Este documento resume uma apresentação sobre o sistemismo de Bunge, abordando seus fundamentos, abordagem metodológica e aplicação a sistemas de informação. Discutiu-se as abordagens sistêmicas na ciência da informação, os elementos do sistemismo de Bunge como seus postulados, modelo de sistema e regras metodológicas, além de perspectivas de pesquisa em sistemas de informação e a aplicação desse referencial teórico na análise da Plataforma Lattes.
O que Martinho da Vila entende de BD? (sobre abstrações de abstrações e model...
Sistemismo de Bunge em Sistemas de Informação
1. XII Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação – UnB-FCI, Brasília, 23-26/10/2011
O sistemismo de Bunge:
fundamentos, abordagem metodológica e aplicação a sistemas de informação
ROTEIRO
1. Enredo (motivação, introdução)
2. Abordagens sistêmicas - na área e em geral
3. Elementos do sistemismo
Postulados, modelo de sistema, regras gerais da pesquisa sistemista
4. Perspectivas de pesquisa em sistemas de informação
5. Aplicação: Plataforma Lattes
6. Caminhos para a descrição e explicação
7. Considerações finais
Esta apresentação disponível em http://www.slideshare.net/vmkern
XII ENANCIB – GT8 – Kern, V.M. O sistemismo de Bunge: fundamentos, abordagem metodológica e aplicação a sistemas de informação
2. Enredo...
• Sistemas de informação muito complexos
• frequentemente entendidos de forma fragmentada até por seus protagonistas
Segundo Christian Fuchs
(“The internet as a self-organizing
socio-technological
system”, Cybernetics and
Human Knowing v. 12, n.
3, 2005).
• Como compreender grandes sistemas de informação?
• Sistemismo (Bunge) – postulados, modelo de sistema, regras metodológicas gerais
• Sistema sociotecnológico (Fuchs) formulação segundo o sistemismo
• Aplicação (Plataforma Lattes) estudo-piloto, perspectivas metodológicas e práticas
XII ENANCIB – GT8 – Kern, V.M. O sistemismo de Bunge: fundamentos, abordagem metodológica e aplicação a sistemas de informação 2
3. Abordagens sistêmicas...
• Na ciência da informação
• Mencionam “teoria de sistemas” sem nomear autor (Bertalanffy?)
Shera (1973), Assis (1981), Souza (2007)
• Bertalanffy
Borges (2000) – também cita Churchman, Sayão (2001), Robredo (2003), Araújo (2009)
• Luhman
Marcial et al. (2007), Lima, Carvalho e Lima (2011)
• 66 anos do artigo em alemão, 43 do livro em inglês...
• ... e a teoria geral dos sistemas permanece uma promessa ou nem isso
• “O valor da teoria geral dos sistemas para os bibliotecários está por ser testado, mas certamente ela
promete uma revolução profunda na ciência e em outras áreas do pensamento e, agora, aparenta
poder dar aos bibliotecários insights e compreensão que estiveram faltando por muito tempo”
(SHERA, 1973, p. 94 – em inglês na Ci. Inf., há 38 anos!)
• Não há teoria de sistemas no estudo de Freire (2008) sobre a epistemologia da área.
• Não é mera coincidência que Shera se refira aos potenciais benefícios da teoria geral de sistemas
“desde um quadro de referência holístico” (1973, p. 94, grifo meu) ...
XII ENANCIB – GT8 – Kern, V.M. O sistemismo de Bunge: fundamentos, abordagem metodológica e aplicação a sistemas de informação 3
4. Abordagens sistêmicas ... são holistas (!)
• O sistemismo de Bunge (1997, 2003) é uma abordagem sistêmica
• Qual o problema com as teorias e abordagens sistêmicas preexistentes?
• R: Servem para fazer a crítica da ciência tradicional, mas são pouco efetivas para explicar
sistemas ou embasar investigação sistêmica.
• Para Bunge, não são sistêmicas, mas holistas
Ontologia Epistemologia Metodologia
INDIVIDUALISMO: “enfoca a composição de sistemas e se recusa a admitir Racionalismo Análise:
quaisquer entidades supra-individuais ou suas propriedades” (BUNGE, 2003, p. ou empirismo. micror-
38). redução.
HOLISMO: aborda sistemas como todos (objetos complexos), “mas se recusa Intuicionismo. Síntese:
tanto a analisá-los quanto a explicar a emergência e a análise das totalidades em macror-
termos de seus componentes e das interações entre eles” (BUNGE, 2003, p. 38). redução.
SISTEMISMO: Refuta e conjuga individualismo e holismo. “não é uma teoria Realismo Análise e
para substituir outras teorias, mas uma estratégia para desenhar projetos de científico. síntese.
pesquisa cujo intuito é descobrir algumas características de sistemas de um tipo
particular” (BUNGE, 2004, p. 191)
XII ENANCIB – GT8 – Kern, V.M. O sistemismo de Bunge: fundamentos, abordagem metodológica e aplicação a sistemas de informação 4
5. Elementos do sistemismo
Postulados:
• “Toda coisa, seja concreta ou abstrata, é um sistema ou
um componente ou potencial componente de sistema”.
• “Os sistemas têm características sistêmicas (emergentes)
que seus componentes não têm”.
• “Todos os problemas deveriam ser abordados de forma
sistêmica em vez de em forma fragmentada”.
• “Todas as idéias deveriam ser unidas em sistemas
(preferencialmente teorias)”; e
• “O teste de qualquer coisa, seja idéia, método ou
artefato, supõe a validade de outros itens que são
tomados como pontos de referência (benchmark)
provisoriamente”.
XII ENANCIB – GT8 – Kern, V.M. O sistemismo de Bunge: fundamentos, abordagem metodológica e aplicação a sistemas de informação 5
6. Elementos do sistemismo
Modelo: Todo sistema concreto pode ser descrito por meio de sua...
• Composição (C – composition): coleção de partes ou elementos componentes.
• Ambiente (E – environment): coleção de itens que não fazem parte do sistema mas
atuam ou sofrem ação por algum componente.
• Estrutura (S – structure): coleção de ligações entre componentes e entre esses e
itens do ambiente.
• Mechanism (M – mechanism): coleção de processos que geram a novidade
qualitativa (BUNGE, 1997), i. e., que promovem ou obstruem as
transformações, causando a emergência ou o desmantelamento do sistema ou de
alguma de suas propriedades.
Simbolicamente: ( ) = <C(σ), E(σ), S(σ), M(σ)>
XII ENANCIB – GT8 – Kern, V.M. O sistemismo de Bunge: fundamentos, abordagem metodológica e aplicação a sistemas de informação 6
7. Elementos do sistemismo
Modelo: Exemplos sucintos (Bunge)
C E S M
Ambiente (Environment)
Sistema Composição Estrutura (Structure) Mecanismo
Átomo Partículas e Coisas (partículas Campos que mantêm o Processos de
campos e campos) com as átomo unido e suas emissão e absorção
Força das ligações
associados. quais o átomo interações com itens do de luz, combinação
interage. ambiente. etc.
Organis- e mesossistemas Meio rico em Ligações (diretas/ Metabolismo e ou-
mo físicos e químicos, nutrientes e fluxos indiretas, físicas/ químicas, tros processos de
espec. água, de energia com covalentes ou não) que manutenção e autor-
carboidratos, variações (Pressão, mantém reparo, expressão e
lipídios, proteínas e Temp. etc.) unido, mais as ligações repressão de genes
ácidos nucleicos. estreitas. com itens do ambiente. etc.
Tamanho do sistema
Empresa Funcionários Mercado e Rel. de trabalho internas, Atividades que
(personnel) e governo. relações entre componen- resultam nos produ-
gerência. tes e itens do ambiente. tos da empresa.
Comuni- Pessoas que Cultura(s) em que Coleção de relações de Produção, transmis-
dade lin- falam a mesma a língua é usada. comunicação linguística. são e recepção de
língua. símbolos.
guística – GT8 – Kern, V.M. O sistemismo de Bunge: fundamentos, abordagem metodológica e aplicação a sistemas de informação 7
XII ENANCIB
8. Elementos do sistemismo
Importância do mecanismo
• Explicar satisfatoriamente é revelar o mecanismo subjacente
• Contra-exemplos:
alergia: idéia ridicularizada até que o mecanismo antígeno-anticorpo foi explicado.
deriva continental: Wegener, o dono da idéia, só tinha evidência circunstancial
(“olha o mapa da África e da América do Sul...”). A hipótese foi desprezada por
décadas até se explicar o movimento das placas tectônicas.
• Associação (e.g., correlação estatística) não explica
• Lei probabilística é diferente; tem poder explicativo porque descreve
mecanismos randômicos (aleatórios)
• Há brigas homéricas em ramos da ciência sobre a origem dos
fenômenos – se a biologia, psiquismo e outras características
individuais determinam a essência de uma pessoa ou se o homem é
produto do meio. Nem uma nem outra...
Nem agencystructure, nem structureagency, mas ambas
[isto é, iniciativa individual (agency) e influência do ambiente (structure)]
XII ENANCIB – GT8 – Kern, V.M. O sistemismo de Bunge: fundamentos, abordagem metodológica e aplicação a sistemas de informação 8
9. Elementos do sistemismo
• Sistema – Função específica – Mecanismo (exemplos)
• Rio Drenagem Fluxo de água
• Organismo Manutenção Metabolismo
• Escola Aprendizagem Ensino, estudo, discussão
• Fábrica Produção de mercadorias Trabalho, gestão
• Corte de justiça Busca da justiça Litígio
• Comun. acadêmica Controle de qualidade Revisão pelos pares (peer review)
• Representação: Diagramas de Boudon-Coleman
Explicação do atraso agrícola francês comparado ao avanço britânico no Séc. XVIII (Alexis de Tocqueville):
Macronível centralização política empobrecimento e alienação
(sistema)
Micronível ausência do nobre proprietário estagnação cultural, fraqueza de laços sociais
(individual)
“Reengenharia e downsizing afetam a distribuição de renda”:
Macronível downsizing/reengineering aumento da desigualdade de renda
Micronível perda de empregos bem-pagos declínio da renda dos trabalhadores
XII ENANCIB – GT8 – Kern, V.M. O sistemismo de Bunge: fundamentos, abordagem metodológica e aplicação a sistemas de informação 9
10. Elementos do sistemismo
Regras gerais da pesquisa sistemista (BUNGE, 1997, p. 458):
• 1. Colocar todo fato social em seu contexto mais amplo (ou sistema).
• 2. Dividir cada sistema em sua composição, ambiente e estrutura.
• 3. Distinguir os vários níveis de sistema e exibir suas relações.
• 4. Procurar os mecanismos que mantêm um sistema funcionando ou levam à sua
decadência ou crescimento.
• 5. Ter razoável certeza de que o mecanismo proposto é compatível com as leis e as
normas relevantes e conhecidas e, se possível, verificar a hipótese ou teoria mecanísmica
manipulando experimentalmente as variáveis referidas.
• 6. Mantidas as demais condições, preferir hipóteses, teorias e explicações
mecanísmicas (dinâmicas) às fenomenológicas (cinemáticas) e, em seu turno, preferir essas
descrições cinemáticas aos modelos de equilíbrio e às descrições de dados.
• 7. Em caso do mau funcionamento do sistema, examinar todas as quatro fontes
possíveis – composição, ambiente, estrutura e mecanismo – e tentar reparar o sistema
alterando alguma ou todas as fontes.
XII ENANCIB – GT8 – Kern, V.M. O sistemismo de Bunge: fundamentos, abordagem metodológica e aplicação a sistemas de informação 10
11. Perspectivas de pesquisa sistemista em S. I.
• Sistema é abstração; pessoas diferentes vêem sistemas diferentes
• Fuchs: IETF vê internet como tecnológica, com processos mecanísticos
• CNPq sobre a Plataforma Lattes
• “[...] é a base de dados de currículos, instituições e grupos de
pesquisa das áreas de Ciência e Tecnologia” [desde ~2007 no sítio web]
• Representa(va) “a integração de seus sistemas de informação
gerenciais, instrumento fundamental não somente para as atividades de
financiamento, mas também no tratamento e na difusão de informações
necessárias para a formulação e a gestão de políticas de ciência e tecnologia”
(SABBATINI, 2001)
• Contraste entre visão sistêmica, que dá conta de “colocar todo fato social em seu
contexto mais amplo" (BUNGE, 1997, p. 458) e...
• Visão filosoficamente individualista, que “enfoca a composição de sistemas e se
recusa a admitir quaisquer entidades supra-individuais ou suas propriedades”
(BUNGE, 2003, p. 38)
XII ENANCIB – GT8 – Kern, V.M. O sistemismo de Bunge: fundamentos, abordagem metodológica e aplicação a sistemas de informação 11
12. Perspectivas de pesquisa sistemista em S. I.
• Plataforma Lattes: visão sistêmica na concepção (ca. 1998)
• ... explica algumas decisões de projeto
tais como...
• O CV é do indivíduo redundância
(quebra regra clássica da teoria de bancos de
dados)
• As palavras-chave são da escolha do
indivíduo diversidade
(quebraria regra da recuperação de informação
bibliográfica se o CV tivesse o mesmo objetivo
das bases bibliográficas, mas o objetivo é ser um
rastro da competência individual.
Vide Portal Inovação)
• Essa visão sistêmica na concepção
teve formulação informal, não baseada
em teoria(s) de sistemas
XII ENANCIB – GT8 – Kern, V.M. O sistemismo de Bunge: fundamentos, abordagem metodológica e aplicação a sistemas de informação 12
13. Plataforma Lattes: Descrição (parte 1) e agenda
de pesquisa sistemista (parte 2)
• Sistemismo: “poder heurístico e sistematizador” (BUNGE, 1997, p. 457)
• Ilustração desse poder heurístico via descrição da PL
• Contexto mais amplo: sistema nacional de inovação (OECD, 1997)
Papel assumido pelo CNPq: agência
inserida no SNI, patrocinador da
Plataforma, com atendimento
privilegiado, mas não o “dono do
sistema” (PACHECO; KERN, 2003)
a ponto de tomar decisões sem
considerar os demais interessados.
[1: Colocar todo fato social em seu
contexto mais amplo ou sistema]
XII ENANCIB – GT8 – Kern, V.M. O sistemismo de Bunge: fundamentos, abordagem metodológica e aplicação a sistemas de informação 13
14. Plataforma Lattes: Descrição
• Sistema sociotecnológico (FUCHS, 2005)
Há agentes tecnológicos que atuam em colaboração dinâmica com as pessoas, fazendo
análises, sínteses e estabelecendo vínculos – por exemplo, os indexadores, os construtores de
résumés, os aplicativos gráficos de redes sociais e os criadores de links entre um CV e outras
bases (Scielo, por exemplo).
Há um artefato essencial, objeto da colaboração sociotecnológica.
[2: Delinear a composição, o ambiente e a estrutura do sistema]
XII ENANCIB – GT8 – Kern, V.M. O sistemismo de Bunge: fundamentos, abordagem metodológica e aplicação a sistemas de informação 14
15. Flagrante de um sistema sociotecnológico...
XII ENANCIB – GT8 – Kern, V.M. O sistemismo de Bunge: fundamentos, abordagem metodológica e aplicação a sistemas de informação 15
16. Plataforma Lattes: Descrição
Principal macrossistema
A Plataforma Lattes está inserida no sistema nacional de inovação, para o qual
representa uma fonte de informação crítica e de alto valor agregado –
afinal, permite identificar a competência acadêmica nacional de forma simples e
rápida. O SNI, por sua vez, é a fonte do financiamento de todo o setor
acadêmico, incluindo o CNPq, patrocinador da Plataforma.
Principal microssistema
No nível micro, o indivíduo é o principal elemento. As relações mais importantes
são a entrada e a saída de dados entre a Plataforma Lattes e os indivíduos
detentores de currículos ou consultantes
[3: Distinguir os vários níveis de sistema e exibir suas relações]
XII ENANCIB – GT8 – Kern, V.M. O sistemismo de Bunge: fundamentos, abordagem metodológica e aplicação a sistemas de informação 16
17. Plataforma Lattes: Agenda de pesquisa sistemista
• Hipóteses mecanísmicas – exemplos (KERN, 2010)
• Apropriação individual do currículo vitae
• Evolução do esquema curricular por consenso da comunidade
[4: Procurar (conjeturar) mecanismos de emergência, crescimento, manutenção e decadência]
XII ENANCIB – GT8 – Kern, V.M. O sistemismo de Bunge: fundamentos, abordagem metodológica e aplicação a sistemas de informação 17
18. Plataforma Lattes: Agenda de pesquisa sistemista
• A formulação de hipóteses mecanísmicas (que deriva da regra geral
4) é ponto de partida para...
• Desenho de experimentos que verifiquem essas hipóteses
[5: Ter razoável certeza de que o mecanismo proposto é compatível com as leis e as normas relevantes e
conhecidas e, se possível, verificar a hipótese ou teoria mecanísmica manipulando experimentalmente as
variáveis referidas]
• Estágios avançados do processo de pesquisa, nos quais se
consolidam conclusões sobre as hipóteses mecanísmicas e
se promovem ou se propõem intervenções no sistema.
[6: Mantidas as demais condições, preferir hipóteses, teorias e explicações mecanísmicas (dinâmicas) às
fenomenológicas (cinemáticas) e, em seu turno, preferir essas descrições cinemáticas aos modelos de
equilíbrio e às descrições de dados]
[7: Em caso do mau funcionamento do sistema, examinar todas as quatro fontes possíveis –
composição, ambiente, estrutura e mecanismo – e tentar reparar o sistema alterando alguma ou todas as
fontes]
XII ENANCIB – GT8 – Kern, V.M. O sistemismo de Bunge: fundamentos, abordagem metodológica e aplicação a sistemas de informação 18
19. Perspectivas de pesquisa sistemista: caminhos
• Descrever sistemas de informação
• Relacionada às etapas 1 a 3 do roteiro de pesquisa sistemista
(Identificar o sistema, descrever composição-ambiente-estrutura, distinguir níveis de sistema e suas
relações)
• Requer técnicas de pesquisa descritiva, envolvendo coleta e sistematização
de informações, classificação e síntese
(Para esse tipo de pesquisa parecem especialmente talhados os pesquisadores da área da
informação;
(Os pesquisadores e desenvolvedores de software não têm preparo e raramente têm interesse em
descrever sistemas; antes, esperam que especialistas no negócio lhes dêem “requisitos” – um
diálogo precário e frequentemente falho)
“O sistema”
(tecnológico)
(Na verdade, “o software”)
“Requisitos” IN OUT “Requisitos”
XII ENANCIB – GT8 – Kern, V.M. O sistemismo de Bunge: fundamentos, abordagem metodológica e aplicação a sistemas de informação 19
20. Perspectivas de pesquisa sistemista: caminhos
• Explicar sistemas de informação
• Outras áreas que se dedicam aos sistemas de informação
(computação/informática, administração) não se dedicam a explicar como
funcionam – sociotecnologicamente.
?
XII ENANCIB – GT8 – Kern, V.M. O sistemismo de Bunge: fundamentos, abordagem metodológica e aplicação a sistemas de informação 20
21. Considerações finais
• Primeiro texto em português sobre o sistemismo
• Abordagem à descrição e investigação de sistemas de
informação
• Fundamento teórico: sistemismo de Bunge (postulados, modelo de sistema, regras
metodológicas)
• Fundamento conceitual: sistema sociotecnológico de Fuchs (sistema cujas
propriedades emergem da colaboração dinâmica entre pessoas e agentes tecnológicos)
• Trabalhos futuros
• Articulação metodológica
• Pesquisas aplicadas (a partir deste referencial)
XII ENANCIB – GT8 – Kern, V.M. O sistemismo de Bunge: fundamentos, abordagem metodológica e aplicação a sistemas de informação 21
22. Citações nesta apresentação, para registro (vide artigo para lista completa)
ARAÚJO, Carlos Alberto Ávila. Correntes teóricas da ciência da informação. Ciência da Informação, v. 38, n. 3, p. 192-204, dez. 2009.
ASSIS, Edvaldo de. A biblioteca universitária e as teorias dos sistemas. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, v.
14, n. 3/4 p. 174-178, jul./dez. 1981.
BORGES, Maria Alice Guimarães. A compreensão da sociedade da informação. Ciência da Informação, v. 29, n. 3, p.25-32, dez. 2000.
BUNGE, Mario. Emergence and convergence: Qualitative novelty and the unity of knowledge. University of Toronto Press, 2003. 330 p.
BUNGE, Mario. How does it work? The search for explanatory mechanisms. Philosophy of the Social Sciences, v. 34, n. 2, p. 182-
210, 2004.
BUNGE, Mario. Mechanism and explanation. Philosophy of the Social Sciences, v. 27, n. 4, p. 410-465, 1997.
FREIRE, I. M. Um olhar sobre a produção científica brasileira na temática epistemologia da ciência da informação. Tendências da
Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação, v. 1, n. 1, p. 1-31, 2008.
FUCHS, Christian. The internet as a self-organizing socio-technological system. Cybernetics and Human Knowing, v. 12, n. 3, p. 57-
81, 2005.
KERN, V. M. Plataformas e-gov como sistemas sociotecnológicos. In: ROVER, A. J.; GALINDO, F. (Orgs.). O governo eletrônico e suas
múltiplas facetas. LEFIS (Legal Framework for the Information Society) Series, v. 10. Zaragoza/Espanha: Prensas Universitarias de
Zaragoza, 2010, p. 39-67.
LIMA, C. R. M.; CARVALHO, L. S.; LIMA, J. R. T. Notas para uma administração discursiva das organizações. DataGramaZero, v. 11, n.
6, p. 1-14, dez. 2010.
LUHMANN, Niklas. Social systems. Palo Alto-CA: Stanford University Press, 1995. 627 p.
MARCIAL, E. C.; RAMOS, H. S. C.; SHINTAKU, M.; RODRIGUES, R. C.; VASCONCELOS, W. Epistemologia da Ciência da Informação: a
presença do paradigma social de Capurro na literatura. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA
INFORMAÇÃO, 8., 2007. Anais... Salvador: ANCIB, 2007.
OECD (Organisation for Economic Co-operation and Development). National innovation systems. Paris: OECD, 1997.
PACHECO, Roberto C. S.; KERN, Vinícius M. Arquitetura conceitual e resultados da integração de sistemas de informação e gestão da
ciência e tecnologia. DataGramaZero, v. 4, n. 2, 2003.
ROBREDO, Jaime. Epistemologia da Ciência da Informação revisitada. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA
INFORMAÇÃO, 5., 2003. Anais... Belo Horizonte: ANCIB, 2003.
SABBATINI, M. Lattes, o cómo gestionar la ciencia brasileña en la red. e-ciencia (Portal de Ciencia y Tecnología), 18 jun. 2001.
SHERA, Jesse H. Toward a theory of Librarianship and information science. Ciência da Informação, v. 2, n. 2, p. 87-97, 1973.
SOUZA, Maria da Paixão Neres de. Abordagem inter e transdisciplinar em ciência da informação. In: TOUTAIN, Lídia Maria Batista
Brandão (Org.). Para entender a ciência da informação. Salvador: EDUFBA, 2007. p. 75-90.
XII ENANCIB – GT8 – Kern, V.M. O sistemismo de Bunge: fundamentos, abordagem metodológica e aplicação a sistemas de informação 22
23. UFSC/CED/CIN – Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação
OBRIGADO!
kern@cin.ufsc.br, www.kern.prof.ufs
c.br
XII ENANCIB – GT8 – Kern, V.M. O sistemismo de Bunge: fundamentos, abordagem metodológica e aplicação a sistemas de informação 23