1. Revisões – História A
Módulo 3 – 10º ano
A abertura europeia ao mundo – mutações
nos conhecimentos. Sensibilidades e valores
nos séculos XV e XVI
Preparação do Exames Nacional de
História A de 2020
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História A, 10º ano, Módulo 3 1
2. O alargamento do conhecimento
do Mundo
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3. 2.1. O contributo português
2.1.1 Inovação técnica
Os principais avanços das técnicas náuticas:
leme de cadaste (central);
bússola;
cartas-portulano;
astrolábio, quadrante, balestilha;
utilização de velas triangulares ou latinas;
Surge um novo tipo de barco, a caravela, que permite bolinar.
Mais tarde surgem as naus e galeões.
História A, 10º ano, Mòdulo 3 3
4. Grandes avanços na determinação das coordenadas geográficas
(latitude e longitude);
Os portugueses resolveram o problema de determinar a latitude;
O problema de determinar a longitude só foi completamente
resolvido no século XVIII;
Mercator (1569) desenvolve um novo sistema de projeção cilíndrica
mais rigoroso;
Cantino publica um novo planisfério em 1502;
História A, 10º ano, Mòdulo 3 4
Desenvolve-se a cartografia
5. 2.1.2 Observação e descrição da Natureza
As descobertas iniciadas pelos portugueses substituíram a visão
limitada do mundo mediterrânico por uma visão global do planeta;
Os portugueses, baseados na observação, contrariaram muitas
ideias preconcebidas sobre os mares, terras, faunas e flora de
regiões pouco conhecidas ou mesmo desconhecidas;
É uma atitude pré-científica, resulta do conhecimento empírico, de
vivências experimentadas, da realidade observada
(experiencialismo);
História A, 10º ano, Mòdulo 3 5
6. Contributo de alguns homens:
Duarte Pacheco Pereira (1460-1533) – é o primeiro a valorizar a
experiência no contexto da observação empírica;
Garcia de Orta (1501-1568) – registo das plantas medicinais do
Oriente;
D. João de Castro (1500-1548) – vice-rei da Índia, é autor de três
Roteiros;
História A, 10º ano, Mòdulo 3 6
7. História A, 10º ano, Módulo 3 7
Os portugueses negam e corrigem os clássicos, ajudam a construir
um saber novo saber;
Os novos conhecimentos, derivados do experiencialismo,
resumiram-se, na maior parte dos casos, a observações e
descrições da Natureza;
O saber português, (XV e XVI) contribuiu para o desenvolvimento
do espírito crítico.
8. 2.2. O conhecimento científico da Natureza
2.2.1 A matematização do real
A conjugação da valorização da experiência e da matemática está na
origem do método experimental (método científico);
Leonardo da Vinci (1452-1519) teve um papel percursor na
afirmação de uma nova mentalidade científica;
No processo de matematização do real surge a noção de que só a
demonstração matemática das hipóteses suscitadas pela
observação permitiria a formulação de leis científicas;
História A, 10º ano, Mòdulo 3 8
9. Vulgariza-se o uso dos números e das medidas;
Dá uma lenta transformação das estruturas mentais, e revela-se
uma mentalidade quantitativa;
A numeração romana é substituída pela árabe;
O Homem renascentista recorre aos números no decorrer das suas
atividades:
Navegador - calcula distâncias, latitudes, etc.;)
Mercador, banqueiro - avalia lucros e perdas, etc.;
Funcionários do Estado - calcula impostos, coleta rendas, etc.
História A, 10º ano, Mòdulo 3 9
10. 2.2.2 A revolução das conceções cosmológicas
No início do Renascimento, a teoria geocêntrica, era a conceção
cosmológica dominante. Derivava dos trabalhos de Aristóteles (384-
322 a.c.) e Ptolomeu (100-165);
Já na Antiguidade houve autores que contrariaram esta teoria,
como Aristarco de Samos (320-250 a.c.), que defendeu uma
perspetiva heliocêntrica;
Nicolau Copérnico (1453-1543) retomou a perspetiva heliocêntrica.
História A, 10º ano, Mòdulo 3 10
11. Na obra “De Revolutionibus Orbium Coelestium”, Copérnico defende
que o Sol está no centro do universo. A Terra e os outros planetas
giram em seu redor (movimento de translação) e giram em torno do
seu próprio centro (movimento de rotação), em esferas celestes.
História A, 10º ano, Mòdulo 3 11
12. As repercussões das conclusões de Copérnico, publicadas nas
vésperas da sua morte, não foram sentidas de imediato;
A conceção de Copérnico não era correta;
No entanto outros vão continuar o caminho iniciado por ele;
As conceções do universo geocêntrico de Ptolomeu e a doutrina
da Igreja vão ser abaladas;
Inicia-se uma verdadeira revolução das conceções cosmológicas.
História A, 10º ano, Mòdulo 3 12
13. Giordano Bruno (1548-1600) – frade italiano, defendeu a teoria de
um universo infinito, com inúmeras estrelas que eram o centro de
outros sistemas planetários. A Inquisição condenou-o a morte na
fogueira.
Ticho Brahe (1546-1601) – astrónomo dinamarquês, pensou um
novo sistema planetários que conciliava a teoria heliocêntrica (os
planetas giram à volta do sol) e a geocêntrica (o Sol e a Lua
deslocam-se à volta da Terra);
Johannes Kepler (1571-1630) – astrónomo alemão, formulou as leis
do movimento dos planetas
História A, 10º ano, Mòdulo 3 13
14. Galileu Galilei (1564-1642) – astrónomo italiano, aperfeiçoou o
telescópio.
Estas novas descobertas foram perseguidas pela Inquisição e
muitas das obras publicadas que defendiam as teorias
heliocêntricas foram colocadas no Índex.
Inquisição – tribunal religioso criado no século XIII e restabelecido
no século XVI. Investigava, julgava e condenava todos os que
fossem suspeitos de terem ideias contrárias às definidas pela Igreja
Católica
Índex – Lista de livros publicada pela Igreja Católica, cuja leitura era
proibida aos católicos.
História A, 10º ano, Mòdulo 3 14
15. História A, 10º ano, Mòdulo 3 15
No entanto as novas conceções cosmológicas iam ganhando cada
vez mais adeptos;
Estava definitivamente definido que os progressos da ciência
estavam assentes na formulação de leis a partir da observação,
registo e interpretação de factos e experimentação de hipóteses.
17. Os homens do Renascimento aliavam (…) a admiração pelo
mundo greco-romano a uma falta de respeito evidente.
Inspirar-se nos Antigos para fazer coisas novas, eis o propósito.
Nos grandes artistas do Renascimento a imitação da Antiguidade
nunca foi servil (…).
Jean Delumeau, A Civilização do renascimento
3.3 A reinvenção das formas artísticas. A imitação e superação
dos modelos da Antiguidade
História A, 10º ano, Módulo 3 17
18. Os artistas do Renascimento possuíam uma técnica superior à
dos Antigos (…). Os pintores da Grécia e Roma não conheciam a
pintura a óleo (…)
Os estudos dos Flamengos e, mais ainda, dos Italianos tiveram
um carácter inédito.
Jean Delumeau, A Civilização do renascimento
História A, 10º ano, Módulo 3 18
19. Pintura do Gótico, Giotto e do
Renascimento
História A, 10º ano, Módulo 3 19
20. A pintura renascentista foi um exercício intelectual;
O artista já não é o artesão medieval anónimo, mas um intelectual
reconhecido;
Procura a fama, o seu trabalho é uma obra de arte, uma obra-
prima;
A pintura do Renascimento foi o culminar de um processo iniciado
no século XIII por Giotto;
História A, 10º ano, Módulo 3 20
21. História A, 10º ano, Módulo 3 21
Inspirado na cultura e arte da Antiguidade Clássica (Roma e Grécia)
o artista procura uma formação humanista e científica;
O artista ainda devia estudar geometria, perspetiva, aritmética,
gramática, filosofia, história, astronomia, medicina, anatomia de
modo a poderem expressar bem a sua arte.
22. A arte deve ser a imitação (mimesis) da Natureza;
A pintura renascentista é uma arte racional, científica e uma
imitação intelectualizada e tecnicista da Natureza;
Todos estes aspetos foram estudados e teorizados;
No século XVI a arte ganhou mais emoção;
A pintura do Renascimento ultrapassou a Arte da Antiguidade
Clássica, e foi a base da pintura ocidental.
História A, 10º ano, Módulo 3 22
23. Paolo Uccello, A caçada na Floresta
História A, 10º ano, Módulo 3 23
25. Uma das principais descobertas técnicas do Renascimento foi a
perspetiva, rigorosa e científica;
Permite construir o espaço pictórico segundo as leis da ótica, das
proporções geométricas, da exatidão matemática e do
tratamento da luz de uma forma coerente.
História A, 10º ano, Módulo 3 25
26. Todas as linhas convergem para um ponto para o qual o olhar é
atraído;
Tudo é ritmado segundo valores matemáticos;
História A, 10º ano, Módulo 3 26
27. A luz é o elemento que confere volume à pintura;
História A, 10º ano, Módulo 3 27
28. Na Flandres, século XV, inventaram a técnica do óleo:
Seca lentamente, podia ser retocada;
Tornava possível as velaturas (transparências);
Empastes (grande espessura de tinta);
Gradações cromáticas;
Elaboração de modelados – técnica para obter, por meio de
gradações cromáticas, a ilusão de volume.
História A, 10º ano, Módulo 3 28
30. Rogier van der Weyden (c. 1400 – 1464), Tríptico de
Columba
História A, 10º ano, Módulo 3 30
Pintam as cenas religiosas com um enquadramento de atualidade;
Grande preocupação com o pormenor;
Retrato com grande realismo.
31. História A, 10º ano, Módulo 3 31
Jan van Eyck
(1390 – 1441),
O casamento dos Arnolfini
Simbolismos: o cão, os
pés descalços, a cama, os
frutos, etc.
32. Jan van Eyck (c. 1390-1441), foi o grande divulgador da técnica
do óleo;
É considerado o grande génio da pintura flamenga do século XV;
História A, 10º ano, Módulo 3 32
33. Inovações técnicas na pintura renascentista (conclusão):
Perspetiva;
Pintura a óleo;
Tela e cavalete;
Elaborado claro-escuro.
História A, 10º ano, Módulo 3 33
36. Principais pintores do século XV:
Inovadores, preocupados com os estudos de perspetiva, volume,
etc. A pintura é uma reflexão e procura constante:
Masaccio (1401-1428);
Paolo Ucello (1397-1475);
Piero della Francesca (1415-1492);
Andrea Mantegna (1431-1506).
História A, 10º ano, Módulo 3 36
37. Grupo de pintores mais marcados pela tradição gótica, mais
líricos e místicos:
Fra Angélico (1395-1455);
Sandro Botticelli (1445-1510)
Fra Fillippo Lippi (1460-1469)
História A, 10º ano, Módulo 3 37
38. Pintores de Veneza, estão mais preocupados com a cor e o
movimento:
Giovanni Bellini (1432-1516);
Antonello da Messina (1430-1479);
Carlo Crivelli (1430-1493)
História A, 10º ano, Módulo 3 38
41. Masaccio:
Teve um papel revolucionário na pintura;
Utilizou a luz e sombra para obter volume;
A paisagem e elementos arquitetónicos fazem parte de uma
composição naturalista;
Aplicou a perspetiva empírica.
História A, 10º ano, Módulo 3 41
42. Paolo Uccello, A Batalha de San Romano, c. 1452,
têmpera sobre madeira
História A, 10º ano, Módulo 3 42
44. Piero della Francesca, Díptico dos Duques de Urbino,
1465, têmpera sobre madeira
História A, 10º ano, Módulo 3 44
45. Piero della Francesca:
Estudo científico da perspetiva;
Escreve livros sobre matemática, geometria e perspetiva;
Luminosidade tratada de uma maneira muito elaborada.
História A, 10º ano, Módulo 3 45
46. Piero della Francesca, A Flagelação, 1465, têmpera
sobre madeira
História A, 10º ano, Módulo 3 46
47. Andrea Mantegna, Cristo Morto, c. 1480, têmpera sobre
madeira
História A, 10º ano, Módulo 3 47
50. A pintura, no século XVI, atinge o auge das:
Pesquisas e inovações;
Equilíbrio e maturidade;
Roma foi a cidade mais importante em termos artísticos.
Vasari, chama a este período o Alto Renascimento, Perfeito
Renascimento ou Classicismo.
O século XVI e o amadurecimento da pintura renascentista
História A, 10º ano, Módulo 3 50
51. Principais artistas:
Miguel Ângelo Buonarroti (1475-1564);
Rafael (1483-1520)
Leonardo da Vinci (1452-1519)
Escola Veneziana:
Giorgione (1477-1510)
Ticiano (1490-1576)
História A, 10º ano, Módulo 3 51
52. Miguel Ângelo, escultor, pintor, arquiteto, poeta;
Artista temperamental que criou uma arte mais expressiva, mais
dramática e monumental;
Escorços violentos e contrastes de cor e claro/escuro;
Mostrando já sinais de rutura com o Renascimento.
Miguel Ângelo Buonarroti (1475-1564);
História A, 10º ano, Módulo 3 52
53. Na pintura a sua principal obra foi o teto da Capela Sistina, em
Roma, e mais tarde a parede do altar
História A, 10º ano, Módulo 3 53
55. Miguel Ângelo, teto da Capela
Sistina,
1508-12, fresco
História A, 10º ano, Módulo 3 55
Antigo Testamento – desde
criação do Homem até ao
Dilúvio;
Mais de 300 figuras;
Grande expressividade.
56. A criação do Homem
História A, 10º ano, Módulo 3 56
58. Rafael, Retrato de Maddalena Doni, 1505, óleo sobre madeira
História A, 10º ano, Módulo 3 58
59. Nascido a 15 de Abril de 1452, Leonardo foi discípulo do pintor e
escultor Andrea Verrochio;
Tornou-se o símbolo do Homem culto, racional, sensível e
humanista do Renascimento;
Os seus interesses incluíam: pintura, escultura, arquitetura,
anatomia, física, biologia, engenharia…
História A, 10º ano, Módulo 3 59
60. Máquina para elevação de
pesos; desenho para uma igreja;
estudo para uma estátua.
História A, 10º ano, Módulo 3 60
61. Chegou à oficina de Verrochio em 1469 (?);
Em 1472, com 20 anos, é aceite como pintor pela corporação de
artistas de Florença;
Trabalhou em Florença, Milão, Mântua, Roma e França;
Morreu em Amboise, (França), a 2 de Maio de 1519.
História A, 10º ano, Módulo 3 61
62. São conhecidas 25 obras, cerca de um terço inacabadas;
Conservou 3 obras em seu poder:
Mona Lisa;
Santa Ana, a Virgem e o Menino;
S. João Baptista.
História A, 10º ano, Módulo 3 62
63. Leonardo da Vinci, Retrato de Ginevra Benci, c. 1478-80, óleo sobre
madeira
História A, 10º ano, Módulo 3 63
64. A Última Ceia, 1495-97 óleo sobre alvenaria
História A, 10º ano, Módulo 3 64
65. Leonardo desenvolveu uma técnica para substituir o fresco, para
poder pintar mais lentamente
História A, 10º ano, Módulo 3 65
67. Leonardo inventou o “sfumato” que consiste numa transição
muito gradual da luz/sombra, que torna quase impercetível o
contorno das formas
História A, 10º ano, Módulo 3 67
68. A palavra “sfumato” pode ser traduzida para “esfumado, turvo,
nebuloso”;
Não há contornos definidos, as transições e contrastes são
suaves;
Parece que um nevoeiro fino envolve os objetos;
É uma característica da pintura de Leonardo.
História A, 10º ano, Módulo 3 68
69. Para obter este efeito trabalhava com camadas finíssimas de
óleo;
O “sfumato” foi uma inovação revolucionária para a pintura;
Permite um novo tratamento do claro/escuro;
Antes existia uma separação nítida das cores, os objetos
pareciam “recortados” do fundo do quadro;
História A, 10º ano, Módulo 3 69
70. Pintura Veneziana:
Escola de Veneza privilegia a cor;
Exaltação da riqueza e da paisagem;
História A, 10º ano, Módulo 3 70
72. Ticiano, Vénus de Urbino, 1538, óleo sobre tela
História A, 10º ano, Módulo 3 72
73. A escultura renascentista foi fruto do:
Desenvolvimento e aperfeiçoamento da escultura gótica;
Contacto dos artistas com a escultura clássica;
Escultura Renascentista
História A, 10º ano, Módulo 3 73
74. Nasceu em Florença, no século XV:
Lorenzo Ghiberti (1378-14559;
Donato Donatello (1386-1466);
Luca della Robia (1400-1482);
Jacopo della Quercia (1346-1458)
Andrea Verrocchio (1436-1488);
Antonio Pollaiuolo (1431-1498).
História A, 10º ano, Módulo 3 74
75. Atinge o apogeu no século XVI, com Miguel Ângelo Buonnaroti
(1475-1564)
História A, 10º ano, Módulo 3 75
76. Estátuas da época clássica (Roma e Grécia)
História A, 10º ano, Módulo 3 76
77. Túlio Lombardo, Adão, c. 1490, Veneza, Mármore, 1,90 m
História A, 10º ano, Módulo 3 77
A influência clássica, é mais visível na
escultura do que na arquitetura e
sobretudo na pintura;
78. No século XV, a escultura é a mais prestigiada das artes;
Aprendizagem rápida dos modelos clássicos;
O Homem é “a medida de todas as coisas”;
A escultura copia a natureza em todas as suas proporções;
História A, 10º ano, Módulo 3 78
79. Donatello, busto de Nicola de Uzano, terracota;
Mino de Fiesole, busto de João de Médicis, mármore;
Benedetto de Maiano, busto de Pietro Mellini, mármore
História A, 10º ano, Módulo 3 79
80. Representação do Homem com fidelidade;
Aspetos físicos e anatómicos;
Expressão;
História A, 10º ano, Módulo 3 80
81. Reaparece o nu;
Retrato (corpo inteiro ou busto);
Estátuas equestres;
História A, 10º ano, Módulo 3 81
83. Representações da Antiguidade Clássica (Roma e Grécia),
fascínio pela História;
O modelo clássico é utilizado até para representar figuras
bíblicas;
Esculturas de pequeno formato (colecionadores privados).
História A, 10º ano, Módulo 3 83
84. Autonomia da escultura em relação à arquitetura;
Predomínio da escultura de vulto redondo (estátua
independente);
Escultura como monumento individual;
Expostas no meio de praças, jardins ou edifícios;
História A, 10º ano, Módulo 3 84
85. Maior liberdade criadora para o artista;
O artista concebe e executa a obra, à qual pretende dar um
cunho individual (originalidade);
O autor passa a ser reconhecido;
Há uma grande produção escultórica no século XV.
História A, 10º ano, Módulo 3 85
87. Donato Donatello: aprendiz de Ghiberti,
Primeiro escultor renascentista;
Autor do primeiro nu, desde o fim do Império Romano;
Primeira estátua equestre;
Grande capacidade técnica e expressiva;
História A, 10º ano, Módulo 3 87
88. O século XVI foi menos rico em escultura;
Miguel Ângelo Buonnaroti foi um dos maiores escultores de
todos os tempos;
História A, 10º ano, Módulo 3 88
89. Foi escultor, pintor, arquiteto e poeta;
Considerava-se um escultor;
Não fazia desenhos de projeto,
Segundo ele as formas já estavam na pedra a ele competia
extrair essas formas;
História A, 10º ano, Módulo 3 89
90. M. Ângelo, David, 1501/03, mármore, 2,50 m
História A, 10º ano, Módulo 3 90
91. Miguel Ângelo, Tondo Pitti,
mármore (pormenor) 1503/04
Inventou uma técnica (non
finito), inacabado, deixando
visíveis as marcas do cinzel
História A, 10º ano, Módulo 3 91
92. M. Ângelo, Escravo que desperta,
mármore, 1533
História A, 10º ano, Módulo 3 92
93. Pietà do Vaticano (1498/1501; Pietà de Florença
(135/50); Pietà Rondanini (1552/64)
História A, 10º ano, Módulo 3 93
94. A Arquitetura do Renascimento
A Arquitetura é descendente natural da Antiguidade Clássica de
que herdou os princípios fundamentais:
97. Estudam os monumentos da Antiguidade;
Surge a Arqueologia e o Colecionismo;
Estudam os tratados sobre arquitetura clássicos.
História A, 10º ano, Módulo 3 97
98. Filippo Brunelleschi (1377-1446) foi um dos primeiros arquitetos
do Renascimento;
Foi ourives, escultor e pintor;
A partir de 1418 dedica-se à arquitetura.
História A, 10º ano, Módulo 3 98
99. Brunelleschi, Cúpula Catedral de Florença
Em 1420 vai executar o projeto para a conclusão da cúpula da
Catedral de Santa Maria del Fiore (Florença).
História A, 10º ano, Módulo 3 99
100. Brunelleschi, Cúpula Catedral de Florença
História A, 10º ano, Módulo 3 100
A cúpula muito utilizada pelos romanos,
foi esquecida no gótico, é muito utilizada
no Renascimento;
Permite a abertura de óculos que permitia
melhor iluminação do cruzeiro.
101. A cúpula tem dois cascos:
Interior, mais pequeno, com tirantes metálicos;
Exterior, mais alto, em tijolo;
A cúpula foi construída através de uma série de anéis horizontais
História A, 10º ano, Módulo 3 101/50
Foi uma das primeiras obras do
Renascimento;
Mais de engenheiro do que de arquiteto;
Criou novos meios técnicos e
construtivos;
102. Brunelleschi, Igreja do Espírito Santo
Altura das naves proporcional, a central é duas vezes mais
alta que as laterais.
Está concebida para proporcionar uma ideia de perspetiva.
História A, 10º ano, Módulo 3 102
103. Leon Battista Alberti (c.1404-14729) foi o grande teórico da
arquitetura renascentista;
A ele se deve a primeira teoria sistematizada da arquitetura do
Ocidente – “De reaedificatori”.
História A, 10º ano, Módulo 3 103
104. Pensa a arquitetura como uma ciência ao serviço do Homem;
O racionalismo da sua arquitetura traduz-se na articulação de
espaços concebidos a partir de formas geométricas;
A referência é o espaço circular;
Procura da simetria;
História A, 10º ano, Módulo 3 104
105. L. B. Alberti, Santa Maria Novella, Florença, 1460,
construção segundo traçados geométricos rigorosos
História A, 10º ano, Módulo 3 105
106. A planta perfeita é circular;
Edifícios pensados em articulação com as construções que os
rodeiam;
História A, 10º ano, Módulo 3 106
107. A Brunelleschi deve-se a procura da ordem matemática e
racional e a introdução de novos mecanismos e técnicas;
A Alberti a sistematização teórica.
História A, 10º ano, Módulo 3 107
108. Donato Bramante (1444-1514), Tempieto, c. 1502, tornou-se o
modelo para os edifícios de planta centrada e cobertura em
cúpula
A planta centrada tornou-se o modelo mais comum.
História A, 10º ano, Módulo 3 108
109. Os elementos decorativos eram retirados da gramática decorativa
clássica;
História A, 10º ano, Módulo 3 109
110. Miguel Ângelo, Praça do
Capitólio, Roma, 1546
Urbanismo
História A, 10º ano, Módulo 3 110
111. Leonardo da Vinci, Praça Ducal de Vigevano
Filarete, cidade ideal de Sforzinda
Piero della Francesca, cidade ideal,
História A, 10º ano, Módulo 3 111
112. Cidades concebidas segundo uma malha regular;
Alinhamento de igrejas, palácios e edifícios administrativos
alinhados segundo planos matemáticos;
Local nobre da cidade é a praça;
São elaborados projetos de cidades ideais.
História A, 10º ano, Módulo 3 112
113. 3.3.4 A arte em Portugal: o gótico-manuelino e a afirmação das
novas tendências renascentistas
História A, 10º ano, Módulo 3 113
114. Gótico desenvolve-se após o fim da Reconquista – prolonga-se
até ao século XVI (Manuelino);
Norte apego ao Românico;
Gótico ligado às ordens monásticas;
Seguindo os princípios estéticos franceses o gótico português foi
simples;
No final do século XV, surge o Manuelino (reinados de D. Manuel
I e D. João III).
História A, 10º ano, Módulo 3 114
115. Planta de Igreja do Manuelino,
Portal do Mosteiro dos Jerónimos
História A, 10º ano, Módulo 3 115
116. Janela e Portal do Convento de Cristo, Tomar
Torre de Belém, Lisboa
História A, 10º ano, Módulo 3 116
117. Mantém a estrutura gótica;
Igrejas-salão (uma só nave);
Ornamentação exuberante (rendilhado na pedra)
Influências: gótico plateresco, gótico flamejante,
Decoração inspirada nos Descobrimentos: cordas, velas, motivos
marítimos e na
Heráldica: brasões, esfera armilar.
História A, 10º ano, Módulo 3 117
118. A arquitetura renascentista portuguesa refletiu o espírito da
Contrarreforma;
Igrejas-salão;
Decoração influenciada pelo plateresco;
Influências do ultramar, sobretudo da Índia;
Foi de curta duração;
História A, 10º ano, Módulo 3 118
119. Principais arquitetos:
Diogo Arruda (?-1530):
Miguel Arruda (?-1563);
João Castilho (1490-1553);
Diogo Castilho (1493-1574).
História A, 10º ano, Módulo 3 119
121. A pintura renascentista portuguesa foi de curta duração;
Temática fundamentalmente religiosa;
Influências da Flandres, Alemanha e Itália;
História A, 10º ano, Módulo 3 121
128. Escultura ligada à tradição gótica;
Fundamentalmente ligada à arquitetura;
Relevos, retábulos e decoração do interior das igrejas;
As influências italianas só chegaram no século XVI;
História A, 10º ano, Módulo 3 128
130. A renovação da espiritualidade e
da religiosidade
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131. 4.1 A Reforma Protestante
4.1.1 Individualismo religioso e críticas à Igreja Católica
Nesta época a radicalização de posições levou à rutura teológica de
Lutero e Calvino;
As grandes calamidades do século XIV (fomes, guerras e pestes)
desenvolveram nas pessoas um clima de pessimismo;
Divulga-se a ideia de um Deus castigador dos pecados dos homens;
História A, 10º ano, Módulo 3 131
132. Para agravar a situação a Igreja está dividida. Entre 1378 e 1417,
existem dois Papas. Um em Roma e outro em Avinhão (cidade
francesa). É o Cisma do Ocidente.
História A, 10º ano, Módulo 3 132
133. História A, 10º ano, Módulo 3 133
O fim do Cisma não significou o fim da crise da Igreja;
Os Papas renascentistas levavam uma vida pouco condizente com
os ideias cristãos;
Os maus exemplos abundavam em toda a hierarquia católica;
Na Igreja abundava o abandono espiritual dos fiéis, o absentismo
do clero e a dissolução dos costumes;
Desde o século XIV começam a surgir críticas à Igreja Católica;
134. Por um lado:
Desenvolvem-se práticas de supersticiosas e fanáticas (feitiçaria,
procissões de flagelantes, etc.;
Por outro:
Práticas de novas formas de piedade mais intimistas e
individualistas, como a Devotio Moderna, na Holanda que defendia
uma vida humilde, de devoção a Deus e a prática da solidariedade;
Na obra “Imitação de Cristo”, escrita em língua vulgar, o monge
alemão, Thomas Kempis (1379-1471)defende os princípios da
Devotio Moderna;
Este livro exerceu uma forte influência no individualismo religioso do
século XV.
História A, 10º ano, Módulo 3 134
135. Surgem as heresias;
John Wiclif, (1328-1384), professor em Oxford, põe em dúvida a
utilidade do clero e a validade dos sacramentos;
Apela ao estudo direto da Bíblia que considera a única fonte de Fé;
Associada a esta heresia esteve o movimento dos lolardos, padres
pobres que se associaram aos camponeses na sua luta contras os
senhores;
Heresia: Negação ou dúvida sobre algum ponto da Fé Católica.
História A, 10º ano, Módulo 3 135
136. Jan Huss (1369-1415), reitor da Universidade de Praga (Polónia),
apoiou as ideias de Wiclif;
Defendeu a criação de uma Igreja nacional, desligada da obediência
ao Papa;
Savonarola (1452-1498), monge italiano denunciou as práticas da
alta hierarquia da Igreja;
Muitas destes homens foram condenados pelo tribunal da
Inquisição e morreram na fogueira;
História A, 10º ano, Módulo 3 136
137. Muitos humanistas, como Erasmo de Roterdão, criticaram as
práticas da Igreja;
Todas estas polémicas e contestações abriram caminho à Reforma.
História A, 10º ano, Módulo 3 137
138. 4.1.2 A rutura ideológica
Reforma – Cisma (divisão) na Igreja Católica desencadeada na
primeira metade do século XVI;
Foi protagonizada por Lutero, Calvino e Henrique VIII;
Surge uma nova conceção de Igreja;
Embora com diferenças o luteranismo, o calvinismo e o
anglicanismo têm como pontos comuns: a justificação pela Fé; a
exclusividade da Bíblia como fonte de Fé, o sacerdócio universal e a
não aceitação da supremacia do Papa;
Estas igrejas são conhecidas pelo nome de protestantismo.
História A, 10º ano, Módulo 3 138
139. Martinho Lutero (1483-1546) desencadeou a Reforma;
Alemão, monge agostinho, Mestre em Filosofia;
Lutero colocava a seguinte questão: “Como pode alguém levar uma
vida perfeita perante Deus”;
Em 1510 fez uma viagem a Roma que o desgostou perante o
espetáculo degradante dos membros do clero;
História A, 10º ano, Módulo 3 139
140. História A, 10º ano, Módulo 3 140
Em 1517 afixou, na porta da Catedral de Wittenberg, as 95 teses
contra as indulgências;
Indulgências – eram uma forma de redimir os pecados, em vigor
desde o século XI, concedida pelo Papa, perante a prática de boas
obras (peregrinações, prática de esmolas, mas também podia ser
comprada por uma determinada soma de dinheiro.
141. Em 1515, o Papa Leão X, porque precisava de dinheiro para obras na
Basílica de São Pedro (Vaticanos), autorizou a pregação de venda de
indulgências;
Contra isto se revoltou Lutero;
Nas “95 teses” refutou o Papa e alguns dogmas da Igreja, afirmava
que a salvação depende da Fé e não das obras;
História A, 10º ano, Módulo 3 141
142. História A, 10º ano, Módulo 3 142
Martinho Lutero protagonizou uma rutura teológica com a Igreja;
A igreja considerou estas novas ideias uma heresia;
Em 1521, Lutero, foi excomungado e expulso da Alemanha;
~Seguiram-se tempos conturbados, do ponto de vista religioso,
mas o protestantismo foi ganhando adeptos;
143. A justificação pela Fé é a base doutrinária da reforma luterana, é
uma nova doutrina da salvação;
Para Lutero, o Homem não tem livre-arbítrio. É Deus que decide
sobre a salvação dos homens;
É Deus que predestina uns homens para a salvação outros para a
condenação;
O luteranismo abre caminho às teses da predestinação que serão
desenvolvidas por Calvino;
História A, 10º ano, Módulo 3 143
144. 4.1.3 As igrejas reformadas
O Luteranismo
Lutero considerava a Bíblia como única fonte de Fé e autoridade
doutrinal;
Rejeitou as obras dos Padres da Igreja e as decisões dos concílios
que considerava meras palavras humanas e por isso sujeitas à crítica
e à revisão;
Negou o monopólio papal na interpretação da Bíblia, afirmou que
qualquer crente podia ler as Escrituras sem intervenção do clero;
História A, 10º ano, Módulo 3 144
145. A missa foi substituída por uma cerimónia na língua vulgar;
Os cultos da Virgem e dos Santos foi abandonado;
Proclamou o sacerdócio universal;
O celibato e as ordens religiosas foram abandonadas;
O chefe da Igreja reformada passa a ser o chefe de estado. Surgem
as Igrejas Nacionais Evangélicas. O bens da Igreja ficam na mão dos
príncipes alemães;
História A, 10º ano, Módulo 3 145
146. História A, 10º ano, Módulo 3 146
Só reconheceu dois Sacramentos: Batismo e Eucaristia;
Para Lutero a prática cristã define-se pela relação pessoal do crente
com Deus e não pelas regras, leis e ritos estabelecidos pelos
homens;
A vida religiosa é uma ação de amor a Deus.
147. O luteranismo expandiu-se rapidamente na Alemanha;
Foi apoiado pelos burgueses;
Os príncipes ficaram com os bens da Igreja Católica e por isso
aderiram à nova Igreja;
A imprensa contribuiu para a divulgação da nova Fé;
História A, 10º ano, Módulo 3 147
148. História A, 10º ano, Módulo 3 148
Muitos humanistas e artistas converteram-se ao luteranismo;
O Imperador Carlos V, católico, hesitou entre a liberdade religiosa
e a obrigatoriedade de obedecerem ao Papa;
Em 1555, Carlos V, aceitou a Paz de Augsburgo, e aceitou a
liberdade de culto na Alemanha.
149. O calvinismo
João Calvino (1509-1564), nasceu em França, em 1534 fugiu para
Genebra por causa das perseguições religiosas;
Publicou o livro em língua francesa “Da instituição da religião
cristã”, onde defende a sua doutrina, o calvinismo;
Calvino baseou a sua doutrina na justificação pela Fé, no
sacerdócio universal e na autoridade exclusiva da Bíblia;
Para Calvino a predestinação é absoluta, para ele um ser humano
jamais perderia a “graça da Fé”, se tivesse nascida com ela;
Lutero considerava que se a pessoa perdesse a Fé, não teria a
Salvação garantida;
História A, 10º ano, Módulo 3 149
150. Da predestinação absoluta nasceu uma grande intolerância para
com as outras doutrinas;
Os calvinistas faziam parte de um grupo de eleitos (os
predestinados);
Se um homem tinha, por exemplo, êxito nos negócios, era um
predestinado;
Não aceitou a ideia de Lutero da chefia da Igreja ser entregue aos
chefes de Estado, pelo contrário, defendeu a supremacia da Igreja
sobre o Estado;
História A, 10º ano, Módulo 3 150
151. História A, 10º ano, Módulo 3 151
Genebra transformou-se numa sociedade teocrática e perseguiu
católicos e outros protestantes;
O Calvinismo difundiu-se na França, Alemanha, Países Baixos,
Hungria, Polónia, Inglaterra e Escócia.
152. O anglicanismo. A Reforma na Inglaterra
O rei inglês, Henrique VIII pediu ao Papa para lhe conceder o divórcio
que recusou;
O monarca proclamou o Ato de Supremacia (1534) que o tornou o
chefe supremo da Igreja inglesa;
Autorizou a tradução da Bíblia e secularizou os bens das ordens
religiosas mas manteve-se fiel à doutrina católica;
No reinado do seu filho, Eduardo VI (1537-1553), a igreja inglesa
identificou-se com o calvinismo;
História A, 10º ano, Módulo 3 152
153. No reinado de Maria Tudor (1516-1558), a Inglaterra voltou ao
catolicismo e perseguiu os protestantes;
No reinado de Isabel I (1533-1603) consolidou-se a igreja anglicana,
num compromisso entre o catolicismo e o calvinismo;
Em 1571 publicou os “Trinta e nove artigos” que ainda hoje é a base
doutrinal da Igreja Anglicana;
História A, 10º ano, Módulo 3 153
154. História A, 10º ano, Módulo 3 154
Defendia a justificação pela Fé, mas não aceitavam a
predestinação absoluta;
Reconheciam a autoridade absoluta da Bíblia;
Só reconheciam como sacramentos o Batismo e a Eucaristia;
Aboliram o celibato dos padres mas mantiveram uma hierarquia
semelhante aos católicos;
156. A Inglaterra passou, em termos religiosos por tempos conturbados;
Os católicos levaram o Papa a excomungar Isabel I;
Os calvinistas queixava-se da Igreja anglicana que aos seus olhos era
igual a uma igreja católica. O seu rigor doutrinal valeu-lhes o nome
de puritanos;
Isabel I perseguiu católicos e puritanos. Fez da reforma religiosa uma
arma de reforço da autoridade real;
Muitos puritanos emigraram para os Países Baixos e para a América.
História A, 10º ano, Módulo 3 156
157. Os protestantes deram um forte impulso ao capitalismo;
A justificação do êxito nos negócios era o sinal da concordância de
Deus;
Os protestantes exaltam o valor do trabalho e renegam os valores
de pobreza dos Franciscanos;
História A, 10º ano, Módulo 3 157
158. As lutas religiosas
A rutura protestante desencadeou violência. Na Alemanha, Grã-
Bretanha, Suíça, Países Baixos e França sucederam-se
perseguições, lutas, execuções e massacres;
As disputas de teólogos e leigos demonstram um desejo de
renovação espiritual;
História A, 10º ano, Módulo 3 158
159. 4.2 Contrarreforma e reforma católica
A reposta da Igreja Católica à rutura protestante chamou-se
contrarreforma e reforma católica;
Concílio de Trento, criação da Companhia de Jesus, reativação da
Inquisição e do Índex foram alguns dos instrumentos utilizados pela
Igreja Católica;
História A, 10º ano, Módulo 3 159
160. 4.2.1 A reafirmação do dogma e do culto tradicional. A reforma
disciplinar
Em 1545 reuniu-se o Concílio de Trento, convocado pelo Papa Paulo
III. Terminou os seus trabalhos em 1563;
Condena o protestantismo;
História A, 10º ano, Módulo 3 160
161. Principais decisões tomadas:
Condenação dos princípios da predestinação e da justificação pela
Fé. Reafirma-se o papel das obras humanas na Salvação;
Confirma-se a existência do Purgatório;
A par da Bíblia, proclamou-se o valor sagrado da tradição como
fonte de Fé;
Mantiveram-se os Sete Sacramentos;
Reforçou-se o poder do Papa;
Manteve-se o culto dos Santos e da Virgem;
Manteve-se o latim como língua litúrgica. A língua vulgar era
reservada para sermões e pregações;
História A, 10º ano, Módulo 3 161
162. Sobre a reforma disciplinar o Concílio de Trento proclamou o
seguinte:
Proibição de acumulação de benefícios eclesiásticos;
A residência obrigatória dos padres e bispos nas paróquias e
dioceses;
Manutenção do celibato eclesiástico;
Proibição da ordenação de sacerdotes e bispos com idades inferiores
a 25 e 30 anos, respetivamente;
Criação de seminários para a formação dos futuros clérigos.
História A, 10º ano, Módulo 3 162
163. Publicou-se um Catecismo (1566) com a compilação dos princípios
doutrinais decididos em Trento;
Foram publicados um breviário (1568) e um missal para regular a
oração e o culto;
A Igreja procurava disciplinar os fiéis e é imposta uma doutrina
unânime e indiscutível.
História A, 10º ano, Módulo 3 163
164. 4.2.2 O combate ideológico
Os fiéis católicos deveriam ser afastados das heresias e por isso
deveriam ser proibidos de ler os livros que colocavam a Fé católica
em causa;
Em 1543, foi criada a Congregação do Índex para elaborar a lista das
obras consideradas perigosas, a lista ficou conhecida pelo nome de
Índex;
História A, 10º ano, Módulo 3 164
165. História A, 10º ano, Módulo 3 165
Esta lista teve consequências culturais perniciosas para o
desenvolvimento cultural dos países do espaço católico, e
fomentaram o atraso em relação ao mundo protestante ;
Muitos dos livros que foram colocados no Índex diziam respeito a
publicações filosóficas e científicas, de autores como Galileu,
Descartes, Newton e Leibniz;
166. A Inquisição (Santo Ofício) tinha sido criada em 1231. Era um
tribunal religioso criado para combater as heresias;
A sua reativação foi considerada uma forma de combater o
protestantismo;
Em 1542, o Papa Paulo III, ordenou a reorganização do tribunal da
Inquisição;
História A, 10º ano, Módulo 3 166
167. História A, 10º ano, Módulo 3 167
Nos países católicos onde o tribunal da Inquisição se instalou
moveu uma perseguição a protestantes, cristãos-novos, filósofos,
cientistas, etc.;
Instruía processos com bases em denuncias anónimas e usava a
tortura para obter confissões;
Condenava a penas de prisão e à morte na fogueira;
Confiscava os bens dos culpados.
168. O proselitismo das novas congregações: a Companhia de Jesus
Proselitismo – atividade religiosa exercida com zelo e fervor, no
sentido de angariar adeptos.
A Companhia de Jesus destacou-se nas atividades de missionação,
ensino e pregação.
A contrarreforma levou ao nascimento de novas ordens religiosas:
Agostinhos Descalços, Capuchinhos, Carmelitas Descalços, Jesuítas;
A Companhia de Jesus (jesuítas) foi a que desempenhou um papel
mais relevante;
História A, 10º ano, Módulo 3 168
169. Inácio de Loyola (1491-1556) foi o fundador da Companhia de
Jesus em 1534;
O seu proselitismo contribuiu para a expansão do catolicismo;
Funcionava como uma organização militar;
Era dirigida por um general ou geral;
História A, 10º ano, Módulo 3 169
170. História A, 10º ano, Módulo 3 170
Os jesuítas estavam submetidos a uma rigorosa disciplina e
consideram-se os “soldados de Cristo”;
Proclamaram uma obediência incondicional ao Papa;
Preocupavam-se com a formação intelectual dos seus membros;
Viviam no meio da população;
171. Distinguiram-se como missionários na Ásia, América e África;
Fundaram uma vasta rede de colégios de qualidade que lhes
permitiu uma ascendência sobre a juventude;
Desenvolveram a arte da oratória nos seus sermões;
História A, 10º ano, Módulo 3 171
172. 4.2.3 O impacto da reforma católica na sociedade portuguesa
Portugal integrou-se completamente no movimento da
Contrarreforma e da Reforma católica;
Membros da hierarquia clerical portuguesa participaram no Concílio
de Trento e cumpriram as decisões tomadas no concílio;
As ideias protestantes tiveram uma fraca adesão nas populações
portuguesas;
No reinado de D. João III, chamou a Companhia de Jesus para
Portugal;
Estes desempenharam um importante papel na missionação do
Brasil e do Oriente;
História A, 10º ano, Módulo 3 172
173. Entre os jesuítas destacam-se os nomes de Francisco Xavier, Manuel
da Nóbrega e António Vieira;
Criaram uma rede de colégios quer em Portugal quer nas suas
colónias;
Em 1555 ficaram com a direção do Colégio das Artes e em 1559 com
a direção da Universidade de Évora;
História A, 10º ano, Módulo 3 173
174. O clima de intolerância religiosa desenvolve-se em Portugal
originando o recuo das ideias humanistas e do espírito de livre
crítica;
O tribunal da Inquisição foi introduzido em Portugal em 1536 e
instituiu a censura prévia em 1540;
Em 1547 foi publicado o primeiro Índex, estabelecendo a lista dos
livros proibidos;
História A, 10º ano, Módulo 3 174
175. História A, 10º ano, Módulo 3 175
Foi particularmente violento: atingia obras e autores, bem como os
impressores, livreiros e possuidores das obras;
Humanistas como Damião de Góis e os professores do Colégio das
Artes foram acusados de simpatia por Erasmo (este, apesar das
críticas à Igreja, tinha permanecido católico);
176. Todos os motivos eram válidos para provocar a atenção da
Inquisição: heresia, bruxaria, bigamia, sodomia, blasfémia, etc.;
O Tribunal da Inquisição estará em vigor, em Portugal, entre 1536 e
1821;
Os cristãos-novos (judeus que se tinham convertido ao cristianismo)
foram o alvo preferido da Inquisição;
História A, 10º ano, Módulo 3 176
177. História A, 10º ano, Módulo 3 177
Eram vítimas da inveja do seu sucesso nos negócios;
A Inquisição portuguesa utilizou todos os métodos à sua disposição:
tortura para obter confissões, condenações à morta na fogueira, em
auto de fé, etc.;
Muitos cristãos novos abandonaram o país, levando consigo os
capitais que faziam falta ao país;
178. Portugal via-se mergulhado na inveja, denúncia e intriga;
A Inquisição deixou marcas terríveis na sociedade portuguesa,
contribuindo para o atraso do país;
Impôs severos padrões morais e doutrinais;
Modelaram as consciências e os comportamentos;
Implementaram a angústia do pecado e da culpa;
Instalaram o medo da punição (terrestre e divina).
História A, 10º ano, Módulo 3 178
179. Quadro comparativo das religiões
Católica, Luterana, Calvinista e Anglicana
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História A, Módulo 3 179
180. Católica Luterana Calvinista Anglicana
Quais as
fontes de fé?
Bíblia (interpretada pelo
Papa;
A tradição católica
A Bíblia (qualquer
crente a pode
interpretar)
A Bíblia A Bíblia
Como se
alcança a
salvação?
Pela fé e boas obras e
ações
Pela fé
Pela fé (ao alcance
dos predestinados)
Pela fé
Quantos são
os
sacramentos?
Sete: batismo, crisma,
eucaristia, matrimónio,
penitência, ordem e
extrema-unção
Dois: batismo e
eucaristia
Dois: batismo e
eucaristia
Dois:
batismo e
eucaristia
Em que
consiste o rito
religioso?
Missa em latim
Uso das línguas
nacionais
Leitura da Bíblia
orientada por um
pastor
Recusa da veneração
da Virgem e dos
Santos
Uso das línguas
nacionais
Leitura da Bíblia
orientada por um
pastor
Recusa da
veneração da
Virgem e dos Santos
Missa em
inglês
Recusa da
veneração da
Virgem e dos
Santos
Quem é o
chefe máximo
da Igreja
Papa
Não há hierarquia
Recusa da
autoridade do Papa
Não há hierarquia
Recusa da
autoridade do Papa
Rei é o chefe
da Igreja
Recusa da
autoridade
do PapaHistória A, Módulo 3 180
181. Esta a apresentação foi construída tendo por base os seguintes
manuais:
O tempo da História, COUTO, Célia Pinto e outros, Porto
Editora,2011, Porto;
O essencial da História A, Mário Sanches, Edições ASA, 2005;
Cadernos de História da Arte, Pinto, Ana Lídia; Meireles,
Fernanda; Cambotas, Manuela Cernadas, Porto Editora,
Linhas da História 10, Fortes, Alexandra; Gomes, Fátima Freitas;
Fortes, José, Areal Editores, 2013
Apresentação História A 10º ano, Módulo 3 181