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Revisões – História A
Módulo 3 – 10º ano
A abertura europeia ao mundo – mutações
nos conhecimentos. Sensibilidades e valores
nos séculos XV e XVI
Preparação do Exames Nacional de
História A de 2020
http://divulgacaohistoria.wordpress.com/
História A, 10º ano, Módulo 3 1
O alargamento do conhecimento
do Mundo
http://divulgacaohistoria.wordpress.com/
2.1. O contributo português
2.1.1 Inovação técnica
Os principais avanços das técnicas náuticas:
leme de cadaste (central);
bússola;
cartas-portulano;
astrolábio, quadrante, balestilha;
utilização de velas triangulares ou latinas;
Surge um novo tipo de barco, a caravela, que permite bolinar.
Mais tarde surgem as naus e galeões.
História A, 10º ano, Mòdulo 3 3
Grandes avanços na determinação das coordenadas geográficas
(latitude e longitude);
Os portugueses resolveram o problema de determinar a latitude;
O problema de determinar a longitude só foi completamente
resolvido no século XVIII;
Mercator (1569) desenvolve um novo sistema de projeção cilíndrica
mais rigoroso;
Cantino publica um novo planisfério em 1502;
História A, 10º ano, Mòdulo 3 4
Desenvolve-se a cartografia
2.1.2 Observação e descrição da Natureza
As descobertas iniciadas pelos portugueses substituíram a visão
limitada do mundo mediterrânico por uma visão global do planeta;
Os portugueses, baseados na observação, contrariaram muitas
ideias preconcebidas sobre os mares, terras, faunas e flora de
regiões pouco conhecidas ou mesmo desconhecidas;
É uma atitude pré-científica, resulta do conhecimento empírico, de
vivências experimentadas, da realidade observada
(experiencialismo);
História A, 10º ano, Mòdulo 3 5
Contributo de alguns homens:
Duarte Pacheco Pereira (1460-1533) – é o primeiro a valorizar a
experiência no contexto da observação empírica;
Garcia de Orta (1501-1568) – registo das plantas medicinais do
Oriente;
D. João de Castro (1500-1548) – vice-rei da Índia, é autor de três
Roteiros;
História A, 10º ano, Mòdulo 3 6
História A, 10º ano, Módulo 3 7
Os portugueses negam e corrigem os clássicos, ajudam a construir
um saber novo saber;
Os novos conhecimentos, derivados do experiencialismo,
resumiram-se, na maior parte dos casos, a observações e
descrições da Natureza;
O saber português, (XV e XVI) contribuiu para o desenvolvimento
do espírito crítico.
2.2. O conhecimento científico da Natureza
2.2.1 A matematização do real
A conjugação da valorização da experiência e da matemática está na
origem do método experimental (método científico);
Leonardo da Vinci (1452-1519) teve um papel percursor na
afirmação de uma nova mentalidade científica;
No processo de matematização do real surge a noção de que só a
demonstração matemática das hipóteses suscitadas pela
observação permitiria a formulação de leis científicas;
História A, 10º ano, Mòdulo 3 8
Vulgariza-se o uso dos números e das medidas;
Dá uma lenta transformação das estruturas mentais, e revela-se
uma mentalidade quantitativa;
A numeração romana é substituída pela árabe;
O Homem renascentista recorre aos números no decorrer das suas
atividades:
Navegador - calcula distâncias, latitudes, etc.;)
Mercador, banqueiro - avalia lucros e perdas, etc.;
Funcionários do Estado - calcula impostos, coleta rendas, etc.
História A, 10º ano, Mòdulo 3 9
2.2.2 A revolução das conceções cosmológicas
No início do Renascimento, a teoria geocêntrica, era a conceção
cosmológica dominante. Derivava dos trabalhos de Aristóteles (384-
322 a.c.) e Ptolomeu (100-165);
Já na Antiguidade houve autores que contrariaram esta teoria,
como Aristarco de Samos (320-250 a.c.), que defendeu uma
perspetiva heliocêntrica;
Nicolau Copérnico (1453-1543) retomou a perspetiva heliocêntrica.
História A, 10º ano, Mòdulo 3 10
Na obra “De Revolutionibus Orbium Coelestium”, Copérnico defende
que o Sol está no centro do universo. A Terra e os outros planetas
giram em seu redor (movimento de translação) e giram em torno do
seu próprio centro (movimento de rotação), em esferas celestes.
História A, 10º ano, Mòdulo 3 11
As repercussões das conclusões de Copérnico, publicadas nas
vésperas da sua morte, não foram sentidas de imediato;
A conceção de Copérnico não era correta;
No entanto outros vão continuar o caminho iniciado por ele;
As conceções do universo geocêntrico de Ptolomeu e a doutrina
da Igreja vão ser abaladas;
Inicia-se uma verdadeira revolução das conceções cosmológicas.
História A, 10º ano, Mòdulo 3 12
Giordano Bruno (1548-1600) – frade italiano, defendeu a teoria de
um universo infinito, com inúmeras estrelas que eram o centro de
outros sistemas planetários. A Inquisição condenou-o a morte na
fogueira.
Ticho Brahe (1546-1601) – astrónomo dinamarquês, pensou um
novo sistema planetários que conciliava a teoria heliocêntrica (os
planetas giram à volta do sol) e a geocêntrica (o Sol e a Lua
deslocam-se à volta da Terra);
Johannes Kepler (1571-1630) – astrónomo alemão, formulou as leis
do movimento dos planetas
História A, 10º ano, Mòdulo 3 13
Galileu Galilei (1564-1642) – astrónomo italiano, aperfeiçoou o
telescópio.
Estas novas descobertas foram perseguidas pela Inquisição e
muitas das obras publicadas que defendiam as teorias
heliocêntricas foram colocadas no Índex.
Inquisição – tribunal religioso criado no século XIII e restabelecido
no século XVI. Investigava, julgava e condenava todos os que
fossem suspeitos de terem ideias contrárias às definidas pela Igreja
Católica
Índex – Lista de livros publicada pela Igreja Católica, cuja leitura era
proibida aos católicos.
História A, 10º ano, Mòdulo 3 14
História A, 10º ano, Mòdulo 3 15
No entanto as novas conceções cosmológicas iam ganhando cada
vez mais adeptos;
Estava definitivamente definido que os progressos da ciência
estavam assentes na formulação de leis a partir da observação,
registo e interpretação de factos e experimentação de hipóteses.
A produção cultural
http://divulgacaohistoria.wordpress.com/
Os homens do Renascimento aliavam (…) a admiração pelo
mundo greco-romano a uma falta de respeito evidente.
Inspirar-se nos Antigos para fazer coisas novas, eis o propósito.
Nos grandes artistas do Renascimento a imitação da Antiguidade
nunca foi servil (…).
Jean Delumeau, A Civilização do renascimento
3.3 A reinvenção das formas artísticas. A imitação e superação
dos modelos da Antiguidade
História A, 10º ano, Módulo 3 17
Os artistas do Renascimento possuíam uma técnica superior à
dos Antigos (…). Os pintores da Grécia e Roma não conheciam a
pintura a óleo (…)
Os estudos dos Flamengos e, mais ainda, dos Italianos tiveram
um carácter inédito.
Jean Delumeau, A Civilização do renascimento
História A, 10º ano, Módulo 3 18
Pintura do Gótico, Giotto e do
Renascimento
História A, 10º ano, Módulo 3 19
A pintura renascentista foi um exercício intelectual;
O artista já não é o artesão medieval anónimo, mas um intelectual
reconhecido;
Procura a fama, o seu trabalho é uma obra de arte, uma obra-
prima;
A pintura do Renascimento foi o culminar de um processo iniciado
no século XIII por Giotto;
História A, 10º ano, Módulo 3 20
História A, 10º ano, Módulo 3 21
Inspirado na cultura e arte da Antiguidade Clássica (Roma e Grécia)
o artista procura uma formação humanista e científica;
O artista ainda devia estudar geometria, perspetiva, aritmética,
gramática, filosofia, história, astronomia, medicina, anatomia de
modo a poderem expressar bem a sua arte.
A arte deve ser a imitação (mimesis) da Natureza;
A pintura renascentista é uma arte racional, científica e uma
imitação intelectualizada e tecnicista da Natureza;
Todos estes aspetos foram estudados e teorizados;
No século XVI a arte ganhou mais emoção;
A pintura do Renascimento ultrapassou a Arte da Antiguidade
Clássica, e foi a base da pintura ocidental.
História A, 10º ano, Módulo 3 22
Paolo Uccello, A caçada na Floresta
História A, 10º ano, Módulo 3 23
Perspetiva científica
História A, 10º ano, Módulo 3 24
Uma das principais descobertas técnicas do Renascimento foi a
perspetiva, rigorosa e científica;
Permite construir o espaço pictórico segundo as leis da ótica, das
proporções geométricas, da exatidão matemática e do
tratamento da luz de uma forma coerente.
História A, 10º ano, Módulo 3 25
Todas as linhas convergem para um ponto para o qual o olhar é
atraído;
Tudo é ritmado segundo valores matemáticos;
História A, 10º ano, Módulo 3 26
A luz é o elemento que confere volume à pintura;
História A, 10º ano, Módulo 3 27
Na Flandres, século XV, inventaram a técnica do óleo:
Seca lentamente, podia ser retocada;
Tornava possível as velaturas (transparências);
Empastes (grande espessura de tinta);
Gradações cromáticas;
Elaboração de modelados – técnica para obter, por meio de
gradações cromáticas, a ilusão de volume.
História A, 10º ano, Módulo 3 28
Mestre Flémalle, A Virgem e o Menino
História A, 10º ano, Módulo 3 29
Rogier van der Weyden (c. 1400 – 1464), Tríptico de
Columba
História A, 10º ano, Módulo 3 30
Pintam as cenas religiosas com um enquadramento de atualidade;
Grande preocupação com o pormenor;
Retrato com grande realismo.
História A, 10º ano, Módulo 3 31
Jan van Eyck
(1390 – 1441),
O casamento dos Arnolfini
Simbolismos: o cão, os
pés descalços, a cama, os
frutos, etc.
Jan van Eyck (c. 1390-1441), foi o grande divulgador da técnica
do óleo;
É considerado o grande génio da pintura flamenga do século XV;
História A, 10º ano, Módulo 3 32
Inovações técnicas na pintura renascentista (conclusão):
Perspetiva;
Pintura a óleo;
Tela e cavalete;
Elaborado claro-escuro.
História A, 10º ano, Módulo 3 33
Inovações estéticas:
Harmonia;
Equilíbrio;
Realismo.
História A, 10º ano, Módulo 3 34
Temática:
Religiosa;
Mitologia e literatura clássica (grega e romana);
Retrato;
Paisagem;
Nu.
História A, 10º ano, Módulo 3 35
Principais pintores do século XV:
Inovadores, preocupados com os estudos de perspetiva, volume,
etc. A pintura é uma reflexão e procura constante:
Masaccio (1401-1428);
Paolo Ucello (1397-1475);
Piero della Francesca (1415-1492);
Andrea Mantegna (1431-1506).
História A, 10º ano, Módulo 3 36
Grupo de pintores mais marcados pela tradição gótica, mais
líricos e místicos:
Fra Angélico (1395-1455);
Sandro Botticelli (1445-1510)
Fra Fillippo Lippi (1460-1469)
História A, 10º ano, Módulo 3 37
Pintores de Veneza, estão mais preocupados com a cor e o
movimento:
Giovanni Bellini (1432-1516);
Antonello da Messina (1430-1479);
Carlo Crivelli (1430-1493)
História A, 10º ano, Módulo 3 38
Análise de alguns pintores
História A, 10º ano, Módulo 3 39
Masaccio, O pagamento do tributo, c. 1427, fresco
História A, 10º ano, Módulo 3 40
Masaccio:
Teve um papel revolucionário na pintura;
Utilizou a luz e sombra para obter volume;
A paisagem e elementos arquitetónicos fazem parte de uma
composição naturalista;
Aplicou a perspetiva empírica.
História A, 10º ano, Módulo 3 41
Paolo Uccello, A Batalha de San Romano, c. 1452,
têmpera sobre madeira
História A, 10º ano, Módulo 3 42
Paolo Uccello:
Estudo científico da perspetiva;
Composições cénicas complexas.
História A, 10º ano, Módulo 3 43
Piero della Francesca, Díptico dos Duques de Urbino,
1465, têmpera sobre madeira
História A, 10º ano, Módulo 3 44
Piero della Francesca:
Estudo científico da perspetiva;
Escreve livros sobre matemática, geometria e perspetiva;
Luminosidade tratada de uma maneira muito elaborada.
História A, 10º ano, Módulo 3 45
Piero della Francesca, A Flagelação, 1465, têmpera
sobre madeira
História A, 10º ano, Módulo 3 46
Andrea Mantegna, Cristo Morto, c. 1480, têmpera sobre
madeira
História A, 10º ano, Módulo 3 47
Sandro Botticelli, Nascimento de Vénus, c. 1485,
têmpera sobre madeira
História A, 10º ano, Módulo 3 48
Sandro Botticelli:
Prevalência do desenho sobre o modelado;
Harmonia da composição.
História A, 10º ano, Módulo 3 49
A pintura, no século XVI, atinge o auge das:
Pesquisas e inovações;
Equilíbrio e maturidade;
Roma foi a cidade mais importante em termos artísticos.
Vasari, chama a este período o Alto Renascimento, Perfeito
Renascimento ou Classicismo.
O século XVI e o amadurecimento da pintura renascentista
História A, 10º ano, Módulo 3 50
Principais artistas:
Miguel Ângelo Buonarroti (1475-1564);
Rafael (1483-1520)
Leonardo da Vinci (1452-1519)
Escola Veneziana:
Giorgione (1477-1510)
Ticiano (1490-1576)
História A, 10º ano, Módulo 3 51
Miguel Ângelo, escultor, pintor, arquiteto, poeta;
Artista temperamental que criou uma arte mais expressiva, mais
dramática e monumental;
Escorços violentos e contrastes de cor e claro/escuro;
Mostrando já sinais de rutura com o Renascimento.
Miguel Ângelo Buonarroti (1475-1564);
História A, 10º ano, Módulo 3 52
Na pintura a sua principal obra foi o teto da Capela Sistina, em
Roma, e mais tarde a parede do altar
História A, 10º ano, Módulo 3 53
Capela Sistina,
1508-1512
História A, 10º ano, Módulo 3 54
Miguel Ângelo, teto da Capela
Sistina,
1508-12, fresco
História A, 10º ano, Módulo 3 55
Antigo Testamento – desde
criação do Homem até ao
Dilúvio;
Mais de 300 figuras;
Grande expressividade.
A criação do Homem
História A, 10º ano, Módulo 3 56
Rafael (1483-1520)
Pintor espanhol;
Viveu em Roma;
Pintura expressiva, elegante e serena;
História A, 10º ano, Módulo 3 57
Rafael, Retrato de Maddalena Doni, 1505, óleo sobre madeira
História A, 10º ano, Módulo 3 58
Nascido a 15 de Abril de 1452, Leonardo foi discípulo do pintor e
escultor Andrea Verrochio;
Tornou-se o símbolo do Homem culto, racional, sensível e
humanista do Renascimento;
Os seus interesses incluíam: pintura, escultura, arquitetura,
anatomia, física, biologia, engenharia…
História A, 10º ano, Módulo 3 59
Máquina para elevação de
pesos; desenho para uma igreja;
estudo para uma estátua.
História A, 10º ano, Módulo 3 60
Chegou à oficina de Verrochio em 1469 (?);
Em 1472, com 20 anos, é aceite como pintor pela corporação de
artistas de Florença;
Trabalhou em Florença, Milão, Mântua, Roma e França;
Morreu em Amboise, (França), a 2 de Maio de 1519.
História A, 10º ano, Módulo 3 61
São conhecidas 25 obras, cerca de um terço inacabadas;
Conservou 3 obras em seu poder:
Mona Lisa;
Santa Ana, a Virgem e o Menino;
S. João Baptista.
História A, 10º ano, Módulo 3 62
Leonardo da Vinci, Retrato de Ginevra Benci, c. 1478-80, óleo sobre
madeira
História A, 10º ano, Módulo 3 63
A Última Ceia, 1495-97 óleo sobre alvenaria
História A, 10º ano, Módulo 3 64
Leonardo desenvolveu uma técnica para substituir o fresco, para
poder pintar mais lentamente
História A, 10º ano, Módulo 3 65
Mona Lisa, 1503-06,
Óleo sobre madeira
História A, 10º ano, Módulo 3 66
Leonardo inventou o “sfumato” que consiste numa transição
muito gradual da luz/sombra, que torna quase impercetível o
contorno das formas
História A, 10º ano, Módulo 3 67
A palavra “sfumato” pode ser traduzida para “esfumado, turvo,
nebuloso”;
Não há contornos definidos, as transições e contrastes são
suaves;
Parece que um nevoeiro fino envolve os objetos;
É uma característica da pintura de Leonardo.
História A, 10º ano, Módulo 3 68
Para obter este efeito trabalhava com camadas finíssimas de
óleo;
O “sfumato” foi uma inovação revolucionária para a pintura;
Permite um novo tratamento do claro/escuro;
Antes existia uma separação nítida das cores, os objetos
pareciam “recortados” do fundo do quadro;
História A, 10º ano, Módulo 3 69
Pintura Veneziana:
Escola de Veneza privilegia a cor;
Exaltação da riqueza e da paisagem;
História A, 10º ano, Módulo 3 70
Gorgione, A Tempestade, 1508, óleo sobre tela
História A, 10º ano, Módulo 3 71
Ticiano, Vénus de Urbino, 1538, óleo sobre tela
História A, 10º ano, Módulo 3 72
A escultura renascentista foi fruto do:
Desenvolvimento e aperfeiçoamento da escultura gótica;
Contacto dos artistas com a escultura clássica;
Escultura Renascentista
História A, 10º ano, Módulo 3 73
Nasceu em Florença, no século XV:
Lorenzo Ghiberti (1378-14559;
Donato Donatello (1386-1466);
Luca della Robia (1400-1482);
Jacopo della Quercia (1346-1458)
Andrea Verrocchio (1436-1488);
Antonio Pollaiuolo (1431-1498).
História A, 10º ano, Módulo 3 74
Atinge o apogeu no século XVI, com Miguel Ângelo Buonnaroti
(1475-1564)
História A, 10º ano, Módulo 3 75
Estátuas da época clássica (Roma e Grécia)
História A, 10º ano, Módulo 3 76
Túlio Lombardo, Adão, c. 1490, Veneza, Mármore, 1,90 m
História A, 10º ano, Módulo 3 77
A influência clássica, é mais visível na
escultura do que na arquitetura e
sobretudo na pintura;
No século XV, a escultura é a mais prestigiada das artes;
Aprendizagem rápida dos modelos clássicos;
O Homem é “a medida de todas as coisas”;
A escultura copia a natureza em todas as suas proporções;
História A, 10º ano, Módulo 3 78
Donatello, busto de Nicola de Uzano, terracota;
Mino de Fiesole, busto de João de Médicis, mármore;
Benedetto de Maiano, busto de Pietro Mellini, mármore
História A, 10º ano, Módulo 3 79
Representação do Homem com fidelidade;
Aspetos físicos e anatómicos;
Expressão;
História A, 10º ano, Módulo 3 80
Reaparece o nu;
Retrato (corpo inteiro ou busto);
Estátuas equestres;
História A, 10º ano, Módulo 3 81
Donatello, David, c. 1430, bronze, 1,58 m.
História A, 10º ano, Módulo 3 82
Representações da Antiguidade Clássica (Roma e Grécia),
fascínio pela História;
O modelo clássico é utilizado até para representar figuras
bíblicas;
Esculturas de pequeno formato (colecionadores privados).
História A, 10º ano, Módulo 3 83
Autonomia da escultura em relação à arquitetura;
Predomínio da escultura de vulto redondo (estátua
independente);
Escultura como monumento individual;
Expostas no meio de praças, jardins ou edifícios;
História A, 10º ano, Módulo 3 84
Maior liberdade criadora para o artista;
O artista concebe e executa a obra, à qual pretende dar um
cunho individual (originalidade);
O autor passa a ser reconhecido;
Há uma grande produção escultórica no século XV.
História A, 10º ano, Módulo 3 85
Ghiberti, Portas do Paraíso (pormenores)
História A, 10º ano, Módulo 3 86
Donato Donatello: aprendiz de Ghiberti,
Primeiro escultor renascentista;
Autor do primeiro nu, desde o fim do Império Romano;
Primeira estátua equestre;
Grande capacidade técnica e expressiva;
História A, 10º ano, Módulo 3 87
O século XVI foi menos rico em escultura;
Miguel Ângelo Buonnaroti foi um dos maiores escultores de
todos os tempos;
História A, 10º ano, Módulo 3 88
Foi escultor, pintor, arquiteto e poeta;
Considerava-se um escultor;
Não fazia desenhos de projeto,
Segundo ele as formas já estavam na pedra a ele competia
extrair essas formas;
História A, 10º ano, Módulo 3 89
M. Ângelo, David, 1501/03, mármore, 2,50 m
História A, 10º ano, Módulo 3 90
Miguel Ângelo, Tondo Pitti,
mármore (pormenor) 1503/04
Inventou uma técnica (non
finito), inacabado, deixando
visíveis as marcas do cinzel
História A, 10º ano, Módulo 3 91
M. Ângelo, Escravo que desperta,
mármore, 1533
História A, 10º ano, Módulo 3 92
Pietà do Vaticano (1498/1501; Pietà de Florença
(135/50); Pietà Rondanini (1552/64)
História A, 10º ano, Módulo 3 93
A Arquitetura do Renascimento
A Arquitetura é descendente natural da Antiguidade Clássica de
que herdou os princípios fundamentais:
Francesco di Giorgio, estudo, 1482
História A, 10º ano, Módulo 3 95
Harmonia;
Racionalismo;
Equilíbrio;
Proporção humana – “O Homem é o centro e a medida de todas
as coisas.
História A, 10º ano, Módulo 3 96
Estudam os monumentos da Antiguidade;
Surge a Arqueologia e o Colecionismo;
Estudam os tratados sobre arquitetura clássicos.
História A, 10º ano, Módulo 3 97
Filippo Brunelleschi (1377-1446) foi um dos primeiros arquitetos
do Renascimento;
Foi ourives, escultor e pintor;
A partir de 1418 dedica-se à arquitetura.
História A, 10º ano, Módulo 3 98
Brunelleschi, Cúpula Catedral de Florença
Em 1420 vai executar o projeto para a conclusão da cúpula da
Catedral de Santa Maria del Fiore (Florença).
História A, 10º ano, Módulo 3 99
Brunelleschi, Cúpula Catedral de Florença
História A, 10º ano, Módulo 3 100
A cúpula muito utilizada pelos romanos,
foi esquecida no gótico, é muito utilizada
no Renascimento;
Permite a abertura de óculos que permitia
melhor iluminação do cruzeiro.
A cúpula tem dois cascos:
Interior, mais pequeno, com tirantes metálicos;
Exterior, mais alto, em tijolo;
A cúpula foi construída através de uma série de anéis horizontais
História A, 10º ano, Módulo 3 101/50
Foi uma das primeiras obras do
Renascimento;
Mais de engenheiro do que de arquiteto;
Criou novos meios técnicos e
construtivos;
Brunelleschi, Igreja do Espírito Santo
Altura das naves proporcional, a central é duas vezes mais
alta que as laterais.
Está concebida para proporcionar uma ideia de perspetiva.
História A, 10º ano, Módulo 3 102
Leon Battista Alberti (c.1404-14729) foi o grande teórico da
arquitetura renascentista;
A ele se deve a primeira teoria sistematizada da arquitetura do
Ocidente – “De reaedificatori”.
História A, 10º ano, Módulo 3 103
Pensa a arquitetura como uma ciência ao serviço do Homem;
O racionalismo da sua arquitetura traduz-se na articulação de
espaços concebidos a partir de formas geométricas;
A referência é o espaço circular;
Procura da simetria;
História A, 10º ano, Módulo 3 104
L. B. Alberti, Santa Maria Novella, Florença, 1460,
construção segundo traçados geométricos rigorosos
História A, 10º ano, Módulo 3 105
A planta perfeita é circular;
Edifícios pensados em articulação com as construções que os
rodeiam;
História A, 10º ano, Módulo 3 106
A Brunelleschi deve-se a procura da ordem matemática e
racional e a introdução de novos mecanismos e técnicas;
A Alberti a sistematização teórica.
História A, 10º ano, Módulo 3 107
Donato Bramante (1444-1514), Tempieto, c. 1502, tornou-se o
modelo para os edifícios de planta centrada e cobertura em
cúpula
A planta centrada tornou-se o modelo mais comum.
História A, 10º ano, Módulo 3 108
Os elementos decorativos eram retirados da gramática decorativa
clássica;
História A, 10º ano, Módulo 3 109
Miguel Ângelo, Praça do
Capitólio, Roma, 1546
Urbanismo
História A, 10º ano, Módulo 3 110
Leonardo da Vinci, Praça Ducal de Vigevano
Filarete, cidade ideal de Sforzinda
Piero della Francesca, cidade ideal,
História A, 10º ano, Módulo 3 111
Cidades concebidas segundo uma malha regular;
Alinhamento de igrejas, palácios e edifícios administrativos
alinhados segundo planos matemáticos;
Local nobre da cidade é a praça;
São elaborados projetos de cidades ideais.
História A, 10º ano, Módulo 3 112
3.3.4 A arte em Portugal: o gótico-manuelino e a afirmação das
novas tendências renascentistas
História A, 10º ano, Módulo 3 113
Gótico desenvolve-se após o fim da Reconquista – prolonga-se
até ao século XVI (Manuelino);
Norte apego ao Românico;
Gótico ligado às ordens monásticas;
Seguindo os princípios estéticos franceses o gótico português foi
simples;
No final do século XV, surge o Manuelino (reinados de D. Manuel
I e D. João III).
História A, 10º ano, Módulo 3 114
Planta de Igreja do Manuelino,
Portal do Mosteiro dos Jerónimos
História A, 10º ano, Módulo 3 115
Janela e Portal do Convento de Cristo, Tomar
Torre de Belém, Lisboa
História A, 10º ano, Módulo 3 116
Mantém a estrutura gótica;
Igrejas-salão (uma só nave);
Ornamentação exuberante (rendilhado na pedra)
Influências: gótico plateresco, gótico flamejante,
Decoração inspirada nos Descobrimentos: cordas, velas, motivos
marítimos e na
Heráldica: brasões, esfera armilar.
História A, 10º ano, Módulo 3 117
A arquitetura renascentista portuguesa refletiu o espírito da
Contrarreforma;
Igrejas-salão;
Decoração influenciada pelo plateresco;
Influências do ultramar, sobretudo da Índia;
Foi de curta duração;
História A, 10º ano, Módulo 3 118
Principais arquitetos:
Diogo Arruda (?-1530):
Miguel Arruda (?-1563);
João Castilho (1490-1553);
Diogo Castilho (1493-1574).
História A, 10º ano, Módulo 3 119
Vasco Fernandes, Jesus
em Casa de Marta e Maria,
c. 1542
Pintura
História A, 10º ano, Módulo 3 120
A pintura renascentista portuguesa foi de curta duração;
Temática fundamentalmente religiosa;
Influências da Flandres, Alemanha e Itália;
História A, 10º ano, Módulo 3 121
Gregório Lopes, Martírio de S. Sebastião, c. 1538
História A, 10º ano, Módulo 3 122
Nuno Gonçalves, Painéis de S. Vicente de Fora
História A, 10º ano, Módulo 3 123
Principais pintores:
Vasco Fernandes (c. 1475-1542);
Gaspar Vaz (c. 1490-1568);
Garcia Fernandes (?-1565);
Nuno Gonçalves.
História A, 10º ano, Módulo 3 124
Filipe Hodarte, Apóstolos, 1534
História A, 10º ano, Módulo 3 125
Escultura
João de Ruão, deposição de Cristo no Túmulo, Coimbra
História A, 10º ano, Módulo 3 126
Nicolau de Chanterenne,
retábulo da Pena, Sintra,
1532
História A, 10º ano, Módulo 3 127
Escultura ligada à tradição gótica;
Fundamentalmente ligada à arquitetura;
Relevos, retábulos e decoração do interior das igrejas;
As influências italianas só chegaram no século XVI;
História A, 10º ano, Módulo 3 128
Principais escultores:
Nicolau de Chanterenne (?-1551);
João de Ruão (?-1580);
História A, 10º ano, Módulo 3 129
A renovação da espiritualidade e
da religiosidade
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4.1 A Reforma Protestante
4.1.1 Individualismo religioso e críticas à Igreja Católica
Nesta época a radicalização de posições levou à rutura teológica de
Lutero e Calvino;
As grandes calamidades do século XIV (fomes, guerras e pestes)
desenvolveram nas pessoas um clima de pessimismo;
Divulga-se a ideia de um Deus castigador dos pecados dos homens;
História A, 10º ano, Módulo 3 131
Para agravar a situação a Igreja está dividida. Entre 1378 e 1417,
existem dois Papas. Um em Roma e outro em Avinhão (cidade
francesa). É o Cisma do Ocidente.
História A, 10º ano, Módulo 3 132
História A, 10º ano, Módulo 3 133
O fim do Cisma não significou o fim da crise da Igreja;
Os Papas renascentistas levavam uma vida pouco condizente com
os ideias cristãos;
Os maus exemplos abundavam em toda a hierarquia católica;
Na Igreja abundava o abandono espiritual dos fiéis, o absentismo
do clero e a dissolução dos costumes;
Desde o século XIV começam a surgir críticas à Igreja Católica;
Por um lado:
Desenvolvem-se práticas de supersticiosas e fanáticas (feitiçaria,
procissões de flagelantes, etc.;
Por outro:
Práticas de novas formas de piedade mais intimistas e
individualistas, como a Devotio Moderna, na Holanda que defendia
uma vida humilde, de devoção a Deus e a prática da solidariedade;
Na obra “Imitação de Cristo”, escrita em língua vulgar, o monge
alemão, Thomas Kempis (1379-1471)defende os princípios da
Devotio Moderna;
Este livro exerceu uma forte influência no individualismo religioso do
século XV.
História A, 10º ano, Módulo 3 134
Surgem as heresias;
John Wiclif, (1328-1384), professor em Oxford, põe em dúvida a
utilidade do clero e a validade dos sacramentos;
Apela ao estudo direto da Bíblia que considera a única fonte de Fé;
Associada a esta heresia esteve o movimento dos lolardos, padres
pobres que se associaram aos camponeses na sua luta contras os
senhores;
Heresia: Negação ou dúvida sobre algum ponto da Fé Católica.
História A, 10º ano, Módulo 3 135
Jan Huss (1369-1415), reitor da Universidade de Praga (Polónia),
apoiou as ideias de Wiclif;
Defendeu a criação de uma Igreja nacional, desligada da obediência
ao Papa;
Savonarola (1452-1498), monge italiano denunciou as práticas da
alta hierarquia da Igreja;
Muitas destes homens foram condenados pelo tribunal da
Inquisição e morreram na fogueira;
História A, 10º ano, Módulo 3 136
Muitos humanistas, como Erasmo de Roterdão, criticaram as
práticas da Igreja;
Todas estas polémicas e contestações abriram caminho à Reforma.
História A, 10º ano, Módulo 3 137
4.1.2 A rutura ideológica
Reforma – Cisma (divisão) na Igreja Católica desencadeada na
primeira metade do século XVI;
Foi protagonizada por Lutero, Calvino e Henrique VIII;
Surge uma nova conceção de Igreja;
Embora com diferenças o luteranismo, o calvinismo e o
anglicanismo têm como pontos comuns: a justificação pela Fé; a
exclusividade da Bíblia como fonte de Fé, o sacerdócio universal e a
não aceitação da supremacia do Papa;
Estas igrejas são conhecidas pelo nome de protestantismo.
História A, 10º ano, Módulo 3 138
Martinho Lutero (1483-1546) desencadeou a Reforma;
Alemão, monge agostinho, Mestre em Filosofia;
Lutero colocava a seguinte questão: “Como pode alguém levar uma
vida perfeita perante Deus”;
Em 1510 fez uma viagem a Roma que o desgostou perante o
espetáculo degradante dos membros do clero;
História A, 10º ano, Módulo 3 139
História A, 10º ano, Módulo 3 140
Em 1517 afixou, na porta da Catedral de Wittenberg, as 95 teses
contra as indulgências;
Indulgências – eram uma forma de redimir os pecados, em vigor
desde o século XI, concedida pelo Papa, perante a prática de boas
obras (peregrinações, prática de esmolas, mas também podia ser
comprada por uma determinada soma de dinheiro.
Em 1515, o Papa Leão X, porque precisava de dinheiro para obras na
Basílica de São Pedro (Vaticanos), autorizou a pregação de venda de
indulgências;
Contra isto se revoltou Lutero;
Nas “95 teses” refutou o Papa e alguns dogmas da Igreja, afirmava
que a salvação depende da Fé e não das obras;
História A, 10º ano, Módulo 3 141
História A, 10º ano, Módulo 3 142
Martinho Lutero protagonizou uma rutura teológica com a Igreja;
A igreja considerou estas novas ideias uma heresia;
Em 1521, Lutero, foi excomungado e expulso da Alemanha;
~Seguiram-se tempos conturbados, do ponto de vista religioso,
mas o protestantismo foi ganhando adeptos;
A justificação pela Fé é a base doutrinária da reforma luterana, é
uma nova doutrina da salvação;
Para Lutero, o Homem não tem livre-arbítrio. É Deus que decide
sobre a salvação dos homens;
É Deus que predestina uns homens para a salvação outros para a
condenação;
O luteranismo abre caminho às teses da predestinação que serão
desenvolvidas por Calvino;
História A, 10º ano, Módulo 3 143
4.1.3 As igrejas reformadas
O Luteranismo
Lutero considerava a Bíblia como única fonte de Fé e autoridade
doutrinal;
Rejeitou as obras dos Padres da Igreja e as decisões dos concílios
que considerava meras palavras humanas e por isso sujeitas à crítica
e à revisão;
Negou o monopólio papal na interpretação da Bíblia, afirmou que
qualquer crente podia ler as Escrituras sem intervenção do clero;
História A, 10º ano, Módulo 3 144
A missa foi substituída por uma cerimónia na língua vulgar;
Os cultos da Virgem e dos Santos foi abandonado;
Proclamou o sacerdócio universal;
O celibato e as ordens religiosas foram abandonadas;
O chefe da Igreja reformada passa a ser o chefe de estado. Surgem
as Igrejas Nacionais Evangélicas. O bens da Igreja ficam na mão dos
príncipes alemães;
História A, 10º ano, Módulo 3 145
História A, 10º ano, Módulo 3 146
Só reconheceu dois Sacramentos: Batismo e Eucaristia;
Para Lutero a prática cristã define-se pela relação pessoal do crente
com Deus e não pelas regras, leis e ritos estabelecidos pelos
homens;
A vida religiosa é uma ação de amor a Deus.
O luteranismo expandiu-se rapidamente na Alemanha;
Foi apoiado pelos burgueses;
Os príncipes ficaram com os bens da Igreja Católica e por isso
aderiram à nova Igreja;
A imprensa contribuiu para a divulgação da nova Fé;
História A, 10º ano, Módulo 3 147
História A, 10º ano, Módulo 3 148
Muitos humanistas e artistas converteram-se ao luteranismo;
O Imperador Carlos V, católico, hesitou entre a liberdade religiosa
e a obrigatoriedade de obedecerem ao Papa;
Em 1555, Carlos V, aceitou a Paz de Augsburgo, e aceitou a
liberdade de culto na Alemanha.
O calvinismo
João Calvino (1509-1564), nasceu em França, em 1534 fugiu para
Genebra por causa das perseguições religiosas;
Publicou o livro em língua francesa “Da instituição da religião
cristã”, onde defende a sua doutrina, o calvinismo;
Calvino baseou a sua doutrina na justificação pela Fé, no
sacerdócio universal e na autoridade exclusiva da Bíblia;
Para Calvino a predestinação é absoluta, para ele um ser humano
jamais perderia a “graça da Fé”, se tivesse nascida com ela;
Lutero considerava que se a pessoa perdesse a Fé, não teria a
Salvação garantida;
História A, 10º ano, Módulo 3 149
Da predestinação absoluta nasceu uma grande intolerância para
com as outras doutrinas;
Os calvinistas faziam parte de um grupo de eleitos (os
predestinados);
Se um homem tinha, por exemplo, êxito nos negócios, era um
predestinado;
Não aceitou a ideia de Lutero da chefia da Igreja ser entregue aos
chefes de Estado, pelo contrário, defendeu a supremacia da Igreja
sobre o Estado;
História A, 10º ano, Módulo 3 150
História A, 10º ano, Módulo 3 151
Genebra transformou-se numa sociedade teocrática e perseguiu
católicos e outros protestantes;
O Calvinismo difundiu-se na França, Alemanha, Países Baixos,
Hungria, Polónia, Inglaterra e Escócia.
O anglicanismo. A Reforma na Inglaterra
O rei inglês, Henrique VIII pediu ao Papa para lhe conceder o divórcio
que recusou;
O monarca proclamou o Ato de Supremacia (1534) que o tornou o
chefe supremo da Igreja inglesa;
Autorizou a tradução da Bíblia e secularizou os bens das ordens
religiosas mas manteve-se fiel à doutrina católica;
No reinado do seu filho, Eduardo VI (1537-1553), a igreja inglesa
identificou-se com o calvinismo;
História A, 10º ano, Módulo 3 152
No reinado de Maria Tudor (1516-1558), a Inglaterra voltou ao
catolicismo e perseguiu os protestantes;
No reinado de Isabel I (1533-1603) consolidou-se a igreja anglicana,
num compromisso entre o catolicismo e o calvinismo;
Em 1571 publicou os “Trinta e nove artigos” que ainda hoje é a base
doutrinal da Igreja Anglicana;
História A, 10º ano, Módulo 3 153
História A, 10º ano, Módulo 3 154
Defendia a justificação pela Fé, mas não aceitavam a
predestinação absoluta;
Reconheciam a autoridade absoluta da Bíblia;
Só reconheciam como sacramentos o Batismo e a Eucaristia;
Aboliram o celibato dos padres mas mantiveram uma hierarquia
semelhante aos católicos;
História A, 10º ano, Módulo 3 155
A Inglaterra passou, em termos religiosos por tempos conturbados;
Os católicos levaram o Papa a excomungar Isabel I;
Os calvinistas queixava-se da Igreja anglicana que aos seus olhos era
igual a uma igreja católica. O seu rigor doutrinal valeu-lhes o nome
de puritanos;
Isabel I perseguiu católicos e puritanos. Fez da reforma religiosa uma
arma de reforço da autoridade real;
Muitos puritanos emigraram para os Países Baixos e para a América.
História A, 10º ano, Módulo 3 156
Os protestantes deram um forte impulso ao capitalismo;
A justificação do êxito nos negócios era o sinal da concordância de
Deus;
Os protestantes exaltam o valor do trabalho e renegam os valores
de pobreza dos Franciscanos;
História A, 10º ano, Módulo 3 157
As lutas religiosas
A rutura protestante desencadeou violência. Na Alemanha, Grã-
Bretanha, Suíça, Países Baixos e França sucederam-se
perseguições, lutas, execuções e massacres;
As disputas de teólogos e leigos demonstram um desejo de
renovação espiritual;
História A, 10º ano, Módulo 3 158
4.2 Contrarreforma e reforma católica
A reposta da Igreja Católica à rutura protestante chamou-se
contrarreforma e reforma católica;
Concílio de Trento, criação da Companhia de Jesus, reativação da
Inquisição e do Índex foram alguns dos instrumentos utilizados pela
Igreja Católica;
História A, 10º ano, Módulo 3 159
4.2.1 A reafirmação do dogma e do culto tradicional. A reforma
disciplinar
Em 1545 reuniu-se o Concílio de Trento, convocado pelo Papa Paulo
III. Terminou os seus trabalhos em 1563;
Condena o protestantismo;
História A, 10º ano, Módulo 3 160
Principais decisões tomadas:
Condenação dos princípios da predestinação e da justificação pela
Fé. Reafirma-se o papel das obras humanas na Salvação;
Confirma-se a existência do Purgatório;
A par da Bíblia, proclamou-se o valor sagrado da tradição como
fonte de Fé;
Mantiveram-se os Sete Sacramentos;
Reforçou-se o poder do Papa;
Manteve-se o culto dos Santos e da Virgem;
Manteve-se o latim como língua litúrgica. A língua vulgar era
reservada para sermões e pregações;
História A, 10º ano, Módulo 3 161
Sobre a reforma disciplinar o Concílio de Trento proclamou o
seguinte:
Proibição de acumulação de benefícios eclesiásticos;
A residência obrigatória dos padres e bispos nas paróquias e
dioceses;
Manutenção do celibato eclesiástico;
Proibição da ordenação de sacerdotes e bispos com idades inferiores
a 25 e 30 anos, respetivamente;
Criação de seminários para a formação dos futuros clérigos.
História A, 10º ano, Módulo 3 162
Publicou-se um Catecismo (1566) com a compilação dos princípios
doutrinais decididos em Trento;
Foram publicados um breviário (1568) e um missal para regular a
oração e o culto;
A Igreja procurava disciplinar os fiéis e é imposta uma doutrina
unânime e indiscutível.
História A, 10º ano, Módulo 3 163
4.2.2 O combate ideológico
Os fiéis católicos deveriam ser afastados das heresias e por isso
deveriam ser proibidos de ler os livros que colocavam a Fé católica
em causa;
Em 1543, foi criada a Congregação do Índex para elaborar a lista das
obras consideradas perigosas, a lista ficou conhecida pelo nome de
Índex;
História A, 10º ano, Módulo 3 164
História A, 10º ano, Módulo 3 165
Esta lista teve consequências culturais perniciosas para o
desenvolvimento cultural dos países do espaço católico, e
fomentaram o atraso em relação ao mundo protestante ;
Muitos dos livros que foram colocados no Índex diziam respeito a
publicações filosóficas e científicas, de autores como Galileu,
Descartes, Newton e Leibniz;
A Inquisição (Santo Ofício) tinha sido criada em 1231. Era um
tribunal religioso criado para combater as heresias;
A sua reativação foi considerada uma forma de combater o
protestantismo;
Em 1542, o Papa Paulo III, ordenou a reorganização do tribunal da
Inquisição;
História A, 10º ano, Módulo 3 166
História A, 10º ano, Módulo 3 167
Nos países católicos onde o tribunal da Inquisição se instalou
moveu uma perseguição a protestantes, cristãos-novos, filósofos,
cientistas, etc.;
Instruía processos com bases em denuncias anónimas e usava a
tortura para obter confissões;
Condenava a penas de prisão e à morte na fogueira;
Confiscava os bens dos culpados.
O proselitismo das novas congregações: a Companhia de Jesus
Proselitismo – atividade religiosa exercida com zelo e fervor, no
sentido de angariar adeptos.
A Companhia de Jesus destacou-se nas atividades de missionação,
ensino e pregação.
A contrarreforma levou ao nascimento de novas ordens religiosas:
Agostinhos Descalços, Capuchinhos, Carmelitas Descalços, Jesuítas;
A Companhia de Jesus (jesuítas) foi a que desempenhou um papel
mais relevante;
História A, 10º ano, Módulo 3 168
Inácio de Loyola (1491-1556) foi o fundador da Companhia de
Jesus em 1534;
O seu proselitismo contribuiu para a expansão do catolicismo;
Funcionava como uma organização militar;
Era dirigida por um general ou geral;
História A, 10º ano, Módulo 3 169
História A, 10º ano, Módulo 3 170
Os jesuítas estavam submetidos a uma rigorosa disciplina e
consideram-se os “soldados de Cristo”;
Proclamaram uma obediência incondicional ao Papa;
Preocupavam-se com a formação intelectual dos seus membros;
Viviam no meio da população;
Distinguiram-se como missionários na Ásia, América e África;
Fundaram uma vasta rede de colégios de qualidade que lhes
permitiu uma ascendência sobre a juventude;
Desenvolveram a arte da oratória nos seus sermões;
História A, 10º ano, Módulo 3 171
4.2.3 O impacto da reforma católica na sociedade portuguesa
Portugal integrou-se completamente no movimento da
Contrarreforma e da Reforma católica;
Membros da hierarquia clerical portuguesa participaram no Concílio
de Trento e cumpriram as decisões tomadas no concílio;
As ideias protestantes tiveram uma fraca adesão nas populações
portuguesas;
No reinado de D. João III, chamou a Companhia de Jesus para
Portugal;
Estes desempenharam um importante papel na missionação do
Brasil e do Oriente;
História A, 10º ano, Módulo 3 172
Entre os jesuítas destacam-se os nomes de Francisco Xavier, Manuel
da Nóbrega e António Vieira;
Criaram uma rede de colégios quer em Portugal quer nas suas
colónias;
Em 1555 ficaram com a direção do Colégio das Artes e em 1559 com
a direção da Universidade de Évora;
História A, 10º ano, Módulo 3 173
O clima de intolerância religiosa desenvolve-se em Portugal
originando o recuo das ideias humanistas e do espírito de livre
crítica;
O tribunal da Inquisição foi introduzido em Portugal em 1536 e
instituiu a censura prévia em 1540;
Em 1547 foi publicado o primeiro Índex, estabelecendo a lista dos
livros proibidos;
História A, 10º ano, Módulo 3 174
História A, 10º ano, Módulo 3 175
Foi particularmente violento: atingia obras e autores, bem como os
impressores, livreiros e possuidores das obras;
Humanistas como Damião de Góis e os professores do Colégio das
Artes foram acusados de simpatia por Erasmo (este, apesar das
críticas à Igreja, tinha permanecido católico);
Todos os motivos eram válidos para provocar a atenção da
Inquisição: heresia, bruxaria, bigamia, sodomia, blasfémia, etc.;
O Tribunal da Inquisição estará em vigor, em Portugal, entre 1536 e
1821;
Os cristãos-novos (judeus que se tinham convertido ao cristianismo)
foram o alvo preferido da Inquisição;
História A, 10º ano, Módulo 3 176
História A, 10º ano, Módulo 3 177
Eram vítimas da inveja do seu sucesso nos negócios;
A Inquisição portuguesa utilizou todos os métodos à sua disposição:
tortura para obter confissões, condenações à morta na fogueira, em
auto de fé, etc.;
Muitos cristãos novos abandonaram o país, levando consigo os
capitais que faziam falta ao país;
Portugal via-se mergulhado na inveja, denúncia e intriga;
A Inquisição deixou marcas terríveis na sociedade portuguesa,
contribuindo para o atraso do país;
Impôs severos padrões morais e doutrinais;
Modelaram as consciências e os comportamentos;
Implementaram a angústia do pecado e da culpa;
Instalaram o medo da punição (terrestre e divina).
História A, 10º ano, Módulo 3 178
Quadro comparativo das religiões
Católica, Luterana, Calvinista e Anglicana
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História A, Módulo 3 179
Católica Luterana Calvinista Anglicana
Quais as
fontes de fé?
Bíblia (interpretada pelo
Papa;
A tradição católica
A Bíblia (qualquer
crente a pode
interpretar)
A Bíblia A Bíblia
Como se
alcança a
salvação?
Pela fé e boas obras e
ações
Pela fé
Pela fé (ao alcance
dos predestinados)
Pela fé
Quantos são
os
sacramentos?
Sete: batismo, crisma,
eucaristia, matrimónio,
penitência, ordem e
extrema-unção
Dois: batismo e
eucaristia
Dois: batismo e
eucaristia
Dois:
batismo e
eucaristia
Em que
consiste o rito
religioso?
Missa em latim
Uso das línguas
nacionais
Leitura da Bíblia
orientada por um
pastor
Recusa da veneração
da Virgem e dos
Santos
Uso das línguas
nacionais
Leitura da Bíblia
orientada por um
pastor
Recusa da
veneração da
Virgem e dos Santos
Missa em
inglês
Recusa da
veneração da
Virgem e dos
Santos
Quem é o
chefe máximo
da Igreja
Papa
Não há hierarquia
Recusa da
autoridade do Papa
Não há hierarquia
Recusa da
autoridade do Papa
Rei é o chefe
da Igreja
Recusa da
autoridade
do PapaHistória A, Módulo 3 180
Esta a apresentação foi construída tendo por base os seguintes
manuais:
O tempo da História, COUTO, Célia Pinto e outros, Porto
Editora,2011, Porto;
O essencial da História A, Mário Sanches, Edições ASA, 2005;
Cadernos de História da Arte, Pinto, Ana Lídia; Meireles,
Fernanda; Cambotas, Manuela Cernadas, Porto Editora,
Linhas da História 10, Fortes, Alexandra; Gomes, Fátima Freitas;
Fortes, José, Areal Editores, 2013
Apresentação História A 10º ano, Módulo 3 181

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  • 2. O alargamento do conhecimento do Mundo http://divulgacaohistoria.wordpress.com/
  • 3. 2.1. O contributo português 2.1.1 Inovação técnica Os principais avanços das técnicas náuticas: leme de cadaste (central); bússola; cartas-portulano; astrolábio, quadrante, balestilha; utilização de velas triangulares ou latinas; Surge um novo tipo de barco, a caravela, que permite bolinar. Mais tarde surgem as naus e galeões. História A, 10º ano, Mòdulo 3 3
  • 4. Grandes avanços na determinação das coordenadas geográficas (latitude e longitude); Os portugueses resolveram o problema de determinar a latitude; O problema de determinar a longitude só foi completamente resolvido no século XVIII; Mercator (1569) desenvolve um novo sistema de projeção cilíndrica mais rigoroso; Cantino publica um novo planisfério em 1502; História A, 10º ano, Mòdulo 3 4 Desenvolve-se a cartografia
  • 5. 2.1.2 Observação e descrição da Natureza As descobertas iniciadas pelos portugueses substituíram a visão limitada do mundo mediterrânico por uma visão global do planeta; Os portugueses, baseados na observação, contrariaram muitas ideias preconcebidas sobre os mares, terras, faunas e flora de regiões pouco conhecidas ou mesmo desconhecidas; É uma atitude pré-científica, resulta do conhecimento empírico, de vivências experimentadas, da realidade observada (experiencialismo); História A, 10º ano, Mòdulo 3 5
  • 6. Contributo de alguns homens: Duarte Pacheco Pereira (1460-1533) – é o primeiro a valorizar a experiência no contexto da observação empírica; Garcia de Orta (1501-1568) – registo das plantas medicinais do Oriente; D. João de Castro (1500-1548) – vice-rei da Índia, é autor de três Roteiros; História A, 10º ano, Mòdulo 3 6
  • 7. História A, 10º ano, Módulo 3 7 Os portugueses negam e corrigem os clássicos, ajudam a construir um saber novo saber; Os novos conhecimentos, derivados do experiencialismo, resumiram-se, na maior parte dos casos, a observações e descrições da Natureza; O saber português, (XV e XVI) contribuiu para o desenvolvimento do espírito crítico.
  • 8. 2.2. O conhecimento científico da Natureza 2.2.1 A matematização do real A conjugação da valorização da experiência e da matemática está na origem do método experimental (método científico); Leonardo da Vinci (1452-1519) teve um papel percursor na afirmação de uma nova mentalidade científica; No processo de matematização do real surge a noção de que só a demonstração matemática das hipóteses suscitadas pela observação permitiria a formulação de leis científicas; História A, 10º ano, Mòdulo 3 8
  • 9. Vulgariza-se o uso dos números e das medidas; Dá uma lenta transformação das estruturas mentais, e revela-se uma mentalidade quantitativa; A numeração romana é substituída pela árabe; O Homem renascentista recorre aos números no decorrer das suas atividades: Navegador - calcula distâncias, latitudes, etc.;) Mercador, banqueiro - avalia lucros e perdas, etc.; Funcionários do Estado - calcula impostos, coleta rendas, etc. História A, 10º ano, Mòdulo 3 9
  • 10. 2.2.2 A revolução das conceções cosmológicas No início do Renascimento, a teoria geocêntrica, era a conceção cosmológica dominante. Derivava dos trabalhos de Aristóteles (384- 322 a.c.) e Ptolomeu (100-165); Já na Antiguidade houve autores que contrariaram esta teoria, como Aristarco de Samos (320-250 a.c.), que defendeu uma perspetiva heliocêntrica; Nicolau Copérnico (1453-1543) retomou a perspetiva heliocêntrica. História A, 10º ano, Mòdulo 3 10
  • 11. Na obra “De Revolutionibus Orbium Coelestium”, Copérnico defende que o Sol está no centro do universo. A Terra e os outros planetas giram em seu redor (movimento de translação) e giram em torno do seu próprio centro (movimento de rotação), em esferas celestes. História A, 10º ano, Mòdulo 3 11
  • 12. As repercussões das conclusões de Copérnico, publicadas nas vésperas da sua morte, não foram sentidas de imediato; A conceção de Copérnico não era correta; No entanto outros vão continuar o caminho iniciado por ele; As conceções do universo geocêntrico de Ptolomeu e a doutrina da Igreja vão ser abaladas; Inicia-se uma verdadeira revolução das conceções cosmológicas. História A, 10º ano, Mòdulo 3 12
  • 13. Giordano Bruno (1548-1600) – frade italiano, defendeu a teoria de um universo infinito, com inúmeras estrelas que eram o centro de outros sistemas planetários. A Inquisição condenou-o a morte na fogueira. Ticho Brahe (1546-1601) – astrónomo dinamarquês, pensou um novo sistema planetários que conciliava a teoria heliocêntrica (os planetas giram à volta do sol) e a geocêntrica (o Sol e a Lua deslocam-se à volta da Terra); Johannes Kepler (1571-1630) – astrónomo alemão, formulou as leis do movimento dos planetas História A, 10º ano, Mòdulo 3 13
  • 14. Galileu Galilei (1564-1642) – astrónomo italiano, aperfeiçoou o telescópio. Estas novas descobertas foram perseguidas pela Inquisição e muitas das obras publicadas que defendiam as teorias heliocêntricas foram colocadas no Índex. Inquisição – tribunal religioso criado no século XIII e restabelecido no século XVI. Investigava, julgava e condenava todos os que fossem suspeitos de terem ideias contrárias às definidas pela Igreja Católica Índex – Lista de livros publicada pela Igreja Católica, cuja leitura era proibida aos católicos. História A, 10º ano, Mòdulo 3 14
  • 15. História A, 10º ano, Mòdulo 3 15 No entanto as novas conceções cosmológicas iam ganhando cada vez mais adeptos; Estava definitivamente definido que os progressos da ciência estavam assentes na formulação de leis a partir da observação, registo e interpretação de factos e experimentação de hipóteses.
  • 17. Os homens do Renascimento aliavam (…) a admiração pelo mundo greco-romano a uma falta de respeito evidente. Inspirar-se nos Antigos para fazer coisas novas, eis o propósito. Nos grandes artistas do Renascimento a imitação da Antiguidade nunca foi servil (…). Jean Delumeau, A Civilização do renascimento 3.3 A reinvenção das formas artísticas. A imitação e superação dos modelos da Antiguidade História A, 10º ano, Módulo 3 17
  • 18. Os artistas do Renascimento possuíam uma técnica superior à dos Antigos (…). Os pintores da Grécia e Roma não conheciam a pintura a óleo (…) Os estudos dos Flamengos e, mais ainda, dos Italianos tiveram um carácter inédito. Jean Delumeau, A Civilização do renascimento História A, 10º ano, Módulo 3 18
  • 19. Pintura do Gótico, Giotto e do Renascimento História A, 10º ano, Módulo 3 19
  • 20. A pintura renascentista foi um exercício intelectual; O artista já não é o artesão medieval anónimo, mas um intelectual reconhecido; Procura a fama, o seu trabalho é uma obra de arte, uma obra- prima; A pintura do Renascimento foi o culminar de um processo iniciado no século XIII por Giotto; História A, 10º ano, Módulo 3 20
  • 21. História A, 10º ano, Módulo 3 21 Inspirado na cultura e arte da Antiguidade Clássica (Roma e Grécia) o artista procura uma formação humanista e científica; O artista ainda devia estudar geometria, perspetiva, aritmética, gramática, filosofia, história, astronomia, medicina, anatomia de modo a poderem expressar bem a sua arte.
  • 22. A arte deve ser a imitação (mimesis) da Natureza; A pintura renascentista é uma arte racional, científica e uma imitação intelectualizada e tecnicista da Natureza; Todos estes aspetos foram estudados e teorizados; No século XVI a arte ganhou mais emoção; A pintura do Renascimento ultrapassou a Arte da Antiguidade Clássica, e foi a base da pintura ocidental. História A, 10º ano, Módulo 3 22
  • 23. Paolo Uccello, A caçada na Floresta História A, 10º ano, Módulo 3 23
  • 24. Perspetiva científica História A, 10º ano, Módulo 3 24
  • 25. Uma das principais descobertas técnicas do Renascimento foi a perspetiva, rigorosa e científica; Permite construir o espaço pictórico segundo as leis da ótica, das proporções geométricas, da exatidão matemática e do tratamento da luz de uma forma coerente. História A, 10º ano, Módulo 3 25
  • 26. Todas as linhas convergem para um ponto para o qual o olhar é atraído; Tudo é ritmado segundo valores matemáticos; História A, 10º ano, Módulo 3 26
  • 27. A luz é o elemento que confere volume à pintura; História A, 10º ano, Módulo 3 27
  • 28. Na Flandres, século XV, inventaram a técnica do óleo: Seca lentamente, podia ser retocada; Tornava possível as velaturas (transparências); Empastes (grande espessura de tinta); Gradações cromáticas; Elaboração de modelados – técnica para obter, por meio de gradações cromáticas, a ilusão de volume. História A, 10º ano, Módulo 3 28
  • 29. Mestre Flémalle, A Virgem e o Menino História A, 10º ano, Módulo 3 29
  • 30. Rogier van der Weyden (c. 1400 – 1464), Tríptico de Columba História A, 10º ano, Módulo 3 30 Pintam as cenas religiosas com um enquadramento de atualidade; Grande preocupação com o pormenor; Retrato com grande realismo.
  • 31. História A, 10º ano, Módulo 3 31 Jan van Eyck (1390 – 1441), O casamento dos Arnolfini Simbolismos: o cão, os pés descalços, a cama, os frutos, etc.
  • 32. Jan van Eyck (c. 1390-1441), foi o grande divulgador da técnica do óleo; É considerado o grande génio da pintura flamenga do século XV; História A, 10º ano, Módulo 3 32
  • 33. Inovações técnicas na pintura renascentista (conclusão): Perspetiva; Pintura a óleo; Tela e cavalete; Elaborado claro-escuro. História A, 10º ano, Módulo 3 33
  • 35. Temática: Religiosa; Mitologia e literatura clássica (grega e romana); Retrato; Paisagem; Nu. História A, 10º ano, Módulo 3 35
  • 36. Principais pintores do século XV: Inovadores, preocupados com os estudos de perspetiva, volume, etc. A pintura é uma reflexão e procura constante: Masaccio (1401-1428); Paolo Ucello (1397-1475); Piero della Francesca (1415-1492); Andrea Mantegna (1431-1506). História A, 10º ano, Módulo 3 36
  • 37. Grupo de pintores mais marcados pela tradição gótica, mais líricos e místicos: Fra Angélico (1395-1455); Sandro Botticelli (1445-1510) Fra Fillippo Lippi (1460-1469) História A, 10º ano, Módulo 3 37
  • 38. Pintores de Veneza, estão mais preocupados com a cor e o movimento: Giovanni Bellini (1432-1516); Antonello da Messina (1430-1479); Carlo Crivelli (1430-1493) História A, 10º ano, Módulo 3 38
  • 39. Análise de alguns pintores História A, 10º ano, Módulo 3 39
  • 40. Masaccio, O pagamento do tributo, c. 1427, fresco História A, 10º ano, Módulo 3 40
  • 41. Masaccio: Teve um papel revolucionário na pintura; Utilizou a luz e sombra para obter volume; A paisagem e elementos arquitetónicos fazem parte de uma composição naturalista; Aplicou a perspetiva empírica. História A, 10º ano, Módulo 3 41
  • 42. Paolo Uccello, A Batalha de San Romano, c. 1452, têmpera sobre madeira História A, 10º ano, Módulo 3 42
  • 43. Paolo Uccello: Estudo científico da perspetiva; Composições cénicas complexas. História A, 10º ano, Módulo 3 43
  • 44. Piero della Francesca, Díptico dos Duques de Urbino, 1465, têmpera sobre madeira História A, 10º ano, Módulo 3 44
  • 45. Piero della Francesca: Estudo científico da perspetiva; Escreve livros sobre matemática, geometria e perspetiva; Luminosidade tratada de uma maneira muito elaborada. História A, 10º ano, Módulo 3 45
  • 46. Piero della Francesca, A Flagelação, 1465, têmpera sobre madeira História A, 10º ano, Módulo 3 46
  • 47. Andrea Mantegna, Cristo Morto, c. 1480, têmpera sobre madeira História A, 10º ano, Módulo 3 47
  • 48. Sandro Botticelli, Nascimento de Vénus, c. 1485, têmpera sobre madeira História A, 10º ano, Módulo 3 48
  • 49. Sandro Botticelli: Prevalência do desenho sobre o modelado; Harmonia da composição. História A, 10º ano, Módulo 3 49
  • 50. A pintura, no século XVI, atinge o auge das: Pesquisas e inovações; Equilíbrio e maturidade; Roma foi a cidade mais importante em termos artísticos. Vasari, chama a este período o Alto Renascimento, Perfeito Renascimento ou Classicismo. O século XVI e o amadurecimento da pintura renascentista História A, 10º ano, Módulo 3 50
  • 51. Principais artistas: Miguel Ângelo Buonarroti (1475-1564); Rafael (1483-1520) Leonardo da Vinci (1452-1519) Escola Veneziana: Giorgione (1477-1510) Ticiano (1490-1576) História A, 10º ano, Módulo 3 51
  • 52. Miguel Ângelo, escultor, pintor, arquiteto, poeta; Artista temperamental que criou uma arte mais expressiva, mais dramática e monumental; Escorços violentos e contrastes de cor e claro/escuro; Mostrando já sinais de rutura com o Renascimento. Miguel Ângelo Buonarroti (1475-1564); História A, 10º ano, Módulo 3 52
  • 53. Na pintura a sua principal obra foi o teto da Capela Sistina, em Roma, e mais tarde a parede do altar História A, 10º ano, Módulo 3 53
  • 54. Capela Sistina, 1508-1512 História A, 10º ano, Módulo 3 54
  • 55. Miguel Ângelo, teto da Capela Sistina, 1508-12, fresco História A, 10º ano, Módulo 3 55 Antigo Testamento – desde criação do Homem até ao Dilúvio; Mais de 300 figuras; Grande expressividade.
  • 56. A criação do Homem História A, 10º ano, Módulo 3 56
  • 57. Rafael (1483-1520) Pintor espanhol; Viveu em Roma; Pintura expressiva, elegante e serena; História A, 10º ano, Módulo 3 57
  • 58. Rafael, Retrato de Maddalena Doni, 1505, óleo sobre madeira História A, 10º ano, Módulo 3 58
  • 59. Nascido a 15 de Abril de 1452, Leonardo foi discípulo do pintor e escultor Andrea Verrochio; Tornou-se o símbolo do Homem culto, racional, sensível e humanista do Renascimento; Os seus interesses incluíam: pintura, escultura, arquitetura, anatomia, física, biologia, engenharia… História A, 10º ano, Módulo 3 59
  • 60. Máquina para elevação de pesos; desenho para uma igreja; estudo para uma estátua. História A, 10º ano, Módulo 3 60
  • 61. Chegou à oficina de Verrochio em 1469 (?); Em 1472, com 20 anos, é aceite como pintor pela corporação de artistas de Florença; Trabalhou em Florença, Milão, Mântua, Roma e França; Morreu em Amboise, (França), a 2 de Maio de 1519. História A, 10º ano, Módulo 3 61
  • 62. São conhecidas 25 obras, cerca de um terço inacabadas; Conservou 3 obras em seu poder: Mona Lisa; Santa Ana, a Virgem e o Menino; S. João Baptista. História A, 10º ano, Módulo 3 62
  • 63. Leonardo da Vinci, Retrato de Ginevra Benci, c. 1478-80, óleo sobre madeira História A, 10º ano, Módulo 3 63
  • 64. A Última Ceia, 1495-97 óleo sobre alvenaria História A, 10º ano, Módulo 3 64
  • 65. Leonardo desenvolveu uma técnica para substituir o fresco, para poder pintar mais lentamente História A, 10º ano, Módulo 3 65
  • 66. Mona Lisa, 1503-06, Óleo sobre madeira História A, 10º ano, Módulo 3 66
  • 67. Leonardo inventou o “sfumato” que consiste numa transição muito gradual da luz/sombra, que torna quase impercetível o contorno das formas História A, 10º ano, Módulo 3 67
  • 68. A palavra “sfumato” pode ser traduzida para “esfumado, turvo, nebuloso”; Não há contornos definidos, as transições e contrastes são suaves; Parece que um nevoeiro fino envolve os objetos; É uma característica da pintura de Leonardo. História A, 10º ano, Módulo 3 68
  • 69. Para obter este efeito trabalhava com camadas finíssimas de óleo; O “sfumato” foi uma inovação revolucionária para a pintura; Permite um novo tratamento do claro/escuro; Antes existia uma separação nítida das cores, os objetos pareciam “recortados” do fundo do quadro; História A, 10º ano, Módulo 3 69
  • 70. Pintura Veneziana: Escola de Veneza privilegia a cor; Exaltação da riqueza e da paisagem; História A, 10º ano, Módulo 3 70
  • 71. Gorgione, A Tempestade, 1508, óleo sobre tela História A, 10º ano, Módulo 3 71
  • 72. Ticiano, Vénus de Urbino, 1538, óleo sobre tela História A, 10º ano, Módulo 3 72
  • 73. A escultura renascentista foi fruto do: Desenvolvimento e aperfeiçoamento da escultura gótica; Contacto dos artistas com a escultura clássica; Escultura Renascentista História A, 10º ano, Módulo 3 73
  • 74. Nasceu em Florença, no século XV: Lorenzo Ghiberti (1378-14559; Donato Donatello (1386-1466); Luca della Robia (1400-1482); Jacopo della Quercia (1346-1458) Andrea Verrocchio (1436-1488); Antonio Pollaiuolo (1431-1498). História A, 10º ano, Módulo 3 74
  • 75. Atinge o apogeu no século XVI, com Miguel Ângelo Buonnaroti (1475-1564) História A, 10º ano, Módulo 3 75
  • 76. Estátuas da época clássica (Roma e Grécia) História A, 10º ano, Módulo 3 76
  • 77. Túlio Lombardo, Adão, c. 1490, Veneza, Mármore, 1,90 m História A, 10º ano, Módulo 3 77 A influência clássica, é mais visível na escultura do que na arquitetura e sobretudo na pintura;
  • 78. No século XV, a escultura é a mais prestigiada das artes; Aprendizagem rápida dos modelos clássicos; O Homem é “a medida de todas as coisas”; A escultura copia a natureza em todas as suas proporções; História A, 10º ano, Módulo 3 78
  • 79. Donatello, busto de Nicola de Uzano, terracota; Mino de Fiesole, busto de João de Médicis, mármore; Benedetto de Maiano, busto de Pietro Mellini, mármore História A, 10º ano, Módulo 3 79
  • 80. Representação do Homem com fidelidade; Aspetos físicos e anatómicos; Expressão; História A, 10º ano, Módulo 3 80
  • 81. Reaparece o nu; Retrato (corpo inteiro ou busto); Estátuas equestres; História A, 10º ano, Módulo 3 81
  • 82. Donatello, David, c. 1430, bronze, 1,58 m. História A, 10º ano, Módulo 3 82
  • 83. Representações da Antiguidade Clássica (Roma e Grécia), fascínio pela História; O modelo clássico é utilizado até para representar figuras bíblicas; Esculturas de pequeno formato (colecionadores privados). História A, 10º ano, Módulo 3 83
  • 84. Autonomia da escultura em relação à arquitetura; Predomínio da escultura de vulto redondo (estátua independente); Escultura como monumento individual; Expostas no meio de praças, jardins ou edifícios; História A, 10º ano, Módulo 3 84
  • 85. Maior liberdade criadora para o artista; O artista concebe e executa a obra, à qual pretende dar um cunho individual (originalidade); O autor passa a ser reconhecido; Há uma grande produção escultórica no século XV. História A, 10º ano, Módulo 3 85
  • 86. Ghiberti, Portas do Paraíso (pormenores) História A, 10º ano, Módulo 3 86
  • 87. Donato Donatello: aprendiz de Ghiberti, Primeiro escultor renascentista; Autor do primeiro nu, desde o fim do Império Romano; Primeira estátua equestre; Grande capacidade técnica e expressiva; História A, 10º ano, Módulo 3 87
  • 88. O século XVI foi menos rico em escultura; Miguel Ângelo Buonnaroti foi um dos maiores escultores de todos os tempos; História A, 10º ano, Módulo 3 88
  • 89. Foi escultor, pintor, arquiteto e poeta; Considerava-se um escultor; Não fazia desenhos de projeto, Segundo ele as formas já estavam na pedra a ele competia extrair essas formas; História A, 10º ano, Módulo 3 89
  • 90. M. Ângelo, David, 1501/03, mármore, 2,50 m História A, 10º ano, Módulo 3 90
  • 91. Miguel Ângelo, Tondo Pitti, mármore (pormenor) 1503/04 Inventou uma técnica (non finito), inacabado, deixando visíveis as marcas do cinzel História A, 10º ano, Módulo 3 91
  • 92. M. Ângelo, Escravo que desperta, mármore, 1533 História A, 10º ano, Módulo 3 92
  • 93. Pietà do Vaticano (1498/1501; Pietà de Florença (135/50); Pietà Rondanini (1552/64) História A, 10º ano, Módulo 3 93
  • 94. A Arquitetura do Renascimento A Arquitetura é descendente natural da Antiguidade Clássica de que herdou os princípios fundamentais:
  • 95. Francesco di Giorgio, estudo, 1482 História A, 10º ano, Módulo 3 95
  • 96. Harmonia; Racionalismo; Equilíbrio; Proporção humana – “O Homem é o centro e a medida de todas as coisas. História A, 10º ano, Módulo 3 96
  • 97. Estudam os monumentos da Antiguidade; Surge a Arqueologia e o Colecionismo; Estudam os tratados sobre arquitetura clássicos. História A, 10º ano, Módulo 3 97
  • 98. Filippo Brunelleschi (1377-1446) foi um dos primeiros arquitetos do Renascimento; Foi ourives, escultor e pintor; A partir de 1418 dedica-se à arquitetura. História A, 10º ano, Módulo 3 98
  • 99. Brunelleschi, Cúpula Catedral de Florença Em 1420 vai executar o projeto para a conclusão da cúpula da Catedral de Santa Maria del Fiore (Florença). História A, 10º ano, Módulo 3 99
  • 100. Brunelleschi, Cúpula Catedral de Florença História A, 10º ano, Módulo 3 100 A cúpula muito utilizada pelos romanos, foi esquecida no gótico, é muito utilizada no Renascimento; Permite a abertura de óculos que permitia melhor iluminação do cruzeiro.
  • 101. A cúpula tem dois cascos: Interior, mais pequeno, com tirantes metálicos; Exterior, mais alto, em tijolo; A cúpula foi construída através de uma série de anéis horizontais História A, 10º ano, Módulo 3 101/50 Foi uma das primeiras obras do Renascimento; Mais de engenheiro do que de arquiteto; Criou novos meios técnicos e construtivos;
  • 102. Brunelleschi, Igreja do Espírito Santo Altura das naves proporcional, a central é duas vezes mais alta que as laterais. Está concebida para proporcionar uma ideia de perspetiva. História A, 10º ano, Módulo 3 102
  • 103. Leon Battista Alberti (c.1404-14729) foi o grande teórico da arquitetura renascentista; A ele se deve a primeira teoria sistematizada da arquitetura do Ocidente – “De reaedificatori”. História A, 10º ano, Módulo 3 103
  • 104. Pensa a arquitetura como uma ciência ao serviço do Homem; O racionalismo da sua arquitetura traduz-se na articulação de espaços concebidos a partir de formas geométricas; A referência é o espaço circular; Procura da simetria; História A, 10º ano, Módulo 3 104
  • 105. L. B. Alberti, Santa Maria Novella, Florença, 1460, construção segundo traçados geométricos rigorosos História A, 10º ano, Módulo 3 105
  • 106. A planta perfeita é circular; Edifícios pensados em articulação com as construções que os rodeiam; História A, 10º ano, Módulo 3 106
  • 107. A Brunelleschi deve-se a procura da ordem matemática e racional e a introdução de novos mecanismos e técnicas; A Alberti a sistematização teórica. História A, 10º ano, Módulo 3 107
  • 108. Donato Bramante (1444-1514), Tempieto, c. 1502, tornou-se o modelo para os edifícios de planta centrada e cobertura em cúpula A planta centrada tornou-se o modelo mais comum. História A, 10º ano, Módulo 3 108
  • 109. Os elementos decorativos eram retirados da gramática decorativa clássica; História A, 10º ano, Módulo 3 109
  • 110. Miguel Ângelo, Praça do Capitólio, Roma, 1546 Urbanismo História A, 10º ano, Módulo 3 110
  • 111. Leonardo da Vinci, Praça Ducal de Vigevano Filarete, cidade ideal de Sforzinda Piero della Francesca, cidade ideal, História A, 10º ano, Módulo 3 111
  • 112. Cidades concebidas segundo uma malha regular; Alinhamento de igrejas, palácios e edifícios administrativos alinhados segundo planos matemáticos; Local nobre da cidade é a praça; São elaborados projetos de cidades ideais. História A, 10º ano, Módulo 3 112
  • 113. 3.3.4 A arte em Portugal: o gótico-manuelino e a afirmação das novas tendências renascentistas História A, 10º ano, Módulo 3 113
  • 114. Gótico desenvolve-se após o fim da Reconquista – prolonga-se até ao século XVI (Manuelino); Norte apego ao Românico; Gótico ligado às ordens monásticas; Seguindo os princípios estéticos franceses o gótico português foi simples; No final do século XV, surge o Manuelino (reinados de D. Manuel I e D. João III). História A, 10º ano, Módulo 3 114
  • 115. Planta de Igreja do Manuelino, Portal do Mosteiro dos Jerónimos História A, 10º ano, Módulo 3 115
  • 116. Janela e Portal do Convento de Cristo, Tomar Torre de Belém, Lisboa História A, 10º ano, Módulo 3 116
  • 117. Mantém a estrutura gótica; Igrejas-salão (uma só nave); Ornamentação exuberante (rendilhado na pedra) Influências: gótico plateresco, gótico flamejante, Decoração inspirada nos Descobrimentos: cordas, velas, motivos marítimos e na Heráldica: brasões, esfera armilar. História A, 10º ano, Módulo 3 117
  • 118. A arquitetura renascentista portuguesa refletiu o espírito da Contrarreforma; Igrejas-salão; Decoração influenciada pelo plateresco; Influências do ultramar, sobretudo da Índia; Foi de curta duração; História A, 10º ano, Módulo 3 118
  • 119. Principais arquitetos: Diogo Arruda (?-1530): Miguel Arruda (?-1563); João Castilho (1490-1553); Diogo Castilho (1493-1574). História A, 10º ano, Módulo 3 119
  • 120. Vasco Fernandes, Jesus em Casa de Marta e Maria, c. 1542 Pintura História A, 10º ano, Módulo 3 120
  • 121. A pintura renascentista portuguesa foi de curta duração; Temática fundamentalmente religiosa; Influências da Flandres, Alemanha e Itália; História A, 10º ano, Módulo 3 121
  • 122. Gregório Lopes, Martírio de S. Sebastião, c. 1538 História A, 10º ano, Módulo 3 122
  • 123. Nuno Gonçalves, Painéis de S. Vicente de Fora História A, 10º ano, Módulo 3 123
  • 124. Principais pintores: Vasco Fernandes (c. 1475-1542); Gaspar Vaz (c. 1490-1568); Garcia Fernandes (?-1565); Nuno Gonçalves. História A, 10º ano, Módulo 3 124
  • 125. Filipe Hodarte, Apóstolos, 1534 História A, 10º ano, Módulo 3 125 Escultura
  • 126. João de Ruão, deposição de Cristo no Túmulo, Coimbra História A, 10º ano, Módulo 3 126
  • 127. Nicolau de Chanterenne, retábulo da Pena, Sintra, 1532 História A, 10º ano, Módulo 3 127
  • 128. Escultura ligada à tradição gótica; Fundamentalmente ligada à arquitetura; Relevos, retábulos e decoração do interior das igrejas; As influências italianas só chegaram no século XVI; História A, 10º ano, Módulo 3 128
  • 129. Principais escultores: Nicolau de Chanterenne (?-1551); João de Ruão (?-1580); História A, 10º ano, Módulo 3 129
  • 130. A renovação da espiritualidade e da religiosidade http://divulgacaohistoria.wordpress.com/
  • 131. 4.1 A Reforma Protestante 4.1.1 Individualismo religioso e críticas à Igreja Católica Nesta época a radicalização de posições levou à rutura teológica de Lutero e Calvino; As grandes calamidades do século XIV (fomes, guerras e pestes) desenvolveram nas pessoas um clima de pessimismo; Divulga-se a ideia de um Deus castigador dos pecados dos homens; História A, 10º ano, Módulo 3 131
  • 132. Para agravar a situação a Igreja está dividida. Entre 1378 e 1417, existem dois Papas. Um em Roma e outro em Avinhão (cidade francesa). É o Cisma do Ocidente. História A, 10º ano, Módulo 3 132
  • 133. História A, 10º ano, Módulo 3 133 O fim do Cisma não significou o fim da crise da Igreja; Os Papas renascentistas levavam uma vida pouco condizente com os ideias cristãos; Os maus exemplos abundavam em toda a hierarquia católica; Na Igreja abundava o abandono espiritual dos fiéis, o absentismo do clero e a dissolução dos costumes; Desde o século XIV começam a surgir críticas à Igreja Católica;
  • 134. Por um lado: Desenvolvem-se práticas de supersticiosas e fanáticas (feitiçaria, procissões de flagelantes, etc.; Por outro: Práticas de novas formas de piedade mais intimistas e individualistas, como a Devotio Moderna, na Holanda que defendia uma vida humilde, de devoção a Deus e a prática da solidariedade; Na obra “Imitação de Cristo”, escrita em língua vulgar, o monge alemão, Thomas Kempis (1379-1471)defende os princípios da Devotio Moderna; Este livro exerceu uma forte influência no individualismo religioso do século XV. História A, 10º ano, Módulo 3 134
  • 135. Surgem as heresias; John Wiclif, (1328-1384), professor em Oxford, põe em dúvida a utilidade do clero e a validade dos sacramentos; Apela ao estudo direto da Bíblia que considera a única fonte de Fé; Associada a esta heresia esteve o movimento dos lolardos, padres pobres que se associaram aos camponeses na sua luta contras os senhores; Heresia: Negação ou dúvida sobre algum ponto da Fé Católica. História A, 10º ano, Módulo 3 135
  • 136. Jan Huss (1369-1415), reitor da Universidade de Praga (Polónia), apoiou as ideias de Wiclif; Defendeu a criação de uma Igreja nacional, desligada da obediência ao Papa; Savonarola (1452-1498), monge italiano denunciou as práticas da alta hierarquia da Igreja; Muitas destes homens foram condenados pelo tribunal da Inquisição e morreram na fogueira; História A, 10º ano, Módulo 3 136
  • 137. Muitos humanistas, como Erasmo de Roterdão, criticaram as práticas da Igreja; Todas estas polémicas e contestações abriram caminho à Reforma. História A, 10º ano, Módulo 3 137
  • 138. 4.1.2 A rutura ideológica Reforma – Cisma (divisão) na Igreja Católica desencadeada na primeira metade do século XVI; Foi protagonizada por Lutero, Calvino e Henrique VIII; Surge uma nova conceção de Igreja; Embora com diferenças o luteranismo, o calvinismo e o anglicanismo têm como pontos comuns: a justificação pela Fé; a exclusividade da Bíblia como fonte de Fé, o sacerdócio universal e a não aceitação da supremacia do Papa; Estas igrejas são conhecidas pelo nome de protestantismo. História A, 10º ano, Módulo 3 138
  • 139. Martinho Lutero (1483-1546) desencadeou a Reforma; Alemão, monge agostinho, Mestre em Filosofia; Lutero colocava a seguinte questão: “Como pode alguém levar uma vida perfeita perante Deus”; Em 1510 fez uma viagem a Roma que o desgostou perante o espetáculo degradante dos membros do clero; História A, 10º ano, Módulo 3 139
  • 140. História A, 10º ano, Módulo 3 140 Em 1517 afixou, na porta da Catedral de Wittenberg, as 95 teses contra as indulgências; Indulgências – eram uma forma de redimir os pecados, em vigor desde o século XI, concedida pelo Papa, perante a prática de boas obras (peregrinações, prática de esmolas, mas também podia ser comprada por uma determinada soma de dinheiro.
  • 141. Em 1515, o Papa Leão X, porque precisava de dinheiro para obras na Basílica de São Pedro (Vaticanos), autorizou a pregação de venda de indulgências; Contra isto se revoltou Lutero; Nas “95 teses” refutou o Papa e alguns dogmas da Igreja, afirmava que a salvação depende da Fé e não das obras; História A, 10º ano, Módulo 3 141
  • 142. História A, 10º ano, Módulo 3 142 Martinho Lutero protagonizou uma rutura teológica com a Igreja; A igreja considerou estas novas ideias uma heresia; Em 1521, Lutero, foi excomungado e expulso da Alemanha; ~Seguiram-se tempos conturbados, do ponto de vista religioso, mas o protestantismo foi ganhando adeptos;
  • 143. A justificação pela Fé é a base doutrinária da reforma luterana, é uma nova doutrina da salvação; Para Lutero, o Homem não tem livre-arbítrio. É Deus que decide sobre a salvação dos homens; É Deus que predestina uns homens para a salvação outros para a condenação; O luteranismo abre caminho às teses da predestinação que serão desenvolvidas por Calvino; História A, 10º ano, Módulo 3 143
  • 144. 4.1.3 As igrejas reformadas O Luteranismo Lutero considerava a Bíblia como única fonte de Fé e autoridade doutrinal; Rejeitou as obras dos Padres da Igreja e as decisões dos concílios que considerava meras palavras humanas e por isso sujeitas à crítica e à revisão; Negou o monopólio papal na interpretação da Bíblia, afirmou que qualquer crente podia ler as Escrituras sem intervenção do clero; História A, 10º ano, Módulo 3 144
  • 145. A missa foi substituída por uma cerimónia na língua vulgar; Os cultos da Virgem e dos Santos foi abandonado; Proclamou o sacerdócio universal; O celibato e as ordens religiosas foram abandonadas; O chefe da Igreja reformada passa a ser o chefe de estado. Surgem as Igrejas Nacionais Evangélicas. O bens da Igreja ficam na mão dos príncipes alemães; História A, 10º ano, Módulo 3 145
  • 146. História A, 10º ano, Módulo 3 146 Só reconheceu dois Sacramentos: Batismo e Eucaristia; Para Lutero a prática cristã define-se pela relação pessoal do crente com Deus e não pelas regras, leis e ritos estabelecidos pelos homens; A vida religiosa é uma ação de amor a Deus.
  • 147. O luteranismo expandiu-se rapidamente na Alemanha; Foi apoiado pelos burgueses; Os príncipes ficaram com os bens da Igreja Católica e por isso aderiram à nova Igreja; A imprensa contribuiu para a divulgação da nova Fé; História A, 10º ano, Módulo 3 147
  • 148. História A, 10º ano, Módulo 3 148 Muitos humanistas e artistas converteram-se ao luteranismo; O Imperador Carlos V, católico, hesitou entre a liberdade religiosa e a obrigatoriedade de obedecerem ao Papa; Em 1555, Carlos V, aceitou a Paz de Augsburgo, e aceitou a liberdade de culto na Alemanha.
  • 149. O calvinismo João Calvino (1509-1564), nasceu em França, em 1534 fugiu para Genebra por causa das perseguições religiosas; Publicou o livro em língua francesa “Da instituição da religião cristã”, onde defende a sua doutrina, o calvinismo; Calvino baseou a sua doutrina na justificação pela Fé, no sacerdócio universal e na autoridade exclusiva da Bíblia; Para Calvino a predestinação é absoluta, para ele um ser humano jamais perderia a “graça da Fé”, se tivesse nascida com ela; Lutero considerava que se a pessoa perdesse a Fé, não teria a Salvação garantida; História A, 10º ano, Módulo 3 149
  • 150. Da predestinação absoluta nasceu uma grande intolerância para com as outras doutrinas; Os calvinistas faziam parte de um grupo de eleitos (os predestinados); Se um homem tinha, por exemplo, êxito nos negócios, era um predestinado; Não aceitou a ideia de Lutero da chefia da Igreja ser entregue aos chefes de Estado, pelo contrário, defendeu a supremacia da Igreja sobre o Estado; História A, 10º ano, Módulo 3 150
  • 151. História A, 10º ano, Módulo 3 151 Genebra transformou-se numa sociedade teocrática e perseguiu católicos e outros protestantes; O Calvinismo difundiu-se na França, Alemanha, Países Baixos, Hungria, Polónia, Inglaterra e Escócia.
  • 152. O anglicanismo. A Reforma na Inglaterra O rei inglês, Henrique VIII pediu ao Papa para lhe conceder o divórcio que recusou; O monarca proclamou o Ato de Supremacia (1534) que o tornou o chefe supremo da Igreja inglesa; Autorizou a tradução da Bíblia e secularizou os bens das ordens religiosas mas manteve-se fiel à doutrina católica; No reinado do seu filho, Eduardo VI (1537-1553), a igreja inglesa identificou-se com o calvinismo; História A, 10º ano, Módulo 3 152
  • 153. No reinado de Maria Tudor (1516-1558), a Inglaterra voltou ao catolicismo e perseguiu os protestantes; No reinado de Isabel I (1533-1603) consolidou-se a igreja anglicana, num compromisso entre o catolicismo e o calvinismo; Em 1571 publicou os “Trinta e nove artigos” que ainda hoje é a base doutrinal da Igreja Anglicana; História A, 10º ano, Módulo 3 153
  • 154. História A, 10º ano, Módulo 3 154 Defendia a justificação pela Fé, mas não aceitavam a predestinação absoluta; Reconheciam a autoridade absoluta da Bíblia; Só reconheciam como sacramentos o Batismo e a Eucaristia; Aboliram o celibato dos padres mas mantiveram uma hierarquia semelhante aos católicos;
  • 155. História A, 10º ano, Módulo 3 155
  • 156. A Inglaterra passou, em termos religiosos por tempos conturbados; Os católicos levaram o Papa a excomungar Isabel I; Os calvinistas queixava-se da Igreja anglicana que aos seus olhos era igual a uma igreja católica. O seu rigor doutrinal valeu-lhes o nome de puritanos; Isabel I perseguiu católicos e puritanos. Fez da reforma religiosa uma arma de reforço da autoridade real; Muitos puritanos emigraram para os Países Baixos e para a América. História A, 10º ano, Módulo 3 156
  • 157. Os protestantes deram um forte impulso ao capitalismo; A justificação do êxito nos negócios era o sinal da concordância de Deus; Os protestantes exaltam o valor do trabalho e renegam os valores de pobreza dos Franciscanos; História A, 10º ano, Módulo 3 157
  • 158. As lutas religiosas A rutura protestante desencadeou violência. Na Alemanha, Grã- Bretanha, Suíça, Países Baixos e França sucederam-se perseguições, lutas, execuções e massacres; As disputas de teólogos e leigos demonstram um desejo de renovação espiritual; História A, 10º ano, Módulo 3 158
  • 159. 4.2 Contrarreforma e reforma católica A reposta da Igreja Católica à rutura protestante chamou-se contrarreforma e reforma católica; Concílio de Trento, criação da Companhia de Jesus, reativação da Inquisição e do Índex foram alguns dos instrumentos utilizados pela Igreja Católica; História A, 10º ano, Módulo 3 159
  • 160. 4.2.1 A reafirmação do dogma e do culto tradicional. A reforma disciplinar Em 1545 reuniu-se o Concílio de Trento, convocado pelo Papa Paulo III. Terminou os seus trabalhos em 1563; Condena o protestantismo; História A, 10º ano, Módulo 3 160
  • 161. Principais decisões tomadas: Condenação dos princípios da predestinação e da justificação pela Fé. Reafirma-se o papel das obras humanas na Salvação; Confirma-se a existência do Purgatório; A par da Bíblia, proclamou-se o valor sagrado da tradição como fonte de Fé; Mantiveram-se os Sete Sacramentos; Reforçou-se o poder do Papa; Manteve-se o culto dos Santos e da Virgem; Manteve-se o latim como língua litúrgica. A língua vulgar era reservada para sermões e pregações; História A, 10º ano, Módulo 3 161
  • 162. Sobre a reforma disciplinar o Concílio de Trento proclamou o seguinte: Proibição de acumulação de benefícios eclesiásticos; A residência obrigatória dos padres e bispos nas paróquias e dioceses; Manutenção do celibato eclesiástico; Proibição da ordenação de sacerdotes e bispos com idades inferiores a 25 e 30 anos, respetivamente; Criação de seminários para a formação dos futuros clérigos. História A, 10º ano, Módulo 3 162
  • 163. Publicou-se um Catecismo (1566) com a compilação dos princípios doutrinais decididos em Trento; Foram publicados um breviário (1568) e um missal para regular a oração e o culto; A Igreja procurava disciplinar os fiéis e é imposta uma doutrina unânime e indiscutível. História A, 10º ano, Módulo 3 163
  • 164. 4.2.2 O combate ideológico Os fiéis católicos deveriam ser afastados das heresias e por isso deveriam ser proibidos de ler os livros que colocavam a Fé católica em causa; Em 1543, foi criada a Congregação do Índex para elaborar a lista das obras consideradas perigosas, a lista ficou conhecida pelo nome de Índex; História A, 10º ano, Módulo 3 164
  • 165. História A, 10º ano, Módulo 3 165 Esta lista teve consequências culturais perniciosas para o desenvolvimento cultural dos países do espaço católico, e fomentaram o atraso em relação ao mundo protestante ; Muitos dos livros que foram colocados no Índex diziam respeito a publicações filosóficas e científicas, de autores como Galileu, Descartes, Newton e Leibniz;
  • 166. A Inquisição (Santo Ofício) tinha sido criada em 1231. Era um tribunal religioso criado para combater as heresias; A sua reativação foi considerada uma forma de combater o protestantismo; Em 1542, o Papa Paulo III, ordenou a reorganização do tribunal da Inquisição; História A, 10º ano, Módulo 3 166
  • 167. História A, 10º ano, Módulo 3 167 Nos países católicos onde o tribunal da Inquisição se instalou moveu uma perseguição a protestantes, cristãos-novos, filósofos, cientistas, etc.; Instruía processos com bases em denuncias anónimas e usava a tortura para obter confissões; Condenava a penas de prisão e à morte na fogueira; Confiscava os bens dos culpados.
  • 168. O proselitismo das novas congregações: a Companhia de Jesus Proselitismo – atividade religiosa exercida com zelo e fervor, no sentido de angariar adeptos. A Companhia de Jesus destacou-se nas atividades de missionação, ensino e pregação. A contrarreforma levou ao nascimento de novas ordens religiosas: Agostinhos Descalços, Capuchinhos, Carmelitas Descalços, Jesuítas; A Companhia de Jesus (jesuítas) foi a que desempenhou um papel mais relevante; História A, 10º ano, Módulo 3 168
  • 169. Inácio de Loyola (1491-1556) foi o fundador da Companhia de Jesus em 1534; O seu proselitismo contribuiu para a expansão do catolicismo; Funcionava como uma organização militar; Era dirigida por um general ou geral; História A, 10º ano, Módulo 3 169
  • 170. História A, 10º ano, Módulo 3 170 Os jesuítas estavam submetidos a uma rigorosa disciplina e consideram-se os “soldados de Cristo”; Proclamaram uma obediência incondicional ao Papa; Preocupavam-se com a formação intelectual dos seus membros; Viviam no meio da população;
  • 171. Distinguiram-se como missionários na Ásia, América e África; Fundaram uma vasta rede de colégios de qualidade que lhes permitiu uma ascendência sobre a juventude; Desenvolveram a arte da oratória nos seus sermões; História A, 10º ano, Módulo 3 171
  • 172. 4.2.3 O impacto da reforma católica na sociedade portuguesa Portugal integrou-se completamente no movimento da Contrarreforma e da Reforma católica; Membros da hierarquia clerical portuguesa participaram no Concílio de Trento e cumpriram as decisões tomadas no concílio; As ideias protestantes tiveram uma fraca adesão nas populações portuguesas; No reinado de D. João III, chamou a Companhia de Jesus para Portugal; Estes desempenharam um importante papel na missionação do Brasil e do Oriente; História A, 10º ano, Módulo 3 172
  • 173. Entre os jesuítas destacam-se os nomes de Francisco Xavier, Manuel da Nóbrega e António Vieira; Criaram uma rede de colégios quer em Portugal quer nas suas colónias; Em 1555 ficaram com a direção do Colégio das Artes e em 1559 com a direção da Universidade de Évora; História A, 10º ano, Módulo 3 173
  • 174. O clima de intolerância religiosa desenvolve-se em Portugal originando o recuo das ideias humanistas e do espírito de livre crítica; O tribunal da Inquisição foi introduzido em Portugal em 1536 e instituiu a censura prévia em 1540; Em 1547 foi publicado o primeiro Índex, estabelecendo a lista dos livros proibidos; História A, 10º ano, Módulo 3 174
  • 175. História A, 10º ano, Módulo 3 175 Foi particularmente violento: atingia obras e autores, bem como os impressores, livreiros e possuidores das obras; Humanistas como Damião de Góis e os professores do Colégio das Artes foram acusados de simpatia por Erasmo (este, apesar das críticas à Igreja, tinha permanecido católico);
  • 176. Todos os motivos eram válidos para provocar a atenção da Inquisição: heresia, bruxaria, bigamia, sodomia, blasfémia, etc.; O Tribunal da Inquisição estará em vigor, em Portugal, entre 1536 e 1821; Os cristãos-novos (judeus que se tinham convertido ao cristianismo) foram o alvo preferido da Inquisição; História A, 10º ano, Módulo 3 176
  • 177. História A, 10º ano, Módulo 3 177 Eram vítimas da inveja do seu sucesso nos negócios; A Inquisição portuguesa utilizou todos os métodos à sua disposição: tortura para obter confissões, condenações à morta na fogueira, em auto de fé, etc.; Muitos cristãos novos abandonaram o país, levando consigo os capitais que faziam falta ao país;
  • 178. Portugal via-se mergulhado na inveja, denúncia e intriga; A Inquisição deixou marcas terríveis na sociedade portuguesa, contribuindo para o atraso do país; Impôs severos padrões morais e doutrinais; Modelaram as consciências e os comportamentos; Implementaram a angústia do pecado e da culpa; Instalaram o medo da punição (terrestre e divina). História A, 10º ano, Módulo 3 178
  • 179. Quadro comparativo das religiões Católica, Luterana, Calvinista e Anglicana http://divulgacaohistoria.wordpress.com/ História A, Módulo 3 179
  • 180. Católica Luterana Calvinista Anglicana Quais as fontes de fé? Bíblia (interpretada pelo Papa; A tradição católica A Bíblia (qualquer crente a pode interpretar) A Bíblia A Bíblia Como se alcança a salvação? Pela fé e boas obras e ações Pela fé Pela fé (ao alcance dos predestinados) Pela fé Quantos são os sacramentos? Sete: batismo, crisma, eucaristia, matrimónio, penitência, ordem e extrema-unção Dois: batismo e eucaristia Dois: batismo e eucaristia Dois: batismo e eucaristia Em que consiste o rito religioso? Missa em latim Uso das línguas nacionais Leitura da Bíblia orientada por um pastor Recusa da veneração da Virgem e dos Santos Uso das línguas nacionais Leitura da Bíblia orientada por um pastor Recusa da veneração da Virgem e dos Santos Missa em inglês Recusa da veneração da Virgem e dos Santos Quem é o chefe máximo da Igreja Papa Não há hierarquia Recusa da autoridade do Papa Não há hierarquia Recusa da autoridade do Papa Rei é o chefe da Igreja Recusa da autoridade do PapaHistória A, Módulo 3 180
  • 181. Esta a apresentação foi construída tendo por base os seguintes manuais: O tempo da História, COUTO, Célia Pinto e outros, Porto Editora,2011, Porto; O essencial da História A, Mário Sanches, Edições ASA, 2005; Cadernos de História da Arte, Pinto, Ana Lídia; Meireles, Fernanda; Cambotas, Manuela Cernadas, Porto Editora, Linhas da História 10, Fortes, Alexandra; Gomes, Fátima Freitas; Fortes, José, Areal Editores, 2013 Apresentação História A 10º ano, Módulo 3 181