1. O documento discute os primeiros socorros para diferentes tipos de traumas, incluindo condutas para imobilização de fraturas, trauma raqui-medular e trauma de pelve.
2. Apresenta os conceitos de atendimento pré-hospitalar e as etapas do ABCDE.
3. Detalha procedimentos para colocação de colar cervical, retirada de capacete e imobilização de membros com fraturas.
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE
UNIDADE ACADÊMICA DE ENFERMAGEM
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM
PRIMEIROS SOCORROS
Atendimento pré hospitalar
PROFESSORA: Adriana Montenegro
Cuité- PB
2015
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2. Elisângela da Costa Silva
Elton De Lima Macêdo
Genário Cristino Dantas de Medeiros
Janaina de Oliveira Medeiros
Margarida Fernandes de Araújo
Maria Vitoria de Souza Medeiros
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3. INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
METODOLOGIA
O QUE SÃO PRIMEIROS SOCORROS
REFERENCIAL TEÓRICO
• Atendimento Pré hospitalar
• Serviço de Atendimento Pré hospitalar
• Uso do ABCDE
TRAUMAS E CONDUTAS
• Trauma Raqui- medular
• Conduta
• Colar Cervical
• Conduta
• Retirada de Capacete
TRAUMAS MUSCULOESQUÉLETICO
• Traumas de MMSS
• Conduta
• Traumas de MMII
• Conduta
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
SUMÁRIO
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4. INTRODUÇÃO
Segundo Mello e Brasileiro (2010) no Brasil, o APH foi regulamentado somente
em 1989, devido ao surgimento oficial do serviço de atendimento às emergências
médicas.
Em 2002 o Ministério da Saúde através Portaria nº 2048, que regulamenta e
normatiza o APH, são definidas as funções do Enfermeiro, o perfil desse
profissional bem como de toda a equipe que deve atuar nesse serviço ( MELLO;
BRASILEIRO 2010).
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5. METODOLOGIA
Como critérios de inclusão, consideraram-se os artigos entre 2006 a 2015,
na língua portuguesa e textos completos. A coleta dos dados foi realizada
no período de Dezembro de 2014 e Janeiro de 2015. Os dados foram
coletados a partir do levantamento bibliográfico sobre os objetivos do
estudo e considerando os descritores selecionados. A seleção do objeto de
estudo para a construção desta pesquisa ocorreu através da construção do
texto, estruturação da pesquisa em tópicos, visando alcançar os objetivos.
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6. O que são primeiros
Socorros?
São medidas iniciais de emergência, aplicadas no local do acidente
ou perto dele, tendo como objetivo evitar o agravamento das lesões e
aliviar o sofrimento, deixando a vítima em melhores condições para
o transporte até o atendimento definitivo (STOCCO et al, 2011).
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8. ATENDIMENTO PRÉ
HOSPITALAR
O SERVIÇO DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH): compreende as
ações iniciais realizadas em curto espaço de tempo pela equipe de resgate no
local onde ocorre o agravo à saúde, seja ele traumático, clínico ou psíquico
(ROMANZINI; BOCK, 2010).
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), de origem francesa,
com equipes compostas por médicos especialistas na área de emergência, e o
modelo americano que inclui os técnicos em emergências médicas no nível
básico, intermediário e paramédicos (ROMANZINI; BOCK, 2010).
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9. Para que a equipe de resgate não
cometa o erro de deixar de
atender uma vítima analisando
apenas os sinais é importante a
aplicação da cinemática do
trauma. É o início do
atendimento antes mesmo de
realizar o ABCDE
O SERVIÇO DE ATENDIMENTO
PRÉ HOSPITALAR
Que consiste na regra dos 3 “ S ”
(esses)
• scene (cena do
acidente)
• security (segurança)
• situation (situação).
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12. TRAUMA RAQUI-MEDULAR –
TRM
CONCEITO: É a secção da medula por um
trauma grave, resultando no comprometimento
neurológico e consequentemente fisiológico.
SINAIS E SINTOMAS:
• Dor intensa no local (em forma de cinturão);
• Deformação;
• Perda da sensibilidade e/ou mobilidade nos membros;
• Somente respiração abdominal;
• Perda de controle urinário e intestinal;
• Vítima caída de costas com os braços mantidos estendidos
acima da cabeça;
• Inconsciência;Google imagens, 2015
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13. CONDUTAS
1-Priorizar a segurança através da
“REGRA DOS TRÊS ESSES”;
2- Realizar o ABCDE observando a
cinemática do trauma;
3- Use as técnicas adequadas de retirada
de vítimas em veículos e as
movimentações corretas na prancha;
4- Mantenha a cabeça alinhada com leve
tração com emprego do colar cervical;
5-Se a vítima estiver sentada ou em pé,
coloque-a na prancha longa;
6- Se a vítima estiver deitada, coloque-a na
prancha longa.
7- Administre oxigênio 15 l/min;
8- Prevenir e/ou tratar estado de choque;
9- Solicite apoio do Suporte Avançado;
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14. COLAR CERVICAL
O colar cervical constitui um
instrumento eficaz de
imobilização da cervical nos
casos de vítimas de
trauma(CASTRO; OSMAR,
2011).
A proteção da coluna cervical
constitui medida universal no
atendimento do paciente vítima
do trauma, devendo ser mantido
até a confirmação de que não há
lesão neurológica ou óssea
(CASTRO; OSMAR, 2011).
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15. CONDUTA
MEDIDA DO TAMANHO DO COLAR CERVICAL:
• Com o dorso da mão, medir a altura entre o ângulo da mandíbula e a
base do pescoço da vítima;
• No colar, medir do parafuso ou marca indicadora até o final da parte
rígida. A medida exata do colar é a distância entre o ponto de
referência (fixação preta) e a borda inferior do plástico rígido e não
até o acolchoado de espuma;
• O tamanho adequado será determinado pela mesma medida obtida na
vítima e no colar;
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16. CONDUTA
Segundo castro e osmar, 2011 a
colocação do colar cervical em vítima
deitada, segue a seguinte conduta:
1.Posicionar atrás da cabeça da
vítima promovendo a estabilização da
cervical;
2. Observar se há contra indicação
de utilização do colar;
3. Mensurar o colar de acordo com
a técnica já descrita;
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17. CONDUTA
4. Comece colocando o colar do lado
direito para o esquerdo da vítima.
Posicione a parte posterior do colar atrás
do pescoço do paciente;
5. Trazer a parte do colar para frente
do pescoço e posicioná-lo na linha média;
6. Posicionar o colar comprimindo
levemente nas laterais e feche o velcro.
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18. RETIRADA DE CAPACETE
1. O AUXILIAR n.º 1
estabilizará a cabeça do
paciente, apoiando,
simultaneamente, o
capacete e a mandíbula,
tencionando-a levemente
para posicioná-la
anatomicamente;
2. O CHEFE irá liberar as jugulares do
capacete, e, em seguida, apoiará, com uma
das mãos, a nuca do paciente, abrangendo
a maior superfície possível, atentando para
o apoio do antebraço ao solo; com a outra
mão, apoiará a mandíbula do paciente, a
fim de estabilizar a coluna cervical.
3. O AUXILIAR n.º 1, após o sinal de OK do chefe,
procederá a retirada do capacete, liberando,
primeiramente, a região occipital do paciente, e,
posteriormente, a face; após a completa retirada,
estabilizará a cabeça do paciente apoiando-a ao solo. Google imagens, 2015
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19. TRAUMAS
MUSCULOSESQUELÉTICOS
O trauma músculo esquelético consiste
em lesões causadas por trauma que
envolve ligamentos, músculos e os
ossos (VIEIRA, 2011).
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20. CONDUTA DE FRATURA DE
MMSS
1- Priorizar a segurança através
da “REGRA DOS TRÊS
ESSES”;
2- Realizar o ABCDE observando
a cinemática do trauma
3- Sempre imobilize uma
articulação proximal e uma distal;
4- Cheque pulso periférico do
membro afetado e a perfusão
distal;
5- Cheque a motricidade e
sensibilidade;
6- Use talas, bandagens e ataduras. As
ataduras serão utilizadas apenas nas
articulações, elas não devem envolver todo
o membro como um processo de
mumificação;
7- Use bandagem triangular para fraturas
na clavícula, escápula e cabeça do úmero;
8- Nas fraturas em articulações imobilize
na posição em que se encontra;
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21. CONDUTA DE FRATURA DE
MMSS
9- Nas fraturas anguladas, gentilmente
tente alinhar o membro antes de imobilizar;
10-A tentativa de se alinhar o membro deve
ser feita gentilmente, com leve tração e
apenas uma única tentativa. Se encontrar
resistência para alinhamento imobilize na
posição em que se encontra com tala rígida;
11- Após a imobilização continue checando
sensibilidade, pulso periférico e perfusão
capilar
12-Conter as hemorragias;
13-Prevenir e/ou tratar
estado de choque;
14-Avaliar a necessidade de
transportar ao suporte
avançado.
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22. CONDUTA DE FRATURA DE
MMII 1-Priorizar a segurança através da
“REGRA DOS TRÊS ESSES”;
2- Realizar o ABCDE observando
a cinemática do trauma;
3- Sempre imobilize uma
articulação proximal e distal;
4- Cheque pulso pedioso ou tibial
posterior do lado afetado;
5- Cheque a motricidade e
sensibilidade;
6- Use talas, bandagens e ataduras. As
ataduras serão utilizadas apenas nas
articulações, elas não devem envolver todo
o membro como um processo de
mumificação;
7- Nas fraturas do joelho e tornozelo
imobilize na posição em que se encontram;
8- Fraturas de perna angulada,
gentilmente, com leve tração e apenas uma
única tentativa;
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23. CONDUTA DE FRATURA DE
MMII
9- Usar tala de tração femoral, se disponível, em fraturas
de fêmur;
10-Se encontrar resistência para alinhamento, imobilize
na posição em que se encontra com tala rígida;
11- Fratura de fêmur com coxa angulada não tente
alinhar. Imobilize na posição
em que se encontra com no mínimo duas talas rígidas até
o nível das costelas com duas bandagens entre a cintura
pélvica e o início das costelas. Uma tala deverá apoiar o
membro na parte inferior;
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24. CONDUTA DE FRATURA DE
MMII
12- Após a imobilização continue checando
sensibilidade, pulso pedioso ou tibial
posterior e perfusão capilar;
13-Prevenir e/ou tratar estado de choque;
14- Continuar com o atendimento e
avaliação durante o transporte;
15-Avaliar a necessidade de transportar ao
Suporte Avançado.
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25. FRATURA EXPOSTA
Fratura exposta é aquela em que há quebra
na barreira da pele e tecidos moles
adjacentes levando a comunicação direta
entre o meio externo e a fratura e seu
hematoma. (MULLER et al 2003).
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26. CONDUTA
FRATURA EXPOSTA
1- Priorizar a segurança através da
“REGRA DOS TRÊS ESSES”;
2- Realizar o ABCDE observando a
cinemática do trauma;
3- Estanque a hemorragia, conforme o
descrito anteriormente;
4- Não recoloque o osso exposto no
interior da ferida;
5- Não limpe ou passe qualquer
produto na ponta exposta do
osso;
6- Tente alinhar a fratura
gentilmente, caso haja resistência
imobilize na posição em que o
membro se encontra;
7- Prevenir e/ou tratar estado de
choque;
8- Avaliar a necessidade de
transportar ao Suporte Avançado;
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27. TRAUMA DE PELVE
SINAIS INDICATIVOS DO TRAUMA DE
PELVE:
• Considere a cinemática do trauma;
• Paciente queixa dor na bacia;
• Limitação dos movimentos dos MMII com
dor na bacia;
• Tatuagem traumática e/ou edema na região
pélvica;
• Presença de taquicardia, hipotensão arterial e
taquipnéia;
• Saída de sangue pela uretra e reto;
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28. CONDUTA
1-Realizar estabilização da coluna cervical, utilizando colar cervical
apropriado e avaliar nível de consciência da vítima;
2-Proceder com o exame primário do paciente, realizando as intervenções que
forem necessárias;
3-Ofertar oxigênio suplementar com máscara de alto fluxo. (Conforme
Orientação do Médico Regulador);
4-O socorrista mais experiente deve proceder com o exame físico da pelve,
utilizando técnica específica, essa técnica deve ser aplicada uma única vez no
atendimento, e pelo profissional mais experiente.
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29. CONDUTA
5-Realizar a imobilização da pelve,
utilizando a técnica com talas moldáveis
ou utilizar um lençol ao redor da parte
inferior da pelve, amarrando-a;
6- Avaliar a necessidade de acolchoar do
MMII na prancha rígida para se evitar
movimentos laterais dos mesmos;
7-Encaminhar para hospital;
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30. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o desenvolvimento deste trabalho ficou claro que o serviço de
atendimento pré-hospitalar (APH) compreende as ações iniciais realizadas
em curto espaço de tempo pela equipe de resgate a uma vítima, no intuito de
minimizar agravamentos e salvar sua vida.
Deve também ficar atento em relação ao local onde ocorreu o acidente, para
evitar novos acidentes. O enfermeiro(a) que presta atendimento pré-
hospitalar é responsável pela conduta de enfermagem necessário para a
reanimação e estabilização do paciente, no local do evento e durante o
transporte até o ambiente hospitalar.
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31. REFERÊNCIAS
ADÃO, R.S; SANTOS, M.R. Atuação do enfermeiro no atendimento pré-hospitalar móvel, remE – Rev. Min. Enferm,
v.16, n.4, p.601-608, 2012. Disponível em: <http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/567#>. Acesso em 01 fev. 2015.
COMITÊ Internacional. Cruz Vermelha (CICV). Primeiros socorros em conflitos armados e outras situações de
violência. Genebra. 2007. p296. Disponível em: <https://www.icrc.org/por/assets/files/other/icrc_007_0870.pdf >. Acesso
em 01 fev. 2015.
MELLO, A.C; BRASILEIRO, M.E. A importância do enfermeiro no Atendimento Pré-Hospitalar (APH): Revisão
Bibliográfica. Rev Ele de enfer [serial on-line]. v.1,n.1, p.1-16. 2010. Disponivel em:
<http://www.ceen.com.br/revistaeletronica>. Acesso em 31 jan. 2015.
MULLER, S.S. et al., Estudo epidemiológico, clínico e microbiológico prospectivo de
pacientes portadores de fraturas expostas atendidos em hospital universitário. ACTA ORTOP BRAS. V.11, n.3.2003.
ROMANZINI, E.M; BOCK, L.F. Concepções e sentimentos de enfermeiros que atuam no atendimento pré-hospitalar sobre
a prática e a formação profissional. Rev. Latino-Am. Enfermagem. Ribeirão Preto. v.18, n.2, 2010. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692010000200015&lng=pt&nrm=iso>. acesso
em 30 jan. 2015.
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