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Imunologia Clínica
 Faculdade Dom Bosco



Testes sorológicos
  Professor: Vitor Yuzo Obara
   vitorobara@hotmail.com
Nesta aula veremos:

Como a interação entre antígeno e anticorpo
 podem promover o diagnóstico de doenças?
Quais são as condições para ocorrer este tipo de
 reação?
Quais são os métodos mais comumente
 empregados em laboratórios de Análises
 Clínicas?
Quais técnicas podem ser automatizadas?
1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DA
 REAÇÃO ANTÍGENO-ANTICORPO
Ligantes biológicos baseados entre afinidades
  entre as moléculas;
Reconhecimento específico;
Variedade de métodos;
Detecção de antígenos e anticorpos;
Sensibilidade do teste potencializada;
Detecção de moléculas pequenas a moléculas
 complexas.
1.1 Características do Antígeno

Presença de epítopos;
Induzir a produção de anticorpos
  correspondentes;


Epítopos:
  Sequências de aminoácidos em proteínas;
  Estruturas proteicas de alta dimensão.
1.2 Características do Anticorpo
Imunoglobulina, proteína plasmática;
Produzidos em resposta a estímulos antigênicos;
Moléculas funcionais e heterogêneas que
 ligam aos antígenos através do sítio
 combinatório;
5 classes: IgM, IgG, IgA, IgD e IgE.
Duas porções: Cadeia pesada (porção
 constante) e cadeias leves λ ou κ (porção
 hipervariável – se liga ao antígeno).
1.2.1 Anticorpos policlonais

Obtido pela imunização com antígeno que
 apresenta vários epítopos;
Vários clones de linfócitos B;
Anticorpos apresentam heterogeneidade;
Alta avidez, comparada com anticorpo
  monoclonal, porém mais interferentes.
1.2.2 Anticorpos monoclonais

Anticorpos obtidos através de um único clone;
Fusão celular entre uma célula B normal produtor
 de anticorpo e uma de linhagem de mieloma
 (câncer de linfócito B) - Hibridoma;
Não reconhecem uma molécula inteira, apenas
 um único epítopo;
Reatividade cruzada com outros antígenos
 (mesma sequência de aminoácidos,
 carboidratos e lipídeos)
1.2.2.3 Vantagens e limitações do
      anticorpo monoclonal
Vantagens:                 Limitações:
  Reagente bem definido;     Reatividade insuficiente
  Produção ilimitada de       na precipitação ou
    reagente homogêneo;       aglutinação (formação
                              de um complexo de
  Podem ser preparados        ligação fraca);
   pela imunização com
   um antígeno não-          Um único anticorpo
   purificado.                monoclonal pode ser
                              insuficiente para
                              caracterização
                              imunoquímica.
1.3 Produção de anticorpos pela
    tecnologia Recombinante
1.4 Cinética da Reação Ag-Ac

Lei do equilíbrio:
                K1
Ag + Ac                  AgAc
                K2



  Ag = Antígeno livre
  Ac = Anticorpo livre
  AgAc = Antígeno ligado ao anticorpo
  K1 = Constante de Associação
  K2 = Constante de Dissociação
1.4 Cinética da Reação Ag-Ac

Taxa de formação do complexo AgAc =                  K1
 [Ag][Ac]-K2[AgAc]
  Se em equilíbrio, a taxa é nula:
K1     [AgAc]
                       Ka (Constante de afinidade)
K2     [Ag][Ac]


AVIDEZ
1.5 Fatores de Interferência


Constante de associação (Ka) do reagente;
Intensidade do sinal dos marcadores;
↓ razão sinal de detecção/ruído de fundo (reação
  inespecífica ou próprio sinal);
1.6 Fase sólida

Suporte para ocorrer separação do imunocomplexo
 (AgAc) de componentes restantes livres;


Partículas de gel produzidas em agarose,
 poliacrilamida, pérolas de plástico, placas de
 micro titulação em poliestireno, partículas de
 óxido de ferro, eritrócitos, látex.
2 CLASSES DE IMUNOENSAIOS

Precipitação;
Aglutinação;
Líticos;
Radioimunoensaio (RIE);
Enzimáticos (EIE);
Fluorescentes (IF);
Quimioluminescentes.
2.1 Precipitação
             Fenômeno de
               pró-zona

Reação entre Ag e Ac resultando em um complexo
 grande, visível a olho nu;
Depende das [ ] relativas dos reagentes, Tpt, pH,
 força iônica do meio, avidez dos Ac;
Ponto de equivalência: [Ag] = [Ac] → Precipitação
 máxima.
Curva de precipitação (Heindelberger e Kendall)
Imunodifusão.
2.1 Precipitação
         Amostra do     Antígeno de doença a ser
          paciente             pesquisada
          (contém Ac)




Y YYY
 Y Y Y

YY Y Y
    Y                     A    A             A

                          A
                          Teste de precipitação
                           Antígeno: CandidinaA
                          A
                                A             A
                          A            A
                             A    A A A A
2.1 Precipitação
Amostra do                        Antígeno de doença a ser
 paciente                                pesquisada
 (contém Ac)




 Y YYY
  Y Y Y

 YY Y Y
     Y                       A     A              A

                             A
                             Teste de precipitação
                              Antígeno: CandidinaA
                             A
                                   A             A
                             A            A
                                A    A A A A
2.1 Precipitação

Ac do                           Ag
  pc




                     Ag     = Antígeno
= Anticorpo
2.1 Precipitação
                                                    Ag
                          Ag Ag

                     Ag                      Ag

                                            Ag
                           Ag
                                               Ag
                     Ag              Ag
                Ag
                                                 Ag
                                  Ag
                      Ag                     Ag
                                       Ag             Ag


                                       Ag Ag
           Ag
                                Ag
                                          Ag
                                                    Ag
                          Ag
2.1 Precipitação

Ac do                      Ag
  pc




             Ponto de
             equivalênci
                  a:
             [Ac]=[Ag]
2.1 Precipitação

Ag
                                                           Ag
                                                                           Ag

                                                                          Ag
                                                      Ag
          Ag      Ag        Ag        Ag
                                                                           Ag
                                                                 Ag
     Ag                                                                        Ag
                                           Ag                   Ag
                       Ag                        Ag                        Ag
                                 Ag                                  Ag             Ag


                                                Ag                   Ag Ag


                                                                      Ag
                                      Ag                                        Ag
                                                     Ag
2.2 Aglutinação

Reação que resulta em agregados visíveis =
 resultados da interação (Ac)-(Ag-Partículas
 insolúveis);
Dois estágios (simultâneos): I – mistura do Ac (soro)
 com as partículas sensibilizadas. II – Ac
 estabelece ponte entre as partículas;
Fase sólida pode conter o elemento antigênico
 (Aglutinação direta) ou sofrer sensibilização
 (Aglutinação indireta).
2.2 Aglutinação

Teste de Aglutinação Direta: Tipagem do grupo ABO
 e Rh;
  Teste de inibição da hemaglutinação: Ac contra os vírus
    da Rubéola, Sarampo, Influenza e outros que
    promovem a hemaglutinação. Não diferencia IgG e IgM.
Testes de Aglutinação Indireta: Partículas podem ser
 sensibilizadas através de adsorção de Ag solúveis
 ou por conjugação.
  Teste de hemaglutinação passiva, teste de aglutinação
    do látex e teste de aglutinação de cristais de colesterol
    (VDRL)
2.2.1 VDRL

Veneral Disease Research Laboratory
Cristais de colesterol sensibilizados com lecitina e
 cardiolipina (lipídios);
Detecção de anticorpos anti lipídios liberados no
 início da infecção pelas células lesadas e do
 próprio treponema.
Teste positivo: Presença de flocos visíveis
 macroscopicamente em contraste com fundo
 escuro.
2.2.1 VDRL
         Amostra do     Cristal de colesterol
          paciente        sensibilizado com
          (contém Ac)   Lecitina e Cardiolipina




Y YYY
 Y Y Y

YY Y Y
    Y                   A    A               A

                        A
                        Teste de Aglutinação
                               VDRL         A
                        A
                             A              A
                        A           A
                          A     A A A A
2.2.1 VDRL
Amostra do                       Antígeno de doença a ser
 paciente                               pesquisada
 (contém Ac)




 Y YYY
  Y Y Y

 YY Y Y
     Y                                        A
                        A    A

                        A
                        Teste de Aglutinação
                               VDRL         A
                        A
                             A              A
                        A           A
                           A    A A A A
2.2.1 VDRL
                                           Antígeno de doença a ser
                                                  pesquisada




A    A             A

A
Teste de Aglutinação
       VDRL         A
A                               Ag
     A              A
A           A
   A    A A A A

                            Fase sólida:
                             Cristal de    Ag
                              Colesterol
2.2.1 VDRL
2.3 Ensaios Líticos
Teste de fixação do complemento:
  Ligação entre Ag-Ac promove a fixação do complemento,
    podendo ser empregado na detecção de Ag e/ou Ac;
  Duas etapas: I – Incubação do Ag com Ac (ativação do
   complemento); II – Adição do indicador da reação
   (hemácia de carneiro sensibilizadas com hemolisina).
Ensaio da Neutralização da Hemólise:
  Inibição de toxinas antigênicas e hemolíticas de
    Estreptococos ß-hemolíticos.
  Duas etapas: I – Incubação do Ac (soro do pc) com
   hemolisina específica. II – Hemácias do grupo O.
2.3 Ensaios Líticos
2.4 Imunofluorescência (IF)

Capacidade de Ac ligarem-se a fluorocromos sem
 perder atividade específica com Ag;
  Fluorocromos: Substâncias que se excitam em luz de alta
    energia e, instantaneamente, emitem luz visível.
Intensidade de luz depende de pH, sendo ótimo em
  8,5;
Uso de corantes podem diminuir a coloração de
 fundo e melhorar o contraste (Azul de Evans ou
 vermelho do Congo);
Leitura dependente de Microscópio de flourescência.
2.4 Imunofluorescência (IF)




           Fase sólida = Lâmina
2.4 Imunofluorescência (IF)
8
2.4 Imunofluorescência (IF)
Amostra do
 paciente
 (contém Ac)




 Y Y
  Y  Y
         Y
   Y Y
  Y    Y
2.4 Imunofluorescência (IF)
2.4 Imunofluorescência (IF)
                 F
                  C




            F
             C


                      F
                       C
2.4 Imunofluorescência (IF)
2.4 Imunofluorescência (IF)
2.5 Radioimunoensaio (RIE)

Método de alta sensibilidade (detecção na ordem de
 ng - 10-9g - ou pg -10-12g), mesmo em
 preparações não-purificadas, preciso e rápido;
↑ custo, ↓ vida média dos reagentes, ↑ risco
  operacional;
Reagente marcado com marcadores radioativos
 quantifica Ac ou Ag não marcado (soro).
2.5 Radioimunoensaio (RIE)
2.6 Ensaio enzimático

Método quantitativo monitorada pela atividade
 enzimática;
Reagentes mais estáveis que RIE, sem exigência de
 se trabalhar com radioisótopos, pode ser realizada
 de forma manual ou automatizada;
Sistema de detecção: leituras visuais a fotométricas.
2.6 Ensaio enzimático

Aumento de limiar de sensibilidade por não
 necessitar de uma segunda etapa (precipitar,
 aglutinar ou lisar células);
Enzima: alta atividade específica, produto da reação
 enzimática deve ser estável e de fácil
 quantificação, ser estável, facilmente obtida de
 forma purificada, ligar-se a antígenos e anticorpos
 diversos sem perder sua atividade (formação do
 conjugado), ter preço acessível.
  Peroxidade, fosfatase alcalina.
2.6.1 ELISA (Enzyme-linked
       Immunosorbent Assay)
Princípio: Imobilização de um dos reagentes (Ag ou
 Ac) em uma fase sólida com outro reagente
 conjugado a uma enzima (atividade enzimática e
 imunológica preservada);


         E
                                       E
2.6.1 ELISA (Enzyme-linked
       Immunosorbent Assay)
Objetivo:
  Quantificação de Ag, quando bem definidos, requer uma
   curva de calibração;
  Verificação da presença de Ac, maior complexidade na
   mensuração pela sua heterogeneidade de afinidade e
   propriedades físico-químicas, geralmente afinidade
   aumenta em amostras diluídas;
Cut-off: separa numericamente valores positivos de
 negativos.
2.6.1 ELISA
2.6.1.1 Tipos de ELISA

Pesquisa de Antígenos:
  Sanduíche (Captura);
  Competição com antígeno marcado.
Pesquisa de Anticorpos:
  Indireto (Não competitivo);
  Direto (Competitivo);
  Captura de IgM.
Imunoensaio Homogêneo: Immunoblotting
2.6.1.1.1 Tipos de ELISA:
                   Sanduíche
                         Fase sólida sensibilizada
                          com Ac;
ELISA tipo Sanduíche     Amostra (Ag);
                         Ac marcado (conjugado);
                         > [Ag da amostra],
                         > ligação aos Ac,


                         >densidade de leitura;
2.6.1.1.2 Tipos de ELISA:
Competição com Ag marcado
             Fase sólida sensibilizada
              com Ac;
             Amostra (Ag) e Ag
              marcado (conjugado);
             > [Ag da amostra],
             > ligação aos Ac,
             < ligação com o
               conjugado


             <densidade de leitura.
2.6.1.1.3 Tipos de ELISA: Indireto
                   (Não competitivo)
2.6.1.1.4 Tipos de ELISA: Direto
    ELISA direto (competitivo)
2.6.1.1.5 Tipos de ELISA: Captura
              de IgM
     Captura IgM
2.6.1.1 Tipos de ELISA:
  Homogêneo (Immunoblotting)




Separação dos Ag (pc) por eletroforese;
Imersão do suporte em Ac específicos;
Revelação: coloca-se esta membrana em
 solução com anti-Ig ligado a uma enzima e um
 cromógeno (precipitado colorido)
2.7 Ensaios quimioluminescentes

Obtenção de energia luminosa a partir de uma
 reação química;
Dissociação de componentes intermediários →
 excitação eletrônica → retorno ao estado original
 de energia → LUZ;
≠ Imunofluorescência!
>limite de detecção que o ELISA→10-18até10-21 M
< custo relativo (baixo consumo de reagentes)
Rapidez.
2.7.1 Enzimaimunoensaio
         quimioluminescente
Princípio: Detecção da reação Ag-Ac utilizando uma
 enzima e uma molécula sintetizada que atuará
 como substrato para a enzima através de emissão
 de luz;
Moléculas quimioluminescentes: Luminol, derivados
 de acridina, éster de fenantridina, indol e
 dioxetano, fosfatase alcalina, peroxidase, etc.
Mais utilizado em métodos semi- ou totalmente
 automatizados.
3 TÉCNICAS EMPREGADAS NA
          AUTOMAÇÃO
Nefelometria;
Turbidimetria;
Imunoensaio Quimioluminescente;
Imunoensaio Fluorescente;
Citometria de Fluxo.
3.1 Nefelometria

Medida do espalhamento de uma luz incidente,
 devido a partículas (imunocomplexo Ag-Ac) em
 suspensão, para um determinado ângulo;
Esse fenômeno é proporcional ao tamanho, forma e
 concentração das partículas insolúveis formadas;
Quantificar as reações de precipitação: ↑
 Precipitação → espalhamento e reflexão da luz →
 ↓ Transmitância da luz;
O anti-soro deve ser oticamente límpido, com índice
 de refração conhecida.
3.1 Nefelometria
3.2 Turbidimetria

Medida da diminuição de intensidade de luz emitida
 devido a partículas que absorverão, refletirão ou
 espalharão a luz;
Luz emitida deve ser próximo ao UV (290-410nm)
 pois é a região que os imunocomplexos mais
 absorvem luz;
A mistura dos reagentes deve ser rápida e completa,
 para evitar a formação de áreas mais
 concentradas → analisador com agitação
 constante.
3.2 Turbidimetria vs. Nefelometria
3.3 Imunoensaio
          Quimioluminescente
Medição de luz emitida pode ser chamada de
 luminometria, desse modo, os aparelhos que
 realizam a leitura de intensidade de luz chamam-
 se luminômetros;
Conjugado (reagente marcado) e os amplificadores
 da reação são próprios dos fabricantes, p.ex.
 ImmuliteTM (Siemens) emprega a enzima fosfatase
 alcalina e como substrato fosfato de adamantil 1,2-
 dioxetano.
3.4 Imunoensaio Fluorescente

Detecção e quantificação de Ag e Ac utilizando
 conjugados fluorescentes cuja emissão de luz é
 lida por um fluorômetro;
Fluoróforos são compostos em estrutura de anel
benzênico (      ) que absorvem a luz de alta
energia (UV) e promove ressonência entre os
 elétrons, quando estes elétrons retornam a uma
 camada de menor energia (estado inicial), ocorre
 emissão de luz visível.
3.5 Citometria de Fluxo

Princípio: Cito (célula)+metria (medida) + fluxo
 (movimento)




                      FOCO DO LASER




                  CONVERGÊNCIA
                  HIDRODINÂMICA
3.5 Citometria de Fluxo

Marcação de subpopulações de células com Ac
 ligados a conjugados específicos e diferentes para
 cada tipo celular.
3.5.1 Detectores de dispersão
           de luz em ângulo de 90º


Laser


                                     FALS Sensor




                     Detector 90LS
3.5.2 Detectores de fluorescência



                                          FALS Sensor




                               Freq
                                      Fluorescence


            Fluorescence detector
              (PMT3, PMT4 etc.)
3.5.2 Detectores de fluorescência
4 Testes rápidos

Método dipstick – Ensaios imunocromatográficos:
  Busca de Ac (soro) ou Ag (soro, urina, sangue lisado,
   fezes, líquidos);
  Teste qualitativo simples, rápido, fácil e barato, além de
    fácil interpretação e os controles positivos e negativos
    já estão contidos;
  Método de impregnação, semelhante ao Western blot;
  Reagente de detecção pode ser marcado com corante
   coloidal ou enzimas.
4 Testes rápidos
Considerações
   Método         Fase sólida       Leitura        Conjugado      Revelador
 Precipitação        Não         Leitura direta        NA            NA
 Aglutinação         Sim          Aglutinação          NA            NA
                                 (formação de
                                     rede)
Ensaios líticos      Sim           Hemólise            NA            NA
      IF             Sim        Emissão de luz        Ac-FC          UV
                                 (excitação por
                                emissão de UV)
     RIE             Sim        Emissão de um        Ac-I 125     Substrato
                                sinal radioativo
    ELISA            Sim        Mudança de cor        Ac-E        Substrato
     EQ              Sim        Emissão de luz     Ac-composto    Substrato
                                  (Reação          luminescente
                                  química)
 Nefelometria        Não        Quantidade de          NA            NA
                                 luz desviada
Turbidimetria        Não        Diminuição da          NA            NA
                                intensidade de
                                  luz emitida
Referências

SANCHEZ, M.C.A. Testes sorológicos. In:
 FERREIRA, A.W.; ÁVILA, S.L.M. Diagnóstico
 laboratorial das principais doenças
 infecciosas e auto-imunes. 2.ed. [Reimp] Rio
 de Janeiro: Gunabara Koogan, 2011. Cap. 2
 pp.9-48.
ASHIHARA, Y. et al. Imunoensaios e
 imunouímica. In: HENRY, J.B. Diagnóstico
 Clínico e tratamento por métodos
 laboratoriais. 20. ed. São Paulo: Manole,
 2008. Cap. 35. pp.952-981.

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Métodos

  • 1. Imunologia Clínica Faculdade Dom Bosco Testes sorológicos Professor: Vitor Yuzo Obara vitorobara@hotmail.com
  • 2. Nesta aula veremos: Como a interação entre antígeno e anticorpo podem promover o diagnóstico de doenças? Quais são as condições para ocorrer este tipo de reação? Quais são os métodos mais comumente empregados em laboratórios de Análises Clínicas? Quais técnicas podem ser automatizadas?
  • 3. 1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DA REAÇÃO ANTÍGENO-ANTICORPO Ligantes biológicos baseados entre afinidades entre as moléculas; Reconhecimento específico; Variedade de métodos; Detecção de antígenos e anticorpos; Sensibilidade do teste potencializada; Detecção de moléculas pequenas a moléculas complexas.
  • 4. 1.1 Características do Antígeno Presença de epítopos; Induzir a produção de anticorpos correspondentes; Epítopos: Sequências de aminoácidos em proteínas; Estruturas proteicas de alta dimensão.
  • 5. 1.2 Características do Anticorpo Imunoglobulina, proteína plasmática; Produzidos em resposta a estímulos antigênicos; Moléculas funcionais e heterogêneas que ligam aos antígenos através do sítio combinatório; 5 classes: IgM, IgG, IgA, IgD e IgE. Duas porções: Cadeia pesada (porção constante) e cadeias leves λ ou κ (porção hipervariável – se liga ao antígeno).
  • 6. 1.2.1 Anticorpos policlonais Obtido pela imunização com antígeno que apresenta vários epítopos; Vários clones de linfócitos B; Anticorpos apresentam heterogeneidade; Alta avidez, comparada com anticorpo monoclonal, porém mais interferentes.
  • 7. 1.2.2 Anticorpos monoclonais Anticorpos obtidos através de um único clone; Fusão celular entre uma célula B normal produtor de anticorpo e uma de linhagem de mieloma (câncer de linfócito B) - Hibridoma; Não reconhecem uma molécula inteira, apenas um único epítopo; Reatividade cruzada com outros antígenos (mesma sequência de aminoácidos, carboidratos e lipídeos)
  • 8. 1.2.2.3 Vantagens e limitações do anticorpo monoclonal Vantagens: Limitações: Reagente bem definido; Reatividade insuficiente Produção ilimitada de na precipitação ou reagente homogêneo; aglutinação (formação de um complexo de Podem ser preparados ligação fraca); pela imunização com um antígeno não- Um único anticorpo purificado. monoclonal pode ser insuficiente para caracterização imunoquímica.
  • 9. 1.3 Produção de anticorpos pela tecnologia Recombinante
  • 10. 1.4 Cinética da Reação Ag-Ac Lei do equilíbrio: K1 Ag + Ac AgAc K2 Ag = Antígeno livre Ac = Anticorpo livre AgAc = Antígeno ligado ao anticorpo K1 = Constante de Associação K2 = Constante de Dissociação
  • 11. 1.4 Cinética da Reação Ag-Ac Taxa de formação do complexo AgAc = K1 [Ag][Ac]-K2[AgAc] Se em equilíbrio, a taxa é nula: K1 [AgAc] Ka (Constante de afinidade) K2 [Ag][Ac] AVIDEZ
  • 12. 1.5 Fatores de Interferência Constante de associação (Ka) do reagente; Intensidade do sinal dos marcadores; ↓ razão sinal de detecção/ruído de fundo (reação inespecífica ou próprio sinal);
  • 13. 1.6 Fase sólida Suporte para ocorrer separação do imunocomplexo (AgAc) de componentes restantes livres; Partículas de gel produzidas em agarose, poliacrilamida, pérolas de plástico, placas de micro titulação em poliestireno, partículas de óxido de ferro, eritrócitos, látex.
  • 14. 2 CLASSES DE IMUNOENSAIOS Precipitação; Aglutinação; Líticos; Radioimunoensaio (RIE); Enzimáticos (EIE); Fluorescentes (IF); Quimioluminescentes.
  • 15. 2.1 Precipitação Fenômeno de pró-zona Reação entre Ag e Ac resultando em um complexo grande, visível a olho nu; Depende das [ ] relativas dos reagentes, Tpt, pH, força iônica do meio, avidez dos Ac; Ponto de equivalência: [Ag] = [Ac] → Precipitação máxima. Curva de precipitação (Heindelberger e Kendall) Imunodifusão.
  • 16. 2.1 Precipitação Amostra do Antígeno de doença a ser paciente pesquisada (contém Ac) Y YYY Y Y Y YY Y Y Y A A A A Teste de precipitação Antígeno: CandidinaA A A A A A A A A A A
  • 17. 2.1 Precipitação Amostra do Antígeno de doença a ser paciente pesquisada (contém Ac) Y YYY Y Y Y YY Y Y Y A A A A Teste de precipitação Antígeno: CandidinaA A A A A A A A A A A
  • 18. 2.1 Precipitação Ac do Ag pc Ag = Antígeno = Anticorpo
  • 19. 2.1 Precipitação Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag
  • 20. 2.1 Precipitação Ac do Ag pc Ponto de equivalênci a: [Ac]=[Ag]
  • 21. 2.1 Precipitação Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag Ag
  • 22. 2.2 Aglutinação Reação que resulta em agregados visíveis = resultados da interação (Ac)-(Ag-Partículas insolúveis); Dois estágios (simultâneos): I – mistura do Ac (soro) com as partículas sensibilizadas. II – Ac estabelece ponte entre as partículas; Fase sólida pode conter o elemento antigênico (Aglutinação direta) ou sofrer sensibilização (Aglutinação indireta).
  • 23. 2.2 Aglutinação Teste de Aglutinação Direta: Tipagem do grupo ABO e Rh; Teste de inibição da hemaglutinação: Ac contra os vírus da Rubéola, Sarampo, Influenza e outros que promovem a hemaglutinação. Não diferencia IgG e IgM. Testes de Aglutinação Indireta: Partículas podem ser sensibilizadas através de adsorção de Ag solúveis ou por conjugação. Teste de hemaglutinação passiva, teste de aglutinação do látex e teste de aglutinação de cristais de colesterol (VDRL)
  • 24. 2.2.1 VDRL Veneral Disease Research Laboratory Cristais de colesterol sensibilizados com lecitina e cardiolipina (lipídios); Detecção de anticorpos anti lipídios liberados no início da infecção pelas células lesadas e do próprio treponema. Teste positivo: Presença de flocos visíveis macroscopicamente em contraste com fundo escuro.
  • 25. 2.2.1 VDRL Amostra do Cristal de colesterol paciente sensibilizado com (contém Ac) Lecitina e Cardiolipina Y YYY Y Y Y YY Y Y Y A A A A Teste de Aglutinação VDRL A A A A A A A A A A A
  • 26. 2.2.1 VDRL Amostra do Antígeno de doença a ser paciente pesquisada (contém Ac) Y YYY Y Y Y YY Y Y Y A A A A Teste de Aglutinação VDRL A A A A A A A A A A A
  • 27. 2.2.1 VDRL Antígeno de doença a ser pesquisada A A A A Teste de Aglutinação VDRL A A Ag A A A A A A A A A Fase sólida: Cristal de Ag Colesterol
  • 29. 2.3 Ensaios Líticos Teste de fixação do complemento: Ligação entre Ag-Ac promove a fixação do complemento, podendo ser empregado na detecção de Ag e/ou Ac; Duas etapas: I – Incubação do Ag com Ac (ativação do complemento); II – Adição do indicador da reação (hemácia de carneiro sensibilizadas com hemolisina). Ensaio da Neutralização da Hemólise: Inibição de toxinas antigênicas e hemolíticas de Estreptococos ß-hemolíticos. Duas etapas: I – Incubação do Ac (soro do pc) com hemolisina específica. II – Hemácias do grupo O.
  • 31. 2.4 Imunofluorescência (IF) Capacidade de Ac ligarem-se a fluorocromos sem perder atividade específica com Ag; Fluorocromos: Substâncias que se excitam em luz de alta energia e, instantaneamente, emitem luz visível. Intensidade de luz depende de pH, sendo ótimo em 8,5; Uso de corantes podem diminuir a coloração de fundo e melhorar o contraste (Azul de Evans ou vermelho do Congo); Leitura dependente de Microscópio de flourescência.
  • 32. 2.4 Imunofluorescência (IF) Fase sólida = Lâmina
  • 34. 8
  • 35. 2.4 Imunofluorescência (IF) Amostra do paciente (contém Ac) Y Y Y Y Y Y Y Y Y
  • 40. 2.5 Radioimunoensaio (RIE) Método de alta sensibilidade (detecção na ordem de ng - 10-9g - ou pg -10-12g), mesmo em preparações não-purificadas, preciso e rápido; ↑ custo, ↓ vida média dos reagentes, ↑ risco operacional; Reagente marcado com marcadores radioativos quantifica Ac ou Ag não marcado (soro).
  • 42. 2.6 Ensaio enzimático Método quantitativo monitorada pela atividade enzimática; Reagentes mais estáveis que RIE, sem exigência de se trabalhar com radioisótopos, pode ser realizada de forma manual ou automatizada; Sistema de detecção: leituras visuais a fotométricas.
  • 43. 2.6 Ensaio enzimático Aumento de limiar de sensibilidade por não necessitar de uma segunda etapa (precipitar, aglutinar ou lisar células); Enzima: alta atividade específica, produto da reação enzimática deve ser estável e de fácil quantificação, ser estável, facilmente obtida de forma purificada, ligar-se a antígenos e anticorpos diversos sem perder sua atividade (formação do conjugado), ter preço acessível. Peroxidade, fosfatase alcalina.
  • 44. 2.6.1 ELISA (Enzyme-linked Immunosorbent Assay) Princípio: Imobilização de um dos reagentes (Ag ou Ac) em uma fase sólida com outro reagente conjugado a uma enzima (atividade enzimática e imunológica preservada); E E
  • 45. 2.6.1 ELISA (Enzyme-linked Immunosorbent Assay) Objetivo: Quantificação de Ag, quando bem definidos, requer uma curva de calibração; Verificação da presença de Ac, maior complexidade na mensuração pela sua heterogeneidade de afinidade e propriedades físico-químicas, geralmente afinidade aumenta em amostras diluídas; Cut-off: separa numericamente valores positivos de negativos.
  • 47. 2.6.1.1 Tipos de ELISA Pesquisa de Antígenos: Sanduíche (Captura); Competição com antígeno marcado. Pesquisa de Anticorpos: Indireto (Não competitivo); Direto (Competitivo); Captura de IgM. Imunoensaio Homogêneo: Immunoblotting
  • 48. 2.6.1.1.1 Tipos de ELISA: Sanduíche Fase sólida sensibilizada com Ac; ELISA tipo Sanduíche Amostra (Ag); Ac marcado (conjugado); > [Ag da amostra], > ligação aos Ac, >densidade de leitura;
  • 49. 2.6.1.1.2 Tipos de ELISA: Competição com Ag marcado Fase sólida sensibilizada com Ac; Amostra (Ag) e Ag marcado (conjugado); > [Ag da amostra], > ligação aos Ac, < ligação com o conjugado <densidade de leitura.
  • 50. 2.6.1.1.3 Tipos de ELISA: Indireto (Não competitivo)
  • 51. 2.6.1.1.4 Tipos de ELISA: Direto ELISA direto (competitivo)
  • 52. 2.6.1.1.5 Tipos de ELISA: Captura de IgM Captura IgM
  • 53. 2.6.1.1 Tipos de ELISA: Homogêneo (Immunoblotting) Separação dos Ag (pc) por eletroforese; Imersão do suporte em Ac específicos; Revelação: coloca-se esta membrana em solução com anti-Ig ligado a uma enzima e um cromógeno (precipitado colorido)
  • 54. 2.7 Ensaios quimioluminescentes Obtenção de energia luminosa a partir de uma reação química; Dissociação de componentes intermediários → excitação eletrônica → retorno ao estado original de energia → LUZ; ≠ Imunofluorescência! >limite de detecção que o ELISA→10-18até10-21 M < custo relativo (baixo consumo de reagentes) Rapidez.
  • 55. 2.7.1 Enzimaimunoensaio quimioluminescente Princípio: Detecção da reação Ag-Ac utilizando uma enzima e uma molécula sintetizada que atuará como substrato para a enzima através de emissão de luz; Moléculas quimioluminescentes: Luminol, derivados de acridina, éster de fenantridina, indol e dioxetano, fosfatase alcalina, peroxidase, etc. Mais utilizado em métodos semi- ou totalmente automatizados.
  • 56. 3 TÉCNICAS EMPREGADAS NA AUTOMAÇÃO Nefelometria; Turbidimetria; Imunoensaio Quimioluminescente; Imunoensaio Fluorescente; Citometria de Fluxo.
  • 57. 3.1 Nefelometria Medida do espalhamento de uma luz incidente, devido a partículas (imunocomplexo Ag-Ac) em suspensão, para um determinado ângulo; Esse fenômeno é proporcional ao tamanho, forma e concentração das partículas insolúveis formadas; Quantificar as reações de precipitação: ↑ Precipitação → espalhamento e reflexão da luz → ↓ Transmitância da luz; O anti-soro deve ser oticamente límpido, com índice de refração conhecida.
  • 59. 3.2 Turbidimetria Medida da diminuição de intensidade de luz emitida devido a partículas que absorverão, refletirão ou espalharão a luz; Luz emitida deve ser próximo ao UV (290-410nm) pois é a região que os imunocomplexos mais absorvem luz; A mistura dos reagentes deve ser rápida e completa, para evitar a formação de áreas mais concentradas → analisador com agitação constante.
  • 60. 3.2 Turbidimetria vs. Nefelometria
  • 61. 3.3 Imunoensaio Quimioluminescente Medição de luz emitida pode ser chamada de luminometria, desse modo, os aparelhos que realizam a leitura de intensidade de luz chamam- se luminômetros; Conjugado (reagente marcado) e os amplificadores da reação são próprios dos fabricantes, p.ex. ImmuliteTM (Siemens) emprega a enzima fosfatase alcalina e como substrato fosfato de adamantil 1,2- dioxetano.
  • 62. 3.4 Imunoensaio Fluorescente Detecção e quantificação de Ag e Ac utilizando conjugados fluorescentes cuja emissão de luz é lida por um fluorômetro; Fluoróforos são compostos em estrutura de anel benzênico ( ) que absorvem a luz de alta energia (UV) e promove ressonência entre os elétrons, quando estes elétrons retornam a uma camada de menor energia (estado inicial), ocorre emissão de luz visível.
  • 63. 3.5 Citometria de Fluxo Princípio: Cito (célula)+metria (medida) + fluxo (movimento) FOCO DO LASER CONVERGÊNCIA HIDRODINÂMICA
  • 64. 3.5 Citometria de Fluxo Marcação de subpopulações de células com Ac ligados a conjugados específicos e diferentes para cada tipo celular.
  • 65. 3.5.1 Detectores de dispersão de luz em ângulo de 90º Laser FALS Sensor Detector 90LS
  • 66. 3.5.2 Detectores de fluorescência FALS Sensor Freq Fluorescence Fluorescence detector (PMT3, PMT4 etc.)
  • 67. 3.5.2 Detectores de fluorescência
  • 68. 4 Testes rápidos Método dipstick – Ensaios imunocromatográficos: Busca de Ac (soro) ou Ag (soro, urina, sangue lisado, fezes, líquidos); Teste qualitativo simples, rápido, fácil e barato, além de fácil interpretação e os controles positivos e negativos já estão contidos; Método de impregnação, semelhante ao Western blot; Reagente de detecção pode ser marcado com corante coloidal ou enzimas.
  • 70. Considerações Método Fase sólida Leitura Conjugado Revelador Precipitação Não Leitura direta NA NA Aglutinação Sim Aglutinação NA NA (formação de rede) Ensaios líticos Sim Hemólise NA NA IF Sim Emissão de luz Ac-FC UV (excitação por emissão de UV) RIE Sim Emissão de um Ac-I 125 Substrato sinal radioativo ELISA Sim Mudança de cor Ac-E Substrato EQ Sim Emissão de luz Ac-composto Substrato (Reação luminescente química) Nefelometria Não Quantidade de NA NA luz desviada Turbidimetria Não Diminuição da NA NA intensidade de luz emitida
  • 71. Referências SANCHEZ, M.C.A. Testes sorológicos. In: FERREIRA, A.W.; ÁVILA, S.L.M. Diagnóstico laboratorial das principais doenças infecciosas e auto-imunes. 2.ed. [Reimp] Rio de Janeiro: Gunabara Koogan, 2011. Cap. 2 pp.9-48. ASHIHARA, Y. et al. Imunoensaios e imunouímica. In: HENRY, J.B. Diagnóstico Clínico e tratamento por métodos laboratoriais. 20. ed. São Paulo: Manole, 2008. Cap. 35. pp.952-981.