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Governação dos Portos
Modelos Alternativos




               Seminário Transporte Marítimo

                  Transportes e Negócios

                Porto, 22 de Março de 2012




                                   Vítor Caldeirinha
Questões Prévias



● Os portos devem servir a economia, as exportações, os seus clientes

● É fundamental a autonomia, a proximidade e a inteligência regional na ação dos portos

● O que está em causa no modelo de governação é o aumento da colaboração/
  coordenação entre autoridades portuárias públicas - pensar global e agir localmente

● Os portos têm vindo a ter uma evolução financeira positiva nos últimos 20 anos e Leixões
  é um bom exemplo: produtivo, rentável e dinâmico, apesar da concorrência espanhola e
  das limitações urbanas à expansão. Podem alavancar mais a economia?

● É compreensível o receio do centralismo

● Esta é uma análise técnica da questão e das alternativas
Todos os portos tiveram bons resultados financeiros e
operacionais em 2010
(Fonte: DGT)




        Nota: As receitas das áreas dominiais podem distorcer alguns resultados portuários, como no caso da APL
Índice




   1. Objetivos dos portos

   2. Evolução do conceito de porto

   3. Portos que colaboram

   4. Porquê repensar tudo agora?

   5. Critérios de escolha do modelo

   6. Modelos alternativos

   7. Conclusões
Objetivos dos portos


     Por nível geográfico



                            Pólo de desenvolvimento industrial e logístico
Nível local e regional      atraindo investimento nacional e internacional



                            Apoio às exportações
   Nível nacional           Criação de valor e emprego no País, alavancar a economia,
                            sendo mais competitivos



                            Centro de distribuição internacional, trânsito para Espanha e
 Nível internacional        transhipment intermédio entre continentes e o Norte da
                            Europa
Nota: Quem são os concorrentes dos nossos portos?



● Os novos destinos das nossas exportações na América, África, Ásia, Índia carecem
  escalas em hubs terceiros que encarem as exportações portuguesas com custos feeder
  (Sines é exceção)

● Empresas de diversos países e continentes concorrem cada vez mais com as nossas
  nesses novos mercados

● Os portos portugueses têm que ser tão ou mais competitivos que os portos desses
  países concorrentes a nível global, para que as empresas portuguesas também sejam

● Logo os concorrentes dos portos portugueses são cada vez mais os portos que servem
  as empresas concorrentes dos exportadores portugueses no mundo

● A comparação deve ser realizada entre os nossos portos e os portos desses países
  (Alemanha, Holanda, Turquia, Itália, Espanha, México, China, Marrocos)
Objetivos dos portos


     Ao nível do porto



                         Sustentabilidade financeira com eficiência quando
     Eficiência          comparado com portos concorrentes (Europa, etc.)




   Produtividade         Eficácia do serviço prestado na satisfação dos clientes




    Integração           Foco total nas redes logísticas terrestres e marítimas globais



                         Gestão, infraestruturas, acessibilidades marítimas e
   Modernidade           terrestres e serviços marítimos modernos e adequados
Objetivos dos portos


 Nível da autoridade portuária



                                 Reduzir o custo por tonelada
  Competitividade                Reduzir a receitas por tonelada (Preço unitário baixo)



                                 Tender para o equilíbrio financeiro a médio e longo prazo
  Sustentabilidade               Investir com retorno financeiro equilibrado


                                 Aumentar o volume de mercadorias
    Operacional                  Aumentar o volume de vendas
                                 Aumentar o valor da carga movimentada

                                 Reduzir o peso dos custos com pessoal
       Pessoal                   Aumentar o movimento em toneladas por empregado
                                 Aumentar o valor da carga movimentada por empregado
O conceito de porto tem evoluído muito nos últimos anos

  Foco no porto                     Foco no hinterland alargado e no foreland

 Portos nos anos
     70 e 80                  Portos atuais                  Portos no futuro

                                                                       Vigo Ferrol Santander Bilbao

                                                                       ●         ●

                                                                                                            ●

       ●Leixões                      ●Leixões                                             ●
                                                              ●Leixões           ●        ●
                                                                                          Madrid
       ●Aveiro                       ●Aveiro                  ●Aveiro                     ●


                                                              ●Lisboa                                 ●
       ●Lisboa                       ●Lisboa                  ●Setúbal                                ●
                                                >
       ●Setúbal                      ●Setúbal                 ●Sines
                                                                                          ●
       ●Sines                        ●Sines                                               Algeciras Valência Barcelona




 Gestão Autónoma dos portos (2 grandes regiões)        Coordenação estratégica na logística
Comparação Portugal e Espanha
                         500
                         450
                         400
  Milhões de Toneladas




                         350
                         300
                         250                                                    Portugal

                         200                                                    Espanha

                         150
                         100
                         50
                          0
                               2001                            2011

                                                        5000
                                                        4500
                                                        4000
                                                        3500
                                      Milhares de TEU




                                                        3000
                                                        2500                                                                2001

                                                        2000                                                                2011

                                                        1500
                                                        1000
                                                        500
                                                          0
                                                                  Lisboa   Leixões   Sines   Algeciras Barcelona Valência
Razões para a aproximação que se verifica entre portos no mundo
(ver livro “Ports in Proximity” de Theo Notteboom de 2009)

        Razões                                         Descrição


                        ● Economias de escala administrativas e outras
   Massa crítica        ● Sinergias diversas (conhecimentos, complementaridades)
                        ● Partilha de recursos comuns


                        ●   Juntar forças contra concorrentes comuns
                        ●   Juntar forças para penetrar nos hinterlands dos concorrentes
    Concorrência        ●   Atrair linhas regulares em detrimento dos concorrentes
                        ●   Partilhar os hinterlands e os forelands


                        ● Harmonização de procedimentos
   Harmonização         ● Harmonização de regras
                        ● Partilha de Sistemas de Informação


                        ●   Obtenção de financiamentos
 coordenação das        ●   Planeamento de acessibilidades e infraestruturas comuns
                        ●   Acordos de especialização de recursos
   estratégias          ●   Coordenação das estratégias de desenvolvimento, comercial e
                            marketing
A colaboração entre portos tem aumentado
(ver livro “Ports in Proximity”, pags. 164 e 193)

     Tipo de Colaboração                                   Exemplos

                           ● Leixões e Aveiro no Corredor E-80
                           ● San Pedro Bay Ports, Algeciras/Tanger Med, Liguria Ports no
 Colaboração em              marketing e infraestrutura; NY/NJ PA e Albany PA no multimodal;
 projetos isolados           New Orleans e Lower Mississippi Ports no Marketing; Shanghai e
                             portos do Yangtze; Port of Stockholm, Sodertalje e Malarhamnar na
                             estratégia conjunta

                           ● Haropa (no marketing e desenvolvimento, muito formalizada e com
     Corpos                  pessoal próprio dedicado – 50 pessoas oriundas das APs)
                           ● Comissão dos Portos Flamengos, Autoridade Marítima de Malta,
 autónomos, com              BremenPorts, Campania Ports (marketing, financiamento, logística e
funções limitadas            infraestruturas)
                           ● Assoc. Portos de Portugal, na JUP e relação com os portos da CPLP

                           ●   Queensland Port Corporation (Austrália), Índia, África do Sul
     Autoridades           ●   Portos da Baixa Saxónia na Alemanha (Emden, etc.)
 portuárias nacionais      ●   Georgia and South Carolina PA (EUA)
     ou regionais          ●   Associated British Ports e PD Ports (portos privados, AP comum, UK)
                           ●   Em análise na Bélgica (Zeebrugge, Antuérpia, Ghent, Ostend)
                           ● Copenhaga e Malmo
   Fusão de Portos
                           ● New York e New Jersey PA; Vancouver Fraser PA
      próximos             ● Outros exemplos (ver gráfico seguinte)
Número de portos por autoridade portuária na Europa
Fonte: ESPO



     1 porto – 62%




     2 portos – 15%




 3 ou mais portos – 23%
Possíveis razões da intensificação da colaboração entre os
portos nacionais

       Vantagens                                     Descrição

                       ●   Economias de escala administrativas
                       ●   Obter mais financiamentos
   Massa crítica       ●   Sinergias e redução de custos
                       ●   Partilha de recursos comuns

                       ● Juntar forças contra concorrentes comuns
                       ● Juntar forças para penetrar no hinterland espanhol (aprofundar o
    Concorrência         exemplo de Leixões e Aveiro no corredor E80)
                       ● Atrair linhas regulares de grandes navios em detrimento de Espanha
                       ● Ter uma estratégia comercial comum na CPLP

                       ● Partilhar sistemas de informação
   Harmonização        ● Harmonizar procedimentos
                       ● Normalizar regras e regulamentos


                       ● Pensar os investimentos públicos em conjunto e não duplicar
 Coordenação das       ● Pensar as acessibilidades e redes no hinterland em conjunto
                       ● Coordenar as estratégia de desenvolvimento, comercial e marketing
   estratégias           em conjunto
Porquê repensar tudo agora?

        Drivers               Atores                      Descrição



                                               Temos que “melhorar o modelo de
      Crise
                            Governo            gestão do sistema de portos”
 Económica/Troika                              Memo com a Troika ponto 5.25


                                               As empresas exportadoras têm
                                               que ser mais competitivas no
                                               mercado global.
  Exportações               Indústria          Os portos têm que ser mais
                                               competitivos que os que servem
                                               as empresas concorrentes.

                                               Os portos são a economia mais
                                               visível do mar e devem alavancar
     Mar de           População, políticos e
                                               mais a economia (ligando melhor e
  Oportunidades            empresas            de forma mais barata à China,
                                               CPLP, etc).
Critérios de escolha do modelo
(Equilíbrio proximidade e coordenação)
        Critério                               Sub-critério

                          ●   Proximidade à Comunidade local
                          ●   Preocupação com o porto e as necessidades da região
   Proximidade            ●   Proximidade ao poder local e autarquias
                          ●   Acompanhamento local e aproveitar a inteligência regional
                          ●   Evitar risco de centralismo


                          ●   Flexibilidade e agilidade local
                          ●   Rapidez de Resposta local
     Agilidade            ●   Flexibilidade comercial nas taxas
                          ●   Fomentar a inovação e a iniciativa

                          ●   Autonomia financeira e para investir
                          ●   Autonomia para decidir questões operacionais
    Autonomia             ●   Autonomia para decidir questões comerciais
                          ●   Diferenciação de portos e sua marcas

                          ●    Reduzir eventuais custos de mudança e respetivos efeitos na
  Minimização dos              produtividade e na atividade
 custos de mudança        ●    Faseamento da mudança
                          ●    Facilitar a Mudança
Critérios de escolha do modelo
(Equilíbrio proximidade e coordenação)
        Critério                                Sub-critério

    Co-opetition:
                          ●   Concorrência entre terminais e cadeias logísticas
   Concorrência e         ●   Concorrência e Cooperação entre Portos
    Cooperação

                          ●   Não fragmentação e peso negocial
                          ●   Economias de escala
  Massa crítica           ●   Redução de custos
                          ●   Partilha de recursos comuns
                          ●   Sinergias entre Administrações Portuárias


                          ●   Harmonização de normas, regras e procedimentos
   Harmonização           ●   Partilha de sistemas de Informação Comuns


                          ●   Coordenação de políticas de investimento público
                          ●   Evitar duplicação de investimentos públicos
 Estratégia comum         ●   Definição e respeito pelas prioridades nacionais
                          ●   Estratégia de Desenvolvimento e Marketing comum
Funções de cada ator

         Área             Estado         Regulador           APs            Terminais



                                                         Estratégia,
                                         Garantir a
                        Política,                         gestão do         Gestão do
   Governação            visão
                                            livre
                                                            porto,           terminal
                                        concorrência
                                                         concessões


                        Molhes de
                                                           Infraestru-
                         proteção,                                         Equipamento,
                                                         turas, acessos
                       dragagens de                                          edifícios,
    Investimento       1º estabeleci-
                                                         internos, cais,
                                         Depende do       terraplenos,
                          mento,        modelo do País                     ou infraestru-
                                                          serviços não
                          acessos                                            turas (em
                                                            privados,
                       terrestres ao                                            BOT)
                                                          manutenção
                           porto
Modelos Alternativos
                                                      Tutela
       Modelo atual
                                               IMT/IPTM

   7 Autoridades
     Portuárias        Leixões        Aveiro          Lisboa       Setúbal         Sines


                        Viana         F. Foz



   Autonomia,
    agilidade e
                       Possibilidade de aprofundar a colaboração neste modelo:
   proximidade         ● Aumentar a cooperação pontual em certos projetos?
                       ● Aprofundar o conceito de cooperação na Associação dos Portos de
                         Portugal ? Passar a empresa de recursos partilhados?
                       ● Criar um agrupamento de empresas tipo HAROPA no modelo atual,
                         com 50 pessoas, com funções de desenvolvimento e marketing e
   Falta de massa        serviços partilhados (estratégia botton up)?
                       ● Criar um organismo central tipo Puertos del Estado que coordene a
crítica, coordenação     política? O IMT pode fazer esse papel com força, meios e
  e harmonização         conhecimentos?
Tutela
Modelos Alternativos

      Fusão em 3 ou 2 APs
                                                                IMT


 3 ou 2 Autoridades
     Portuárias                              Leixões, Viana e
                                                                         Lisboa e Setúbal        Sines e Algarve
                                              Aveiro e F. Foz
                                                  Norte e Centro             Região de Lisboa                     Sul


      Autonomia,
                                                                               Tutela
       agilidade e
      proximidade


                                                                   IMT
     Massa crítica,
     coordenação e
     harmonização
                                                         Leixões, Viana e                Lisboa, Setúbal,
Alternativa: o mesmo C.A. em vários portos                Aveiro e F. Foz                Sines e Algarve
numa primeira fase                                                          Norte                           Sul
Tutela

  Modelos Alternativos

           1 PP + 3 ou 2 APs
                                                                    IMT



         1PP + 3 ou 2                                                      Portos de
         Autoridades                                                       Portugal
          Portuárias
                                                 Leixões, Viana e             Lisboa e               Sines e
                                                  Aveiro e F. Foz             Setúbal                Algarve
                                                     Norte e Centro           Região de Lisboa                 Sul
         Autonomia,
          agilidade e                                                          Tutela
         proximidade

                                                                      IMT
        Massa crítica,
        coordenação e
        harmonização                                                      Portos de Portugal


Possibilidade das autarquias, comunidade
                                                            Leixões, Viana e          Lisboa, Setúbal, Sines
portuária e/ou clientes participarem na gestão
                                                             Aveiro e F. Foz                e Algarve
                                                                       Norte                         Sul
Possíveis tipologias da “Portos de Portugal”

          Estatuto                                  Funções

                             Coordenação estatal e central:
  Tipo “Puertos del          ● Estudos gerais
  Estado” (Madrid)           ● Estratégia geral
                             (Mais forte que IPTM)

                             Coordenação vertical empresarial:
                             ● Grandes obras, estratégia e desenvolvimento
       Holding               ● Sistemas de informação
                             ● Recursos humanos e financeiros,
                             ● Serviços jurídicos e marketing

                             Rotação do PCA das Aps e domínio dos portos:
    Tipo “HAROPA”            ● Estratégia e desenvolvimento
 (Paris, Rouen e Le Havre)   ● Comercial e marketing


                             Evolução da Assoc. Portos de Portugal, dominada pelos portos:
 Serviços de recursos        ● Serviços comuns de Sistemas de informação
 comuns partilhados          ● Serviços comuns de Recursos humanos e jurídicos
                             ● Marca “Portos de Portugal” e serviços comuns de marketing
Modelos Alternativos
                                                                Tutela
      AP única nacional:
 1 PP + 5 ou 3 Direções-gerais
                                                          IMT

1 Autoridades Portuária                           Portos de Portugal
            +
 5 ou 3 Direções-gerais
                                 Leixões e     Aveiro e
                                                                Lisboa               Sines e
                                   Viana        F. Foz                   Setúbal
                                                                                     Algarve


     Autonomia,
      agilidade e                                          Tutela
     proximidade
                                                  IMT

   Massa crítica,
   coordenação e                               Portos de Portugal
   harmonização
                                  Leixões,
                                   Viana,
                                                          Lisboa e         Sines e
                                 Aveiro e F.              Setúbal          Algarve
                                    Foz
Visão geral da alternativas e critérios

                                                   Modelos Alternativos (nº de administradores)

       Critérios de escolha   Atual(15)   3AP(9)      2AP(6)      PP+3AP(10)     PP+2AP(7)        1AP(7)   1AP(5)



 Proximidade

 Agilidade
                               Manter?

 Autonomia

                                + Coordenação no
 Menores custos de mudança                                     SOLUÇÃO ?
                                  modelo atual?

 Concorrência e Cooperação

 Massa Crítica

 Harmonização
                                           Evolução radical ou gradual do modelo ?
 Estratégia Comum
Citações:

Os políticos portuários devem prestar especial atenção ao equilíbrio entre a
integração organizacional e outras dimensão de proximidade (local). As autoridades
portuárias possuem vantagens relacionadas com a proximidade cognitiva e social
cara-a-cara com os atores dos portos.
Peter Hall e Wouter Jacobs, em “Ports in Proximity”, 2009

No Japão (e face à concorrência na Ásia), é melhor que os portos procurem criar
redes logísticas integradas em regiões alargadas, que fazer investimentos
concorrentes e lutar por carga. Quem são os concorrentes?
Masato Shinohara, em “Ports in Proximity”, 2009

Os políticos portuários da Coreia devem passar de uma estratégia de “dois portos
hub” para uma estratégia de “duas regiões/sistemas de portos integrados”.
Sung-Woo Lee e Geun-Sub Kim, em “Ports in Proximity”, 2009



Para haver uma "sociedade aberta e dinâmica", deve utilizar-se o "princípio da
subsidiariedade”, princípio que permite que a cada um seja conferido o maior
poder possível na sua livre iniciativa, que possa ter o efeito de contágio
positivo mais amplo que soubermos congregar“
PM, Universidade do Porto, 16 de Março de 2012
Conclusões

   1. A evolução do conceito de porto e a crescente concorrência tem implicado
      maior colaboração entre portos em todo o mundo

   2. Os objetivos dos portos e da economia portuguesa implicam que os portos
      consigam ser mais competitivos e eficientes e alavanquem a economia

   3. Principais áreas de colaboração: sistemas de informação, partilha de
      recursos, estratégia, investimentos, marketing, alargamento do hinterland
      para Espanha e do foreland na CPLP

   4. Este momento é ideal para se refletir sobre como melhorar a colaboração e
      coordenação entre portos e de que forma

   5. Procurei mostrar um panorama sobre a questão e pistas.
   Ao Governo competirá essa decisão.
   Aos senhores compete refletir, discutir e influenciar, para que os nossos filhos
   e netos um futuro melhor.

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Modelos de colaboração entre portos

  • 1. Governação dos Portos Modelos Alternativos Seminário Transporte Marítimo Transportes e Negócios Porto, 22 de Março de 2012 Vítor Caldeirinha
  • 2. Questões Prévias ● Os portos devem servir a economia, as exportações, os seus clientes ● É fundamental a autonomia, a proximidade e a inteligência regional na ação dos portos ● O que está em causa no modelo de governação é o aumento da colaboração/ coordenação entre autoridades portuárias públicas - pensar global e agir localmente ● Os portos têm vindo a ter uma evolução financeira positiva nos últimos 20 anos e Leixões é um bom exemplo: produtivo, rentável e dinâmico, apesar da concorrência espanhola e das limitações urbanas à expansão. Podem alavancar mais a economia? ● É compreensível o receio do centralismo ● Esta é uma análise técnica da questão e das alternativas
  • 3. Todos os portos tiveram bons resultados financeiros e operacionais em 2010 (Fonte: DGT) Nota: As receitas das áreas dominiais podem distorcer alguns resultados portuários, como no caso da APL
  • 4. Índice 1. Objetivos dos portos 2. Evolução do conceito de porto 3. Portos que colaboram 4. Porquê repensar tudo agora? 5. Critérios de escolha do modelo 6. Modelos alternativos 7. Conclusões
  • 5. Objetivos dos portos Por nível geográfico Pólo de desenvolvimento industrial e logístico Nível local e regional atraindo investimento nacional e internacional Apoio às exportações Nível nacional Criação de valor e emprego no País, alavancar a economia, sendo mais competitivos Centro de distribuição internacional, trânsito para Espanha e Nível internacional transhipment intermédio entre continentes e o Norte da Europa
  • 6. Nota: Quem são os concorrentes dos nossos portos? ● Os novos destinos das nossas exportações na América, África, Ásia, Índia carecem escalas em hubs terceiros que encarem as exportações portuguesas com custos feeder (Sines é exceção) ● Empresas de diversos países e continentes concorrem cada vez mais com as nossas nesses novos mercados ● Os portos portugueses têm que ser tão ou mais competitivos que os portos desses países concorrentes a nível global, para que as empresas portuguesas também sejam ● Logo os concorrentes dos portos portugueses são cada vez mais os portos que servem as empresas concorrentes dos exportadores portugueses no mundo ● A comparação deve ser realizada entre os nossos portos e os portos desses países (Alemanha, Holanda, Turquia, Itália, Espanha, México, China, Marrocos)
  • 7. Objetivos dos portos Ao nível do porto Sustentabilidade financeira com eficiência quando Eficiência comparado com portos concorrentes (Europa, etc.) Produtividade Eficácia do serviço prestado na satisfação dos clientes Integração Foco total nas redes logísticas terrestres e marítimas globais Gestão, infraestruturas, acessibilidades marítimas e Modernidade terrestres e serviços marítimos modernos e adequados
  • 8. Objetivos dos portos Nível da autoridade portuária Reduzir o custo por tonelada Competitividade Reduzir a receitas por tonelada (Preço unitário baixo) Tender para o equilíbrio financeiro a médio e longo prazo Sustentabilidade Investir com retorno financeiro equilibrado Aumentar o volume de mercadorias Operacional Aumentar o volume de vendas Aumentar o valor da carga movimentada Reduzir o peso dos custos com pessoal Pessoal Aumentar o movimento em toneladas por empregado Aumentar o valor da carga movimentada por empregado
  • 9. O conceito de porto tem evoluído muito nos últimos anos Foco no porto Foco no hinterland alargado e no foreland Portos nos anos 70 e 80 Portos atuais Portos no futuro Vigo Ferrol Santander Bilbao ● ● ● ●Leixões ●Leixões ● ●Leixões ● ● Madrid ●Aveiro ●Aveiro ●Aveiro ● ●Lisboa ● ●Lisboa ●Lisboa ●Setúbal ● > ●Setúbal ●Setúbal ●Sines ● ●Sines ●Sines Algeciras Valência Barcelona Gestão Autónoma dos portos (2 grandes regiões) Coordenação estratégica na logística
  • 10. Comparação Portugal e Espanha 500 450 400 Milhões de Toneladas 350 300 250 Portugal 200 Espanha 150 100 50 0 2001 2011 5000 4500 4000 3500 Milhares de TEU 3000 2500 2001 2000 2011 1500 1000 500 0 Lisboa Leixões Sines Algeciras Barcelona Valência
  • 11. Razões para a aproximação que se verifica entre portos no mundo (ver livro “Ports in Proximity” de Theo Notteboom de 2009) Razões Descrição ● Economias de escala administrativas e outras Massa crítica ● Sinergias diversas (conhecimentos, complementaridades) ● Partilha de recursos comuns ● Juntar forças contra concorrentes comuns ● Juntar forças para penetrar nos hinterlands dos concorrentes Concorrência ● Atrair linhas regulares em detrimento dos concorrentes ● Partilhar os hinterlands e os forelands ● Harmonização de procedimentos Harmonização ● Harmonização de regras ● Partilha de Sistemas de Informação ● Obtenção de financiamentos coordenação das ● Planeamento de acessibilidades e infraestruturas comuns ● Acordos de especialização de recursos estratégias ● Coordenação das estratégias de desenvolvimento, comercial e marketing
  • 12. A colaboração entre portos tem aumentado (ver livro “Ports in Proximity”, pags. 164 e 193) Tipo de Colaboração Exemplos ● Leixões e Aveiro no Corredor E-80 ● San Pedro Bay Ports, Algeciras/Tanger Med, Liguria Ports no Colaboração em marketing e infraestrutura; NY/NJ PA e Albany PA no multimodal; projetos isolados New Orleans e Lower Mississippi Ports no Marketing; Shanghai e portos do Yangtze; Port of Stockholm, Sodertalje e Malarhamnar na estratégia conjunta ● Haropa (no marketing e desenvolvimento, muito formalizada e com Corpos pessoal próprio dedicado – 50 pessoas oriundas das APs) ● Comissão dos Portos Flamengos, Autoridade Marítima de Malta, autónomos, com BremenPorts, Campania Ports (marketing, financiamento, logística e funções limitadas infraestruturas) ● Assoc. Portos de Portugal, na JUP e relação com os portos da CPLP ● Queensland Port Corporation (Austrália), Índia, África do Sul Autoridades ● Portos da Baixa Saxónia na Alemanha (Emden, etc.) portuárias nacionais ● Georgia and South Carolina PA (EUA) ou regionais ● Associated British Ports e PD Ports (portos privados, AP comum, UK) ● Em análise na Bélgica (Zeebrugge, Antuérpia, Ghent, Ostend) ● Copenhaga e Malmo Fusão de Portos ● New York e New Jersey PA; Vancouver Fraser PA próximos ● Outros exemplos (ver gráfico seguinte)
  • 13. Número de portos por autoridade portuária na Europa Fonte: ESPO 1 porto – 62% 2 portos – 15% 3 ou mais portos – 23%
  • 14. Possíveis razões da intensificação da colaboração entre os portos nacionais Vantagens Descrição ● Economias de escala administrativas ● Obter mais financiamentos Massa crítica ● Sinergias e redução de custos ● Partilha de recursos comuns ● Juntar forças contra concorrentes comuns ● Juntar forças para penetrar no hinterland espanhol (aprofundar o Concorrência exemplo de Leixões e Aveiro no corredor E80) ● Atrair linhas regulares de grandes navios em detrimento de Espanha ● Ter uma estratégia comercial comum na CPLP ● Partilhar sistemas de informação Harmonização ● Harmonizar procedimentos ● Normalizar regras e regulamentos ● Pensar os investimentos públicos em conjunto e não duplicar Coordenação das ● Pensar as acessibilidades e redes no hinterland em conjunto ● Coordenar as estratégia de desenvolvimento, comercial e marketing estratégias em conjunto
  • 15. Porquê repensar tudo agora? Drivers Atores Descrição Temos que “melhorar o modelo de Crise Governo gestão do sistema de portos” Económica/Troika Memo com a Troika ponto 5.25 As empresas exportadoras têm que ser mais competitivas no mercado global. Exportações Indústria Os portos têm que ser mais competitivos que os que servem as empresas concorrentes. Os portos são a economia mais visível do mar e devem alavancar Mar de População, políticos e mais a economia (ligando melhor e Oportunidades empresas de forma mais barata à China, CPLP, etc).
  • 16. Critérios de escolha do modelo (Equilíbrio proximidade e coordenação) Critério Sub-critério ● Proximidade à Comunidade local ● Preocupação com o porto e as necessidades da região Proximidade ● Proximidade ao poder local e autarquias ● Acompanhamento local e aproveitar a inteligência regional ● Evitar risco de centralismo ● Flexibilidade e agilidade local ● Rapidez de Resposta local Agilidade ● Flexibilidade comercial nas taxas ● Fomentar a inovação e a iniciativa ● Autonomia financeira e para investir ● Autonomia para decidir questões operacionais Autonomia ● Autonomia para decidir questões comerciais ● Diferenciação de portos e sua marcas ● Reduzir eventuais custos de mudança e respetivos efeitos na Minimização dos produtividade e na atividade custos de mudança ● Faseamento da mudança ● Facilitar a Mudança
  • 17. Critérios de escolha do modelo (Equilíbrio proximidade e coordenação) Critério Sub-critério Co-opetition: ● Concorrência entre terminais e cadeias logísticas Concorrência e ● Concorrência e Cooperação entre Portos Cooperação ● Não fragmentação e peso negocial ● Economias de escala Massa crítica ● Redução de custos ● Partilha de recursos comuns ● Sinergias entre Administrações Portuárias ● Harmonização de normas, regras e procedimentos Harmonização ● Partilha de sistemas de Informação Comuns ● Coordenação de políticas de investimento público ● Evitar duplicação de investimentos públicos Estratégia comum ● Definição e respeito pelas prioridades nacionais ● Estratégia de Desenvolvimento e Marketing comum
  • 18. Funções de cada ator Área Estado Regulador APs Terminais Estratégia, Garantir a Política, gestão do Gestão do Governação visão livre porto, terminal concorrência concessões Molhes de Infraestru- proteção, Equipamento, turas, acessos dragagens de edifícios, Investimento 1º estabeleci- internos, cais, Depende do terraplenos, mento, modelo do País ou infraestru- serviços não acessos turas (em privados, terrestres ao BOT) manutenção porto
  • 19. Modelos Alternativos Tutela Modelo atual IMT/IPTM 7 Autoridades Portuárias Leixões Aveiro Lisboa Setúbal Sines Viana F. Foz Autonomia, agilidade e Possibilidade de aprofundar a colaboração neste modelo: proximidade ● Aumentar a cooperação pontual em certos projetos? ● Aprofundar o conceito de cooperação na Associação dos Portos de Portugal ? Passar a empresa de recursos partilhados? ● Criar um agrupamento de empresas tipo HAROPA no modelo atual, com 50 pessoas, com funções de desenvolvimento e marketing e Falta de massa serviços partilhados (estratégia botton up)? ● Criar um organismo central tipo Puertos del Estado que coordene a crítica, coordenação política? O IMT pode fazer esse papel com força, meios e e harmonização conhecimentos?
  • 20. Tutela Modelos Alternativos Fusão em 3 ou 2 APs IMT 3 ou 2 Autoridades Portuárias Leixões, Viana e Lisboa e Setúbal Sines e Algarve Aveiro e F. Foz Norte e Centro Região de Lisboa Sul Autonomia, Tutela agilidade e proximidade IMT Massa crítica, coordenação e harmonização Leixões, Viana e Lisboa, Setúbal, Alternativa: o mesmo C.A. em vários portos Aveiro e F. Foz Sines e Algarve numa primeira fase Norte Sul
  • 21. Tutela Modelos Alternativos 1 PP + 3 ou 2 APs IMT 1PP + 3 ou 2 Portos de Autoridades Portugal Portuárias Leixões, Viana e Lisboa e Sines e Aveiro e F. Foz Setúbal Algarve Norte e Centro Região de Lisboa Sul Autonomia, agilidade e Tutela proximidade IMT Massa crítica, coordenação e harmonização Portos de Portugal Possibilidade das autarquias, comunidade Leixões, Viana e Lisboa, Setúbal, Sines portuária e/ou clientes participarem na gestão Aveiro e F. Foz e Algarve Norte Sul
  • 22. Possíveis tipologias da “Portos de Portugal” Estatuto Funções Coordenação estatal e central: Tipo “Puertos del ● Estudos gerais Estado” (Madrid) ● Estratégia geral (Mais forte que IPTM) Coordenação vertical empresarial: ● Grandes obras, estratégia e desenvolvimento Holding ● Sistemas de informação ● Recursos humanos e financeiros, ● Serviços jurídicos e marketing Rotação do PCA das Aps e domínio dos portos: Tipo “HAROPA” ● Estratégia e desenvolvimento (Paris, Rouen e Le Havre) ● Comercial e marketing Evolução da Assoc. Portos de Portugal, dominada pelos portos: Serviços de recursos ● Serviços comuns de Sistemas de informação comuns partilhados ● Serviços comuns de Recursos humanos e jurídicos ● Marca “Portos de Portugal” e serviços comuns de marketing
  • 23. Modelos Alternativos Tutela AP única nacional: 1 PP + 5 ou 3 Direções-gerais IMT 1 Autoridades Portuária Portos de Portugal + 5 ou 3 Direções-gerais Leixões e Aveiro e Lisboa Sines e Viana F. Foz Setúbal Algarve Autonomia, agilidade e Tutela proximidade IMT Massa crítica, coordenação e Portos de Portugal harmonização Leixões, Viana, Lisboa e Sines e Aveiro e F. Setúbal Algarve Foz
  • 24. Visão geral da alternativas e critérios Modelos Alternativos (nº de administradores) Critérios de escolha Atual(15) 3AP(9) 2AP(6) PP+3AP(10) PP+2AP(7) 1AP(7) 1AP(5) Proximidade Agilidade Manter? Autonomia + Coordenação no Menores custos de mudança SOLUÇÃO ? modelo atual? Concorrência e Cooperação Massa Crítica Harmonização Evolução radical ou gradual do modelo ? Estratégia Comum
  • 25. Citações: Os políticos portuários devem prestar especial atenção ao equilíbrio entre a integração organizacional e outras dimensão de proximidade (local). As autoridades portuárias possuem vantagens relacionadas com a proximidade cognitiva e social cara-a-cara com os atores dos portos. Peter Hall e Wouter Jacobs, em “Ports in Proximity”, 2009 No Japão (e face à concorrência na Ásia), é melhor que os portos procurem criar redes logísticas integradas em regiões alargadas, que fazer investimentos concorrentes e lutar por carga. Quem são os concorrentes? Masato Shinohara, em “Ports in Proximity”, 2009 Os políticos portuários da Coreia devem passar de uma estratégia de “dois portos hub” para uma estratégia de “duas regiões/sistemas de portos integrados”. Sung-Woo Lee e Geun-Sub Kim, em “Ports in Proximity”, 2009 Para haver uma "sociedade aberta e dinâmica", deve utilizar-se o "princípio da subsidiariedade”, princípio que permite que a cada um seja conferido o maior poder possível na sua livre iniciativa, que possa ter o efeito de contágio positivo mais amplo que soubermos congregar“ PM, Universidade do Porto, 16 de Março de 2012
  • 26. Conclusões 1. A evolução do conceito de porto e a crescente concorrência tem implicado maior colaboração entre portos em todo o mundo 2. Os objetivos dos portos e da economia portuguesa implicam que os portos consigam ser mais competitivos e eficientes e alavanquem a economia 3. Principais áreas de colaboração: sistemas de informação, partilha de recursos, estratégia, investimentos, marketing, alargamento do hinterland para Espanha e do foreland na CPLP 4. Este momento é ideal para se refletir sobre como melhorar a colaboração e coordenação entre portos e de que forma 5. Procurei mostrar um panorama sobre a questão e pistas. Ao Governo competirá essa decisão. Aos senhores compete refletir, discutir e influenciar, para que os nossos filhos e netos um futuro melhor.