçar,
a luta começou e toda a gente da cidade,
pequenos e grandes,
foram ver esta luta porque não se via todos os dias
uma luta de gigantes.
Durante a luta,
O Gigante do Pinheiro não deixava o gigante da cidade o tocar,
por mais que ele não parasse de tentar dar-lhe socos.
Separaram-se duas vezes para voltar a começar a luta.
O Gigante do Pinheiro,
pegou no gigante Mouro e lançou-o por cima dos telhados,
com tanta força,
que o gigante mouro caiu esmagado ao outro lado
das muralhas da cidade de Barcelona.
Quando se soube que o Gigante do Pinheiro,
era o ganhador desta luta,
homens e mulheres,
pequenos e grandes,
rodearam o Gigante do Pinheiro e cantaram:
O gigante do pinheiro,
agora dança, agora dança.
O gigante do pinheiro,
agora dança pelo caminho.
O gigante da cidade,
Agora dança, agora dança,
O gigante da cidade,
agora dança por cima dos telhados.
Desta maneira surgiu a canção que toda a gente da tua cidade,
do teu povo ou da tua aldeia canta
quando passa o Gigante do Pinheiro.
A noite
de
São João
Chegou a véspera de São João,
que é o santo dia do sol,
a maior festa do céu.
Há algumas semanas que o dia se esta a tornar mais e mais longo,
e também começa a fazer muito calor.
O sol quer saber se as pessoas estão devidamente preparadas
para um dia tão importante como o dia de São João.
O sol manda há terra um elfo para comprovar
que todas as pessoas estão preparadas para este dia.
O elfo chega a uma aldeia de campo e aproxima-se a uma fazenda.
:Quero ver como se preparão os avós de esta casa para a festa.
Já se sabe que os avós têm mais cabeça. -disse o elfo-.
O elfo percebe que os avós daquela casa não estavam em casa,
tinham ido ao campo para procurar ervas.
-Que estranho!- pensou o elfo-.
Então pensou que era melhor ir ver as meninas da casa,
mas não as encontrou,
porque elas tinham ido á fonte em busca de água.
Muito curioso!-disse o elfo-.
Não estão em casa nem os avós nem as meninas.
- Talvez seja melhor eu ir atè á aldeia- pensou o elfo-.
O elfo chega ao forno e quer ver como eles se preparam para a festa.
Ele vê que lá há muita gente que em vez de fazer festa
está muito atarefada.
Também vê muitos ovos,
farinha,
açúcar,
nozes,
frutas cristalizadas.
- Que fome!- disse o elfo depois de ver aqueles alimentos-.
O elfo saiu à rua à procura dos meninos.
- Estes meninos estão sempre preparados para jogar e fazer festa.
- pensou o elfo-.
Mas,
O elfo observa que os meninos nem correm para cima nem para baixo,
nem saltam,
nem se perseguem como de costume
senão que estão a pendurar galhardas de bandeiras e papéis de cores.
- Que bonito!- pensou o elfo depois de ver o que eles andavam a fazer-.
Depois de ver o que toda a gente anda a fazer,
o elfo começa a pensar que a festa não interessa a ninguém.
- Ai quando o sol souber disto!
Em vez de estar a preparar a festa,
toda a gente está atarefada. - disse o elfo-.
O elfo vai ver o que andão a fazer os rapazes,
eles são inteligentes,
de certeza que sabem o que têm que fazer neste dia.
Mas eles só entram e saem das casas carregados com muitas coisas:
mesas,
cadeiras,
guarda-fatos,
armários!
- Que cansativo!- pensou o elfo cuando viu aquilo-.
O elfo,
Segue os rapazes até uma praça onde encontrou outra surpresa,
ainda mais estranha para ele,
os rapazes dedicavam-se a juntar todas aquelas madeiras
e aquelas tralhas em um grande monte no meio da praça.
- Que alto que é este monte!- disse o elfo-.
O elfo já tinha visto suficientes coisas estranhas
e estava preocupado porque via que todos tinham muito trabalho
e ninguém pensava na véspera de são João,
a festa do sol e do céu.
Depois de ver o que eles andavam a fazer,
decide ir ver a Llua que é sábia,
para explicar-lhe tudo o que estava a acontecer na terra.
- Os avós foram procurar ervas!- disse o elfo à lua-.
- Claro.
Toda a gente sabe que as ervas colhidas na noite de são João
têm poderes mágicos.
Por isso é que foram. - respondeu a lua ao elfo-.
Agora o elfo já entendeu tudo.
E as meninas foram buscar água da fonte!- disse o elfo à Lua-.
- Bem fizeram elas,
se lavares a cara na noite de são João terás beleza e saúde
durante todo o ano.
Ainda pra mais a água recolhida esta noite cura as doenças
e as feridas. - respondeu a Lua ao elfo-.
- Ah! Toda a gente da aldeia está muito atarefada misturando ovos,
açúcar e pinhões!- disse o elfo à Lua-.
- Estão a fazer bolos! Na noite de são João deve-se comer bolo.
É uma parte muito importante da festa! -respondeu a Lua ao elfo-.
O elfo pensou que o bolo tinha um muito bom cheiro.
- Muito bem,
mas então o que fazem os meninos da aldeia lá encima a pendurar
papéis de cores?- preguntou o elfo à lua-.
-Penduram festões para enfeitar a praça onde se vai celebrar a festa.
De certeza que vão dançar
á volta da fogueira!- respondeu a Lua ao elfo-.
-Parece-me que não,
porque no meio da praça há um monte altíssimo de madeira e tralha.
Não se pode fazer nada naquela praça! – disse o elfo à Lua-.
A Lua sorri,
pensa que aquele rapazinho ainda tem que aprender muitas coisas.
Esta parte é a parte mais importante da festa.
As pessoas celebram a noite de são João,
a noite mais curta do ano,
uma noite mágica na qual pode acontecer qualquer coisa,
acendem grandes fogueiras.-disse a Lua ao elfo-.
Acendendo fogueiras e a dançar ao redor
protegem-se das desgraças ,
e fazem uma homenagem ao rei do céu,
o Sol,
no dia mais longo do ano.
Elfo: muito estranho! Muito curioso! Muito bonito!
Tradutora e creadora do livro

Autores originais dos contos

Vera Lúcia Moreira Nunes
(estudante de 2n Batxillerato Ins Vilatzara)

Ilustradoras

El gegant del pi (O gigante do pinheiro) : Anónimo.
El Patufet (O patufet): Catovira

Sandra Gubern e Laia Santaulària

Ano de publicação
2014

La nit de Sant Joan (A noite de São João): Xavier Carrasco

Ilustradores:

Colaboradores
Paulo Manuel Moreira Nunes
Ana Lúcia Mendes Moreira Nunes
Manuel Joaquim Moreira Nunes
Juliana Moreira
Tatiana Moreira

Tutor do trabalho
Jesús Arbués

El gegant del pi (o gigante do pinheiro): Jona
La nit de San Joan (A noite de São João): Sebastià Serra

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recopilação de contos populares catalães em leitura fácil

  • 2. Introdução Chamo-me Vera Moreira, tenho 17 anos e actualmente resido em Barcelona onde estou a cursar o décimo segundo ano. Este ano estou a fazer uma pesquisa sobre Leitura Fácil, um método de adaptação de textos para fazer mais acessível informação a todas aquelas pessoas que padecem dificuldades de compreenção leitora. Eu decidí fazer uma tradução ao português i uma adaptação a Leitura Fácil de três contos populares catalães a fim de poder ajudar a todas esas pessoas portuguesas que precisam destes materiais porque em Portugal a Leitura Fácil é inexistente. Decidi traduzir e adaptar estes contos: O patufet, o gigante do pinheiro e a noite de São João porque quero dar a conhecer a cultura catalã aos portugueses. A continuação está a tradução ao português e a adaptação a Leitura Fácil das tres histórias mencionadas anteriormente. Esta sou eu
  • 4. Erase uma vez, um pai e uma mãe que tiveram um filho muito pequeno, tão pequeno como um grão de arroz. Quando ele nasceu os pais dele ficaram muito admirados ao ver que o seu filho era tão pequeno, mas imediatamente começaram a adorá-lo e puseram-lhe o nome de Patufet. Passavam os dias, um detràs do outro, o Patufet começava a andar e a falar, mas não crescia. Sempre foi pequenino como um grão de arroz. Ele era um rapaz muito inquieto e muito trabalhador.
  • 5. Um dia, a mãe do Patufet estava na cozinha a preparar o almoço. Estava a mexer o arroz de coelho que só ela sabia fazer tão bem. Mas, quando ela foi por o açafrão dentro da panela, Apercebeu-se que em casa não havia nem uma migalha de açafrão. - Agora sim que estou feita!- gritou a mãe do Patufet-. O Patufet, quando a ouviu, saltou imediatamente e disse: -Vou agora mesmo compra-lo! A mãe levou as mãos à cabeça e disse: - O que é que estas a dizer meu filho! -Não vês que a gente da rua não te verá e te pisarão!
  • 6. Mas o Patufet que era muito teimoso e resmungão, chorava e batia com os pés no chão. - Não mãe, eu vou a cantar muito alto e assim as pessoas vêem me e não me pisarão fácilmente!- disse o Patufet à sua mãe-. Como o patufet ateimava tanto e a mãe precisava do açafrão, decidiu deixa-lo ir compra o açafrão sozinho, deu-lhe uma moeda e disse: - Vai à loja e pede um pouco de açafrão, mas mantêm te atento para não seres pisado por ninguém. O patufet, pegou na moeda e carregou-a às costas como se levasse a roda de um moinho.
  • 7. O Patufet corre pela rua com a moeda às costas. Como não queria ser pisado por ninguém, cantava bem alto: Patim, patam, patum, Homens e mulheres de cabeça direita, Patim, patam, patum, Não pisem o Patufet, A gente que passava ao seu lado, ficava muito assustada ao ver uma moeda que andava e cantava sozinha. Eles não eram capazes de ver que por baixo daquela moeda havia um menino tão pequeno como um grão de arroz.
  • 8. Cantando, cantando, o Patufet chegou à loja de “Ca la Rojals” e gritou bem forte: - Quero um pouco de açafrão para deitar ao arroz de coelho que a minha mãe está a fazer. Quando a senhora da loja ouviu aquela voz assustou-se. A pobre mulher olhava e voltava a olhar pelos cantos da loja, Mas não conseguia ver o Patufet. O Patufet gritava meio chateado: -Sou eu, o Patufet. Não me está a ver? Estou aqui á tua frente, debaixo do teu nariz, e quero um pouco de açafrão para deitar ao arroz de coelho que a minha mãe está a fazer. A senhora da loja cada vez assustava-se mais, até que ao final ela entendeu que no chão havia uma moeda que dançava sozinha. - Que devia ser aquilo? -pensava a senhora da loja-.
  • 9. A senhora da loja recolheu a moeda, mas por mais tempo que olhasse, não entendia como podia ser que aquela moeda falasse. Enquanto ela baralhava a moeda, o patufet perdia a paciência. Atè que ao final voltou a gritar: - Pode-me dar um pouco de açafrão para deitar ao arroz de coelho que está a fazer a minnha mãe? A senhora assustada pega num papel de açafrão e deixa-o no mesmo lugar onde antes estava a moeda. O forte Patufet carregou o papel às costas e foi pra casa. Pela rua, o patufet cantava bem forte porque nao queria ser pisado: Patim patam patum, Homens e mulheres da rua, Patim patam patum, Não pisem o Patufet. Toda a gente que o ouvia só sabia ver um papel que corria sozinho.
  • 10. A cantar, o papel e o patufet chegaram a casa. Quando a mãe dele o viu são e salvo ficou muito contente. - És muito bom menino- disse a mãe ao Patufet-. O patufet saltava de satisfação por ter ido e vindo são e salvo. De tanta satisfação, acabou por pedir à mãe que lhe deixasse levar o almoço ao seu pai, que estava a trabalhar no campo. - Não vês que és um menino tão pequeno que nem levantar o cesto vais poder?- disse lhe a mãe toda preocupada-. O Patufet pegou no cesto rápidamente e levantou-o com uma só mão. A sua mãe ficou tão impressionada de ver o Patufet tão forte, Que até o deixou ir sozinho. O Patufet carregou o cesto ao pescoço enquanto saía de casa. Tão depressa como esteve fora de casa, o Patufet começou a cantar com medo que alguém o pisasse.
  • 11. Quando o Patufet já tinha feito um bom pedaço de caminho, começou a chover. Como o Patufet não queria molhar o comer do pai, Abrigou-se debaixo de um repolho. Este repolho estava dentro de um campo situado á beira do caminho. Enquanto esperava que deixasse de chover, ouviu um boi a aproximar-se com uma campainha a tocar. O boi que não tinha medo da chuva, pensou que podia comer um bom repolho. Meteu-se no campo e engoliu de uma só vez o repolho, o cesto e o Patufet. Estavam os três rodando pela garganta do boi abaixo. Enquanto que, o seu pai esperava o comer.
  • 12. O pai do Patufet acabou por perder a paciência. Pegou nas ferramentas e foi para casa. Ao chegar a casa foi queixar-se à sua mulher porque ela tinha-se esquecido de lhe levar o comer. A mulher muito preocupada pelo seu filho Patufet, explicou-lhe que quem lhe tinha levado o comer tinha sido o patufet. Ao ouvir isto o pai também ficou preocupado. Os dois saíram á rua para procurar do seu filho. -Patufet, donde estás?- preguntavam eles a gritar-. O patufet não aparecia por lado nenhum, até que chegaram á beira do campo e ouviram uma voz muito fina que respondia: - Na barriga do boi, onde nem neva nem chove!-. Os pais do Patufet mais animados seguiram a gritar: - Patufet, onde estás?
  • 13. E o menino voltava a dizer: -Dentro da barriga do boi, onde nem neva nem chove! -Quando o boi atirar um peido eu vou sair da barriga dele!-. Quando os pais encontraram o do boi, Ele atirou um peido e o pequeno Patufet saiu disparado do rabo do boi. Com isto, os três voltaram felizes para casa, onde iam comer aquele delicioso arroz de coelho que a mãe do Patufet tinha feito com a ajuda dele.
  • 15. Há muitos e muitos anos, vivia numa casa muito grande chamada “El Farell” um agricultor muito alto e gordo. Tinha tanta força, que era conhecido por toda a gente com o nome “Forte Farell”.
  • 16. Um dia, enquanto o forte farell lavrava a terra com um arado e um casal de bois, passou por lá um gigante. Este gigante levantava numa só mão um ferro muito grosso. - Bom dia, bom homem! –comprimentou o gigante ao forte farell-. - Para que lado está Barcelona, por este lado ou por aquele?- preguntou o gigante ao forte farell-. O Forte Forell sem dar muita importância ao gigante e levantando o arado e os bois no ar respondeu: - Barcelona está por ali!-.
  • 17. - Ouve là Forte Farell, como é que tendo tanta força, não a utilizas para tirar o gigante mouro da cidade de Barcelona?- preguntou o gigante ao Forte Farell-. - Não posso, tenho muito trabalho em casa.- Respondeu o Forte Farell-. - Mais trabalho vais ter Quando os mouros destruam as nossas casas. - disse o Gigante-. - Você tem muita razão, vá indo para Barcelona que eu já vou. – Respondeu o Forte Farell-.
  • 18. Depois desta conversa, o Forte Farell volta a casa, deixa o arado e os bois, diz adeus aos seus pais e dirige-se para Barcelona, para lutar contra o gigante mouro! Pelo caminho, passou ao lado de uma grande floresta e pensou: - Sou muito bobo, ando pelo mundo sem um triste pau. Naquele momento arrancou um grosso pinheiro com raiz e tudo. O gigante seguiu o seu caminho para Barcelona com um pinheiro na mão.
  • 19. Os meninos e as meninas das aldeias por onde ele passava, ao ver o Forte Farell tão alto e gordo com um pinheiro na mão como se fosse um bastão, iam atrás dele a cantar: O gigante do pinheiro, Agora dança, Agora dança, O gigante do pinheiro, Agora dança pelo caminho. A partir de este momento, o Forte Farell passou a ser o gigante do pinheiro, porque levava um pinheiro atrás dele.
  • 20. Quando o Gigante do Pinheiro chegou às muralhas de Barcelona, os guardas não o deixaram passar. - ei, ei!-disse o guarda- você tem que pagar por esse pinheiro tão alto que trás. - Este é o meu pau do caminho!- disse o gigante do pinheiro-. - Você não pode entrar na cidade sem o pagar. -Disse o guarda-. - Se não pode entrar pela porta, Vai entrar por cima das muralhas. - Disse o Gigante do Pinheiro-. Quando disse isto, lançou o pinheiro com muita força por cima das muralhas e depois entrou.
  • 21. Quando ja estava dentro da cidade, procurou o gigante mouro que se tinha apoderado de Barcelona e disse-lhe: venho lutar contra ti para salvar Barcelona. O gigante mouro, um homem orgulhoso, ao ver aquele pobre agricultor, que se atrevia a lutar contra ele, começou-se a rir e disse: - Anda rapaz! Primeiro come bem para depois poderes estar á minha altura.
  • 22. Antes da luta, o Gigante mouro oferece ao Gigante do Pinheiro um grande almoço: - um par de vacas assadas, duas dúzias de frangos, oito pratos de salada e vinte copos de vinho. Enquanto o agricultor, muito calmo, despejava os pratos, o Mouro, a rir-se de uma meneira falsa dizia: -come, come que pouco tempo vais comer. Da pancada que eu te vou dar durante a luta vais ficar esmagado.
  • 23. Quando o Gigante do Pinheiro acabou de almoçar, a luta começou e toda a gente da cidade, pequenos e grandes, foram ver esta luta porque não se via todos os dias uma luta de gigantes. Durante a luta, O Gigante do Pinheiro não deixava o gigante da cidade o tocar, por mais que ele não parasse de tentar dar-lhe socos. Separaram-se duas vezes para voltar a começar a luta. O Gigante do Pinheiro, pegou no gigante Mouro e lançou-o por cima dos telhados, com tanta força, que o gigante mouro caiu esmagado ao outro lado das muralhas da cidade de Barcelona.
  • 24. Quando se soube que o Gigante do Pinheiro, era o ganhador desta luta, homens e mulheres, pequenos e grandes, rodearam o Gigante do Pinheiro e cantaram: O gigante do pinheiro, agora dança, agora dança. O gigante do pinheiro, agora dança pelo caminho. O gigante da cidade, Agora dança, agora dança, O gigante da cidade, agora dança por cima dos telhados. Desta maneira surgiu a canção que toda a gente da tua cidade, do teu povo ou da tua aldeia canta quando passa o Gigante do Pinheiro.
  • 26. Chegou a véspera de São João, que é o santo dia do sol, a maior festa do céu. Há algumas semanas que o dia se esta a tornar mais e mais longo, e também começa a fazer muito calor. O sol quer saber se as pessoas estão devidamente preparadas para um dia tão importante como o dia de São João. O sol manda há terra um elfo para comprovar que todas as pessoas estão preparadas para este dia.
  • 27. O elfo chega a uma aldeia de campo e aproxima-se a uma fazenda. :Quero ver como se preparão os avós de esta casa para a festa. Já se sabe que os avós têm mais cabeça. -disse o elfo-. O elfo percebe que os avós daquela casa não estavam em casa, tinham ido ao campo para procurar ervas. -Que estranho!- pensou o elfo-. Então pensou que era melhor ir ver as meninas da casa, mas não as encontrou, porque elas tinham ido á fonte em busca de água. Muito curioso!-disse o elfo-.
  • 28. Não estão em casa nem os avós nem as meninas. - Talvez seja melhor eu ir atè á aldeia- pensou o elfo-. O elfo chega ao forno e quer ver como eles se preparam para a festa. Ele vê que lá há muita gente que em vez de fazer festa está muito atarefada. Também vê muitos ovos, farinha, açúcar, nozes, frutas cristalizadas. - Que fome!- disse o elfo depois de ver aqueles alimentos-.
  • 29. O elfo saiu à rua à procura dos meninos. - Estes meninos estão sempre preparados para jogar e fazer festa. - pensou o elfo-. Mas, O elfo observa que os meninos nem correm para cima nem para baixo, nem saltam, nem se perseguem como de costume senão que estão a pendurar galhardas de bandeiras e papéis de cores. - Que bonito!- pensou o elfo depois de ver o que eles andavam a fazer-.
  • 30. Depois de ver o que toda a gente anda a fazer, o elfo começa a pensar que a festa não interessa a ninguém. - Ai quando o sol souber disto! Em vez de estar a preparar a festa, toda a gente está atarefada. - disse o elfo-. O elfo vai ver o que andão a fazer os rapazes, eles são inteligentes, de certeza que sabem o que têm que fazer neste dia. Mas eles só entram e saem das casas carregados com muitas coisas: mesas, cadeiras, guarda-fatos, armários! - Que cansativo!- pensou o elfo cuando viu aquilo-.
  • 31. O elfo, Segue os rapazes até uma praça onde encontrou outra surpresa, ainda mais estranha para ele, os rapazes dedicavam-se a juntar todas aquelas madeiras e aquelas tralhas em um grande monte no meio da praça. - Que alto que é este monte!- disse o elfo-. O elfo já tinha visto suficientes coisas estranhas e estava preocupado porque via que todos tinham muito trabalho e ninguém pensava na véspera de são João, a festa do sol e do céu.
  • 32. Depois de ver o que eles andavam a fazer, decide ir ver a Llua que é sábia, para explicar-lhe tudo o que estava a acontecer na terra. - Os avós foram procurar ervas!- disse o elfo à lua-. - Claro. Toda a gente sabe que as ervas colhidas na noite de são João têm poderes mágicos. Por isso é que foram. - respondeu a lua ao elfo-. Agora o elfo já entendeu tudo.
  • 33. E as meninas foram buscar água da fonte!- disse o elfo à Lua-. - Bem fizeram elas, se lavares a cara na noite de são João terás beleza e saúde durante todo o ano. Ainda pra mais a água recolhida esta noite cura as doenças e as feridas. - respondeu a Lua ao elfo-. - Ah! Toda a gente da aldeia está muito atarefada misturando ovos, açúcar e pinhões!- disse o elfo à Lua-. - Estão a fazer bolos! Na noite de são João deve-se comer bolo. É uma parte muito importante da festa! -respondeu a Lua ao elfo-. O elfo pensou que o bolo tinha um muito bom cheiro.
  • 34. - Muito bem, mas então o que fazem os meninos da aldeia lá encima a pendurar papéis de cores?- preguntou o elfo à lua-. -Penduram festões para enfeitar a praça onde se vai celebrar a festa. De certeza que vão dançar á volta da fogueira!- respondeu a Lua ao elfo-. -Parece-me que não, porque no meio da praça há um monte altíssimo de madeira e tralha. Não se pode fazer nada naquela praça! – disse o elfo à Lua-.
  • 35. A Lua sorri, pensa que aquele rapazinho ainda tem que aprender muitas coisas. Esta parte é a parte mais importante da festa. As pessoas celebram a noite de são João, a noite mais curta do ano, uma noite mágica na qual pode acontecer qualquer coisa, acendem grandes fogueiras.-disse a Lua ao elfo-. Acendendo fogueiras e a dançar ao redor protegem-se das desgraças , e fazem uma homenagem ao rei do céu, o Sol, no dia mais longo do ano. Elfo: muito estranho! Muito curioso! Muito bonito!
  • 36. Tradutora e creadora do livro Autores originais dos contos Vera Lúcia Moreira Nunes (estudante de 2n Batxillerato Ins Vilatzara) Ilustradoras El gegant del pi (O gigante do pinheiro) : Anónimo. El Patufet (O patufet): Catovira Sandra Gubern e Laia Santaulària Ano de publicação 2014 La nit de Sant Joan (A noite de São João): Xavier Carrasco Ilustradores: Colaboradores Paulo Manuel Moreira Nunes Ana Lúcia Mendes Moreira Nunes Manuel Joaquim Moreira Nunes Juliana Moreira Tatiana Moreira Tutor do trabalho Jesús Arbués El gegant del pi (o gigante do pinheiro): Jona La nit de San Joan (A noite de São João): Sebastià Serra